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SIMULAÇÃO EM COMPUTADOR DE SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO ÓPTICOS COM MULTICANALIZAÇÃO NO COMPRIMENTO DE ONDA E TRANSMISSÃO SUPORTADA POR DISPERSÃO

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SIMULAÇÃO EM COMPUTADOR DE SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO

ÓPTICOS COM MULTICANALIZAÇÃO NO COMPRIMENTO DE ONDA E

TRANSMISSÃO SUPORTADA POR DISPERSÃO

Mário M. Freire

*

, Pedro M. Geirinhas

*

, Henrique M. Costa

**

e Henrique J. A. da Silva

***

Instituto de Telecomunicações - Pólo de Coimbra, Largo Marquês de Pombal, 3000 Coimbra Telefone: (039)20023, Fax: (039)35672

Sumário.

Esta comunicação descreve uma metodologia de simulação para sistemas de comunicação ópticos que utilizam multicanalização no comprimento de onda e transmissão suportada por dispersão. Recorrendo a esta metodologia mostra-se que é possível transmitir através de 100 Km de fibra óptica monomodo padrão (SMF) 3 canais a 10 Gbit/s por canal com uma penalidade de diafonia inferior a 1 dB se a separação entre eles for de cerca de 1nm.

1. INTRODUÇÃO.

No método de transmissão suportada por dispersão (DST), o sinal emitido pelo transmissor óptico é modulado em FSK. O próprio meio de transmissão, constituído por uma fibra óptica dispersiva, é utilizado para converter a modulação FSK em modulação de amplitude e o sinal resultante é directamente detectado por um receptor óptico [1].

A técnica de transmissão suportada por dispersão (DST) revelou-se bastante poderosa na transmissão a 10 Gbit/s através de fibras ópticas monomodo padrão, para longas distâncias [2]. Apesar disso, ainda não é utilizada a enorme largura de banda disponível em fibras ópticas na janela de 1550 nm. Enquanto que a largura de banda de modulação é da ordem das dezenas de Gigahertz (10-20 GHz), a largura de banda disponível em fibras ópticas, na janela de 1500 nm é de cerca de 12.5 THz [3]. A limitação da velocidade de transmissão deve-se essencialmente a duas razões: insuficiente largura de banda dos dispositivos electrónicos e optoelectrónicos e interacção entre o desvio dinâmico de frequência (chirp) e a dispersão da fibra óptica [4].

* Bolseiro de Mestrado da JNICT.

** Assistente da ESTG do Instituto Politécnico de Leiria.

*** Professor Auxiliar da FCTUC, responsável pela Linha de Comunicações Ópticas no Pólo de Coimbra do IT.

Uma forma de ultrapassar esta limitação consiste na transmissão simultânea de vários canais em comprimentos de onda ligeiramente diferentes, através da mesma fibra óptica. Esta técnica de combinação de vários canais é designada por multicanalização no comprimento de onda (WDM), e é conceptualmente semelhante à técnica de multicanalização óptica na frequência (OFDM) [5]. Quando o espaçamento entre canais é medido em termos de unidades de comprimento de onda, diz-se que se trata de multicanalização no comprimento de onda e quando o espaçamento entre canais é comparável à largura de banda do sinal ou do débito binário e é medido em termos de unidades de frequência, diz-se que se trata de multicanalização óptica na frequência [6]. Esta distinção torna-se necessária quando se considera a tecnologia utilizada e os limites de desempenho do sistema. Além disso indica a escala de frequência ou de comprimento de onda com interesse e o grau de complexidade requerido no controlo e selecção de comprimentos de onda [7].

Para N canais, a multicanalização no comprimento de onda permite aumentar a capacidade de transmissão para B.N, sendo B o débito binário por canal [8].

Nesta comunicação é apresentado um modelo para simulação de sistemas de comunicação ópticos que utilizam multicanalização no comprimento de onda de canais DST. São também apresentados os primeiros resultados de simulação para transmissão simultânea de 2 ou 3 canais a 10 GBit/s por canal através de 100 Km de fibra óptica monomodo padrão (SMF) utilizando o método DST.

A comunicação encontra-se organizada da seguinte forma: a secção 2 descreve os modelos utilizados para simulação do sistema. A secção 3 descreve as limitações na transmissão impostas pelo processo de mistura de quatro ondas (FWM) em fibras ópticas. Na secção 4 são apresentados os resultados de simulação e as conclusões serão apresentadas na secção 5.

