OPINIÃO
Porque
cala
a
imprensa
catarinense
•
,
I
II I
Jornal laboratóriodo Curso de Jornalismoda UFSC Ano 13-
nº
7 - Maio/96I'
I;II
AL
Como educar
seufilho?
Dazaranha:
a
ascenção
de
uma
banda
mané
da
ilha
iJí�
Dr.
Minatti,
o
picareta
do
sexo
virtual
ZERO
JornalLaboratório do
Cursoda Jornalismo da UFSC
AnD13- 11.7-maiol96
Arte: Romeu
Martins
censurar até mesmo entrevista
coletiva.Abancada estadual do
PPB convocou uma no dia 18
de
abril,
para anunciar queprotocolara
umaação
popular
pedindo
asuspensão
de toda apropaganda
do governo doEstado,
porconsiderá-la de conteúdo "marcantemente
políti
co-partidário
e depromoção
pessoal
dogovernador
Paulo. Afonso Vieira"
(PMDB).
Doisjornais
limitaram-se
a dar a notícia em notinhas escondidas no
pé
depágina.
Aação
- bemfundamenta
da,
inclusive com levantamento
estatístico
sobre osanúncios institucionais pu blicados
pelas
secretariasde Estado
-envolvia,
além dopróprio
governador,
osecretário de Comunica
ção,
PauloArenhart,
o secretário-adjunto,
Roger
Bittencourt,
e o assessor especial do
governador,
Paulo Prisco Paraíso. Além das
agências
de
propaganda
escolhidas e osmembros que compuseram a
comissão de
licitação.
A
linguagem
do governonão é de mão única. Bastaria
confrontar o teordas manche
tes dos
jornais
com o montan te de verbas pagas mês a mêspelo
governo. Desde o PlanoCollor os custos das empresas
subiram e os anunciantes
pri
vados escassearam. O dinheiro
público
passou a sustentar osveículos de
comunicação.
Daíopoder
que os23
milhões tem.Se há pouco
dinheiro,
osjor
nais tornam-se
oposição.
Se odízimo está em
dia,
o melhorlugar
do mundo éaqui,
e ago ra. Aestratégia
éantiga.
Chateaubriand fez fortunacom
ela. Trata-se de um
jogo
contí nuodepoder
em que cada participante
usatodasas armasquetem e o
equilíbrio
só é obtidoatravés de
chantagens
mútuas.Quem
perde
sempre é o cidadão.
Estes são
alguns
dos motivos,
senadorKleinübing,
por que esteartigo jamais
poderia
ser
publicado
emqualquer
jor
nal catarinense. No seu
tempo
também era
assim,
lembra?O
suspenso. Ojornal
quis
sabero motivo do corte da verba
-decercade
R$
20mil.Aresposta foi direta: o
jornal
publicara
osartigos
do cineasta batendono
secretário,
por que cargasd'água
continuaria
recebendo dinheiro dogoverno?
Mesmo sendo
propriedade
doex-deputado
Moacir Thomazzi - historicamente um
po
lítico alinhado com a
Arena,
o
Executivo
interfere
diretamente
no
que
é
publicado
pelos
jornais
que
circulam
no
estado.
---
maio
/1996
PDS e PPB - o
jornal
cedeu. Tiveram que
sair,
diante doali
nhamento do
jornal,
o editor chefe da sucursal de Florianópolis,
MarceloPossamai,
e o editor depolítica
AdauriBarbosa. Possamaifoi assessorde
comunicação
dogovernador
VilsonKleinubing.
A verbafoi,
enfim,
garantida.
Outro fato: o colunista
LuizAntônio
Soares,
dojornal
ANotícia,
publicou
naíntegra
uma carta enviada
pelo
secretário-adjunto
deComunicação,
Roger
Bittencourt. A carta acu sava Soares de estar fazendooposição
sistemática ao gover no Paulo Afonso. Dizia adiante que não conhecia aformação
do
jornalista
e quejamais
havia recebido um telefonema
dele. Soares
respondeu
que nãoprecisa
ir ao Palácio ou telefo nar para ternotícias do que sepassa no governo.
Acartaeraa
resposta
dosecretário ao que Luiz Antônio
Soares havia escritodias antes.
Ocolunista
-salvaguardado
nolimbo que os colunistas ocu
pam na
imprensa
catarinense-aconselhou que seria melhor parao
governador
deixar deseiludir
pelos
"abobados que ocercam".
A verba de
propaganda
é tãopoderosa
que conseguePorque
cala
a
imprensa
catarinense
Colaboração:
Lãciene
Gimenez
Branco,
Prof
Henrique
Finco,
Sérgio
Severino
Capa:
Foto:Elmar Meurer
Estúdio
ZoomModels
Arte:
Joice
Sabatke
Edição:
Joice
Sabatke,
Christina
Va/adão,
G/adinston
Silvestrini,
Marcelo
Santos,
Renê
Müller,
Elmar
Meurer,
Daniela
dePaula
Queiroz,
Barbara
Pettres,
Laura
Tuyama,
PauloHenrique
de
Sousa,
AlessandroBonassoli
Editoração
Eletrónica:
G/adinston
Silvestrini,
Joice
Sabatke,
Christina
Va/adãc,
Laura
Tuyama
Infografia:
G/adinston
Silvestrini
Laboratório
Fotográfico:
Barbara
Pettres,
Laura
Tuyeme,
ElmarMeurer,
Marina
MorosMontagem:
Christina
Va/adão,
G/adinston
Silvestrini,
Sérgio
Severino
Planejamento
Gráfico:
Joice
Sabatke,
Christina
Va/adão
Supervisão:
Prof
Carlos
Locatelli
Redação:
Curso de Jornalismo
(UFSC
-CCE),
Trindade,
Florianópolis/SC
-CEP
38040 -900e-mail:
com@cce.ufsc.br
Telefones:(048)
231-9490
e231-9215
Telex
eFax:(048)
234-4069
Fotolitos
eImpressão:
Jornal
A
Notícia
Tiragem:
5mil
exemplares
Distribuição
Gratuita
Circl!!�ção
Dirigida
� � , �:
...:
.O
senadorbing
(PFL)
Vilson
desafiouKleinüaimprensa
catarinense apraticar
o"jornalismo
investigativo",
em uma entrevistacoletiva,
noúltimo
diâ
22 de abril.Estavavisivelmente
irritado com a ausência de notícias
contraogovernodo Estadonos
jornais
e nas TVs de SantaCatarina.
