JANAINA
LUZ
NARCISO
EsTENosE HIPERTRÓEICA
DE
PILoRoz
ANÁLISE
DE
1 1 1
CASOS.
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina .ELORIANÓPOLIS
JANAÍNA
LUZ NARCISQ
ESTENOSE HIPERTRÓEICA
DE
1>ILoRoz
ANÁLISE
DE
111
CASOS;
Coordenador do curso: Edson Cardoso
Orientador: José Antonio de Souza
Co-orientador: Edevard José de Araújo
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina .FLORIANÓPOLIS
Narciso, Janaína Luz. V
Estenose hipertrófica de piloro: análise de I I 1 casos. Florianópolis, 1998
41 p.
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina, Universidade'
Federal de Santa Catarina.
1.Estenose pilórica 2.I-Iipertrofia 3.Piloro 4.0bstrução intestinal
AGRADECIMENTOS
A
JoséAntonio
de Souza, pela orientação, pelotempo
dedicado, pelasinúmeras revisões e críticas, fundamentais para a realização deste trabalho.
A
Edevard
José Araújo pela atenção, análise e correções finais.À
Maria
LígiaLuz
Narciso, pelo carinho, apoiomoral
e financeiro e pela revisao ortográfica.A
Horácio
Joaquin Perez, pelo incentivo.Introdução ... ._ Objetivo
Método
... .. Resultados ... .. Discussão ... ._ Conclusões ReferênciasResumo
... ..Summary
... ..ÍNDICE
. . f . . . - . . . . . . z . zz . z . . . . . . . . . . . . - z z z . . . . . . . . . . . ...1.
INTRODUÇÃO
A
estenose hipertrófica de piloro(EHP)
é a causa maiscomum
de obstruçãointestinal
em
criançasl.Segimdo
alguns autores”o
primeiro caso foi descritoem
1627 por Fabricius Hildanus, pediatra alemão,que
curou a criançacom
caldo decarne e óleo de oliva.
A
primeira descrição das características clínicas e achados postmorrem
da
doença,
como
é conhecida nos dias atuais, foi feitaem
1717por
Patrick Blair,um
cirurgião e botânico escocês. Entretanto,foram
as descrições clínica .epatológica detalhadas de Hirschspmng,
em
1888,que
tomaram
adoença
conhecida mundialmente2°3.
Desde
então,foram
propostos vários tratamentosclínicos e cirúrgicos, até que,
em
1911,Ramstedt
realizouuma
piloromiotomiaextra-mucosa,
sem
sutura dos bordos, técnica operatória padrão utilizadaatualrnente4.
Na
últimadécada foram
desenvolvidas técnicas alternativas, parao
tratamento cirúrgico convencional.
Uma
delas é a dilatação endoscópica por balão,com
resultados insatisfatóriosió.A
outra é a cirurgia laparoscópica, cujavantagem
seriapuramente
estética7,com
pouca
influência sobre a recuperaçãopós-operatória e of
tempo
de pennanência hospitalars, necessitando ainda demaiores estudos antes
que
seja aceitacomo
uma
práticacomum9.
Passados algims séculos desde sua descoberta, a etiologia
da doença
permanece
desconhecida.Alguns
acreditamque
seja multifatorial esugerem
influências ambientais que, apesar de
bem
exploradas,permanecem
aindacontroversas1°*1.l°12.
O
aleitamentomatemo
exclusivo estaria relacionado auma
maior
incidência para Jedd et al.1°, e auma
menor
incidência para Pisacane et2
da
criança ao nascimentolodz. .Macroscopicamente,
o piloro encontra-seaumentado
em
comprimento
ediâmetro às custas de hipertrofia
da
camada
muscular circular. Diversas teoriasforam
propostas para explicar esta hipertrofia, taiscomo:
1°) a concentração gástrica de somatostatina (substânciaque
inibe a secreção de gastrina) está~
diminuída
na
EHP,
o que levaria aum
aumento na
secreçao de gastrina,que
talvez esteja associada ao desenvolvimento
da doençan;
2°) as prostaglandinasE2
e F2or (quedesempenham
um
efeito citoprotetor sobre amucosa
gástrica e influenciam a contração muscular)têm
concentração elevadano
suco gástricode
pacientes
com
EHP,
sendo sugerida sua participaçãona
etiologia dadoença”
;3°) o relaxamento
da
musculatura lisado estômago
parece ser dependente deuma
inervação inibitória
não
adrenérgicanão
colinérgica(NANC),
mediada,em
parte, por peptídeo intestinal vasoativo, substância P, encefalina, peptídeo liberadorde
gastrina e Óxido nítrico (ON)15=16.
Na
EHP
há
uma
diminuiçãoda
ON
sintetase e,consequentemente,
do
ON
local, sendo postuladoscomo
causado
crescimento e diferenciação anormaisda
musculatura lisals* 17* 18; 4°) estudos recentes sugeriramque
as células de sustentação nervosa e células intersticiais de Cajal (células marca-passoda
musculatura lisa intestinal) estejamtambém
envolvidasna
neurotransmissão
do
sistemaNANC,
eforam
evidenciadascomo
praticamenteausentes
na
camada
circulardo
pilorode
criançascom
EHP19° 2°, sendo propostoque
estas alterações estejam relacionadas a idadeda
criançazl; 5°) as células c-kitpositivas (as quais
modulam
a atividade das células intersticiais de Cajal)também
estão muito reduzidas
no músculo
liso de pacientescom
EHP,
sugerindo suaresponsabilidade pela hipertrofia pilórican.
