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Prática Civil - 1 bim - Chris Bacon

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Academic year: 2021

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

O sistema constitucional brasileiro divide os órgãos do Poder Judiciário em dois aparelhos, um federal, com jurisdição nacional, e os estaduais, com jurisdição em cada Estado-membro. Todos são, no entanto, liderados pelo Supremo Tribunal Federal, em matéria constitucional, e pelo Superior Tribunal de Justiça, em tema de direito comum.

Dentro de cada aparelho, os juízes situam-se em dois planos: o de primeiro grau e o do segundo grau de jurisdição. Nos primeiro situam-se os juízos singulares (juízes de direito e juízes federais) e no segundo, os juízos coletivos (TRF e Tribunais de Justiça).

Tanto na justiça federal como na estadual, a jurisdição civil está organizada segundo o sistema do duplo grau de jurisdição, que assegura ao vencido o reexame, pelo tribunal, em grau de recurso, da matéria apreciada a decidida pelos juízes de primeiro grau.

A cada órgão cabe exercer uma parcela da jurisdição, que recebe a denominação de competência do órgão. Essa competência compreende, além de características da matéria a decidir, uma limitação territorial (a circunscrição do juízo) e uma sede do juízo.

A justiça federal de primeiro grau divide-se em seções judiciárias, dirigidas por juízes federais, as quais abrangem o Distrito Federal e cada um dos Estados, tendo sede nas respectivas capitais (art. 110 da CF).

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

As justiças estaduais dividem-se em comarcas, cuja circunscrição territorial pode abranger um ou mais municípios, tendo sede naquele que dá nome à comarca e, são dirigidas por juízes de direito.

Conforme o movimento da comarca ou da seção judiciária pode ocorrer desdobramento do juízo de primeiro grau em varas especializadas, ou não, cada uma confiada a um juiz.

Os Tribunais de Justiça têm sede nas capitais estaduais e jurisdição sobre todo o território do respectivo Estado. S T F S T J J u s ti ç a F ed e r a l T r i b u n a is R e g io n a is F e d e r a i s J u íz e s F e d e r a is J u s t iç a E s ta d ua l T r ib u n a is d e J u s tiç a J u í z e s d e D ir e i to Ó R G Ã O S D O P O D E R J U D IC IÁ R I O

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Comarca é diferente de município. O poder judiciário, ao contrario dos outros poderes, não se organiza no plano municipal. Não há judiciário municipal. A justiça se organizou primeiro nos estados.

Comarca é um espaço territorial no qual existe a estrutura do poder judiciário; onde tem a organização completa do foro judicial e extrajudicial organizado.

Regra prática: na comarca não precisa sair para propor nenhuma ação. É comarca quando tem foro judicial, registro de imóveis, juiz penal, de família, etc., ou seja, tem que ter tudo isso na cidade para ter comarcas.

Foro regional: Não tem todas as competências que a comarca tem, às vezes precisa ter que sair do espaço territorial para propor uma ação.

II - COMPETÊNCIA

É medida de jurisdição, isto é, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional.

A competência da justiça federal está prevista nos artigos 109 e 110 da CF. Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

A competência da justiça estadual assume feição residual, ou seja, tudo o que não toca à Justiça Federal ou às Especiais é da competência dos órgãos judiciários dos Estados.

Respeitadas as regras básicas da Constituição, a organização das justiças locais é feita por legislação também local (art. 125, CF).

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Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

A distribuição de competência é, dentro dos limites gerais traçados pela Constituição, matéria de legislação ordinária: da União, no tocante à Justiça Federal e às Justiças Especiais; e dos Estados, no referente às Justiças locais.

O legislador seleciona abstratamente algumas espécies de lides que, com exclusividade ou não, são atribuídas à Justiça brasileira. Daí resulta o que se chama “competência internacional” (arts. 88 a 90). Na verdade, o Código quando cuida da “competência internacional” está não apenas tratando de competência, mas da própria jurisdição, isto é, está determinando quando pode ou não atuar o próprio poder jurisdicional do Estado.

