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Aspectos demográficos e espaciais da população autodeclarada indígena nos Censos Demográficos de 1991 e 2000 nos municípios com Terras Indígenas

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Aspectos demográficos e espaciais da população autodeclarada indígena nos Censos Demográficos de 1991 e 2000 nos municípios com Terras

Indígenas(x)

Nilza de Oliveira Martins Pereira(*) José Antonio Sena do Nascimento(*) Jorge Kleber Teixeira Silva(*) Jorge da Silva(**) Claudia Bahia de Araújo(*) Mario Fernandes Filho(*) Carlos Humberto da Silva Filho(***)

Resumo:

A partir de meados da década de 1980 acelerou-se o processo de surgimento de novos municípios no Brasil, num acréscimo do número de unidades territoriais, em aproximadamente 35% nos últimos 20 anos. Boa parte dos novos municípios criados foram em áreas de ocupação recente, em muitos casos na Amazônia Legal, região que concentra 76,0% do total de Terras Indígenas, o que representa, aproximadamente, 99,0% da área das Terras Indígenas do Brasil.

Esse trabalho tem como objetivo estimar a taxa média geométrica de crescimento anual no período 1991/2000 da população autodeclarada indígena na área rural dos municípios com Terras Indígenas, assim como verificar a qualidade da informação das variáveis “sexo e idade” para a mesma área geográfica.

No que se refere aos aspectos metodológicos do trabalho, para os municípios que continham Terras Indígenas utilizou-se a metodologia de retrocompatibilização, que significa identificar tanto em 1991 quanto em 2000, os municípios correspondentes a partir dos limites das Terras Indígenas fornecidos pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI, segundo a situação fundiária em 2005 utilizadas nas análises divulgadas pelo IBGE na publicação “Tendências Demográficas: uma análise dos indígenas com base nos resultados da amostra dos Censos Demográficos 1991 e 2000”. Desta forma, as áreas das

(x) Trabalho apresentado no XV Encontro Brasileiro de Estudos Populacionais, realizado em Caxambu, Minas

Gerais, de 18 a 22 de setembro de 2006.

(*) Pesquisadores da Coordenação de População e Indicadores Sociais e da Coordenação de Geografia do

IBGE.

(**) Técnicos da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE. (***) Estagiário de Geografia da Coordenação de Geografia do IBGE.

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Terras Indígenas se estendiam por 437 municípios segundo a Malha Municipal do Censo 2000, enquanto que para a malha de 1991 esse total correspondia a 377 unidades municipais. E, para estimar as imperfeições nas declarações censitárias das variáveis sexo e idade, será utilizado o cálculo de alguns indicadores e da representação gráfica no grau de precisão, procurando-se fazer um paralelo com a distribuição proporcional da população residente na situação do domicílio rural do Brasil como um todo para os Censos Demográficos de 1991 e 2000. O nível de desagregação geográfico das análises será para o Brasil e as 5 Grandes Regiões.

Introdução

As hipóteses enumeradas acerca do crescimento populacional da população autodeclarada indígena no período 1991/2000 são muitas, tais como o crescimento vegetativo dos indígenas, ou seja, aumento da população devido ao maior número de nascimentos do que de mortes; a imigração internacional originaria dos paises limítrofes que tem alto contingente de população indígena, como Bolívia, Equador, Paraguai e Peru, com destino às áreas fronteiriças ou às grandes metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo; o aumento da proporção de indígenas urbanizados que optaram pela categoria indígena no Censo Demográfico 2000 e que anteriormente se classificavam em outras categorias, considerada a hipótese mais plausível dentre os especialistas, onde estariam incluídos tanto os indígenas urbanizados com pertencimento étnico a povos indígenas específicos como pessoas que se classificaram genericamente como indígenas ainda que não se identificando com etnias específicas (Pereira, Santos & Azevedo 2005, Tendências..., 2005). Todas essas possibilidades podem ter sido de forma simultânea, contudo a grande perspectiva do incremento ocorrido refere-se às áreas urbanas do país. Quanto às áreas rurais foi observado que excetuando a área rural da Região Sudeste, nas demais regiões registraram incrementos compatíveis com um possível crescimento demográfico dos povos indígenas. O presente trabalho tem como finalidade calcular as taxas de crescimento da população indígena das áreas rurais dos municípios com Terras Indígenas no período 1991/2000 a partir da conceituação utilizada na publicação “Tendências Demográficas: uma análise dos indígenas com base

nos resultados da amostra dos Censos Demográficos 1991 e 2000” divulgada

no final do ano de 2005 pelo IBGE. Para elaboração desse indicador foi necessário realizar a compatibilização das áreas geográficas e assumir algumas hipóteses. Uma outra análise desenvolvida nesse estudo foi estimar as imperfeições nas declarações censitárias das variáveis sexo e idade, utilizando algumas metodologias de verificação do grau de precisão das informações,

