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FORTALEZA DE PENICHE: HISTÓRICO DOS PROJETOS DE INTERVENÇÃO

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FORTALEZA DE PENICHE:

HISTÓRICO DOS PROJETOS

DE INTERVENÇÃO

(2)

Processo de cedência da Fortaleza ao Município de Peniche

HISTÓRICO

04.10.1976: Criação pelo Decreto-lei 709-B/76 do Museu da República e da Resistência, a sedear na

Fortaleza de Peniche e com sede em Lisboa, equipamento que ficaria na dependência do Conselho de

Ministros.

18.05.1984: Inauguração do Museu de Peniche (mais tarde designado de Museu Municipal de

Peniche), ocupando parte das instalações da Fortaleza.

22.05.1984: “A Câmara Municipal deliberou também oficiar ao Senhor Presidente do Conselho de

Ministros insistindo para que a Fortaleza desta Vila, onde se encontra instalado o Museu, seja

formalmente entregue à administração desta autarquia.” (Ata de Reunião Camarária).

09.07.1991: Ofício da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, no seguimento de um

pedido de realização de obras de beneficiação, a informar que a Fortaleza de Peniche está afeta ao

Ministério da Justiça, referindo que as instalações estão ocupadas pela Câmara Municipal de Peniche.

Não é conhecida a existência de qualquer documento que formalize a cedência

deste imóvel, propriedade estatal, ao Município de Peniche.

(3)

Cadeia do Forte de Peniche

Os Espaços

Planta das estruturas da Prisão Política

(4)

Valências:

Sala de Receção

Sala das Belezas Naturais

Sala da Pré-História e da História mais Antiga

Sala dos Primórdios da Nacionalidade (Vila de Atouguia)

Sala do Sistema Defensivo

Sala das Embarcações e da Indústria

Sala dos Apetrechos Marítimos

Sala dos Naufrágios

Sala das Associações e Confrarias

Sala dos Usos e Costumes

Sala das Rendas

Sala da Conquiologia,

Sala da Flora, Fauna e Aves Marinhas

Sala do Concelho (área rural)

Galeria de Arte e dos Filhos Ilustres.

Nesse ano de 1983, cria-se uma “Comissão destinada ao estudo, criação e instalação de um Museu

Regional, em Peniche”; em consequência, apresenta-se, em 1984, o projeto de Regulamento Interno do

Museu de Peniche. O museu apresenta então várias subseções, entre as quais uma denominada

Resistência Antifascista.

CALADO, MARIANO (1983)

“Algumas sugestões para a implementação do Museu Regional de Peniche”

Legenda:

Soluções executadas à época;

(5)

Valências:

Receção / Vendas (Portaria?)

Salas de Exposição Permanente - Museu Municipal

(

Blocos

A

,

B

, C

e cozinhas

)

Sala de Exposições ou atividades temporárias (Salão Nobre e

Aquartelamento da GNR

)

Reconstituição: Cisterna, Capela, Parlatório, Baluarte Redondo,

Casamatas

Direção, Administração e Gestão do Museu (Aquartelamento da GNR)

Biblioteca (Edificação Nova, junto ao Bloco A / Cozinhas)

Anfiteatro (Pátio da Cisterna)

2 Auditórios (1. Aquartelamento da GNR / EMD

,

2. Área da Nova Biblioteca)

Cafetaria (Piso 0 - Bloco A – Pátio entre Blocos A e B, com extensão para Sul)

Reservas (Bloco A, B e C)

Laboratório (Bloco A)

Oficinas-estaleiros (Bloco B) (???)

Gabinetes de Trabalho (Bloco A e C)

Escola de

Rendas (Bloco C)

Salas para Cursos de Formação Profissional (Bloco C)

Escola de Dança / Bailado

(Bloco

C – Sala do Governado

r)

Ateliês de Cerâmica

e Artes Plásticas / Fotografia

(Aquartelamento da GNR - Cozinhas)

Beneficiação na edificação, tratamento paisagístico e sinalização.