Assentada a competência da justiça brasileira, passa-se à questão de estabelecer qual o órgão judiciário nacional que há de encarregar-se da solução da causa. Surge, então, o que o Código denomina “competência interna” (art. 91 a 124).

Em resumo, as normas de competência internacional definem as causas que a justiça brasileira deverá conhecer e decidir, e as de competência interna apontam quais os órgãos locais que se incumbirão especificamente da tarefa, em cada caso concreto.

A competência da justiça brasileira, em face dos tribunais estrangeiros, pode ser:

EXCLUSIVA CUMULATIVA OU CONCORRENTE

Os casos do artigo 89 se submetem com absoluta exclusividade à competência da Justiça Nacional, isto é, se alguma ação sobre eles vier a ser ajuizada e julgada no exterior nenhum efeito produzirá em nosso território, o que não ocorre nas hipóteses de competência concorrente.

São, segundo o artigo 89, da competência exclusiva da justiça brasileira:

O artigo 88 enumera casos em que a ação tanto pode ser ajuizada no Brasil como fora do Brasil. Assim, pode a ação ser proposta perante a Justiça Brasileira quando:

Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.

Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando:

I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;

II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.

Na hipótese de competência concorrente (art. 88), a eventual existência de uma ação ajuizada, sobre a mesma lide, perante um tribunal estrangeiro, “não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa, e das que lhe são conexas” (art. 90).

COMPETÊNCIA INTERNA

A competência é determinada no momento da propositura da ação. A partir de então, irrelevantes são as modificações do estado de fato ou de direito que venham a ocorrer, “salvo quando suprimem o órgão judiciário ou alteram a competência em razão da matéria ou da hierarquia” (art. 87).

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A competência interna é divida em:

a) Competência em razão do valor da causa (art. 91); b) Competência em razão da matéria (art. 91); c) Competência funcional (art. 93);

d) Competência territorial (art. 94-100).

A) COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR DA CAUSA

A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato (art. 258). Esse valor constará sempre da petição inicial (art. 259).

As causas atribuídas à competência dos juizados especiais, segundo a Lei 9.099/95, sujeitam-se, dentre outros, ao critério do valor de até 40 salários mínimos.

B) COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA O artigo 92 determina que:

Art. 92. Compete, porém, exclusivamente ao juiz de direito processar e julgar: I - o processo de insolvência;

II - as ações concernentes ao estado e à capacidade da pessoa.

C) COMPETÊNCIA FUNCIONAL

Refere-se a competência funcional à repartição das atividades jurisdicionais entre os diversos órgãos que devam atuar dentro de um mesmo processo. Uma vez estabelecido o juízo competente para processamento e julgamento de uma determinada causa, surge o problema de fixar quais serão os órgãos jurisdicionais que haverão de funcionar nas diversas fases do respectivo procedimento, visto que nem sempre um só órgão terá condições de esgotar a prestação jurisdicional.

D) COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Denomina-se competência territorial a que é atribuída aos diversos órgãos jurisdicionais levando em conta a divisão do território nacional em circunscrições judiciárias.

O código, nos artigos 94 e seguintes, regula a competência territorial que também é chamada de competência de foro. Há, para o sistema do código, um foro geral ou comum e vários foros especiais.

O foro comum ou geral para todas as causas não subordinadas a foro especial é o do domicílio do réu (art. 94).

Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.

Os parágrafos do artigo 94 estabelecem regras a serem observadas quando o domicílio do réu for múltiplo, incerto ou ignorado:

§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.

§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.

§ 3o Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.

§ 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.

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O Código estabeleceu foro especial para:

Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.

Não basta que a ação seja apenas sobre imóvel (como a de despejo, por exemplo). Para incidir o foro especial, é necessário que verse sobre direito real (reivindicatória, divisória, usucapião etc.).

A competência em questão é territorial e, por isso, relativa (art. 111). Mas torna-se excepcionalmente absoluta e inderrogável quando o litígio versar sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.

