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Projeções para Pequenas Áreas - o caso do Distrito Federal

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Academic year: 2021

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Projeções para Pequenas Áreas - o caso do Distrito Federal

Araci Cruzatto Ministério

SEDUH/DF/GEPOP

Mirna Augusto de Oliveira

SEDUH/DF/GEPOP

Mônica Oliveira Marques França

SEDUH/DF/GEPOP

Introdução

A constante demanda por dados atualizados de população, para as Regiões Administrativas - RA’s do Distrito Federal, tanto por parte de profissionais da área de planejamento, dos setores público e privado, como de usuários de modo geral, levou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação - SEDUH, por meio de sua Gerência de Estudos de Demanda Populacional – GEPOP, e com o apoio do Fundo das Nações Unidas para População – FNUAP, a elaborar projeções de população, para aquelas regiões referentes ao período 1997-2005. No entanto, em virtude dos resultados do Censo Demográfico 2000, a abordagem desse estudo estará restrita ao paralelo entre os dois resultados encontrados para aquele ano.

O Distrito Federal, para fins de coleta de informações do IBGE é equiparado a município, sendo composto de 19 RA’s, várias de criação recente, outras anteriores à sua fundação, as quais apresentam uma grande diversidade quanto ao contingente populacional e taxas de crescimento, podendo algumas serem comparadas a cidades de médio porte enquanto outras podem se enquadrar na categoria de pequenos municípios.

Para a realização deste trabalho várias metodologias foram experimentadas. A inexistência de informações confiáveis quanto às variáveis demográficas por RA’s tornou inviável elaborar projeções pelo Método dos Componentes. Exercícios foram realizados com o Método das Variáveis Sintomáticas, utilizando informações de nascidos vivos, óbitos, matrículas do 1º grau e número de eleitores, sob a orientação de demógrafa da Fundação de Economia e Estatística, do Rio Grande do Sul, e cujos

Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, realizado em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de novembro de 2002.

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resultados não atenderam aos objetivos do trabalho, uma vez que esta metodologia só permite estimar uma população para o ano corrente. Quanto aos Métodos de Extrapolação Matemática, foram experimentados os de Exponencial e de Logística, porém, nenhum apresentou resultados coerentes com a nossa realidade. Vale lembrar que tais métodos possibilitam projetar somente os totais da população.

Assim sendo, para o cálculo desta projeção foi adotado o Método de Relação de Coortes, de Louis Duchesne, que além de ter sido desenvolvido para pequenas áreas, permite ainda obter projeções por sexo e grupos de idade, fator de importância primordial para o planejamento setorial.

Uma vez que o método requer uma projeção de população da área maior, para o mesmo ano a ser projetado para as áreas menores, o ponto de partida para o cálculo dessa população foi a projeção elaborada pelo Método dos Componentes, para o Distrito Federal, em parceria CODEPLAN e IBGE, no intervalo 1997-2020, e disponibilizada ao público em 1999.

2. O método de relação de coortes

Propõe-se este método a projetar populações para pequenas áreas, por idade e sexo, levando em consideração a evolução das coortes1, o que lhe confere um caráter demográfico uma vez que nele estão contempladas a migração e a fecundidade.

Esta técnica foi elaborada para projetar qüinqüenalmente as populações das áreas menores ajustando-as ao crescimento previsto para a área maior. Às estruturas populacionais das áreas menores no último censo, são aplicados coeficientes de crescimento das coortes (CR), da área maior, modificados segundo o índice de crescimento diferencial (K) de cada uma das áreas menores em relação à área maior verificado entre os dois últimos períodos censitários.

Dadas às particularidades inerentes ao Distrito Federal, algumas adaptações tiveram que ser introduzidas ao método de forma a adequá-lo às características de crescimento de sua população.

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Tendo em vista a solicitação permanente por dados anuais de população para as RA’s a primeira medida adotada foi a de elaborar uma projeção para o período 1997-2000. Esta população foi calculada anualmente, por sexo e idade simples, sendo os resultados compatibilizados com a projeção pelo Método dos Componentes para o DF, em cada ano da projeção. A análise das populações encontradas mostrou, para algumas RA’s, resultados “incoerentes” com a realidade sinalizada pela contagem preliminar de domicílios preparatória do Censo 2000. Essas “divergências”, constatadas em algumas regiões administrativas, foram resultado da transposição para o futuro dos diferenciais de crescimento (K) registrados entre 1991-96, período que coincidiu com uma intensa migração, principalmente interna, ocorrida no DF por ocasião do surgimento de novos assentamentos habitacionais. Na tentativa de minimizar esses desacordos e adequar o volume populacional projetado a uma realidade prevista, procedeu-se a ajustes dos K’s para as RA’s conforme o estimado através do número médio de pessoas por domicílio da PNAD de 1999 e da contagem preliminar de domicílios do Censo 2000.

