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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO - PROPPG

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REQUERIMENTO E ANEXOS PARA AFASTAMENTOS DE SERVIDORES DOCENTES DA UFERSA PARA QUALIFICAÇÃO EM INSTITUIÇÕES NACIONAIS OU ESTRANGEIRAS EM

NÍVEL ESTÁGIO PÓS-DOUTORAL. 1. PREENCHIDO PELO REQUERENTE

Nome (completo sem abreviaturas): VICENTE DE LIMA NETO

Identidade: 20086561728 Órgão Emissor: SSP UF: CE Data de Emissão: 30/10/2013 CPF: 005353983-44 Data de Nascimento 17/10/1984 Tel.:84 998461718

E-mail: vicente.neto@ufersa.edu.br Departamento/Setor: DLCH/ CMC Categoria Funcional: Professor do Magistério Superior, Adjunto III Tipo de Afastamento: Qualificação - Pós-doutoramento

Tempo de Serviço Averbado para Aposentadoria: Ano(s): 00 mês: 00 Início do Exercício no Cargo: 17/01/2014 (anexar Declaração do PRORH) 2. PREENCHIDO PELO REQUERENTE

Estágio: Pós-Doutoramento em Ciências da Linguagem (PPGCL/ UNICAP) Área de concentração: Ciências da Linguagem

Prazo previsto para realização do Estágio: Início: 16/12/2021 Término: 15/12/2022 Instituição de realização do Estágio: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Cidade: Recife Estado: PE País: Brasil

ANEXAR (Obrigatório) Conforme: RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de 25/06/2018. I. Lista de verificação própria disponibilizada pela PROPPG (Check-List); (Anexo I)

II – Justificativa de seu requerimento; (Anexo II)

III – Plano de Trabalho, contendo o projeto de pesquisa para o período da atividade de estágio

pós-doutoral; (Anexo III)

IV- Comprovante de aprovação no processo seletivo ou matrícula do candidato para realizar estágio

pós-doutoral, expedido pela instituição responsável, com indicação do: tempo de duração do estágio, do supervisor do estagio e das datas de início e término do estágio; (Anexo IV)

V- Plano Anual de Qualificação e Formação Docente (PQD) do Centro, comprovando a classificação do

docente; (Anexo V)

VI – Termo de Compromisso, devidamente preenchido e assinado com testemunhas; (Anexo VI) VII- Declaração da PROGEPE informando a situação funcional do interessado; (Anexo VII)

VIII- Termo de Compromisso dos docentes que assumirão os componentes curriculares do docente

afastado, durante o período de afastamento, restrito aos casos de indisponibilidade de vaga para contratação de professor substituto; (Anexo VIII)

IX - Parecer da chefia imediata (Departamento acadêmico de lotação do requerente); (Anexo IX) X - Parecer do Conselho do Centro ao qual o requerente faz parte. (Anexo X).

Obs. O afastamento para estágio pós-doutoral dar-se-á nos termos da legislação em vigor, devendo

a manifestação de intenção de afastamento ser protocolada em até 90 (noventa) dias antes do início

do afastamento. Conforme Art. 12. da RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de

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Data: 1/06/2021

(obrigatória)

_______________________________ Assinatura do requerente

(obrigatória)

Dúvidas? Leia a: RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de 25 de junho de 2018.

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(Anexo I)

Check-List – Afastamento para estágio pós-doutoral

(obrigatório)

Nome do solicitante: Vicente de Lima Neto

Local do Estagio (Universidade): Universidade Católica de Pernambuco X No País

 No exterior

Período de afastamento (inicial e final): 16/12/2021 a 15/12/2022

Documentos Anexados – Processo Inicial Número da página

(Preenchido pela PROPPG):