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procurando-se fazer um paralelo com a distribuição proporcional da população residente na situação do domicílio rural do Brasil como um todo para os Censos Demográficos de 1991 e 2000.

1. Crescimento da população indígena

O expressivo crescimento populacional da população autodeclarada indígena no período 1991/2000 superou todas as expectativas, principalmente nas áreas urbanas do país como um todo. Com exceção da área rural da Região Sudeste, as demais regiões oscilaram entre 4,4% e 5,6% de crescimento anual. Existem evidências de que os povos indígenas no Brasil estão, em seu conjunto, experimentando acelerado crescimento e exatamente nesse ponto que se pretende estimar para um conjunto de pessoas indígenas residentes nas áreas rurais dos municípios com Terras Indígenas, que foi denominado de “Rural

Específico” (terminologia utilizada na publicação do IBGE, Tendências...,

2005). As hipóteses levantadas quanto ao notável crescimento da população autodeclarada indígena tem no efeito da autoidentificação o seu ponto forte, entretanto registra-se que nos últimos anos houve uma recuperação dos contingentes populacionais dos povos indígenas, com taxas que variam de 3 a 5% ao ano, considerando a heterogeneidade das sociedades indígenas. (Pagliaro, Azevedo & Santos 2005; Tendências..., 2005). Para algumas áreas específicas o efeito demográfico estaria presente, assim como pode-se citar o aumento da população de Kadimani e de Auaris - 115% e 152% respectivamente - deve-se essencialmente ao crescimento vegetativo que reflete, antes de tudo, uma diminuição da mortalidade infantil (Alcida Ramos1, 1993). Segundo Pagliaro (2005), o crescimento demográfico observado entre alguns povos indígenas, como Kamaiurá, Nambiquera, Krahô, Bakairi, Canela, Tenetehara, dentre outros seria o resultado da interação de fatores como o aumento da capacidade de resistência dessas populações às agressões dos agentes infecciosos, com a menor ocorrência de epidemias; a contribuição de ações de saúde voltadas para essas populações; e a organização dos povos indígenas em instituições que agem em sua própria defesa (Gomes, 1991; Melatti, 1999; Junqueira 2000). Baruzzi, 2005, constata pelo acompanhamento da distribuição etária dos Panará (Parque Indígena do Xingu) no período 1975/2002 um nítido crescimento populacional. A transferência de alguns povos indígenas, como os Kaiabi, Ikpeng, Tapayuna e Panará para o Parque Indígena do Xingu colaborou historicamente para um sucesso demográfico, com interrupção das perdas populacionais (Pagliaro, Baruzzi, 2005). Vale a

1RAMOS, Alcida Rita. O Papel Político das Epidemias: o caso Yanomami. 1993. Republicado em Bartolomé, Miguel (Org.) Ya no Hay Lugar para Cazadores, pp. 55-89. Quito: Biblioteca Abya-yala, 1996.

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pena mencionar que o crescimento demográfico de significativa parcela dos mais de duzentos povos indígenas é um importantíssimo aspecto na recente história indigenista no Brasil (Gomes, 2002, Tendências..., 2005).

2. Metodologia

A partir de meados da década de 1980 acelerou-se o processo de surgimento de novos2 municípios no Brasil, num acréscimo do número de unidades territoriais, em aproximadamente 35% nos últimos 20 anos. Boa parte dos novos municípios criados foram em áreas de ocupação recente, em muitos casos na Amazônia Legal, região que concentra 76% do total de Terras Indígenas, o que representa, aproximadamente, 99% da área das Terras Indígenas do Brasil.