3. Os resultados da projeção

A projeção elaborada para o Distrito Federal, pelo Método dos Componentes, encontrou para o ano dois mil, uma população de 2.020.965 pessoas, enquanto os resultados observados pelo Censo Demográfico – IBGE, indicam um volume de 2.051.146, que retroagidos para 01 de julho chegam a 2.045.383 (Tabela 1). Em relação aos dados observados, a população projetada mostrou um nível de precisão muito próximo do real – 98,81%, indicando uma diferença para menos, de somente 1,19%, o que pressupunha um crescimento menos significativo do que o efetivamente verificado.

Com relação ao projetado para as RA’s, pelo Método de Relação de Coortes, divergências foram verificadas quando confrontados os dois resultados. Essas dessemelhanças podem ser decorrentes tanto das peculiaridades inerentes às nossas Regiões Administrativas como da possível subenumeração diferenciada ocorrida na Contagem Populacional de 1996.

Considerando que a variável migração ainda é um importante componente demográfico que interfere intensamente no aumento da população do DF, convém ressaltar que as medidas adotadas pelo governo local com a distribuição de lotes, como forma de amenizar o problema habitacional no último decênio, e a conseqüente criação

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de novas Regiões Administrativas, levou a crescimentos populacionais muito distintos entre as áreas do DF. Associados a esses fatores, estão os movimentos migratórios intrarregionais provocados, também, pelo deslocamento de novas famílias decorrentes de desmembramentos familiares. Se levada em consideração que a população migrante é composta, em sua maioria de jovens, este fator aliado à fecundidade das mulheres, tanto residentes quanto migrantes, em muito contribuiu para as diferenças regionais encontradas entre os resultados projetados e o Censo.

Analisando-se o grupo das RA’s (Tabela 2) cujo espaço físico não sofreu alteração, constata-se que os números projetados para Brazlândia e Taguatinga resultaram bastante próximos dos observados. Brazlândia registrou uma alteração, para mais, em torno de 3%, enquanto Taguatinga revelou, para menor, uma diferença de 2%, o equivalente em valores absolutos a 1 766 e 5.227 pessoas, respectivamente (Tabela 1). Sobradinho e Planaltina, mesmo com área territorial inalterada, ficaram bastante expostas à migração, uma vez que além dos condomínios particulares ali implantados, por parte do governo também surgiram vários assentamentos. As diferenças registradas pela projeção, para menos, no caso das RA’s Guará e Cruzeiro podem estar a sinalizar para a recuperação do setor da construção civil, haja vista a expansão dos setores Guará II e Sudoeste. Para a Ceilândia o montante populacional encontrado pela projeção, mostrou uma diferença, para mais, de 4,31%, enquanto os resultados do Censo apontam um crescimento próximo de zero, só justificável pela evasão de famílias secundárias para moradias unifamiliares em outras RA’s.

Quando avaliados em relação ao Censo, algumas considerações deverão ser feitas quanto aos números projetados para o conjunto das RA’s cujas áreas cederam espaço para o surgimento de novos núcleos (Tabela 1). O volume de população encontrado para as RA’s Gama e Paranoá apresentaram um excelente grau de exatidão se levarmos em conta que as diferenças encontradas variaram entre - 1 e +1%, respectivamente.

Para a RA Brasília a diferença de 5,1% encontrada, para mais, pela projeção, embora se confronte com os resultados censitários, estava baseada numa suposta recuperação da população, que se justificava, em parte, pelo incremento da construção civil, principalmente residencial, observada no período. Os resultados do censo, no entanto, estão a indicar um crescimento negativo da população para esta RA a partir do

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período 1991-96. A perda de população, neste último decênio pode ser justificada tanto por alteração na composição familiar dos residentes na RA Brasília - com a sensível redução do número médio de moradores por domicílio, como pelo significativo número de domicílios desocupados – cerca de 20%, segundo resultados do IBGE.

