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Proposta da Administração da Terra Santa Agro Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 27 de abril de 2018

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Proposta da Administração

Assembleia Geral Ordinária de

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ÍNDICE

1 – MATÉRIAS A SEREM DELIBERADAS EM ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ... 3

2 - ANEXO I: COMENTÁRIO DOS DIRETORES ... 6

3 - ANEXO II: DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO ...59

4 - ANEXO III: ELEIÇÃO DE MEMBROS PARA CONSELHO FISCAL E DE ADMINISTRAÇÃO ...64

5 - ANEXO IV: INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES ...91

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1 – MATÉRIAS A SEREM DELIBERADAS EM ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

(a) Apreciação, discussão e votação das contas dos Administradores, as Demonstrações Financeiras, o Relatório da Administração, bem como tomar conhecimento do parecer do Conselho Fiscal e do Relatório dos Auditores Independentes relativos ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2017;

O Parecer do Conselho Fiscal, o Relatório da Administração, o relatório dos Auditores Independentes e as Demonstrações Financeiras e as Notas Explicativas foram enviados aos órgãos reguladores e divulgados no site de Relações com Investidores da Companhia (www.terrasantaagro.com/ri) em 27 de março de 2017.

Os comentários dos diretores sobre a situação financeira da Companhia, exigidos pelo item 10 do Formulário de Referência, conforme a Instrução nº 480, de 07/12/2009, conforme alterada, da Comissão de Valores Mobiliários (“Instrução CVM 480”), constam do Anexo I à presente Proposta.

(b) Deliberar sobre a destinação do resultado do exercício social encerrado em 31/12/2017 e destinação de dividendos, se houver;

O Exercício Social de 2017 apresentou lucro líquido de R$ 7,4 milhões, no entanto, como a Companhia possui prejuízo acumulado, esse valor será usado para abater saldo existente. As informações sobre a destinação do lucro líquido exigidas pelo Anexo 9-1-II da Instrução CVM nº 481, de 17/12/2009 (“Instrução CVM 481”), constam do Anexo II à presente Proposta.

(c) Apreciação e aprovação da proposta da administração para composição do Conselho de Administração da Companhia;

A atual administração indica os nomes abaixo para compor o Conselho de Administração, com prazo de mandato que se encerrará na Assembleia Geral Ordinária de 2020.

Destaca-se que, conforme declarações fornecidas pelos candidatos, e de acordo com a manifestação do seu Conselho de Administração constante da ata da reunião realizada em 28 de março de 2018, os membros abaixo classificados como independentes, enquadram-se nos critérios de independência previstos no regulamento do Novo Mercado, segmento no qual as ações emitidas pela Companhia são negociadas.

A votação dos candidatos acima propostos será feita por chapa única a ser eleita pelo voto majoritário.

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Nome Cargo

Silvio Tini de Araújo Membro

Renato Carvalho Do Nascimento Membro Carlos Augusto Reis de Athayde Fernandes Membro

Arlindo de Azevedo Moura Membro

Julio Cesar de Toledo Piza Neto Membro Independente Emilio Humberto Carazzai Sobrinho Membro Independente

As informações sobre os membros do Conselho de Administração exigidas pelos itens 12.5 a 12.10 do Formulário de Referência previsto pela Instrução CVM 480, constam do Anexo III à presente Proposta.

(d) Definir sobre a instalação do Conselho Fiscal;

Nos termos do artigo 27 do nosso Estatuto Social, o Conselho Fiscal da Companhia não é permanente e só funcionará nos exercícios sociais em que for instalado, a pedido dos acionistas, na forma da lei.

Neste sentido, a Administração da Companhia, visando a cumprir critérios de transparência e governança, recomenda a instalação do Conselho Fiscal pelos acionistas.

(e) Eleger os membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal, uma vez aprovada sua instalação;

Caso seja realizado pedido pelos acionistas de instalação do Conselho Fiscal, nos termos do item (d) acima, PROPOMOS a eleição/reeleição dos membros abaixo elencados para compor o Conselho Fiscal, para mandato que se encerrará na Assembleia Geral Ordinária de 2019:

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CONSELHEIROS FISCAIS

Abaixo encontram-se nomes dos candidatos recebidos pela Companhia.

Efetivo Suplente

Tereza Cristina Grossi Togni Dóris Beatriz França Wilhel Marcos Reinaldo Severino Peters Marcelo Adilson Tavarone Torresi

Marcel Cecchi Vieira Mário Peixoto Netto

As informações sobre os membros do Conselho de Fiscal exigidas pelos itens 12.5 a 12.10 do Formulário de Referência previsto pela Instrução CVM 480, constam do Anexo III à presente Proposta.

(f) Fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores da Companhia.

A Administração propõe os honorários anuais e globais dos membros da Administração (Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria) para o exercício de 2018 no valor de até R$ 6.720.000,00 (seis milhões e setecentos e vinte mil). Tal valor se refere ao período compreendido entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2018.

É importante destacar que os valores de remuneração dos administradores estão alinhados à remuneração praticada no mercado, conforme verificamos por meio de pesquisas realizadas por consultoria externa especializada e à estratégia de remuneração da Companhia, de forma a manter a sua competitividade em atrair e reter os seus Administradores-chave.

Comparativamente aos valores aprovados na Assembleia Geral Ordinária de 2017 (R$ 6.500.000,0), o valor efetivamente realizado de R$ 6.421.944,5, em linha com os valores aprovados.

Comparativamente aos valores propostos na Assembleia Geral Ordinária de 2017 (R$ 6.500.000,0), o valor proposto para exercício social de 2018 é 3,4% superior, de forma a acomodar o plano de remuneração variável do diretores e a inflação nos últimos 12 meses.

Vale dizer que o período coberto pelas propostas de remuneração são equivalentes aos períodos cobertos pelo Formulário de Referência (exercício social).

As informações sobre a remuneração dos administradores exigidas pelo item 13 do Formulário de Referência previsto pela Instrução CVM 480, constam do Anexo IV à presente Proposta

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2 - ANEXO I: COMENTÁRIO DOS DIRETORES

(Item 10 do Formulário de Referência)

10.1– Diretores devem:

a) Condições financeiras e patrimoniais gerais

Na safra 2016/2017, a produção brasileira de grãos bateu recorde. Foram colhidos 237,7 milhões de toneladas, 27,4% acima do ciclo anterior. O bom desenvolvimento da safra ocorreu em praticamente todas as 15 culturas anuais, entre elas a soja, milho e algodão. O ciclo foi de recuperação, após um ano muito afetado pelo clima.

Na Terra Santa Agro, os resultados alcançados não foram diferentes, conforme abaixo:

Soja: a Companhia encerrou a colheita da soja com produtividade média final de 3.602 kg/ha (60,0 scs/ha), 6,7% acima da meta inicial da Companhia e 10,0% acima da média prevista para o estado do Mato Grosso (considerando média do estado conforme divulgada no 6º Levantamento da Safra da CONAB, em março de 2018).

Algodão (2ª safra): a colheita foi encerrada com uma produtividade média de 4.014 kg/ha (267,6 @/ha), valor ligeiramente acima da meta inicial da Companhia. Vale destacar, o rendimento obtido nesta safra para a pluma de algodão, que passou de 40,4% na safra 2015/16 para 41,1% na safra 2016/17, beneficiando a produtividade da pluma, que alcançou 1.660 kg/ha (110,7@/ha), 2,7% acima da meta inicial de 1.617 kg/ha (107,8@/ha). Milho (2ª safra): a colheita foi encerrada com uma produtividade média de 6.912 kg/ha (115,2 scs/ha), valor 2,9% inferior à meta de 7.122 kg/ha (118,7 scs/ha).

Como reflexo do bom desempenho operacional registrado na safra 2016/17, a Companhia encerrou o ano com resultados positivos, tendo apresentado no 4T17 e 2017 lucro líquido de R$ 27,0 milhões e R$ 7,4 milhões, respectivamente, contra um prejuízo de R$ 4,5 milhões e R$ 152,4 milhões no 4T16 e 2016. Além disso, registrou um EBITDA Ajustado de R$ 26,5 milhões e R$ 68,8 milhões no 4T17 e 2017, respectivamente, contra um EBITDA de R$ 0,6 milhão e EBITDA de R$ 52,7 milhões, respectivamente, em iguais períodos do ano anterior.