O
volume
pilórico regride aonormal
dozesemanas
após a operação”.As
alterações patológicas e imunohistoquímicas, descritas acima,não
podem
ser observadas a partir dessemesmo
período24.Quanto
ao aspecto funcional,não há
3
consenso.
Algtms
autores acreditamque
um
retardono
esvaziamento gástrico ealgum
grau de incompetência pilórica seriam responsáveis poraumento na
freqüência de
refluxo
duodenal e, consequentemente, de úlcera péptica, dispepsiae igastritezs. Outros autores são totalmente 'contrários à essa posiçãozó.
A
maioria dos estudos recentes sugereum
aumento na
incidênciada
EHP,
mas
os trabalhos publicados desde1940
sugerem que
esta varia de ano para ano,de região para região,
bem
como
de estação para estação”.Na
região oesteda
Austrália a incidência
aumentou
de 1,4/1000
em
1972
para 2,9/1000
nascidosvivos
em
197728.Na
região deMersey,
a incidênciaaumentou
de 1,54/1000
entre1976
e1978
para 2,22/1000 entre1986
e 198-8”.Ne
estada deNeva
Iorque ameidêneia diminuiu de 2,4/iooo
em
1984
para 1,7/1000em
199012.Em
Londondeny,
em
1987, a incidência foi de 6,4/ 100030.A
EH?
apresenta-secom
maior
freqüênciaem
homens
brancos e primogênitos.São
comtms
malformações
associadas” e a incidência familiar éalta3.
Os
sintomasda doença surgem
geralmente entre 3 a 4semanas
de vida3,mas
podem
estar presentes desdeo
nascirnento”.Por
esta razão ela é, muitas vezes,denominada
“congênita”. Recentemente, através de estudo ultra-sonográficoem
recém-nascidos, postulou-se que ovolume
pilórico ao nascimento seria normal, eque a
doença
seria adquirida”.O
sintoma mais freqüente éo vômito
pós= alimentar, caracteristicamenteem
jato,não
bilioso1°2>3°17. Os apetiteda
criança émantido1”2°31 .Observa-se
também
emagrecimento, desnutrição, anemia, icterícia,febre e constipação ou, raramente, diarréia2*3.
Ao
exame
fisico,ondas
peristálticas,
da
esquerda para direitano
abdome
superior, sãomais
visíveispouco
antesda
criança vomita;r1°2°3.O
piloro hipertrófico (oliva),quando
palpávelno
epigástrio,define
o diagr1óstico1=2°3°12°32°33.4
alcalose metabólica3*2°12*"°34. Estas
devem
ser corrigidas atravésda
reposiçãode
volume
e eletrólitos (sódio, potássio e cloro)além da
suspensãoda
dieta via oral para a secreção gástríca3.Exames
deimagem-
.estão particularmente indicados para: 1°) casosde
crianças que
vomitam
e a oliva pilórica-não é palpável; 2°) vômitos persistentessem
sinais de obstrução crônica, se após vários dias os sintomas progridem; 3°)vômitos persistentes
onde
a palpação abdominalnão
é confiável pelo estadofisico
da
criança (ascite, cirurgia abdominal prévia); 4°) vômitos biliososou
outras situações clínicasonde não
se suspeita de EHP32.Em
mãos
experientes,o
exame
deimagem
de escolha é a ultra-sonografia(U
SG)
abdominal,porque não
há
exposição à irradiação, e a ingestão de bário, queaumenta
ovolume do
estômago
.já obstruído,aumenta
ea possibilidade de vômitos .com.aspiração32.As
medidas
ultra-sonográficas são obtidas atravésdo
diâmetro ântero-posterior3°* 35,
do
volume
pilórico36ou do
indicedo músculo
pilóricoque
é obtidodividindo-se o
volume
deste pelo pesodo
paciente, ,sendo .mais ,preciso porconsiderar .variações .norestágio .de .crescimentoda criança33°37°38, .Caso os-
achados
ultra-sonográficos sejam negativos e os vômitos tpersistam,
uma
seriografiaesôfago gastro duodenal
(SEGD)
pode
confinnarou
.excluir os diagnósticode
EHP,
demonstrando
distensão gástrica, retardo .no ,esvaziamento gástrico,, _
alongamento
do
canal pilórico (sinal ,do cordel), sinalde
'desfiladeiroou
binário,sinal
do
bico de seio, sinal de cogumelo, ,etc2°~32.Pode
também
demonstrar outrosproblemas
do
trato gastrointestinal superior:refluxo
gastroesofágico .(RGE),
membrana
antral,hémia
de hiato, piloroespasmo, estenose duodenal .emá
rotação”. .« ~
, «.
Sendo
aEHP
Luna afecçãocomum
no
lactente, este trabalho ,propõe-,se a analisar os casos tratadosno
Hospital Infantil Joana deGusmão
(HIJG),,bem
como
a faze1;.umarevisão..daliteratura, r2.
OBJETWQ
Analisar 111 casos .de operados
no HIJG,
F.lorian'Ópol»i's/SC3.
MÉTODO
Foram
analisados,num
estudo retrospectivo, transversal e descritivo, 111 prontuários,do
Serviço deArquivo
Médico
do HIJG,
de pacientes operadospor
EHP
entre 01 de janeiro de1988
a 31 dedezembro
de 1997.Foram
coletadosdados
epidemiológicoscomo
sexo, cor, procedência,ordem
de nascimento,
peso ao
nascimento, afecções associadas, história familiar de EI-IP e idade ao internar.O
tempo
compreendido
entre of nascimento e of início dos sintomas foiclassificado
como
intervalo livre.O
tempo
dedoença
consistiuno
períodocompreendido
entreo
início dos sintomas e a intemação.O
quadro clínico foibaseado
em
dados deanamnese
eexame
fisicono
momento
da
intemação eno
período pré-operatório.
