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Universidade Aberta do Brasil Universidade Federal de Juiz de Fora Curso de Pedagogia UAB/UFJF. Cássia Junqueira Oliveira Ferreira.

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Academic year: 2021

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Curso de Pedagogia – UAB/UFJF

Cássia Junqueira Oliveira Ferreira

Memorial do Curso

Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina Memorial do Curso ministrada pela Profª. Drª. Léa Stahlschmidt Pinto Silva para o 8º período de Pedagogia da UAB/UFJF.

Tutora a distância: Edilene Maria Lopes

Boa Esperança 2011

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MEMORIAL DO CURSO

Aprender é muito gratificante. “Aprender é uma coisa de que a gente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” (Leonardo da Vinci; 1513). A vida segue seu rumo, e às vezes, deixamos de fazer algo, mas sempre está em tempo de realizar nossos sonhos. Meu nome é Cássia Junqueira Oliveira Ferreira. Tenho 43 anos, sou casada e tenho três filhas, uma família maravilhosa. Formei no Ensino Médio em 1984 e acabei não dando prosseguimento aos meus estudos. Casei-me aos 18 anos e tive a experiência de ser mãe, dois anos depois. Em 1999, comecei a trabalhar em uma escola de educação infantil, como professora de artes, com crianças de 3 a 6 anos. Gostava de trabalhar com sucatas, pintura, desenho, música, teatro e várias outras atividades artísticas.

Posteriormente, realizei um concurso público e comecei a trabalhar como secretária escolar. Atualmente, trabalho numa instituição particular, como auxiliar administrativo da tesouraria escolar. Foi nesta escola, onde funciona o Polo de Boa Esperança, que tomei conhecimento do curso de Pedagogia. Fiquei muito contente, afinal, era a oportunidade de voltar a estudar e recuperar o tempo perdido, pois nunca é tarde para aprender. Estimulada pela minha família e colegas de trabalho fiz o vestibular e fui aprovada. Iniciei então, minha jornada de estudos.

Nossa viagem para Juiz de Fora foi muito boa, pois conhecemos os professores, tutores, colegas, os objetivos do curso, a faculdade, embora estivéssemos muito cansadas, visto que, a viagem foi longa. Saímos de madrugada, não dormimos e por causa do cansaço, nossa atenção ficou um pouco dispersa, mas toda conquista tem suas dificuldades.

De volta pra casa, acessei a plataforma Moodle. Já tinha experiência com informática e navegação na internet em meu trabalho, mas fiquei encantada com a organização, o espaço de interação, a diversidade das disciplinas, dentre outros. Muitas coisas novas pra aprender, dificuldades que foram sendo vencidas, através do diálogo com os tutores, bem como, a troca de experiências e aprendizado com as colegas do curso. Sempre gostei muito de escrever, por isso, o Diário de Bordo, da disciplina “Memórias e Saberes”, me deixou bastante entusiasmada, afinal, é muito bom falar de nossas memórias, nossas conquistas e aprendizado, até mesmo de nossas frustrações. As disciplinas deste período, como “Sociologia”, “Antropologia” e “Linguagem”

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trabalharam bastante com a interdisciplinaridade, através de filmes como o “Ser e Ter” que nos relatou a experiência e dedicação de um professor.

Vale ressaltar que, “Tecnologia da Informação e Educação” foi uma das disciplinas que mais gostei no decorrer do curso, pois tive uma nova visão sobre a utilização da mídia, dos meios tecnológicos de informação e cultura, no ambiente escolar. A disciplina e as atividades foram conduzidas de forma extraordinária. Na disciplina “Alfabetização e Letramento” discutimos os diversos conceitos, a importância de valorizar o letramento, bem como, saber a distinção entre eles, que até então, não tinha conhecimento. Foram muitos vídeos, textos significativos, que nos auxiliaram na compreensão e construção do processo de ensino-aprendizagem da língua. Observei o letramento e a alfabetização, principalmente, no estágio que realizei na EJA, com jovens e pessoas mais idosas que tinham um conhecimento incrível, uma grande bagagem cultural.