Irônico,
disse estardesconfiado que Goebbels - o
mentorda
propaganda
nazista
-esteja
porperto.
Certamente,
não énenhu-ma
comparação
entre osresponsáveis pela
área decomunicação
do governoe onazista.Mas
comopubli-car,
senador,
se osjornais
estãocensurando atéentre
vista coletiva?
No
episódio
catarinense, o Goebbles citado
por
Kleinübing pode
sertraduzido por
alguns
milhões.Mais
precisamente,
R$
23 milhões - verba
empenhada
paraa
propaganda
do governo.É
armado com este-arsenal que
o Executivo tenta interferir di
retamente no que.. é
publicado
pelos jornais
que circulam noestado.
Às
vezeschega
a determinar o que
pode
ou não serpublicado.
Matérias sobre aparanaense
Inepar
e a PaulistaSeguros,
empresas que financiaram a
campanha
db
governador Paulo
Afonso
e que agoraestariam sendo beneficiadas
comgenerosas verbasgoverna
mentais,
teriam sido censuradas em
pelo
menos doisjor
nais,
segundo
relato dos autores que,
obviamente,
não seidentificam para não
perder
oemprego.
Masa
materialização
dainterferência ocorreu
quando
dapublicação,
pelo jornal
ANotícia,
de trêsartigos
do cineastaEduardo Paredes criticando o
comportamento
do secretáriode
Comunicação
Paulo Arenhart. Umepisódio
lamen tável que resultouemretaliação
comercialedemissão de
jorna
listas. Dois dias
depois
da publicação
do terceiroartigo,
ojornal
foi avisado de que oanúncio de
página
inteirá deum caderno de cultura estava
maio/1996---�
....
céus",
Brasil
.O�
uiáloqos
aiirmam que
está
acontecendo
umdireção
à
Catanduva.Narnes- : rnarnerüe, ,10 tocante ao
CC"
maestrada,oempresárioJoão
.
aparecimento
deobjetos
vo-fenômeno que eles
chamam de
onda.
ZERO
daMatta, 48anos,garanteter
:
adores emquasetodo oes-confere
oque
oscibernautas tern
adizer
sobre
o feitoocontatomaispróximo
: paço aéreo brasileiro ét: com o OVNI, que descreve .
apenasumpequena
assun O .
como sendo um
aparelho
: pontodo quere-por Romeu Martins
oval,
emitindo luzaes colori- aImente dase com uma"traseira pare- acontece. cida com adoantigo
Simca Ocorreu umChambord'. Todaessa
agita-
caso emVargi
ção
chamouaatenção
do pre- nha-MG de um.sidente daSociedadedeEstu-
aparecimento
dedos Extraterrestre,
Socex,
o umaestranha criufólogo
gregoEustáquio
atura oquefez
queAndréaPatounas. a
população ficasse
Eustáquio,
entrevistadonoalarmada,
entãofoi
últimoZERO,nãosóacredita quaseimpossível
a imnaveracidade docaso,como : prensa escondertal
fato.
dáo
endereço
e amissão dos:
Daíapopulação
começouaOVNIs de
Joaçaba:
"Osseres :falar
sobreosaparecimentos
sãooriundos deArcturus,na : de OVNIs queestavamocor
constelação
perto de Sirius,e : rendo- até então quase ninsuatarefa éancorar uma nova
:
guém falava
por medo ouenergia
propícia
paraas mu- : mesmopornãoterquepasse noticiava um
danças
a nívelvibracional,
e : sarporhumilhações
- a impara
encorajar
ações
para:
prensa.pressionada pelo
gotransmutação
de valoresespi-
oerno.foi
"obrigada"
aesclarituais". recertais
fatos,
oque ale-Masoassuntoé
polêmí-
vou atransmitiraquelas
tão co,e nemtodostêm tama- tolasexplicações,
dizendo nhaconvicção,
por issona que eramapenasimagens
estréia da
seção
Fórumdesfocadas
dealgum
pontoInternet, oZERO
lançou
a de luz. Todos nósquerendo
seguinte
questão
narede saberumpoucoetendo quedas redes: '�verdade está ouvirtolices I!!
mesmoláfora?"
€)
Everson Luis TacoPesquisador
ufológico
etradutor da revista UFO
. . .,.""
g952�iqm.uniCdfTlp.br
existedesdea
época
da 2'"
grande
guerra(1945),
masgrandes
companhias "abafa
ram" o seu
lança
mento.A
tecnologia
só é mostradapara
a humanidade de
pendendo
dos interessesde quemade
senvolveu.
JulianoNoal Palma
reproduções!ZERO
Universidade Federal de Santa Maria- RS
jnpalma@saigon.cpd.ufsm.br
Acadêmico de
Engenharia
Mecânica
Desde
ano,já
oforaminício dorelatados avistamentos
na maioria dos
estados,
doRio Grande do Sul à
Bahia,
passando
por Minas GeraiseatémesmoSanta Catarina. Al-guns casos ficaram
célebres,
como o deVarginha-
MG,
ondefala-se até deumextra terrestre
capturado pelo
Cor-Desenho de OVNI avistado em
Joaçab_a
A
partir
domomenta em que
foi
visto
algo
quevoa enão
foi identifica
do,
evidentemente trata-se de umOVNI.
Agora,
naminha
opinião,
afir-omarque dentro des
teOVNIexistemse
resdeoutros
plane
tasépuraprecipita
çâo.
Amaioriadosaoistamentos não
passa 'demá
iruerpretaçâo
dos
fenôrrumos
atronômicosbanais,
engodos
e,oqueestá muitoemmoda:umaótimaforma
de sedivulgar
umadeterminada
região
dopaís.
EduardoGaivão Belo Horizonte- MG
epg@gcsnet.com.br.