A diferença relativa de – 4,6% calculada para o Núcleo Bandeirante, pela projeção, contemplou uma taxa de crescimento para o período inferior à registrada pelo IBGE, o que pressupunha um crescimento de população mais lento, à semelhança do que vinha se verificando entre 1991-96.

Os resultados projetados para o conjunto das RA’s originadas a partir do desmembramento de outras já existentes (Tabela 1), independente do ano de sua criação, apresentaram-se bastante divergentes entre si quando comparados aos do Censo de 2000 . A RA Lago Norte, em valores absolutos registrou, para menor, uma diferença de apenas 455 pessoas ou – 1,5%, dessemelhança essa pouco significativa, para uma região em cujo espaço encontra-se inserido o aglomerado subnormal Vila Varjão cuja área sofreu adensamento por ocupação ilegal de lotes habitacionais.

As regiões do Lago Sul e de Candangolândia, que em princípio são áreas consolidadas, apresentaram crescimentos divergentes. No caso da primeira, a diferença encontrada, a maior, pela projeção em relação ao Censo, deve-se em parte à expansão dos condomínios residenciais ali estabelecidos o que levou à hipótese de um crescimento populacional mais rápido. Quanto à Candangolândia, dado o espaço físico reduzido e às menores chances de expansão, a projeção supôs uma tendência de crescimento mais moroso para o ano 2000.

Em relação às Regiões Administrativas de Santa Maria e Recanto das Emas, Riacho Fundo e São Sebastião, desmembradas respectivamente do Gama, Núcleo Bandeirante e Paranoá (Tabela 1), as dessemelhanças relativas comprovadas, em sua maioria para menos, quando comparados os números da Projeção e do Censo, são justificadas, principalmente, por serem áreas de ocupação recente e ainda em fase de expansão, estando portanto susceptíveis à migração mais intensa do que a prevista.

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4. Conclusão

Uma vez experimentadas algumas metodologias para projetar população para áreas menores, chegou-se a um consenso de que o método de Relação de Coortes, de Louis Duchesne, foi o que mais se adequou à realidade do Distrito Federal, haja vista as particularidades inerentes ao surgimento de suas regiões, bem como o crescimento desigual observado em cada uma, a cada período.

Quando comparados os dados projetados para o Distrito Federal, pelos componentes demográficos, e os observados pelo Censo, para 2000, verifica-se que, em se tratando de projeção ao nível de população total, o método utilizado apresentou um grau de precisão bastante aceitável visto que aqueles projetados mostraram uma diferença, para menor, de apenas 1,19% em relação aos dados do IBGE.

Em se tratando de pequenas áreas, porém, para as Regiões Administrativas do DF, exatidão desse nível foi constatada somente em duas situações. Para o Gama a diferença também foi a menor, uma vez que a população projetada foi de 128.588 e a observada chegou a 130.392 pessoas, donde se conclui que esta região apresentou um crescimento mais acelerado do que o previsto, seja pela imigração mais intensa ou resultado do próprio crescimento vegetativo. Já no caso do Paranoá, o IBGE contou, para 2000, 54.724 habitantes, enquanto o método Duchesne projetou 55.537 pessoas, registrando uma diferença para mais de 1.49%.

Se estabelecido um paralelo entre as demais populações projetadas para as outras RA’s e o enumerado pelo IBGE, as diferenças encontradas variaram entre menos 28,76 e mais 16,99%, revelando tendências de crescimento observado bastante divergentes em relação ao esperado.

Se considerada uma provável subenumeração seletiva, por Região Administrativa, verificada na CONTAGEM da população de 1996, essas diferenças tendem a apresentar menores distorções, haja vista que as populações esperadas pelas projeções para as RA’s estariam mais próximas dos números observados neste Censo 2000 pelo IBGE.

Um outro fator relevante pode estar relacionado às Regiões mais dinâmicas, de ocupação recente, como os novos assentamentos surgidos em áreas pouco povoadas, o

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que os levou a apresentar explosivas taxas anuais de crescimento no período entre 1991-1996, impossibilitando a obtenção de parâmetros que norteassem a projeção.

De modo geral pode-se concluir que o Método de Relação de Coortes, de Louis Duchesne, atende às necessidades de projeção de população para as Regiões Administrativas do Distrito Federal. Considerando que, à exceção daquelas áreas cujo crescimento populacional sofreu interferência de causas exógenas, como transferências maciças de população, os resultados foram de modo geral bastante aceitáveis.

