Capítulo II – Apresentação de dados
(Normas técnicas da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE)
II.1 – Dados em tabelas
II.1.1 – Componentes de uma tabela
Tabela 2.1 – Casos de intoxicação humana, segundo a causa determinante. Brasil, 1993
Título
Causa Freqüência Cabeçalho
Acidente 29601
Abuso 2604
Coluna Suicídio 7965 Corpo da tabela
indicadora Profissional 3735
Outras 1959
Ignoradas 1103
Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX Fonte que publicou os dados A tabela 2.1 associa a variável Causa com uma distribuição de freqüência. Uma distribuição de frequência lista os valores dos dados (individualmente ou por grupos de intervalos), juntamente com suas freqüências correspondentes (ou contagens).
As tabelas podem apresentar, além das freqüências (f), as freqüências relativas (fr), freqüências acumuladas (fa). Exemplo:
Tabela 2.2 – Casos de intoxicação humana, segundo a causa determinante. Brasil, 1993
Causa Freqüência Frequência
Relativa Frequência Acumulada Acidente 29601 63,03 29601 Abuso 2604 5,54 32205 Suicídio 7965 16,96 40170 Profissional 3735 7,95 43905 Outras 1959 4,17 45864 Ignoradas 1103 2,35 46967 Total 46967 100 Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX
II.1.2 – Tabelas de contingência
São tabelas de entradas simples (como a Tabela 2.1) ou múltiplas (Tabela 2.3), uma para cada fator que caracteriza os elementos da amostra ou da população. Por exemplo:
Tabela 2.3 – Nascidos vivos registrados segundo o ano de registro e o sexo Sexo
Ano do registro
Masculino Feminino Total
1984 1.307.758 1.251.280 2.559.038 1985 1.339.059 1.280.545 2.619.604 1986 1.418.050 1.361.203 2.779.253 Fonte: IBGE (1988)
II.1.3 – Tabelas de distribuição de freqüências
Quando trabalhamos com grandes conjuntos de dados, muitas vezes é útil organizar e resumir os dados com a construção de uma tabela que liste os diferentes possíveis valores dos dados (individualmente ou por grupos), juntamente com as freqüências correspondentes, que representam o número de vezes que os valores ocorem. As tabelas de distribuição de frequência são tabelas onde os dados são agrupados em classes. Dessa forma, define-se:
• limites inferiores de classe: são os menores números que podem pertencer às
diferentes classes;
• limites superiores de classe: são os maiores números que podem pertencer às
diferentes classes;
• pontos médios de classe: são os pontos médios dos intervalos que determinam cada
classe;
• amplitude de classe: é a diferença entre dois limites inferiores de classe
consecutivos.
Para se determinar a amplitude de cada classe pode se utilizar a seguinte expressão: classes de número valor menor valor maior classe de Amplitude = ( )−( )
A frequência relativa é dada por:
∑
= = n i i i i r f f f 1 ,A frequência acumulada (fa) de uma classe é a soma da frequência daquela
classe mais as freqüências das classes anteriores.
Tabela 2.4 – Peso ao nascer de nascidos vivos em quilogramas
Menor valor: 1,570 kg → limite inferior: 1,5 Maior valor: 4,600 kg → limite superior: 5,0 Passo → 0,5 kg
Ponto Médio: é dado pela soma dos extremos da classe, dividida por 2. Para a classe 1,5 a 2,0 o ponto médio é: 75 , 1 2 0 , 2 5 , 1 + =
Tabela 2.5 – Nascidos vivos segundo o peso ao nascer em kg
O extremo superior da última classe, ou inferior da 1ª classe pode não vir definido. Por exemplo:
Até 90 90
|
100 M 150|
160 acima de 160A escolha das classes é feita pelo pesquisador.
• Poucas classes – perda de informação • Muitas classes – pormenores desnecessários
Para se determinar o número de classes é preciso, inicialmente, conhecer bem a população e ter bom senso. Uma equação para se determinar o número de classes k é mostrada abaixo:
n k =1+3,222log ,
onde n é o número de dados. Assim, para n = 100 444 , 7 100 log 222 , 3 1+ = = k Portanto, k = 7 ou 8.
II.2 – Dados em gráficos
(Normas ditadas pela Fundação IBGE)
II.2.1 – Elementos de gráficos
- título: pode ser colocado tanto acima quanto abaixo do gráfico; - escala: devem crescer da esquerda para direita e de baixo para cima; - legendas explicativas: colocadas de preferência à direita do gráfico; - legendas de figura: posicionada na parte inferior do gráfico;
- rótulos das escalas: posicionadas centralmente em relação às escalas. Exemplo:
II.2.2 – Gráficos de Barra
Tabela 2.6 – Internações em estabelecimentos de saúde por espécie de clínica – 1992
Espécie de clínica Freqüência Frequência relativa
Médica 6 457 923 32,51
Ginecologia e obstetrícia 3 918 308 19,73
Cirurgia 3 031 075 15,26
Pediatria 2 943 939 14,82
Outras 3 513 186 17,69
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Pesquisas de Assistência Médico-Sanitária
O gráfico de barras é usado para apresentar variáveis qualitativas. Exemplo:
Figura 2.1 – Gráfico que relaciona internações em estabelecimentos de saúde por espécie de clínica
II.2.3 – Gráficos de setores
O gráfico de setores também é utilizado para representar variáveis qualitativas.
Figura 2.2 – Gráfico que relaciona internações em estabelecimentos de saúde por espécie de clínica
Para se determinar os setores, utiliza-se uma regra de três, como abaixo: 100 → 360 f → x f x = ⋅ 100 360 II.2.4 – Histograma
Os dados apresentados em tabelas de distribuição de frequência são apresentados graficamente em histogramas.
Exemplo:
II.2.5 – Polígono de freqüências
Os dados apresentados em tabelas de distribuição de freqüências podem ser apresentados em gráficos denominados polígonos de freqüência.