2 Os municípios constituem as unidades autônomas de menor hierarquia dentro da organização político-administrativa do Brasil. Sua criação, incorporação, fusão ou desmembramento se faz por lei estadual, observada a continuidade territorial, a unidade histórico-cultural do ambiente urbano e os requisitos previstos em lei complementar. Estas transformações dependem de consulta prévia às populações diretamente interessadas, através de plebiscito. Anuário Estatístico do Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, vol1. Rio de Janeiro: IBGE. 1998.

Taxa média geométrica de crescimento anual da população residente autodeclarada indígena por situação do domicílio,

segundo as Grandes Regiões - 1991-2000

Fonte: IBGE, Tendências Demográficas: uma análise dos indígenas com base nos resultados da amostra dos Censos Demográficos 1991 e 2000.

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Como instrumento de análise dos desmembramentos municipais pesquisou-se a estrutura territorial com a finalidade de encontrar a origem dos novos municípios e a partir da sobreposição das Terras Indígenas na malha territorial tanto de 1991 quanto de 2000, a partir dos limites dos municípios com Terras Indígenas fornecidos pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI, segundo a situação fundiária em 2005, foram selecionados os municípios correspondentes vigentes à época da realização de cada respectivo censo, obtendo-se então a população autodeclarada indígena rural para as 5 Grandes Regiões do Brasil.

As Terras Indígenas, para serem consideradas como tal, devem possuir elementos que caracterizem sua ocupação pelos povos indígenas tradicionais, com modo de vida característico de ambientes rurais pouco modificados. Partindo do pressuposto que a situação do domicílio das Terras Indígenas não se alteraria de um censo para o outro, então foi possível assim gerar a população rural e considerá-la “rural específico3”.

A partir da lista de municípios com Terras Indígenas enviada pela FUNAI, independentemente da situação fundiária, quer seja homologada, demarcada identificada ou qualquer outra situação, a compatibilização consistiu em identificar, em 1991 os municípios que deram origem àqueles que constavam em 2000, com qualquer tipo de alteração de limite. Posteriormente, gerar as informações nos questionários da amostra da população indígena dos respectivos censos para a área rural. Esta metodologia foi uma forma de se obter uma estimativa da taxa média geométrica de crescimento anual para as áreas onde supostamente residiriam os povos indígenas.

Esta recorrência foi utilizada em face da ausência de dados sobre etnia, língua falada e outras características, que retratam o mais próximo possível os indígenas residentes em Terras Indígenas, ou seja, aquele segmento com pertencimento étnico específico (Tendências..., 2005), em função da estreita relação existente com os povos indígenas residentes nas Terras Indígenas. Com objetivo de introduzir os censos4 demográficos como subsídios para o campo do estudo demográfico.

3 Conceituação utilizada na publicação lançada pelo IBGE, em 2005 intitulada “Tendências Demográficas:

uma análise dos indígenas com base nos resultados dos Censos Demográficos 1991 e 2000”.

4 Para fins dos Censos Demográficos as Terras Indígenas são consideradas setores censitários especiais. O

setor censitário é a unidade territorial criada para fins de controle cadastral da coleta. Para o Censo Demográfico 2000, o Território Nacional foi dividido em 215 811 áreas contíguas, respeitando-se os limites da divisão político-administrativa, do quadro urbano e rural legal e de outras estruturas territoriais de interesse, além dos parâmetros de dimensão mais adequados à operação de coleta. O setor especial é aquele que apresenta características que tornam necessário um tratamento diferenciado de coleta em relação aos setores comuns ou não especiais, no caso do Setor Especial de Aldeia Indígena, este se constitui no agrupamento de, no mínimo, 20 habitantes indígenas em uma ou mais moradias.

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Do total de 437 municípios em cujos limites situavam-se Terras Indígenas, segundo o Censo 2000, 96 apresentaram alterações de limites no período 1991/2000, dos quais 60 não existiam em 1991. A distribuição por macrorregião confirma o dinamismo das áreas de fronteira no aspecto de alterações dos limites municipais, pois foram justamente os municípios situados na Amazônia Legal os que apresentaram maior modificação na base político-administrativa. Desta forma, a Região Norte apresenta um total de 46 municípios. As Regiões Centro-Oeste e Sul com 16 municípios e o Nordeste com 15 também apresentaram totais significativos. Finalmente a Região Sudeste, com 3 municípios foi a que menos apresentou modificação na base municipal.

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A comparação do número total de municípios que continham Terras Indígenas em 1991 e 2000 revela um incremento no total geral, que passou de 377 para 437. A distribuição percentual por regiões mostra que a proporção se manteve nos dois períodos enfocados.