A disciplina “Matemática” nos mostrou uma nova maneira de ensinar e aprender matemática. Os jogos pedagógicos, o ábaco, o Material Dourado, as tampinhas de garrafa, palitinhos de fósforo e as diversas sugestões de atividades. Para mim foram novidades que me auxiliaram nas dificuldades que tinha em compreender, principalmente, as frações numéricas. Quando estudante, a única opção de aprendizagem concreta que tínhamos eram os cartões relâmpagos, tabuadas para decorar e o bolo (de cenoura ou chocolate) para aprender as frações.

A disciplina “Ciências” foi muito produtiva, com trabalhos interativos e participativos. A disciplina “História” nos fez viajar no tempo, valorizar o acervo cultural, os museus, fotografias e filmes. A disciplina “Geografia” nos mostrou uma nova visão de tempo e espaço, sem decorar países e capitais, climas, tipos de vegetação, dentre outros. A disciplina “Educação Família e Sociedade” e “Educação e Diversidade” destacaram a importância da interação entre família e escola e o respeito à diversidade, aos grupos sociais dos alunos, bem como, as pessoas que fazem parte do universo escolar.

Já as disciplinas “Sistema Educacional no Brasil”, “Políticas Educacionais”, assim como, “Currículo e Organização da Prática Pedagógica” foram mais difíceis de compreender, pela quantidade de leis e textos dissertativos, no entanto, não deixaram de atender a necessidade de conhecer as leis e diretrizes básicas da educação, o funcionamento da escola, de seu currículo, seus projetos pedagógicos que são de

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fundamental importância para um bom desempenho e participação do professor nas decisões e planejamento escolar.

Estudamos a “História da arte”, “Os temas transversais”, a “Psicologia” que abrangeu os ensinamentos e teorias de diversos filósofos e educadores e como empregar estes ensinamentos, em atividades do cotidiano escolar.

Os “estágios” realizados no decorrer do curso permitiram que colocasse em prática meu aprendizado, especialmente, nas intervenções pedagógicas. Aprendi muito com as colegas de trabalho, com as crianças e com as orientações da tutora, lendo e relendo nossas Intervenções Pedagógicas, fazendo correções e auxiliando nas dificuldades que encontrávamos na realização das atividades. Realizei a maioria dos estágios na escola onde trabalho, por ser mais fácil a locomoção e a organização dos horários. A experiência que mais gostei foi no estágio da EJA, com jovens e adultos, pois nunca tinha trabalhado com estes alunos. Foi gratificante. A professora ficou muito contente, fizemos atividades diferentes das que costumavam realizar no seu dia a dia escolar, que foram bem aceitas pelos alunos. A realidade da educação de jovens e adultos é que os recursos são poucos, enfrentam muitas dificuldades, embora a vontade de aprender e ensinar sejam imensos, mas valeu o esforço!

Quanto à “Monografia”, horas e horas de estudo e pesquisa, escrevendo e reescrevendo, dia após dia, num processo de construção e reconstrução. Escolhi meu tema “Arte e Educação: a música na aula de artes” pelo fascínio que a arte nos traz. A música, em especial, torna o ambiente escolar mais acolhedor, alegre, além de encantar as crianças e auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Foi um trabalho que exigiu muito estudo e dedicação. Agradeço o empenho da tutora, que me orientou na realização deste trabalho. Esclarecia dúvidas no fórum, conversávamos no Chat e orientava as modificações e melhorias. O dia da apresentação me deixou ansiosa, mas consegui realizar uma boa apresentação e expor minha pesquisa e minhas idéias.

Durante o curso vivemos muitas experiências. Os encontros presenciais era o momento de trocarmos ideias distantes da tela do computador, conhecermos os tutores a distância, enfim, uma verdadeira confraternização, além do cafezinho na hora do intervalo. As palestras, as sessões pipoca, com filmes sugeridos pelos professores, estudos em grupos no polo presencial, os dias difíceis das avaliações presenciais, e não poderia deixar de recordar as oficinas animadas, repletas de atividades: a oficina de Língua Portuguesa com ensinamentos de diversos tipos de gênero, a oficina de Ciências, com a construção de maquetes de células, as apresentações, dentre outros. Era

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o momento de sentirmos o calor humano nas aulas presenciais. No decorrer do curso, tivemos algumas discordâncias, algum conteúdo que não ficou bem entendido, mas considero isto normal, pois todo aprendizado tem seus acertos e erros. Os conteúdos referentes à Gestão e Empreendedorismo escolar me auxiliaram nas atividades que realizo em meu trabalho.