No que diz respeito à geração de caixa operacional, vale observar que no 4T17, este valor foi de R$ 22,1 milhões, contra a geração de caixa operacional de R$ 14,2 milhões no 4T16. Quando analisamos os número acumulados no ano, a geração de caixa operacional foi de R$ 14,4 milhões, contra R$ 69,1 milhões em 2016. Vale ressaltar que, a geração de caixa de 2017 foi impactada pela postergação negociada com fornecedores da safra 2015/16 no montante de R$ 63,7 milhões, cujo pagamento se deu no 1º trimestre de 2017, bem como pelo cumprimento de todas as obrigações

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7 bancárias (juros) para o ano. Caso não houvesse a postergação de pagamentos de fornecedores citada, a geração de caixa da Companhia seria de R$ 78,1 milhões em 2017.

Não podemos deixar de mencionar que a safra 2017/18, que impactará os resultados financeiros de 2018, está muito bem encaminhada. A colheita da soja foi finalizada e, apesar da seca no início do período de plantio, atingimos uma produtividade média e 3.534 kg/ha (58,9 scs/ha), 1,9% acima da meta inicial da Companhia e 9,0 % acima da média prevista para o estado do Mato Grosso (considerando média do estado conforme divulgada no 6º Levantamento da Safra da Conab, em março de 2018). Vale ressaltar que, por conta do período de seca no início do plantio, 13,9 mil hectares de soja sofreram impacto. Após análises de rentabilidade, a Companhia optou por adotar as seguintes ações: (i) replantio de soja e plantio do milho de 2ª safra, (ii) replantio com algodão de 1ª safra e (iii) seguir com cultura, mesmo com baixas produtividades e plantio de algodão de 2ª safra. Se desconsiderássemos essas áreas, a produtividade da soja seria de 3.693 kg/ha (61,5 scs/ha).

O plantio de algodão de 2ª safra foi concluído dentro da janela ideal e apresenta bom desenvolvimento. O plantio de milho foi concluído com 95% da área inicialmente planejada devido ao término do período agronomicamente adequado.

Além disso, é importante enfatizar o avanço na comercialização da safra 2017/18, onde temos fixado 96%, 76% e 74% da safra de soja, milho e algodão respectivamente, a preços em dólares dentro do orçamento da Companhia.

Por fim, a Administração está otimista com a safra 2017/18 e tem certeza que a mesma também será uma safra de conquistas para Terra Santa Agro e seus acionistas.

Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia e suas controladas apresentaram um capital circulante líquido negativo de R$ 119,5 milhões e R$ 51,9 milhões, na controladora e consolidado, respectivamente, substancialmente representado pelos passivos bancários exigíveis nos próximos 12 meses e, na controladora, por operações de mútuos junto as controladas Maeda S.A. Agroindustrial e Vanguarda do Brasil S.A..

A Companhia possui contratos de mútuo no montante de R$ 45,3 milhões junto as suas controladas, nas quais as partes concedem entre si um crédito de R$ 120,0 milhões e tais transações foram efetuadas com prazos de vencimento variáveis e renováveis, atualizados com base em 100% do CDI. Os recursos captados são originários da comercialização de produtos agrícolas feitas pelas controladas.

Uma parcela importante dos passivos bancários da Companhia corresponde à dívida de custeio, constituída para financiar a safra, e liquidada com recursos da própria safra. Essa modalidade tem substancial representação no custeio de safra da Companhia e tem sido liquidada com recursos da safra seguinte. Considerando o êxito já obtido em renegociações com fornecedores e bancos nos últimos anos, a Administração espera que a parcela referente ao custeio, que inclui capital de giro, venha a ser integralmente renovada, conforme prática característica do setor.

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8 A Companhia mantem o monitoramento contínuo de seu fluxo de caixa operacional, buscando alternativas para a captação de novos recursos que são necessários para o financiamento de suas operações nos próximos 12 meses, o que leva a Administração a ter plena confiança na capacidade da Companhia em operacionalizar seus planos para o financiamento de suas operações e manutenção de sua continuidade operacional. Caso a Administração, por algum motivo não esperado, não concretize com êxito esses planos e em havendo a possibilidade de default, terá que renegociar com seus principais credores novos prazos e condições que possam ser cumpridos levando em consideração o potencial de geração de caixa operacional da Companhia. Importante destacar que a Companhia possui patrimônio suficiente, principalmente representado por terras agrícolas, os quais possuem valor de mercado, equivalente a R$ 1,3 bilhão, conforme avaliação efetuada por consultoria externa realizada em outubro/2017, valor este consideravelmente superior ao valor contábil, para fazer frente às suas obrigações financeiras e operacionais.

Indicadores financeiros da Companhia dos últimos 3 anos são assim apresentados:

Os indicadores financeiros da Companhia indicam situação financeira equilibrada entre ativos e passivos.

O índice de liquidez geral, que compara ativos circulantes e não circulantes com os passivos circulantes e não circulantes, mostra melhora no ano de 2017 quando comparado à 2016. Para 2017, para cada R$ 1,00 que a Companhia deve, possui R$ 0,68 em ativos totais. Contudo, é importante destacar que as margens das culturas já plantadas ou a plantar não estão reconhecidas no ativo, por questões de normativa contábil. Significa dizer que todo o passivo decorrente da produção já está reconhecido no balanço, mas parte significativa da mais valia da produção agrícola ainda não está reconhecida.

O índice de liquidez corrente, que compara ativos circulantes com os passivos circulantes, mostra piora no indicador no ano de 2015, em função da quebra de covenants, bem como pela desvalorização cambial, em aproximadamente 47% no ano de 2015, que faz com que o endividamento da Companhia aumente. Para 2016 e 2017, esse indicador apresentou expressiva melhora, onde para cada R$ 1,00 que a Companhia deve no curto prazo, possui R$ 0,95 e R$ 0,91, respectivamente, em ativos totais de curto prazo. Esse fato se deve à conclusão da renegociação das dívidas bancárias da Companhia concluída em novembro de

Índices Financeiros

2015

2016

2017

Índice liquidez geral (1) 0,686 0,625 0,682

Índice de liquidez corrente (2) 0,508 0,957 0,909

Índice de solvência geral (3) 1,744 1,869 1,806

Índice de endividamento (4) 0,574 0,535 0,554

(1) Liquidez Geral = (AC + ANC) / (PC + PNC) (2) Liquidez Corrente = (AC / PC)

(3) Solvência Geral = AT / (PC + PNC) (4) Endividamento Total = (PC + PNC) / AT

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9 2016, e que resultou no alongamento de parte das dívidas bancárias reclassificando do passivo circulante para o passivo de longo prazo. Além disso, conforme mencionado no parágrafo anterior, parte significativa da mais valia das culturas plantadas e a serem plantadas ainda não está reconhecida no ativo, e caso estivesse, este índice apresentaria valor superior a 1,00.

O índice de solvência geral, que compara os ativos totais com os passivos circulantes e não circulantes, mostra sensível piora para o ano de 2015 e melhora para 2016 e 2017. Especificamente para o ano de 2017, esse indicador é impactado pelo lado do ativo, pelo menor estoque de passagem de produtos agrícolas e pela menor área de plantio para a próxima safra, com consequente impacto na linha de ativos biológicos, e pelo lado do passivo, pela apreciação do Real frente ao Dólar, que impactou positivamente a linha de empréstimos e financiamentos. Nesse indicador, em 2017, para cada R$ 1,00 que a Companhia deve, possui R$ 1,81 em ativos totais.

O índice de endividamento, que compara os passivos circulantes e não circulantes em relação aos ativos totais, mostra sensível piora no ano de 2017. Nesse indicador, em 2017, para cada R$ 1,00 que a Companhia possui de ativos totais, deve R$ 0,55 a terceiros. O custo médio do capital de terceiros terminou o ano de 2017 em 7,46% ao ano.

b) estrutura de capital

Atualmente a Companhia possui uma estrutura de capital dividida em 44,7% de capital próprio e 55,3% de capital de terceiros. O custo médio do capital de terceiros terminou o ano de 2017 em 7,50% a.a..

I. hipóteses de resgate

Não existe hipótese de resgate de ações e/ou quotas

II. fórmula de cálculo do valor de resgate

Não aplicável, visto que não existe hipótese de resgate de ações e/ou quotas

c) capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

Uma parcela importante dos passivos bancários da Companhia corresponde à dívida de custeio, constituída para financiar a safra, e liquidada com recursos da própria safra. Essa modalidade tem substancial representação no custeio de safra da Companhia e tem sido liquidada com recursos da safra seguinte. Considerando o êxito já obtido em renegociações com fornecedores e bancos nos últimos anos, a Administração espera que a parcela referente ao custeio, que

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10 inclui capital de giro, venha a ser integralmente renovada, conforme prática característica do setor.

A Companhia mantem o monitoramento contínuo de seu fluxo de caixa operacional, buscando alternativas para a captação de novos recursos que são necessários para o financiamento de suas operações nos próximos 12 meses, o que leva a Administração a ter plena confiança na capacidade da Companhia em operacionalizar seus planos para o financiamento de suas operações e manutenção de sua continuidade operacional.

