1
CM
401
RICARDO
VIEIRA
ALVES
ANÁLISE
DA
EFETIVIDADE
DO
HIDRATO
DE
CLORAL,
COMO
SEDATIVO,
NO
EXAIVIE
OFTALMOLÓGICO PARA
AVALIAÇÃO
DO
OLAUCOMA
CONOÊNITO
EM
LACTENTES
E
PRE-
ESCOLARES.
-Trabalho apresentado à. Universidade Federal de
Santa Catarina e ao Departamento de Clínica
Cirúrgica , para conclusão de curso de graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
ANÁLISE
DA
EFETIVIDADE
DO
HIDRATO
DE
CLORAL,
COMO
SEDATIVO,
NO
EXAIVÍE
OFTALMOLÓGICO
PARA
~
AVALIAÇAQ
Do
GLAUCOMA
coNGÊNrTo
EM
LACTENTES
E
PRÉ-
EscoLAREs.
Trabalho apresentado à Universidade Federal
de Santa Catarina e ao Departamento de
Clínica Cirúrgica , para conclusão de curso de
graduação
em
Medicina.Coordenador do curso: Dr. Edson José Cardoso
Orientadores do trabalho: Dr. Nicolau Kruel
Dr. Astor Grumann Junior
FLURIANÓPOLIS
C
À
minlianamorada
Alessandra pela sua disposiçãoem
ajudar-mena
realização deste trabalho; epor se fazer presente
em
minha
vidacomo
A
Deus,
por mostrar-=meque
nas adversidades está a real fonte deaprendizado e a felicidade se encontra
na
capacidade cada diamaior
de vencê-las
com
presteza.A
meus
pais,Mauro
VieiraAlves
eJoana
Ferrari, pela familia queme
deram
e pelosbons
valoresque
me
ensinaram para guiar minha. vida; peloamor
e confiança
que
depositaramem
mim.
A
meus
irmãosRodrigo
VieiraAlves
eRonaldo
Vieira Alves, por suaamizade
e apoioem
todos osmomentos
de minlia vida.Aos
meus
companheiros
de cursoMarcelo
Rigatti eRicardo Koszuoski,
por sua parceria durante todo percurso universitário.
Ao
Dr.João
Batista Calixto, pela sua orientaçãoem
meus
projetos depesquisa durante
minha
vida acadêmica,como
bolsista de iniciação cientifica.Ao
orientador Dr.Astor
Grumann
Júnior, pela sua fundamental ajuda eincentivo dispensados neste estudo,
bem
como
por sua amizade.Ao
orientador Dr. Nicolau Kruel, pela sua disposiçãona
orientaçãoI -
INTRODUÇÃO
... .. 01 2 -OBJETIVO
... .. 3 _MÉTODO
... .. 4 -RESULTADOS
... .. ~ 5 _DISCUSSAO
... _. ó _CONCLUSÃO
... .. 7 -REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
... ..RESUMO
... _.sUI\/IARY
... ..APÊNDICE
... ..ÍNDICE
O
exame
ocularem
lactentes e criançasem
idade pré-escolar ( 5 - 7 anos)
freqüentemente é
complicado
pela escassa cooperaçãodo
paciente.Exames
oftalmológico simples
como
gonioscopia e tonometriapodem
tornar-sevariavelmente insatisfatórios
ou
impossíveis.Muitos
pacientes precisamsubmeter-se a sedação devido à inabilidade
do
médico
paraexaminar
adequadamente
uma
criança não- cooperativa,ou
evitar a falta de sucessono
reconhecimento de desordens, as quais,
poderiam
ser diagnosticadas através deum
exame
completo 1”2”3”4°5°6°7°8.O
valor encontrado
na
capacidade para seexaminar, completamente,
uma
criança jána
primeira consulta é considerável,tanto emocionalmente, quanto
economicamente,
daí se faz necessário oconliecimento de técnicas sedativas que propiciem
um
paciente cooperativo 1_
Algumas
técnicas diagnósticasnão
invasivascomo
tomografiacomputadorizada e ressonância magnética tornam-se invasivas
quando
se faznecessária a anestesia geral
em
crianças não- cooperativas 9”m°“°12”13”14°15°16 _A
procura de
uma
técnica sedativa segura e efetiva, torna-se importante paraalcançar de
forma
precisa o diagnóstico procuradocom
dano
mínimo
aopaciente pediátrico 17°18°19°20”21 .
