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[SINDICALISMO] Demissão de dirigente sindical é tema de debate no Senado

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Academic year: 2021

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Audiência pública no Senado Federal retoma o debate sobre Reforma Sindical no Congresso Nacional. O tema foi debatido com dirigentes sindicais, representantes do Ministério do Trabalho e da Procuradoria Regional do Trabalho. O foco do debate foi o (PLS) 177/07, do senador Paulo Paim (PT/RS), que veda a dispensa de empregado sindicalizado, membro de conselho fiscal ou candidato ao cargo em entidade sindical.

As comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal debateram na manhã desta quinta-feira, 03/05, a ocorrência de demissões arbitrárias contra dirigentes sindicais e membros da Comissão Interna da Prevenção de Acidentes (Cipa). A questão é tratada no Projeto de Lei do Senado (PLS 177/07), de autoria do senador Paiulo Paim (PT/RS).

Participaram dos debates o Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Luiz Antônio de Medeiros, dirigentes sindicais e representante da Procuradoria-Geral do Ministério Público do Trabalho.

O relator do PLS 177/07, senador Sebastião Néri (PSol/PA), é a favor de garantir aos dirigentes sindicais a possibilidade de atuação em suas bases sem a interferência dos empregadores. A proposta veda a dispensa de empregado sindicalizado membro de conselho fiscal ou candidato ao cargo em entidade sindical.

Para o relator, o movimento sindical deve ter autonomia para elaborar as leis que

regulamentem as suas atividades. O parlamentar sugeriu, por exemplo, que seja garantida a proporcionalidade no processo de composição e eleição de direção de sindicatos.

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Para José Nery, o Parlamento deve discutir as proposições que disciplinam e consolidam o processo de organização sindical, bem como as normas que garantam a estabilidade dos dirigentes sindicais, a representatividade e autonomia das entidades.

Reforma Sindical

Para Medeiros, o Brasil precisa voltar a discutir a reforma sindical. O tema chegou a ser debatido na legislatura passada, mas não teve continuidade.

Para ele, trazer o assunto de volta à pauta do Congresso Nacional deve ser com base na proteção, tanto dos direitos dos trabalhadores, quanto os dos empresários.

Para o Procurador-Regional do Trabalho, Ricardo José Macedo de Britto Pereira, é preciso romper de vez com a legislação passada e discutir qual o modelo mais adequado de estrutura sindical para o País. "Caso contrário os trabalhadores terão cada vez mais redução nos seus benefícios trabalhistas” , alertou.

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Para o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Neto é preciso fortalecer os sindicatos, pois são eles que fortalecem o movimento operário do País.

Neto disse que o “Ministério Público e os tribunais fazem interpretações dúbias da legislação”, o que na sua opinião, prejudica os sindicatos. O dirigente sindical lembrou que as normas legais estabelecem liberdade para a atuação dessas entidades, mas na prática, as entidades são impedidas de agir na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Assédio Moral

Discriminação no mercado de trabalho e assédio moral é, segundo Carlos Henrique de Oliveira, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma embate diário enfrentado pelos dirigentes sindicais.

Para o dirigente, a falte de uma legislação que puna os empresários que adotam essa prática, dificulta a ação do movimento sindical. O representante da CUT citou o assassinato de Fiscais do Trabalho, por fazendeiros em Unaí (MG), como exemplo.

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Para o secretário-geral da Nova Central Sindical (NCS), Moacyr Roberto Tesch Auersvald, quando o trabalhador assume um cargo de dirigente sindical, é iniciada uma perseguição. Isso pode ocorrer já no início de sua candidatura, para concorrer às eleições do sindicato.

“O empresário tem medo da estabilidade. É terrível você se expor e defender uma categoria e não ter a garantia da estabilidade”, acrescenta Moacyr. Ainda para o secretário-geral da Nova Central, é fundamental que o trabalhador disposto a defender a categoria receba a garantia da estabilidade no emprego.

“Vácuo legal”

Para o representante da Indústria Alimentícia do Rio Grande do Sul, Darci Pires Rocha, as várias omissões legislativas que existem atualmente sobre o assunto têm vários culpados. “Principalmente os parlamentares, que deveriam regulamentar o artigo 8° da Constituição Federal” alertou.

Ele defende a imediata regulamentação deste dispositivo que dispõe sobre a associação profissional ou sindical.

Já para o professor e sociólogo do trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Albuquerque, os parlamentares falharam na construção de uma legislação mais ampla

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sobre os movimentos sindicais, que desse mais proteção tanto aos dirigentes dos sindicatos quanto aos trabalhadores.

Para o acadêmico, a audiência pública mostrou visões diferenciadas de uma sociedade autoritária e com uma legislação omissa. “Esta audiência está apontando para certas

irresponsabilidades sociais, principalmente do legislador, que foi míope em não construir uma legislação mais ampla” afirmou.

Proposta

Para o senador Paulo Paim, autor da proposta, o movimento sindical deve eleborar um pauta de reivindicações a serem apresentadas para o Governo. O senador sugeriu cinco pontos, que seriam consensuais para os trabalhadores brasileiros.

Os principais pontos segundo, o senador, deveriam ser: o fim do redutor de 30% sobre as aposentadorias, conhecido como fator previdenciário; a redução dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas; a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário; a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas; e aumentos reais de salário para os aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo.

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