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FABIANA FERREIRA Exigência de metionina + cistina para codornas de corte em dois grupos genéticos (EV1 e EV2) durante a fase de crescimento

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FABIANA FERREIRA

Exigência de metionina + cistina para codornas de corte em dois grupos genéticos (EV1 e EV2) durante a fase de crescimento

Cuiabá 2011

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FABIANA FERREIRA

Exigência de metionina + cistina para codornas de corte em dois grupos genéticos (EV1 e EV2) durante a fase de crescimento

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal

Área de Concentração: Nutrição e Produção de Não Ruminantes

Orientadora: Profª. Drª. Gerusa da Silva Salles Corrêa

Co-Orientador: Profº. Dr. André Brito Corrêa Co-Orientador: Profº. Dr. João Garcia Caramori Junior

Cuiabá 2011

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluna: FABIANA FERREIRA

Título: Exigência de metionina + cistina para codornas de corte em dois grupos genéticos (EV1 e EV2) durante a fase de crescimento

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal

Aprovada em 04/02/2011 Banca Examinadora:

_______________________________ Profª. Drª. Gerusa da Silva Salles Corrêa

(Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – Universidade Federal de Mato Grosso) (Orientadora)

______________________________ Prof. Dr. André Brito Corrêa

(Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – Universidade Federal de Mato Grosso) (Co-Orientador)

_______________________________ Prof. Dr. João Garcia Caramori Junior

(Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – Universidade Federal de Mato Grosso) (Co-Orientador)

________________________________ Prof. Dr. Carlos Henrique de Figueiredo Vasconcellos

(Departamento de Graduação e Pós-Graduação – Instituto Federal de Mato Grosso) (Membro)

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Dedico À Deus por seu infinito amor e cuidado, e por permitir que eu consiga entender e vivenciar

os sonhos e os planos que Ele tem para minha vida.

Aos meus pais, José Jander e Cely (in memorian), pela maneira como me educaram, e pelo amor incondicional.

Aos meus avós, José (in memorinan) e Jandira, Suely e Deoclides Neto, por toda confiança, amor, cuidado e apoio a mim dedicados.

Aos meus irmãos queridos Junior, Érika e Welinton, pelos laços de amor e grande amizade existente entre nós.

À Rozimar, por fazer parte da minha família e também por demonstrar seu apoio em momentos de decisões.

À minha orientadora e querida amiga Gerusa, por sua paciência, pelos ensinamentos, pela confiança depositada, pelo apoio e principalmente pela grande amizade construída, a qual

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AGRADECIMENTOS

À Deus, agradeço de todo o coração pela vida, saúde, cuidado, capacidade de discernimento, e por Suas misericórdias se renovarem em minha vida a cada manhã.

À Universidade Federal de Mato Grosso e ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, pela oportunidade de realização do mestrado.

À CAPES pela concessão da bolsa de estudos.

Ao Professor Martinho de Almeida e Silva, pela disponibilidade e grande ajuda para a condução dos experimentos, sem o qual não teriam sido realizados.

À minha orientadora e amiga Professora Gerusa da Silva Salles Corrêa. Pessoa inteligente, dedicada, correta, um grande exemplo profissional. Obrigada pelos ensinamentos, paciência, confiança, e preocupação em sempre me orientar corretamente tanto no profissional como no pessoal. “Mãe”, sou grata a você por essa conquista, ou melhor, nossa conquista!

Ao Professor André Brito Corrêa, por sua paciência sempre, disposição em solucionar minhas dúvidas (as quais nunca foram poucas!), pela colaboração na realização deste trabalho e claro pela amizade demonstrada durante esse período em que convivemos intensamente. “Pai”, deixo aqui registrada minha imensa admiração e respeito.

Ao Professor João Garcia Caramori Junior, por ser colaborador nessa caminhada do mestrado, e pela disponibilidade sempre.

Ao Professor Carlos Henrique de Figueiredo Vasconcellos, pelas sugestões e também por se disponibilizar a fazer parte deste trabalho.

