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Uma manifestação de hold-up na produção de ovos férteis no Distrito Federal

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Uma manifestação de hold-up na produção de ovos férteis no Distrito Federal

Wady Lima Castro Júnior

Colaborador do Núcleo de Estudos Agrários da Universidade de Brasília – NEAGRI /UnB Q-300 Conj-10 Casa 19 Recanto das Emas – DF CEP 72.

castrojunior@unb.br

Flávio Borges Botelho Filho

Prof. Dr. da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília-FAV/UnB

Campus Universitário Darcy Ribeiro,Colina, Bl. E, Apto 607 Brasília-DF CEP 70.910-900 Botelho@unb.br

Josemar Xavier de Medeiros

Prof. Dr. da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília-FAV/UnB

SHIN QI 09 Conj. 04 Casa 04 Brasília-DF CEP 71.515-240 jxavier@unb.br

Juan José Verdésio Bentancurt

Prof. Dr. da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília-FAV/UnB

SHIN QL 13 Conj-06 Casa 12 Brasília-DF CEP 71.535-065 verdesio@unb.br

Grupo de Pesquisa 04 – Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Apresentação com presidente da sessão e sem a presença de debatedor

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Uma manifestação de hold-up na produção de ovos férteis no Distrito Federal

Resumo

Dada a sua posição espacial e produtiva de grãos, com um favorecimento de logística de suprimento na cadeia, diminuição de custos de transporte e com uma harmonização do fornecimento e comercialização, além de outro fatores, a progressão da avicultura do Distrito Federal tem sido fomentada. As explorações da atividade avícola industrial no DF são a produção de ovos férteis e a produção de frangos de corte. Com o sistema de integração vigente, há a necessidade de realização de investimentos em ativos de elevada especificidade por parte dos produtores. Este fato pode favorecer uma situação de hold-up da parte da empresa integradora em relação ao integrado. Assim, este trabalho objetiva analisar a situação dos produtores de ovos férteis integrados do DF após uma manifestação de hold-up, assim como os termos contratuais entre a empresa integradora e os integrados no tangente a esse problema. Para tanto, utilizaram-se os pressupostos teóricos da Nova Economia Institucional (NEI) e a metodologia do estudo de caso. Nessa pesquisa observou-se que, com a ocorrência da manifestação de hold-up, os produtores teriam uma redução no lucro de cerca de 8%, sendo que esta seria transferida para a empresa integradora. No entanto eles permaneceriam no negócio devido aos sunk costs. Mas, no longo prazo, poderiam sair da negociação. No curto prazo, entretanto, esta decisão da empresa em diminuir a remuneração do seu integrado poderá induzir uma dificuldade de encontrar novos produtores interessados em entrar na atividade como integrado, pois a reputação da empresa pode ser negativamente afetada.

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Uma manifestação de hold-up na produção de ovos férteis no Distrito Federal

1. INTRODUÇÃO

O setor avícola tem se tornado um dos pontos de destaque do complexo agroindustrial brasileiro e está respaldado por um alto nível tecnológico, que é determinante para a manutenção da capacidade competitiva do sistema.

Segundo Sorj (1982), o marco inicial da avicultura industrial foi na década de 50, época na qual começou a substituição da antiga avicultura comercial. Naquela época foram feitos muitos estudos sobre a melhor exploração da atividade. Hoje, a avicultura industrial moderna detém um nível de controle do processo biológico avançado em relação às demais atividades agropecuárias, pois há uma dependência mínima das condições naturais, que contrasta com a característica das atividades do setor agropecuário.

De acordo com Sorj (1982), com a moderna avicultura industrial, o capital industrial apropria atividades que antes eram realizadas no interior da empresa rural e/ou domicílios urbanos, e, baseada nessa apropriação, passa a impor aos produtores rurais os padrões e ritmos de transformação do processo produtivo.

A partir do início dos anos 60, surge no sul do país, uma avicultura integrada contratualmente. Essa estratégia de integração conduz as empresas a algumas vantagens como, por exemplo, ganho de qualidade na matéria prima, abastecimento constante, redução dos custos industriais nas operações de abate, padronização da carcaça, dentre outras.

Para o caso da região Centro Oeste, um dos fatores que tem influenciado fortemente a expansão da produção avícola para esta região é a proximidade com as áreas de produção de milho e soja, principais componentes da ração destinadas às aves, além de terras relativamente baratas. No Brasil, a ração representa cerca de 69,76 % do custo final do frango de corte (IPARDES, 2002). Este ponto deve ser considerado um dos fomentadores da progressão exploratória da atividade avícola no Distrito Federal, haja vista a sua posição espacial e produtiva de grãos, favorecendo uma melhor logística de suprimento na cadeia, com diminuição de custos de transporte e mantendo uma harmonização do fornecimento e da comercialização.

