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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP

DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA –

PROCESSO – 0009254-53.2017.8.26.0114

PROCESSO PRINCIPAL – 1024370-87.2014.8.26.0114

ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO , brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB sob nº 116.164 e no CPF sob nº 059.109.808-31, portadora do RG. 17.375.853, residente e domiciliada nesta cidade de Campinas/SP, na rua João Batista Bertolucci, nº 20, em causa própria e representando ANTONIA CANDIDO DE MELO , brasileira, viúva, do lar, inscrita no CPF sob nº 017.010.678-03 e portadora do RG. 4.291.448, residente no mesmo endereço, ambas, também representadas pelo advogado signatário, vêm à presença de Vossa Excelência, opor

EMBARGOS DE TERCEIRO

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em face de ALGRAD ESQUADRIAS E FACHADAS ESPECIAIS LTDA ., inscrita no CNPJ sob nº 01.855.288/0001-49 e inscrição Estadual nº 720.008.740.115, sediada na rua Cel. José nunes dos Santos, 782, Portão 2, Jardim São Mateus, São Paulo – Capital, nos termos do artigo 674 e seguintes do Código de Processo Civil, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

1) DOS FATOS

Os presentes embargos são originários da Ação principal de Reparação de Danos Materiais e Morais, processo 1024370-87.2014.8.26.0114, ajuizada pela embargada ALGRAD ESQUADRIAS E FACHADAS ESPECIAIS LTDA., contra PKS SOLUTION CONSULTORIA TRIBUTÁRIA LTDA EPP, tendo sido julgada procedente, com trânsito em julgado da R. Sentença, ensejando o incidente de cumprimento provisório de sentença, nº 0009254-53.2017.8.26.0114, ambos tramitando perante essa mesma 1ª Vara Cível.

Não tendo a ora embargada, alcançado êxito na localização de bens de propriedade da executada PKS SOLUTION CONSULTORIA TRIBUTÁRIA LTDA EPP, nos autos de execução provisória, na mencionada Ação de Reparação de Danos, fora requerida a desconsideração da personalidade jurídica de seus sócios, instaurando-se o incidente para localização de bens em nomes dos mesmos, processo 0020534-84.2018.8.26.0114, conforme cópias dos autos anexa, doc. 3.

Dentre os bens indicados para arresto, pela ora embargada ALGRAD ESQUADRIAS E FACHADAS ESPECIAIS LTDA., está o imóvel localizado na Rua Iboti, 416, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, objeto da matrícula 11.182, do 3º Cartório de Registro de Imóveis de Campinas, cuja cópia da certidão segue anexa, doc. 5, como sendo de exclusiva propriedade do sócio EDVALDO APARECIDO DOS SANTOS.

Ocorre que, referido bem imóvel não pertence exclusivamente a ele, mas também as embargantes, na proporção de 1/3 (um terço) cada, conforme comprova o documento particular anexo, datado de 01/12/1998, doc. 6.

Tal documento fora firmado, em razão da relação existente, na época, entre EDVALDO APARECIDO DOS SANTOS e a embargante

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ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO e sua irmã, Andrea Candido Ribeiro de Melo, como se observa dos documentos anexos (contrato social e alterações contratuais da empresa Dominium Administração Condominial), doc. 7, sendo certo que dito imóvel fora adquirido pelas embargantes (filha e mãe respectivamente), em conjunto com Edvaldo, para exploração da atividade comercial. Importante salientar que, à época da formalização do documento, o imóvel encontrava-se financiado e as respectivas parcelas foram pagas com a participação de 1/3 de cada um de seus co-proprietários.

Além disso, a embargante ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO, encontra-se na posse do imóvel em questão, aguardando a definição da Execução movida por ELZO LUIZ FORTE contra

DOMINIUM ADMINISTRAÇÃO CONDOMINIAL, EDVALDO

APARECIDO DOS SANTOS e ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO, em curso perante a 3ª Vara Cível da Comarca de Campinas, processo 0016758-38.2002.8.26.0114, onde referido imóvel fora dado em garantia do instrumento particular de venda e compra de carteira imobiliária (doc. 8 anexo) e penhorado, em data de 23/07/2003, docs. 9 e 10, portanto muito antes da existência da demanda, que ensejou os presentes embargos, tudo conforme documentos que seguem em anexo.