Uma
sedação deve ter as seguintes propriedades: segurança, facilidade deadministração, ação consistente, completa imobilização, ação rápida e duração
de ação controlada.
Deve
sertambém
reversível,sem
depressão residual enão
ter efeitos colaterais 12 _
Assim
como
constano
guia paramanejo
emonitoramento
de pacientes sob sedação, recentemente revisado pelo comitê dedrogas
da
Academia
Americana
de Pediatras 21 _2
solúvel
em
Óleo e água, e rapidamente absorvido por todas as superfíciesmucosas, o que explica
um
efeito sedativomesmo
quando
o paciente regurgita adroga.
O
hidrato de cloral éformado
pela adição deuma
molécula de água aogrupo carbonil,
do
cloral (2,2,2-tricloro-acetaldeído) etem
pequena
atividadefarmacológica (fl g.l),
uma
vez absorvido a droga é rapidamente reduzida paratricloroetanol (TCE), pela desidrogenase alcoólica
do
fígado,o
qual deixa acorrente sangüínea lentamente sendo considerado o principal agente ativo desta
droga (fl g.2),
podendo
ser considerado o responsável pelo efeito hipnóticodo
hidrato de cloral.
O
TCE
e oxidado para ácido tricloroacético (fl g.3),como
metabólito final.
O
TCE
é conjugadocom
o ácido glicurônico (ácidouroclorálico), e seu produto é,
em
grande parte, excretadona
urina eem
uma
extenção
menor
pela bile.A
meia
Vida plasmática é de 4 para 12 horas1,22,23,24,2s,2ó
O
- r-' Ê_‹->.:1: _ cvQ
ra E-O-EcL-<':-
-oH
cL-'c- -OH
CL
Fig.l. hidrato de cloral Fig.2. 2,2,2Tricloroetanol
CL
CL-Ô-czo
IL l
c
oH
Nas
dosesrecomendadas
o hidrato de cloral produzuma
depressãoreversível
do
hemisfério cerebral para o níveldo
sonosem
alteração significantena
respiração, pressão sangüíneaou
taxa cardíaca.A
drogatem
pouco
efeitoanalgésico; dor
pode
provocar excitaçãoou
delírio 1”22'24”25.O
pico plasmáticodo
TCE
ocorre30
a60
minutos após a ingestãodo
hidrato de cloral L2225.O
hidratode cloral é conhecido
como
droga depoucos
efeitos colateraisquando
dosesapropriadas são utilizadas.
Como
droga sedativa de curta duraçãona
pediatria,na
geriatria,ou na
oftalmologia eem
outras áreas (odontologia),não
é novidade,mas
parece ser raramente usado por oftalmologistas, apesar de seu uso já ter sidosugerido desde
30
anos atrás L2. Ele se demonstra perfeitamente seguroem
vários procedimentos envolvendo pacientes pediátricos
na
eletrocardiografia 11,ressonância magnética e tomografia computadorizada 1°*1U2”13,
na medida da
pressão intra-ocular Ló. Antes
do
usodo
hidrato de cloral corno sedativo depacientes externos, anestesia geral era freqüentemente necessária para executar
estes procedimentos 1.
A
dose de hidrato de cloralrecomendada
pelo fabricante (E.R Squibb&
Sons,Inc) é 50 mg/kg,
podendo
variar de 25-100 mg/kg,não excedendo
2-3g1734.