Deve-se ter em conta ainda, que nenhuma projeção pretende ser definitiva uma vez que ela, de certa forma, tende a refletir no futuro a dinâmica passada de uma população. Torna-se, portanto, necessário, adotar mecanismos de ajustes sempre que novas informações sinalizem alterações na conduta dos componentes demográficos.

Tabela 1 - Distrito Federal - População Residente Observada e Projetada, segundo as RA's - 1996-2000

REGIÕES População População População Projetada/ TMGCA ADMINISTRATIVAS Observada Projetada População Observada 1996/2000

1996 2000 2000 ( %) Observada Projetada RA1 - Brasília 202.561 198.507 208.636 105,10 -0,50 0,74 RA2 - Gama 121.820 130.392 128.588 98,62 1,71 1,36 RA3 - Taguatinga 223.334 243.136 237.909 97,85 2,15 1,59 RA4 - Brazlândia 47.586 52.586 54.352 103,36 2,53 3,38 RA5 - Sobradinho 100.756 128.134 116.803 91,16 6,19 3,76 RA6 - Planaltina 115.931 146.388 136.227 93,06 6,01 4,12 RA7 - Paranoá 46.968 54.724 55.537 101,49 3,89 4,28

RA8 - Núcleo Bandeirante 31.259 36.355 34.677 95,38 3,85 2,63

RA9 - Ceilândia 343.171 344.021 358.831 104,31 0,06 1,12

RA10 - Guará 102.605 115.104 108.209 94,01 2,92 1,34

RA11 - Cruzeiro 55.913 63.706 60.809 95,45 3,32 2,12

RA12 - Samambaia 154.723 164.114 179.259 109,23 1,48 3,75

RA13- Santa Maria 85.036 98.374 115.093 116,99 3,71 7,86

RA14 - São Sebastião 43.519 63.802 54.264 85,05 10,04 5,67

RA15 - Recanto das Emas 48.892 92.043 65.568 71,24 17,14 7,61

RA16 - Lago Sul 28.910 28.153 30.151 107,10 -0,66 1,06

RA17 - Riacho Fundo 20.880 40.819 32.090 78,61 18,25 11,34

RA18 - Lago Norte 26.126 29.431 28.976 98,46 3,02 2,62

RA19 - Candangolândia 13.827 15.594 14.987 96,11 3,05 2,03

DISTRITO FEDERAL 1.813.817 2.045.383 2.020.965 98,81 3,05 2,74 Fontes: IBGE - Contagem Populacional - 1996 - População retroagida para 01 de julho.

Censo Demográfico - 2000 - População retroagida para 01 de julho. SEDUH - Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação

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Tabela 2 - Distrito Federal - Regiões Administrativas segundo a data de criação. Localidades Regiões Administrativas

1991 Data de Criação 1996 Data de Criação Atuais

Brasília 1956 RA1 - Brasília² RA1 - Brasília

RA16 - Lago Sul 1994 RA2 - Gama RA18 - Lago Norte 1994 RA3 - Taguatinga

Gama 1966 RA2 - Gama² RA4 - Brazlândia

RA13 - Santa Maria 1993 RA5 - Sobradinho RA15 - Recanto das Emas 1993 RA6 - Planaltina

Taguatinga 1958 RA7 - Paranoá

Samambaia 1985 RA8 - Núcleo Bandeirante

Brazlândia¹ 1956 RA9 - Ceilândia

Sobradinho 1960 RA10 - Guará

Planaltina¹ 1956 RA11 - Cruzeiro

Paranoá 1957 RA7 - Paranoá² RA12 - Samambaia

RA14 - São Sebastião 1993 RA13- Santa Maria Núcleo Bandeirante 1956 RA8 - Núcleo Bandeirante¹ RA14 - São Sebastião

RA17 - Riacho Fundo 1993 RA15 - Recanto das Emas RA19 - Candangolândia 1994 RA16 - Lago Sul

Ceilândia 1971 RA17 - Riacho Fundo

Guará 1966 RA18 - Lago Norte

Cruzeiro 1959 RA19 - Candangolândia

Fonte: SEDUH/SUPIN/GEPOP

Notas: ¹As RA's Brazlândia e Planaltina são anteriores à instalação do DF e pertenciam respectivamente aos municípios goianos de Luziânia e Planaltina.

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