I. Formulário de requerimento do afastamento; II. Justificativa de seu requerimento; (Anexo II)

III. Plano de Trabalho, contendo o projeto de pesquisa para o período da atividade do estágio pós-doutoral; (Anexo III)

IV. Comprovante de aprovação no processo seletivo ou matrícula do candidato para realizar estágio pós-doutoral, expedido pela instituição responsável, com indicação do: tempo de duração do estágio, do supervisor do estagio e das datas de início e término do estágio; (Anexo IV)

V. Plano Anual de Qualificação e Formação Docente (PQD) do Centro, comprovando a classificação do docente; (Anexo V)

VI. Termo de Compromisso, devidamente preenchido e assinado com testemunhas; (Anexo VI)

VII. Declaração da PROGEPE informando a situação funcional do interessado;

(Anexo VII)

VIII. Documentação que formalize a substituição do(a) interessado: (Anexo VIII)

 Termo de Compromisso dos docentes que assumirão as disciplinas

 Utilização de vaga ou disponibilidade de professor substituto a ser contratado (a)

IX. Parecer da chefia imediata (Departamento acadêmico de lotação do requerente); (Anexo IX)

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(Anexo II)

JUSTIFICATIVA PARA O AFASTAMENTO

(Obrigatório)

Dúvidas: RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de 25 de junho de 2018.

Eu, Vicente de Lima Neto, matrícula SIAPE 2082771, solicito afastamento integral de minhas atividades para desenvolvimento de estágio pós-doutoral no Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem, na Universidade Católica de Pernambuco/ UNICAP, seguindo a Resolução CONSUNI/ UFERSA 003/2018 e o Plano Anual de Qualificação Docente 2021, vigente no campus Caraúbas.

Estando vinculado ao Departamento de Linguagens e Ciências Humanas (DLCH/CMC) e ao Programa de Pós-graduação em Ensino (UERN/ UFERSA/ IFRN), o afastamento se justifica por quatro aspectos: o primeiro está na qualificação docente, que contribui diretamente para a qualidade dos cursos do departamento ao qual sou vinculado; o segundo diz respeito aos enlaces institucionais oriundos do estágio pós-doutoral: é mais uma possibilidade de estreitar relações com outra universidade brasileira. O terceiro é o de consolidar parcerias entre o Programa de pós-graduação em Ensino (UFERSA/ UERN/ IFRN) e o Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem (PPGCL/ UNICAP), que conta positivamente para a avaliação do POSENSINO na avaliação feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Por fim, o plano de trabalho em anexo tem plena correlação com as pesquisas desenvolvidas pelo supervisor do pós-doutoramento, o que tende a gerar produtos importantes não apenas para os pesquisadores, seus orientandos e suas universidades, mas para a educação básica nacional, uma vez que todo esse grupo ajusta a lupa para a realidade da sala de aula brasileira.

Data: 1º de junho de 2021.

--- Assinatura do requerente

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(Anexo III)

(Obrigatório)

Plano de Trabalho Detalhado

Plano de Trabalho, contendo o projeto de pesquisa para o período da atividade de estágio pós-doutoral

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM

VICENTE DE LIMA NETO

Sobre gêneros, agrupamentos de gêneros e ensino de Língua Portuguesa

Projeto de Pós-doutoramento

Recife 2021

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SUMÁRIO 1. OBJETIVO ... 3 1.1 Tema ... 3 1.2 Delimitação do tema ... 3 1.3 Objetivos ... 3 1.3.1 Objetivo geral ... 3 1.3.2 Objetivos específicos ... 3 2. JUSTIFICATIVA ... 3 3. OBJETO ... 5 3.1 Problema ... 5 3.1.1 Questões de pesquisa ... 5 4. ENQUADRAMENTO TEÓRICO ... 5 5. METODOLOGIA ... 7 5.1 Caracterização da pesquisa ... 7

5.2 Processo de geração de dados ... 8

5.5 Procedimentos... ... 8

6 Plano de trabalho ...10

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1. OBJETIVO

1.1Tema:

Ensino de língua portuguesa.

