A Ceia dos Cardeais
A Ceia dos Cardeais
de
Júlio Dantas
Elenco
Virgílio Pereira
José António Barros
João Carlos Abreu
Apresenta
Teatro Municipal Baltazar Dias
De
7
a
13
de
Junho 2008
A “CRIAMAR” na sua marcha imparável de apoio e ajuda a crianças carenciadas, tendo como objectivo final
torná-las mais receptivas e universais, leva a efeito a peça a “Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas e que tem como
fim angariar fundos para referida a Associação.
Esta iniciativa que se integra nas comemorações dos 500 anos da Cidade do Funchal só foi possível porque
encontrou eco em alguns corações generosos que nesta nota não poderia deixar de mencionar. Em primeiro lugar
destaco o nome do José António Barros, um jovem e talentoso actor a cargo de quem ficou toda a encenação. Ele
representa o dificílimo papel do Cardeal espanhol Rufo. A especial colaboração (o actor convidado) do Prof. Virgílio
Pereira a quem agradeço toda a sua disponibilidade. Ele interpreta, a não menos difícil personagem, de Cardeal
Montmorency. Eu sabia das suas capacidades de representação, mas fazê-lo voltar ao palco 30 anos depois da sua
experiência teatral foi uma grande vitória para mim. Estão ainda em cena os Mordomos: Miguel Andrade e Eloísa
Rêgo. Os desenhos de luz são de Célia do Carmo.
Saliento também a generosidade da Empresa “Delta Som” e a capacidade extraordinária do seu técnico Luís
Nunes, bem como de todo o pessoal do teatro o Tó, o Humberto e as Senhoras, sempre atentas e amáveis, que
permitem que o espectáculo suba à cena, estes dias.
Ao pessoal da guarda que com seus trajes e estandartes alegram o ambiente o meu reconhecimento.
Ao Dr. Edgar Aguiar e à sua Empresa “O Liberal” pela confecção do material publicitário, a minha admiração.
Aos jornais e a televisão que ajudam a difundir as nossas iniciativas a expressão sentida do meu
reconheci-mento.
A
Câmara M. do Funchal, ao seu Presidente Dr. Miguel Albuquerque, ao Vereador Dr. Pedro Calado, que
preside às Comemorações dos 500 anos, ao Dr. Faria Paulino, as Dras. Teresa Brazão e Maria da Paz a gratidão da
“CRIAMAR”.
Ao pessoal da Associação e aos músicos o meu abraço de amizade.
Propositadamente deixei para o fim o Dr. Dionísio Pestana que no anonimato do seu dia-a-dia está a ajudar
a construir um mundo melhor em várias direcções, e cujo humanismo ultrapassa as palavras repetidas para se
projectar num universo mais vasto e numa realidade vivida, o amor das crianças apoiadas, testemunho maior de
gratidão e ainda o respeito profundo dos colaboradores da sua Associação.
Funchal, 07 de Junho de 2008
Joao Carlos Nunes Abreu
Virgilio H. G. Pereira
Cardeal de Montmorency
Tiraram-me sete anos de idade, mas só por um mês, tempo que durou a preparação para a repre-sentação teatral desta “Ceia dos Cardeais”, em que desempenho o papel de Cardeal de Montmorency.Sou, assim, um principiante actor-amador, aos 67 anos, idade que tenho, realmente.
Isto só foi possível, pelo jeito que o João Carlos Abreu tem, de “requisitar” colaboradores, para os seus projectos de solidariedade social e também, obviamente, pela grande consideração que tenho por ele.
O José António Barros, nosso encenador, com-pletou esse trabalho de convencimento, cimentan-do-me no espírito o destemor pelos riscos que a aceitação deste desafio implica.
Acabei por adorar a tentativa de interpretar o cardeal francês, cujo romanticismo sempre me des-lumbrou.
É gratificante e dá-me um enorme prazer, cola-borar com a “CRIAMAR”, Associação de Beneficiên-cia que visa o apoio a crianças pobres.
Obrigado a todos os que nos distinguirem com a sua presença.
Virgilio Higino Goncalves Pereira
Nasceu a 11/01/1941, em Santa Luzia, no Funchal. Foi professor na Escola Gonçalves Zarco, e também na Escola Comercial e Industrial do Funchal. Desempenhou as funções de Presidente da Câmara Municipal do Funchal. Foi membro da Junta de Pla-neamento da Madeira. Exerceu o cargo de deputado na Assembleia da República e foi também deputado no Parlamento Europeu.