RIBEIRO, R. & CARVALHO, J. K. (1988 – há projs de 1986 e 1988)

“Museu de Peniche. Ordenamento do Espaço do Forte / Projecto de Plano”

Conceito: Reutilização de espaços com reformulação arquitetónica

Legenda:

Soluções executadas à época;

Soluções nunca executadas;

Soluções executadas, ainda vigentes

Repartição em três terços:

1. Galerias de exposição permanente 2. Conservação e receção

(6)
(7)

Valências:

Receção (Portaria)

Museu Municipal

(

Blocos

B

e C)

Sala de Exposição – Pátio Coberto (pátio entre os Blocos B e C)

Área de Armazém

/ Laboratório-oficina de Conservação e Restauro

(blocos de apoio à cadeia)

Oficina de Atividades de Tempos Livres (blocos de apoio à cadeia)

Sala de Exposições Temporárias (Salão Nobre)

Aquário (Casamatas do Bloco C)

Anfiteatro (Pátio da Cisterna)

Pequeno Auditório (Cozinhas)

Escola de Renda de Bilros (Bloco C)

Estúdio de Bailado (Aquartelamento da GNR)

Sala de Música (Aquartelamento da GNR)

Oficina de Cerâmica (Cantina da GNR)

Bazar de Artesanato (Revelim)

Cafetaria

(Aquartelamento da GNR)

Restaurante (Aquartelamento da GNR)

Secretaria (Aquartelamento da GNR)

CALADO, M. (1991, revisto em 1992)

“Projeto de Aproveitamento de todo o espaço da Fortaleza de Peniche”

Conceito: Reutilização de espaços com reformulação arquitetónica

Legenda:

Soluções executadas à época;

Soluções nunca executadas;

(8)
(9)

Peniche dispõe de um volumoso, diversificado e raro património

histórico cultural, tanto móvel como imóvel.

O Plano Estratégico definiu como orientação que o património

devia ser encarado como um recurso para o desenvolvimento, um

recurso, aliás, transversal aos diversos eixos programáticos.

Por isso, referências a atuações no domínio do património surgem

ao longo dos 6 eixos de ação propostos no Plano.

Eixos de Ação da Magna Carta:

1. Economia do Mar

2. Oferta turística

3. Sustentabilidade Ambiental e Patrimonial

4. Qualificação urbana

5. Coesão sócio-territorial

6. Cooperação territorial

(10)

1. Economia do Mar

Valorizar o Mar como vector estruturante das actividades económicas

- A história e o património desempenham nesta valorização um papel

identificador e legitimador

2. Oferta turística

Valorizar, diferenciar e qualificar a oferta turística de Peniche

- Promover as criações próprias patrimoniais e artesanais de Peniche para

fixar correntes de turismo cultural que procuram o Oeste fora das épocas mais

propícias para o turismo de praia e mar

3. Sustentabilidade Ambiental e Patrimonial

Valorizar, recuperar e divulgar o património de Peniche

- Património histórico-militar de Peniche - reabilitação, recuperação,

promoção e divulgação da rede/sistema defensivo do litoral do concelho de Peniche

(Fortaleza de Peniche, Forte de Nossa Senhora da Conceição e Forte de São João

Baptista)

- Carta arqueológica do concelho – para superfície terrestre e fundos

marinhos

(11)

4. Qualificação urbana

Fosso da muralha

- Recuperação e valorização do fosso da muralha e zona envolvente

Área histórica urbana

- Promover o levantamento e a criação de uma base de dados cartográficos

das áreas históricas da cidade

- Criar um gabinete de acompanhamento das áreas históricas

- Estimular o urbanismo reconstrutivo e de reabilitação

5. Coesão sócio-territorial

Promover os produtos locais e o património cultural local

- Plano de acção para o Desenvolvimento do Artesanato (de cujas tipologias

fazem parte a Renda de Bilros e produções oriundas do património histórico-cultural

e artístico de Peniche

- Estudo sistemático do património-histórico cultural do concelho

- Plano de gestão e divulgação do património histórico-cultural de Peniche

6. Cooperação territorial

(12)