Uma
dose suplementarpode
serrequerida, caso
não
ocorra início dasedação
em
meia
hora,acompanhando
0 limitemáximo
2.As
vias deadministração são oral e retal, sendo preferida
avia
oral 1”2*3°4°25”26. Privaçãodo
sono, restrição
da
ingesta oral,além
de manteruma
via intravenosa sãoprocedimentos
também
citadosna
literatura 2”15°16.Alguns
autores citam,também,
o uso de drogas adjuvantes ao hidrato de cloral para alcançar asedação, pelas vias intramuscular e intravenosa, assim diminuindo a já baixa taxa de falha
da
sedação pelo hidrato de cloral 14°15°17*27 _4
semelhantes aos que
ocorrem
com
os barbituratos 22, ocorrendoem
geralcom
asuperdosagem do
hidrato de cloral (quadro I) 25°26*28°29*3°”31”32*33. Efeitos adversose toxidade
aguda
podem
ser vistoscomo
emese, depressão cardiorrespiratória,mudança
nos sinais vitais, desconforto respiratório,problemas
decomportamento,
danos ao pacienteou
arritmia cardíaca,porém
sãoincomuns
1°2°28”29°30.
Como
seu metabólito é o 2,2,2-tricloroetanol (fig. 2), existe evidências
de carcinogenicidade, ein cultura de células isoladas 1°17°22 _
Todos
estes efeitossão infreqüentes, é
também
a dose letal distanteda
dose terapêutica ( toxicidadepara adultos
com
10 gr), contudo foi registrada morte após ingesta de4g
esobrevida após ingesta de mais de 30g, existem registros de casos de crianças (3
anos de idade) sobrevivendo após ingerir 7,5 g, e os efeitos carcinogênicos
não
foram
vistosem
estudosem
humanos, não
apresentandocomprovação
e sendoapenas relacionado ao uso por longo período 1°17”22°25.
Quadro
I. Hidrato de Cloral(recomendações do
fabricante). Oral:Dose
sedativa: 25mg/kg
Dose
hipnótica: 50mg/kg
Retal:
Dose
hipnóticaDose
únicamáxima:
1000mg
Toxicidade: 10 gr (1 morte registrada
com
4 gr)*Adaptado
de Journalof
Dentristy for children, 1987 (march-april)A
anestesia geral necessita deum
intervalo apropriadosem
ingesta por viaoral, intubação endotraqueal, relaxantes musculares, sedativos de curta duração
e anestésicós leves. Ela
também
é cara, difícil de obter ocasionalmente,consome
deve ficar reservada a
um
grupo específico de pacientes L2.Suturas
em
córneapodem
serremovidas
ou
feitascom
hidrato de cloral eanestesia local.
Em
pacientes pediátricosque
requerem
idantação escleral, paraexame
retiniano, o hidrato de cloral elimina totalmente a necessidade deexaminação
sob anestesia geral 1'2”1°”12. Elepode
também
permitir a aferiçãoacurada
da
pressão intra-ocularem
pacientescom
glaucoma agudo
congênito Ló,pois seu uso
não
interferena
pressão intra-ocular Ló.O
glaucoma
congênito constitui-seem
uma
complexa
síndromecaracterizada
fundamentalmente
peloaumento
da pressão intra-ocular,apresentando
um
quadro clínicoque
mostrauma
série de anomaliasdo
desenvolvimento
do segmento
anterior, associada à fotofobia, lacrimejamento edistensão
da
córnea e esclera (buftalmo) 35_Embora
tenhauma
incidência de apenas0,005%
na
população geral e esteja presente entre2,5%
a10%
dos pacientes assistidosem
instituições paradeficientes visuais, é
uma
das principais causas de cegueirana
infância.Apresenta
uma
herança multifatorial.É
geralmentedo
tipo obstmtivo simples,onde na
maioria dos casoshá
uma
falhano
desenvolvimento dos tecidosna
região
do
seio carnerular;podendo
a iris estar incompletamente separadada
córnea, devido à persistência de tecido
mesodénnico que
assim bloqueia o seiocamerular,
o
canal deSchelemm
pode
ser deficienteou
mesmo
estar ausente.Ambos
os olhos são afetados,em
geral, e o buftalmo ocorremais
em
meninos do
que
em
meninas
343536.O
tratamento escolhido é a goniotomia,podendo-se
utilizar ainda a trabeculotomiaou
trabeculectomia, nos casosonde
ocorre retardono
tratamentoe a goniotomia
não
ébem
sucedida 34. Para a avaliação das crianças a nivel6
aplanação ó,34,35,3ó,37 .