Encenação
O encenador desta peça desempenha tam-bém o papel de Cardeal Rufo. Nasceu na Madeira em 1977, deu os primeiros passos na arte dramá-tica no extinto Grupo Teatral de Santa Cecília, em Câmara de Lobos. Frequentou o Curso de Formação Profissional de Teatro, no Conservatório - Escola das Artes, onde foi aluno de, entre outros, Kot-Kotecki e Eduardo Luiz. Efectuou um estágio de formação profissional no Teatro Politeama, sob supervisão de Filipe La Féria. Em 2006, produziu e encenou a peça O Verdadeiro Oeste, do norte-americano Sam Shepard. Em Outubro de 2007, encenou para a Com-panhia Contigo Teatro, no Teatro Municipal Baltazar Dias, a peça La Nonna, do argentino Roberto Cossa. Tem participado regularmente em várias peças e musicais pelo MADS - Madeira Amateur Dramatic Society, e também pela Companhia Contigo Teatro. Nos últimos anos, marca presença assídua na Ripon Operatic Summer School, em Inglaterra. Actualmen-te frequenta a licenciatura em Comunicação, Cultura e Organizações, na Universidade da Madeira.
Jose Antonio Barros
“UM ACTO” DE AMOR
Um dia, quando eu tiver cabelos brancos verda-deiros, hei-de recordar alegremente a aventura que foi montar este espectáculo.
Nas minhas memórias encontrarei o desejo ardente que João Carlos Abreu tinha em fazer esta peça, bem como o convite que me fez para encená-la. O carinho que ele demonstrava pelo seu personagem é inesquecí-vel. Recordarei a coragem de Virgílio Pereira em aceitar o papel de cardeal de Montmorency, e a sua dedicação ao memorizar as falas. O “professor” revelou-se um aluno exemplar. Contracenar com estes dois nobres amigos é privilégio de poucos. Sinto-me muito honrado.
E porque recordar é viver, não esquecerei também a disponibilidade e paciência dos soldados, dos criados e dos músicos. Sem eles esta representação não seria a mesma coisa.
Lembrar-me-ei do carinho e profissionalismo de-monstrado por todo o staff do Teatro Municipal Balta-zar Dias. A forma hospitaleira com que nos acolheram, também, o modo como recebem o público é determi-nante para o sucesso do espectáculo.
Jamais serão esquecidos aqueles que colaboraram nos mais diversos aspectos. Desde a montagem do cenário e da luz, passando pela concepção do figurino e dos adereços, uma vasta equipa de voluntários que colaborou para um produto final memorável.
Este trabalho resulta de pequenos contributos, mui-tas vezes arrancados de agendas totalmente preenchidas pelos afazeres laborais, familiares, académicos, etc.
A colaboração de algumas empresas foi imprescin-dível, e do mesmo modo, será para sempre recordado o gesto solidário em abraçar este projecto.
A Ceia dos Cardeais é uma peça curta, tem só um acto. Levá-la à cena apenas foi possível porque um gru-po de amigos, num louvável gesto de solidariedade, se empenhou com o que tem de melhor na sua alma e no seu coração. É por isso que digo que todos contribuíram para que esta peça fosse “um acto” de amor!
Joao Carlos Abreu
Cardeal Gonzaga
Para mim voltar ao palco nas vestes de Cardeal Gonzaga, por ventura a mais fácil das interpretações dos três Cardeais, é um momento de imenso prazer, por quanto me permita pôr à prova, aos 73 anos de idade, a minha capacidade de memória. Aliado a isto o objectivo do espectá-culo que é o de angariar fundos para a Associação CRIAMAR a que presido.
Entre a representação da vida real e a do palco não existe para mim, nesta altura da minha caminhada, grande diferença. Estarei no palco com o mesmo entusiasmo e amor com que es-tou na vida. Nos dias da vida encaro as pessoas como pessoas, isto significa dizer: com respeito, consideração e estima. Nos dias do palco, com o público, passa-se precisamente o mesmo.
Disse recentemente, numa conferência que proferi que o teatro e a literatura são instrumen-tos capazes para fazer compreender a realidade. Quero aqui referir a minha primeira experi-ência teatral, na “La Nona”, justamente para dizer que aprendi imenso com o José António, com a Maria José e com esse fantástico pessoal de “Con-tigo Teatro”. Não vos esquecerei nunca. Voltar de novo ao palco é, também, uma simples homena-gem a vós e ao vosso notável trabalho.