O
grau de nutrição dos pacientes foi avaliado de acordocom
os critériosde
Gomez,
citado porMarcondes”.
O
déficit ponderal foi determinado de acordocom
o gráficodo
National Center of Healthand
Statistics(NCHS).
Os
exames
complementares, laboratoriais e deimagem
analisados foram:hemoglobinemia, potássio sérico,\ gasometria arterial,
SEGD
eUSG.
Hemoglobina
menor
que
l0mg/dl foi consideradacomo
diagnóstico de anemia.Potássio inferior a 3,5mg/dl foi tido
com
hipocalemia. Potencial hidrogeniônico(pH)
inferior a 7,35 foi consideradocomo
alcalose, sendo observados osdemais
dados
da
gasometria arterial para classificá-lacomo
deorigem
metabólica.Foi considerada
como
rotina pré-operatória: dieta zero, sonda nasoou
orogástrica, hidratação parenteral e reposição» hidroeletrolítica.
Também
foi7
Os
períodos pré e pós-operatóriosforam
igualmente avaliadosno
tempo
de
permanência
hospitalar.Analisou-se 0 tipo de operação realizado.
Foram
verificadas as complicações trans-operatórias e outras operações realizadasno
mesmo
tempo
cirúrgico.No
pós-operatório foi observadoo
tempo
de realimentação oralem
horas, ascomplicações pós-operatórias precoces e as intercorrências pós-operatórias,
dando
atenção para os casosem
que
náuseas e vômitos estendiam-sealém do
terceiro dia pós-operatório.
Foram
avaliadas as condições geraisda
criançano
momento
da
alta.Observou-se quantas crianças
foram
acompanhadas no
ambulatóriodo
HI-JGe, dentre estas, quais apresentaram intercorrências
ou
complicações, decorrentesEntre as 111 crianças estudadas, 87
(78,38%) eram do
sexomasculmo
e24
(21,62%) do
sexo feminino.Tabela I
-
Crianças portadoras de 1estenose hipertrófica de piloro operadas
no
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de 1988 edezembro
4.
RESULTADOS
de 1997,
segundo
a cor,em
número
(n°) e percentual (%).nO
%
Branco
Negro
Desconhecida
10202
07 91,39 1,80 6,31 Total 111 100,00Tabela II
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,segundo
a procedência,em
número
(n°) e percentual (%).nO
%
Grande
Florianópolis*49
Outras cidades de Santa Catarina 55
Não
referida07
44,14 49,55
6,31
Total 1 1 1 100,00
* Grande Florianópolis: Florianópolis, Biguaçú, Palhoça e São José.
Tabela III
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana* de
Gusmão,
entre janeirode
1988
edezembro
de 1997, .segimdo aordem
de nascimento,em
número
(n°)e percentual (%). nO
%
Primeiro40
Segtmdo
24
Terceiro 12 Quartoou
mais 05Desconhecida
30
36,04 21,62 10,81 4,50 27,03 Total 1 11 100,00Tabela
IV -
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
V Hospital
Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode
1988
edezembro
de 1997,segundo
o peso ao nascimento(em
gramas),em
número
(n°) e percentual (%). nO%
0000
-|
2000
04
2000
-|
2500
'05
2500-|
3000
1 123000
-|
3500
313500
-|
4000
28
>
4000
06
Desconhecido
25
3,60 4,50 10,81 27,93 25,23 5,41 22,52 Total 1 1 1 100,0011
Tabela
V
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de 1988 edezembro
de 1997,
segundo
as afecções associadas,em
número
(n°) e percentual (%). nO%
06
03 ,O3O2
01 OlHémia
inguinal direitaHémia
inguinal bilateralCIV*
Hémia
umbilicalPersistência
do
canal arterialCIV, CIA**, HP***,
displasia espôndilo-torácica e ânus vestibular01
O1
01
01
Transposição grandes vasos
da
base,CIV
eEP****
Toxoplasmose
congênita Tétano neonatal Sífilis congênita 5,41 2,70 2,70 1,80 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90CIV* - Comunicação inter-ventricular
'
CIA* *' - Comunicação
inter-atrial I-IP*** - Hipertensão pulmonar
EP**** - Estenose pulmonar
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode
1988
edezembro
de_1997,segundo
a idade ao internar(em
dias)em
número
(n°) e percentual (%).Tabela
VI
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
nO
%
oo-|
07
07-|
1414-4
21 21-1
28
28-|
35
35442
42-|49
49-|5ó
só-163
63-|7o
70-177
>77
02
03
4os
~ 13 19 19 1404
oó
os07
10Desconhecida
01 1,80 2,70 7,21 11,71 17,12 17,12 12,61 3,60 5,41 4,50 6,31 9,01 0,90 Total 111 100,00Tabela VII
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana
de
Gusmao,
entre janeirode
1988
edezembro
de 1997,segundo
o intervalo livre(em
dias),em
numero
(n°) e percentual (%). ~
%
00 -l 07
07 -4
14 14-|
21 21-|
28
.28 -| 35
>
35
Desconhecido
9,91 18,02 21,62 12,61 14,41 19,82 3,61 Total 100,00Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,segundo
otempo
dedoença
(em
dias),em
número
(n°) e percentual (%).Tabela
VIII-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
nO
%
oo-|
07
07-|14
14-1
2121-{
28
28-{
35
35-1
42
42-4
49
49-|
só
só-4
ós
>ó3
Desconhecido
32
1625
07
1502
0300
0105
05
28,83 14,41 22,52 6,31 13,51 1,80 2,70 0,00 0,90 4,50 -4,50 Total 111 100,00Tabela
IX -
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode
1988
edezembro
de 1997,segimdo o
quadro clínico,em
número
(n)
e percentual (%).nO
%
Vômitos
1 11Oliva pilórica palpável 59
Perda
de peso45
Constipação25
Febre22
Ondas
peristálticas 19 Icterícia 17 Distensão epigástrica 14 Oligúiia07
Diarréia 01Apnéia
01 Hepato/esplenomegalia 01 100,00 53,15 40,54 22,52 19,82 17,12 15,32 12,61 ó,31 0,90 0,90 0,90 ~Tabela
X
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
A Hospital Infantil- Joanade
Gusmão,
entre janeiro de 1988 edezembro
de 1997,
segundo
o grau de desnutrição,em
número
(n°) e percentual (%)-nO
%
Normal
35Leve ou
I grau40
Moderado
ou
II grau22
Grave ou
III grau 13Desconhecido
01 31,53 36,04 19,82 1 1,71 0,90 Total 1 11 100,00Tabela
XI
-
Crianças portadoras de estenose hipeitrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode
1988
edezembro
de 1997,segundo
osexames
deimagem,
em
número
(n°)e percentual (%).