Para as demais ações reais imobiliárias não contempladas na ressalva do artigo 95, instituiu o legislador uma faculdade para o autor: pode ele optar pelo foro do domicílio (foro comum) ou pelo de eleição (contratual). Exemplo: execução hipotecária, anulação de compromisso de compra e venda irretratável. Se o imóvel litigioso estiver situado em mais de uma circunscrição judiciária, qualquer um dos foros que o jurisdiciona será competente para as ações reais a ele relativas.

Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

O inventário e a partilha, a arrecadação de herança, bem como a execução dos testamentos serão processados no foro onde o de cujus (autor da herança) teve seu último domicílio, no Brasil (art. 96).

Se ocorrer incerteza a respeito do domicílio do finado, aplica-se ao juízo sucessório a norma do parágrafo único do art. 96 que prevê os seguintes foros subsidiários:

Parágrafo único. É, porém, competente o foro:

I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo;

II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes.

Com relação à ausência, o foro do último domicílio do ausente é também universal, por isso, o competente para:

a) a arrecadação de bens;

b) a abertura da sucessão provisória ou definitiva (inventário e partilha); c) o cumprimento de disposições testamentárias;

d) as ações em que o ausente for réu;

Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.

Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante.

O artigo 99 do CPC deve ser entendido em harmonia com o artigo 109, §1º da CF. Assim, o foro especial da União deve ser examinado em duas circunstâncias diferentes:

Se a União for Autora Se a União for ré

A União proporá a ação perante a Justiça Federal, no foro da Seção Judiciária onde o réu tiver domicílio.

O autor poderá optar entre um dos seguintes foros para o ajuizamento da ação:

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b) da Seção Judiciária onde o autor tiver seu domicílio; c) da Seção Judiciária onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda;

d) da Seção Judiciária onde estiver situada a coisa litigiosa. As causas de interesse de Territórios Federais, como autor, réu ou interveniente são da competência da Justiça Federal, do foro da respectiva capital (art. 99).

Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente: I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente; II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente.

Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos remetidos ao juiz competente da Capital do Estado ou Território, tanto que neles intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo. Excetuam-se:

I - o processo de insolvência; II - os casos previstos em lei.

O artigo 100 estabeleceu 3 casos de foros especiais:

a) foro da residência da mulher èèèè para a ação de separação e de anulação de casamento. Pouco importa seja ela autora ou ré: estas ações devem sempre ser propostas no foro legal (art. 100, I); Trata-se, porém, se competência relativa e não absoluta, de modo que pode haver prorrogação dela.

b) a do foro do domicílio ou da residência do alimentando èèèè para a ação de alimentos (art. 100, II). c) a do foro do domicílio do devedor èèè para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos. è

As pessoas jurídicas, de direito público e de direito privado, sujeitam-se à regra geral da competência do domicílio do réu. Devem ser demandadas no foro:

Art. 100. É competente o foro: IV - do lugar:

a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica;

b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu;

c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica;

d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento;

O Código instituiu mais dois foros especiais, também em razão do local em que os fatos se passaram, e que se referem às ações de reparação do dano e às movidas contra o gestor de negócios alheios.

Art. 100. É competente o foro: V - do lugar do ato ou fato:

a) para a ação de reparação do dano;

b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios.

Segundo o artigo 100, V, “a”, é competente para a ação de reparação do dano o foro do lugar em que o ato ilícito se deu. Mas, se o dano decorrer em razão de delito ou acidente de veículos, poderá o autor optar entre o do lugar do evento e o do seu próprio domicílio (artigo 100, parágrafo único).

Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

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ATENÇÃO

Para o professor o mais recomendado é utilizar o local do fato, porque tem umas vantagens em relação aos meios de provas.

COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA

Conforme a possibilidade de sofrer ou não alterações, a competência interna classifica-se em absoluta e relativa;

ABSOLUTA RELATIVA

É a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela vontade das partes, seja pelos motivos legais de prorrogação (conexão ou continência da causa).

É a competência passível de modificação pela vontade das partes ou por prorrogação oriunda de conexão ou continência de causas.