(2)

2. MODELOS PARA SIMULAÇÃO DO SISTEMA.

O diagrama de blocos apresentado na figura 1 mostra os elementos funcionais considerados neste estudo. A seguir descrevem-se os modelos utilizados para cada subsistema. PPG SMF PIN FIBRA ÓPTICA LPF FPF FILTRO ÓPTICO FOTODÍODO PPG PPG EDFA EDFA AMP WDM MUX λ1 λ λ2 MQW-DFB TG DRIVER I MQW-DFB TG DRIVER I MQW-DFB TG DRIVER I N

PPG: Gerador de Sequências Pseudo-Aleatórias. DRIVER: Circuito de Comando do Laser.

MQW-DFB: Laser de Poço Quântico Múltiplo com Realimentação Distribuida. I: Isolador Óptico.

WDM MUX: Multiplexador Óptico

EDFA: Amplificador Óptico de Fibra Dopada com Érbio SMF: Fibra Óptica Monomodo Padrão

FPF: Filtro Óptico Fabry-Perot AMP: Amplificador electrónico LPF: Filtro Passa-Baixo

Figura 1. Diagrama de blocos dum sistema WDM com Transmissão Suportada por Dispersão (DST).

Gerador de Sequências Pseudo-Aleatórias (PPG)

Em experiências de transmissão realizadas em laboratório é utilizado um gerador de sequências pseudo-aleatórias (PPG) que fornece a sequência de teste binária aplicada à entrada do transmissor óptico. De forma análoga, as sequências utilizadas neste estudo são sequências de máximo comprimento (sequências M

de comprimento L=2M-1 bits) geradas analiticamente

com base nas estruturas de registos de deslocamento realimentados [9]. Para gerar o pior caso de interferência entre canais foram aplicadas ao transmissor WDM N sequências M idênticas [10]. Todas as simulações foram realizadas com M=7.

Transmissor óptico

Cada um dos N transmissores ópticos que integram o transmissor WDM é constituído por um circuito de comando do laser, por um laser e um isolador óptico. Assumindo que o circuito de comando do laser i (com

1≤iN) se comporta como uma fonte de corrente não

ideal com impedância de saída R//C, a corrente de comando do laser I(t) com formato NRZ é gerada com tempos de subida e descida exponenciais.

O modelo para o laser de poço quântico múltiplo (MQW) descreve a dinâmica dos portadores na hetero-estrutura de confinamento separada (SCH) e nos poços quânticos e a dinâmica dos fotões na cavidade e encontra-se descrito em [11]. Este modelo permite

obter a potência óptica Pi(t) e a fase instantânea φi(t) do campo eléctrico emitido pelo laser i, para uma dada corrente de comando.

Desprezando flutuações aleatórias, o campo eléctrico emitido pelo laser i pode ser representado por [9]:

( )

( )

E ti =E t ej it

i

ω

(1)

onde o ωi é a frequência angular no ponto de operação de referência do laser i. A envolvente complexa do campo é dada por [9]:

( )

( )

( )

Ei t = P t ei jφit (2)

onde Pi(t) representa a potência óptica e φi(t) a fase instantânea do campo eléctrico emitido pelo laser i. Supondo que a separação espectral entre o comprimento de onda de emissão (no ponto de operação de referência) de cada um dos N lasers se mantém constante e igual a ∆λ, a frequência angular ωi encontra-se relacionada com a frequência angular no ponto de operação de referência do laser 1 através de:

(

)

ω ω π λ λ i i c = 1− − 1 2 1 2 ∆ (3)

onde λ1 é o comprimento de onda de emissão do laser

1 no ponto de funcionamento de referência e c é a velocidade da luz no vácuo.

Multiplexador Óptico (WDM MUX)

Supondo que os N transmissores ópticos se comportam da mesma forma e que transmitem sincronamente a mesma sequência (situação em que é gerado o pior caso de interferência entre canais [10,12]), a envolvente complexa é a mesma para todos os campos pelo que o campo eléctrico emitido pelo laser i pode ser representado por:

( )

( )

[

( )

]

E ti =E tej w t1+ −i 1∆ωt (4) com ∆ω=-2πc∆λ /λ12.