%
SEGD*
58USG**
23SEGD
eUSG
09
Nenhum,
21 52,25 20,72 8,11 18,92 Total' ' _ 111 100,00SEGIQ* ¬_ Seifiografiafesõafago gastroÉ_duodenal
A USG*,* - Ultra_¿-,sonogiiafia
Tabela XII
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,segundo
a palpação de oliva pilóricaao
exame
fisico e os
exames
deimagem,
em
número
(n°) e percentual (%).n°
%
Oliva pilórica palpável,
sem exame
deimagem
Oliva pilórica palpável eexame
deimagem
Exame
deimagem
somente
Oliva pilórica
não
palpável,sem exame
deimagem
14 12,61
45
40,5445
40,5407
06,31 Total - 1 1 1 100,00Tabela XIII
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997, segimdo. osexames
laboratoriais,em
número
(n“) e percentual (%). nO%
Hemoglobina
108 Potássio sérico 108 Gasometria arterial 91 97,30 97,30 81,98Tabela
XIV
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,segtmdo
as alterações laboratoriais,em
numero
(n°) eu percentual (%). nO%
Alcalose metabólica 73 Hipocalemia27
Anemia
21 65,77 24,32 19,82Tabela
XV
-
Crianças portadoras de estenosehipenrófica
de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,segimdo
os procedimentos terapêuticos pre- operatórios,em
ntunero (n°) e percentual (%).nO
%
Nada
via oral 111Sonda
naso-gástrica 11 Hidrataçãoendovenosa
1 1 1 Concentrado de hemácias 19 Nutrição parenteral 11Plasma
O1 Fototerapia 01 100,00 100,00 100,00 17,12 9,91 1 0,90 0,90Tabela
XVI
~
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de -1997,segundo
os períodos pré e pós-operatórios(em
dias),
em
número
(no) e percentual (%). Período pré-operatório no%
Período pós-operatório no%
00
0102
03
,04
05
05-4
1010-|
1515-|
20
20-1
25
25-1
30
>30
22
19,8249
44,14 17 15,3208
7,21 -02
1,8007
6,3102
1,8000
0,0000
0,0000
0,0002
1,8002
1,8000
0,0002
1,80 só 50,4539
35,14 05 4,50 01 0,9003
2,70 01 0,9002
1,80 01 0,90 01 0,9000
0,00 Total 111 100,00 111 100,00A
operação realizadaem
todos os casos foi a piloromiotomia a Fredet-Tabela
XVII -
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode
1988
edezembro
de 1997,segundo
otempo
depermanência
hospitalar(em
dias),em
número
(n°) e percentual (%).nO
%
00
0102
03
04
05
os-|1o
10-|15
15-|
20
20-1
25
25-4
30
>3o
00
00
1732
22
15 1702
01 0100
04
00,00 00,00 15,32 28,83 19,82 13,51 15,32 1,80 0,90 0,90 00,00 3,60 Total 111 100,0021
Tabela
XVIII
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode 1988
edezembro
de 1997,segundo
as complicações trans-operatórias,em
número
(n°) e percentual (%).9
n°
%
Nenhuma
108 97,30Perfuração
da
mucosa
duodenal02
1,80Perfuração
da
mucosa
gástrica 01 0,90Total 1
111 100,00
No
mesmo
tempo
cirúrgicoda
piloromiotomia,houve
quatro casosde
22
Tabela
XIX
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode 1988
edezembro
de 1997,segundo o
tempo
de realimentação oral(em
horas),
em
número
(n°) e percentual (%).no
%
Desconhecido
01 0,9000 -1
1202
1,80 12-1 24
64
57,6624 -I 36
31 27,93>
36
13 11,71 Total 1 1 1 100,00Tabela
XX
~
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeirode 1988
edezembro
de 1997,segundo
as complicações pós-operatórias,em
número
(n°) e percentual (%).n°
%
Espasmo
pilórico 01 0,90Infecção de parede 01 0,90
Tabela
XXI
-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana
de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,seg1mdo
as intercorrências pós-operatonasem
número
(n°) e percentual (%). nO %.Vômitos
39
Febre26
Pneumonia
O3Depressão
pós-anestésica 01Flebite
em
acessovenoso
0'lHipoglicemia Ol Icterícia 01 Infecção intestinal 01 Infecção urinária Ol 35,14 23,42 2,70 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Tabela
XXII -
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,seg1mdo o
tempo
de duração(em
dias)de
febre e/ou vômitos,em
número
(n°) e percentual (%)z.Febre
Vômitos
nO%
%
00
00
01 2102
01 03 0104
00
2
5 03 00,00 13,92 0,90 0,90 00,00 2,70 00,00 14,41 21,62 5,41 1,80 2,70A
curada doença
ocorreuem
100,00%
dos casos.Não
houve
casos de óbitoNo
momento
da
alta hospitalar,uma
(0,90%)
criança estava ictérica euma
(0,90%) apresentava vômitos prolongados.Tabela
XXIII-
Crianças portadoras de estenose hipertrófica de piloro operadasno
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
entre janeiro de1988
edezembro
de 1997,segtmdo
as intercorrências observadasno
seguimento ambulatorial,
em
número
(n°) e percentual (%).nO
%
Não
houve
acompanhamento
60
Sem
interconências44
Refluxo
gastroesofágico04
Deiscência de pele 01 . Rejeição de pontos 01Seroma
01 54,05 39,64 3,61 0,90 0,90 0,90 Total l 1 1 100,005.