São absolutas as competências: a) em razão da matéria;

b) em razão da hierarquia (funcional)

São relativas as competências que decorrem: a) do valor da causa;

b) do território

III - PROCEDIMENTO COMUM E ESPECIAL

1. Processo de Conhecimento 2. Processo de Execução 3. Processo Cautelar

Especial Comum

Sumário Ordinário

Processo é o meio utilizado para solucionar o litígio. Existem 3 espécies de processo:

1. PROCESSO DE CONHECIMENTO

Se a lide é de pretensão contestada e há necessidade de definir a vontade concreta da lei para solucioná-la, o processo aplicável é o de conhecimento.

Divide-se em:

a) Especial b) Comum

São os ritos próprios para o processamento de determinadas causas selecionadas pelo legislador. Ex. juizados especiais.

É o que se aplica a todas as causas para as quais a Lei processual não haja instituído um rito próprio ou específico1 (art. 272).

Sumário Ordinário

Aplica-se a certas causas em razão do valor ou da matéria (art. 275)

É o que se aplica às causas para as quais não seja previsto nem o procedimento sumário nem algum procedimento especial.

1

Seu âmbito é, portanto, delimitado por exclusão: onde não houver previsão legal de um procedimento especial, a causa será processada sob as regras do procedimento comum.

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PROCEDIMENTO SUMÁRIO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário:

I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo;

II - nas causas, qualquer que seja o valor

a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;

b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;

c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;

d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;

e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução;

f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial;

g) que versem sobre revogação de doação; h) nos demais casos previstos em lei.

Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas.

Art. 274. O procedimento ordinário reger-se-á segundo as disposições dos Livros I e II deste Código.

2. PROCESSO DE EXECUÇÃO

Se a lide é pretensão apenas insatisfeita (por já estar o direito do autor previamente definido pela própria lei, como líquido, certo e exigível), sua solução será encontrada através do processo de execução, que é o meio de realizar de forma prática a pretensão a que corresponde o direito da parte.

3. PROCESSO CAUTELAR

A tutela cautelar incide quando, antes da solução definitiva da lide, seja no processo de conhecimento, seja no de execução, haja em razão da duração do processo, o risco de alteração no equilíbrio das partes diante da lide. É necessário o fumus boni iuris e o periculum in mora.

IV - DISTRIBUIÇÃO

Sempre que houver diversos órgãos concorrentes em matéria de competência ou atribuições, ou seja, vários juízes ou cartórios com igual competência, numa mesma comarca, haverá necessidade de distribuir os feitos entre eles na sua entrada em juízo.

Art. 251. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz ou mais de um escrivão.

Art. 252. Será alternada a distribuição entre juízes e escrivães, obedecendo a rigorosa igualdade.

Nos casos de continência ou conexão de várias causas (arts. 103 e 104), a competência para todas elas já está definida pela prevenção do juiz que se tornou competente para o primeiro processo, segundo a regra do artigo 106.

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A distribuição dos feitos subseqüentes será feira, por isso, por dependência, isto é, os feitos conexos serão atribuídos pelo distribuidor ao mesmo juiz da causa anterior (art. 253, I).

V – HONORÁRIOS

1. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Entre os gastos necessários que a parte faz no processo figuram os honorários pagos a seu advogado. Em sentido amplo, são uma espécie do gênero despesas processuais.

O Código, em matéria de sucumbência, reserva um tratamento especial para a verba advocatícia, principalmente em 2 aspectos:

1. Só a sentença, ao encerrar o processo, é que resolverá a questão dos honorários.

Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria

2. O ressarcimento dos gastos advocatícios será sempre feito conforme valor fixado pelo juiz na sentença.

§ 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos:

a) o grau de zelo do profissional; b) o lugar de prestação do serviço;

c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.

Ainda que não haja pedido expresso do vencedor é devido o ressarcimento dos honorários de seu advogado. E, mesmo funcionando o advogado em causa própria, terá direito, se vencedor, à indenização de seus honorários.

2. HONORÁRIOS CONTRATUAIS

É aquele fixado no contrato entre o advogado e o cliente. O arbitramento é uma figura judicial que existe quando as partes não chegam a um acordo sobre o valor dos honorários contratuais, muito comum quando ocorre uma ruptura do contrato de honorários no meio da prestação de serviços.