Atualmente, a movimentação de recursos advindos do complexo avícola no DF gira em torno de 100 milhões de reais por ano, gerando empregos diretos e indiretos, tornando-se assim a atividade que detém maior participação na formação do PIB agropecuário do Distrito Federal. (Secretaria da Agricultura do Distrito Federal).

As explorações da atividade avícola industrial no Distrito Federal são a produção de ovos férteis e a produção de frangos de corte. Para que os produtores explorem essas atividades, torna-se necessário o investimento em ativos de elevada especificidade exigidos pelas empresas integradoras. Com a efetivação desse investimento, o investidor torna-se mais dependente da continuidade da transação e, assim, passível de ser vítima de um hold-up (manifestação de um oportunismo – ex-post à transação – unilateralmente uma parte da negociação que impõe mudanças nos termos dos contratos). Essas mudanças contratuais normalmente causam impacto na remuneração da parte mais dependente da transação (no caso, o produtor integrado). Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a situação dos produtores de ovos férteis integrados do Distrito Federal após uma manifestação de hold-up, bem como os termos contratuais entre a empresa integradora e os integrados.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

A forma organizacional predominante na avicultura industrial no Brasil é a integração vertical. No Distrito Federal, esta estrutura organizacional é a única observada quando se trata da exploração avícola industrial.

À expressão Integração Vertical são, muitas vezes, atribuídos significados diversos. Por isso, torna-se necessário uma breve discussão sobre esse assunto.

Para Grossman e Hart, citados por Rocha (2002), a integração vertical é definida como a propriedade ou o controle dos ativos alocados em dois estágios complementares de uma mesma cadeia produtiva. Já em Williamson (1996), nota-se o reconhecimento de que a integração vertical é a representação da autoridade de uma parte sobre uma outra parte.

Segundo Barzel (1982), uma forma extrema de integração vertical seria a produção caseira, na qual todos os estágios de produção seriam cumpridos por uma única pessoa, e a mensuração dos custos se tornaria mais fácil. Contudo, perdem-se as vantagens da especialização, pois quanto menor a divisão do trabalho menor a especialização.

Portanto, o grau no qual uma firma controla seus fornecedores (a montante) e seus compradores (a jusante) é chamado de integração vertical. A expansão da atividade a montante é chamada de integração para trás (backward integration), e a expansão das atividades a jusante é chamada integração para frente (forward integration).

Para o ingresso de um produtor na produção de ovos férteis no Distrito Federal, segundo Falcão (2002), a empresa integradora exige que o candidato à integração contratual tenha: um módulo mínimo que é composto por cinco galpões com capacidade para 8.500 matrizes e 1.000 galos por galpão, três silos com capacidade de armazenar 15 toneladas de ração, além de instalações próprias para a esterilização e o armazenamento diário de ovos, banheiro para uso e higiene dos funcionários.

De acordo com Falcão (2002), a empresa integradora fornece aos integrados quase todos os insumos necessários para a exploração de produção de ovos férteis, quais sejam: entrega as matrizes nas granjas dos produtores integrados com vinte semanas de idade (sendo que estas matrizes iniciam o processo de postura com aproximadamente vinte e quatro semanas), fornece medicamentos e vacinas, a palha de arroz usada como a cama, o desinfetante utilizado para limpeza; adquire os grãos, farelos e todos os nutrientes necessários para a produção da ração, que são entregues prontos nas granjas dos integrados. O produtor integrado tem na sua fórmula de remuneração o valor incluído dos insumos.

Para o ingresso na cadeia produtiva de frango de corte (industrial) no Distrito Federal, o produtor deve adotar o sistema de integração vertical. Para tanto, existem algumas exigências feitas pelas empresas integradoras.

O produtor deve fazer os investimentos em ativos de especificidade elevada, como é o investimento em galpões e equipamentos dedicados a essa atividade, a empresa integradora transfere a esse produtor integrado a fase de produção animal.

2.1 O oportunismo

A busca do auto-interesse com dolo, como assim o define Williamson, o oportunismo ou a contravenção é peça fundamental para o entendimento de alguns aspectos econômicos.