Caso a Administração, por algum motivo não esperado, não concretize com êxito esses planos e em havendo a possibilidade de default, terá que renegociar com seus principais credores novos prazos e condições que possam ser cumpridos levando em consideração o potencial de geração de caixa operacional da Companhia. Importante destacar que a Companhia possui patrimônio suficiente, principalmente representado por terras agrícolas, os quais possuem valor de mercado, equivalente a R$ 1,3 bilhão, conforme avaliação efetuada por consultoria externa realizada em outubro/2017, valor este consideravelmente superior ao valor contábil, para fazer frente às suas obrigações financeiras e operacionais.

d) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes utilizadas

A Companhia financia seu capital de giro através de linhas bancárias (ACC/ACE, PPE, CCBs de curto prazo e crédito rural) e também, eventualmente, através de linhas de crédito concedidas por seus fornecedores e operações de barter. Para seu ativo imobilizado (máquinas agrícolas), utiliza linhas do BNDES, linhas de importação de máquinas e implementos e leasing.

e) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Com a concentração de suas atividades na área agrícola, a empresa planeja captar recursos vinculados ao prazo de colheita da cultura (prazo safra), tendo como garantia, quando necessário, contratos de venda de safra futura (algodão e soja principalmente). Essas operações estarão casadas com o prazo da safra, no caso das culturas agrícolas, cujo prazo varia de 5 a 8 meses. Para os investimentos em ativos não circulantes, estimados para 2017, a Companhia planeja utilizar uma parte de recursos próprios e o restante financiar através de linhas disponíveis no BNDES e linhas de financiamento externo, visto que a parte mais significativa desse investimento são destinadas a aquisição de máquinas agrícolas para a cultura de algodão, que podem ser financiadas através dessas modalidades.

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f) níveis de endividamento e as características de tais dívidas:

Conforme demonstrações financeiras divulgadas, o saldo de empréstimos da Companhia é de R$ R$ 791,7 milhões, sendo R$ R$ 230,1 no curto prazo e R$ R$ 561,6 no longo prazo.

i.

contratos de empréstimo e financiamento relevantes A posição de endividamento da Companhia é descrito na planilha abaixo:

ii.

outras relações de longo prazo com instituições financeiras

Em 31/12/2017 não existem outras relações de longo prazo com as instituições financeiras, além das descritas nos parágrafos anteriores.

iii.

grau de subordinação entre as dívidas

Não existe subordinação entre as dívidas contratadas.

iv.

eventuais restrições impostas ao emissor, em especial, em relação a limites de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de controle societário

Como forma de monitoramento da situação financeira da Companhia e suas controladas pelos credores envolvidos em contratos financeiros são utilizados covenants financeiros em alguns dos contratos de dívida. A Companhia realiza o acompanhamento sobre o atendimento a tais cláusulas, e no exercício findo em 31

Modalidade Indexador 2017 2016 2017 2016 2017 2016

Moeda Nacional

Crédito Rural e Custeio R$ 11,63% a.a. 17,04% a.a. 35.729 14.789 38.145 14.789 Aquisição de Imobilizado (BNDES Finame e FCO) R$ 3,94% a.a. 3,86% a.a. 20.468 32.088 20.468 32.088

Conta garantida R$ - 13,63% a.a. 1.849 1.849

Aquisição de Imobilizado (Arrendamento M ercantil) R$ 14,28% a.a. 14,28% a.a. 682 1.278 682 1.278 Crédito à Exportação Indireta (CCB, CCE e NCE) R$ 12,56% a.a. 18,21% a.a. 8.255 11.355 8.255 11.355 Custeio de Projeto (BNDES PCA) R$ 3,50% a.a. 3,50% a.a. 673 1.293 673 1.293 9,38% a.a. 10,06% a.a. 65.807 62.652 68.223 62.652

Moeda Estrangeira

Crédito à Exportação (PPE) US$ 7,28% a.a. 7,10% a.a. 638.386 559.731 638.386 559.731 Crédito à Exportação (ACC) US$ 7,75% a.a. 7,07% a.a. 78.630 71.069 78.630 71.069 Aquisição de Imobilizado (Finimp e Res. 2770) US$ + Libor 6 6,84% a.a. 6,32% a.a. 6.457 11.699 6.457 11.699 Crédito à Exportação Indireta (CCB, CCE e NCE) US$ - 6,75% a.a. - 46.019 - 46.019 7,33% a.a. 7,06% a.a. 723.473 688.518 723.473 688.518

Total 7,50% a.a. 7,31% a.a. 789.280 751.170 791.696 751.170

Circulante 227.673 131.897 230.089 131.897

Não Circulante 561.607 619.273 561.607 619.273

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12 de dezembro de 2017, os covenants dos empréstimos junto aos bancos Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil não foram atendidos mas foram obtidas cartas de waiver até o encerramento do exercício.

Os contratos celebrados no âmbito da renegociação, em especial junto ao Banco do Brasil S.A., Itaú Unibanco S.A. e Bradesco S.A., possuem covenants financeiros padronizados, notadamente um limite para relação de 5,0 vezes Dívida x EBITDA Ajustado (3,5 vezes Dívida x EBITDA Ajustado para o contrato do Santander) e cujo índice neste exercício foi de 11,85, e além da obrigatoriedade de manutenção da participação societária dos principais acionistas.

No âmbito dos contratos de reestruturação da dívida, a Companhia possui um incentivo a liquidação antecipada da dívida assumida junto aos bancos Itaú Unibanco S.A. e Bradesco S.A.

Esse incentivo foi realizado através da criação de um fee letter (despesa) crescente previsto nos contratos pela ausência de liquidação antecipada do contrato, ou seja, esse valor inicia em saldo zerado e cresce gradativamente até 2022 quando atinge o montante de US$ 15.537 mil.

g) limites dos financiamentos contratados e percentuais já utilizados

No atual cenário, não existem limites de linhas de créditos contratados, sendo que as operações de crédito são discutidas caso a caso.

h) alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras consolidadas referentes aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015 foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

As tabelas abaixo apresentam informações financeiras selecionadas dos três últimos exercícios sociais da Companhia (encerrados em 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015). Com o objetivo de proporcionar o melhor entendimento do nosso desempenho, estão sendo apresentadas, na visão da diretoria, somente as principais contas e/ou contas com variações relevantes.

(13)

13 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

COMPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADA DOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 2016 e 2015

Receita Operacional Líquida: A Receita Operacional Líquida é resultado da Receita Bruta de

Vendas e das deduções incidentes sobre ela.

Em 2015, a Receita Líquida da Companhia totalizou R$ 788,5 milhões, valor 8,2% inferior ante o ano anterior, em decorrência, substancial, da realização negativa da variação cambial alocada no patrimônio líquido no montante de R$ 164,1 milhões. Houve aumento da receita líquida de venda de produtos agrícolas em R$ 81,3 milhões, substancialmente representados pelo resultado de um faturamento superior do algodão (pluma e caroço) e milho de R$ 35,4 milhões e R$ 42,9 milhões, consequência direta do recorde de produtividade registrada nessas duas culturas e da desvalorização do real frente ao dólar.

Em 2016, tivemos o impacto negativo de R$ 54,3 milhões na Receita Líquida referente à realização de parte da variação cambial alocada no patrimônio líquido, a qual deve sempre ser efetivada no momento da realização do objeto da proteção, que no nosso caso é a comercialização das commodities atreladas ao dólar. Já Receita Líquida da Companhia, excluindo os efeitos do hedge accounting, totalizou R$ 765,3 milhões, valor 19,7% inferior ao ano de 2015, em decorrência, principalmente, da redução da receita líquida de venda e revenda de produtos agrícolas em R$ 187,2 milhões.

Já em 2017, a receita líquida dos produtos vendidos, excluindo os efeitos do hedge accounting, apresentou desempenho 11,3% inferior em comparação a 2016 como reflexo direto (i) da apreciação do real frente ao dólar ao longo do ano e (ii) redução de 9,3% na área plantada da safra 2016/17 em comparação a safra 2015/16, compensada tanto pelas produtividades elevadas de soja milho e algodão quanto por preços em dólares superiores aos obtidos na safra 2015/16. Por fim, o impacto negativo do hedge accounting, foi de R$ 21,4 milhões a qual deve sempre ser efetivada no momento da realização do objeto da proteção, que no nosso caso é a comercialização das commodities atreladas ao dólar.