Composta pelos seguintes núcleos:

Núcleo Sede (Museu de Identidade , M. de Síntese)

Museu da Fortaleza de Peniche (Museu de Sítio)

Museu de Atouguia da Baleia (Museu de Identidade, M. de Região)

Museu de Serra d’el Rei (Museu de Identidade)

Centro Interpretativo da Gamboa (Museu de Identidade)

Centro Interpretativo do Forte de S. João Baptista – Arq. Berlengas

Centro Interpretativo do Forte de N.ª Sr.ª da Consolação

Fornos Romanos do Morraçal da Ajuda – Extensão museológica

(13)

Testemunhará a história desta importante fortificação

da linha defensiva costeira, que marcou profundamente a

história de Peniche no contexto regional, nacional e

internacional.

Museu de Sítio,

de Monumento

Será conferido um particular relevo

ao

Núcleo

Museológico

da

Resistência,

um

espaço

de

memória

e

homenagem

aos

combatentes pela Liberdade que o

Regime autoritário condenou e

perseguiu.

(14)

Testemunhará a história desta importante fortificação.

Com possibilidade de visita aos diversos locais importantes

nesta diacronia, tais como:

o Baluarte Redondo/Segredo,

as Casamatas, a Capela de S. Bárbara,

(15)

Valências:

Museu Municipal (Bloco C)

Salas Multiusos (Salão Nobre; Sala das Cordas; Sala do Governador)

Espaços visitáveis (Parlatório, Parada; Baluarte Redondo; Capela de

Santa Bárbara)

Área administrativa e de trabalho (Aquartelamento da GNR)

Área de reserva e de tratamento de peças (Aquartelamento da

GNR)

Estúdio Municipal de Dança (Aquartelamento da GNR)

Atelier Local de Artes (Bloco B, r/c)

Blocos A e B (1º e 2º andar) e Blocos de apoio à cadeia (cozinhas,

oficinas, lavandaria, cela de isolamento, etc…) estão devolutos.

(16)

O Histórico do Processo

1977 (21 de julho) – Noticia-se pela primeira vez a intenção da ENATUR em adaptar a Fortaleza a hotel.

1999 (8 de julho) – O Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Vítor Neto, de visita a Peniche, informa da intenção por parte da ENATUR em avançar para a construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche.

2000 – O Presidente do Conselho de Administração das Pousadas de Portugal, Dr. Eduardo Ambar, e o Arquitecto Siza Vieira visitam a Fortaleza de Peniche.

2002 (12 de julho) - Assinatura de Protocolo de Acordo entre a DG Património, Município de Peniche e ENATUR. 2002 (26 de julho) - O Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Pedro Almeida, de visita a Peniche informa que o projeto de arquitetura da pousada foi adjudicado ao Arquiteto Siza Vieira, devendo a mesma estar concluída em 2005. A CMP procede ao levantamento planimétrico do imóvel que fornece ao projetista.

2005 (23 de junho) - O Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Bernardo Trindade, de visita a Peniche informa que o processo de construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche se encontra em fase de análise por força da privatização de parte da ENATUR.

2008 (24 de setembro) - O Turismo de Portugal e a ENATUR, assinam um aditamento ao contrato de exploração com o objetivo de proceder à construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche.

(17)

2002 (12 de julho)

-Assinatura de Protocolo

de Acordo entre a DGP,

o Município de Peniche

e a ENATUR.

(18)

Artigo do jornal “Público”, de 16 de outubro de 2008, na qual é apresentada

uma maquete do projeto de pousada delineado pelo Arq. Siza Vieira.

(19)

2008/2009 – Rede Museológica do Concelho de Peniche – “Programa de Utilização da Fortaleza de Peniche”, com compatibilização dos espaços e áreas para concessão e para preservação e valorização da memória.