Estou no presente da minha vida, de cidadão feito actor e vice-versa. Hoje é o meu falar, o meu sentir, o meu ouvir, o compreender e o amar aqui-lo que mais conta. O amanhã só existirá para mim se eu estiver dentro desse amanhã. Repetirei com força as mesmas palavras e colocarei sempre no posto cimeiro o AMOR. Aquele que me faz estar no palco por solidariedade com os que mais ne-cessitam de afecto e apoio. Por eles e pelo público que respeito, voltarei sempre.
Joao Carlos Abreu
Nasceu no Funchal em 1935. Estudou jornalis-mo em Roma e viveu durante uns tempos em In-glaterra. Foi ideólogo da animação turístico-cultural da região Autónoma da Madeira. Fez a sua primeira experiência teatral com a companhia Contigo Teatro, na peça La Nonna. Regressa ao palco representado o Cardeal Gonzaga em A Ceia dos Cardeais.
Celia do Carmo
Desenho de Luz
Nasceu no Funchal em 1980, e com 16 anos inicia-se no teatro amador. Em 1998, entra na Aca-demia Contemporânea do Espectáculo, Porto, no Curso de Artes do Espectáculo/Realização Técnica. Tirou o Curso Profissional de Fotografia no Instituto Português de Fotografia. Integrou a equipa técnica de dois espectáculos aclamados para o Porto 2001: “Ponte de Sonhos” e “Viagem Mágica”. Fez o Cur-so profissional de Teatro, no Conservatório - Escola das Artes, onde foi colega de José António Barros. Estagiou no Grupo Dançando com a Diferença, sob supervisão de Henrique Amoedo. Terminou o curso encenando a peça de teatro 4:48 Psicose, de Sarah Kane, no Centro das Artes - Casa das Mudas. Em
2007,Desenhou a iluminação para a peça La Nonna.
Goncalo Martins
Gonçalo Martins, nasceu 1976 na Cidade do Porto. Licenciou-se em Artes Plásticas e Educação Visual e Tecnológica pela Universidade do Minho. É membro da Joker Art Gallery. Expõe desde 1995 a título individual e colectivo, no ramo das Artes Plás-ticas, recebeu várias menções e distinções, entre outras, o 1º Prémio das Artes Infante D. Henrique, pela Comissão dos Descobrimentos Portugueses. Está representado em várias instituições e colecções particulares, tanto em Portugal, como na Inglaterra. Neste momento divide o seu tempo entre a pintura em tela e cenários de teatro.
Ruben Freitas
Maquilhagem
Ruben Freitas nasceu em Novembro de 1982. Completou o Curso de Realização Plástica na Acade-mia Contemporânea do Espectáculo no Porto. Tem colaborado regularmente em diversas actividades, quer artísticas, quer no mundo da moda. Actual-mente realiza trabalhos para várias companhias de teatro da Região.
Carla Silva
Violino
Licenciada em Psicologia pela Universidade de Lisboa, iniciou a actividade profissional no Centro de Acolhimento Temporário de Crianças “Aconchego”. Actualmente, é psicóloga na Escola Básica e Secun-dária do Porto Moniz, e pertence à Divisão de Apoio Psicológico e Orientação Escolar e Profissional da Direcção Regional de Educação. É membro fundador e vice-presidente da AEPSI – Associação Educação e Psicologia. Paralelamente, dedica-se ao estudo da música, tendo-o iniciado aos sete anos de idade no Conservatório de Música da Madeira. Foi elemento estagiário da Orquestra Clássica da Madeira entre 1997 e 1999. De 1996 e 2004 participou nos es-tágios de Verão da Orquestra Sinfónica Juvenil de Lisboa, tendo sido elemento efectivo da mesma, no naipe dos primeiros violinos de 1999 a 2004. Após concluir a licenciatura em Psicologia, retomou os seus estudos no Conservatório Escola Profissional das Artes da Madeira Engº Luíz Peter Clode, sendo actualmente finalista do Curso Complementar de Violino.
Marco Brito
Piano
Natural de Câmara de Lobos, Marco Brito, está intimamente ligado à música. Aceitou com muito prazer a tarefa de ambientar a plateia antes do es-pectáculo começar.