Ao meu querido e amado pai José Jander Dias Ferreira, pelo amor e ensinamentos a mim dedicados. Pelos conselhos, por apoiar todas as decisões durante minha vida, sempre demonstrando tamanha confiança depositada. Pai te amo incondicionalmente!

À minha mãe Cely Alves Galvão Ferreira (in memorian) a qual jamais poderei esquecer, sempre alegre mesmo nas adversidades, por sua luta e vontade de vencer. Saudade eterna!

Aos meus irmãos amados Junior, Érika e Welinton, e minha madrasta Rozimar, por tudo que vivemos juntos, amizade construída e apoio demonstrado.

Às minhas avós Suely e Jandira, pelo cuidado, carinho, amor e dedicação. Amo vocês! Ao meu tio Sebastião Jorge, por sua atenção e por me incentivar sempre nos estudos, e pelos conselhos valiosos para que eu nunca desista de lutar pelos meus objetivos. Obrigada!

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Aos meus amigos de caminhada Celina, Crislaine, Leni, Edenilce, Emerson, Rodrigo, Inácio, Valéria, Evelyn, Maryane, Elayna, Marcelo, Marcus, Josimar, os quais me aguentaram muito durante o mestrado, vocês são especiais demais!

Aos amigos e colegas de mestrado que de alguma forma fizeram diferença em minha vida como Marilú, Daniel, Jorge, Fábio Calhao, André Buzutti, Rafael Siqueira, Lilian, Marleide, Francisco, obrigada queridos pela força quando precisei e pelas brincadeiras quando estava triste.

À Vivian, Rocha e Gal, os quais me receberam de braços abertos e me ajudaram muito durante o meu experimento em Belo Horizonte. Obrigada pela atenção, por me auxiliarem nos momentos em que me sentia totalmente perdida, pelos almoços juntos, pelas conversas e brincadeiras. Muito Obrigada!

Aos estagiários que auxiliaram na condução do experimento Winne, Natália, Rodrigo e Lissandra.

À Luciana Freitas, Juliana Mello e Luciana Costa, minhas irmãs em BH, as quais me acolheram com tanta atenção e boa vontade, pelas conversas intermináveis (não é mesmo Ju!), pelos papos “cabeça” (sempre com a Lu galega) e claro pelas conversas futuristas (com a Lu preta). Obrigada pela amizade construída, certamente jamais me esquecerei de vocês, pois agora sou da família também!!!

Aos funcionários da secretaria da Pós-graduação Elaine e Douglas, pela amizade e disposição sempre auxiliando no que fosse preciso, Obrigada!

Aos meus primos “chatos”, porém lindos, Flávio e Fernando, por representarem aqui em Cuiabá um pedacinho da família, os quais me aguentaram muito. Obrigada meninos!

Aos meus amados amigos da ABU Cuiabá e da Igreja Batista Boas Novas, pela convivência, carinho e cuidado. Em especial deixo registrado meu sincero agradecimento à Luciana Fernandes, Thaynara, Guilherme Campos, Viviane, Patrícia, Carlos Eduardo, Mel, Nathália, Samuel Kaiser, Eduardo, Flávio, José Gustavo, Cézar e Laura Lagares, vocês são vitoriosos, pois sobreviveram a mim!!!. Obrigada galera por todos os momentos que vivemos, jamais poderei esquecer vocês! Sentirei saudades meus amigos!

Aos jovens da Segunda Igreja Batista de Rondonópolis, meus amigos de longa data, que sempre estiveram esse tempo todo orando por mim e torcendo por essa conquista.

Em especial quero agradecer a algumas pessoas, Carla, Janiele, Leonel Gandi, Claudinéia, Marilene (Tia Tuca), Tio Carlos, obrigada por participarem da minha vida.