2015 AV 2015 AH 2015/2014 2016 AV 2016 AH 2016/2015 2017 AV 2016 AH 2017/2016

RECEITA BRUTA DE VENDAS 985.839 125,0% 11,2% 798.218 112,3% -19,0% 712.382 108,3% -10,8%

(-) Deduções de vendas (33.313) -4,2% 116,7% (32.893) -4,6% -1,3% (33.222) -5,1% 1,0%

(-) Hedge accounting (164.062) -20,8% 1274,3% (54.314) -7,6% -66,9% (21.367) -3,2% -60,7%

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 788.464 100,0% -8,2% 711.011 100,0% -9,8% 657.793 100,0% -7,5%

(+/-)Variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas 77.960 9,9% n.m. 109.020 15,3% 39,8% 138.522 21,1% 27,1% (-) Realização do valor justo dos ativos biológicos (39.353) -5,0% -175,4% (124.691) -17,5% 216,9% (91.195) -13,9% -26,9% (-) Custo dos Produtos Vendidos (841.201) -106,7% 0,5% (716.263) -100,7% -14,9% (590.449) -89,8% -17,6%

RESULTADO BRUTO (14.130) -1,8% -616,8% (20.923) -2,9% 48,1% 114.671 17,4% -648,1% (+/-) RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (122.177) -15,5% 44,7% (114.859) -16,2% -6,0% (66.280) -10,1% -42,3%

Despesas com vendas (24.944) -3,2% 6,0% (24.716) -3,5% -0,9% (16.584) -2,5% -32,9%

Despesas gerais e administrativas (54.854) -7,0% -1,7% (48.845) -6,9% -11,0% (50.376) -7,7% 3,1% Honorários da administração (6.542) -0,8% -5,1% (5.396) -0,8% -17,5% (7.544) -1,1% 39,8% Outras receitas (despesas), líquidas (35.837) -4,5% n.m. (35.902) -5,0% 0,2% 8.224 1,3% -122,9%

RESULTADO OPERACIONAL (136.307) -17,3% 66,9% (135.782) -19,1% -0,4% 48.391 7,4% -135,6% (+/-) RESULTADO FINANCEIRO (126.831) -16,1% 88,7% (34.825) -4,9% -72,5% (90.439) -13,7% 159,7%

Receitas financeiras 39.921 5,1% 24,9% 31.060 4,4% -22,2% 50.961 7,7% 64,1%

Despesas financeiras (95.787) -12,1% 12,3% (117.087) -16,5% 22,2% (142.148) -21,6% 21,4%

Derivativos, líquidos (7.909) -1,0% 35,3% (4.968) -0,7% -37,2% (2.355) -0,4% -52,6%

Variações cambiais, líquidas (63.056) -8,0% 684,5% 56.170 7,9% -189,1% 3.103 0,5% -94,5%

RESULTADO ANTES DO IR e CS (263.138) -33,4% 76,7% (170.607) -24,0% -35,2% (42.048) -6,4% -75,4%

Imposto sobre a renda e contribuição social (Corrente) (359) 0,0% -65,6% (6) 0,0% -98,3% - 0,0% -100,0% Imposto sobre a renda e contribuição social (Diferido) 59.293 7,5% -20,4% 18.258 2,6% -69,2% 49.398 7,5% 170,6%

(14)

14

Variação do Valor Justo dos Ativos Biológicos e Produto Agrícola: Com a adoção do CPC 29, os

ativos biológicos da Companhia e das suas controladas passaram a ser reconhecidos por seu valor justo, ao invés do custo histórico conforme prática contábil vigente até 2007.

Os preços considerados no cálculo do ativo biológico não correspondem aos preços já fixados pela Companhia, pois, conforme Pronunciamento Técnico – CPC 29, o ativo biológico deve ser mensurado pelo valor de mercado, sem considerar os valores já contratados para venda futura. Já no caso da avaliação dos produtos agrícolas, o Pronunciamento Técnico – CPC 16 determina que a mensuração seja feita pelo valor líquido realizável, ou seja, considerando os volumes vendidos ao preço de venda e o saldo restante a preço de mercado.

Em 2015, a avaliação do ativo biológico foi positiva em R$ 83,8 milhões, resultado da culturas de soja e algodão que apresentaram marcações positivas de R$ 34,1 milhões e R$ 60,6 milhões em 2015. Já em relação a avaliação dos produtos agrícolas foi negativa em R$ 5,8 milhões, representado quase na integralidade pela avaliação negativa dos estoques de algodão, no valor de R$ 11,3 milhões, consequência da desvalorização de 11% no preço da commodity em dólar e desvalorização de 2% na taxa de câmbio.

Em 2016, a avaliação do ativo biológico reconhecida na receita foi positiva em R$ 118,4 milhões, em comparação com a marcação positiva de R$ 83,8 milhões verificada em 2015, resultado, principalmente, das marcações positivas de R$ 39,1 milhões, R$ 44,6 milhões e R$ 34,7 milhões das culturas de soja, milho e algodão. A avaliação dos produtos agrícolas, por outro lado, foi negativa em R$ 9,4 milhões, decorrente da diferença entre o preço de mercado da commodity no momento da colheita e o seu preço de venda.

Em 2017, a avaliação do ativo biológico foi positiva em R$ 133,9 milhões quando comparado a 2016, principalmente pela (i) marcação positiva da soja de R$ 103,3 milhões contra a marcação positiva de R$ 39,1 milhões e (ii) pela marcação positiva de algodão de R$ 64,2 milhões contra uma marcação positiva de R$ 34,7 milhões em 2016. Já a avaliação dos produtos agrícolas foi positiva em R$ 4,6 milhões, em comparação com a marcação negativa de R$ 9,4 milhões em 2016.

Custo dos Produtos Vendidos: Essa linha é formada pelos custos de produtos/mercadorias

vendidos e realização do valor justo dos ativos biológicos.

Em 2015, o custo dos produtos vendidos foi influenciado pelo valor negativo da realização do valor justo dos ativos biológicos, no montante de R$ 39,4 milhões negativo, consequência da realização do objeto da proteção, que no nosso caso é a comercialização das commodities atreladas ao dólar. O CPV dos produtos, por sua vez, apresentou aumento de 0,5%, passando de R$ 836,8 milhões em 2014 para R$ 841,2 milhões em 2015, diante do maior faturamento do milho em 2015 quando comparado ao ano de 2014.

Em 2016, o custo dos produtos vendidos foi influenciado pelo valor negativo da realização do valor justo dos ativos biológicos, que passou de um valor negativo de R$ 39,3 milhões em 2015 para R$ 124,7 milhões negativos em 2016. A realização negativa do ativo biológico significa que a sua marcação, no momento da colheita da cultura, foi positiva na receita líquida. O CPV dos

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15 Produtos, por sua vez, apresentou queda de 14,9%, passando de R$ 841,2 milhões em 2015 para R$ 716,3 milhões em 2016, diante do menor faturamento das culturas no ano de 2016, bem como pelo custo mais alto dos insumos em função do dólar médio de entrada no estoque (R$ 2,38 na safra 2014/15 e R$ 3,57 na safra 2015/16).

Em 2017, o CPV apresentou queda de 17,6%, equivalente a R$ 125,8 milhões, influenciado por: (i) redução de área plantada na safra 2016/17 em comparação com a safra 2015/16; (ii) menor dólar médio do custo de insumos na safra 2016/17, no valor de R$ 3,24 quando comparado do dólar médio dos insumos da safra 2015/16, de R$ 3,61 e (ii) menor volume de operações de revenda de produtos. Já a realização do valor justo dos ativos biológicos, passou de um valor negativo de R$ 124,7 milhões em 2016 para R$ 91,2 milhões negativos em 2017.

Resultado Bruto: O resultado Bruto é impactado diretamente pela Receita líquida de vendas,

Custo dos Produtos Vendidos e da marcações e realizações do valor Justo dos Ativos Biológicos. Em 2015, o resultado bruto da Companhia foi negativo em R$ 14,1 milhões, com margem bruta negativa de 1,8%, como reflexo, substancialmente impactado pela realização da variação cambial alocada no patrimônio líquido. Excluindo os efeitos do hedge accounting, o resultado da venda dos produtos (receita líquida de produtos – CPV produtos) em 2015 foi positivo em R$ 111,3 milhões, ante um resultado de R$ 34,3 milhões verificado em 2014. Já as avaliações das linhas de ativo biológico (receita e custo) e produto agrícola totalizaram R$ 38,6 milhões neste exercício. Ressaltamos que tivemos um impacto negativo de R$ 164,1 milhões de variação cambial de operações designadas no hedge accounting, decorrente principalmente da variação cambial entre a data de designação do instrumento de proteção e a data de pagamento/realização do objeto da proteção (receita atrelada ao dólar).

