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DIREITO PENAL
PROF. NIDAL AHMAD
PROCESSO CIVIL
PROF. LEONARDO FETTER
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DIREITO CIVIL
PROF. LEONARDO FETTERprof.fetter 1. Ação de execução
1. AÇÃO DE EXECUÇÃO
1.1 Execução por quantia certa – título executivo extrajudicial
A execução por quantia certa tem o objetivo de compelir o devedor a pagar determinada quantia em dinheiro.
Ao receber a petição inicial o juiz fixará honorários advocatícios de 10% (art. 827) e determinará a citação do devedor para pagar o débito em três dias, sob pena de penhora (art. 829).
A penhora seguirá a seguinte ordem do art. 835, do CPC:
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre; V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral; VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
3 X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
Art. 879. A alienação far-se-á: I - por iniciativa particular;
II - em leilão judicial eletrônico ou presencial.
Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário.
1.2. Embargos à execução
A propositura de embargos à execução é a forma que o executado ataca a ação de execução fundada em título executivo extrajudicial.
Trata-se de uma ação autônoma, mas vinculada à execução (deve ser proposta no juízo da execução e a distribuição deve ser por dependência com tramitação em autos apartados).
Tem natureza de ação de conhecimento e se presta para desconstituir ou declarar a nulidade ou inexistência do crédito.
4 Importante destacar que o caput do art. 914 previu a possibilidade da interposição dos embargos independentemente de penhora, depósito ou caução.
EFEITO SUSPENSIVO
O art. 919 do CPC prevê que os Embargos a Execução não terão efeito suspensivo (ou seja, prossegue a execução). Como forma de exceção, poderá ser concedida tal efeito (para suspender a execução, desde que presentes os requisitos do art. 919, parágrafo primeiro). 1.3 Impugnação aos embargos
Conforme art. 920, I, recebidos os embargos, o exequente será intimado para impugnar em 15 dias.
Esta impugnação tem natureza de contestação – sua falta leva à revelia.
Apresentada a impugnação, o rito será da ação de conhecimento. 1.4 Cumprimento de sentença
O cumprimento de sentença é utilizado quando o credor tem um título executivo judicial (rol de títulos executivos judiciais no art. 515, CPC).
Para que seja iniciado o cumprimento de sentença é necessário a presença de três requisitos:
a) o título executivo judicial; b) inadimplemento do devedor;
c) iniciativa do exequente (513, §1º, do CPC).
É possível fazer o cumprimento de sentença de decisões interlocutórias (exemplo: fixação liminar de alimentos), cumprimento de sentença provisório (quando a decisão exigida ainda pode ser
5 modificada) e, ainda, cumprimento de sentença definitivo (sentença já transitada em julgado).
1.5 Execução de alimentos
A execução de alimentos pode, como toda e qualquer execução, ter como fundamento título executivo judicial ou extrajudicial.
Todavia, a grande diferença está no fato de que, numa execução de alimentos, poderá o credor optar pelo procedimento onde, caso não exista o pagamento voluntário por parte do devedor (no prazo legal), a consequência não será a penhora, mas a prisão do devedor.
Quanto a execução de alimentos com pedido de prisão (tanto fundamentada em título judicial quanto extrajudicial)
• Conforme previsão do art. 528, parágrafo sétimo, somente podem ser cobrados com pedido de prisão o atraso de até as três últimas prestações anteriores ao ajuizamento;
• O cumprimento da pena não gera o pagamento da dívida alimentar (uma vez cumprida a pena, a dívida ainda existe); • A prisão por débito alimentar deve ser cumprida em regime
fechado;
• Paga a dívida, a ordem de prisão deve ser imediatamente suspensa, com a soltura do devedor.