Para seu diagnóstico é importante
exame
oftahnológico o mais precocepossível,
no
caso de suspeita deglaucoma
congênito, e após o seu diagnóstico,assim
como
'durante seu tratamento, fazem-se necessáriosexames
periódicos deacompanhamento,
sendo portanto importante o uso de drogas seguras ecom
O
objetivo deste trabalho foi analisar a efetividadedo
hidrato de cloralpara sedação, durante o
exame
oftalmológico para avaliação de crianças3-i\/iârono
E
imrnnmis
No
periodo demarço 1994
atémarço
del996, foi realizado,no
serviço deglaucoma do
Hospital Regional deSão
José ~Dr.Homero
deMiranda
Gomes,
um
estudo de coorte contemporâneo,com
pacientes pediátricos portadores deglaucoma
congênito.A
amostra contoucom
134 pacientes pediátricoscom
idades inferiores a 7 anos.
Não
foram
submetidos à sedação os pacientesque
apresentassemsensibilidade a qualquer constituinte
do
hidrato de cloral,doença pulmonar
crônica, infecção de vias aéreas, anormalidades crânio faciais
que
possam
comprometer
as vias aéreasou
qualquerdoença
decomprometimento
sistêmico.Foram
incluidasna
amostra todas as crianças portadorasou
suspeitas deglaucoma
congênito,com
menos
de 7 anos, quenão
apresentassem,ou não
fossem
suspeitas, as contra indicações para o uso de hidrato de cloral referidasacima.
As
criançaseram
pesadas para que fosse calculada a dose de hidrato decloral a ser administrada (solução
com
20%
de hidrato de cloral)A
dose eracalculada pela fórmula: [P +3
=
quantidadeem
mls].O
hidrato de cloral foiadministrado
na
dose inicialmédia
de 54mg/Kg,
casoem
30
minutosnão
ocorresse a sedação a dose era
complementada
com
mais
1/z dose inicialou
mais,chegando
a dose,no
máximo,
de 100mg/Kg.
Foram
submetidos aos procedimentos de biomicroscopia (lâmpada defenda)
com
um
aumento
de 12 vezesem
um
aparelhoZEISS,
sendo por estemeio
realizada a gonioscopia (lente deGoldmann).
A
tonometria ( aplanação deproximetacaína,
em
cada olho a ser examinado, e a ecobiometria realizadacom
aparelho
OPHTHASONIC
(TEKNAR,
INC.
ofSTLOUIS).
Os
dadosforam armazenados
e analisadosno
pacote estatístico Statigraf,versão 3.0, sendo utilizado o test
T
de students para dados pareados e regressãolinear,
quando
necessário.Aos
pacientes era sugerido, se possível,não
ingerirnem
beber por 4 horasantes da administração
do
hidrato de cloral. Foi mantida contínua observação dospacientes para a avaliação de possiveis complicações
como
emese, depressãorespiratória,
mudança
nos sinais vitais, danos ao paciente, distúrbiosrespiratórios.