Em 2016, o resultado bruto da Companhia foi negativo em R$ 20,9 milhões, principalmente, pelo pior resultado das culturas de soja, milho e algodão, que na safra 2015/16 sofreram com preços mais baixos, custos mais altos e com os efeitos do fenômeno El Niño, que afetaram de forma relevante as nossas produtividades e o lucro bruto, por consequência. Adicionalmente, houve um impacto negativo de R$ 54,3 milhões de variação cambial de operações designadas no hedge accounting, decorrente principalmente da variação cambial entre a data de designação do instrumento de proteção e a data de pagamento/realização do objeto da proteção (receita atrelada ao dólar).

Se analisarmos o resultado da venda dos produtos (receita líquida de produtos – CPV produtos) em 2016, verificamos que o mesmo foi positivo em R$ 49,1 milhões, ante um resultado de R$ 111,3 milhões verificado em 2015.

As avaliações das linhas de ativo biológico (receita e custo) e produto agrícola totalizaram R$ 15,7 milhões negativos em 2016. Em 2015, a avaliação dessas contas foi positiva em R$ 38,6 milhões, ou seja, apresentou uma variação comparativa negativa de R$ 54,2 milhões em 2016.

Em 2017, o lucro bruto da Companhia totalizou R$ 114,7 milhões, com margem bruta de 14,4%. O resultado bruto positivo registrado no ano de 2017 é reflexo das boas margens obtidas pelas culturas, onde a combinação de boas produtividades, preços de venda em dólares em linha ou

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16 acima do orçamento e otimização de custos, contribuiriam para a melhoria do lucro bruto, apesar da apreciação do real frente ao dólar ao longo de 2017.

Receitas/Despesas Operacionais

Gerais e Administrativas e com Vendas: As despesas gerais, administrativas e com vendas são

compostas pelos gastos gerados com a área administrativa da Companhia, bem como todos os gastos envolvidos na área corporativa da Companhia (pessoal, aluguel, viagens, consultorias, etc.) e despesas com vendas de algodão, onde são alocadas nesta rubrica despesas com fretes, comissões e de natureza portuária.

Em 2015, a Companhia registrou despesas operacionais de R$ 122,2 milhões. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 46,7 milhões, uma redução de R$ 4,4 milhões em relação ao ano de 2014, influenciado em grande parte pelas queda nas despesas com pessoal, diante da redução de 10% do QLP corporativo. As despesas com armazenagem totalizaram R$ 14,6 milhões, valor 23,1% superior ao mesmo período do ano anterior, motivado, principalmente, pelo aumento do custo da energia elétrica no período e também pelo maior volume de milho processado no período. Por fim, as despesas com vendas totalizaram R$ 24,9 milhões em 2015, valor 6,0% superior aos R$ 23,5 milhões registrado em 2014, resultado do maior volume de algodão em pluma faturado no ano.

Em 2016, a Companhia registrou despesas operacionais de R$ 114,9 milhões ante R$ 122,2 milhões em 2015, uma redução de 6%, impactada, principalmente, pela linha de despesas gerais e administrativas, que apresentou, em 2016, um valor de R$ 38,3 milhões contra R$ 46,8 milhões em 2015, influenciado em grande parte pela queda nas despesas com pessoal, no valor de R$ 3,2 milhões e na redução da amortização de ágio, no valor de R$ 3,4 milhões. As despesas com armazenagem totalizaram R$ 15,9 milhões, valor 8,9% superior ao mesmo período do ano anterior, motivado, principalmente, pela locação de uma nova unidade de armazenagem na unidade de produção Cachoeira, localizada no município de Campo Novo do Parecis/MT. Por fim, as despesas com vendas totalizaram R$ 24,7 milhões em 2016, valor 0,9% inferior aos R$ 24,9 milhões registrados em 2015. Apesar da redução dos volumes de algodão em pluma e caroço de algodão faturados em 2016, uma parcela maior de caroço de algodão foi exportada neste ano, o que motivou maiores gastos com frete, comissão e despesas portuárias.

Em 2017, a Companhia registrou despesas operacionais de R$ 66,3 milhões impactada, principalmente, pela linha outras receitas (despesas) operacionais que registrou um valor negativo de R$ 35,9 milhões em 2016, conforme detalhado abaixo, contra um valor positivo de R$ 8,2 milhões em 2017.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 38,2 milhões, praticamente estável em relação ao ano de 2016.

As outras receitas (despesas) operacionais apresentaram resultado positivo de R$ 8,2 milhões em 2017 em comparação a R$ 35,9 milhões negativos em 2016.

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17 As despesas com armazenagem totalizaram R$ 19,7 milhões em 2017, valor 23,6% superior ao mesmo período do ano anterior, motivado (i) pela locação de um armazém adicional localizado na UP Cachoeira e (ii) pelo maior processamento de soja e milho quando comparado a igual período do ano anterior. Por fim, as despesas com vendas totalizaram R$ 16,6 milhões em 2017, valor 32,9% inferior aos R$ 24,7 milhões registrados em 2016. As despesas com vendas da Companhia são compostas por despesas logísticas para levar os produtos, em especial algodão em pluma, até os clientes/porto. A redução nas despesas de vendas é substancialmente explicada pela redução do volume de exportação de caroço de algodão. No ano de 2016, exportamos 23.268 toneladas de caroço de algodão, cuja despesa logística (frete, custos portuários) ficaram por conta da Companhia. No ano de 2017, a exportação de caroço de algodão foi de apenas 2.144 toneladas. Tal diferença de volume representou redução de R$ 8,5 milhões nesta rubrica.

Outras: Esse grupo inclui as despesas de caráter não recorrente e não diretamente ligadas à

atividade operacional da Companhia.

Em 2015, as outras receitas (despesas) operacionais apresentaram resultado negativo de R$ 35,8 milhões, substancialmente representadas por: (i) baixa contábil, sem efeito caixa, de R$ 45,8 milhões pelos investimentos já realizados nos arrendamentos devolvidos e ainda não amortizados, (ii) baixa de ágio, sem efetivo caixa, de R$ 9,1 milhões relativos aos arrendamentos devolvidos e (iii) créditos tributários extemporâneos tomados no exercício no montante de R$ 10,3 milhões.

Em 2016, apresentaram resultado negativo de R$ 35,9 milhões substancialmente representadas por: (i) impairment de títulos a receber no valor de R$ 20,3 milhões relativo à venda de uma unidade industrial alienada em 2011; (ii) impairment de Pis, Cofins e ICMS, no valor de R$ 6,6 milhões e (iii) gastos com desmobilização de unidades de produção, no valor de R$ 5,3 milhões. As outras receitas (despesas) operacionais apresentaram resultado positivo de R$ 8,2 milhões em 2017 em comparação a R$ 35,9 milhões negativos em 2016, merecendo destaque:

Resultado Operacional: O resultado operacional é consequência direta do comportamento do

Resultado Bruto e das despesas Operacionais.

Em 2015, a Companhia registrou um resultado operacional negativo de R$ 136,3 milhões, impactado diretamente pelo reconhecimento pela (i) baixa contábil, sem efeito caixa, de R$ 45,8 milhões pelos investimentos já realizados nos arrendamentos devolvidos e ainda não amortizados, (ii) baixa de ágio, sem efetivo caixa, de R$ 9,1 milhões relativos aos arrendamentos devolvidos e (iii) efeito negativo da realização do hedge accounting no montante de R$ 164,1 milhões.

Reversão Camera (+) R$ 20,3 MM Bonificação Insumos (+) R$ 2,9 MM

PEPRO Milho (+) R$ 6,9 MM Impairment Camera (-) R$ 20,3MM

Bonificação Insumos (+) R$ 4,4 MM Impairment PIS, COFINS e ICMS (-) R$ 8,5 MM Débitos PRT e PERT (-) R$ 24,0 MM Impairment Bahia e Núcleo Santa Clara (-) R$ 4,4 MM Perda de Crédito de Recebívies (-) R$ 5,0 MM

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18 Em 2016, apresentamos um resultado operacional negativo de R$ 135,8 milhões, impactado (i) pela perda de produtividade nas culturas de soja, milho e algodão diante do efeito climático El Nino, que prejudicou a safra brasileira de grão e fibras (perda aproximada de R$ 72 milhões), (ii) impairment de títulos a receber no valor de R$ 20,3 milhões relativo à venda de uma unidade industrial alienada em 2011 e efeito negativo da realização do hedge accounting no montante de R$ 54,3 milhões.