Assim sendo, o arresto deferido nos autos do incidente de desconsideração de personalidade jurídica, já registrado na matrícula do imóvel, conforme comprovam os documentos anexos, não pode prevalecer, isso porque a propriedade de 2/3 não pertence ao sócio Edvaldo, mas sim às embargantes.

Ademais, se possível fosse a penhora, isso somente a título de argumentação, seria exclusivamente sobre 1/3 da propriedade, mas nem mesmo isso poderia ocorrer, haja vista que, em decorrência de relacionamento mantido entre Edvaldo e Adriana, o mesmo abriu mão de sua parte, deixando o imóvel em sua integralidade, para uso e gozo da embargante Adriana, até que solucionado fosse o processo de execução acima mencionado, portanto, vem sendo por ela ocupado desde então, residindo no local sua irmã Andrea Candido Ribeiro de Melo, juntamente com suas filhas, conforme comprova da conta da CPFL anexa, doc. 12.

No entanto, como se observa dos inclusos documentos, dito imóvel já se encontra penhorado nos autos da execução, em curso perante a 3ª Vara Cível dessa Comarca, isso em data muito anterior ao objeto da presente demanda, ou seja, em data de 23/07/2003,

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ocasião em que não havia a obrigatoriedade de tornar público o gravame, com o registro da penhora, mudança essa ocorrida somente com o advento da reforma do CPC, muito posterior à constrição efetivada.

Além disso, não adotou a embargada os necessários cuidados, quanto a pesquisa da existência de anterior penhora sobre o mesmo bem, o que poderia ter ocorrido mediante consulta processual, como o fez em relação ao veículo, conforme está na petição anexa, juntada nos autos do cumprimento de sentença, doc. 4.

2- DO DIREITO

Os Embargos de Terceiro são previstos para revisão de decisões judiciais que causem prejuízos a sujeito que não compõe a lide, conforme o caput do artigo 674 do Código de Processo Civil.

A presente medida fundamenta-se na ameaça de turbação ou esbulho da posse e propriedade do bem constrito, para satisfação de crédito de terceiros, que não das embargantes, que são estranhas à lide, não sendo responsáveis pelo pagamento do débito.

Como as Embargantes são proprietárias de 2/3 do bem penhorado, sem que tivessem sido chamadas ao processo e, frise-se, tendo firmado documento, em momento no qual o bem era livre de qualquer constrição, deve-se revogar a penhora judicial sobre esse imóvel.

O entendimento dominante jurisprudencial é justamente no sentido de que, independentemente de haver registro, a penhora sobre bem imóvel do adquirente de boa-fé deve ser desconstituída, senão vejamos:

“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO

ESPECIFICADO. EMBARGOS DE TERCEIRO. ESCRITURA DE COMPRA E VENDA NÃO REGISTRADA. PENHORA DESCONSTITUÍDA. BOA-FÉ DO ADQUIRENTE. VERBA SUCUMBENCIAL. ÔNUS DO EMBARGANTE. INÉRCIA EM EFETUAR O REGISTRO. Possível o ajuizamento dos embargos de terceiro para defender a posse, derivada de contrato de promessa de compra e venda, ainda que não registrado, conforme dispõe a Súmula nº 84 do STJ. Caracteriza a boa-fé dos embargantes, face a comprovação de que o imóvel penhorado foi objeto de escritura de compra e venda quase

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dois anos antes da penhora. Quanto aos ônus sucumbenciais, entendo que devem ser arcados pelos embargantes, ainda que com a procedência da demanda, eis que não providenciaram o registro da escritura de compra e venda do imóvel, dando causa à restrição e, por consequência, aos próprios embargos. Súmula 303 do STJ. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70065334013, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Guinther Spode, Julgado em 29/03/2016).

(TJ-RS - AC: 70065334013 RS, Relator: Guinther Spode, Data de Julgamento: 29/03/2016, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 31/03/2016)

Assim sendo, requer-se o reconhecimento da boa-fé das Requerentes e o levantamento do arresto, já convertido em penhora. 3- DA LEGITIMIDADE DAS PARTES

As embargantes não são parte das relações processuais que ensejaram o incidente de desconsideração de personalidade jurídica e culminaram pela penhora de imóvel, de que detém documentalmente 2/3 da propriedade, objeto da matrícula 11.182, do 3º Cartório de registro de imóveis, mas que de fato, detém a integralidade do bem, haja vista ter Edvaldo Aparecido do Santos, cedido sua cota parte à embargante Adriana, que se encontra na posse do bem desde o ano de 2003.

