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proc.fyf SENTENÇA '( --~-~.~ _0_- CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA E OUTROS li t: F.: Rubrica: lti ~i

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(1)

proc.fYf

F.:

Rubrica: _

CLASSE 01900 CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA E OUTROS

ÃGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA _0_-·

SENTENÇA

---Ref.-:----Administrativo. Responsa6ifidade----'· Técnica. Profissional de Nível Superior. Exigência ilegal a teor da Lei 2.800/56. Procedência do Pedido.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

JUSTiÇA FEDERAL DE 18 INSTÂNCIA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

SENTENÇA NO

aLe;

r

/2002/8 PROCESSO NO 1998.34.00.013785-0

FEDERAL

AÇÃO ORDINÁRIA/ OUTRAS

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AUTOR RÉu i

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CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - la REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 3a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 4a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE , QUÍMICA - 7a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 9a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 10a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - l la REGIÃO, CONSELHO ReGIONAL DE QUÍMICA - 13a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 14a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 15a REGIÃO, CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 168 REGIÃO,

CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA - 178 REGIÃO, ALDO GANDOLFI JÚNIOR, i:::

(2)

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I

.I li. [.' '"".

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, OOER JUOICIARIO

. USTIÇA FEDERAL DE 1aINSTÂNCIA 'EÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

írocesso nO2000.34.00.013785-0 - Sentença

U-01

WLADMIR ALTRUDA, JOSÉ AUGUSTO DE PAULA SALLES, GUARACY REIS DE SOUZA, EMÍDIO VENÂNCIO, JOSÉ ANTÔNIO DE OUVEIRA, propuseram a presente

ação sob rito ordinário em face da União Federal, posteriormente substituída pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, objetivando seja firmado por sentença:

-~-_.

(i) que somente cabe aos Conselhos Regionais de Química, na forma do art. 20, parágrafo 2°, alínea ccc" e parágrafo 3°,

da Lei 2.8DO/56;habilitar-um-T-écnicoQuímico para ser respon-s-ável---técnico em indústria química, definido o seu porte por Resolução

Normativo do Conselho Federal de Química, nos termos da mesma Lei 2.800(56, art. 8°, alínea ccf';

(ii) que o exercício da responsabilidade técnica dos Técnicos Químicos, como os que são agora co-Autores, em estabelecimentos industriais químicos, é legal uma vez, e somente habilitados para tal pelo Sistema Conselho Federal de Química-Conselho Regionais de Química;

(iii) que não compete à Secretaria de Vigilância Sanitária julgar se um Técnico Químico pode ser ou não responsável técnico pela produção em estabelecimento cuja atividade básica seja a Química, e;

I1 i),1

: !i I (iv) que é ilegal a exigência deste órgão do Ministério da I .111

'ii

í

Saúde de que qualquer profissional de grau universitário possa ser o

'li!

n"'·.",""n."".'~'J

2

I I! \ \

(3)

-responsável técnico nas empresas de química desde que ela o recon heça como taI.

Alega que a Secretaria de Vigi.lância Sanitária, com base em interpretação distorcida das Leis 6.380(76 e 8.080(80 passou a intensificar a fiscalização e principalmente a indeferir as autorizações..._.. de funcionamento de indústrias de pequeno porte que tivessem como responsável um Técnico Químico.

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I

I · 1 1 DER JUDICIÁRIO

STIÇA FEDERAL DE 18 INSTÂNCIA

çÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

. ocessonO2000.34.00.013785-0 - Sentença I,·,-41

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Rubrica: _ I . !!

Sustenta que desse modo vem usurpando a competência atribuída ao Sistema Conselho Federal de Química-Conselho Regionais de Química, por não caber à Vigilância Sanitária o julgamento de quem pOSSUI habilitação para ser o responsável técnico de empresa química.

Alega que as normas que regem a atuação da Vigilância Sanitária permitem-lhe apenas o exame da qualidade da produção, o que não abrange a área de responsabilidade técnica.

Juntou os documentos de

ff.

56(391 e recolheu as custas judiciais

Cf.

392).

Pelas petições e documentos de

ff.

398(416, 418(421, 429(427, 430(431, 433(461, ..463(467, 472(475 os Autores apresentaram emenda à inicial.

-P'REGlÁO{IMP.1S-<12004-SJ

Citada, a Ré contestou o pedido às

ff.

477(482,

(4)

Houve réplica à contestação (ff. 492(499).

'"~-.

Deferido parcialmente o pedido de antecipação de tutela às fls. 483(490.

pugnando pela improcedência dos pedidos, posto que legítima a exigência feita pela Secretaria de Vigilância Sanitária.

1f-i_

1-_-Rubrica:

-i---Às ff. 502(504 foi apresentado recurso de embargos de

declaração contra---a-decisão que apreciou o pedido de-tute~-a---antecipada.

.DER JUDICIÁRIO

USTIÇA FEDERAL DE 1aINSTÂNCIA .çÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

bcesso nO 2000.34.00.013785-0 - Sentença, " . ,-01 I":' , I i,i I : : 'i \, . li

, 'Ii

. ,: ,! , I,I.,j:'

Pela decisão de ff. 505(506 os embargos foram desacolhidos.