1.2 Delimitação do tema

 Gêneros e ensino de língua portuguesa em pesquisas de Mestrado e Doutorado na área de Linguística no NE brasileiro.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

 Mapear os trabalhos acadêmicos defendidos em PPG de Linguística no NE sobre ensino de língua a partir de gêneros, considerando o enfoque em análises que considerem tanto gêneros independentes quanto diferentes tipos de agrupamentos genéricos.

1.3.2 Objetivos específicos

 Analisar dissertações e teses cujo foco sejam ensino de língua a partir de gêneros específicos;

 Analisar dissertações e teses cujo foco sejam ensino de língua à luz de agrupamentos genéricos.

2 Justificativa

Encaminhando-se para a terceira década do século XXI, o ensino de língua portuguesa à luz dos gêneros já é política de estado há mais de vinte anos (BRASIL, 1998), tendo sido corroborado ainda com a implementação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018). Este documento traz em seu bojo, na área de Língua Portuguesa, ecos de uma perspectiva interdisciplinar de trabalho na escola, dentre elas a Pedagogia dos Multiletramentos (CAZDEN et al, 1996), os Novos Letramentos (KNOBEL; LANKSHEAR

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2007), todos sedimentados numa perspectiva enunciativa da linguagem (VOLÓCHINOV, 2018), tendo, ao fim das contas, gêneros imersos em campos de atividade diversas como objeto de estudo.

É em torno desse discurso estatal que este projeto se fundamenta, buscando estabelecer (e estreitar) laços entre o que tem sido praticado na academia nordestina, nos últimos dez anos, e nas salas de aula de língua portuguesa. Embora a BNCC (BRASIL, 2018) ainda esteja, na prática, em fase de implementação no país, já se prevê o trabalho com a língua portuguesa tomando como base o texto e o gênero há décadas, o que parece entrar em conflito com os resultados de importantes avaliações destinadas à Educação Básica, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Entre outras questões, buscamos entender o que efetivamente tem sido feito na academia que envolve as pesquisas com gêneros e ensino de língua, além de atentar para o fato de que, no mundo real, os gêneros funcionam em conjunto, como fenômenos que organizam a vida e a sociedade, característica que deve(ria) ser considerada quando se propõe a ensiná-los na escola.

O objetivo da pesquisa, portanto, é o de mapear os trabalhos acadêmicos defendidos em

PPG de Linguística no NE sobre ensino de língua a partir de gêneros, considerando o enfoque em análises que considerem tanto gêneros independentes quanto diferentes tipos de agrupamentos genéricos. Como objetivos específicos, vamos analisar dissertações e teses cujo foco sejam ensino de língua a partir de gêneros específicos; e analisar dissertações e teses cujo foco sejam ensino de língua à luz de agrupamentos genéricos.

Trata-se, portanto, de um estudo panorâmico, com o intuito de mapear um determinado nicho na academia numa região específica. Trabalhos anteriores já se debruçaram a fazer semelhante proposta, com outros objetos. Para citar apenas alguns mais recentes, trago o trabalho de Gualberto e Santos (2019), que se debruçaram sobre a abordagem da Multimodalidade no contexto brasileiro, fazendo buscas nos dados do Google Acadêmico e da Coordenação para o Melhoramento do Pessoal de Educação Superior (CAPES); já Pimentel (2019), por exemplo, estudou a caracterização dos estudos de gênero em todo o Brasil, sem necessariamente se aprofundar nos laços com o ensino; Bezerra (2020) aponta caminhos para o estudo com gêneros no ensino de língua, mostrando exemplos de pesquisas oriundas do ProfLetras. Por fim, uma importante coletânea de textos organizado por Ataíde et al (2019) elenca um panorama das pesquisas em Linguística e Literatura nos últimos

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vinte anos na região Nordeste, gancho que aproveitamos para desenvolver este empreendimento.