Os campos eléctricos emitidos pelos N lasers são combinados no multiplexador óptico, pelo que à saída deste, o campo eléctrico resultante é dado por:

( )

( )

[

( )

]

Emux t e i N j w t i t = = + −

E t 1 1 1 ∆ω (5)

No domínio da frequência, a envolvente complexa do campo eléctrico resultante, em relação à frequência angular w1, é dada por:

( )

[

( )

]

Emux ω = Eω− − ω =

i i N 1 1 ∆ (6)

Esta equação coloca em evidência a justaposição dos N canais no comprimento de onda λ=2πc/ω.

(3)

Amplificadores de Fibra Dopada com Érbio (EDFA)

Um dos problemas da amplificação multicanal é a diafonia (crosstalk) resultante (i) da saturação do ganho introduzida pelos sinais nos canais vizinhos ou (ii) do processo de mistura de quatro ondas (FWM) em amplificadores ópticos [13]. Estes dois tipos de diafonia são muito mais reduzidos em Amplificadores Ópticos de Fibra Dopada com Érbio (EDFA) do que em Amplificadores Ópticos Semicondutores (SLA), pelo que os EDFAs são preferidos para aplicações em sistemas com multicanalização [13].

Sendo Pin a potência de sinal à entrada do EDFA, a

potência óptica à saída deste é dada por [14]:

Pout =G P. in (7)

onde G é o ganho em potência do amplificador.

Fibra Óptica Monomodo Padrão (SMF)

À saída da fibra, a envolvente complexa do campo eléctrico resultante , no domínio da frequência, pode ser escrita na seguinte forma:

( )

( )

( )

Eout ω =Einω HSMF ω (8)

com Ein

( )

ω =

[ ]

Ein

( )

t , onde Ein(t) representa a

envolvente complexa resultante da combinação dos

campos injectados na fibra e HSMF(ω) representa a

função de transferência passa-baixo normalizada da fibra óptica [9]:

( )

HSMF ω ej cDL λ π ω = 40 2 (9)

onde ω representa a frequência angular na banda base.

Desmultiplexador Óptico (WDM DEMUX)

Para selecionar um canal dos N canais disponíveis à saída da fibra óptica utilizou-se um filtro óptico Fabry-Perot. Para um filtro de cavidade simples a resposta em frequência é dada por [10]:

H T R e FPF j FSR c ( )ω = (ω ω) − − 1 (10)

onde R representa a reflectividade (T=1-R) e fc=ωc/2π

é a frequência central do filtro. O parâmetro FSR é designado por região espectral livre. A largura da banda-passante a 3-dB (FWHM) é definida pela razão entre a região espectral livre (FSR) e a finura F do filtro óptico [10]. A finura do filtro óptico encontra-se relacionada com a reflectividade do filtro através da equação dada em [10,12]:

A envolvente complexa do campo eléctrico correspondente ao canal selecionado, no domínio da frequência, é dada por [10]:

( )

( )

( )

Esel ω =Eout ω HFPF ω (11)

Após a selecção dum determinado canal, a potência óptica distorcida devido à interacção entre a dispersão e o desvio dinâmico do comprimento de onda e devido à diafonia (crosstalk) resultante da rejeição imperfeita dos canais não selecionados por parte do filtro óptico, pode ser obtida da seguinte forma [10] :

( )

[

( )

]

P t = Esel ω (12)

Secção Frontal do Receptor Óptico

A secção frontal do receptor é composta por um fotodíodo PIN, por um amplificador electrónico e um filtro passa-baixo.

O modelo para o fotodíodo PIN tem em consideração o efeito dos parasitas eléctricos e do tempo de trânsito de portadores na limitação da largura de banda do dispositivo. Este modelo é analisado em [15]. A frequência de corte do fotodíodo PIN é ajustada para um valor requerido pelo método DST.

O filtro passa-baixo têm uma resposta do tipo Butterworth de 3ª ordem.