Engenheiro
eletrecista -Analista -Astrônomo amador po de Bombeiroslocal.EmSanta
Catarina,
durantetodoomês de março,oin
teresse
pelo
assuntoficouporconta das
aparições
em cida des doOeste,principalmente
Joaçaba,
ondecentenasde pessoas
chegaram
a fazervigílias
todas as noites. Sintonizadas
nasrádios
locais,
umaverda deira multidão iaorapara àsproximidades
doaeroporto Santa
Terezinha,
ora doPresídio
Regional,
aspartesmaisaltas da
cidade,
cadavezqueavistamento. Várias pessoas
fotografaram
efilma ram .o fenômeno. Umcinegrafista
da TVBarriga
Verdechegou
a acompanharum
objeto
luminosoporumtre
cho de 20
quilôme
tros da
BR-282,
emgal
e deixa cairpedaços.
A AMPEUe oCIPFANIinoestigam
e encontram uma
placa
com inscrições.
As duas teste munhas sâopoucoconfiá
veise aplaca
é deliga
co-mumde cobre. Belo HorisonteÉ
filmado
umOVNIcomformato
de morcego. Todosos
objetos
comformato
debat-sinal são
aberrações
de lentesgeradas
porcâmerascomzoom12x.Este, empar
ticularera
Vênus,
com100% decerteza.Varginha
Suposto
ETau IT vista dentro da cidade.Captura
dopela
PM/Exército.
Nãodispomos
demaisinforma
ções
...porenquanto!
Aloysio
Carvalho Belo Horizonte- MGMeu irmão
afirma
terpresenciado
estranhasluzesnosúltimos dois diasnocéu
aqui
dePelotas.Asluzessãode cor
uerrnelbotalaran
jado,
eaparecem por voltade
20hs.,
semprenamesmadireção.
Seu movimentovaria,
incluindo movimentosoverticais.
Nãoposso
afirmar
nadamais, apenasestou relatan do para
registrar
ofato.
André
"Andy"
Caruso Pelotas- RSandy@akira.ucpeLtche.br
Apalavra
OVNI édesigna
daparaobjetos
voadores não-identificados,
nâoquerdizer que estes
"objetos"
sejam
deoutrosplanetas
egaláxias. Será que aNASAe a
humanidade
já
nãopossuemdúvida que taisdiscos voa
dores que andam assustan doaspessoas poraí não
fo
ram desenvolvidospelos
ci entistas terrestres, osquais
andam
fazendo
experimen
tosparatestá-los?...Segredos
militaressãoaindaosmaisbem
guardados
...Não esque çam queatelefonia
celularOquetem ocorrido
ulti-Envioa
posição
da
pesquisa
emMinasGeraissobreca sasrecentes
divulga
dospela
]1.;Conselheiro
Lafaiete
LuzMisteriosa
em
Lagoa.
Filmadopela
IV atraimultidões,
gera comércio. O CIPFANI in
vestiga
edescobre tratar-seo
deum
reflexo
de doispostesde luz de sódio distantes.Ma
téria
publicada
noEstado deMinas
-04/04/96
Januária
OVNIdesce sobre
mata-aloysio@bhnet.com.br
Todos asistiramarepor
tagemdo Fantástico
(21/04/
96)
sobre aoistamentos nocéuda
Paraíba,
numacidade
próxima
aJoão
Pessoa.As autoridades não se
pronunciaram
?Ninguém
avisouaAeronáutica ?
Novamente
ficamos
semrespostas...
Emigdio
H.Engelmann
Santa Cruz do Sul- RS
Professor da UNISC
emigdio@unisc.br
A
çada
edição
doZero
são selecionadosdiferentes
temas
para discussão.
Se \()(!'L'
quepariici pard()
Fórum
InternetZen).
c�crL'\a paLI
conl((/
('Ce.lIfsc.
hrZ
E
R
•
Antecipações
de Receita Orçamentária,
somaramR$
1<;5 milhões. Estas opera
ções
são,basicamente,
empréstimos
queogovemo doestadotomaembancos
pú
blicos ou
privados
dandocomo
garantia
a sua receita futura. Um estado com ascontas emdia também não se
sujeitaria
àscondições
im postaspela
Caixa Econômica
Federal
paraum.ernprés
timo de
R$
90milhões
(ver
box).
DOIS MAIS DOIS- Por
outro
lado,
estranha verodesempenho
de Santa Cata rinaemarrecadação.
Amé dia mensal da receitalíqui
dapassoude
R$
76bilhõesem 94 para
R$
136
bilhõesem 95. O estado
conseguiu
omelhorresultado na arre
cadação
do ICMS desde1986. O total arrecadado
chegou
aR$
1,75 bilhão,
14,23%
a mais que em94.
Isso representa o terceiro
maiorcrescimento real do
ICMSentreosestados dafe
deração,
atrás apenas de São.Paulo
eRiode
Janeiro. Jun
te-se a isso os
R$
100 mi lhões obtidos com a vendade
ações
da Celescpelo
Invesc, Santa CatarinaParti
cipações
e Investimentos S.A.A
diferença
nas contasapresentadas
pope
esclarecer o que realmente foi a
transição
pacífica
do governoKonder Reis para Paulo
Afonso. O
deputado
CarlitaMerss, doPT,diz que tudo
fonteSecretariade Estado da Fazenda
nreferenteaprimeira parceladoempréstimodeR$90 milhOes
---
maio
/1996
não passou de uma estra
tégia
paragarantir
a maioria na Assembléia
Legis
lativa. O interesse doPMDB
seriamanteras
aparências
das contas do governo
Kleinubing/Konder
Reis,muito maisabaladas queo
divulgado, garantindo
assim os sete votos do PFL.
Valelembrar queo
partido
de
Jorge
Bornhausen nãogarantiu
apenas a aprovação
dosprojetos
do governo no
Leg
islat ivo. Tevetambém
apoio
fundamen tal naprópria
eleição
paragovernador,
com o fim daUnião por Santa Catarina
O
Comissão
Parlamentar
de
Inquérito
vai
tnvestiqar
ascontas
do
90verno Paulo
Afonso
por Gladinston
Silvestrlnl
/
os
ars.deputados e�tadu
que compoem aCPI das contas do govemo Paulo Afonso têm até o dia 30 de
junho
paradescobrir o que aconteceu
com o caixa de Santa Ca
tarinanosúltimos trezeme
ses.