Ajustamos a lupa para a realidade da região nordestina do Brasil pelos seguintes motivos: primeiro, é, historicamente, uma região marginalizada socialmente, com índices alarmantes na Educação Básica; segundo, é uma região profícua academicamente, que congrega importantes trabalhos acadêmicos sob diferentes abordagens de gêneros (PIMENTEL, 2020); terceiro, é um movimento político de incentivo à cultura acadêmica nordestina, que busca contribuir, de diferentes maneiras, para a ascensão social, crítica e participativa de seus cidadãos à luz da educação.

Espera-se, com isso, trazer à baila conclusões sobre o que efetivamente se propõe na academia sobre ensino de gênero(s) e como essa produção impacta as salas de aula de língua portuguesa na região Nordeste do país.

3. OBJETO

3.1 Problema

 Como estão organizados os trabalhos acadêmicos defendidos em PPG de Linguística no NE sobre ensino de gêneros e ensino de língua, considerando o enfoque em análises que considerem tanto gêneros independentes quanto diferentes tipos de agrupamentos genéricos?

3.2 Questões específicos

 De que tratam dissertações e teses cujo foco seja o de ensino de língua a partir de gêneros específicos?

 De que tratam dissertações e teses cujo foco sejam ensino de língua à luz de agrupamentos genéricos?

4 Enquadramento teórico

Os estudos sobre fenômenos linguísticos e, mais especificamente os gêneros discursivos, remontam à Grécia Antiga, ainda sob a égide do pensamento filosófico. Apenas

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no século XX, a língua tornou-se objeto de uma ciência, a Linguística. Trata-se, portanto, de um ramo científico relativamente novo, com um século de vida, embora hoje já se percebam grandes avanços no que diz respeito ao funcionamento das línguas e sua relação com as sociedades modernas.

Neste empreendimento teórico, assumimos uma perspectiva mais hermenêutica para estudar os gêneros: assumimos pressupostos enunciativos da linguagem (VOLÓCHINOV, 2018; BAKHTIN, 2016) atrelados aos estudos retóricos de gênero (MILLER, 2009; 2015; 2020; BAZERMAN, 2005).

Com Volóchinov (2018, p. 218), admitimos que

A realidade efetiva da linguagem não é o sistema abstrato de formas linguísticas nem o enunciado monológico isolado, tampouco o ato psicofisiológico de sua realização, mas o acontecimento social da interação discursiva que ocorre por meio de um ou de vários enunciados. Desse movo, a interação discursiva é a realidade fundamental da língua.

Assumimos, então, que os enunciados, como entidades concretas, são os elementos a partir dos quais a interação ocorre efetivamente. Isso porque não são dissociados da vida real, sempre complexa, híbrida, maleável, dinâmica, como se observa nas práticas de linguagem. Esses enunciados são estruturados a partir da situação e do meio social: “As camadas mais profundas da sua estrutura são determinadas por ligações sociais mais duradouras e essenciais, das quais o falante participa” (VOLÓCHINOV, 2018, p. 207). Isso significa que as situações recorrentes é que determinarão mais ou menos os padrões de um enunciado, o que Bakhtin (2016), mais tarde, chamou de gêneros do discurso. Esses gêneros circulam em

campos da atividade humana, sendo os falantes os responsáveis por sua circulação.

Essa visão também está resguardada nas tradições retóricas e sociológicas de gênero, que o entendem como uma ação retórica tipificada, baseada numa situação retórica recorrente (MILLER, 2009), por meio da qual os usuários percebam a relativa estabilidade. Gêneros, então, atrelam-se diretamente a manifestações culturais e cognitivas de ação social, questões que precisam ser consideradas nas análises. Gêneros são fenômenos de “reconhecimento psicossocial”, como definiu Bazerman (2005), deixando elementos materiais para segundo plano.