Muitas vezes, os agentes econômicos são tentados a defenderem os seus interesses, ignorando possíveis aspectos cerceadores. Como exemplo desta “tentação”,

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pode-se pensar em um vendedor que recebe e aceita uma melhor oferta de preço pelo seu produto ou serviço quando este já tinha sido negociado com outro comprador. Nesse sentido, o vendedor, ao aceitar, agiu oportunistamente e foi favorecido por um incremento na renda. Entretanto, esta ação pode comprometer outras negociações futuras, tanto com o comprador, vítima da ação, quanto com outros compradores conhecedores do fato ocorrido. Então, percebe-se que a ação oportunista, embora favorável em curto prazo, pode ser amplamente desfavorável, do ponto de vista econômico, a médio e/ou longo prazos.

Realizada uma transação via contratos, o oportunismo pressupõe a possibilidade de um aproveitamento nas renegociações (devido às incompletudes contratuais), pela ação aética e, em virtude disso, pode impor perdas à contraparte na transação. A existência de ações oportunistas faz com que os agentes econômicos busquem, nas negociações, salvaguardas contratuais que os eximam ou atenuem as conseqüências desse tipo de ocorrência.

Desta maneira, em virtude desse pressuposto comportamental, originam-se custos associados à coleta de informações, salvaguardas contratuais, entre outras fontes, para evitar prejuízos decorrentes de tais ações oportunistas, ou seja, a presença do oportunismo influi no aumento nos custos de transação.

Esses custos podem ser separados, grosso modo, em dois grandes grupos, a saber: os custos ex-ante e ex-post à transação.

Após o investimento realizado por uma parte em ativos altamente específicos a uma transação, a parte mais protegida pelo contrato na negociação pode tentar impor mudanças unilaterais nos termos contratuais ex-post à efetivação da transação. Isso pode levar a uma redução da remuneração da parte menos protegida pelo contrato na transação, causando problemas financeiros a essa parte.

Esse é o caso tratado nesse artigo, em que produtores integrados de ovos férteis têm a sua forma de remuneração alterada, diminuindo a sua receita.

2.2 Contratos e o problema do hold-up

Os contratos, entendidos como um tipo de relacionamento social, são idealizados para definir as condições de troca ou da transação. Segundo Williamson (1989), o mundo dos contratos se descreve como um mundo de planejamento, promessa, competência e governança. Estes contratos são frutos de interações de seres humanos. Sendo que a racionalidade limitada e a presença do comportamento oportunista/contraventor dos agentes econômicos podem criar limitações ao sucesso de uma transação.

Os contratos têm como característica intrínseca a incompletude, ou seja, os contratos não cobrem todas as possibilidades de ocorrências futuras. Em contrapartida, caso fossem completos e como uma previsão perfeita do futuro eliminariam o comportamento oportunista/contraventor dos agentes econômicos. Um contrato completo estipularia as responsabilidades e os direitos, de cada parte envolvida na transação, além de cobrir todas as contingências que poderiam ocorrer durante a determinada transação. Nesta situação, com contratos completos, nenhum agente econômico poderia explorar as debilidades contratuais do outro agente enquanto a transação estivesse ocorrendo. Já um contrato incompleto não especifica todas as possíveis contingências para direitos, responsabilidades e ações das partes envolvidas. Contratos incompletos envolvem algum grau de ambigüidade, ou seja, existem circunstâncias sob as quais os direitos e as responsabilidades das partes não são claramente especificados.

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Os contratos desempenham um papel de relevância na organização dos canais de comercialização. Pois, sem a existência dos contratos, as atividades de trocas seriam direcionadas para aquelas em que a troca ocorre simultaneamente com o pagamento (mercado spot). Seria necessário que cada agente econômico investisse em salvaguardas particulares para se prevenirem de eventuais tentativas de uma ação contraventora/oportunista.

Assim, observa-se que os contratos apresentam custos associados ao seu desenho, monitoramento, implementação e, também, custos associados à solução de eventuais disputas no descumprimento das relações contratuais estabelecidas.

No tocante à avicultura industrial do Distrito Federal, vê-se a preponderância de contratos explícitos no relacionamento entre integradora-integrado.

Quanto à avicultura industrial, na qual prevalece a integração vertical, os produtores integrados, encarregados da criação dos animais dos quais tem a posse, são responsáveis pelo emprego de mão-de-obra necessária à exploração, construção de silos (reservados ao depósito de ração) e galpões, instalação de equipamentos e sua manutenção, eletricidade, gás e outras fontes de custos necessárias ao bom desempenho da atividade. Por seu turno, as empresas integradoras fornecem aos produtores integrados os pintos de um dia, vacinas e medicamentos, ração, assistência técnica, além de assegurarem para si o recebimento do produto vindo do integrado, realizando o pagamento ao avicultor.