Todavia, como disse anteriormente, sempre temos novidades, por isso, não poderia deixar de relatar a última oficina que participei durante o Encontro Presencial realizado no Polo. Tivemos muitas passagens interessantes em nosso curso e dentre todas elas, a que mais me marcou (apesar de ter tido outras oficinas excelentes) foi a experiência que vivenciamos na Oficina de Libras. Foi simplesmente, fantástica! O carisma, a criatividade e simpatia do tutor e do professor fizeram com que todas as alunas, sem exceção, participassem da aula com interesse e entusiasmo.

Sentir o que uma pessoa surda vivencia no seu cotidiano, como é seu mundo, como faz para se comunicar, as diversas maneiras que utiliza para fazer com que outras pessoas o compreendam, seja pelos gestos ou pelos sinais, em meio ao silêncio. Esta oficina despertou em mim, o interesse em conhecer melhor a Língua de Sinais e a importância da inclusão das crianças, adolescentes e adultos surdos nas escolas regulares.

Emocionei-me com a história e a luta da mãe de uma criança surda no filme “E seu nome é Jonas”, para conseguir que seu filho pudesse se comunicar e “ser aceito” como uma pessoa normal, sem preconceitos pela sociedade e pela própria família.

Contudo, escrever e reescrever se torna um movimento constante em nosso cotidiano, assim como, viver e reviver nossas memórias. Por isso, não poderia deixar de relembrar a ótima sugestão da leitura do livro “Minhas férias, pula uma linha, parágrafo” da autora Christiane Gribel. Senti-me como uma criança relembrando minha infância na escola e da professora de português. Quando se dirigia ao quadro e pedia para escrever uma redação sobre nossas férias e ainda com número de linhas, me sentia aflita como o menino da história, e com as mesmas dificuldades de colocar em uma simples folha de papel, limitadas por linhas, tudo o que tinha vivenciado naqueles dias: as tardes no ribeirão na fazenda de meu avô, os banhos debaixo da torneira (não tinha chuveiro), as noites à luz de lamparina (não tinha luz), os bolos assados na panela forrada com folha de bananeira, e o inesquecível dia, que meu pai perdeu a dentadura no córrego que ficava no fundo do quintal, e todas as crianças saíram em uma correria danada, até alcançar a dentadura que acabou ficando presa nas grandes folhas de mato

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na margem do córrego. Isso, sem contar a centena de girinos que pegávamos para colocar nas garrafas como se fossem peixinhos. O que não faltava, era alegria e disposição para brincar e divertir.

O tempo foi passando, assim como as brincadeiras de criança e os estudos prosseguindo, dia após dia, até chegar o esperado dia de minha formatura. Depois, parei com tudo, me casei e com as ocupações diárias e a falta de tempo parei de estudar. Mas como tudo tem seu tempo e hora, aqui estou escrevendo minhas recordações, meu “Memorial do curso”, falando sobre as disciplinas que mais gostei no meu curso de pedagogia, que parecia pra mim um sonho quase impossível de se realizar.

Escrever nos diários, as resenhas, os resumos e principalmente, nossa monografia foi uma tarefa difícil, mas aos poucos, com a ajuda das tutoras e professores fomos vencendo as dificuldades, aprendendo as regras para escrever e expressar melhor, a ter “coesão e coerência” nos textos, e como isso foi cobrado de todos os alunos. Lia os textos, relia novamente grifando os pontos principais, olhava o significado das palavras mais complexas, assistia aos vídeos, filmes, músicas e outras atividades. O tempo, a leitura e a prática de escrever sempre trazem muitas melhorias. Observo as participações nos foruns, não só minha, mas de todas as colegas e vejo como progredimos e melhoramos nossa maneira de expressar nossas ideias, de discutirmos as dúvidas e críticas aos diversos temas estudados.