3. Resultados das taxas de crescimento

Os resultados apresentados pelo ritmo de crescimento anual da população autodeclarada indígena no período 1991/2000 calculado para as áreas rurais dos municípios com Terras Indígenas revela que o efeito demográfico pode ter uma intensa relação, entretanto para o conjunto das áreas rurais da Região Sudeste confirmam que na não se trata de mesmo universo. Fazendo um paralelo com o nível de fecundidade, observou-se que a região Sul que revelou um crescimento no numero médio de filhos tidos por mulher é a região que apresenta a segunda maior taxa de crescimento. Historicamente as regiões Norte e Centro-Oeste apresentam os maiores ritmos de crescimento da população como um todo e são exatamente as que concentram o maior numero de indígenas do país, tendo o ritmo de crescimento anual de 4,4% e 4,2%, respectivamente. A Região Nordeste revelou a menor taxa de crescimento, onde embora o nível de fecundidade seja elevado à mortalidade infantil atingiu patamares também muito altos, e acrescentando o fato de ser a região com o maior número de migrantes o que justificaria um crescimento populacional mais baixo do que das demais regiões.

O crescimento médio anual da população nas aldeias Kaiabi no período 1970/2000 foi 4,5% ao ano (Pagliaro5, 2005). Rodrigues6, 2005 estimou o

5 Pagliaro, H. A mudança dos Kaiabi para o Parque Indígena do Xingu: uma História de Sucesso

Demográfico, in Parque Indígena do Xingu – Saúde, Cultura e História. Baruzzi, R. G.; Junqueira, Carmen (Orgs), São Paulo: Terra Virgem, 2005.

36.3 38.0

17.518.1

5.8 5.7

19.6 18.3 20.7 19.9

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Distribuição percentual dos municípios com Terras Indígenas

- Brasil - Rural Específico - 1991/2000

1991 2000

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crescimento populacional do conjunto de 14 povos indígenas residentes no Parque Indígena do Xingu no período 1998/2002 em aproximadamente 4% ao ano.

Realizando um exercício com a exclusão da área “Rural Específico” pertencente à Região Sudeste do país que destoa das demais taxas, em função de ser considerado atípico para um comportamento demográfico, o novo ritmo de crescimento calculado para o período 1991/2000 foi reduzido para 4,2%.

6 Rodrigues, D. UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina, o Projeto Xingu e a Política de Atenção à Saúde dos

Povos Indígenas no Brasil, in Parque Indígena do Xingu – Saúde, Cultura e História. Baruzzi, R. G.; Junqueira, Carmen (Orgs), São Paulo: Terra Virgem, 2005.

Taxa média geométrica de crescimento anual da população residente autodeclarada indígena - Brasil e Grandes Regiões

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4. Precisão das informações de Sexo e Idade

As análises que envolvem as características sociais e econômicas não estariam completas sem as considerações sobre as variáveis sexo e idade. Considerando a sua importância estas variáveis deveriam ser exatas, pois representam um elemento fundamental para a elaboração dos estudos dos componentes da dinâmica populacional: mortalidade, fecundidade, migração e também as projeções populacionais.

Os Censos Demográficos não podem ser considerados perfeitos em sua totalidade. Os dados contêm falhas de declaração dos informantes e apresentam distorções causadas por problemas de enumeração. Nas diversas etapas de um levantamento censitário, ao longo do processo de execução, muitos erros podem ser introduzidos, quer sejam classificados como de cobertura, quer sejam de conteúdo conceitual. Alguns destes erros podem reduzir, consideravelmente, o valor dos dados para elaboração de indicadores importantes. A análise demográfica utiliza técnicas que procuram determinar e dimensionar a magnitude das imperfeições encontrada nos levantamentos censitários. Estas técnicas abrangem não só a verificação visual dos dados, como também, análises comparativas das distribuições das variáveis. Um procedimento considerado básico para avaliar a qualidade do Censo no que se refere a idade e ao sexo, compreende a análise da pirâmide da população. Uma forma de comprovar a coerência interna é o estudo da tendência dos informantes em declarar determinados dígitos terminais para a idade.

