DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBETS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
UM
SISTEMA
DE CUSTOS
PARA
O
SETOR DE PADARIA
E
ACONFEITARIA
:
UM
ESTUDO
DE
CASO
DA
PADARIA
E
CONÍ<`El"l"ARIA
DA
`l‹`AMIl;lA
'SIDNEI
MANOEL DA CUNHA
Florianópolis
-SC
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE CURSO
_
UM
SISTEMA
DE
CUSTOS
PARA O
SETOR
DE
PADARIA
E
CONFEITARIA
:UM
ESTUDO
DE
CASO
DA
PADARIA
E
`
CONFEITARIA
DA
FAMILIA
Trabalho de conclusão de
Curso submetido
ao departamento de Ciências
Contábeis,
do
Centro Sócio
Econômico, da
Universidade Federal
de
Santa
Catarina,como
requisito parcialpara
obtenção
do
grau de
bacharelem
Ciências
Contábeis.Acadêmico:
SIDNEI
MANOEL DA CUNHA
Orientadora:
Prof”. Dr.*.ILSE
MARIA
BEUREN
Florianópolis
-SC
CONF.E.ITARIA
DA
FAMÍLIA
ACADÊMICO
SIDNEI
MANOEL
DA
CUNHA
Esta monogralia foi apresentada
como
trabalho de conclusãono
curso de CiênciasContábeis
da
Universidade Federalde
Santa Catarina, obtendo a notamédia de
ÃO
' '
atribuida pela
banca
constituida pelos professores abaixonominada
Florianópolis, 9
de
março
del999
Prof".
Maria Deni
eni'iqu~ande
Coordenadora
dMonogra
iado
CCN
Professores
que
compuseram
a banca;I É¿¿Q'7¿ ‹,‹/1‹/14
Presidente: Prol”. D1”. Ilse
Maria Beuren
I\/1)z=ffi›: Prof. M.S‹¬/líisse
Antonio
Lorandiio
Prof
M
Sc
J JuniorAgradeço,
primeiramente, aDeus
que
me
iluminou nesta longacaminhada,
dando
forças, abrindocaminhos
edesviando-me
de todas as barreiras.Aos meus
pais,Manoel
e Terezinha, sou infinitamente grato, pelodom
da
vida,pela brilhante
educação
eformação
pessoalque
recebi. Agradeço, ainda, a oportunidadeque
me
deram,não medindo
esforços, para alcançarum
dosmeus
objetivos. .A
minha
irmã,meu
cunhado
e aomeu
sobrinho sou grato pelo incentivo, apoioe a dedicação
na
qualme
acompanharam
em
mais
uma
etapa daminha
vida.i
A
minha namorada
Joseane, qual priveida
presença' e atenção,sendo
recompensado
com
seuamparo
ecompanhia
nosmomentos
mais críticos desta longacaminhada. V
Os
meus
sinceros agradecimentos àminha
orientadora Ilse, qualme
proporcionou
uma
agradávelamizade
e oportunidadede
conheceruma
profissionalde
infinita competência . Ressalto, ainda, a paciência e dedicaçãoque demonstrou
duranteesta agradável convivência.
Aos meus
colegas de curso, dos quais desfruteide
grandes amizades,comemorando
osmomentos
de
alegria e dividindo as poucas tristezas,cm
especialGercino, Vítor, Fábio e Paulo. - A
Aos
professoresdo
cursoque
contribuiram paraminha formação
acadêmica, aos funcionáriosdo
departamento e coordenação .doCurso
de Ciências Contábeis,que
estavam
sempre
presentes. _Aos
proprietários da Padaria e Confeitariada
Família, sou grato pelaoportunidade e confiança
que
depositaram, abrindo as portasda empresa
para ser objetode
estudo
do
presente trabalho . fA
Em
fim, a todas as pessoas que, diretaou
indiretamente, colaboraram para aAm
broseBieróe
1842-1914
LISTA
DE
QUADROS
RESUMO
CAPÍTULO
1 1.11NTRoDUÇÃo
... .. 1 .1. 1 Considerações iniciais ... .. 1.1.2Problema
... ._ 1.1.3 Objetivos ... ... .. 1.1.4 Organizaçãodo
estudo ... .. 1.2METODOLOGIA
... .. 1.2.1Metodologia
da pesquisa ... .. 1.2.2Metodologia
aplicada ... .. 1.2.3 Limitaçõesda
pesquisa ... _.CAPÍTULO
2 2.1REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA.
... ... ..16
2.1.1
Origem
histórica c importânciado
sistemade
custos ... .. 162.1.2 Sistema
de
acumulação
de custos ... .. ... .. ... ..2.1.2.1 Sistema de
acumulação
de custos porordem
de produção
... .. 192.1.2.2 Sistema
de
acumulação
por processo ... ..2.1.2.3
Comparação
entre os sistemas deacumulação de
custos ... ._2.1.3
Métodos
de custeamento ... ..2.1.3.1 Custeio por absorção... ... ..
2.1.3.2 Custeio direto
ou
variável ... ..2.1.3.3
Comparação
entre o custeio por absorção eo
diretoou
variável 2.1.4Elementos
de custos ... .. ... _.2.1.5
Bases de
rateio dos custos indiretos ... ..~
Quadro
1 -Organização dos
centrosde
custos ... ..Quadro
2
-Ficha
de
controlede matéria-prima
... ..Quadro
3
-Ficha
dc Controle de
Mão-de-Obra
-Padaria
.... ..Quadro
4
-Ficha
de Controle de
Mão-de-Obra
- ConfeitariaQuadro
5
-Ficha
de Controle de
Mão-de-Obra
- Salgadaria.Quadro
6
-Mapa
dos
custos totaisdo
setorda
Padaria
... ..Quadro
7 -Mapa
dos
custos totaisdo
sctorda
Confeitaria....3.2
DESCRIÇÃO
DO
PROCESSO
...35
3.3
PROPOSTA DE
UM
SISTEMA
DE CUSTOS PARA A
INDÚSTRIA
'DA
PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA
... ..36
3.3.1 -
Elementos de
custos ... _.36
3.3.1.1 Custo da matéria-prima ... ..37
3.3.1.2
Custo da mão-de-obra
direta ... ..38
3.3.1.3 Custos indiretos de fabricação ... ..
38
3.3.1.4
Despesas
de vendas ... ... ..39
3.3.1.5 O
Despesas
Administrativas ... ..40
3.3.2
Método
de custeio aplicável à Padaria e Confeitaria da Família ... ..40
3.3.3 Centros de custos da Padaria c Confeitaria
da
Família ... ..41
3.3.4 Apropriação dos custos diretos aos centros
de
custos ... ..42
3.3.4.1
Custo da
matéria-prima ... ..42
3.3.4.2
Custo da
mão-de-obra direta ... _.43
3.3.5 Basesde
rateio dos custos indiretos aos centrosde
custos ... ..46
3.3.6 Rateio dos custos indiretos dos centros de custos às ordens
de
produção...50
3.3.7
Composição
dos custos totaisda
Padaria e Confeitariada
Família ... ..50
CONCLUSÃOERECOMENDAÇÕES
... ... ..ss
REEERÊNCLAS
BnzuOGRÁErCAs
... ..57
O
objetivo geral deste trabalho consistiuno
desenvolvimentode
uma
propostade
um
sistema de custos voltado à indústriade
panificação e confeitaria, atravésde
um
estudo de caso
da
Padaria e Confeitariada
F
amília. `Assim, inicialmente, apresentou-se
um
referencial teórico sobre o terna,destacando a importância -de
um
sistema de custos.Em
seguida fez-seuma
abordagem
sobre os sistemas de
acumulação
de custos, evidenciando as -diferenças entreambos.