DIscUssÃo
A
preponderânciado
sexo masculino sobreo
feminino foi evidenciadana
literatura pesquisada,
em
proporçõesque
oscilam entre 3,5:1 e 4,9:lsegundo
diversos autores”1'28*29”34°4°°41*42*43*44.
No
entanto, outras proporçõesforam
referidas: 5,7:1,33 6,4:1,45 8,6:1,46 e até 14,3:147.
A
relação entre os sexos masculino e feminino encontrada, foi de 3,611 respectivamente, sendo estesdados
compatíveis
com
os encontrados pela maioria dos autores.A
predominânciada
raça brancana
EHP
já foi relatada2°28'45.Em
concordância
com
este fato ecom
a cor preponderanteda
populaçãodo
Estado de Santa Catarina ,91,89%
das criançaseram
brancas.Primogênitos, enquanto fator de risco para
EHP,
correspondem
a42
a52%
dos casosda
doença2”28°41”43'47.Quanto
àordem
de nascimento, excluindo30
casos nos quais este
dado
nãoiestava disponível,49,38%
das criançaseram
primogênitos, freqüência compatível
com
a esperada.Baixo
peso ao nascimento éum
fator de risco para EHP12”28.Hitchcock etal.” encontraram
9,3%
das criançascom
peso ao nascimento inferior a.2500
gramas. Dentre os casos
em
que peso ao nascimento foi registrado,10,46%
das crianças nasceucom
peso inferior a2500
gramas.Malfonnações
congênitas associadas àEHP
foram
descritasem
4
a7%
doscasos2°41›47. Bristol e Bolton44 referiram
1,3%
de associação, enquantoJedd
etal.” e Zeidan et al.4° encontraram
malformações
associadasem
aproximadamente
30%
dos casos deEHP.
Os
resultados encontrados são, portanto, comparáveis àliteratura.
A
associação mais freqüentemente citada écom
hérnia i11gui11al1°*4°*41°4227
malfonnações do
trato genito-urinário apesar de relatadascomo
fieqüentes1° 42.Uma
explicação para isso seria o fato deo
trato genito-urinárionão
serinvestigado rotineiramente
na
ausência de clínica sugestiva de infecção urinária.Atvvell e Levick42, por outro lado, investigaram indiscriminadamente
68
pacientescom
EHP
através de urografia excretora, encontrando20,6%
demalfonnações
urinárias.
No
presente estudo ocorreuum
caso de infecção urinária, o qualnão
foiinvestigado
em
relação ao trato urinário.A
história familiar positiva deEHP
varia entre 3,8 a15%
2” 27° 33°34=39*4°* 41' 42* 45,tendo sido encontrada
em
menor
percentual (2,70%) provavelmente porque,em
muitos casos
encaminhados
com
diagnósticofinnado, não
foi realizadauma
anamnese
completaque
contivessedados
pessoaisdo
nascimento à intemação,bem como
dados referentes à família e à situação socialdo
paciente.A
idadeda
criança ao internar oscila,segrmdo
autores estrangeiros33'41°44*48,entre 2,7 e 5,4
semanas
de vida.Num
estudo realizadoem
Recife, Dohertyz evidenciouuma
média
de idadena
internação de 6,96 semanas. e intervalo livrede 3,05 semanas,
ambos
osdados
compatíveiscom
aqueles demonstrados nestetrabalho, respectivamente 6,4 e 3,8 semanas.
O
tempo
dedoença
varia entre 0,9 e 1,4 semar1as29°34°44,podendo
chegar a 4,4 semanasz.O
tempo
dedoença
constatado foi,em
média, de 2,7 semanas,sugerindo que os pacientes procuraram o auxílio
médico ou
tiveram acesso a este mais tardiamente queem
outros países. Muitas criançascom
tempo de doença
prolongadovinham
recebendo tratamento ambulatorial paraRGE,
ou
mesmo
terapia
endovenosa
para desidratação e desnutriçãosem
a devida investigaçãodiagnóstica.
Apesar
de constituírem o sintoma mais freqüente, vômitosnão
estãonecessariamente presentes
em
100%
dos casos deEHP2°
44.Segundo Zeidan
et al. 4°, sua natureza (biliososou
não,em
jatoou
não) é depouca
ajudano
28
diagnóstico
da
doença.Nesta
casuística, vômitosforam
relatadosem
todos ospacientes,
demonstrando
ser esteo
sintoma principalda
doença.~
A
associaçao de icterícia eEHP
é descritanuma
freqüência que varia entre 1,9 e17%”.