2.3 O problema do hold-up

Nos anos mais recentes, as transações comerciais no mercado spot1 têm sido

substituídas pelos sistemas de coordenação vertical, como a integração vertical e relacionamentos respaldados por contratos. No entanto, por mais que os contratos tentem cobrir completamente todas as contingências relevantes futuras, a incompletude contratual permite o espaço para um comportamento oportunista/contraventor, pois uma vez realizado um investimento em um ativo de elevada especificidade por um dos agentes envolvidos em determinada transação, o outro agente poderá renegociar ou ameaçar interromper o contrato, se ele não aceitar certas negociações não previstas no determinado contrato.

Se um ativo não for específico a um relacionamento, a quase-renda associada será zero, uma vez que o lucro que a firma poderia obter do uso do ativo em sua melhor alternativa e em sua próxima melhor alternativa seria o mesmo. No entanto, para que uma firma invista em um ativo específico a um relacionamento, a quase-renda deverá ser positiva. No caso da quase-renda ser grande, a firma perderia muito se tivesse que retornar para sua segunda melhor alternativa. Isso oferece a possibilidade de o parceiro na transação poder explorar esta “quase-renda” através do hold-up.

Devido à incerteza e à dificuldade de especificar todos os elementos de desempenho para se fazer cumprir os termos contratuais, os contratos serão necessariamente incompletos em um grau ou outro. Isso cria a possibilidade para os agentes econômicos obterem vantagens em um contrato pelo “assalto” a seu parceiro comercial, ou seja, obterem ganhos a expensas de prejuízos de seus parceiros. Sendo os contratos incompletos, a reputação positiva das partes negociantes limita a possibilidade econômica de ameaças de hold-up.(Klein, 1988).

Dessa forma, tenta-se evitar problemas de hold-up na elaboração de contratos, ou seja, como os contratos bem desenhados (escritos) podem prevenir os agentes econômicos de entrarem em uma situação caracterizada como hold-up. Sendo que, nesse

1Tipo de transação que é caracterizada pela ausência de freqüência, ou seja, as transações se resolvem em um

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ponto, surge o questionamento de se obter contratos menos incompletos. Assim, Fares (rascunho preliminar) afirma que existem duas formas que podem mitigar a incompletude dos contratos, quais sejam, colocar em seu contrato inicial um esquema para renegociar os termos da negociação ex post, ou estipular um eficiente “remédio” para a quebra contratual, tal como expectativas de indenizações.

Para Klein (1988), na presença de investimentos específicos a um relacionamento, os agentes econômicos terão que decidir entre um contrato de longo prazo ou a integração vertical para solucionar o problema do hold-up. No entender de Hart (1995), se a renegociação é possível, um contrato de longo prazo não resolveria o problema do hold-up (devido ao poder de barganha nas renegociações). A discussão sobre a possibilidade de um contrato conter no momento de sua redação todas as futuras soluções não se coloca do ponto de vista teórico ou prático, mas sim está presente a questão de um contrato ser redigido de forma a conter procedimentos de resolução de conflitos futuros decorrentes de mudanças de cenários não esperados. A relação contratual entre os atores é um processo dinâmico. As relações podem se repetir com freqüência e em todos esses processos contratuais as instituições, as normas e as regras do jogo social irão influenciar no resultado do processo.

Segundo Ellingsen & Johannesson (2000), uma premissa fundamental de toda a literatura sobre o problema do hold-up é que o investidor não pode garantir para ele uma participação suficiente do retorno do investimento através de barganhas ex post não regulamentadas. Para esses autores, o problema do hold-up pode ser diminuído quando os agentes têm a informação completa sobre os custos e benefícios de seus investimentos, incluindo custos irrecuperáveis. No entanto, sabe-se que a informação completa é uma suposição simplificadora, não uma descrição da realidade, sendo que, na verdade, há informações assimétricas sobre tais custos e benefícios.

Na literatura referente ao problema do hold-up, estuda-se a relação entre a General Motors e a Fisher Body, baseados em Klein et al. (1978) e Klein (1996), que exemplifica a manifestação de um hold-up de uma empresa menor em relação à empresa maior.

O caso da Fisher e GM é relativo a um contrato assinado entre estas empresas, em 1919, para o fornecimento de chassis pela Fisher para a GM. Para produzir os chassis dos automóveis, a Fisher teve que fazer um investimento em máquinas de estampar e moldes que eram altamente específicos para a GM. Como resultado, criou-se um significante potencial para a GM “assaltar” a Fisher. Depois que a Fisher fez um investimento específico, a General Motors poderia ter ameaçado reduzir sua demanda pelos chassis produzidos pela Fisher, ou até mesmo terminar completamente o seu relacionamento com a Fisher, a menos que a Fisher reduzisse o seu preço.