Também
foram contemplados
osmetodos de
custeamento e os elementos de custos.Além
disso, fez-se
uma
breve discussão sobre as basesde
rateio dos custos indiretos.No
desenvolvimentoda
propostado
sistema de custos, inicialmente, apresentou-se os elementos decustos.Em
seguida foram alocados os custos diretos àsordens
de
produção, destacando os custos corn matéria-prima emão-de-obra
direta.Para prosseguir
o
trabalho foi necessário visualizaruma
segmentação da
estruturade produção
da empresa, dividindo-aem
três setores: padaria, confeitaria e salgadaria.Cada
setor foi divididoem
centrosde
custos, para facilitar as alocaçõesdos
elementos
de
custos.Os
centros de custosderam
origem à estruturado
mapa
de
rateiodos
custos indiretos.A
alocação dos custos indiretos aos centros foi determinada atravésde
basesde
rateio, procurando obtero
maior realismo possível.Após
a locação dos custos indiretos aos centrosde
custos, estesforam
apropriados às ordensde produção
atravésdo
número
de
horas de
mão-de-obra
diretaque
cadaordem
necessita.A
escolha por este critério deve-se à relevânciaque
estes custos representam naprodução da
empresa. -`
Vale
ressaltarque
a implantação deum
sistemade
custospode
contribuirde
forma
muito positivano
processo de gestão empresarial.Porém
os resultados deste trabalho apenas são válidos se atenderem as particularidadesda
empresa, aforma
com
que
registram as operações e os objetivos desejados pelos seus gestores.CAPÍTULO
1Este capítulo será elaborado de
forma
a obter-seuma
noção
geral das partesque
irãocompor
o
presente trabalho. Para facilitar acompreensão do
mesmo,
será divididoem
duas seções.Na
Primeira far-se-á a introduçãoda
pesquisa e,na segunda
seção, seráevidenciada a metodologia a ser utilizada na elaboração
do
trabalho.i
1.1
INTRODUÇÃO
. Nesta seção, primeiramente, serão apresentadas as considerações iniciais,
justificando a presente pesquisa.
Em
seguida serao evidenciadoso problema
e os objetivosdo
estudo.Na
seqüência será apresentada a organizaçãodo
trabalho.1.1.1
Considerações
iniciaisA
Contabilidadede
Custos, de acordocom
MARTINS
(l996; p.l9), originou- seda
Contabilidade Financeira.Em
funçãodo
surgimento das indústrias e a sua evoluçãocom
o tempo, as empresas utilizaram-seda
sua experiênciade
apuração dos custosem
empresas
comerciais e a aplicaram nas indústrias.Os
sistemas de custos tradicionais,conforme
NAKAGAWA
(l991; p.15),~
"foram desenvolvidos para a avaliaçao
de
inventários, tendoem
vista a necessidadede
seelaborarem demonstrações contábeis e fiscais." -
Entretanto,_
com
a eliminaçãode
barreiras protecionistas criadaspor
govemos
em
todos os niveis, atravésda
globalização,aumenta
a competição entre as empresas.As
empresas
estão sendo forçadas a reduzir os seus custos para manter-seno
mercado.Não
distante,
devem
produzircom
qualidade e baixar os preços, afimde
manter amargem
de
lucro.Neste sentido, a Contabilidade
de
Custos passa a terum
papel importantena
gestão das empresas.
O
sistema de custos passa a ser necessárionão
apenas às grandes empresas,mas
para todas asempresas que pretendem
sobreviverno
mercado.apenas para a elaboração das demonstrações contábeis e
passam
a auxiliarno
planejamento, execução e controle das diversas atividades empresariais, pois
acompanham
o
gestor desde a fabricação dos produtos,formação do
preçode
venda, entregaao
cliente, inclusiveno
pós-venda.As
indústrias da confeitaria e panificação nãofogem
da
regra, sofremcom
agrande, quantidade de empresas
no mercado
e necessitamde
um
controle intenso, principalmente pela variedade de produtos fabricados e os seus altos custos fixos.1.1.2
Problema
O
desenvolvimento e implantaçãode
um
sistema de custosnão
é tarefa fácil.A
partirdo
momento
que
aempresa
faz tal opção,deve
estar preparada para os eventuaisproblemas
que
poderão acontecer. iDeve-se
destacarque
a suaimplementação não
se daráde
um
dia parao
outro.Além
disso,uma
vezque o
sistemade
custos estiver funcionando surgirão dificuldades,que
deverão ser consideradas e adaptadasno
sistema de custos.No
entanto, ressalta-seque
0
sistemanão
resolverá todos os problemasda
empresa. .No
processo de implantação, certamenteo
maiorproblema fica
por contada
conscientizaçãodos
funcionários para a importânciado
sistemade
custos.MARTINS
(1996, p.28) afirma
que
“oproblema
mais grave reside na qualidadedo
pessoal envolvido nas fases iniciaisdo
processamento; os primeiros informesnascem de
diversosapontamentos
na produção,onde
o nívelmédio
cultural e o graude
interesse por serviços burocráticos são notoriamente baixos. Esse nível deeducação
insuficientedo
pessoalque
inicia o processo é,em
muitos casos,o
grande responsável pelos insucessos de Sistemasde
Custos.”
Segundo
MARTINS
(1996, p. 28-29), “o pessoal técnico deprodução
énormalmente
avesso à burocracia e,em
geral, encaraum
Sistemade
Custoscomo
uma
forma de
controle e, devido a essas duas razões, tenderáem
inúmeras situações, a rejeitar, boicotarou
simplesmente fazer resistência passiva a sua implantação.”Portanto, as pessoas
que
trabalhamna
implantaçãodo
sistemade
custostem
que
estar conscientesda
sua importância para a realizaçãode
um
trabalho eficaz edos
beneficiosque
ele trará parao
desenvolvimentoda
empresa.'