Assim sendo, estão elas, embargantes legitimadas a defender a propriedade e posse do imóvel em questão, consoante art. 674 do CPC, que assim preceitua:

“Art. 674 – Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.

Parágrafo 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário ou possuidor.”

Destarte, comprovado restou a legitimidade das embargantes para propositura dos presentes embargos.

E, relativamente a legitimidade do embargado, consoante disposto no artigo 677, parágrafo 4º, terá legitimidade passiva o sujeito a

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quem o ato de constrição aproveita, sendo certo que a indicação do bem foi feita pelo próprio embargado.

Portanto, legitimado o embargado a responder aos termos da presente.

4- DA CONCLUSÃO

Consoante demonstrado, as embargantes não tiveram qualquer participação nos processos mencionados, mas sofreram restrição judicial de arresto sobre o bem de sua propriedade.

Dessa forma, consoante estabelece o artigo 678, provado o domínio ou a posse, deverá ser determinada a suspensão das medidas constritivas, bem como, determinada a manutenção ou reintegração provisória da posse, se assim for requerido.

E mesmo não tendo havido o registro da transferência do bem, tratando-se, como é o caso, de aquisição de boa-fé, deve ser afastada qualquer constrição, conforme Súmula 84 do STF, abaixo transcrita:

“É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro”

No caso, o imóvel objeto da matrícula 11.182, do 3º Cartório de Registro de imóveis não foi transferido para as embargantes, pois aguarda desfecho final da execução que tramita perante a 3ª Vara Cível, onde o bem encontra-se penhorado.

Restou, no entanto, comprovado o exercício da propriedade de 2/3 e posse do imóvel em questão das embargantes, assim como a boa-fé, impondo-se, dessa feita, a desconstituição da penhora e seu levantamento.

5- DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer-se:

a) PRIMEIRAMENTE, A TUTELA ANTECIPADA, para que sejam as embargantes mantidas na posse no imóvel, expedindo-se, para tanto, mandado de manutenção na

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posse e propriedade do imóvel, assim como, procedido o cancelamento da restrição que indisponibilizou o imóvel junto ao 3º Cartório de Registro de Imóveis, requerendo, desde já, caso V.Sa. não entenda suficientemente comprovada a posse, a designação de audiência para oitiva de testemunhas que comprovem o alegado;

b) A citação da embargada, na pessoa de seus respectivos advogados, para, querendo, apresentar defesa no prazo de 15 dias;

c) Que sejam julgados procedentes os pedidos formulados nos presentes embargos, confirmando-se a tutela antecipada para manutenção das embargantes na posse, bem como cancelamento e levantamento do arresto, convertido em penhora, mediante envio de ofício ao Cartório imobiliário.

d) A condenação da embargada ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados por V.Exa.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admissíveis, especialmente o depoimento pessoal de representante legal da embargada, oitiva de testemunhas que serão oportunamente arroladas, juntada de novos documentos, necessários ao deslinde da questão, perícia e outras pertinentes, desde já requeridas.

Atribui-se à causa o valor de R$ 283.464,98 (Duzentos e oitenta e três mil quatrocentos e sessenta e quatro reais e noventa e oito centavos), que corresponde a 2/3 (dois terços) do valor venal do bem constrito, conforme certidão de valor venal anexa, doc. 11, nos moldes do artigo 292 do CPC.

Termos em que pede deferimento. Campinas, 07 de julho de 2020

ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO OAB/SP – 116.164

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FÁBIO ROBERTO RIBEIRO DE MELO OAB/SP – 413.414

ROL DE DOCUMENTOS 1. Procurações

2. Documentos pessoais das embargantes

3. Cópias do incidente de desconsideração da personalidade jurídica e demais peças integrantes do referido processo

4. Petição pleiteando a adjudicação do imóvel nos autos do cumprimento de sentença

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6. Cópia do documento particular firmado entre embargantes e o embargado Edvaldo Aparecido dos Santos, cedendo 2/3 da propriedade. 7. Cópias do contrato social e alterações da empresa Dominium Administração Condominial

8. Cópia da consulta ao processo de execução movido por Elzo Luiz Forte e documentos extraídos dos autos de referidos autos como: instrumento de venda e compra carteira imobiliária, certidão matrícula e comprovante de pagamento de parcela do financiamento do imóvel