Encontrou-se icteríciaem
apenas0,90%
dos casos.Apesar de
sua etiologia e patogênese aindanão
terem sido elucidadas, a hipergastrinemia,presente
em
alguns casos, foi propostacomo
causa”.Dentre os sinais, ondas peristálticas são vistas
em
93%
dos casosz e a oliva pilóricacostuma
ser palpávelem
mais de80%
dos casos2'32,4°°41”43°44*47, apesar deterem sidos descritos percentuais
como 64%”.
Dentre os sinais, asondas
peristálticas
foram
visibilizadasem
apenas17,12%
dos casos, e a oliva pilóricafoi palpável
em
53,15%
dos casos, percentuais inferiores aos referidos pelaliteratura. Este
dado pode
ter sido influenciado pelo fato de muitos pacientesterem sido
encaminhados
aoHIJG
com
diagnósticoconfinnado
através deexames
deimagem,
desmotivando, por vezes, a utilização dosmétodos
deexame
fisico preconizados para a
adequada
avaliaçãoda
oliva pilórica1°3”32,além da
facilidade de acesso a
exames
deimagem
que, apesar de desnecessáriosem
muitos casos de
EHP,
tendem
a ser supervalorizadasem
relaçãoao
exame
clí11ico32°33°41.
Segimdo
Chen
et a1.34 aUSG
pode
ser mais seguraque o
exame
clínico para detectar
EHP
precocemente,quando
a oliva aindanão
é palpável e asondas peristálticas ainda
não
são visíveis.Além
do
que,segimdo 'Cosman
et al.38,a
USG
é de grande utilidadeno
diagnóstico deEHP
em
prematuros,onde o
quadro clínico
pode
ser atípico.Quanto
à desnutrição,um
casonão pôde
ser analisadosegundo
os critériosde
Gomez”
pornão
constarno
prontuário a data de nascimentoda
criança. Dentreos demais,
68%
apresentavamalgum
grau de desnutrição, refletindo,provavehnente,
o
tempo
prolongado dedoença
em
grande parte das crianças e a condição socio-econômicada
população.A
análiseda
desnutrição observadana
29
casuística
em
relação à encontrada por outros autores toma-se dificil,em
função deque
não
utilizain os critérios deGomez
para a classificação.O
diagnósticopode
ser determinado clinicamenteem
82
a93%
doscasos32>4°=41*44, entretanto,
Poon
et al.41descrevem que o
diagnóstico foieminentemente clínico
em 19%
dos casos, compatívelcom
os18,92%
encontrados.
Na
literaturaexames
deimagem
são solicitados para pacientescom
oliva pilórica palpável
em
7 a70%
dos casos32*4°.Em
40%
dos casos a oliva erapalpável e foi solicitado ao
menos
um
exame
deimagem
concomitante.Breaux
etal.” solicitaram
SEGD
eUSG
para9,6%
das crianças, valor semelhanteao
apresentado neste trabalho (8%). Quarenta e
nove
porcento das criançaseram
procedentes
do
interiordo
Estado de Santa Catarina, e grande parte delas foiencaminhada
com
diagnóstico eexames
deimagem.
Além
do
que, muitas vezeshá
dúvidana
palpaçãoda
oliva, sendo oexame
deimagem
solicitadocomo
reforço
complementar ao
diagnóstico.Houve
7 casos (6,3l%)onde
a oliva pilóricanão
era palpável enenhum
exame
.deimagem
foi registrado. Considerando que a presença de aomenos
um
dessesdados
é pré-requisito obrigatório para o tratamento cirúrgico, acredita-seque foram
suprimidosdos
prontuários
em
questão.9
Spicer3 refere
que
alcalose metabólica e hipocalemia são tão características deEHP
a ponto deserem
quase diagnósticas.De
acordocom
Stevensonlo
potássio sérico
pode pennanecer
dentro dos limites normais poralgum
tempo;quando
ele finahnente diminui, é indicativo deuma
perda intensade
potássio.Chen
et al.34 encontraram alcalose metabólica e hipocalemiaem
10%
e3%
doscasos, respectivamente.
Nos
casos investigados, alcalose metabólica ocorreuem
80%
das crianças e hipocalemiaem
25%, número
superior ao esperado provavelmente pelotempo
dedoença
prolongado, permitindoum
maior
30
operações
no
HIJG
sem
o
conhecimento préviodo
hematócritoda
criança, épouco
provávelque
onúmero
deexames
solicitados nesse sentido tenha correspondido a97,3%
dos casos. Acredita-seque
não
tenham
sidos anotadosno
prontuário.
A
mesma
consideração é válidaem
relação ao potássio sérico egasometria arterial,
na
prática realizadosem
todos os pacientescom
suspeitade
EHP;
Segundo
algums autores2=33,41°44*48,o
período pré-operatórioé,
em
média,inferior a 2 dias.
Neste
trabalho, a maioria(63,93%)
das crianças foi operadano
~primeiro dia de internaçao.
Ocorreram
casos depennanência
pré operatória prolongada: 61 dias nruna criançacom
tétano,50
diasnuma
criançacom
~
toxoplasmose congênita,
27
diasnuma
criançaonde
a oliva pilóricanao
era palpável ea
primeiraSEGD
não
era sugestiva deEHP,
e26
diasna
criançacom
malformações
cardíacas, displasia espôndilo-torácica e' ânus vestibular. Excluindoestes quatro casos, a
média
depermanência
pré-operatória foide
1,8 dias,semelhante ao descrito por outros autores12° 48.