No
que
concerne à formulaçãodo
problema,em
termos geraisda
pesquisa,LAKATOS
eMARCONI.
(1991, p. 159)dizem
que,"problema
éuma
dificuldade, teóricaou
prática,no conhecimento
dealguma
coisa de real importância, para a- qual sedeve
encontraruma
solução."' i
Por
sua vez,SEVERIVO
(1993, p. 71) explicitaque
"a colocação clarado
problema
desencadeia a formulaçãoda
hipótese geral a sercomprovada
do
decorrerdo
raciocinio."Neste sentido, a problemática consiste
no
desenvolvimento deum
sistemade
custos aplicável àuma
indústria de panificação e confeitaria,com
o
intuitode
auxiliar osgestores nas diversas
tomadas
de decisões.1.1.3 Objetivos
O
objetivo geral deste trabalho consisteno
desenvolvimento e implantaçãode
um
sistema de custos parauma
indústria de panificação e confeitaria .Em
se tratando dos objetivos específicos pretende-se 0 seguinte: ¢> caracterizaruma
indústria de panificaçao e confeitaria; ‹=@> conceituarum
sistema de custos;_
~=> discutir os
métodos
de custeamento de possivel aplicaçãono
estudo;, fe identificar os ,custos característicos de
uma
empresa
deste setor;f-1» definir bases de rateio para os custos indiretos
de
fabricação;É-> apresentar a
composição
dos custos totais deuma
indústria de panificação econfeitaria.
1.1.4
Organização
do
estudo_
O
presente trabalho será divididoem
três capitulos, eestes
divididosem
seções,com
intuito de facilitar acompreensão do
mesmo.
V'O
primeiro capitulo constitui-sede
duas partes, introdução e metodologiada
pesquisa.A
primeira parte está divididaem
quatro seções,onde
são feitas as consideraçõesorganização
do
mesmo.
A
segunda
parte constituir-se-áde
três seções, na qual serãoapresentadas a metodologia
da
pesquisa, a metodologia aplicada e as limitaçõesdo
estudo.-
O
segundo
capítulo será divididoem
três seções.Na
primeira seção serácontemplada
aorigem
histórica e importânciado
sistema de custos.Em
seguida discutir- se-á os sistemasde
custos.Na
seqüência serão apresentados osmétodos de
custeamento.Na
quarta seção serão evidenciados os elementos de custos.Na
quinta seção serão discutidas as basesde
rateios dos custos indiretos.Por
último, far-se-áuma
abordagem
da
composição
dos custos totaisda
empresa.No
terceiro capítulo constaráo
estudode
caso. Assim, na primeira seção far-se- á a apresentaçãoda
empresa.Em
seguida, será evidenciada a descriçãodo
processo.Na
última seção, constará a proposta deuma
sistemade
custos para a indústria de panificação e confeitaria.Por
fim, serão apresentadas as conclusõesacompanhadas
dasrecomendações
eas referências bibliográficas
do
presente trabalho.1.2
METODOLOGIA
De
modo
a facilitaro
entendimentodo
estudo, esta seção será subdivididaem
três partes.
Na
primeira parte serão apresentadas definiçõesde monografia
ecomo
surgiu aidéia para a escolha
do
assunto.Na
segunda, será discutida a metodologia a ser aplicadanesse estudo.
Na
última parte far-se-á considerações sobre as limitações desta pesquisa.1.2.1
Metodologia
da
pesquisaO
termo inetodologia,segundo
DEMO
(1995, p.19),"éuma
preocupação
instrumental. Trata das formasde
se fazer ciência.Cuida
dos procedimentos, das ferramentas, dos caminhos.A
finalidade da ciência é tratar a realidade teórica e praticante"Por
sua vez, monografia,conforme
SALOMON
(1993, p. 179), é o "tratamentoescrito aprofiindado
de
um
só assunto,de
maneira descritiva e analítica,onde
areflexão
e' atônica".
SALVADOR
(1980, p.32-33) explicita que, “é designado aum
tipode
trabalho científico especial,que
aborda apenasum
assunto,problema ou tema
com
extensãolimitada.
A
monografia
resulta deuma
investigação feita atravésde
uma
documentação
escrita
ou
por observação e experimentação, apresentandouma
contribuição originalao
progresso
da
ciência.”Para a realização de qualquer trabalho cientifico, inclusive a
monografia,
érecomendado
um
planejamento euma
seqüênciade
etapas que,de
acordocom
SEVERINO
( 1993; p.70-81), são as seguintes:a) determinação
de tema-problema do
trabalho; b) levantamentoda
bibliografia referente a esse tema; c) leitura edocumentação
dessa bibliografia após seleção; d) construção lógicado
trabalho; ee) redação
do
texto.Com
relação a esta monografia, a escolhado tema
foi decorrenteda
identificação
do
autorcom
o
assunto e oaumento
crescenteda
necessidade de implantação deum
sistemade
custos nas empresas. Contribuiu ainda para a escolhado
tema, a oportunidade de realizaçãode
um
estágiocom
a finalidadede
auxiliarna
implantaçãode
um
sistemade
custos.1.2.2
Metodologiaiaplicada
Com
o
intuito de alcançaro
objetivo geral deste trabalho,que
consisteem
desenvolver
um
sistema de custos aplicável auma
indústriade
panificação e confeitaria, várias etapas deverao ser cumpridas.Inicialmente, será coletado e analisado
o
material bibliográfico das bibliotecasdas Universidades Federal e Estadual
de
Santa Catarina.Em
seguida, este material será lido para elaborar afundamentação
teóricado
presente estudo.Além
disso, ocorreráo
acompanhamento
de
um
estudode
caso que,conforme
FACHIN
(1993, p.48), "é caracterizado por serum
estudo intensivo.É
levadaem
consideração, principalmente, a compreensão,como
um
todo,do
assunto investigado.Todos
aspectosdo
caso são investigados.Quando
o
assunto é intensivo,pode
até fazeraparecer relações
que de
outraforma não
seriam descoberta."A
empresa
alvo será a Padaria e Confeitariada
Família, sendoque o
trabalho estará centralizado na elaboração e implantaçãode
um
sistemade
custos.As
informaçoes necessárias para a realizaçãodo
'
trabalho, tais
como
o
acompanhamento
do
processo de produção,comunicação
com
os funcionáriosde
produção
e os proprietários/administrações, serão coletadas através
da
realizaçãode
um
estágio.Neste sentido, pretende-se adequar o sistema
de
custoscom
afundamentação
teórica e os dadosque
serão coletados na empresa,afim
de
desenvolverum
sistemaque
tenha condições
de
suprir todos os gestoresem
seu processo decisório.1.2.3
Limitações
da
pesquisaSegundo
.LAKATOS
eMARCONI
(1991, p.235), "a característica essencialnão é a extensão,
como
querem
alguns autores,mas
o
caráterdo
trabalho (tratamentode
um
tema
delimitado) e a qualidadeda
tarefa, isto é, o nivelda
pesquisa, 'que estáintimamente ligado aos objetivos propostos para a sua elaboração."