Em 2017, apresentamos um resultado operacional positivo de R$ 48,4 milhões, reflexo (i) das boas margens obtidas pelas culturas, onde a combinação de boas produtividades, preços de venda em dólares em linha ou acima do orçamento e otimização de custos, contribuiriam para a melhoria do lucro bruto, apesar da apreciação do real frente ao dólar ao longo de 2017 e (ii) reversão de impairment de títulos a receber no valor de R$ 20,3 milhões relativo à venda de uma unidade industrial alienada em 2011. Adicionalmente, nesta linha houve impacto pela adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária no montante de R$ 24 milhões.

Resultado Financeiro: O resultado financeiro da Companhia é composto por três grupos: Receitas

Financeiras, Despesas Financeiras e Variação Cambial Líquida. A análise individual de cada grupo é detalhada abaixo:

a. Receitas financeiras: No ano de 2015, as receitas financeiras atingiram R$ 39,9 milhões, substancialmente representadas por R$ 25,4 milhões a título de juros e variações monetárias dos recebíveis da Companhia, R$ 8,2 milhões a descontos obtidos de fornecedores e R$ 2,3 milhões a rendimentos de aplicações financeiras. Em 2016, as receitas financeiras atingiram R$ 31,1 milhões, substancialmente representadas por R$ 26,0 milhões referem-se a título de juros e variações monetárias dos recebíveis da Companhia; R$ 2,3 milhões a ajuste a valor presente de recebíveis e R$ 2,0 a descontos obtidos. Em 2017, as receitas financeiras atingiram R$ 51,0 milhões. Do total das receitas no ano, R$ 25,2 milhões referem-se a descontos obtidos à adesão aos programas de regularização tributária (PRT e PERT); R$ 21,2 milhões referem-se a juros e variações monetárias dos recebíveis da Companhia e R$ 3,3 milhões a descontos obtidos.

b. Despesas financeiras: Em 2015, as despesas financeiras, por sua vez, totalizaram R$ 95,8 milhões no ano, impactado por maior endividamento da Companhia no 4T15 quando comparado ao igual período do ano anterior, aliado a um maior custo médio das dívidas, que passou de 6,41% a.a. no 4T14 para 7,05% a.a. no 4T15, por conta do atual cenário de restrição de crédito. Em 2016, as despesas financeiras totalizaram R$ 117,1 milhões, valor 22,2% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, diferença substancialmente representada por juros sobre financiamentos e juros passivos em 2016, no valor de R$ 81,1 milhões, e R$ 12,0 milhões, respectivamente, em comparação com R$ 72,6 milhões e R$ 6,1 milhões reconhecidos em 2015. Em 2017, as despesas financeiras, por sua vez, totalizaram R$ 142,1 milhões, diferença substancialmente representada pelo reconhecimento de R$ 43,3 milhões de juros e atualização monetária de débitos tributários incluídos programas de regularização tributária (PRT e PERT). Desconsiderando esse valor, a despesa financeira em 2017 foi de R$ 100,7 milhões, 14,0% inferior ao verificado em 2016.

a. Derivativos, líquidos: Em 2015, o resultado com instrumentos financeiros derivativos, por sua

vez, totalizaram R$ 7,9 milhões, substancialmente representado pelos efeitos de swap no montante de R$ 6,0 milhões e NDF/Opções no montante de R$ 1,9 milhões. Em 2016, o

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19 resultado com instrumentos financeiros derivativos, por sua vez, totalizaram R$ 5,0 milhões, representado pelos efeitos de NDF/Opções. Em 2017, o resultado com instrumentos financeiros derivativos, por sua vez, totalizaram R$ 2,4 milhões, substancialmente representado pelos efeitos de NDF/Opções no montante de R$ 2,2 milhões e de swap no montante de R$ 0,2 milhão.

b. Variação cambial, líquida: A Companhia possui grande parte de suas dívidas bancárias em dólar além de possuir passivos com fornecedores atrelados ao dólar. Vale lembrar que a Companhia possui exposição líquida ao dólar, portanto, qualquer mudança de comportamento do câmbio afeta o resultado financeiro contábil. Entretanto, o efeito da variação cambial não tem impacto direto sobre o caixa da Companhia no curto prazo. Esse valor representa o efeito contábil da variação cambial, principalmente sobre o endividamento da Companhia e será desembolsado por ocasião do vencimento da dívida.

A variação cambial impactou negativamente o resultado financeiro da Companhia em R$ 63,1 milhões em 2015. Tal impacto decorre da variação negativa na taxa de câmbio (1,24) entre os exercícios de 2014 e 2015. Em 2016, a variação cambial impactou positivamente o resultado financeiro da Companhia em R$ 56,2 milhões em 2016, diante da valorização de 16,5% do real frente ao dólar no ano. Em 2017, a variação cambial impactou positivamente o resultado financeiro da Companhia em R$ 3,1 milhão em 2017.

Resultado do Exercício:

Em 2015, o resultado líquido negativo foi de R$ 204,2 milhões, impactado, (i) pelas baixas contábeis referentes às devoluções dos arrendamentos, no valor de R$ 54,9 milhões; (ii) pela variação cambial negativa diante de uma desvalorização do real em 47% no ano, no valor de R$ 63,1 milhões e (iii) hedge accounting, no valor de 164,1 milhões.

Em 2016, a Companhia apresentou um resultado líquido negativo de R$ 152,4 milhões, impactado em grande parte pelo efeito climático El Nino, que prejudicou as produtividades da Companhia e, consequentemente, suas receitas e resultados.

Em 2017, a Companhia apresentou um lucro líquido de R$ 7,4 milhões, reflexo de (i) de uma safra 2016/17 com produtividades e margens superiores à safra anterior, apesar da valorização do real frente do dólar ter afetado fortemente as receitas; (ii) reversão da provisão para crédito de liquidação duvidosa da Camera, no valor de R$ 20,3 milhões; e (iii) ganhos líquidos de R$ 23,3 milhões auferidos nos programas de regularização tributária de 2017 (PRT e PERT).

(20)

20 BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

COMPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS CONTAS PATRIMONIAIS CONSOLIDADAS (ATIVO) EM 31 DE DEZEMBRO DOS TRÊS ÚLTIMOS EXERCÍCIOS (2015, 2016 E 2017)

ATIVO CIRCULANTE:

Em 31 de dezembro de 2017, 89,4% do Ativo Circulante da Companhia era representado pelas contas de estoques (48,3%), ativos biológicos (37,8%) e tributos a recuperar (3,3%).

Em 2016, o ativo circulante representou 21,2% dos ativos totais, saldo 29,2% inferior ao saldo de 2015, quando o ativo circulante representou 26,2% dos ativos totais.

Abaixo descrevemos as principais contas que compõem o ativo circulante da Companhia.

Ativo 2017 AV 2017 2016 AV 2016 2015 AV 2015 AH 2017 x

2016

AH 2016 x 2015

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 10.561 0,5% 4.232 0,2% 25.414 1,1% 149,6% -83,3%

Títulos e valores mobiliários 710 0,0% - 0,0% 5.005 0,2% 0,0% -100,0%

Contas a receber de clientes 12.719 0,6% 5.164 0,2% 15.917 0,7% 146,3% -67,6%

Títulos a receber 26.187 1,2% 9.070 0,4% 34.333 1,4% 188,7% -73,6% Estoques 259.067 11,7% 205.930 9,8% 300.232 12,5% 25,8% -31,4% Ativos biológicos 202.684 9,1% 195.161 9,3% 217.937 9,1% 3,9% -10,5% Tributos a recuperar 17.671 0,8% 17.549 0,8% 19.317 0,8% 0,7% -9,2% Despesas antecipadas 4.180 0,2% 3.438 0,2% 6.028 0,3% 21,6% -43,0% Outros ativos 2.490 0,1% 4.239 0,2% 4.117 0,2% -41,3% 3,0%

Ativos mantidos para venda 51 0,0% 210 0,0% - 0,0% -75,7% 0,0%

Ativo circulante 536.320 24,2% 444.993 21,2% 628.300 26,2% 20,5% -29,2% Não circulante Títulos a receber 11.339 0,5% 24.385 1,2% 36.269 1,5% -53,5% -32,8% Tributos a recuperar 89.180 4,0% 59.208 2,8% 65.724 2,7% 50,6% -9,9% Tributos diferidos 167.916 7,6% 151.532 7,2% 184.102 7,7% 10,8% -17,7% Depósitos judiciais 20.223 0,9% 7.880 0,4% 7.300 0,3% 156,6% 7,9% Outros ativos 12.757 0,6% 15.046 0,7% 21.488 0,9% -15,2% -30,0%

Ativo realizável a longo prazo 301.415 13,6% 258.051 12,3% 314.883 13,1% 16,8% -18,0%

Propriedade para investimentos 7.840 0,4% - 0,0% - 0,0% 0,0% 0,0%

Imobilizado 1.092.802 49,3% 1.114.547 53,0% 1.163.842 48,6% -2,0% -4,2%

Intangível 280.427 12,6% 284.496 13,5% 289.374 12,1% -1,4% -1,7%

Ativo não circulante 1.682.484 75,8% 1.657.094 78,8% 1.768.099 73,8% 1,5% -6,3%

(21)

21

Caixa e equivalentes de caixa:

Em 2015, o saldo de caixa e equivalentes de caixa era de R$ 25,4 milhões, equivalente a 1,1% do ativo total, substancialmente representada pela (i) da geração de R$ 86,2 milhões em atividades operacionais, incluindo o pagamento de juros de financiamentos; (ii) aplicação de R$ 28,1 milhões em operações de investimento, incluindo aplicação em conta vinculada e (iii) aplicação de R$ 233,3 milhões em atividades de financiamento (captações e pagamentos de principal de financiamentos e resultado caixa de instrumentos derivativos) e (iv) geração de R$ 53,4 milhões decorrentes da capitalização do saldo de aumento de capital ocorrido no final de 2014.