3. LIMITAÇÕES NA TRANSMISSÃO DEVIDO À MISTURA DE QUATRO ONDAS (FWM) EM FIBRAS ÓPTICAS

Através dum processo de mistura de quatro ondas (FWM), a propagação simultânea de três campos com frequências fi, fj e fk (i,jk) geram um quarto campo

com frequência fijk=fi+fj-fk, onde i, j, k podem tomar valores entre 1 e 3 [16-18]. A potência Pijk(L) gerada através dum processo FWM para a frequência fijk é dada por [16-18]:

( )

(

)

P L d n c P P P A e e ijk ijk i j k e L L =η χ π − − − λ α α α 1111 2 2 6 4 2 2 2 2 2 1024 1 (13)

onde χ21111 é a susceptibilidade não-linear de terceira ordem, n é o índice de refracção do núcleo da fibra, λ é o comprimento de onda, c é a velocidade da luz no vácuo, Ae é a área efectiva do modo guiado [16], α é o coeficiente de atenuação da fibra, L é o comprimento da fibra, Pi, Pj e Pk são as potências injectadas na fibra, d

é o factor de degenerecência e ηijk é designada por:

eficiência da geração de campos em relação à desadaptação de fase [17], eficiência da mistura de quatro ondas [18], eficiência da mistura, ou eficiência FWM [16] e é dada por [16-18]:

(

)

(

)

η α α β β α α ijk L L e sen L e = +       + −         − − 2 2 2 2 2 1 4 2 1 ∆ ∆ / (14)

onde ∆β representa: a diferença entre as constantes de propagação [17] ou desadaptação de fase [16] e pode

(4)

ser expressa em termos da separação entre frequências [16,17]: ∆β πλ λ λ =      − − +       − + −            2 2 2 2 c f f f f D dD d c f f f f i k j k i k j k (15)

onde D é o parâmetro de dispersão de primeira ordem e

fik= fifk e ∆fjk= fjfk representam a separação entre frequências.

Para comprimentos de onda distantes do comprimento de onda de dispersão nula, o parametro de dispersão de primeira ordem em (15) torna-se dominante e a contribuição devida à derivada do parâmetro de

dispersão de primeira ordem (dD/dλ) pode ser

desprezada [17]. Nessa situação a eficiência FWM pode ser escrita em função da separação equivalente entre frequências [17] ou diferença efectiva entre frequências [16], dada por [16,17]:

f = ∆ ∆fik fjk (16)

A separação entre canais [18] a que se refere o gráfico da figura 2 corresponde à separação equivalente entre frequências (diferença efectiva entre frequências). Na situação de igual separação entre canais, alguns dos novos campos (recém gerados) sobrepõem-se aos que lhes dão origem. Esta transferência de potência entre canais devido ao processo FWM, resulta não só em perdas adicionais (atenuação) num canal específico, mas também em diafonia (não linear) que degrada o desempenho do sistema.

Conforme se mostra no gráfico da figura 2, a influência da mistura de quatro ondas pode ser desprezada se a separação efectiva entre canais for superior a 90 GHz.

Separação entre canais [G H z]

Eficiência FWM 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 L= 1 Km L= 5 Km L= 50 Km L= 250 Km

Figura 2. Eficiência FWM em função da separação entre canais para diferentes comprimentos de fibra SMF, com

α=0.2 dB/Km D=16 ps/(nm.Km) e λ=1535 nm.

4. RESULTADOS DE SIMULAÇÃO.

Na figura 3 encontra-se representado o diagrama de olho obtido com o método DST após transmissão através de 100Km. Com os parâmetros do laser

utlizados, obteve-se uma corrente de limiar (Ith) de

cerca de 11.3 mA e uma eficiência FM de cerca de 367 MHz/mA. O laser foi polarizado a 24 mA e o desvio de frequência no emissor laser foi de 7 GHz (modulação

FSK). A frequência de corte a 3-dB do fotodíodo PIN foi ajustada para 5.5 GHz.

A penalidade de potência total após transmissão via 100 Km de fibra foi de 4.2 dB, dos quais 1.6 dB são devidos à penalidade de modulação e os restantes à penalidade de dispersão. A penalidade de potência foi calculada a partir da abertura do diagrama de olho, conforme referido em [19].

Figura 3. Diagrama de olho normalizado à entrada do circuito de decisão após 100 Km de Fibra Monomodo Padrão (SMF) utilizando

a técnica DST, com D=16.2 ps/(nm.Km), λ=1532 nm.