4-RESULTADOS
Houve
um
grande predomíniodo
sexo masculino na amostra estudada,97
(72,41%)
casos.A
idademédia
dos pacientes foi de 25.01 (Í 17.60)meses
(mínimo
de 0,5 emáximo
de 84 meses), a amostra feminina contoucom
37pacientes,
onde
a idademedia
foi 15,5 (i 12,18) meses, sendosignificativamente
menor
que
a masculina 28,63 (Í 18,05) (p<0,05; gráfico 1).3 ênc Frequ -à .-L
Ú
II masculino lfeminino 80 90010
20 30 40 50 60 70 Idadeem
mesesGráfico
1. Pacientesconforme
sexo e idade.A
dose inicialmédia
foi de 54,16mg
(i8,97)(mínimo
31mg/kg
emáximo
75 mg/kg), esta dose foi efetivaem
96 (71,64%)
pacientes,no
restantefoi necessária
uma
suplementação, a dose totalmínima
foi de 37mg/kg
e aO
hidrato de cloral mostrando-se efetivona
sedação de 107 (79,85%) dospacientes
examinados
permitindo oexame
oftalmológico,em
12 (8,96%)houve
superficialização
da
sedação durante oexame,
dificultando a realizaçãodo
mesmo
e 15(11,19%) não foram
sedados(Gráfico
2).9%
11%
I
dormiramI
superficial não dormiram80%
Gráfico 2. Distribuição dos pacientes
conforme
efetividade da droga.O
tempo
de latência médio, nos pacientesem
que
a droga foi efetiva,variou entre ( 5 e 190 minutos),
com
um
tempo
médio
de 37,94 (Í
31,90) euma
mediana
de 25 minutos, nãohavendo
relaçãocom
peso (r=
- 0,05)ou
idade dos pacientes (r
=
0,03) (Gráfico 3).Os
pacientesficaram
sedadosem
média
101,47 (i 47,52) minutos (Gráfico 4),não
sendo observada relação entre otempo
de sedaçã.o e a dose totaladministrada (r= 0,26), peso dos pacientes ( r= -0,05) e idade
do
grupo estudadoH
IDIMTI] LHTEHCIFI
sexos pelo teste
do
X
(p=0,9) entregmpo
de
pacientesonde
a droga foi efetiva e290 160 120 80
40
B
Gráfico 4.
Curva
de dispersão,demonstrando
a relaçãotempo
de latênciaCom
relação a efetividadeda
droga,não
foi observada diferença entre os12
Regressiün of HIDRfl'l'Ú.I..fi`l`ENCIfl Em HIDRfi`l'Ú.IDflDE SELECT I)DRfllU=1
4¡_»~»-~ -T-_. J..- ._ a .. ._ za- FLW H-i i, -r-Ae-Hfi-*P *f _ _? '_ 1,¬ L. 1 ç . . . . ,.
É
6 6_-1-<°"'
...Q . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . ...g . . . . . . . . . . . . . . z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . › › z z z‹¡ . . . . . .. I I A I n a ' ¡ I r_
_---¬_'_..--F
. zz_z¡:... I I I gil Í _- __›___L A|,z_L_ -J 4 4 ug _l__fz.:---_"-¬Í"`-""'-'
1--_
u z u ap n n- u u I (___ L 1 i l A -__1L¬. Qi J z '¬r~ . ` . 1- '- --_ ._ k _ f - .- ¡ - . - . - _ _i_.__-.Í i I u L_ J 1 1 _. 1'HHIRÊTÚ.
[MDE
SELECT DORI'IIU=1e idade, através de
uma
regressão linear.2
aqueles
onde não houve
sedação.O 20 40 60 B0
‹i
_.i,
4__i_J__i_4L~;_L~
30 2=›`| ` _ fr i-lhnlb) cura equênc'a cuz I 0 30 50 70 90 110 130 150 170 190 210 230
tempo de sedação
em
minutosGráfico.3. Distribuição dos pacientes
conforme
tempo
de sedação.Quando
comparou-se
o peso destesmesmos
grupos, observou-seque
os pacientesonde
a droganão
foi efetivaeram
significativamentemais
pesados13,68 (i 1,01)
Kg
que no
grupoonde
ocorreu sedação 11,23 (if0,36)Kg
(p=0,028).
A
idadedo
primeiro grupotambém
foimaior
33,06 (i 4,50)meses
contra 24,00 (1 1,60) meses,porém
não
observou-se diferença estatisticamente significativa (p= 0,06).Com
relação a dose total administrada aos dois grupos., observou-se queno
grupoonde
a droga foi efetivahouve
uma
menor
quantidade de drogaadministrada 0,58 (1 0,1)
mg/Kg,
contra 0,72 (i 0,1)mg/Kg
no
grupoonde não
ó-DISCUSSÃO
Foi observada
uma
frequênciamaior
de pacientesdo
sexo masculino.O
que relaciona-se ao já
bem
estabelecido dado, de que oglaucoma
congênito émais
prevalenteno
sexo masculino 36.Assim
como
já descrito,o
hidrato de cloralnão
possuiuma
fiequência
comum
de efeitos colaterais 2'6'17'18. Neste estudonão foram
observados efeitoscolaterais relacionados ao hidrato de cloral
como
emese, depressão respiratória ,mudança
nos sinais vitais, danos ao paciente, distúrbios respiratórios.Neste estudo foi alcançada a sedação
em
79,85%
dos pacientes,menor
do
que o observado
em
estudos anteriores, quedemonstram
uma
boa
taxa paraeficiência
(>88%)
com
o hidrato de cloral. Entretanto, neste estudo,não
é levadoem
conta a ocorrência da superfializaçãoda
sedaçãoLms.