9. Mandado de penhora lavrado nos autos do processo 0016758-38.2002.8.26.0114

10. Cópia do auto de penhora lavrado sobre o imóvel objeto da matrícula 11.182

11. Certidão de valor venal do imóvel objeto da matrícula 11.182 12. Conta CPFL em nome da irmã e filha das embargantes

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PROCURAÇÃO "AD JUDICIA"

ANTONIA CANDIDO DE MELO, brasileira, viúva, do lar, inscrita no CPF sob nº 017.010.678-03 e portadora do RG . 4.291.448, residente no

- · m e

mesmo endereço, pelo presente instrumento de procuraçao, nomeia constituem sua bastante procuradora ADRIANA CANDIDO RIBEIRO OE MELO, brasileira, solteira, inscrita na OAB/SP sob nº 116.164, com endereço na rua João Bastista Bertolucci, nº 20, Diistrito de Sousas, nesta cidade de Campinas/SP- CEP -13106-136, a quem confere amplos poderes para O foro em geral, com cláusula "ad judicia", em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e defende-las nas contrárias seguindo uma e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe(s), ainda, poderes especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, agindo em conjunto ou separadamente, podendo, ainda, substabelecer esta em outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso e especialmente para ingressar com EMBARGOS DE TERCEIRO contra Algrad Esquadrias e Fachadas Especiais Ltda.

Campinas, 07 de julho de 2020

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PROCURAÇÃO "AD JUDICIA"

ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO , brasileira, solteira, advogada inscri ta na OAB sob nº 116.164 e no CPF sob nº 059.109.808-31, portadora do RG. 17.375.853, residente e domiciliada nesta cidade de

Campína5/SP, na rua João Batista Bertolucci , nº 20, e ANTONIA

CANDIDO DE MELO, brasileira, viúva , do lar, inscrita no CPF sob nº

o17.o10.678-03 e portadora do RG. 4.291.448, residente no mesmo

_ endereço, pelo presente instrumento de procuração, nomeiam e conStituem

seu bastante procurador FABIO ROBERTO RIBEIRO DE MELO, brasileiro, casado, inscrito na OAB/SP sob nº 413.414, com escritório na rua Jose Rocha Bonfim, Bloco Sidney, sala 126, Praça Capital , bairro Santa Genebra, cidade

de Campinas/SP- CEP -13080-650, a quem confere amplos poderes para 0

foro em geral , com cláusula "ad judicia", em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e defende-las nas contrárias seguindo uma e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe(s), ainda, poderes especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, agindo em conjunto ou separadamente, podendo, ainda, substabeleceresta em outrem , com ou sem reseNas de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso e especialmente para ingressar com EMBARGOS DE TERCEIRO contra Algrad Esquadrias e Fachadas Especiais Ltda.

Campinas, 07 de julho de 2020

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DECLARA CÃO

Declaro, para que· surta seus devidos fins e dtreitos que

·113

do imóvel situado nesta cidade de Campinas, na rua Iboti, nº 416, Jardim Leonor, objeto da matrícula nº 11182, do 3º Cartório de Registro de Imóveis local, por mim adquirido de Jurandyr Canaes e Nadir Santin Canaes, através de financiamento com cédula hipotecária, junto ao Ssistema Financeiro (Citibank Crédito Imobiliário), contrato nº 010042061-4, pertence a mim, e 2/3 são de propriedade també~ de Adriana Candido Ribeiro de Melo, brasileira, solteira, advogada, portadora do RG. 17.375.853 e inscrita no CPF sob nº 059.109.808-31 e de Antonia Candido de Melo, brasileira, viúva, ;>0rtadora do RG. 4.291.448, na proporção de 1/3 cada uma delas, embora em

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escritura, financiamento' e matrícula conste somente meu

nome. J

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É certo, entretanto, que, em virtude , disso, referidas proprietárias, perante IÍlÍm, tem também a

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responsabilidade sobre 2/3 do débito parcelado, junto ao órgão financeiro detentor da hipoteca acima noticiada,_1 que está sendo quitada, mensalmente, por todos· os proprietários, aqui designados, na proporção de suas frações ideais, ou seja, 1/3 cada.