Nessa perspectiva, todo texto produzido numa situação específica corresponderá a convenções de um ou mais gêneros, ainda que este(s) nem esteja(m) nomeado(s). E, se os gêneros correspondem às respostas a práticas sociodiscursivas e essas práticas mudam, os

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gêneros também mudam. A necessidade que a sociedade vai tendo de diversificar a comunicação e os modos de interação faz com que se recorra a novas versões de gênero, levando a emergências de alguns e desaparecimento de outros.

Bhatia (2004) assegura que, no mundo real, os gêneros acabam por se relacionar de maneiras muito variadas com outros gêneros. E é natural, afinal, uma das maneiras de estudar a forma como as sociedades se organizam é analisar que gêneros são utilizados pelos sujeitos que constituem certas comunidades e certos campos de atividade humana. Autores variados (DEVITT, 1991, BAZERMAN, 2005; BHATIA, 2004, MARCUSCHI, 2000, BEZERRA, 2017; SWALES, 2004, ARAÚJO, 2021) se debruçaram sobre comunidades específicas e concluíram que, no discurso da vida, gêneros acabam por se vincular de diferentes formas. Araújo (2021) retoma os estudos de Bakhtin (2008), que, ao estudar um novo tipo de romance, o polifônico, na obra de Dostoiévsky, voltou-se para os gêneros da Grécia Antiga e chegou a um conjunto que denominou de campo do sério-cômico, constituído por gêneros como a sátira menipeia, diálogos socráticos, simpósios, memorialísticas, poesia bucólica, entre outros, todos diferentes entre si, mas que guardavam uma característica comum: a carnavalização.

Embora Bakhtin (2008) não tenha atribuído um nome a esse conjunto, trazemos o exemplo apenas para acentuar que essas experiências linguageiras são muito antigas, praticadas pela humanidade há mais de dois milênios. Não é de se surpreender que, com o avanço dos estudos da área, outras denominações tenham surgido. Conceitos como conjunto de gêneros (DEVITT, 1991), sistemas de gêneros (BAZERMAN, 2005), cadeias de gênero (FAIRCLOUGH, 2001; SWALES, 2004), redes (SWALES, 2004) colônia (BHATIA, 2004), constelação (MARCUSCHI, 2000; ARAÚJO, 2021) e famílias de gêneros (CIAPUSCO, 2009) são algumas nomenclaturas pensadas ao longo das últimas décadas para dar conta desses fenômenos da vida. Amparo-me também nessa pressuposição para buscar entender o porquê de essas relações serem tão pouco conhecidas nas salas de aula brasileiras. A hipótese que pretendo confirmar ou refutar, é que o trabalho com gêneros na escola passa distante do mundo real.

5 Material e métodos

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Quanto à abordagem, esta pesquisa se inscreve na perspectiva epistemológica da pesquisa quantiqualitativa: quantitativo, pois tomaremos um número de dados que serão representativos de uma população, no caso, pesquisadores de gêneros e ensino na região NE brasileira; qualitativa, pois será manifestada tanto pela categorização dos dados quanto por sua interpretação. Usarei, segundo Bauer, Gaskell e Allum (2003), números para explicar os dados que me chegarão.

Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa exploratória, pois tenho o intuito de ter maior familiaridade com a problemática (Gil, 2008) a partir da perspectiva de sujeitos que já se depararam com o fenômeno. O procedimento de pesquisa será bibliográfico, uma vez que vamos nos deter sobre o levantamento de referências – no caso, dissertações e teses defendidas – com o objetivo de “permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 2008, p. 50).

5.2 Processo de geração de dados

O corpus da pesquisa será constituído pelos títulos e resumos de dissertações e teses, defendidas no período de 2011 a 2021, nos programas de pós-graduação stricto sensu nordestinos da área de Linguística, cuja temática seja a relação entre gêneros e ensino de

língua(s).