As informações errôneas também podem ser causadas por motivos de caráter econômico, social, político ou puramente individual e especificamente em muitas sociedades indígenas, os sistemas numéricos são diferentes, não havendo o registro de variáveis (como idade) na forma como requerido pela demografia (Santos & Pereira, 2005).

Para estimar as imperfeições nas declarações censitárias, através do cálculo de alguns indicadores e da representação gráfica, procurou-se fazer um estudo mais crítico analisando-se a distribuição proporcional da população, segundo o sexo e idade, tendo por objetivo o conhecimento do grau de precisão dos resultados dos levantamentos censitários de 1991 e 2000.

4.1 Razão de sexo

A Razão de sexo7 é um dos indicadores onde podem ser observadas possíveis distorções na estrutura da população. A avaliação da qualidade dos dados consiste na observação dos desvios da razão de sexo em torno de 100,00, que significa a igualdade dos sexos e quando se afasta existe possibilidade de erros nos dados. O Censo Demográfico 2000, manteve-se para a população autodeclarada indígena do Rural Específico a mesma tendência histórica de

7 Razão de sexo é expressada pela divisão do número de homens numa dada faixa etária, pelo número de

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predominância masculina na composição por sexo da população rural brasileira. Constatou-se no cenário observado, no levantamento censitário de 2000, ao se analisar o indicador segundo as Grandes Regiões, que para a maioria das regiões, a tendência foi a redução do excedente masculino, que foi bastante suavizada no transcurso dos 9 anos considerados para as Região Nordeste, e um pequeno crescimento do contingente de homens na Região Centro-Oeste. Em 2000, existe um equilíbrio entre homens e mulheres autodeclaradas indígenas nas regiões Sul e Sudeste.

Toda população tem mais nascimentos de homens do que de mulheres e assim a razão de sexo quando expressada por grupos de idade, mostrará também, que a mortalidade masculina é maior que a feminina, em função da sua redução a medida que a idade aumenta e a razão próxima a 100,00 também, pode indicar ausência de migração. Entretanto, para o conjunto de pessoas autodeclaradas indígenas residentes no Rural Específico o comportamento observado é bem distinto, a razão de sexo mantêm-se em padrões acima de 100 em praticamente todos os grupos de idade, significando um excedente masculino de um modo geral.

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991/2000.

Razão de sexo por grupos de idade - Brasil e Regiões Norte e Centro-Oeste - Rural Específico - 1991/2000

Brasil 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00 180,00 0-4 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70+ 1991 2000 1991 2000 Brasil 108.90 106.96 Norte 113.27 109.64 Nordeste 103.44 103.21 Sudeste 117.53 102.00 Sul 97.15 100.00 Centro-Oeste 106.54 106.62

Fonte: Censos Demográficos de 1970/2000.

Razão de sexo da população autodeclarada indígena, segundo as Grandes Regiões - Rural Específico - 1991/2000

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4.2 Forma de declaração da idade

Um indicador que serve para avaliar a qualidade dos dados é a proporção da forma de declaração da idade da população autodeclarada indígena, levando-se em consideração as duas maneiras de obtenção do quesito: através da “data de nascimento” ou pela “idade presumida (aqueles que não sabiam informar a data de nascimento). Quanto a proporção de autodeclarados indígenas com informação da idade segundo a data de nascimento em 2000, foram 87,8%, já em 1991 era 70,9%. As informações da idade presumida do Censo Demográfico de 1991 foram bem superiores as de 2000, caracterizando assim uma qualidade inferior nas informações. Para o Brasil como um todo as pessoas autodeclarada indígenas que presumiram a idade atingiu, em 1991, 29,1%, enquanto que em 2000 foi reduzida para 12,2%. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste revelaram as maiores reduções. Fazendo um paralelo com a informação da população brasileira total residente na área rural, as informações da data de nascimento correspondiam à 96,74% em 2000 e 92,38% em 1991. 29.07 12.20 35.56 15.83 26.93 9.27 11.45 8.00 12.63 4.69 21.97 8.69

Brasil Nort e Nordeste Sudeste Sul

Centro-Oeste Proporção da população autodeclarada indígena com idade presumida, segundo as Grandes Regiões Rural Específico