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(13)

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entre as partes que para caracterização da

falta de pagamento ou mora

qualquer dos co-proprietários, será necessário a notificação

prévia para

pagamento ou rescisção do ajuste finnado .

Por ser verdade, fümo a presente

declaração, com o "de acordo" das demais

e na presença de duas

testemunhas que também lançam suas assinaturas.

, · 'ê-ampinas, O 1 de dezembro de 1998

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Declarante - Edvaldo~ arecido dos Santos RG. 13.053.928

De acordo:

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COMARCA DE CAMPINAS FORO DE CAMPINAS 1ª VARA CÍVEL

Avenida Francisco Xavier de Arruda Camargo, 300, Salas 40/41 - Jardim Santana

CEP: 13088-901 - Campinas - SP

Telefone: (19) 2101-3312 - E-mail: campinas1cv@tjsp.jus.br

C O N C L U S Ã O

Aos 21 de outubro de 2020, faço estes autos conclusos ao MM. Juiz de Direito Titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Campinas, Dr. RENATO SIQUEIRA DE PRETTO. Eu, Renato Siqueira De Pretto, Juiz de Direito, subscrevi.

SENTENÇA

Processo nº: 1023117-54.2020.8.26.0114

Classe - Assunto Embargos de Terceiro Cível - Penhora / Depósito / Avaliação

Embargante: Adriana Candido Ribeiro de Melo e outro

Embargado: Algrad Esquadrias e Fachadas Especiais Ltda

Juiz(a) de Direito: Dr(a). RENATO SIQUEIRA DE PRETTO Autos nº 2020/001258.

VISTOS.

ADRIANA CANDIDO RIBEIRO DE MELO e ANTONIA CANDIDO DE MELO opuseram embargos de terceiro em face de ALGRAD ESQUADRIAS E FACHADAS ESPECIAIS LTDA, alegando, em síntese, que: o imóvel de matrícula nº 11.182 do 3º C.R.I. de

Campinas pertenceria ao executado Edvaldo e às embargantes na proporção de 1/3 para cada, pois adquirido em conjunto no ano de 1998 (fls. 47/48), embora esteja registrado exclusivamente em nome de Edvaldo; tal bem foi adquirido em condomínio para exploração de atividade empresarial; o bem está na posse da irmã da embargante, Andrea Candido Ribeiro de Melo, que reside no local com suas duas filhas; o imóvel já se encontra penhorado em processo em curso perante a 3ª Vara Cível local em 2003, havendo anterioridade de constrição. Requereram, enfim, o levantamento da penhora que recaiu sobre o bem.

Às fls. 83/84, ficou indeferido o levantamento da constrição, com fulcro no artigo 843 do Código de Processo Civil.

A embargada apresentou contestação às fls. 86/110, aduzindo, em suma: a inexistência de propriedade ou posse, sendo de rigor a extinção do feito sem julgamento de mérito; a ausência de efeitos em face de terceiros do documento indicado às fls. 47/48; por não se tratar de

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COMARCA DE CAMPINAS FORO DE CAMPINAS 1ª VARA CÍVEL

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haveria prova de que o executado cedeu o bem às embargantes; pelo princípio da causalidade, deverão as embargantes arcar com os ônus da sucumbência.

Houve réplica (fls. 127/137), seguida da juntada de documentos (fls. 138/236).

Às fls. 237, o julgamento foi convertido em diligência, determinando-se às embargantes a juntada de documentos, que foram acostados às fls. 244/465, oportunizada manifestação da parte embargada (fls. 468/493).

É o relatório. Fundamento e decido.

Ausentes questões processuais pendentes e dispensável a produção de novas provas (observado o comando do art. 443, inciso II, do Código de Processo Civil no que tange à comprovação de aquisição do bem), passo a conhecer diretamente do pedido, proferindo sentença.

Pois bem. A questão cinge-se à verificação da higidez da penhora levada a efeito sobre a integralidade do imóvel registrado em nome do executado, tendo em vista a afirmação das embargantes de que seriam proprietárias da fração ideal de 2/3 da coisa.

Analisando o tema, Humberto Theodoro Júnior afirma:

“(...) consiste, assim, a penhora no 'ato de expropriação do processo de execução, para individualizar a responsabilidade executória, mediante apreensão material, direta ou indireta, de bens constantes do patrimônio do devedor'” (Execução Direito Processual Civil ao Vivo, vol. 3, Aide Editora, 1991, p. 65/66).