Apesar
de ser utilizado, neste estudo, acomplementação da
dose paramaior
eficiênciada
sedação emenor
insucesso, doses repetidasdo
hidrato decloral são discutidas, devido ao
acúmulo
de seu metabólito tricloroetanol e ácidotricloroacético, os quais
podem
produzir depressão excessivado
sistema nervosocentral, predispor neonatos a hiperbilirubinemia (conjugada e
não
-
conjugada),ao decréscimo da conjugação da albumina/bilirrubina e contribui
com
a acidosemetabólica 17. Observou-se
que
outros fatoresparecem
estar envolvidosno
sucesso da sedação, pois naquele grupo
onde houve
resistência a sedaçãoobservou-se
uma
dosemaior do
hidrato de cloral.Observou-se
uma
baixa incidência de readministração (18,76%). Estudosincidência de sedação insuficiente e necessidade para
uma
dose suplementar,aumentando
a dose inicial de hidrato de cloral 2”6°16°27. Foi observadoque no
grupo
resistente a sedação as crianças apresentavamuma
idade e pesosignificativamente maiores, sendo
que
estesmesmos
fatoresnão
se relacionaramcom
maior ou
menor tempo
de latênciaou
duraçãodo
efeito.Faltam
dadosna
literatura que analisem tal fato,
ou que
sugiramuma
possível modificaçãono
metabolismo do
TCE
com
oaumento da
idadeou do
peso. Fica registrado neste estudo taldado
e a necessidade denovas
investigações, para maioresexclarecimentos deste fato.
Como
jámencionado
anteriormente,comumente
sugere-se a adição dedrogas adjuvantes para
uma
maior
eficáciana
sedação destas criançascom
idademais
elevada, refratárias ao hidrato de cloral. Entretanto isto leva a lançarmão
de
um
grupomais
extenso de drogas para alcançar a sedação e aum
riscorelativo maior,
com
os efeitos adversos oferecidos por estas outras drogas“”13'27”38.
É
portanto necessário o
maior conhecimento
da atuaçãodo
hidrato decloral
no organismo
infantil.A
dose de 50-100mg/kg,
de acordocom
estudos anteriores, parece sersegura e
com
eficáciaadequada
tanto quanto doses de 80-100mg/kg
L2.Alguns
estudosdescrevem
uma
maior
falhana
sedaçãoquando
relacionado a criançascom
idades maiores que 3 anos, as quais necessitam demudança
na
política desedação,
como
acréscimo de drogas adjuvantesW837.
O
hidrato de cloral, administrado oralmente, éuma
drogacom
ampla
margem
de segurança nas doses recomendadas,podendo
ser utilizadaem
consultórioou
clinica. Ele éuma
drogacom
baixa incidência de toxicidadeaguda
e já existeuma
grande experiênciaem
o seu uso.16
cloral para sedação de lactentes e pré-escolares,
na execução do
exame
oftalmológico. Este auxilia
na
obtençãodo
diagnóstico preciso, permitindoexaminar completamente
uma
criança, jáem
sua primeira consulta.O
valorencontrado
na
avaliação completa deum
paciente é visível, tantoemocionalmente, quanto
economicamente
e o hidrato de cloral demonstrou~se,tanto efetivo, quanto seguro
na
avaliaçãodo glaucoma
congênito, assimcomo
para os
demais
procedimentos diagnósticosque envolvam
pacientes pediátricosEste estudo reforça dados anteriores sobre a efetividade
do
hidrato decloral
como
sedativono
exame
oftalmológicoem
lactentes e pré- escolares.Foi verificada
uma
relação da falhada
sedaçãocom
um
maior
peso dospacientes relacionados e
não
foi possível relacionar estacom
a dose utilizadaou
sexo.A
administração de dosescomplementares
aumenta
a efetividade dasedação por hidrato de cloral, permitindo obter
menor
falha da sedação,sem
8-
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Este trabalho foi elaborado seguindo o
que
constana Normatização
dosTrabalhos Científicos
do Curso
deGraduação
em
Medicina, de acordocom
aresolução
N°
001/97do
Colegiadodo Curso
deGraduação
em
Medicina da
RESUMO
O
hidrato de cloral euma
droga jáamplamente
utilizadacomo
sedativoinfantil
em
procedimentos diagnósticosna
pediatriaou
oftalmologia, devido amenor
incidência de efeitos colaterais e pela segurança conhecida respeitandodose terapêutica.