2010 (23 de maio) – Ciclo de Conferências do Forte: “Memória: Resistência e Arquitectura”, moderado pelo jornalista Carlos Magno, com o Prof. Doutor António Borges Coelho e o Arq.º Álvaro Siza Vieira.

2011 (23 de março) - Aprovação na Reunião de Câmara do Estudo Preliminar produzido por David Sinclair & Associados, Arquitectos Lda.

2011 (21 de junho) - Apresentação pública do projeto de utilização e estudos arquitetónicos na V Convenção "Sou de Peniche" sob o título "Uma Pousada na Fortaleza… Estudo Preliminar“.

(20)

Espaços de

Utilização

Proposta de trabalho: uma redistribuição do espaço da Fortaleza, tendo em conta a implantação de uma Pousada. A área interior da Fortaleza (sem contar com o fosso) é

superior a 20.000 m2. A área

a ocupar exclusivamente pela Pousada poderá corresponder

aproximadamente a 30% deste espaço, não incluindo espaços de utilização comum.

(21)

Estudo Prévio – David Sinclair & Associados, Arquitectos Lda.– 2010

Documento apresentado em reunião camarária de 22 de março de 2011.

(22)
(23)
(24)

2016 (23 de agosto) – Reunião da Câmara Municipal de Peniche com a Secretária de Estado do Turismo onde foi comunicada a intenção da integração - concessão parcial - da Fortaleza no Programa REVIVE.

2016 (28 de setembro) – É anunciada a listagem de imóveis a integrar o Programa REVIVE, na qual consta a Fortaleza de Peniche.

2016 (10 de novembro) – Fortaleza é retirada da lista de 30 sítios a concessionar, de acordo com intervenção do Ministro da Cultura na Assembleia da República no âmbito do debate do Orçamento de Estado para 2017.

O Histórico do Processo

2016 (11 novembro) – O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português realiza proposta de aditamento ao Orçamento do Estado para 2017 - Plano de intervenção na Fortaleza de Peniche (Artigo 109º-A) -, que é aprovada.

(25)

“Durante o ano de 2017, o Governo

elabora e concretiza um plano

intervenção urgente na Fortaleza de

Peniche, que detenha a degradação do

complexo da Fortaleza,

nomeadamente, das muralhas e dos

edifícios da antiga prisão política de

alta segurança.”

(…)

“Considerando a importância histórica

do Forte de Peniche na resistência e

luta contra o fascismo, pela liberdade e

a democracia em Portugal e tendo em

conta a grave degradação de vários

elementos do complexo,

nomeadamente das muralhas e dos

edifícios da antiga prisão política de

alta segurança ali instalada pelo

regime fascista, o PCP apresenta esta

proposta de aditamento ao Orçamento

do Estado, no sentido de que, durante

o ano de 2017, o Governo proceda a

uma intervenção urgente para

preservação do Forte.”

(26)

O Histórico do Processo

2016 (dezembro) / 2017:

- Levantamento do estado de conservação daquele Monumento por equipa técnica da

Direção Geral de Património Cultural, com entrega de Relatório de inspeção e diagnóstico,

até final de janeiro de 2017.

- Proposta de criação de grupo de trabalho alargado com vista à procura de uma solução

de futuro para a Fortaleza de Peniche, que garanta a recuperação patrimonial do

monumento, lhe dê uma função consentânea com a sua história, incluindo a sua história

recente, e com a necessidade de garantir viabilidade financeira. As conclusões do grupo

de trabalho serão tornadas públicas a 25 de abril de 2017.

(27)

Na sequência de investigação promovida em 2013, numa colaboração com a URAP,

com vista ao levantamento dos presos políticos da Fortaleza de Peniche,

é debatido em Câmara Municipal e posteriormente apresentado junto da

(28)

FORTALEZA DE PENICHE:

HISTÓRICO DOS PROJETOS

DE INTERVENÇÃO

Referências

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