Esse mapeamento será feito a partir do site da Plataforma Sucupira, por meio do qual será possível refinar a pesquisa para cursos de Mestrado e Doutorado em funcionamento na área de Linguística e Literatura1, tão logo se inicie o afastamento para o período pós-doutoral. Para chegar a esses trabalhos, acessarei as páginas de todos os programas de pós- graduação investigados e, de lá, extrairei os trabalhos que discutem a temática em questão, que foram produzidos nos últimos dez anos (2011-2021). A busca nesses sites, a priori, se dará por palavras-chave, como gêneros textuais; gêneros discursivos; escola; ensino de

língua portuguesa; agrupamento de gêneros e possíveis variantes. 5.3 Procedimentos

1 Linguística e Literatura é a grande área da CAPES, mas focalizaremos apenas em Linguística. A priori, busca-se trabalhar com dados apenas dos programas acadêmicos, deixando, para avaliação futura, junto à supervisão do pós-doutoramento, a inclusão dos dados de Mestrados Profissionais, como o PROFLETRAS, ou ainda de artigos em periódicos que tratam da questão, desde que estejam indexados a plataformas como Scielo e Scopus.

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Os procedimentos metodológicos são voltados para a operacionalização dos objetivos específicos da pesquisa. Após a composição do corpus, explicada no subitem anterior, debruço-me em como serão realizadas as análises para atender a cada um dos objetivos. Para o primeiro objetivo específico, que é analisar dissertações e teses cujo foco sejam ensino de

língua a partir de gêneros específicos; desenvolverei uma busca nas páginas dos programas

de pós-graduação selecionados, bem como nos buscadores, caso se estenda para publicação em periódicos, o que deverá nos levar a uma tabela com o grupo de informações desejadas. De cada um desses programas, será necessário fazer um estudo de proporção sobre a quantidade bruta de trabalhos defendidos e aqueles que discutem a temática por nós investigada. Somente assim será possível saber a nossa realidade e, com isso em mãos, conseguirei aventar suposições de trabalho sobre a efetiva influência que a academia tem na escola.

Para o segundo objetivo específico, que é analisar dissertações e teses cujo foco sejam

ensino de língua à luz de agrupamentos genéricos, proponho a mesma abordagem

metodológica, com o fim, agora, de ajustar a lupa para os trabalhos que considerem uma análise de agrupamentos genéricos e ensino. Como assumo que, na vida, os textos e os gêneros só funcionam numa espécie de rede, é esperado que esse pressuposto seja considerado num ensino de língua que se fundamenta numa filosofia da vida, como é o caso da perspectiva enunciativa da linguagem, que atravessa todo um discurso estatal, por meio de documentos norteadores da educação nacional.

O propósito é que nos sejam gerados dados importantes sobre o que efetivamente estamos fazendo na pesquisa nordestina que se dedica a estudar os gêneros e sua relação com o ensino. Além disso, também desejo correlacionar esses dados com a realidade da sala de aula, buscando, claro, apontar caminhos para o que poderá ser melhorado no ensino de língua, com o fim de que nossos alunos tenham maior participação social, assumindo uma postura mais crítica e responsabilidades cívicas conscientes nesta sociedade.

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6 Plano de trabalho Dados gerais

Vicente de Lima Neto – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

Financiamento: Não.

Curso: Ciências da Linguagem

Linha de Pesquisa: Processos de Organização Linguística e Identidade Social Nome do Supervisor: Dr. Benedito Gomes Bezerra

Nível: Pós-doutorado em Ciências da Linguagem

Período do Pós-doutorado: 16/DEZEMBRO de 2021 a 15/ DEZEMBRO de 2022 – 12 meses. 6.2 Atividades a serem desenvolvidas

1) Desenvolvimento da pesquisa ao longo de doze meses;

2) Disponibilidade para participação em curso de formação na UNICAP;

3) Disponibilidade para participação em atividades de ensino na pós, bem como em bancas examinadoras;

4) Desenvolvimento do relatório parcial; 5) Desenvolvimento do relatório final;

6) Participação em eventos da área, durante o primeiro e segundo semestres de 2022; 7) Publicação dos dados pertinentes ao projeto, em conjunto com o supervisor do

pós-doutorado, em revistas de alto impacto.