Não é possível o arbitramento do honorário de sucumbência, porque o juiz já fixa na própria sentença. O arbitramento normalmente só será aplicado na hipótese em que houver divergência no contrato de honorários ou quando houver a prestação de serviços sem sucumbência (quando a parte perde).

Se o advogado foi contratado, prestou o serviço e o cliente não pagou os honorários devidos, ele deverá cobrar os honorários na justiça competente. Contudo, há divergência quanto ao local (justiça comum ou justiça do trabalho). Alguns entendem que deve ser cobrado na justiça do trabalho, pois se trata de relação de trabalho, outros entendem que não, e no caso, deve ser cobrado na justiça comum. Muitos tribunais entendem que a relação é de consumo, pois se encaixa em todos os requisitos do art 3º, CDC. Porém, o SJT entende que não é de consumo, porque a relação entre cliente e advogado é regida pelo estatuto da OAB.

Advocacia gratuita é conhecida como advocacia pró bono. Não pode ser uma pratica reiterada, deve se cobrar os honorários, preferencialmente, de acordo com a tabela da OAB.

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CONTRATO DE HONORÁRIOS

O contrato do advogado firmado com o cliente é um contrato de prestação de serviços2, bilateral e não solene e a obrigação é de meio e não de resultado.

Entre o advogado e o cliente é estabelecida uma relação jurídica. A obrigação do advogado será de interpor a causa e acompanhar o processo até o final (prestação de serviços). A obrigação do cliente é de remunerar o serviço. Ainda nas hipóteses que não houver um contrato explicito.

QUADRO COMPARATIVO

HONORÁRIOS CONTRATUAIS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

É fixado em comum acordo pelas partes. É fixado pelo juiz na sentença.

VI – MANDATO X REPRESENTAÇÃO

REPRESENTAÇÃO

É a relação jurídica pela qual determinada pessoa se obriga diretamente perante terceiro, mediante ato praticado em seu nome por um representante ou intermediário; os direitos podem ser adquiridos, efetivamente, pelo próprio agente, ou por terceiro que o represente. Esclarece o art. 115 do CC que: “os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.

Três são as categorias de representações: legal, judicial e convencional.

REPRESENTAÇÃO LEGAL REPRESENTAÇÃO JUDICIAL REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL A própria lei confere poderes para

administrar bens de outrem, como pais, tutores e curadores, em relação aos filhos menores, pupilos e curatelados.

O representante judicial é nomeado pelo juiz para o exercício de certo encargo no foro ou no processo, como o inventariante, o síndico e o curador da herança jacente.

São os representantes munidos de mantato, expresso ou tácito, verbal ou escrito, do representado, como os procuradores (no contrato de mandato) e o comissário (no contrato de comissão mercantil).

MANDATO

É o contrato pelo qual alguém (mandatário ou procurador) recebe de outrem (mandante) poderes, para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses (art. 653, CC).

Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

É uma representação convencional, em que o representante pratica os atos que dão origem a direitos e obrigações que repercutem na esfera jurídica do representado. O mandatário, como representante do mandante, fala e age em seu nome e por conta deste.

O mandatário é representante por vontade do representado. Daí ser o mandato uma representação convencional ou voluntária, em que o representante recebe poderes para agir em nome do representado.

Sua forma é livre, podendo ser feito verbalmente ou por instrumento público ou particular, embora em certos casos especiais se exija instrumento público.

Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.

2

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Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito.

A principio admite-se o mandato verbal, porém o mandato deve obedecer a mesma formalidade do ato para o qual o mandatário for praticar.

Ex.: se outorgar um contrato para o mandatário vender um imóvel e a venda do imóvel exigir instrumento público, então o mandato também deverá ser dar por registro publico.

MANDATO JUDICIAL

Só há um artigo específico no Código Civil que dispõe sobre o mandato judicial.

Art. 692. O mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletivamente, às estabelecidas neste Código.

Para que o advogado represente a parte no processo, há de estar investido de poderes adequados, que devem ser outorgados por mandato escrito, público ou particular (art. 38, CPC).

Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.

O instrumento público só é obrigatório para os analfabetos ou para os que não tenham condições de assinar o nome.