E complementa:

“É o patrimônio do devedor (ou de alguém que tenha assumido responsabilidade pelo pagamento da dívida) que deve ser atingido pela penhora, nunca o de terceiro estranho à obrigação ou à responsabilidade” (op. cit., p. 68).

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Pois bem. À vista dos elementos coligidos ao feito, sobretudo o instrumento particular de fls. 47/48, irretorquível a boa-fé das embargantes na aquisição da fração de 2/3 da propriedade do imóvel em questão.

Ressalte-se que o documento de fls. 47/48, datado de dezembro de 1998, conta com reconhecimento de firma das embargantes em 02/09/1999 e em 12/011/1999, sendo estas consideradas, portanto, em relação a terceiros (como aqui a embargada) o ano em que o documento foi elaborado, porque dotado de fé pública. Do mesmo modo, houve reconhecimento de firma em relação ao executado Edvaldo em 02/09/1999 (fls. 48, parte final).

Nesse sentido, ainda que recomendável, fica dispensada a comprovação da contribuição das embargantes na aquisição do bem, tendo em vista que o processo de conhecimento no qual constituído o título executivo judicial que lastreia o cumprimento de sentença ao qual estes embargos foram distribuídos por dependência foi ajuizado tão somente no ano de 2014. Assim, mesmo que a transferência tenha sido graciosa das respectivas frações ideais, não poderia ser reconhecida a fraude à execução à míngua de subsunção a qualquer hipótese do art. 792 do Código de Processo Civil. Configurada, portanto, na hipótese, revela-se a boa-fé das embargantes na aquisição de parte do bem imóvel constrito.

Nada obstante, como destacado às fls. 83, possível é a alienação da integralidade do bem cuja fração ideal foi penhorada, reservando-se a quota parte pertencente aos coproprietários. Inteligência do art. 843 do Código de Processo Civil.

Derradeiramente, por ter contestado os presentes embargos, postulando a improcedência dos pedidos deduzidos na inicial com a consequente alienação do imóvel em referência, a despeito da prévia aquisição, conforme alhures observado, deve o embargado arcar com os ônus sucumbenciais. A propósito:

EMBARGOS DE TERCEIRO Sentença procedente Condenação dos embargantes nas verbas da sucumbência, pelo princípio da causalidade Recurso dos embargantes Benefício da gratuidade da justiça deferido No mérito, o embargado tomou ciência da transmissão do bem constrito, que não

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COMARCA DE CAMPINAS FORO DE CAMPINAS 1ª VARA CÍVEL

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pertencia mais aos executados, e mesmo assim ofereceu resistência aos embargos de terceiro apresentados, pugnando pela manutenção da constrição Aplicação da ressalva constante da tese consolidada no REsp 1452840/SP, julgado sob o rito dos recursos repetitivos Reforma da sentença para condenar o embargado ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios de 10% do valor atualizado da causa RECURSO PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1010781-21.2016.8.26.0223; Relator (a): Spencer Almeida Ferreira; Órgão Julgador: 38ª Câmara de Direito Privado; Foro de Guarujá - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 26/03/2019; Data de Registro: 26/03/2019).

Pelo exposto, com supedâneo no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos deduzidos na inicial, com o fito de determinar a retificação do termo de penhora relativo à constrição que recaiu sobre o imóvel objeto da matrícula de nº 11.182 do 3º C.R.I. local, passando a constar tão somente a constrição da fração ideal de 1/3 da propriedade do bem pertencente ao executado Edvaldo. Certifique-se no processo principal este desiderato.

Sucumbente, inclusive por força do teor da Súmula nº 303 do E. Superior Tribunal de Justiça, arcará o embargado com o pagamento das custas e despesas processuais, bem como com os honorários advocatícios do patrono da parte contrária, os quais fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa (CPC, art. 85, § 2º e Enunciado 6 da I Jornada de Direito Processual Civil CJF “A fixação dos honorários de sucumbência por apreciação equitativa só é cabível nas hipóteses previstas no § 8º do art. 85 do CPC”).

Publique-se, intime-se e cumpra-se. Campinas, 21 de outubro de 2020.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que inseri o despacho/decisão/sentença/ato ordinatório/nota de cartório acima mencionado na relação de publicação n. _________ em ____/____/_____. Eu, Renato Siqueira De Pretto, Juiz de Direito.

Referências

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