Neste trabalho, pretende-se elaborar e implementar
um
sistema de custos parauma
indústriade
panificação e confeitaria.Contudo,
esta pesquisa teráalgumas
limitações,principalmente
em
funçãoda
metodologiaque
lhe é imposta. _O
método
de
custeamento a ser utilizado para a elaboraçãodo
sistemade
custos é
o
tradicional, tendoem
vista as característicasda empresa
em
estudo.Sendo
assim,não
é objetivo deste trabalhocomparar
os diversosmétodos de
custeamento.Além
disso, faz-se necessário ressaltarque
os resultados desta pesquisa serãoválidos
somente
para esta empresa, por isso,em
hipótesealguma
poder-se-á generalizar os resultadosda mesma.
CAPITULO
2Í Este capitulo consubstancia.r-se-á da revisão bibliográfica.
Aqui
pretende-sefundamentar
os pontos mais relevantesdo
presente estudo.2.i
Ri‹:visÃo Bi.Bi.io(;RÁFiCA
_'
Para
um
melhor
entendimento,no que
concerne à elaboraçãode
um
sistemade
custos, a revisão bibliográfica será dividida
em
seis partes.Na
primeira seção, pretende-se evidenciar a importância deum
sistema de custos, assimcomo
aorigem
histórica.A
segunda
estará voltada parauma
abordagem
sobreo
sistemade acumulação
de custos.Na
terceira seção, serão contempladasmétodos
de custeio.Em
seguida, pretende-se abordar oselementos
de
custos e suas classificações.Na
seqüência serao discutidas as basesde
rateiodos custos indiretos. Por últiino, será apresentada a
composição
dos custos totaisda
empresa. _
_
2.1.1
Origem
histórica cimportância
do
sistemade
custosDe
acordocom
SANTOS
(1987, p.I8), a evoluçãoda Era
Mercantilista, caracterizada pelo grandenúmero
de transações comerciais na Europa, inclusivecom
o
Oriente, foi0
periodoonde
começaram
a surgir carênciasde
informações contábeis, surgindo, assim, de maneira simplificada, as primeiras escriturações. tA
contabilidade de custos só foi surgir propriamente nasegunda metade
do
século XVIII,
com
aRevolução
Industrial.Segundo
SANTOS
(1987, p.I7),"a necessidadede
informações de custoscomo
instrumentode
auxilio para a administraçãotomar
seus esforços produtivos e eficazes,em
termos de apuraçõesde
resultados, aconteceu atravésda
contabilidade de custos, nos primórdiosdo
capitalismo,com
o
advento dasempresas
industriais." VEntretanto, foi neste século
que
a contabilidadede
custos deixoude
servir"com
Segunda Grande Guerra
desenvolveram-semodernas
técnicasde
administração, enovas concepções levaram à Contabilidade de Custos impulsos novos,
aumentando
suaárea
de
influência."Da
mesma
forma,SANTOS
(1987, p. 18) explicitaque
"apÓs aSegunda Guerra
Mundial,
em
que
ocorreuo
crescimento da procurade
literaturas contábeis,com
ênfasepara
o
aperfeiçoamento contínuodo
sistemade
informações baseadoem
custos,como
instrumento gerencial de
tomada de
decisão parao
uso de todos os niveisda
administração. " 'No
que
concerne a históriado
desenvolvimentoda
contabilidadede
custo,DAVID
H. Ll.apud
LEONE
(1981, p.26) afirma que, "assimque
as atividades industriaistiveram início, os registros
de
custos»começaram
a ser mantidos.À
medida que
acompetição se tornou mais intensa, a necessidade por mais aperfeiçoadas informações
de
custos se pronunciou.Com
oaumento
das atividadesda
gerência, a procura por adicionaisusos
de
contabilidadede
custostomaram-se
mais numerosas."V
Para poder sobreviver as
empresas tem que
investirem
novas tecnologias,além
de
oferecernovos
serviçosouprodutos, ou
seja, são obrigadas a diferenciar-seumas
das_ f
outras.
` ^
Estes fatores estão contribuindo para
uma
mudança
no
perfildos
consumidores. Eles estão cada vez mais exigentes,
procuram
porboa
qualidade.Porém,
esta diferenciação
não pode
viracompanhada
de
preços mais altos.Sendo
assim, asempresas
devem
oferecer serviços adicionais e diminuir os custos.Neste sentido, as informações
passam
a servircomo
urna excelente ferramenta para os gestores.BEUREN
(1998, p. 14-1 5)menciona
que:'
"a globalização da
economia
tem
levado ao acirramento ebusca da
competitividade e, consequentemente,
mudanças
significativas são visualizadas nos paradigmas de gestão,no
desenvolvimento tecnológico e na ênfaseda
qualidade dos processos e produtos,com
vista namaior
satisfaçãodo
cliente. Assim, devido à rapidezcom
que ocorrem
essas alterações, nesseambiente
conturbando,há
valorizaçãoda
informaçãocomo
recursoeconômico
para asobrevivência da empresa."
Sendo
assim,um
adequado
sistemade
custos tornou-se imprescindível.SANTOS
(1987, p.19) diz que, "qualquer atividadeque manipule
valores está sujeitaao
controle dos custos.
Desde
opequeno
agricultor atéo
microempresário e a grandeempresa
necessitam
de
controlede
custos." _e
da complexidade
das operaçõesda
entidade.A
construçãode
um
sistemade
custos,conforme
MATZ, CURRY,
eFRANK
(1978, p.5l), "requerum
completo
entendimento de: estrutura organizacionalda
empresa,procedimento ou
processosde
manufatura e tipode
informação de custo desejada e exigida pela Administração". .~
Um
sistemade
custosbem
elaborado gera informaçoes para facilitaro
gerenciamento das empresas.
As
tomadas
de decisões são facilitadas, poiso
gestor passa a obter informações valiosas, taiscomo, o mix mais adequado de
produtos e oportunidadesde novos
negócios.Além
disso, possibilita oacompanhamento
do desempenho,
uma
politicade
diminuiçãode
custos fixos e simulações de operações.i
Segundo
LEONE
(1987, p. 14), "a contabilidade de custos,quando acumula
os custos e os organizaem
informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: adeterminação
do
lucro, o controle das operações e atomada
de decisões."Por
sua vez,SANTOS
(1987, p. 19) dizque
"o controle dos custos representao
cérebroou o pulmão ou
o coraçãoou 0
espíritosem
o
qualuma
entidadenão
sobreviveria."2.1.2
Sistema de
acumulação
de
custosExistem
dois sistemas básicos paraacumulação
dos custosde
produção: sistemasde
custos porordem
deprodução
eo
sistemade
custos por processo.Os
demais
tipos constituemcombinações
entre elesou
mesmo
variaçõesem
torno dosmesmos.