Principalmente quando
namudança
do governoKonder Reis para Q
atual,
propagou-seaidéia de que oestadoestavacomasfinan
ças
equilibradas,
criando oquesechamoude
"transição
pacífica".
Hoje,
noentantoasituação
éoutra. Sobramêsnofimdoorçamento.
Ou a
situação
apresentada em
janeiro
de 95 nãoeratão
boa,
ouPaulo Afon soquebrou
oestado.É
oque se conclui ao ver os núme rosapresentados
pelo
secretário da
Fazenda,
Oskar Falk.Adívida
pública,
emfevereirode
96,
passava deR$
2,5
bilhões.O
comprometimen
tomensal da receitapara o
pagamento das dívidas su
biude
R$
22 milhõesemja
neiropara
R$
35milhõesemdezembro de 95.
Já
a folha de pagamento do funciona lismopassou de61%da receitaestadual para
91,8%.
Outros números des mentemasupostasaúde fi
nanceira.Sóem95
asARO's,
Vem pra
caixa,
vem
iJissecando
O
caixa
do
estado
ogoverno doestado não
conseguiu
fazervalerodecreto
624/96,
determinandoolimite de65%
dareceitaparaafolha de pagamentoe ocortenossalá
riosdo servidoresdo estado.
Mas,
nomeioda confusão,
fez aprovaroprojeto
que submetiao estado aovotodoConselho Monetário Nacionalpara aprovar um
empréstimo
deR$ 90
milhõesjunto
àCaixaEconômica Federal. Sobreas
condições
doemprés
timo,
a melhordefinição
veio do senador VilsonKleinübing,
doPFL:intervenção
branca.Parater
autorizado
oempréstimo,
Santa Catarinateveque assumiro
compromisso
deatingir
asmetaspropostas
pelo
CMN. São23 pontos, presentes
nocontrato, que interferem em quase todaaadminis
tração
estadual.Os servidores
públicos
estão entre osgrandes
prejudicados
pelas condições
impostas.
É exigido
dogoverno do estado a
implantação
imediata de umprograma de demissõesvoluntárias. Mexe inclusive
na
legislação
estadual,
propondo
arevogação
dequaisquer
beneficios quenãoestejam previstos
emlei federal. A
obrigação
de conter a folha de pagamento reaparece, só que destavez
prevê
no máximo70% dareceitaem
96,
65%
em97
e60% em98.A
privatização
deempresas catarinenses éoutroponto
dedestaque
nocontrato.O governodeveinstituirum programa estadual de
desestatização,
encarregada
das empresas deadministração
indireta,
como as
fundações.
Conformeodocumento,
até ofinal de
96
devem estarprontos
estudos sobre aprivatização
da Celesceda Casan. Nãoporacaso,asduas empresassãoas
primeiras
atersuasações
vendidas através doInvesc.
O prazo para pagamento do
empréstimo
vaiatéo final de
98.
Aliberação
do dinheiro foi feita emduas
parcelas
deR$
45 milhões,
emfevereiroemarço
(G.S.).
Febre aftosa causa
perdas
de até 24% nopeso dos animais
atingidos
Elmar Meurer/ZERO
maio/1996---�---A
carne
que
a
Europa
quer
Em
cinco
anosoestado
controlou
afebre
aftosa.
Agora
quer
exportar
carnepara
novos
mercados
por Michele Nadir de Oliveira
Até
maio ogovernoestadual vacinou
contraa febre afto sa
2,5
milhões de bovinos em 250 milpropriedades
rurais catarinenses. Foiape
nas a
primeira
etapadacampanha
emSanta Catarina,oúnico estado brasileiro que há quase cincoanosnãore
gistra
casosdadoença.
Participam
dacampanha
260 médicos
veterinários,
160auxiliares
agropecuários
e dois mil vacinadores co
munitários.
Após
aprimeira
etapa de
vacinação,
será realizado um levantamento para avaliar ograu de imu
nização
dorebanho.Depen
dendo doresultado,
oestado
pode
ser declarado "Li vreda FebreAftosa comVacinação",
garantindo
assim,a
comercialização
deprodu
tos de
origem
animal noMercado Comum
Europeu.
"O nosso
objetivo
é conseguir
o reconhecimento co molivres dadoença
semva-cinação.
Masissoexige
umafiscalização
sanitária muitomaior",dizomédico veteri
nário,
dr. LuísKerinus.MELHOR
PREÇO
- Abusca do reconhecimento do estadocomo"livre da fe bre aftosa"
(atualmente
alguns
países
da União Européia
já
consideram-no imune)
temrazõeseconômicas.É
quemuitospaíses,
princi
palmente
daÁsia
eda UniãoEuropéia,
deixam deimpor
tar
suínos,
aves,enlatadoseaté mesmo
produtos
comosoja
emilho,
seforem detectadoscasosda
doença.
Issojá
aconteceu em 1991, ano'do último surto,
quando
Santa Catarina foi descre denciada domercado expor tador por três anos. Outra
vantagem é que se o
quilo
dacame
exportada hoje
custa um
real,
o valorpularia
para seis reais se o estado
estiver imuneà febre aftosa.
A
segunda
etapadacampanha
começaemoutubro,
ondeserãovacinados0$ ani
mais com menos de dois anosde idade.A vacina pro
tege-a por seis meses. "Os
animais com mais de dois
anos que
já
receberam cinco
aplicações,
podem
servacinados deano em
ano",
diz Kerinus.
Além do controle da afto
sa, o governo vai realizar
uma
fiscalização
intra e interestadual nocomércio de
bovinos,
aves esuínos. Paraisso, vão ser instaladas cin
co barreiras sanitárias fIXaS
na divisa com o Estado do
Paraná,
nas cidades de Ga ruva,Mafra,
Porto União eDioníso
Cerqueira,
além de63
barreiras móveisnointe riordo estado.AVES E
SUÍNOS
- Como caso da
doença
da vacalouca na
Inglaterra,
SantaCatarina terá maiorfacilida de deexportaraves esuínos
paraa
Europa.