Em 2016, o saldo de caixa e equivalentes de caixa era de R$ 4,2 milhões, equivalente a 0,2% do ativo total, redução de 83,3% em comparação com o saldo do ano anterior, em função (i) da geração de R$ 69,1 milhões em atividades operacionais; (ii) aplicação de R$ 90,4 milhões em atividades de financiamento (captações e pagamentos de principal de financiamentos e resultado caixa de instrumentos derivativos).

Em 2017, o saldo de caixa e equivalentes de caixa era de R$ 10,6 milhões, equivalente a 0,5% do ativo total, aumento de 149,6% em comparação com o saldo do ano anterior, em função (i) da geração de R$ 14,4 milhões em atividades operacionais; (ii) aplicação de R$ 10,2 milhão em atividades de investimento, substancialmente representados por investimentos em solo e; (iii) geração de R$ 2,1 milhões em atividades de financiamento (captações e pagamentos de principal de financiamentos e resultado caixa de instrumentos derivativos).

Títulos e valores mobiliários:

Em 2017, o saldo apresentado é de R$ 0,7 milhão e era representado pela aplicação com resgate restrito e vinculada a certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) junto à instituição e com previsão para resgate entre março e setembro de 2018.

Em 2016, esse grupo não apresentou saldo. Já em 2015, no montante de R$ 5.005, equivalente a 0,2% do ativo total, corresponde a aplicações financeiras modalidade CDB, realizadas junto à instituição PINE, que eram mantidas em função de financiamentos, cujo resgate estava condicionado à liquidação de financiamento modalidade ACC ou entrega da documentação do imóvel objeto de garantia livre e desembaraçado de quaisquer ônus, gravames, dúvidas, dívidas, despesas e encargos de qualquer natureza, judiciais ou extrajudiciais.

Descrição 2017 2016 2015

Bancos em m oeda nacional 1 32 2.7 62 298 Bancos em m oeda estrangeira 4.57 2 1 .330 444 Aplicações financeiras 5.857 1 40 24.67 2

1 0.561

4.232 25.41 4 Consolidado

(22)

22

Contas a receber de clientes:

Em 2015, o saldo de contas a receber de clientes era de R$ 15,9 milhões, equivalente a 0,7% do ativo total.

Em 2016, o saldo de contas a receber de clientes era de R$ 5,2 milhões, equivalente a 0,2% do ativo total, redução de 67,6% em comparação com o saldo do ano anterior.

Em 2017, o saldo de contas a receber de clientes era de R$ 12,7 milhões, equivalente a 0,6% do ativo total, aumento de 146,3% em comparação com o saldo do ano anterior, em função da maior produtividade registrada em milho e algodão em caroço na safra atual, implicando em maior faturamento dos produtos, quando comparado com o exercício anterior.

Títulos a receber:

Em 2015, o saldo de títulos a receber (circulante e não circulante) era de R$ 70,6 milhões, equivalente a 2,9% do ativo total, em função, principalmente, de: (i) aumento de contas a receber com parte relacionada no valor de R$ 20,1 milhões, relativo a diversos gastos incorridos no preparo de solo e plantio da soja nas áreas subarrendadas à Agropecuária Margarida Ltda.; e (ii)

2017 2016 2015

Clientes em m oeda nacional 7 .638 1 8 4.064

Clientes em m oeda estrangeira 5.099 5.1 64 1 2.035

1 2.7 37 5.1 82 1 6.099

( - ) Prov isão para impairment (1 8) (1 8) (1 82)

1 2.7 1 9

5.1 64 1 5.91 7

Consolidado

2017 2016 2015

Por v enda de ativ o fixo 1 1 .640 1 9.506 35.251

Por v enda da fábrica de óleo 1 3.800 1 3.800 1 3.800

Por v enda de unidades industriais 1 1 .898 20.304 20.304

Subarrendam entos e confissões de dív idas 3.07 4 5.7 1 4 4.062

Crédito com parceiros agrícolas 1 .060 1 .464

-Outros créditos 2.086 433 3.688

( - ) Ajuste a v alor presente (1 .1 25) (1 .7 49) (2.441 )

( - ) Prov isão para impairment (i) (4.907 ) (26.01 7 ) (4.062)

37 .526

33.455 7 0.602

Circulante 26.1 87 9.07 0 34.333

Não circulante 1 1 .339 24.385 36.269

(23)

23 redução líquida (recebimento e atualização monetária) do saldo a receber pela venda de terras em Edéia-GO no valor de R$ 9,0 milhões.

Em 2016, o saldo de títulos a receber (circulante e não circulante) era de R$ 33,5 milhões, equivalente a 1,6% do ativo total, redução de 52,6% em comparação com o saldo do ano anterior, em função, principalmente, de: (i) provisão para perda de crédito pela venda de ativos no Estado do RS no valor de R$ 20,3 milhões; (ii) recebimento líquido de parte relacionada no valor de R$ 13,1 milhões; (iii) venda de um armazém em Paranatinga-MT no valor de R$ 9,7 milhões, tendo recebido R$ 3,2 milhões em 2016; e (iv) redução líquida (recebimento e atualização monetária) do saldo a receber pela venda de terras em Edéia-GO no valor de R$ 11,7 milhões

Em 2017, o saldo de títulos a receber (circulante e não circulante) era de R$ 37,5 milhões, equivalente a 1,7% do ativo total, aumento de 12,2% em comparação com o saldo do ano anterior, em função, substancialmente impactada no segundo trimestre com a reversão da provisão para impairment do recebível no montante de 20,3 milhões junto a Camera Agroalimentos S.A., em função da assinatura do Instrumento Particular de Transação e Outras Avenças, com a transferência de um armazém de grãos em Rosário do Sul – RS com valor contábil de R$ 8.113 mil e recebimentos no montante de R$ 2.991 mil.

Estoques:

Os estoques da Companhia são formados substancialmente por produtos agrícolas, sementes, adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas, entre outros.

Em 2015, o valor dos estoques era de R$ 300,2 milhões, equivalente a 12,5% dos ativos totais.

Em 2016, o valor dos estoques era de R$ 205,9 milhões, equivalente a 9,8% dos ativos totais.

Natureza Quantidade (t) Valor em R$ mil VRL Un. Medida

Produtos agrícolas 107.362

Soja 1 87 203 65,26 por saca

Milho 52.1 89 1 4.1 23 1 6,24 por saca

Algodão em caroço 848 7 6 1 ,34 por arroba

Plum a 1 5.7 22 87 .305 5.553 por tonelada

Fibrilha 967 1 .005 1 .039 por tonelada

Caroço 6.7 1 1 3.550 529 por tonelada

Outros 91 3 1 .1 00

Insumos e outros: 192.870

Sem entes, adubos, fertilizantes e defensiv os agrícolas 1 39.988

Em balagens, acondicionam ento e peças de reposição 6.7 50

Adiantam entos a fornecedores 361

Gastos de m anutenção nas entressafras 41 .51 5

Outros estoques 4.683

( - ) Prov isão para impairment (427 )

(24)

24 Em 2017, o valor dos estoques era de R$ 259,1 milhões, equivalente a 11,7% dos ativos totais, superior 25,8% e inferior 31,4% ao saldo apresentado em 2016 e em 2015, respectivamente.

Comparativamente ao exercício anterior, os saldos de pluma de algodão são maiores, em função da maior produtividade registrada na safra, e menor estoque de passagem de milho em grãos.

Ativos Biológicos:

Essa conta registra o valor das lavouras em formação da Companhia, substancialmente representadas pela cultura da soja, milho e algodão.

Em 2015, o saldo encerrou com R$ 217,9 milhões contabilizados nesta conta, equivalente a 9,1% dos ativos totais.