Às ff. 511(604 a União Federal apresentou cópia do recurso de agravo de instrumento interposto perante o TRF P Região.

Às ff. 605(606 foi noticiado o indeferimento de efeito " I suspensivo ao recurso interposto.

Às ff. 608(628, alguns dos autores vêm noticiar o

• ,i descumprimento da tutela antecipada por parte da ré. .,,

.

f.

646, foi determinada a expedição de ofício ao Intimada a ré para se manifestar sobre o noticiado descumprimento, apresentou a petição de fls. 635(645.

"

I

'F-I' REGIÁO!IMP.15-0l-o+SJ

(5)

DER JUDICIÁRIO

'5TIÇA FEDERAL DE 14 INSTÂNCIA

çÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL rocesso nO2000.34.00.013785-0 - Sentença I, -01 I II Pro: F.: _ Rubrica: _

Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, acerca da

I tutela concedida. !I i'l 1 '.1.r ----~-~-.--'I I' : ,I

li

"

~

Às

ff.

652(65J.1., 656(750 vêm novamente os autores comunicar o descumprimento da tutela antecipada concedida.

Pela decisão de

f.

751 é determinada a intimação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para cumprimento, no prazo de 48

horas.---~---Às fls. 759 é determinada a inclusão da Agência Nacional

de Vigilância Sanitária no pólo passivo.

I I;

1

, 'I

I

1,i Instadas as partes a especificarem provas, o Conselho

Regional de Química da 9a Região requereu a produção de prova testemunhal às

ff.

766(767, enquanto os demais Autores e a Ré não manifestaram interesse por novas provas

Cff.

762(764 e 770).

Apreciado o pedido de provas, restou indeferido àf. 771.

descumprimento da tutela antecipada.

Novamente às

ff.

779(826 é noticiado o

-, !

Às

ff.

831, em emenda à sua petição de 5 de julho de

2001, o Conselho Federal de Química requer a anulação da Resolução

I

i

i 18(2000. !' I I 1 1"1' REGIAO{IMP.1S-02-D4-SJ " I I ! 5

(6)