O contrato tinha uma cláusula de dez anos de exclusividade, ou seja, esta cláusula exigia que a GM comprasse todos os chassis para os automóveis de sua produção da Fisher por um período de dez anos. Isso poderia reduzir a possibilidade de a GM agir oportunistamente pela exigência de menores preços depois que a Fisher fizera o investimento específico.

Dessa forma, esses agentes econômicos entraram num acordo sobre a fórmula pela qual estabeleceria o preço que a Fisher iria fornecer os chassis à GM. O preço acertado foi que seria igual ao custo variável da Fisher mais 17,6%. Este percentual a mais sobre os custos variáveis, ao invés de uma fórmula baseada no custo total da Fisher, foi provavelmente usada porque a Fisher estava vendendo chassis de automóveis para outras companhias e isso era difícil de isolar e medir o capital e os custos de despesas associados com as remessas da GM. Essa situação foi favorável à Fisher.

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Após a assinatura do contrato, a demanda por automóveis aumentou substancialmente. A Fisher pode ter auferido vantagens no contrato em face ao aumento da demanda ao adotar um ineficiente processo altamente intensivo de mão-de-obra e localizar sua planta de produção de chassi longe da montadora da GM. Do ponto de vista da Fisher, não havia razão econômica para fazer investimentos em capital quando, de acordo com o contrato, eles poderiam empregar um trabalhador e acrescentar 17,6% sobre o seu salário. Também não havia razão econômica para Fisher localizar sua planta perto da montadora da General Motors quando, de acordo com o contrato, eles poderiam ganhar por localizar sua planta longe da GM e acrescentar os 17,6% sobre seus custos de transporte. Assim, estava sendo caro para a GM comprar e lucrativo para a Fisher vender os chassis.

No caso de contratos não escritos, Klein (1996) aponta duas maneiras pelas quais os agentes econômicos podem impor sanções particulares (fora de disputas na corte) para forçar o cumprimento do acordo. Uma destas seria a perda futura que pode ser imposta diretamente sobre o agente se o relacionamento acaba. As outras sanções particulares, que são impostas sobre os agentes econômicos que estão engajados no

hold-up, são os prejuízos para a reputação no mercado. Nesse caso, se houver uma violação do

acordo contratual por uma parte, esse agente engajado no hold-up se deparará com maiores custos ao realizar negócios futuros, pois o seu potencial parceiro se tornará menos disposto a acreditar nas promessas do agente do hold-up, e exigir termos contratuais mais explícitos. A magnitude das sanções particulares que podem ser imposta a cada agente econômico envolvido em transações que tentam um hold-up define o que Klein (1988, 1996) denomina de uma série de auto-obrigações do relacionamento contratual. Assim, o

hold-up só ocorreria quando eventos não antecipados posicionassem o relacionamento

contratual fora da série de auto-obrigações; isto é, o hold-up ocorreria quando as condições do mercado e do meio ambiente mudassem o suficiente para colocar o relacionamento fora da série de auto-obrigações, ou seja, que os ganhos advindos com o comportamento contraventor, devido às mudanças ocorridas no mercado, superem as perdas econômicas advindas da perda de reputação.

A ocorrência de hold-up induz a uma criação de uma reputação negativa nos negócios. Macaulay (1963) afirma que uma má reputação não ajuda uma determinada firma a fazer vendas e pode forçá-la a oferecer seus produtos com grandes descontos para permanecer no negócio.

Um exemplo recente da ocorrência do problema de hold-up na avicultura industrial no Brasil pode ser visualizado com o caso da empresa Sadia e seus produtores integrados no estado do Mato Grosso. A empresa foi denunciada pelo Ministério Público Federal (em Outubro de 2004), acusada de levar à falência 300 criadores de frango naquele estado. Uns dos pontos apontados como indutores da falência dos avicultores são: a execução de projetos inviáveis (realizados, segundo o Ministério Público, por empresa “laranja”), e a exigência ex-post da empresa integradora sobre os avicultores integrados na execução de outros investimentos, como instalação de ventiladores nos galpões, encarecendo o custo de produção dos produtores, chegando a ponto de auferirem prejuízos na exploração da atividade. (Corrêa, 2004) – (Reportagem da Folha de São Paulo, 15 de Novembro de 2004).

3. METODOLOGIA

Esta pesquisa foi realizada utilizando-se os pressupostos teóricos da Nova Economia Institucional/ Economia dos Custos de Transação – NEI/ECT, da metodologia de estudo de casos, do método analítico comparativo e conhecimentos microeconômicos.