"Quem
vaisebeneficiar
exportando
bovinos são a
Argentina
e Uruguai", explica
oassessor deimprensa
da Cidasc(Com
panhia Integrada
deDesenvolvimento
Agrícola
de Santa
Catarina), José
Erly
Martins.
No ano
passado,
foramproduzidas
720 mil tonela das defrango,
dasquais
367
milforam
exportadas.
Amaior parte foi para a Arábia Saudita. Foram
produzidas
também,
450 mil toneladas desuínos,
sendo que 25 mil foram para aArgentina
eUruguai.
Omercado bovinono entanto é deficiente. A
produção
anual éde 100 miltoneladas,
e parasuprir
omercado interno são com
pradas
mais30mil.A
DOENÇA
- Aaftosa épro
-vacada porumvíruseataca
bovinos, suínos e ovinos,
causando febre
alta,
feridasna
boca,
entreos cascos e nalíngua.
Porissoosanimaissealimentam mal,
enfraque
cem,caminhamcomdificul dadee babam muito. Rara
mente morrem,
porém
adoença
atacaocoração
dimi nuindoacapacidade
detra-Orçamento
participativo
pode
ser
lei
por Luciana Gimenez A
prefeitura
de Florianópolis
quer transformaroprojeto
deOrçamento
Participativo
em lei epara isso está recolhendo assinaturas dos eleitores dacapital
embarracas
espalhadas pela
ci dade desdeodia 20 demarço. Os postos de recolhi
mento do centro foram fe
chados no dia 25 de
abril,
mas a
campanha
continua.Cinco mil e duzentos e
quarentaeleitores
já
assinaram o
Projeto
de IniciativaPopular.
Para enviaroproje
toà
Câmara
Municipal
paravotação
sãonecessáriaspelo
menos 10 mil assinaturas
(ou
5%do eleitorado dacapital).
"Só dessa formaasoutras
administrações
temoaobrigação
de continuar o orçamento
participativo
comoé feitohoje",
disse Luiz Sabanay,
coordenador do projeto
naprefeitura,
salientandoa
importância
dá
transformação
do atualprojeto
Postos
já
recolheram mais de 5 mil assinaturas_ Sãonecessárias 10mil aotodoElmarMeurer/ZERO
em lei.
No ano
passado
foram executadasaproximadamen
te 120
obras,
que são conclu ídasemciclos trimestrais durante todo o ano.
Segundo
Sabanay as obras servem comoestruturaparaa execu
ção
deprojetos municipais
de outrasáreas,
por exemplo:
asfaltamurna ruaparafa cilitara passagem deuma li nha deônibus,
constroemuma Casa que
abrigará
umacrecheou um posto de saú
de,
etc...ANO RUIM - Nenhuma
obra escolhida
pelo
projeto
foi iniciada ainda esse ano,pois
aPrefeitura está concluindo as obras
provocadas
pela
enxurrada do início doano.já
foram consumidosR$
4,8
milhõesnas 150obrasdesolução
dosprejuízos
causados
pelas
chuvas.Com o
Orçamento
Participativo (que
vemsendo feito na
capital
desde 1992eébalho. A
produção
de leite baixa15%,
opesocaide 4a24% e o aborto em vacas
prenhas
salta para 20%.Em
1964,
o Rio Grande do Sul desenvolveu ospri
meirotrabalhos de controle
da febre aftosa. Em Santa
Catarinaa
preocupação
coma
doença
começouem1968.
Na
época
Mato Grosso eGoiás eram os centros di fusorese,como a
fiscalização
eradeficitária,
podia-se
comprarlivremente
gado daque
la
região.
Além dissomuitosfazendeiros deixavam deva
cinaro
gado.
O
feitoemmais 55cidades de todoo
país)
acidade foi dividida em treze
regiões
(le
vandoem
consideração
asituação
geográfica
esocial)
que realizam assembléias onde comuriidade
elege
delegados
comunitários(cada
10 presentes na assembléiaescolhemum
delegado).
Os
delegados
eleitos pe los moradores e maisos indicadosporcada
Associação
de Bairro formam a Coor
denadoria
Regional
de Delegados
que éresponsável
pelo
levantamento das obrasprioritárias
emcadaregião.
Acoordenadoria
Regional
deDelegados
elege
39conselheiros que discutem asi
tuação
financeiradomunicípio
e apartir
daí fazemumlevantamento das obras
pri
oritárias e financeiramentepossíveis
deserem executadas. A Prefeitura
Municipal
destina 10% do orçamento dacapital
para esseprojeto.
O
fonte: Sebrae
---maio/1996
No olho da
rua(1)
A
gerente
daagência
de empregos Gelre
Força
deTrabalho,
LiliaAzevedo,
contaqueonúme rode pessoaspedindo
empregosubiu 20% nos últimos meses e
que dimininuiuonúmero de pes soas que a empresa tem conse
guido
colocarnomercado detrabalho. Muitos
agenciados
que têm cursosuperior
também não estãoconseguindo
emprego.
No olho da
rua
(2)
Caiu em 21 mil o número de
postos
de trabalho em Santa Catarina no anopassado.
Emfevereiro
deste
ano mais524
vagasforam
fechadas.
E dizem que omelhor
lugar
do mundo éaqui,
logo
agora.Besc busca
eficiência
o Bancodo Estado de Santa
Catarinaassinouconvênio de
R$
3,5
milhõescom aFundação
deEnsino da
Engenharia
em SantaCatarina,
paraimplantar
uma nova rede decomunicação
nobanco. O Besc quer aumentar a sua
participação
no mercado de30
para50%
em Santa Catarina.Enquanto
isso,
ogoverno doestado
já
pensaemcolocá-lona lista da
privatização.
Depois
daCasan,
obanco dos catarinensesserá o
próximo
a ter suasações
vendidas
pelo
Invesc.Farinha
pouca
....O
presidente
daFiesc,
Osval doDouat,
alerta quese as refor mas constitucionais não vieremlogo,
investimentosestrageiros
irão para outros
países
do Mercosul.
Herrnanos,
hermanos,
negócios
àparte.
Eletrosul
A
Eletrosul
teveumdesempe
nho
negativo
deR$
66 milhõesno ano
passado.