, ;ODER JUDICIÁRIO • ·.-l:/STIÇA FEDERAL DE 1aINSTANelA

",'eçÃoJUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

'. rocesso na2000.34.00.013785-0 - Sentença U-01 f'I I ' r·i I. !

~~~i[l_

Rubrica: _

i I. Às ff. 836(839, a Agência Nacional de Vigilância i'

\ I Sanitária responde ao Juízo acerca do alegado descumprimento da

tutela antecipada . •i iI Às ff. 840, é determinado novamente à ré o ...'.-' I ---1

cumprimento integral da decisão de ff. 483(490.

Decido. f \.._--. -I' i i i .

i

11t: I, i I ' I I , Ii I I ..

A controvérsia dos autos reside no fato de ser ilegal ou não a exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no sentido de que a função de responsável técnico nas empresas químicas de pequeno porte, deva ser exercida, exclusivamente, por profissional de nível universitário.

Pretendem os Autores, portanto, impor limites a atuação dos órgãos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que têm resistido aos pedidos de licenciamento e registro de produtos das empresas químicas de pequeno porte, cravando sua resistência na matéria alusiva à responsabilidade técnica, área de exclusiva atuação do Conselho Federal de Química, segundo articulado preambularmente.

6

(7)

-DER JUDICIÁRIO

:STIÇA FEDERAL DE 11 INSTÂNCIA

• !EÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

rocesso na 2000.34.00.013785-0 - Sentença U-01 Pro ..

::~~~~--'i

I

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.. I'·l

t:

I I':, . " ~ ! I;·· !I i ,II:

Em que pese nossa legislação permitir a interpretação abrangente ou restritiva dos seus

textos)

bem assim) não obstante a liberdade que dispõe a administração quanto à conveniência e oportunidade dos seus atos) o fato é q~e tais liberalidades não podem atentar contra o vigente direito positivado.

Conforme-ensinado pelo Mestre Hely Lopes Meirelles) a administração detém largo discricionarismo no

exercício

da fiscaIização s-ah itâ

tia:---~t=m verdadeJ a polk:ia sanitária dispõe de

um elastério muito amplo e necessário à adoção de normas e medidas específicasJ requeridas por situações

de perigo presente ou futuro que lesem ou ameacem lesar a saúde e a segurança dos indivíduos e da comunidade. Por essa razão o Poder Público dispõe de largo discricionarismo na escolha e imposição das limitações de higiene e segurançaJ em defesa da

população.J)1

li

".~I

Todavia) esse amplo poder encontra obstáculo na própria lei. Isso porque) a despeito do poder discricionário que dispõe a administração) a

exigência

da Ré) no caso) atenta contra o

exercício

!. de atividade profissional) fazendo letra morta

texto

de lei que

i I expressamente prevê o Técnico Químico como profissional habilitado

1 Direito Administrativo Brasileiro, Hely Lopes Meireles, 22& edição, pág. 126. i ['1l-F-l' REGlÁO/IMP,lS-02-04-SJ 7

(8)

-DER JUDICIÁRIO

, I'STIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA

çÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL pcesso na 2000.34.00.013785-0 - Sentença ~1 Proc.

i~b~i~~~-===+_

, I,

!1,'!'i I, , li

para a função de responsável técnico. (art. 20 da Lei nO 2.800(56)

11: , " , ( 'io• •" i, \ ',,:, I 1'1',,' , , 'I

"

i '

Aparentemente a redação dos artigos 51 e 53 da Lei

6.360(761 dá margem à interpretação da expressão "habilitados",

senão vejamos: r-r ' \;,;- . 1 : , I

Art

51 ;-

O

licenciament~

pela autoridade

loca~

dos

estabelecimentos industriais ou comerciais que exerçam

, -'asaHvida{Jes

'de-que'

trata esta Lel dependerá de haver

sido autorizado o funcionamento da empresa pelo

Ministério da Saúde

J

inclusive no tocante

à

efetiva

assistência de responsáveis técnicos habilitados aos

diversos setores de atividade.

(

..

)

Art

53 -

As empresas que exerçam as atividades

previstas

nesta

Lei

ficam

obrigadas

a

manter

responsáveis técnicos legalmente habi/ítados

J suficiente~

qualitativa

e

quantitativamente

J

para

a adequada

cobertura das diversas espécies de produção

J

em cada

estabelecimento.

-8

'00

Veja-se que a profissão de técnico químico foi criada pela

lei 2.800(56, e no seu art. 20,,_ §2°, ecc", ficou garantida a essa

profissão a possibilidade de exercício da função de responsabilidade

técnica quando a empresa fosse de pequena capacidade.

, 10-,1'REGlÁOfIMP_1S-OH'4-5J

(9)

Pro

F.: _

Rubrica: _

! ' (

Embora sensatos os argumentos expostos pela Vigilância

,

I;""

Sanitária quanto às atribuições do responsável técnico perante o

11: sistema da saúde, fato é que a lei é quem habilita o profissional para

~

li

tal função, cabendo-lhe definir os profissionais capacitados para "

exercer função de responsabilidade técnica, em face da formação específica de cada...__. um, conjugada às necessidades dos empreendimentos e da sociedade.

li'

,11' :'DERJUDICIÁRIO

-,~ '5TIÇA FEDERAL DE 1a IN5TÂNCIA

II

gçÃO JUDICIÁRIA DO DiSTRITO FEDERAL

,Iirocesso nO2000.34.00.013785-0 - Sentença

-01

!

'!

: i ' -~'Â~par~disso~'-'sea"vigilância sanitária entinae--que

·0---profissional técnico químico, diante das novas exigências/necessidades da sociedade no aspecto saúde, não atende mais aos requisitos para a função de responsável técnico, a questão deve ser objeto de nova

~)'

proposta legislativa, e não de desprezo ao sistema legal vigente por' entendê-lo ineficiente. i: : I ( , ~. ':'..

Nesse contexto, forçoso reconhecer que atenta contra a ' segurança jurídica, a exigência de profissional de nível superior para a " função de responsável técnico, como condição ao licenciamento das , empresas químicas de pequeno porte, visto que a legislação de

regência não contempla essa restrição.

J '

,i. /

-9

REGlÁO/It-1P.1S·02-O+SJ

A discussão remanescente desmerece apreciação porque seria o caso de utilizar ação declaratória par obter interpretação de lei. Com efeito, a parte que sobeja da matéria vertida para o feito diz respeito à especificação do profissional responsável pelas indústrias !

li

químicas de pequeno porte.

(10)

Rubrica: __ ___

Esse pedido encontra óbice no ordenamento jurídico porque traduzido em hipótese de atuação de outro Poder, bem assim, porque desprovido de sustentáculo material a caracterizar o pedido decIaratório.

Pelo exposto, julgo procedente o pedido dos Autores,

determinando à Ré se abstenha de exigir, por ocasião dos pedidos de registro de pródiilos---e--ae-licenciamento de empresas--q-uímicas de pequeno porte, a ocorrência de profissional de nível superior para a função de responsável técnico das respectivas empresas. Confirmada a liminar 1111•!, i , I I 'I"'I , ,:ODER JUDICIÁRIO _

,:USTIÇA FEDERAL DE P INSTANCIA

:EÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

:~ocessonO2000.34.00.013785-0 - Sentença ~1 , ,

II

I' I ! , ! . I I iI , I. I, li • I '

li'

,L

'! 'I I ~ , :1"

Condeno a ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios que fixo em R$ 1.000,00 (mil reais).

Oficie-se ao juiz relator do Agravo de Instrumento nO 1999.01.00.006270-9 (DF, encaminhando cópia da presente sentença.

I.

I '

, , i,I

l i ',I Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

-~

P.ánamarSl va

a os

juíza Federal Substit ta la Vara - Sj(DF 10 Bras(lia,

r;)/

de novembro de 2002. I ! I,I ·1'REGIAO(lt-lP.IS-<l2-<l~5J li ,. I i i I

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