-1991/2000 1991 2000 7.62 3.26 9.46 3.88 9.36 4.15 6.40 2.67 3.47 1.07 5.46 2.64

Brasil Norte Nordest e Sudest e Sul

Centro-Oest e Proporção da população residente na área rural com idade

presumida, segundo as Grandes Regiões - 1991/2000

1991 2000

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4.3 Índices calculados

No sentido de avaliar a qualidade das informações sobre a idade foram calculados os índices8 de Myers9; Bachi10 e Whipple11 e comparados com os da população brasileira em geral. Afastando a hipótese de captação distinta na variável idade, em 1991 as informações foram digitadas, e em 2000 o processo de captura foi o escaneamento da informação o que justificaria a alteração na tendência observada de redução dos índices até o Censo Demográfico de 1991 (dados do Brasil como um todo). No caso especifico da população autodeclarada indígena observou-se redução dos índices independentemente da forma de captura. Entretanto, os valores estão bem acima do padrão nacional, característico da complexidade existente na leitura das informações da idade mediante a interpretação dos quesitos junto à população indígena, os índices seguem o padrão da população brasileira em 1970.

8 United Nations. Departament of Economic and Social Affairs. Manual IV. Methods of Estimating Basic

Demographic Measures from Incomplete Data. Population Studies No. 42, New York, 1967.

9 Pode assumir valores entre zero e cento e oitenta, correspondendo, respectivamente, as informações de idade

prestadas com exatidão e a todas as declarações de idade terminada pelo mesmo digito. Classificação do Índice de Myers (IM): IM <5 Baixo; 5 < IM <15 Mediano; 15 < IM <30 Alto; IM > 30 Muito alto.

10 O método de Bachi aplica o método de Whipple repetidamente para determinar a extensão de preferência

para cada dígito final e a partir daí baseia-se, tal como o Índice de Myers, na soma dos desvios, tomados positivamente, entre a freqüência relativa com que cada dígito de 0 a 9 ocorreu em um determinado levantamento e a freqüência relativa esperada, caso não houvesse preferência por nenhum dígito (distribuição uniforme). Os resultados obtidos pelo método de Bachi se assemelham aos obtidos pelo método de Myers.

11 Com o objetivo de medir a concentração das declarações nas idades terminadas pelos dígitos 0 e 5,

calculou-se o Índice de Whipple (IW =[ 5 [P(25)+P(30)+P(35)+...+P(55)+P(60)] x 100] / 62

x=23 P(x)).

Classificação do Índice de Whipple (W):99 <W <104,9 Dados precisos; 105 <W <109,9 Dados pouco precisos; 110 <W <124,9 Dados aproximados; 125 <W <174,9 Dados grosseiros; 175 <W <501. Dados muito grosseiros.

Myers Bachi Whipple

1991 2.2 1.5 105

2000 2.7 1.5 106

1991 11.8 8.2 130.9

2000 10.2 6.7 130.5

Fonte: Censos Demográficos de 1991/2000.

População residente rural e autodeclarada indígena do rural específico - Brasil - 1991/2000

Anos Metodologias

População residente - Rural

População autodeclarada indígena - Rural Específico

Myers Bachi Whipple

1970 10.2 6.6 128

1980 4.1 2.6 111

1991 1.3 0.8 103

2000 1.9 1.0 104

Fonte: Censos Demográficos de 1970/2000.

População residente total - Brasil - 1970/2000 Metodologias Anos

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Os índices de Myers e Bachi revelaram que para os anos de 1991 e 2000 os dados da população autodeclarada indígena são “medianos”, enquanto que as informações de para a população residente Rural foram consideradas com índice “baixo”. Já para o índice de Whiple que mede a concentração das declarações nas idades terminadas pelos dígitos 0 e 5, a população autodeclarada indígena do rural específico são consideradas “grosseiras” e as da população residente no rural brasileiro “pouco precisas”. Cabe ressaltar que para a população autodeclarada indígena houve uma ligeira melhoria da informação da variável idade.

A preferência por alguns dígitos terminais, em 1991 e 2000 foi especialmente pelo zero e cinco, a repulsão pelo quatro em 1991, e pelo um em 2000. Quanto à declaração por sexo, observou-se que em 1991 as mulheres prefeririam mais o zero do que os homens e houve mais repulsão pelo dígito quatro e sete para os homens e quatro para as mulheres. Já em 2000, o comportamento foi contrário, pois os homens prefeririam mais o digito zero do que as mulheres, e o de maior repulsão tanto para os homens quanto para as mulheres foi o digito um.