Opresidente
Cláudio
Ávila
da Silva atribui oprejuízo
àtarifa
congelada
e aopagamento
dedívidas da empresa.
Os
fazedores
de
empregos
IMPOSTOS ALTOS - A altatri
butação
eosencargos sociaissãoosprincipais
problemas
enfrentadospelos
pequenosemicroempresários
naopinião
dopresidente
daFampesc
(Federação
dasAssociações
de Micro e
Pequenas Empresas
deSanta
Catarina)
HaroldoNeitzke. Eleacredita que é fundamental a regu
lamentação
da lei que estabelecetratamentoGiferenciado paraospeque nos
empresários,
nasáreas trabalhista,
previdenciária
etributária.Ele dizque
hoje,
comtratamentoigual
paratodas asempresas, ostributos con somem
3,6%
dofaturamentobruto,
oque éumgastoinsustentável para as pequenas empresas. Alémdisso,
osencargos sociaisrepresentamumOs
números
da
microempresa
naeconomia
brasileira
govemador
Paulo Afonso Vieira isentou do
imposto
empresas comfaturamento inferiora 115 mil uni dades fiscais de referência.
Neitzke comparaodescaso do
governo federal através desuaspo
líticas recessivasa "uma
vaquinha
magra quenãoestá sendo alimentada,
mas naqual
mamam3 ou 4pessoas; ela vai morrer de
fome,
deixando mais pessoas sem sus
tento". Ele
julga
que a discussãoentre governo e
empresários
é aúnicamaneirade dar
condições
de funcionamento paraessesetorda economia. "Só dessa forma a economia
pode
voltaracrescer,geran do empregosemelhorandoossalários",
disse.Os
planos
daFampesc
paraeste anoincluema
implementação
de câmarasde
comércio,
para queas pequenas empresas possam
produzir
emconjunto,
em maiorquantidade
e apreços menores, afim de
participar
delicitações.
Afundação
espera tambémo aapoio
da Frente Parlamentar na aprova
ção
de linhas de financiamentofacilitadas,
paratreinamentoeaperfeiçoamento
tecnológico.
O
Grandes
responsáveis
pelos
postos
de trabalho
noBrasil,
microempresários
querem
mudar
alegislaçao
ereduzir
atributaçao
por Rogério Kiefer
Governo
empresários
federal, sindicalistas,
epolíticos
dis cutematualmente,
formas de diminuir odesemprego.
Mas odebatetemdeixado deladoumdos
maiores
empregadores
dopaís,
quepode
terumpapel
fundamental narecuperação
da economiae no crescimento dos níveis de emprego: o
pequeno
empresário.
Segundo
osnúmeros do Sebrae
(Serviço
Brasi leiro de Atendimento àEmpresa),
acontribuição
dele não é pequena(verquadro).
Noentanto,asituação
dos pequenos e
microempresários
nãoétãoboacomo osnúmerospo
dem
sugerir.
Acomerciante
Jurema
dos Santos representa bem os
problemas
dos pequenosem
época
derecessão.Trabalha das 6h da manhã às 10h.
danoitenobalcão desuamercearia
cujo
faturamento cobre apenas osgastos. No ano
passado
demitiu aúnica funcionáriaedesde entãovem
tocando sozinhao
negócio.
Elaconta que as vendas têm diminuído
muitonosúltimosmeses equeasi
tuação piora
quando
elaprecisa
fazer um
empréstimo,
pois
osjuros
altos dificultam o pagamento. De
sencantada com a
situação
elajá
pensa em fechar o ponto. "Só nãofechei ainda
porque
minha filhatrabalha fora e me
ajuda.
Estou esperandoascoisas
melhorarem",
disse. Conforme dados daJunta
Co mercial doEstado,
70% das pequenasempresasnão
chegam
acomple
taro
primeiro
anode vida. Entretantoo consultor de empresas Ademir
LuísBentoacreditaqueessenúme
roé aindamaior porquemuitasem
presas fecham e não comunicam à
Junta.
Paraele,
esseíndice superaos80%.
acréscimo de
96%
sobreossalários.O consultor Luis Bentoaponta
as altas taxas de
juros,
que diminuem o consumo e aumentam a ina
dimplência,
e a falta de gerenciamento como outras causas da
quebradeira.
Ele acha queospeque nosempresários
consideramogastoem
aperfeiçoamento
desnecessário e que por isso não se
adaptam
facilmentea
mudanças
de mercado.A
condição
de pequeno gera outroproblema
grave,que éadificuldade emconseguir
créditoelinhas de financiamento. Poroferecerem pau··
cas
garantias,
aspequenas empresassão
obrigadas
a aceitarjuros
mais altossobreseusempréstimos.
VAQUINHA
MAGRA- Neitzkediz que falta vontade
política
para solucionarosproblemas
e queporissoas
associações
deindústriasede comércio se mobilizaram para umesforço
nacionalconjunto.
Oproje
topara mudara
legislação
dosetorjá
formouumafrenteparlamentar
deapoio,
com300
deputados.
LuisBento aponta a
isenção
de ICMSpara pequenas empresascomo uma
importante
conquista
estadual. Omaio/1996---�----Na
fila,
sem
telefone
Procura
por
telefone
celular
é maior
que
aoferta.
Só
emSanta
Catarina,
mais
de
200
mil
pessoas
estão
nalista de
espera
por Carolina Heinen
O
fotógrafo
o númeroAndré Sielski44.533
da listatemde espera de celular na
Telesc.Paraelea
maiorvantagem
datelefonia móvel será a
possibilida
de de mantercontadocomo estú
dio
quando
estáemumasessãodefotos externas. Sielski é
possivel
menteumdos 80 mil inscritos quedevem receber a linha ainda este ano. No anoquevemmais 100 mil
linhas devem ser entregues. Ainda assim a fila de espera tem
205.430
assinantesemSanta Catarina.SóemFlorianópolis
circulam atualmente 16 mil celulares e63
mil inscritosestão
esperando.
No Estado74.348
linhas
já
foramentregues.Hoje
existem 120 modelos deaparelhos
cujos
preçosvariamdeR$
290,00
aR$
1.440,00,
dependendo
do
tamanho,
peso,design
e recursosque
possui.