O
objetivo deste trabalho foi analisar a efetividadedo
hidrato decloral
na
sedação de crianças para realizaçãodo
exame
oftalmológico, relacionando a idade e peso dos pacientes.Para induzir a sedação foi feita a administração de hidrato de cloral V.O.
Foram
estudados 134 crianças, deambos
sexoscom
idades inferiores a 7 anos.A
dose
média
foi de 54 mg/kg,não excedendo
100 mg/kg.Com
o hidrato de cloral foi possívelexaminar
79,85%
dos pacientes, sendoque
em
8,96%
dos pacienteshouve
superficializaçãoda
sedação.Apenas
em
11,19
%
não houve
sedação. Observou-se que os pacientesonde
a droganão
foiefetiva
eram
significativamentemais
pesados, 13,68kg
para 11,21 nos sedados (p<
0,05).O
tempo
de latênciamédio
foi de 37,94Í
31,90 minutos (variação de 5a 190 minutos),
com
uma
mediana
de 25 minutos,não
ocorrendo relação destecom
a idadeou
peso dos pacientes.O
periodo de sedaçãoem
média
foi de 101,47 minutos,não
possuindo, este, relaçãocom
a idade, peso dos pacientesou
dosetotal administrada.
Este estudo sugere
não
haveruma
relaçãodo
tempo
de latênciaou
daduração
do
efeitodo
hidrato de cloralcom
pesoou
idade dos pacientesanalisados.
Porém
verificou-seuma
relaçãodo
pesocom
o insucesso observadoChloral hydrate is a drug widely
employed
to children sedative for pediatric or ophthalmologic diagnostic, because lowering incidenceon
adverseeffects
and
it safety in therecommended
dosage.The main
of thiswork was
toanalyse the chloral hydrate efficacy
on
children sedation for ophtalmologicexamination, relation patient age
and
Weigth.The
sedationwas
inducedby
chloral hydrate oral intake administration.Were
studied 134 children for both Sex, with less than 7 years old.The
midledose
were
54mg/kg
to amaximum
l00mg/kg.It
was
possible toexamined
79,85%
patients with chloral hydrate, in spitof
8,96%
patients superficial sedationwere
observed.The
sedation didn”toccurred just in
11,19%
patints.The
patients inwhich
drugwere
not effectivewere
significantlymore
heavy, 13,68kg
to 11,21kg
for sedate (p<
0,05).The
midle time of latency
were
37,94i
31,90 minuts ( 5 to 190 minnts of variation),with a
mediana
at the 25 minuts,no
relation occurred this with age or weigth ofpatients.
The
sedation timewere
in midle 101,47 minuts, havingno
relation withthe patients age, weigth or total dosis administrated.
This
work
sugest there isno
relation for chloral hydrate time or effectduration with age or weigth of pacients.
However,
there is likely relation forAPÊNDICE
Protocolo
de
estudo:
Idade
=
Sexo
=
Peso
=
Dose
(mg/kg)
=
Suplementação (mg/kg)
=
Latência
=
Duração
=
Efeitos
adversos
(quais
?)=
Falha
-
superficialização
=
-não
sedação
=
Ex.: UFSC Bsccsm