Na simulação do sistema WDM com 2 ou 3 canais DST, o desempenho do sistema foi concentrado no canal 2. O comprimento de onda de emissão do laser 2

foi λ2=1532 nm e os comprimentos de onda dos lasers

1 e 3 foram tais que λ1=λ2-∆λ e λ3=λ2+∆λ, sendo ∆λ a separação entre λ2 e λ1 e entre λ2 e λ3 (separação entre canais). Na figura 4 enconta-se representada a estimativa normalizada do espectro de potência do sinal à saída do multiplexador óptico. Esta estimativa foi obtida utilizando o periodograma com uma janela rectangular. Na figura 5 encontra-se representada a estimativa normalizada do espectro de potência do sinal à saída do do filtro óptico e na figura 6 apresenta-se o diagrama de olho correspondente. Nas figuras 7 e 8 representa-se a penalidade de potência no canal 2 em função da largura da banda-passante a 3-dB (FWHM) do filtro óptico tendo-se utilizado um filtro de cavidade simples (Fig. 7) e um filtro com duas cavidades iguais (Fig. 8). O desempenho do filtro de cavidade dupla é superior ao do filtro de cavidade simples, no entanto o primeiro apresenta perdas adicionais uma vez que é necessário isolar as duas cavidades.

Frequência [G H z]

Espectro de potência norm

a [dB] -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 -160 -140 -120 -100-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120140 160

Figura 4. Estimativa do espectro de potência, à saída do multiplexador óptico para 3 canais com separação de 1 nm.

(5)

Frequência [G H z]

Espectro de potência norm

a [dB] -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 -160 -140 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100120 140 160

Figura 5. Estimativa do espectro de potência, à saída do filtro óptico. A largura da banda-passante (FWHM) do filtro óptico (de cavidade

dupla) foi de 60 GHz e a separação entre canais de 1 nm.

Figura 6. Diagrama de olho normalizado à entrada do circuito de decisão após transmissão de 3 canais através de 100 Km de Fibra Monomodo Padrão (SMF). A largura da banda-passante do filtro óptico (FWHM) foi de 60 GHz e a separação entre canais de 1 nm.

Repare-se que nos gráficos 4 e 5 os canais 1, 2 e 3 encontram-se representados por ordem decrescente na frequência (ordem crescente no comprimento de onda).

FW H M [G H z] Penalidade de potência no c [dB] 0 2 4 6 8 10 12 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 ch2 ch1+ ch2 ch2+ ch3 ch1+ ch2+ ch3

Figura 7. Penalidade de potência no canal 2 em função da largura da banda passante (FWHM) do filtro óptico de cavidade simples com

finura F=150, para 1 nm de separação entre canais. Neste gráfico, ch1, ch2 e ch3 representam os canais 1, 2 e 3.

FW H M [G H z] Penalidade de potência no c [dB] 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 ch2 ch1+ ch2 ch2+ ch3 ch1+ ch2+ ch3

Figura 8. Penalidade de potência no canal 2 em função da largura da banda passante (FWHM) do filtro óptico com duas cavidades com

finura F=150, para 1 nm de separação entre canais. Neste gráfico, ch1, ch2 e ch3 representam os canais 1, 2 e 3.

Separação entre canais [nm ]

Penalidade de potência no c [dB] 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 0,9 0,95 1 1,05 1,1 1,15 1,2 FW H M = 60 G H z FW H M = 80 G H z

Figura 9. Penalidade de potência no canal 2 em função da separação entre canais após transmissão de 3 canais (ch1, ch2 e ch3) através de

100 Km de fibra SMF, para duas frequências de corte a 3-dB (FWHM) do filtro de cavidade dupla com F=150.

Conforme se pode inferir a partir do gráfico da figura 9, é possível transmitir simultaneamente 3 canais separados de 0.8 nm com penalidade de diafonia inferior a 1 dB se a largura de banda do filtro óptico for 60 GHz. Esta penalidade de diafonia inclui também a penalidade devido à (estreita) largura de banda do filtro óptico. Se a largura de banda do filtro óptico for de 80 GHz a separação requerida entre canais para manter a penalidade de diafonia inferior a 1 dB é de cerca de 1nm.

5. CONCLUSÕES.

Utilizando um simulador de sistemas de comunicação ópticos, mostrou-se que com multicanalização no comprimento de onda é possível transmitir através de 100 Km de fibra óptica monomodo padrão (SMF) 3 canais DST a 10 Gbit/s por canal com uma penalidade de diafonia inferior a 1 dB se a separação entre eles for de cerca 1 nm. Além disso colocou-se em evidência o desempenho superior de filtros de cavidade dupla em relação aos de cavidade simples.

6. AGRADECIMENTOS.

Este trabalho teve o apoio do programa Ciência (JNICT).

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(6)

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