A
escolhado
sistema a ser utilizado vaidepender do
processo de fabricação edo
tipo de produtoque
aempresa
produz,além do
interesse administrativoem
ter osdados
acumulados de
uma
forma ou
de outra.PADOVEZE
(1997, p.217) explicaque
"uma
indústria cujos produtos sãomanufaturados por
encomenda
deverá utilizar o sistemade acumulação por
ordem.Uma
indústria
que
fabrica seus produtosnum
fluxo contínuo de operações deverá utilizaro
sistemade
custeamento por processo."-
Segundo
MARTINS
(1996, p. 157), existem dois fatoresque determinam 0
tipode
custeio, se porordem
ou
por processo:"a
forma
de aempresa
trabalhar e a conveniência contábil-¬ administrativa.
Quanto
à forma, principal responsável peladistinção, basta lembrar
que
se aempresa
trabalhaproduzindo
fundamentalmente
para estoque, isto é, para venda, terá já caracterizada a sua natureza.Se
produz atendendo aencomendas
dos clientes ou, então,
produz
também
paravenda
posterior,mas
de
acordo
com
determinações intemas especiais,não de forma
contínua, já se terá incluido entre asde produção
porordem.”
Os
sistemas deacumulação de
custos conforme,LEONE
(1997, p.186),"destinam-se a coletar os dados
de
custos, diretaou
indiretamente, identificadoscom
algum
objeto de custeio, a organiza-losde forma
aque possam
contribuir parao
desenvolvimento de informações
que
se destinamao
atendimento dealguma
necessidadegerencial diferente
ou
especial"›
Em
seguida, serao
contemplados
os dois sistemas deacumulação de
custos,além
do
destaque das vantagens e desvantagensdos mesmos.
2.1.2.1
Sistema de
acumulação
de
custospor
ordem
de
produção
A
denominação
"Sistema de custos porordem
de
produção",segundo
LEONE
(1997, p.190), "não significa
que o
sistemasomente
se destina aacumular
os custosde
produção".
Em
muitos casos as ordensde produção ou
serviçosacumulam
as respectivas despesas.` `
-
O
custeamento porordem
de produção
de acordocom
LEONE
(1997, p.l92), "éo
sistemano
qual cada elementode
custo éacumulado
separadamente,segundo
ordens específicas de fabricação, emitidas pela área industrial, de serviçosou
comercial."Por
sua vez,SPADOVEZE
(1997, p.2l9) conceituao
sistema decusteamento
por
ordem
como,
"um
sistemaque
coleta os custosde
cada serviçoou
partidade produção
fisicamente identificável, à
medida que
semuda
atravésda
fábrica,sem
levarem
contao
periodo
que
se realiza o trabalho."Este sistema é
adequado
para as empresasque
produzem
bens e serviços realizados porencomendaou
lotes especificosde
produtosou
serviços.Ao
iniciaruma
encomenda
de
um
produtoou
serviço, todos os custos, taiscomo
matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos,devem
ser registrados nasordens
de produção ou
serviço.As
ordens de serviços, de acordocom
FLORENTINO
(1993, p.102), são "formulários internosde
controle que, pelo própriomodo como
são confeccionados,indicam quais as fases
do
custoque
devem
ser apuradas."Entre as características
do
sistemade produção
por ordem,conforme
SANTOS
(1987, p. 128), destacam-se:
-
"Nenhum
serviço é iniciadosem
que
sejadevidamente
autorizadoatravés
de
ordem
de
produção
com
o
código correspondente;- a
produção não
é padronizada;-
o
sistema exigemaior
trabalho burocrático parao
registro e. controle das unidades produzidas; ,
-
não
semantêm
estoques regulares;'
- os produtos
ou
serviços são executadosde
acordocom
as exigênciasou
projetosde cada
cliente."'
Algumas
das vantagensdo
sistema porordem
de
produção,segundo
LEONE
(1997; p. 198-199), são:
- "Permite
que
a Contabilidadede
Custos identifique, tão logo aprodução
tenha terminado,o
lucro dos produtos,uma
vez
que
namaior
parte das vezes háum
contratode
fabricaçãoem
que
constao
preço de venda;- permite
que
a gerência possa controlar os custosde produção
sem
a necessidade
de
fazer inventários dispendiosos edemorados;
9
- a implantação
do
sistema obriga aque
as empresastenham
um
razoável nível
de
organização intema e disciplina."Com
relação as desvantagensque acornpanham o
sistema,LEONE
(1997, p. 199) explicita que:_
-
"As
despesas burocráticas são elevadas.Uma
boa
organizaçãoV interna exige
o
consumo
de
recursos;-os. custos
acumulados
são custos históricos, salvo asDespesas
Indiretas aplicadas que,por
forçade
sua aplicabilidade, são estimadas constantemente;- a
empresa somente
conhecerá os custos reais deprodução
dasencomendas quando
estas ficarem prontas." _2.1.2.2
Sistema de
acumulação
por
processoDenominado
também como
sistemade acumulação
por produção contínua.O
sistema
de acumulação
por processo édefinido
porPADOVEZE
(1997, p.221)como
sistema
onde
"todos os custos deum
periodode
tempo,como
um
mês, são coletadossem
nenhuma
tentativade
atribuir esses custos a unidades específicasdo
produto."custo por processo "é
um
sistemade
custeiode
produtoque
aplica-se às operaçõesde
manufatura envolvendo
um
grandevolume
de
produtos similarescom
fluxo
de produção
contínuo.” ..