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O estudo de caso, de acordo com Yin (2002), ressalta algumas estratégias que são obedecidas por pesquisadores das ciências sociais em trabalhos científicos, quais sejam: a experimental, o levantamento, a análise documental desenvolvida em arquivos e o estudo de caso. Os propósitos dessas estratégias podem ser de caráter exploratório, descritivo e explanatório (causal). O objetivo desse tipo de pesquisa (estudo de caso) é o de proporcionar uma visão global do problema ou identificar possíveis fatores que o influenciam ou são influenciados por ele. Uma das vantagens de se trabalhar com estudos de caso é que se pode analisar uma situação concreta e não uma situação puramente hipotética.

A metodologia de estudo de casos tem a premissa de buscar uma imagem mais real e completa dos fatos que caracterizam o problema observado.

Assim, selecionou-se um produtor integrado de ovos férteis no Distrito Federal e, a partir dos seus custos e receitas do período de 06/2003 a 06/2004, fez-se uma simulação com estes dados para a situação atual de sua remuneração.

A escolha desse produtor foi condicionada ao maior contato e ao seu grau de organização, haja vista a necessidade de se obter informações fidedignas relacionadas à produção e comercialização.

O método analítico comparativo foi utilizado após a posse dos dados acerca do produtor a ser analisado. Nesta fase, analisou-se a presença de contratos explícitos e implícitos no tocante aos relacionamentos dos avicultores com seus elos upstream e

downstream imediatos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Uma manifestação de hold-up

Da análise das transações entre os agentes na cadeia estudada, pôde-se observar alguns atributos de relevante importância. Esses pontos estão elencados na Tabela 1, abaixo.

Tabela 1. Atributos das transações nas explorações avícolas analisadas no Distrito Federal

(06/2003 a 06/2004).

Atributos Ovos férteis

Lucro anual alcançado R$ 96.141,12

Investimento requerido em ativos específicos

96,9 %

Provisão de insumos 100 %

Nível de autonomia (relativo a vendas à vista)

Nenhum

Escala de produção média mensal 609.910 ovos incubáveis

Duração do contrato Não especificado

O atributo “Lucro anual alcançado” se refere ao lucro econômico que o produtor obteve no período analisado neste trabalho (06/2003 a 06/2004), ou seja, o valor correspondente à diferença entre a receita líquida e a remuneração do capital investido.

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O item “provisão de insumos” diz respeito à percentagem de insumos totais fornecidos por uma das partes do contrato. Se mais insumos são fornecidos por uma parte contratante, a exposição do produtor à variabilidade de preço dos insumos decresce e a renda esperada torna-se mais certa. Para o caso dos avicultores industriais, todo o fornecimento dos insumos necessários para a produção avícola é de responsabilidade da agroindústria;

O “nível de autonomia” se refere à tomada de decisão tanto da produção quanto às questões mercadológicas. O nível “Nenhum” significa que o contrato não permite ao produtor nenhuma autonomia; a agroindústria toma todas as decisões de produção e mercado. O produtor apenas fornece mão-de-obra e infra-estrutura.

“Investimento em ativos específicos” é um indicador de especificidade de ativos. A Especificidade é indicada pela percentagem dos ativos totais que devem ser investidos em ativos específicos a uma determinada transação. Quanto mais específico maior porcentagem de ativos dedicados e vice-versa. A utilização de tais ativos em outro negócio tem mais custos. Assim, o produtor integrado de ovos férteis tem uma elevada percentagem dos seus ativos específicos ao relacionamento transacional.

“Escala de produção” diz respeito à quantidade produzida mensalmente do tipo de exploração avícola. E, “Duração do contrato” se refere à duração dos contratos em anos. Para a exploração avícola industrial em análise (produção de ovos férteis) não há especificação de previsão de tempo de duração do relacionamento. Nesse ponto, como não há uma explicitação de tempo no relacionamento, pode influenciar no aumento de incerteza acerca da continuidade das transações, colocando o produtor numa situação de barganha ainda menos protegida pelo contrato, o que pode favorecer uma situação de

hold-up por parte das agroindústrias.

As especificidades de ativos, em maior ou menor grau, condicionam os relacionamentos transacionais nas cadeias avícolas apresentadas, principalmente para a avicultura industrial. Com o aumento da especificidade dos ativos, há um direcionamento para um modo de governança no qual uma firma detém maior controle sobre as atividades da cadeia agropecuária. Com o aumento da especificidade de determinados ativos para produção de certo produto, torna-se mais econômico aumentar o controle sobre o processo de produção desse produto via integração vertical (no caso), a obter este mesmo produto no mercado. Esse é o caso da avicultura industrial, em que os contratos de integração vertical com os produtores são o modo de governança mais comum.