Myers Preference by Digit Rural Específico - 1991/2000 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Terminal digit P refer enc e 1991 2000

Myers Preference by Digit Rural Específico - 1991 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Terminal digit P ref e renc e Male Female

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4.4 Composição por sexo e idade

A composição por sexo e idade dos povos indígenas assume características de alta natalidade e mortalidade declinante, conforme estudo dos Kaiabi, realizado por Pagliaro, 2005, onde entre 1970 e 1999 o peso relativo do contingente de 0 a 14 anos aumentou de 45,6% para 56,2% e a média de filhos tidos nascidos vivos que variou de 5,7, no período 1970/1979, até 9,5 ao final do período analisado, 1990/1999. Outros estudos realizados que podem ser citados como os Mucajai Yanomama (Early e Peters, 1990); os Xavantes de Pimentel Barbosa e de Sangradouro – Volta Grande (Coimbra et al., 2004; Souza e Santos, 2001) dentre outros, indicam que os povos indígenas estão em fase de recuperação populacional revelando altos níveis de fecundidade.

A estrutura etária da população autodeclarada indígena revelada pelos Censos Demográficos mostra traços bem marcados de uma população predominantemente jovem, fruto da persistência de altos níveis da fecundidade. A base da pirâmide etária da população autodeclarada do Brasil para o Rural Específico mantêm-se alargada, como resultado do elevado número de mulheres em idade fértil ainda procriando. Esse comportamento pode ser observado para as regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, sendo que para esta última nota-se até mesmo um pequeno crescimento na base piramidal. Enquanto, que nas demais regiões já estão delineadas um estreitamento de base, principalmente na Região Sudeste, indicativo de redução da natalidade. Neste sentido, os resultados do Censo Demográfico 2000 intensificam o processo de redução do peso relativo do contingente de jovens na população autodeclarada indígena.

Myers Preference by Digit Rural Específico - 2000 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Terminal digit P ref er enc e Male Female

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Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991 e 2000.

Composição por sexo e idade da população autodeclarada indígena – Rural Específico 1991/2000 – Brasil e Grandes Regiões Brasil - 1991/2000 25 15 5 5 15 25 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70+ 1991 2000 Homens Mulheres Região Norte - 1991/2000 25 15 5 5 15 25 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70+ 1991 2000 Homens Mulheres Região Nordeste - 1991/2000 25 15 5 5 15 25 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70+ 1991 2000 Homens Mulheres Região Sudeste - 1991/2000 25 15 5 5 15 25 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70+ 1991 2000 Homens Mulheres Região Sul - 1991/2000 25 15 5 5 15 25 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70+ 1991 2000 Homens Mulheres Região Centro-Oeste - 1991/2000 25 15 5 5 15 25 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70+ 1991 2000 Homens Mulheres

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A idade mediana da população autodeclarada indígena praticamente se manteve inalterada num intervalo de nove anos. Em 1991 a idade que dividia a população em dois blocos de 50% cada era 15,86 anos. Já os resultados do Censo Demográfico 2000 mostraram que a idade mediana apresentou uma pequena variação de 0,02 anos. No que tange aos diferenciais entre os sexos, a idade mediana calculada para os homens, em 2000, foi 16,21 anos, enquanto que a referente às mulheres posicionou-se nos 15,53 anos de idade. Entretanto, na comparação com o censo anterior, os homens estão mais envelhecidos e a estrutura de idade das mulheres foi rejuvenescida. Esse desempenho de rejuvenescimento da estrutura etária foi observado na Região Norte, tanto para os homens quanto para as mulheres, enquanto que para as demais regiões esse comportamento pode ser observado somente para as mulheres nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

A relação entre a população que, em termos etários, pertence à condição de inativa (grupos 0 a 14 e 65 anos ou mais de idade) e o contingente potencialmente ativo (15 a 64 anos de idade), permite estabelecer o indicador Razão de Dependência12 que denota, em linhas gerais, o peso dos jovens e dos idosos sobre o segmento populacional que, em princípio, poderia estar exercendo alguma atividade produtiva. Assim, o Censo Demográfico 2000

12 Razão de Dependência: Mede o peso da população em idade potencialmente inativa (0 a 14 anos e 65 anos

ou mais) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade). Este indicador expressa o número de pessoas em idades potencialmente inativas para cada grupo de 100 pessoas potencialmente ativas.