'
`Normalmente,,a aplicação deste sistema de acumulação, requer a coleta
de
todos
os
custos incorridos duranteum
periodo, sendoque
este éacumulado
por departamento edeve
ser dividido pela quantidade produzidano
mesmo
período.Sendo
assim,o
equivalente deprodução
passa a serum
recurso parao
conhecimento do
custo unitário.Segundo
MARTINS
(1996, p.170), equivalentede
rodu ão Ç "é
o
artificio ara se oder calcularo
customédio
or unidadeuando
existem Produtosem
Elaboração nos finaisde
cada periodo; significao
número
de unidadesque
seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo
um
certo custo fosse aplicado só a elas,ao
invés de ter sido usado paracomeçar
e terminarumas
e apenas elaborar parcialmenteoutras." ~
Este sistema é
adequado
para as empresasque
produzem
bens
e serviçosde
forma
especifica e repetitiva, isto é, empresasque tem
uma
estruturaem
linha, caracterizado por departamentos (centro de custos) para facilitaro
controle.V
_No
processo contínuo,de
acordocom
SILVA
eCAMANHO
(1992, p.79)," a
matéria-prima entra
no
iníciodo
processo fabril e 'vai sofrendo transformações até chegar aos produtos finais".i
Entre as caracteristicas
do
sistemade acumulação
por processo, evidenciadapor
SANTOS
(l987; p. 125), destacam-se:-
"Os
produtos são padronizados; -- a
produção
é contínua, isto é, existeum
fluxo lógicode
operações;- os produtos são mantidos
em
estoque; `- os clientes se sujeitam aos produtos
que
existemno mercado;
-apontamentos
simplificadosde mão-de-obra
em
cada
departamento,
em
razãode
cada área contarcom
o seu pessoal fixo etc."Os
aspectos fortesdo
sistema deacumulação
por processo,conforme
LEONE
(1997, p.l98-199), são:
- "sendo a fabricação padronizada e contínua, a administração
fabril passa a dispor de maiores
conhecimentos
sobre asoperações e seus produtos;
A
-os
custospassam
a ser facilmente identificados aos processos,onde
muitos deles, consideradoscomo
indiretosem
relação aos~
(departamento, seçoes e setores)
- os
documentos que
se relacionamcom
o
consumo
dos fatoresde
produção
podem
sermais
facilmente padronizados, facilitandoassim
o
controlenão
só monetáriocomo
quantitativodos
insumos; _
-os
custos-padrão seadaptam
melhor, portanto, ao sistemado
custeamento por processo;
- as informações
de
custospodem
ser conhecidas imediatamenteao
final
do
mês. ,'
Alguns
dos pontos fracosdo
sistema deacumulação
por processo, citadospor
LEONE
(l997; p.2l6), são:- "os custos são médios,
mesmo
quando
os critérios adotados sãoPEPS
eUEPS,
portantocom
todas as limitações das médias,- se estirem flutuações
de
preços, eficiêiicias e ineficiências,capacidade
não
utilizada, tudo isso fica diluídonos
custos unitários médios;- as informações produzidas pelo sistema
de
custos por processotendem
a estar muito relacionadas à rentabilidade dos produtos, entretanto, os contadores de custosdevem
orientar as informações para as atividadesde
medição de
eficácia eda
eficiênciados
processo;- os custos baseiam-se na estimação dos níveis
de
fabricaçãodos
produtos
em
processamento ao finaldo
período; istopode
acarretar informações enganosas,
uma
vezque
osmétodos
de
estimação são arbitrários;
-uma
grande parte dosdados
é estimado,como
as perdas, aevaporação, as sobras, os desperdícios, as conseqüências das
adições de materiais e outros
fenômenos;
'
- a
programação de produção deve
evitarque
sejammuito
volumosas
as quantidadesde
produtosem
processo ao finaldo
período."2.1.2.3
Comparação
entre os sistemasde
acumulação
de
custosA
diferença fundamental entre os dois sistemas,conforme
LEONE
(1997,p.186), "está
no
objetodo
custeio.Enquanto que
parao
sistemade Ordens
deProdução 0
objetivo 'é determinaro
custodo
produtoou
serviço, parao
sistema por processos, a finalidade primeira éacumular
o custos dos processos."O
sistemade
custeamento porordem
de produção pode
ser aplicadoem
indústria e prestadorasde
serviçosque recebem
pedidosou encomendas
de clientes.O
sistemade acumulação
por processo é característicode
empresasque
produzem
de forma
contínua e padronizada.
A
fabricaçãoque
tem
por baseo
sistema porordem
aprodução
émais
demorada
por unidadede
produtoou
serviço e, consequentemente, trabalhacom
pequenos
volumes
de produção.No
sistema por processo ocorre o inverso, aprodução
émais
rápidapor unidade de produto
ou
serviço, pois trabalhacom
grandes volumes.No
que
conceme
às diferençasno
tratamento contábil,MARTINS
(l996;p.l58) explicita que, "na
Produção
porOrdem,
os custos estãoacumulados
numa
conta (oufolha) especifica para cada
ordem
ou encomenda.
Essa conta só pára de receber custosquando
aordem
estiver encerrada.Na
Produção
Contínua, os custos sãoacumulados
em
contasou
folhas representativas das diversas linhas de produção; são encerradas essas contassempre no
fim
de
cada período." _No
sistema deprodução
por processo,de
acordocom
SANTOS
(1987, p.125), "exige semenor
esforço burocráticoem
comparação
à produçao. porordem,
para controle eapuração dos custos de cada unidade produzida."
Por sua vez, os custos apurados por
ordem, conforme
SANTOS
(l987; p.l29), "sãomais
precisos, secomparados
ao sistemade produção
por processo, pelo fatode
serem
levantados individualmente porordem
de
produção."I .
_
E
muito importante ressaltarque
a definição
do
critériode
custeio a ser utilizado, absorçãoou
direto,não
afetao
fiincionamentode
ambos
os sistemasde
acumulação, na sua essência.
2.1.3
Métodos
de custeamento
PADOVEZE
(l997; p.233) explicitaque
osmétodos de
custeamento são "oprocesso
de
identificaro
custo unitáriode
um
produto, partindo dos custos diretos e indiretos."Entre os
métodos
de possível aplicação e consideradas as limitações deste trabalho, encontram-se os tradicionais:0
custeio por absorção eo
diretoou
variável.Entretanto, para
um
melhor
entendimento dosmesmos,
será apresentada,primeiramente, a classificação dos custos quanto
ao comportamento,
com
relação as variaçõesde
volume.Neste
sentido, os custospodem
ser classificadosem
custos fixos eLEONE
(1997, p.55)afirma
que
os custos fixos "são os custos (ou despesas)que não
variamcom
a variabilidade da atividade escolhida. Isto é,o
valor totaldos
custospermanece
praticamente igualmesmo
que
a basede
volume
selecionadacomo
referencial varie."Da
mesma
forma,DUTRA
(1991, p.37) explicaque
são "custosde
estruturaque
ocorrem
período após períodosem
variaçõesou
cujas variaçõesnão ocorrem
como
conseqüência
de
variaçãono
volume
de atividadeem
períodos iguais."Em
se tratando dos custos variáveis,LEONE
(1997, p.53) dizque
"são os custos (ou despesas)que
variamde
acordocom
osvolumes de
atividades.Os
volumes de
atividadesdevem
estar representados por basesde volume, que
são geralmentemedições
fisicas."Por
sua vez,PADOVEZE
(1997, p.229) refere que, "são assimchamados
oscustos e despesas cujo montante
em
unidades monetárias variam na proporção direta dasvariações
do
nivelde
atividades."Adicionalmente, na literatura pertinente
constam
osu
temros custos semivariáveis,
semifixos ou
mistos, para classificar os custos baseadosno comportamento.