Para o instrumento particular de mandato judicial não se exigem maiores solenidades. Basta que o documento seja assinado pelo outorgante.

Não se exige o reconhecimento de firma. Qualquer pessoa maior e capaz, mesmo os menores devidamente representados ou assistidos, pode constituir advogado por instrumento particular. Mas nem sempre foi assim, o art. 38 do CPC foi modificado pela lei 8952/94, que atualmente dispõe que a procuração geral para o foro habilita o advogado a praticar todos os atos, sendo a procuração reconhecida ou não em firma. Não precisa de reconhecimento de firma para o mandato ad judicia, mas às vezes este não se limita ao mandato para o foro em geral, se houver poderes especiais, como por exemplo, receber importância em dinheiro e dar quitação, fazer acordo, etc, estes poderes não estão incluídos nos poderes para o foro em geral, logo para esses poderes especiais pode haver o reconhecimento de firma, conforme o artigo 654, §2º do CC..

Art. 654. § 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração traga a firma reconhecida.

A procuração judicial não depende de especificação de poderes, pois é suficiente outorgá-la como “procuração geral para o foro” (procuração ad judicia) para que o advogado esteja habilitado a praticar todos os atos do processo.

Dependem, porém, da outorga expressa os poderes para receber a citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.

A exibição do instrumento de mandato pelo advogado é, em casos de urgência, dispensada provisoriamente. Assim é que o artigo 37 do CPC permite-lhe, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição. E, ainda, poderá intervir no processo, praticar atos reputados urgentes, como contestar uma ação ou embargar uma execução, estando ausente a parte interessada. Nesses casos, independentemente de caução, o advogado se obrigará a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogável até outros 15, por despacho do juiz (art. 37).

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Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.

O mandato judicial, como qualquer outro, pode ser livremente revogado pelo outorgante, mas a parte terá que, no mesmo ato, constituir outro advogado para substituir o primitivo no processo (art. 44).

Art. 44. A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa.

SUBSTABELECIMENTO

Pode o mandatário ceder a posição para outra pessoa (substabelecido). Pode ser feito por substabelecimento com ou sem reserva de poderes.

SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA

É o ato pessoal do advogado da causa. Se for feito com reserva de poderes, o substabelecente outorgou poderes ao substabelecido sem perdê-los; os poderes passam a ser cumulativos, cada um os tem e qualquer dos dois poderá exercê-los. O mandatário declara, positivamente, que não abandonou a execução do mandato, continuando vinculado ao mandante, podendo praticar todos os atos por ele determinados. Em relação ao substabelecente, apesar do substabelecimento, sua é a responsabilidade, pois não houve desistência, apenas procurou um auxiliar de sua confiança.

Se for sem reserva de poderes, ter-se-á transferência total e definitiva dos poderes por haver renúncia do mandato, mas subsistirá a responsabilidade do procurador se o cliente não for comunicado. Portanto, no substabelecimento sem reserva de poderes, há substituição integral do substabelecente pelo substabelecido, de modo que o procurador deixa de ser procurador e o substabelecido passa a ser o único procurador.

O substabelecido quem deverá juntar o substabelecimento sem reservas, pois desta forma ficará demonstrado sua aceitação.

O mandato presume-se gratuito. Em principio, o mandatário não tem direito de exigir remuneração pelo exercício do contrato, salvo se estipulada. Mas essa regra não vale quando o mandato é outorgado em razão do oficio do mandatário.

Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa.

Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário a retribuição prevista em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, será ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por arbitramento.

Quem assina a procuração é o mandante, o mandatário (advogado) não assina. A aceitação da procuração se caracteriza pelo uso do mandato.

Art. 682. Cessa o mandato:

I - pela revogação ou pela renúncia;

Os contratantes podem por fim ao mandato:

a) pela revogação è quando a iniciativa for do mandante. b) Pela renúncia è quando a iniciativa for mandatário.

São as chamadas formas anômalas. A forma natural de execução é pelo cumprimento. Acabou o processo, acabou o mandato. Isso se não for um mandato a termo.