6.3 Cronograma

2021-2022

Descrição dos Itens Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov

01 Revisão da literatura e dos documentos norteadores da Educação no país

02 Coleta dos dados em sites dos programas de pós-graduação no NE

03 Análise-piloto

04 Produção do relatório final e apresentação à supervisão e à instituição

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06 Produção dos artigos com dados oriundos do projeto

07 Redação final do relatório e apresentação à supervisão e à instituição

08 Submissão dos resultados para periódicos de alto impacto, com vistas às publicações em 2023.

7 Referências

ARAÚJO, J. Constelação de gêneros: a construção de um conceito. São Paulo: Parábola Editorial, 2021.

ATAÍDE, C. et al. Cartografia GelNE: 20 anos de pesquisas em Linguística e Literatura – v. II. Campinas: Pontes Editores, 2019.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34, 2016.

BAUER, M.; GASKELL, G.; ALLUM, N. C. Qualidade, quantidade e interesses de conhecimento – evitando confusões. In: BAUER, M.; GASKELL, G. (Ed.). Pesquisa qualitativa

com texto, imagem e som: um manual prático. Trad. Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes,

2003, p. 17-30.

BAZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação. São Paulo: Cortez, 2005. BHATIA, V. Worlds of written discourse: a genre-based view. London: Continuum, 2004. BEZERRA, B. G. Gêneros no contexto brasileiro: questões [meta]teóricas e conceituais. São Paulo: Parábola Editorial, 2017.

______. Teorias de gênero e perspectivas para o ensino: breve panorama ilustrado. Revista da

ANPOLL, v. 51, p. 58-70, 2020.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Matemática. Brasília: MECSEF, 1998. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: História. Brasília: MECSEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

COPE, B; KALANTZIS, M. (2009). Multiliteracies: new literacies, new learning. Pedagogies: An international journal 4: 164-195.

GIL, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas.

GUALBERTO, C.; SANTOS, Z. B. Multimodalidade no contexto brasileiro: um estado da arte.

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17/30 KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. A new literacies sampler. New York: Peter Lang Publishing, 2007.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: o que são e como se constituem. Mimeo, 2000.

MILLER, C. Gênero como ação social. In Carolyn Miller. Estudos sobre gênero textual,

agência e tecnologia. Trad. e adaptação de Judith Chambliss Hoffnagel et al. Recife: EDUFPE,

2009, p. 21-44

______. Gêneros evoluem? Deveríamos dizer que sim? In: DIONÍSIO, A. P.; CAVALCANTI, L. P. Gêneros na linguística e na literatura: Charles Bazerman, 10 anos de incentivo à pesquisa no Brasil. Recife: Editora da UFPE e Pipa Comunicação, 2015, p. 23-62.

______. Exercising genres: a rejoinder to Anne Freadman. Canadian Journal for Studies in

Discourse and Writing/ Redactologie, v. 30, 2020.

NEW LONDON GROUP. (1996). A pedagogy of multiliteracies: designing social features.

Harvard Educational Review, v. 66, n. 1, Spring 1996.

PIMENTEL, R. 222 f. 2019. Diálogos, caracterização e contribuições dos estudos de gêneros em teses e dissertações no Brasil. Tese (Doutorado em Letras) – Programa de Pós-graduação em Letras, Universidade Federal de

Pernambuco, Recife, 2019.

SWALES, J. Research Genres: exploration and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

VOLOCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2018.

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(Anexo IV)

(Obrigatório)

Comprovante de aprovação no processo seletivo ou matrícula do candidato para realizar estágio pós-doutoral, expedido pela instituição responsável, com indicação do: tempo de duração do estágio, do supervisor do estagio e

das datas de início e término do estágio.