Natureza Quantidade (t) Valor em R$ mil VRL Un. Medida

Produtos agrícolas 49.569

Soja 5.57 0 5.200 56,02 por saca

Milho 9.532 3.1 1 4 1 9,60 por saca

Plum a 8.254 36.1 04 4.37 4 por arroba

Fibrilha 1 24 1 24 1 .000 por tonelada

Caroço 5.061 2.860 565 por tonelada

Outros 632 2.1 67

Insumos e outros: 156.361

Sem entes, adubos, fertilizantes e defensiv os agrícolas 98.1 48

Em balagens, acondicionam ento e peças de reposição 5.7 7 1

Adiantam entos a fornecedores 462

Gastos de m anutenção nas entressafras 47 .983

Outros estoques 4.580

( - ) Prov isão para impairment (583)

Total 29.173 205.930

Natureza Quantidade (t) Valor em R$ mil VRL Un. Medida

Produtos agrícolas 85.950

Soja 9 8 53,33 por saca

Milho 851 234 1 6,50 por saca

Plum a 1 4.560 80.1 7 3 5.506 por tonelada

Fibrilha 7 07 835 1 .1 81 por tonelada

Caroço 9.7 98 4.096 41 8 por tonelada

Outros 7 1 3 604

Insumos e outros: 173.117

Sem entes, adubos, fertilizantes e defensiv os agrícolas 1 22.087

Em balagens, acondicionam ento e peças de reposição 5.360

Adiantam entos a fornecedores 3.555

Gastos de m anutenção nas entressafras 38.691

Outros estoques 4.1 28

( - ) Prov isão para impairment (7 04)

Total 26.638 259.067

Cultura Área Plantada (há) Área a colher (há) Saldo em R$ mil

Soja 1 23.1 1 0 1 23.1 1 0 21 7 .937 Outros

(25)

25 Em 2016, o saldo de ativos biológicos alcançou R$ 195,2 milhões, equivalente a 9,3% do ativo total.

Em 2017, o montante era de R$ 202,7 milhões, equivalente a 9,1% do ativo total, saldo superior 3,9% e 10,5% inferior ao saldo apresentado em 2016 e em 2015, respectivamente.

Tributos a recuperar:

Em 2015, o saldo de tributos a recuperar (circulante e não circulante) era de R$ 85,0 milhões, equivalente a 3,5% do ativo total, As principais movimentações do ano foram: (i) geração de créditos de Pis e Cofins em montante R$ 15,1 milhões superior à utilização desses tributos para compensação de débitos do mesmo tributo e outros débitos tributários administrados pela RFB; e (ii) impairment de créditos tributários de ICMS e Pis e Cofins no valor de R$ 19,5 milhões, decorrente de enquadramento como ativo contingente.

Em 2016, o saldo de tributos a recuperar (circulante e não circulante) era de R$ 76,8 milhões, equivalente a 3,6% do ativo total, redução de 9,7% em comparação com o saldo do ano anterior, em função de (i) impairment de créditos tributários de ICMS, IRRF e Pis e Cofins no valor de R$ 5,2 milhões, decorrente de enquadramento como ativo contingente; e (ii) utilização de créditos de Pis e Cofins para compensação de débitos do mesmo tributo e outros débitos tributários administrados pela RFB em montante superior aos créditos constituídos no ano.

Em 2017, o saldo de tributos a recuperar (circulante e não circulante) era de R$ 106,9 milhões, equivalente a 4,8% do ativo total, aumento de 39,21% em comparação com o saldo do ano anterior, substancialmente representado pelo cancelamento dos pedidos de compensações de PIS/COFINS ainda não homologados junto a Secretaria da Receita Federal para adesão no

Cultura Área Plantada (há) Área a colher (há) Saldo em R$ mil

Soja 1 06.562 1 04.867 1 94.482

Outros 67 9

Total 1 06.562 1 04.867 1 95.1 61

Cultura Área Plantada (há) Área a colher (há) Saldo em R$ mil

Soja 1 00.653 1 00.653 202.469 Outros 21 5 Total 1 00.653 1 00.653 202.684 2017 2016 2015 PIS 1 7 .345 1 4.036 1 4.002 COFINS 86.932 62.7 93 65.87 7 IRPJ/IRRF 39.560 39.21 7 38.230 CSLL 1 0.004 1 0.1 63 1 0.1 58 ICMS 1 3.944 1 3.937 1 4.383 Outros tributos 3.421 3.428 2.222

( - ) Prov isão para impairment (**) (64.355) (66.81 7 ) (59.831 )

1 06.851

7 6.7 57 85.041

Circulante 1 7 .67 1 1 7 .549 1 9.31 7

Não circulante 89.1 80 59.208 65.7 24

(26)

26 PRT/PERT dos débitos tributários relativos a esses pedidos. O valor total dos créditos tributários de PIS/COFINS registrados devido ao cancelamento foi de R$ 27.229.

Despesas antecipadas:

Trata-se do saldo de prêmios de seguros a ser apropriado ao resultado conforme transcorrido o período de vigência e saldo de exaustão da correção de solo das controladas que fica represada no ativo, aguardando a colheita e a partilha da produção para a atribuição de custo e a transferência para estoque de produtos.

Em 2015, o saldo de despesas antecipadas era de R$ 6,0 milhões, equivalente a 0,3% do ativo total.

Em 2016, o saldo de despesas antecipadas era de R$ 3,4 milhões, equivalente a 0,2% do ativo total, redução de 43,0% em comparação com o saldo do ano anterior, em função da redução do saldo de correção de solo nas controladas.

Em 2017, o saldo de despesas antecipadas era de R$ 4,2 milhões, equivalente a 0,2% do ativo total, aumento de 21,6% e redução de 43,0% em comparação com 2016 e 2015, respectivamente.

Outros ativos:

Essa conta é composta, principalmente, por pagamento antecipado de arrendamentos a terceiros, substancialmente representados pelo arrendamento antecipado na Unidade Ribeiro do Céu à FWA Empreendimentos e Participações S/A (ex-parte relacionada da Companhia).

Em 2015, o saldo de outros ativos (circulante e não circulante) era de R$ 25,6 milhões, equivalente a 1,1% do ativo total.

2017 2016 2015

Seguros a apropriar 907 57 9 7 52 Gastos a apropriar - parceria intercompany 3.230 2.843 5.21 9 Outros ativ os 43 1 6 57

4.1 80

3.438 6.028 Consolidado

2017 2016 2015

Adiantam ento de arrendam ento 1 1 .896 1 6.655 22.580 Adiantam ento a fornecedores 993 1 .57 0 1 .7 00 Outros créditos 2.358 1 .060 1 .325 1 5.247 1 9.285 25.605 Circulante 2.490 4.239 4.1 1 7 Não circulante 1 2.7 60 1 5.046 21 .488 Consolidado

(27)

27 Em 2016, o saldo de outros ativos era (circulante e não circulante) de R$ 19,3 milhões, equivalente a 0,9% do ativo total, redução de 24,7% em comparação com o saldo do ano anterior.

Em 2017, o saldo de outros ativos era (circulante e não circulante) de R$ 15,3 milhões, equivalente a 0,7% do ativo total, redução de 20,9% em comparação com o saldo do ano anterior.

Tais reduções são substancialmente justificadas pela apropriação de parcela de antecipação do arrendamento ao custo de produção.

Ativos mantidos para a venda:

Em 2016, o saldo de ativos mantidos para a venda era de R$ 210 mil e era representado pela colocação à venda de alguns ativos não operacionais residuais de unidades descontinuadas, em especial Bahia e Piauí. No exercício de 2015 essa conta não apresentou saldo.

Em 2017, o saldo de ativos mantidos para a venda era de R$ 51 mil, respectivamente, e ainda era representado pelos ativos acima comentados, saldo 75,7% inferior ao apresentado no encerramento do exercício anterior.

ATIVO NÃO CIRCULANTE:

Esse grupo inclui os ativos da Companhia cujo prazo esperado para realização é superior a 12 meses e todos os ativos fixos da Companhia.

Em 2015, o valor do ativo não circulante totalizou R$ 1.768,1 mil, equivalente a 73,8% dos ativos totais. Em 2016, o ativo não circulante totalizou R$ 1.657,1 mil, valor 6,3% inferior ao registrado no ano anterior, equivalente a 78,8% dos ativos totais.

Em 2017, o ativo não circulante totalizou R$ 1.682,5 mil, valor 1,5% superior ao registrado no ano anterior, equivalente a 75,8% dos ativos totais.

Abaixo descrevemos as principais contas que compõem o ativo não circulante da Companhia.

Títulos a receber: Justificativa apresentada no tópico “Ativo Circulante”.

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