O preçodalinha
telefônicaé de
R$ 334,00
e amensali
dadecusta
R$ 31,99.
Paraconseguir
umalinha de celular é
preciso
fazera
pré-inscrição
na Telesc. Ela também
pode
ser feitapelo
fone1403.
O inscrito recebe um número de
espera e é avisado por carta assim que
puder
teracessoà linha.O
portador
de linhapode
utilizarotelefone dentro da área deco
bertura- áreaem
que
chega
osinal daestação
ou, em caso deviagem
para o exterior
pode
comunicaraTelescereceberum
segundo
númeropara
utilização
nesseperíodo
desdequeolocal tenha sistema de te
lefoniacelular,
O sistema deve ser todo
digi
talizado a
partir
doanoquevem.Anova
tecnologia
vai evitarquequal
queroutrorádiocapteasconversas
telefônicas. Doistestes
já
estãosen-André Sielski éuma das BD mil pessoas
que devem receberotelefone celular ainda este ano
Elmar Meurer/ZERO
dofeitosemBauru eLondrina.
PROBLEMA- Ousodo
aparelho
é
proibido
emarmazénscomexplo
sivos e, como
qualquer
outro aparelho
eletrônico,
nosaviões porcau sa das diferentesfreqüências
dosinstrumentos internos.
Quanto
àsdenúnciasrecentesde interferênciasembalanças,
oengenheiro da
Telesc,
Anor Lemos Coutinho,
afirma quea faixa de operação
do celular é estávele portantonão interfere em outras faixas. O
Inmetroestá
pesquisando
o assuntoedeve
divulgarainda
estemêsumlaudo sobreosmotivosdas interfe rências detectadasemMinas Gerais. Estudos acusam que ondas ele
tromagnéticas podem
causarcâncer,
masnada foicomprovado
ainda.Osengenheiros
desacreditam que ocelular possacausar
problemas.
Segundo
Anor, osaparelhos,
quesãofabricadosnosEstados
Unidos,
nãoseriam liberados se causassem da
nos,
já
queopaís
temuma preocupação
muitomaiorcom asaúde de seushabitantes.NO
TRÂNSITO
- Ousodecelu-Início
nos
EUA
Aidéia inicial de telefoniamóvel
surgiu
nosEstados Unidosnadécada de40masnãofuncionou.AAT&T desenvolveuosistemacomantenasde gran
de
abrangência
epotências
elevadas noqual
poucasligações podiam
serfeitas ao mesmo tempo. Para operar, o telefone
precisava
de uma bateriagrande
quesedesgastava
empoucasligações,
Naépoca
umapiada
ilustravaa
situação,
Odono do celular sópoderia
fazer duasligações:
umaparaavisara mulher que
chegaria
tardeem casa e outrapara acentral para dizer queestavasembateria.
Em 47 a Bel
System
dos Estados Unidos criou aconcepção
de celular: antenas não tãoaltas,
menorespotências
e áreasmenoresdecobertura de cadaantena. Somenteem68os Estados Unidosdesenvolveramumsistemacom
tecnologia
adequada.
Comosprimeiros celulares,
ostelefonemaseramfeitos
primeiramente
poroperadores
que repassavamasligações,
Ocelular
chegou
aoBrasilnadécada de80,e emSantaCatarinaem93,NoBrasilaúnica
alteração
foiafaixa defreqüência.
Oprimeiro
celular tinhaotamanho deumamaleta.
Hoje,
omenorcabenapalma
damão. , I I, J, ,,_
,
larno trânsitoé consideradoinfra
ção
pelo
fato de queaoatendertelefone,
o motorista passa adirigir
com uma só mão. Desde o dia 16demaiode
1994,
quando
entrouemvigor
a decisão4/94
do Contran ba seada noartigo
89incisoXXI-b doCódigo
Nacional deTrânsito,
o condutor queestivercomcelular
pode
rá receber multa que
chega
aR$
49,72,
Segundo
o sargento Valmir daSilva,
doDetran,além denãopossi
bilitaruma
reação
rápida,
ocelularcausa a
perda
davisãoperiférica
des viandoaatenção
domotorista. Alei diz que, para atenderuma chamada,
o motorista deve procurar umlugar
seguro,podendo
parar emárea
proibida
paraestacionamento poraté cinco minutos,Outra alternativa éo
equipamen
tode vivavozque
permite
aomotorista
dirigir
com as duas mãos enquanto conversa. Mas o
proprietá
rioda Celular
Company,
FranciscoAlves,
que
temtrêslojas
nacapital
evendeumamédia de 100
aparelhos
por
mês,
contaquea cada 10 celu laresvendidos,
um sai com oviva voz.Amesmaproporção
é confirmada nas
lojas
Royal
CelulareTeceI.O
Francisco Alves Elmar Meurer/ZERO
vendecerca
dl'100aparllhos
Jlor 'mês....J LJ?
BRECONOMIA
Salário mínimo
o aumentofoi
mínimo:
12%.O
reajuste
daprevidência
foi de15%,
enquanto
ainflação
do período foi de
21,14%,
segundo
aFIPE.
Já
começam asações
najustiça
contra esseíndice.
Dobrou
Adívida mobiliáriainterna
(tí
tulos
públicos
-dinheiro
que o
governo deve
principalmente
abancos),
estáalcançando
a Dívida Externa. De março de
95
amarço de
96
eladobrou,
saltan do paraR$
131,8
bilhões.
Issosedeveà
política
dejuros
altos
praticada
pelo
governoetambém
ao socorro aosbancos.ADívida
Externa do Brasil é de
R$
150
bilhões.
Desemprego
Só na Grande São Paulo são
1,13
milhão dedesempregados.
Oproblema
poderia
ser aindamaior.
Hoje
há umaredução
donúmero de
jovens
no
mercado de trabalho. Dados do IPEA(Insti
tutode
Pesquisa
Econômica
Apli
cada)
mostram que em1995,
31,07%
dos brasileiros entre 15e 17anostrabalhavam. Em
1990
oíndice era de
41,91%.