A
terapia pré-operatória de rotina foi realizadaem
todas as crianças,sendo
necessárias transfusões sangüineas
em
90%
das criançascom
anemia.O
período pós-operatório foi descritocomo
sendo,em
média, 2,1 a 4,4dias2”4°°41°5°. Encontrou-se 3,4 dias, compatível
com
dados da
literatura.
O
tempo
de permanência hospitalar oscila,em
média, entre 3,1 a 6,7dias2°33°41. Esta casuística apresentou
um
períodomédio
de 6,7 dias. Excluindo oscasos de
permanência
hospitalar prolongada, amédia
foi de 5,2 dias.Em
geral, a freqüência de perfuraçãoda
mucosa
duodenal é de até24%2°9”4°°43”44°47*5°.
Na
vigênciade
perfuração, a piloromiotornia
pode
sercompletamente
fechada e a oliva rodada90
graus, para que outra incisãocom
divulsão das
camadas
muscularespossam
ser realizadasl.Segtmdo
Eriksen e31
procedimento é descrito por Zeidan et al.4°,
que
complementam
a técnicaprotegendo a sutura
com
omento. Perfuraçãoda
mucosa
duodenal ocorreuem
2 (1,8%) casos, nos quais a técnica utilizada foi a sutura primáriada mucosa.
Perfuração
da
mucosa
gástrica é descritaem
0,8%
dos casos e ocorreuem
0,9%,
tendo sido detectada tardiamente,
no
3° dia pós-operatório,quando
foi realizadagastrorrafia.
Zeidan
et a1.4°descrevem
hemiorrafias associadas a piloromiotomiaem
1,9%
dos casos, compatível
com
1,8%
encontrados nesta casuística.O
tempo
de
realimentação oral é,em
média,de
21 horas4°.A
reintroduçãoda
dieta de
forma
mais precoce é referida por alguns autores3°45como
ilógica, pois amotilidade gástrica
permanece
diminuída até 18 horas após a operação.O
tempo
de realimentação oral
não excedeu 24
horasna
maioria dos casos (60,36%), e amédia
foi de25
horas.Em
relação ao pós-operatório, vômitos sãomencionados
como
conseqüentesà depressão
da
motilidade gástrica46,não
sendo considerados complicações pós-operatórias
ou
anestésicas, e sim parteda
evolução naturalda
doença”.Um
tempo
de realimentação oral prolongado diminui a incidência e a severidade dos vômitos46.A
duração dos vômitos esperada éem
tomo
de 2 a 3 dias4°.Houve
apenas quatro casos de febre e vômitos
que
se estenderamalém do
terceiro equarto dia de internação, respectivamente: perfuração
da
mucosa
gástrica (1caso),
pneumonia
(2 casos) e diarréia infecciosa (1 caso).Quase
1/4 dospacientes, apresentou febre
no
pós-operatório.Com
exceção dos 4 casosacima
relatados, a explicação mais plausível para os demais,
que
não
evoluíramcom
doença
infecciosa, seria febre de origem central (distúrbio hidro-eletrolítico),ou
imaturidade
do
mecanismo
tenno-regulador.Infecção
da
ferida operatória é relatadaem
2 a15%
dos casos7°9'4°›43°44°47°48°5°i.32
Infecção por Staphylococos aureus, ocorreu
em
1 (0,9%) caso, o quecomprovou
que
os cuidados pré e trans-operatóriosforam
corretos.A
depressão respiratória, exposta por algtms autoresz” 44, éum
dosproblemas
mais freqüentemente encontrados
em
pacientes submetidos à anestesia geral, emuitos a relacionam a
um
mau
preparo pré-operatório, sendo airrdaum
aspectocontroverso44.
Ocorreu
depressão respiratória pós-anestésicaem
1 (0,9%)criança,
o que
sugereum
bom
preparo pré-operatório e técnica anestésicaadequada. Infecção intestinal , descrita
em
3,3%
dos casosz, ocorreuem
l (0,9%)paciente.
A
A
mortalidade cirúrgica é descritaem
até1,96%
dos casos2*44”48.Apesar de o
tempo
dedoença
prolongado estar associado àmaior
letalidadez,não houve
óbitos entre os casos analisados.
Todos
os casosforam
curados.Cento
enove
crianças(98,20%)
apresentaram boas condiçõesna
alta.Houve
inn caso de icterícia que, apesar de fototerapia, persistiu até o
momento
da
alta.A
icterícia tende a resolução
num
período de 5 a 10 dias após o tratamentocirúrgico1°49.
Vômitos
pós-operatórios prolongadospodem
ser severos da pontode
suspeitar-se de pilororniotomia incompleta. Nestes casos, o tratamento» é,
iniciahnente, conservador.
A
SEGD
não
está indicada, pois a irnagem radiológicapermanece
inalterada,mesmo
apósuma
piloromiotomiabem
sucedida3.Um
paciente apresentou vômitos prolongados, que
foram
investigadoscom
duasSEGD,
que demostraram
dificuldadeno
transito pilórico e sinaisde
EHP.