Com o investimento em ativos específicos realizados pelos produtores, há a geração de quase-rendas que podem ser passíveis de apropriação pela parte mais protegida pelo contrato na transação, e isso pode caracterizar uma situação de hold-up.

Dentro da avicultura industrial no Distrito Federal, mais especificamente na produção de ovos férteis, está havendo uma manifestação de hold-up, em que a percentagem sobre o preço do produto para remuneração do produtor integrado que era de 12% (doze por cento) passa a ser de 11% (onze por cento) com mudanças sobre a premiação no check list. Essas alterações contratuais são realizadas com os investimentos já efetuados. Assim, se esta redução de 1 (um) ponto percentual sobre o preço do produto para a remuneração do produtor tivesse ocorrido no período de análise desse trabalho, corresponderia a um decréscimo da receita do produtor com a entrega dos ovos incubáveis de cerca de 8% (oito por cento).

A ocorrência do hold-up está diretamente relacionada com a efetivação de investimentos em ativos específicos a uma determinada transação associada a um acordo respaldado em contratos imperfeitos.

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Assim, supondo-se que o produtor rural (avicultor) é a Parte A e que a agroindústria (empresa integradora) é a Parte B, segue-se a discussão de uma manifestação de hold-up.

Numa relação bilateral, na qual há a necessidade de ativos específicos para a produção de determinado produto, a Parte A pode escolher em realizar investimento nesses ativos ou não, antes do início da transação. Caso a sua decisão seja não investir em tais ativos, ambas as partes terão o seu lucro independentemente do relacionamento transacional. No entanto, se a decisão da parte A foi de efetivar o investimento em ativos específicos àquele relacionamento, a parte B fica numa posição de escolher em utilizar ou não o hold-up para com a parte A.

Dessa forma, caso a parte B resolva não agir com o hold-up para com a parte A, ambas as parte terão lucros semelhantes a uma transação sem investimentos em ativos específicos. Entretanto, com a tomada de decisão da parte B em fazer o hold-up com a parte A, esta tem a escolha em continuar ou não com a transação. Porém, caso não aceite a situação de ser “assaltada” pela parte B e interromper a transação, a parte A terá o prejuízo decorrente dos sunk costs – C (que são custos irrecuperáveis) e outros, e a parte B não obterá lucro com essa decisão.

Mas, no caso da parte A aceitar em continuar o relacionamento transacional mesmo sendo “assaltada”, a parte B terá a parte do lucro de A na transação (digamos, 0,9πB, onde π corresponde ao lucro) ao passo que a parte A teria apenas 0,1πA. Essa

situação exposta acima poderá ser visualizada na Figura 2 abaixo.

Figura 2. Uma situação de hold-up.

Agora, adotando-se uma situação na qual a parte B fornece uma garantia de valor αh à parte A antes do início da transação, na qual h se refere a uma multa que a parte B pagaria à parte A na ocorrência de uma quebra contratual, e α sendo uma fração de h que tem valor para A, tem-se a seguinte situação.

Figura 3. Uma situação de hold-up. Parte A Parte B Parte A (1/4 πBB, 1/4 πA) (1/2 πBB, 1/2 πA) (0, -C) (0.9 πB, B 0.1 πA)

Não investe em ativos específicos Investe em ativos específicos Não hold-up Hold-up Não continua Continua Parte A Parte B Parte A (1/4 πBB, 1/4 πA)

Não investe em ativos específicos Investe em ativos específicos Não hold-up Hold-up Não continua Continua (1/2 πBB, 1/2 πA) (-h, αh -C) (0.9 πBB, 0.1 πA)

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Assim, caso se tenha essa garantia e que esta seja em dinheiro, ter-se-ia α = 1. E, desta forma, a parte B perderia a garantia (h) caso a parte A não aceitasse a situação de

hold-up imposta. A parte A, em seu turno, arcaria com os custos advindos da diferença

entre os custos incorridos em sunk costs e outros, e a garantia anteriormente recebida da parte B.

Para o caso de hold-up ocorrido na produção de ovos férteis no Distrito Federal mencionado, o relacionamento contratual entre as partes (avicultores integrados e empresa integradora) não especifica nenhuma garantia, quer seja em dinheiro quer seja em duração do contrato. Desta forma, utilizando-se os dados da pesquisa para simulação na situação real do hold-up, teríamos:

Figura 4. Uma situação de hold-up.