(13)

Tanto por iniciativa do mandante ou mandatário, não depende de justificativa. É fundado na confiança, razão de foro íntimo. Nenhuma parte tem que explicar nada, e a outra parte também não tem o direito de pedir explicações. Não precisa pedir para o juiz a renúncia ou a revogação, ambas são feitas entre as partes (advogado e cliente), apenas deve ser comunicado o juízo.

Quando a parte revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma sua função nos autos (art. 44). A desobediência dessa regra levará à extinção do processo, se o autor ficar sem advogado que o represente, pois faltará um pressuposto de desenvolvimento válido da relação processual. Se a omissão for do réu, o processo deverá prosseguir à sua revelia, com as conseqüências do artigo 322 do CPC.

Art. 44. A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa.

Art. 45. O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para Ihe evitar prejuízo.

O mandato em geral também se extingue pela morte do mandante ou mandatário. Art. 682. Cessa o mandato:

II - pela morte ou interdição de uma das partes;

DIFERENÇA DO INSTRUMENTO PÚBLICO E DO INSTRUMENTO PARTICULAR:

Na verdade, o instrumento público feito no cartório tem uma garantia que as partes compareceram pessoalmente no tabelião, testemunha que afirma que as partes compareceram, tem uma solenidade no momento da celebração. O que no particular não tem.

VII - RESPONSABILIDADE

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

O ato ilícito cria para o autor a obrigação de reparar danos por ele causados a terceiros. Essa obrigação recebe a denominação de responsabilidade civil. Portanto, a responsabilidade civil é a obrigação de reparar dano causado a outrem por fato de que é autor direto ou indireto. A responsabilidade civil, é portanto, a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou por simples imposição legal.

A responsabilidade civil poderá ser:

CONTRATUAL EXTRACONTRATUAL

É contratual se provier da falta de cumprimento de obrigações contratuais ou da mora no adimplemento de qualquer relação obrigacional resultante de ato negocial.

É extracontratual ou chamada de responsabilidade aquiliana3 se fundar num ilícito extracontratual, isto é, na violação de um dever genérico de abstenção ou um dever jurídico geral

3

Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual. É a responsabilidade que decorre da inobservância de norma jurídica, por aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.

(14)

É regulada pelos artigos 389 a 416 do CC. É regulada pelos artigos 186, 188, I e II e 927 a 954 do CC.

VIII – CONTRATO DE SEGURO

O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes (seguradora) se obriga para com outra (segurado), mediante o pagamento de um prêmio, a garantir-lhe interesse legítimo relativo a pessoa ou a coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato (art. 757, CC).

Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.

O segurador é aquele que suporta o risco, assumido mediante o recebimento do prêmio; por isso deve ter capacidade financeira e estar seu funcionamento autorizado pelo Poder Público.

Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada.

O segurado é o que tem interesse direto na conservação da coisa ou da pessoa, fornecendo uma contribuição periódica e moderada, isto é, o prêmio, em troca do risco que o segurador assumirá de indenizá-lo pelos danos sofridos em caso de incêndio, abalroamento, naufrágio, furto, falência, acidente, morte, etc.

IX – PEDIDO

O núcleo da petição inicial é o pedido, que exprime aquilo que o autor pretende do Estado frente ao réu. O pedido é a conclusão da exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos; estes são premissas do silogismo, que tem no pedido a sua conclusão lógica.

PEDIDO IMEDIATO PEDIDO MEDIATO

Relaciona-se à pretensão a uma sentença, a uma execução ou a uma medida cautelar.

É o próprio bem jurídico que o autor procura proteger com a sentença (o valor do crédito cobrado, a entrega da coisa reivindicada, o fato a ser prestado, etc.) O pedido imediato põe a parte em contato com o direito

processual.

O pedido mediado põe a parte em contato com o direito material (substancial).

BIBLIOGRAFIA

Direito Processual Civil Curso de Direito Civil Brasileiro

Humberto Theodoro Júnior

51º Edição – 2010 - Editora Forense

Direito Civil

Curso de Direito Civil Brasileiro Maria Helena Diniz

25º Edição – 2009 - Editora Saraiva

Referências

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