Acredita-se que os vômitos resultaram
da pneumonia que
apresentouno
pós- operatório.No
acompanhamento
ambulatorial, após4
meses, a criança apresentavaRGE,
problema
este reconhecidoem
pequena
parte dos pacientescom
EHP47.Em
fimção
da melhora
clínica,não
foi necessária nenhtnnamedida
terapêutica complementar.33
No
acompanhamento
ambulatorial, são descritasalgumas
intercorrências pós- operatórias tardias,como
a deiscênciada
peleem
até4,3%
dos
casos4°'41*43*44*47*5°, e
0
RGE
em
4,3%”
e 5,6%4° dos casos.Nesta
casuística,essas i-ntercorrências
foram
evidenciadasem
0,9%
e3,6%,
respectivamente.Não
são descritosna
literatura outros casos de rejeiçãode
pontos eseroma
na
ferida operatória, encontradosem
l (0,9%) caso. Cinqüenta e quatro porcento dascrianças
não foram
acompanhados no
ambulatóriodo HIJG. Apenas
44,14%
dospacientes era procedente
da
grande Florianópolis, sendo que crianças provenientes de cidades distantesdevem
ter sido seguidas nos locais de origem.ó.
Quanto
aos pacientes portadores deEHP
analisados:1.
A
maioria das crianças édo
sexo masculino, branca, primogênita,com
início das manifestações clínicas ao redor de 3
semanas
de vida.2.
O
vômito
éo
principal sintoma, a oliva pilórica é palpadaem
metade dos
casos, e a
malformação mais
encontrada é ahémia
inguinal.3.
A
SEGD
éo
exame
mais
solicitado e a alcalose metabólica é ou distúrbiomais
freqüente. ~V
4.
O
tratamentoempregado
é a piloromiotomia a Fredet-Ramstedtz,usualmente realizada
no
primeiro dia de intemação,com
baixo índicede
z
complicações e cura de todos os pacientes.
7.
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should treat pyloric. stenosisë the =-,generalou
RESUMO
A
estenose hipertrófica de piloro(EHP)
é a causamais
comum
de
obstruçãointestinal
em
crianças.Apesar da
freqüênciacom
que
ocorre, sua etiopatogeniapermanece
desconhecida.A
piloromiotomia a Fredet-Ramstedt éo
tratamento de escolha.Foram
pesquisados,num
estudo retrospectivo transversal descritivo,111 casos de
EHP
operadosno
HIJG
entre 01 de janeiro de1988
a 31de
dezembro
de 1997,com
o
intuito de analisa-los e compará-los à literaturapesquisada.
Confirmou-se
a prevalênciado
sexo masculino, cor branca e primogênitos.Malformações
associadas ocorreramem
16,21%
dos casos, tendo sido hérnia inguinal amais
comum.
O
sintomamais
freqüente foivômito
(100%), seguido de perda de- peso, constipação intestinal, febre, icterícia e
oligúria.
A
oliva pilórica, patognomônica, foi palpávelem
53,15%
dos
casos.Apesar
disso,exames
deimagem
foram
solicitados para81,08%
das crianças, sendo aSEGD
o
exame
mais
utilizado.O
diagnóstico foieminentemente
clínicoem
apenas12,61`% dos casos,em
funçãoda
maioria dos pacientes serencaminhada
com
diagnóstico finnado porexames
deimagem.
Evidenciou-se alcalose metabólicaem
65,77%
dos casos e hipocalemiaem
24,32%
dos casos,característicos
do
tempo
dedoença
prolongado.A
maioria das crianças foisubmetida a piloromiotomia
no
primeiro dia de internação, recebeu altahospitalar
no segundo
dia pós-operatório epennaneceu
internada durante quatrodias.
Ocorreram
dois casos de perfuraçãoda
mucosa
duodenal eum
casode
perfuração
da
mucosa
gástrica. Infecção de parede ocorreuem
um
caso.O
SUMMARY
Hypertrophic pyloric stenosis
(HPS)
is themost
common
causeof
intestinalobstruction in children. Despite its frequency, its ethiopathogeny is still
unknown.
Fredet-Ramstedt°spyloromyotomy
is the standard treatment.A
retrospective, transverseand
descriptive studywas
undertakenof
111 cases ofHPS
thatwent
under operation at Hospital InfantilJoana
deGusmão
between
January lst,
1998
and
December
lst 1997, in order to analyzethem
and
compare
them
to the researched literature.The
prevalence of themale
gender, White raceand
primogeniturewas
confirmed.
Therewere
associated malformations in16.21%
of the cases,and
inguinalhemia was
thecommonest.
The
most
frequentsymptom was
vomiting (100%), followedby
weight loss, constipation, fever,jaundice
and
urinary paucity.The
patognomonic
pyloric olivewas
palpable in53.15%
of
the cases. Despite that,imaging
procedureswere performed
on
81.08%
of
the children,and
upper gastrointestinal roentgenographic studywas
themost
frequent one.The
diagnosiswas
established solelyby
clinicalexamination in only
12.61%
of the cases, as the majority of the patientswas
referred with diagnosisconfirmed
throughimaging
procedures. Metabolic alkalosiswas
demonstrated in65.77%
of
the casesand hypokalaemia
occurred in24.32%
of
the cases, characterizing prolonged disease.The
majorityof
the childrenwent
underpyloromyotomy
on
the firstday of
admission, theywere
L/,çlischarged
on
thesecond day
after the operationand
they stayed at the hospital.;'fio,r There
were
two
instancesof
perforationof
the duodenalmucosa,
the A gastrjc
mucosa
was
breached inone
case.Wound
infection occurred inQaecase. .Táiere
were no
deaths..I
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UFSC CM, 0369Autor: Narciso, Janaína L -
Título:íEstenç›se'hipertró_fica de piloro: › Ex.l UFSC BSCCSM 972304935 \A¢.2s3s2| í “ -vz-..z~.__=_. __¬ __.`f. " v