Nesta situação, observa-se uma transferência anual do lucro do avicultor integrado (Parte A) para a empresa integradora (Parte B), com a diminuição do percentual sobre o preço dos ovos de 12% (doze por cento) para 11% (onze por cento), pois, se a Parte B (empresa integradora) não agisse com hold-up, o produtor teria um lucro anual de R$ 96.141,12 e, com a ação de hold-up, o seu lucro seria diminuído para R$ 88.129,36 anuais, ou seja, haveria uma transferência de lucro do integrado para a integradora de R$ 8.011,76 para o ano em análise. Entretanto, caso a Parte A não continuasse com a transação após a ocorrência do hold-up, essa teria que incorrer com os custos em sunk costs (C) que, no caso, corresponde ao valor de R$ 969.000,00.

A situação de investimentos em ativos de elevada especificidade aliada à possibilidade do problema do hold-up aumenta a incerteza sobre tais investimentos, o que pode redundar em diminuição destes investimentos, caso em que o investidor não receba uma rentabilidade maior que a rentabilidade recebida em eventos com probabilidade de perda decorrente de hold-up.

Na literatura econômica existem alguns autores que lançam formas que poderiam ser utilizadas para se evitar o problema do hold-up. Klein (1988) lança mão dos contratos de longo prazo, o que é combatido por Hart (1995) caso haja possibilidade de renegociação. Já Anderlini & Felli (1998) não acreditam que contratos podem resolver problemas de hold-up. Ellingsen & Johannesson (2000) acreditam que este tipo de problema poderia ser minimizado se os agentes tivessem a informação completa sobre os custos e benefícios de seus investimentos, incluindo custos irrecuperáveis.

Diante desta discussão, um fato é certo, nenhum destes aspectos é relatado nos contratos de integração que regem a transação entre os avicultores industriais e as empresas integradoras no Distrito Federal, no período em análise.

Parte A

Parte B

Parte A

(1/4 πBB, 1/4 πA)

Não investe em ativos específicos Investe em ativos específicos Não hold-up Hold-up Não continua Continua (πBB, 96.141,12) (0, -969.000,00) (πB+8.011B ,76, 88.129,36)

(13)

Com as transações realizadas com o respaldo de contratos de integração com as agroindústrias, que é o caso dos avicultores industriais do Distrito Federal em análise, um problema do produtor que deixa de existir é o caso da comercialização do produto.

5. CONCLUSÕES

A exploração avícola nessa região se intensificou com o avanço espacial da agricultura em direção ao Centro Oeste, possibilitando o acesso mais facilitado e com menor custo aos componentes da ração. Esta avicultura industrial, no Distrito Federal, tem como modo de governança a integração vertical regida por contratos, sendo a coordenação dessas cadeias desempenhada pelas empresas integradoras.

Dentre as explorações avícolas industriais, um dos pontos de maior importância para as transações é a presença de investimentos em ativos com diferentes graus de especificidade. Na avicultura industrial, os produtores têm que fazer altos investimentos em ativos de elevada especificidade e incorrendo em sunk costs. Este é o ponto de maior importância para a possibilidade de ocorrência de uma situação de hold-up na avicultura industrial.

O grau de especificidade dos ativos empregados na exploração de ovos férteis na avicultura integrada no Distrito Federal é muito elevado. Nos contratos de integração vertical existentes para os produtores de ovos férteis não há menção de garantia de duração de contratos. Isso aumenta a incerteza acerca da efetivação de investimentos em ativos de elevada especificidade, como é o caso, e facilita a ocorrência de hold-up pela parte menos dependente da transação.

Outro ponto que pode facilitar a manifestação de hold-up é o fato de que não existem garantias sobre a quebra contratual na avicultura industrial, ou seja, não há um dispositivo que possa punir a parte que decidir interromper a transação.

Com a ocorrência desta manifestação de oportunismo, a parte da negociação que foi “assaltada” tentará lutar para aumentar a sua rentabilidade, necessária para a efetivação de novos investimentos. Com a decisão da empresa da diminuição da receita dos produtores integrados via mudanças na remuneração, os produtores teriam uma redução de, aproximadamente, 8% na sua receita, sendo que este montante financeiro seria transferido para a empresa integradora.

Esse acontecimento de hold-up poderá levar, no longo prazo, a uma saída da atividade de certos produtores, se os custos variáveis médios não forem cobertos. No curto prazo, entretanto, esta decisão da empresa em diminuir a remuneração do seu integrado poderá induzir uma dificuldade de encontrar novos produtores interessados em entrar na atividade como integrado, pois a reputação da empresa pode ser negativamente afetada e eles provavelmente exigirão um retorno mais elevado para compensar o risco de hold-up .

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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www.econ.cam.ac.uk/faculty/LA13/LA13.htm. Setembro, 1998.

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(14)

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Referências

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