1991 2000 Total 15.86 15.88 0.02 Norte 16.17 15.64 -0.54 Nordeste 15.43 16.54 1.11 Sudeste 15.15 16.25 1.10 Sul 15.00 15.99 0.99 Centro-Oeste 15.85 15.93 0.08 Homens 16.05 16.21 0.16 Norte 16.38 15.88 -0.50 Nordeste 15.37 17.03 1.66 Sudeste 14.67 15.96 1.28 Sul 15.16 16.06 0.91 Centro-Oeste 16.26 16.67 0.41 Mulheres 15.65 15.53 -0.12 Norte 15.93 15.36 -0.57 Nordeste 17.03 16.05 -0.98 Sudeste 15.69 16.56 0.87 Sul 14.81 15.92 1.11 Centro-Oeste 15.43 15.21 -0.23

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991 e 2000.

Grandes Regiões e sexo

Idade mediana

Variação Idade mediana, segundo o sexo - Brasil e Grandes Regiões -

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revelou uma relação de 106,8% de crianças, adolescentes e idosos para cada 100 pessoas potencialmente ativas. Em 1991, esta mesma relação representava 107%. A partir destes resultados pode-se constatar que não houve praticamente nenhum impacto sobre a base da pirâmide etária para o Brasil do Rural Específico. As diferenças observadas nas Razões de Dependência referentes às Grandes Regiões, em 2000, são todas bastante significativas. De um modo geral apresentaram Razões de Dependência extremamente elevadas. Enquanto o peso das crianças, adolescentes e idosos sobre a população com idades entre 15 e 64 anos, residentes na Região Norte, correspondia a 99,7%, em 1991, esse indicador alcançou 105,3%, em 2000. Excetuando a Região Centro-Oeste, que manteve a mesma razão de dependência tanto em 1991 quanto em 2000, as demais apresentaram Razões de Dependência em 2000 inferiores as de 1991, indicativo que o peso dos inativos sobre os potencialmente ativos estaria reduzindo. 113,3113,4 126,1 109,9 110,0 100,7 113,4 103,2 99,7 105,3 106,8 106,8 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Razão de dependência da população autodeclara indígena - Brasil Rural Específico - 1991/2000

1991 2000

Considerações finais

A lacuna existente quanto ao cálculo de indicadores entre os períodos censitários no que se refere a população autodeclarada indígena para uma área geográfica determinada (Rural Específico) nos levou a recorrer a metodologias alternativas para obtenção de uma estimativa das taxas de crescimento. Alguns pressupostos admitidos foram necessários para a elaboração da retrocompatibilização. Sendo assim, foram consideradas as alterações territoriais dos limites municipais no período 1991/2000, com objetivo de comparar o recorte territorial das terras indígenas de 2005, fornecidos pela FUNAI, com o polígono dos municípios no período observado. Dessa forma, as taxas de crescimento calculadas para a população autodeclarada indígena no período 1991/2000 seguem a tendência geral observada pelos estudiosos dos povos indígenas, com exceção da área rural específica da Região Sudeste. No

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exercício desenvolvido extraiu-se esta região atingiu-se a taxa de crescimento anual de 4,2%, o que poderia ser interpretado como um ritmo de crescimento médio anual dos povos indígenas segundo os censos demográficos. A comparabilidade com os níveis de fecundidade e mortalidade infantil das áreas estudadas será objeto de estudos futuros. Quanto a análise dos índices, em 2000, que avaliam a qualidade dos dados da variável idade indicam que os valores dos índices de Myers e Bachi para a população autodeclarada indígena podem ser considerados “medianos”, enquanto que tanto para o Brasil Total quanto para o Brasil Rural os valores são “baixos” e, para a interpretação do índice de Whipple que verifica a atratividade pelos dígitos terminais zero (0) e cinco (5), os dados são considerados “grosseiros” para a população autodeclarada indígena residente no rural específico e “precisos” para o Brasil Total, enquanto que para o Brasil Rural “pouco precisos”.

E, finalmente, explorando um pouco mais a estrutura etária da população autodeclarada indígena, o cálculo da idade mediana revelou um processo de rejuvenescimento populacional em algumas áreas geográficas que pode ser correlacionada com a recuperação populacional já citada por alguns demógrafos e antropólogos (Pagliaro, Azevedo & Santos 2005; Tendências..., 2005).

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