No
que
concerne aos custos semivariáveisou
semifrxos,LEONE
(1997, p.56) explicaque
"estes custos (ou despesas)que
guardam
relação especialcom
as alteraçõesda
base
de volume
como
referência.São
custos que, apósserem
analisados, se verificaque
possuem
uma
parte variávelque
secomporta
como
se custo variável fosse euma
parte fixaque
secomporta
como
se custofixo
fosse. Esses custos são muito freqüentes."Por
sua vez, os custos mistos,conforme
DUTRA
(1991, p.37), "são aquelesque possuem, no
seu total,uma
parcela fixa euma
parcela variávelque
permitem
considerá-los, earacteristicamente, iguais ao custo total (global)." 'Em
seguida serão abordados os doismétodos
clássicosde
apuraçãode
custos, suas características e principais diferenças entre ambos.2.1.3.1 Custeio
por absorção
_. r
PADOVEZE
(1997, p.234) explicitaque o
custeio por absorçao "eo
método
tradicional
de
custeamento, onde, para se obtero
custo dos produtos, consideram-se todos os gastos industriais, diretosou
indiretos, fixosou
variáveis.Os
gastos industriais indiretosou
comuns
são atribuídos aos produtos por critériosde
distribuição."apropriação
de
todos os custos aos produtos e/ou serviços. Nestemétodo
de
apropriação,os custos primários e todos os custos indiretos de fabricação, tanto os variáveis
como
osfixos,
devem
incluiro
custodo
produto acabado."O
conceitode
custeio por absorção,conforme
PIRES
(1998, p.44),"fundamenta-se na idéia
de que
os custosde
capacidadedevem
ser apropriados aos estoques econsumidos
apenasquando
de sua venda."SANTOS
(l987; p.34) afirmaque
a metodologiade
custeamento pelométodo
por absorção "é considerada básica para a avaliação
de
estoques pela Contabilidade Financeira, para fins deBalanço
Patrimonial ede
Resultados,com
a finalidade_de atender a exigências fiscais e societárias, entre outras."‹PADOVEZE
(1997, p.239) diz que, "historicamente,o
critério por absorçãoveio a ser utilizado
mais
em
razão dos critérios de inventáriosdo que
das necessidadesgerenciais
da
empresa"No
que
concerne as vantagensdo
custeio por absorção ,VIVEIROS
(1997,p.39) cita algumas: "atende à legislação fiscal e
deve
serusado quando
aempresa
buscao
uso do
sistema de custos integrado à contabilidade. Permite a apuraçãodo
custo por centrode
custos, vistoque
sua aplicação exige a organização contábil nesse sentido; tal recurso,quando
os custos forem alocados aos departamentos 'deforma adequada,
permiteo
acompflflhamento do
desempenho
de
cada área." ç' '
'
i
Em
se tratando das -desvantagensf '(1997, p.39) destaca as. .~z››
seguintes: os critérios de rateio usados para di_stribii,i_r-jos_;gastos entre os departamentos
nem
sempre
são objetivos epodem
distorcer os ¿_resfuÍl`ta,do's,: penalizando alguns produtosem
beneficio de outros.
Por
absorver todos os custos 'de produção, permite a__ apuraçãodo
custode cada produto,
o
qual, entretanto,nem
sempre
refleteo
resultado;mais
adequado, devido à distribuição dos custos fixos por critérios, por vezes, subjietivo^s."i' f-`
É
muito importante ressaltar que, atualmente,~o's custos ¡i-ndiretos nasempresas
vem
crescendo, tornando necessárioque
osmesmos
passem
a integraro
produtoou
serviço prestado. . '_ '-¡rz A _ ,_ s L H 1 í2.1.3.2 Custeio direto
ou
variáveli
‹ ,_
p.2l4), foi "devido aos problemas vistos
com
relação à dificuldade trazida pela apropriaçãodos Custos Fixos aos produtos e
em
funçãoda
grande utilidadedo conhecimento do Custo
Variável eda
Margem
de
Contribuição." iLEONE
(1997, p.322) dizque o
critériodo
custeio direto "fundamenta-sena
idéia
de que
os custos e as despesasque
devem
ser inventariadas (debitadas aos produtosem
processamento e acabados) serão apenas aqueles diretamente identificadoscom
aatividade produtiva e
que
sejam variáveisem
relação auma
medida
(referência, base,volume)
dessa atividade."No
custeio direto,conforme
MARTINS
(1996, p.216), "sÓ são alocados aosprodutos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados
como
despesasdo
periodo, indo diretamente para
o
Resultado; para os estoques só vão,como
conseqüência,custos variáveis."
Para
PIRES
(1998, p.44),o
conceitode
custeio direto "fundamenta-sena
idéiade
que
os custos de capacidadedevem
serconsumidos
com
o
tempo
enão
ser diferidosno
estoque." ~O
custeio direto segueo
princípiode não
ratear enão
distribuirao
custodos
produtos e serviços a parcela dos custos fixos.
Sendo que
omesmo
pode
ser utilizado para a avaliação de estoques,porém o
custeio possuium
melhor
aproveitamentoquando
utilizadocomo
ferramenta gerencial.A
margem
de
contribuição é trabalhada atravésdo
custeamento direto. Eladeve
cobrir os custos e despesas fixosdo
período, sendo muito utilizadacomo
instrumentode
auxílio para atomada de
decisões.SANTOS
(1987, p.39)complementa
dizendoque
"oMétodo
de Custeamento
Direto substituio
lucro pelaMargem
de
Contribuição."Muito
utilizada pelos administradores para decidirque
produtosou
serviçostem maior
participação nos lucros, consequentemente, quais os produtosmerecem
maior
esforçode venda
e se existealgum
produtoou
serviçoque deve
ser excluídodo
processoda
empresa. -SANTOS
(1987 ; p.40) explicita que, "normalmente, quanto maior foro
índiceda
margem
de
contribuição,melhor
é a oportunidadede promover
vendas; quantomais
baixo
o
indice, maior seráo aumento do
volume
de
vendas necessário para recuperar oscompromissos
depromover
vendas adicionais. " _ 'O
método
de custeio direto apresenta várias vantagens,como
instrumentoDEARDEN
apud
PIRES
( 1998; p. 47) diz que, "amaior vantagem
deum
sistemade
custeio direto para gerentes e controladores é
que
ele elimina as flutuações nos lucros resultantes das diferenças entreo
volume
de vendas
eprodução
dentrode
um
períodocontábil."