Pró-emprego
É
o nome do programa, lançado
no dia29,
através doqual
o governo quer criar 3 milhões de empregos,principalmente
nosetor de obras
públicas
inacabadas. OFundo de
Amparo
aoTrabalhador deve liberar
R$
6
bilhõesparaoprograma. Outros
R$
3 bilhões devem vir das empresas
privadas
beneficíadas
com oprojeto.
Indústria
produz
menos
Aúltima
avaliação
do
IBGE(Ins
titutoBrasileiro de
Geografia
eEstatística),
feita emfevereiro,
aponta
redução
de6,4%.
Osestados quetiverammaior
diminuição
naatividade industrial foram
Pernambuco
(26,1%),
RioGrande doSul
(13,8%)
e São Paulo
(11,1%).
Já
SantaCatarina,
MinasGeraiseRioGrandedoSuI,
cresceramentre1,5%e2,1%.
:
t
I I Ij
I I I ( I I I. Ira Via
Expressa
está localizadanuma área de
alto risco. Pas
tes comfios de
altatensãopas
sam por cima
de todas as ca
sas, se
algum
deles tiver
qual
querproblema
osbarracos seri am destruídos.
Issosemcontar
córn
o perigo
dos carros que
perdem
a direção
e caemdentro da favela.
"Um barraco
já
foi quase todo
destruí-do" diz
Maristela da Sil
va. Por falta de
organização,
osmoradores não conseguemme
lhorarseunível
devida. Não há
uma
associação
de moradores
queleveospro
blemas da co
munidade à pre feituraoureivin
diquem
por soluções.
-,,---
maio
/1996
�,.rlltlfilJllfl
Moradores da
Via
Expressa,
uma
"as
favelas
mais
pobres
da
cidade,
preparam
se
para
seremremovidos.
por Beatriz Prates
O
viasmotivomarginais
é aconstrução
na rodoviade(BR-282).
Mesmo morandoemum
lugar
quenãopossui
as mínimas
condições
dehigiene
e nãotemluz
elétrica,
muitosdos moradoresainda
preferem
continuar vi vendo ali. DorninicioJanuário
dosSantos,
maisconhecidocomo"SeuPinguim",
éumdeles. SeuPinguim
mora na favela há dez anos. Eleacredita quesetivessem luzecole
tade
lixo,
nãohaveria necessidade demudança.
Valdir Duarte , quechegou
hátrêsanos, temarnesi naopinião.
O maiormedo dos moradores é deserem transferidos para
lugares
distanteseisolados. Háumtempo
atrás,
alguns
deles foram removi dos para oMorrodo Viveiro. "Muita gente vendeu as casas evoltou
pra cá. Lá não tinha posto de saú
de ou escolas perto de casa." diz
Valdir. Maristela da
Silva,
quemorahá doisanos na
favela,
diz quenãoquer sair dali. Mesmocomtodasas
dificuldades,
ela diz quepelo
me nos temescola,
postodesaúde(da
favela ChicoMendes)
ehospital
(Hospital Florianópolis) próximos.
A
remoção
dos faveladosvaiserrealizada
pela
Secretária da Famí lia do Estado emconjunto
com aPrefeitura. Eles ainda não sabem
quando
e nem praonde,
serãotransferidas as400 famílias que vi vemnafavela.
João
MariaLopes,
do fundo dehabitação
daprefeitura,
acredita que aremoção
não será feita deuma só vez.Segundo
ele,
alguns
critérios como tempo demoradia entre outros, serão utili zados para
remoção
dasprimeiras
famílias.CORTINAS
ROÍDAS-Durante
ànoiteaVia
Expressa
épraticamen
te invadidapor ratos, nenhum bar
racoescapa.NacasadeSarah de
]e
sus, que mora há dois anos na fa
vela,
os roedores atacaram até ascortinas,
Paredes, armário, roupas,
potes de
comida,
tudo roído. Omesmo acontece na casa de
J
oanildeDuarte, "não dá nempraar rumarasroupasnoarmário.
À
noiteeles
chegam
ebagunçam
tudo".Seu
Pinguim chega
a rirquando
contaahistóriadeumadesuasvi
zinhas,
que acordougritando
por ele no meio da noite. Os ratos tinhamroídoseus
pés
enquantodormia. Outro
problema
queaflige
osmoradoresem
relação
aosratoséaPOLITICAGEM
Esquecidos
por toda a so
ciedade,
os favelados só são lembrados em
época
de eleição.
Valdir Duarte conta que
durantea cam
panhas
muitos candidatos passam a fre
quentara fave
la. "Eles ofere
cem
dinheiro,
alimentos,
material de cons
trução,
empregos e até vol
tinhas de car
ro" diz
Élsio
"Alemão",
quemora há dez anos na favela.
Val
dir lembra de um emprego que
lhe foi
prometido
por umdepu
tado,
praquem eleconseguiu
du zentosvotos."Euestouesperando
até
hoje".
Conversando comAlemão os dois
chegam
à conclusãode que o
negócio
é aceitar tudoque os
políticos
oferecem. "Depois
que eles conseguem se eleger,seesquecem da
gente"
, completa
oAlemão.€)
Os
problemas
comratose coleta de lixopoderiam
serminimizados se fossem levados à
prefeitura
através de,umaassociação
de moradoresBeatriz Pratesl ZERO
Ieptospirose,
Adoença
é transmitida
pela
urina do animal. Mesmotendo consciência do
perigo,
ascrianças ainda andam
descalças pela
favela.
Como não há coleta de lixo na
favela,
oacúmulo é muitogrande.
A
Comcap
(órgão responsável pela
coleta de lixo dacidade)
fezhá trêsmeses uma
limpeza
geral
nolixão,
que fica em frente aos barracos.
Jucinei
Medeiros daComcap,
dizque a coleta não éfeita na favela
porque não existe um
lugar
onde osfaveladoscoloquem
olixoeque ocaminhãonãoconsegueentrarlá dentro. Outralimpeza
não temnem data para ser feita. Com o
acúmulo dolixo , além deratos e
baratas, a favelafica com umchei ro horrível. Dona
Petronílha,
que moraháseisanosnafavela,diz
quefica
pior
quando
chove. "Maspior
mesmo é
quando
a chuva passa, éinsuportável"
dizseuValdir.Alémdos