Os conhecimentos apresentados no curso, bem como, a maneira como foram trabalhados de forma diversificada e inovada tem me auxiliado muito em meu desempenho profissional, visto que, trabalho em uma escola, que atende crianças e adolescentes de todas as faixas etárias, desde o Maternal até o 3º ano do Ensino Médio. A importância do profissional empreendedor, democrático, responsável e atuante foram pontos destacados com ênfase no decorrer das atividades, dos textos, dos vídeos, das constantes participações nos foruns, além das oficinas e encontros presenciais.

Vale ressaltar que a participação em Palestras, Atividades Culturais e Congressos Educacionais abordando temas atuais, polêmicos e interessantes, acrescentaram mais experiência e aprendizado.

Em relação à experiência pessoal, os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso têm sido muito gratificantes e enriquecedores, em minha atuação como educadora, mãe e profissional. À medida que, adquirimos novos conhecimentos e absorvemos as modificações que acontecem na educação, garantimos o nosso “queijo

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novo” como na história dos ratinhos. Afinal, estamos dando um grande passo para alcançarmos à melhoria na educação através de um ensino de qualidade para todos.

Com tudo isso, passei a ver a educação, o dia a dia da escola, o professor e profissional com “um olhar diferente” do que outrora. Com certeza, ainda vou aprender muito neste último período, vencer obstáculos e continuar colocando em prática o que aprendemos, pois como nos diz Cora Coralina (1910), “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

Tudo isso nos leva a pensar como estas aprendizagens construídas no decorrer das disciplinas cursadas tem modificado nossa maneira de educar e compreender os alunos. Tenho pensado em fazer um concurso de professor para lecionar na educação infantil ou Ensino Fundamental, para colocar em prática todo este aprendizado. Transmitir para outros, as experiências e conhecimentos adquiridos em nosso curso de Pedagogia. Certamente, na prática se torna mais difícil utilizar todos estes conhecimentos, pois abrange aceitação por parte das escolas que infelizmente, ainda colocam muitos empecilhos diante das novas maneiras de ensinar e construir o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, aprende-se com os erros. É preciso fazer e refazer muitas vezes, até conseguir realizar um bom trabalho como profissionais da educação.

A educação se transforma dia após dia, cresce e se fortalece e nós educadoras, temos que acompanhar estas mudanças, estudar sempre, para participarmos deste processo educacional. É mais uma etapa de muitas que ainda estão por vir, pois não podemos parar, afinal a educação se renova dia após dia.

No entanto, já escrevi várias páginas, falei de minhas emoções, recordações, aprendizagens. Este memorial representa tudo que vivenciei e aprendi neste período. É hora, de agradecer esta oportunidade especial que tivemos, bem como, o empenho e dedicação de toda a equipe que fez parte deste curso. Aprendemos juntos, trocamos experiências, tivemos acertos e erros, alegrias e às vezes tristezas, talvez por um trabalho ou avaliação que não atendeu nossos anseios, mas os momentos de alegria e confraternização foram intensos.

Gostaria de poder falar de cada pessoa que fez parte desta caminhada, com um agradecimento especial. Falar das amizades que conquistei, de tudo que aprendi e como tudo isto vai ser importante e significativo em minha carreira profissional, como educadora e também como ser humano.

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Agora é o momento de colocar em prática o que aprendemos, lutar por nossos ideais, aceitar as mudanças e transformações. Posso dizer que já modifiquei minha maneira de atuar como profissional da educação, em meu ambiente de trabalho, no relacionamento com os colegas, bem como, minha participação nas reuniões e planejamento escolar, que agora são mais ativas e conscientes. Porém, estamos na reta final, preparando para as últimas avaliações e principalmente, para nossa formatura.

Aqui, neste memorial, ficam minhas recordações, minhas memórias e impressões sobre o curso. Com certeza, vamos reler nosso Memorial daqui um tempo e sentiremos saudades. A caminhada não foi fácil, muito estudo, trabalho e dedicação, mas valeu à pena lutar por nossos ideais.

Referências

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