`
._
Algumas
das vantagensdo
critério de custeamento diretoou
variável citadaspor
PADOVEZE
(1997, p.247,) são:-_"Os custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois
não
sofrerão processos arbitráriosou
subjetivosde
distribuiçãodos
custos
comuns;
, f- os dados necessários para a análise das relações custo-volume-
lucro são rapidamente obtidas
do
sistemade
informação contábil;-
o
custeamento é totalmente integradocom
custo-padrão eorçamento
flexível, possibilitandoo
correto controle de custos ~o
custeamento direto possibilita mais clarezano
planejamentodo
lucro e
tomadas de
decisões."Com
relação as suas desvantagens,PADOVEZE
(l997; p.248), diz que:_ -
"A
exclusão dos custosfixos
indiretos para valoraçãodos
estoques causa sua subavaliação, fere os principios contábeis e
altera
o
resultadodo
período;- na prática, a separação
de
custos fixos e variáveisnão
é tão claracomo
parece, pois existem custos semivariáveis e semifixos,podendo o
custeamento direto incorrerem
problemas semelhantesde identificação dos elementos
de
custeio;-
o
custeamento direto éum
conceitode
custeamento e análisede
custos para decisões
de
culto prazo,mas
subestima os custos lixos,que
são ligados à capacidadede produção
ede
planejamento
de
longo prazo,podendo
trazerproblemas de
continuidade para a empresa."
Além
das desvantagens destacadas, vale lembrarque o
critériodo
custeiovariável
não
é aceito legalmente, isto é, pelofisco brasileiro.2.1.3.3
Comparação
entre o custeiopor absorção
e o diretoou
variávelA
diferença fiindamental entre os doismétodos
de custeamento ficapor
contado
tratamentodado
aos custos fixos.No
custeio por absorção os custosfixos
são atribuídosaos produtos a nível
de acumulação
de estoques.No
custeio variável os custos tixos sãotratados
como
custosdo
periodo.absorção
argumentam
que
os custos lixos deprodução
adicionam valorao
inventário, ecom
issotem
potencial de serviço futuro. Elesargumentam
que
todos os custos envolvidos na criaçãodo
inventáriodevem
ser carregadoscomo
ativos, não apenas os custos variáveis."Em
se tratando dos defensoresdo
custeamento direto,PADOVEZE
(1997, p.243) explicitaque
eles"argumentam que
um
custotem
serviço potencial futuro e é portantoum
ativo apenas se sua ocorrência agora fará desnecessário incorrero
mesmo
custonovamente no
fiituro. Assim,entendem que
os custos fixosde produção
já incorridos epagos
não evitam a necessidade de tê-losnovamente, ou
seja,não
sepode
evitar a ocorrência dos futuros fixos." -Devido
a diferençano
tratamento dos custos lixos, os doismétodos
apresentamdiferentes valores
no
estoque.Quando
aprodução
supera a venda, ocorreum
acúmulo de
estoque, sendo assim, o critériodo
custeio por absorção apresentaráum
resultadomaior
do
que o
custeio direto. Pois, aquele traz parao
estoqueo
valor dos custos fixos.Caso
aconteça o contrário,
o
resultado se inverterá. t' V
ç
Em
relaçao a escolha entreum
ou
outrométodo
de
custeio abordado, vaidepender
da
atividadeque
aempresa
realiza,como
funcionam
os seus registros contábeis eo
objetivoque
o controlador deseja alcançar.Segundo
PADOVEZE
(1997, p.246-247), "as vantagens teóricasdo
custeio diretoparecem mais
claras e evidentes, poistendem
anão
enviesar a apropriaçãodos
custos dos produtoscom
rateios dos custos indiretossem
bases científicas.Por
outro lado,o
custeio por absorção, por ser mais conservador, tende a deixar os empresáriosmais
tranqüilos, sabendoque
todos os custosforam
apropriados e,com
isso, os parâmetros paraformação de
preçosde
vendas estariammais
bem
embalados."2.1.4
Elementos de
custos `Custos são todos os esforços aplicados para a
produção de
um
bem
ou
serviço.A
contabilidade de custos apresenta diferentes classificações para osmesmos,
afim
de
atender as diversas necessidades gerenciais.Quanto
a apropriação, os custos são classificadosem
custos diretos e indiretos.necessária para
o
cálculomais
realisticodo
custo de qualquer objeto, para a verificaçãoda
rentabilidade eda
eficiência das várias atividadesda
empresa." -FONSECA,
RAVENA
E
GALLORO
(l992; p.l8) afirmaque
os custos diretos "são aqueles diretamente incluídosno
cálculodos
produtos.São
os materiais diretosusados
na
fabricaçãodo
produto e amão
de
obra direta.Os
custos diretostêm
a propriedade de ser perfeitamente mensuráveisde
maneira objetiva."~
De
acordocom
LEONE
(l997; p.49), os custos diretos "sao aqueles custos (oudespesas)
que podem
ser facilmente identificadoscom
o
objetode
custeio.São
os custosdiretamente identificados a seus portadores. Para
queseja
feita a identificação,não há
necessidade de rateio."
Da
mesma
forma,DUTRA
(1991; p.35) dizque
custo direto "é aqueleque
pode
ser diretamente apropriado a cada tipo debem
ou
Órgão,no
momento
da
sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo debem
ou
função de custo."Em
se tratando dos custos indiretos,MARTINS
(l996; p.53) explicaque
estes"não oferecem condição de
uma
medida
objetiva e qualquer tentativade
alocaçãotem
de
ser feita
de
maneira estimada e muitas vezes arbitrária(como
o
aluguel, a supervisão, aschefias
etc.)."V `
ÍPADOVEZE
(1 997; p.229) refereque
os custos indiretos são, "os gastos industriaisque não
podem
ser alocadosde forma
diretaou
objetiva aos produtosou
a outrosegmento ou
atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviçosou
departamentos, será através de critérios
de
distribuiçãoou
alocação."Os
custos indiretos,conforme
FLORENTINO
(1993, p.20), "são aquelesque
dependem
de cálculos, rateiosou
estimativas paraserem
divididos e apropriadosem
diferentes produtos
ou
diferentes serviços." VO
rol dos custos indiretos,segundo
MARTINS
(1996, p.53), "incluiCustos
Indiretos propriamente ditos e Custos Diretos (por natureza),mas
que
são tratadoscomo
Indiretosem
função de sua irrelevânciaou da
dificuldadede
sua medição,ou
atédo
interesseda empresa
em
ser maisou
menos
rigorosaem
suas informações."As
empresasque
produzem
um
produtoou
serviço,sem
qualquer tipode
variação, sópossuem
custos diretos.Os
custos indiretossurgem quando
aempresa produz
mais