OBS. O docente que não dispuser, na data de abertura do processo, do documento referido neste anexo IV poderá substituir tal documento por comprovante de participação no processo seletivo aberto. Conforme o que esta no Art. 14. da RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de 25 de junho de 2018.

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(Anexo V)

(Obrigatório)

Plano Anual de Qualificação e Formação Docente (PQD) do Centro, comprovando a classificação do docente.

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(Anexo VI)

(Obrigatório)

TERMO DE DECLARAÇÃO E COMPROMISSO

EU, VICENTE DE LIMA NETO, portador do CPF nº 005.353.983-44, RG nº 20086561728, matrícula siape nº 2082771, devidamente autorizado(a) pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA para realizar o estágio pós-doutoral em Ciências da Linguagem, pelo presente e na melhor forma de direito, conforme a Lei nº 8.112/90, em seu Artigo 96-A, o Regimento Geral da UFERSA, em seu Artigo 338, e a RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de 25 de junho de 2018, assumo o compromisso formal de permanecer, obrigatoriamente a serviço da UFERSA, por tempo integral e com dedicação exclusiva por um prazo igual ao do afastamento, a contar da conclusão do referido estágio, sob pena de ressarcimento de todas as despesas, diretas ou indiretas em que a mesma tenha incorrido financiando aquele estágio, tais como: salários, gratificações, passagens, diárias, ajudas de custo, bolsa de complementação salarial, bolsa de estudos, custos de matrícula, mensalidades e anuidades, enfim, qualquer dispêndio feito pela União, através da sua administração direta ou indireta, centralizada ou descentralizada, com o fim de custeio do estágio pós-doutoral em epígrafe.

Declaro estar ciente das Normas e Regulamentos do estágio.

Fica eleito o foro da Justiça Federal, Seção Judiciária do Rio Grande do Norte para dirimir todas as questões porventura decorrentes deste instrumento.

Mossoró (RN), 1º de junho de 2021.

__________________________________________

(23)

23/30

(Anexo VII)

(Obrigatório)

Declaração da PROGEPE informando a situação funcional do interessado, confirmando que o requerente atende aos requisitos exigidos pelo artigo 5º

(24)
(25)
(26)
(27)

27/30

(Anexo VIII)

(Obrigatório)

Termo de Compromisso dos docentes que assumirão os componentes curriculares do docente afastado, durante o período de afastamento, restrito aos casos de

indisponibilidade de vaga para contratação de professor substituto.

(28)

28/30

PARECER DA CHEFIA IMEDIATA

(Departamento Acadêmico de lotação do requerente)

(Obrigatório)

Data: ___/___/____

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Assinatura do Chefe imediato Pode utilizar documento oficial do setor (Departamento) em que o solicitante

(29)

29/30

(Anexo X)

PARECER DO CONSELHO DO CENTRO AO QUAL O REQUERENTE FAZ PARTE

(Obrigatório)

Data: ___/___/____

_____________________________________________

Assinatura do presidente do Conselho de Centro Pode utilizar documento oficial do CONSELHO DO CENTRO em que o solicitante

(30)

30/30 INFORMAÇÕES IMPORTANTES

A solicitação inicial de afastamento deverá contemplar a totalidade do período pleiteado pelo docente.

Ao final do afastamento para estágio pós-doutoral, o docente deve apresentar à sua Unidade Acadêmica, declaração da efetiva realização do estágio.

A falta de qualquer um destes anexos irá indeferir seu pedido de afastamento. A solicitação de afastamento do docente deverá ser apreciada e aprovada, sucessivamente, nas seguintes instâncias:

I - Assembleia do Departamento Acadêmico de lotação do requerente; II - Conselho do Centro ao qual o requerente faz parte;

III - PROPPG; IV - PROGEPE;

V - Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD); VI - Conselho Superior competente.

Dúvidas? Laia a RESOLUÇÃO CONSUNI/UFERSA Nº 003/2018, de 25 de junho de 2018, publicada no site da PROPPG.

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