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Que sejas meu universo Não quero dar-Te só um pouco do meu tempo Não quero dar-Te um dia apenas da semana

Que sejas meu universo Não quero dar-Te as palavras como gotas Quero que saia um dilúvio de bençãos da minha boca

Que sejas meu universo Que sejas tudo o que sinto e o que penso Que de manhã seja o primeiro pensamento E a luz em minha janela

Que sejas meu universo Que enchas cada um dos meus pensamentos Que a Tua presença e o Teu poder sejam alimento Jesus esse é o meu desejo

Que sejas meu universo Não quero dar-Te só uma parte dos meus anos Te quero Dono do meu tempo e dos meus planos

Que sejas meu universo Não quero a minha vontade Quero agradar-Te E cada sonho que há em mim quero entregar-Te!!!

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RESUMO

FERREIRA, F. Exigência de metionina + cistina para codornas de corte em dois grupos genéticos (EV1 e EV2) durante a fase de crescimento. 2011 90f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Foram conduzidos dois experimentos, em delineamento inteiramente ao acaso para avaliar os efeitos dos níveis de metionina + cistina total sobre o desempenho e características de carcaça de dois grupos genéticos, EV1 (experimento I) e EV2 (experimento II), de codornas de corte em crescimento (nascimento ao 21º e nascimento ao 35° dia de idade). Os tratamentos foram constituídos de seis níveis de metionina + cistina total (0,73; 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03%), quatro repetições e 12 aves por unidade experimental, totalizando 288 aves em cada experimento. As variáveis avaliadas foram o peso corporal, ganho de peso, consumo alimentar, conversão alimentar, peso e rendimento de carcaça, peito, coxa, asa, vísceras comestíveis e gordura abdominal. No experimento I, houve efeito quadrático significativo do nascimento ao 21° dia para todas as variáveis de desempenho avaliadas, com melhor peso corporal e ganho de peso no nível 0,95%, e para consumo e conversão alimentar no nível 0,94% de metionina + cistina. Do nascimento ao 35° dia de idade houve efeito quadrático significativo para peso corporal, ganho de peso, consumo alimentar, peso de carcaça, coxa, coração, peso e rendimento de peito e asa. O peso de fígado apresentou resposta linear crescente e o rendimento de moela apresentou resposta linear decrescente. No experimento II, houve efeito quadrático significativo do nascimento ao 21° dia para todas as variáveis de desempenho avaliadas, com melhores desempenhos nos níveis 0,97% de metionina + cistina para peso corporal e ganho de peso, e 0,96% para consumo e conversão alimentar. Do nascimento ao 35° dia de idade houve efeito quadrático significativo para peso corporal, ganho de peso, consumo alimentar, peso de carcaça, peito, coxa, rendimento de asa e moela. O peso de fígado, coração e gordura abdominal, e os rendimentos de peito e gordura abdominal apresentaram resposta linear crescente, e o rendimento de coxa apresentaram efeito linear decrescente. A exigência de metionina + cistina total para máximo ganho de peso de codornas de corte EV1, do nascimento ao 21° dia e do nascimento ao 35° dia de idade é de 0,95% e 0,93%, respectivamente e para o grupo EV2 é 0,97% e 0,95% respectivamente. Para

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maior peso de carcaça e peito a exigência para o grupo EV1 é estimada em 0,93%, e para rendimento de peito 0,96% de metionina + cistina total. Para o grupo EV2, a exigência para maior peso de carcaça é 0,95%.

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ABSTRACT

FERREIRA, F. Methionine + cystine requirement during the growing phase of two European quail strains (EV1 and EV2). 2011 90f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Two experiments were carried out in a completely randomized experimental design to evaluate the effect of total methionine + cystine on the performance and carcass traits of two European quail genetic strains EV1 (experiment 1) and EV2 (experiment 2) during two phases of the growing period (from hatch to 21 days of age and from hatch to 35 days of age). The treatment consisted of six levels of total methionine + cystine (.73; .79; .85; .91; .97 e 1.03%), with four replicates of 12 quails per experimental unit. Body weight, weight gain, feed intake, feed: weight gain ratio, weight and yield of carcass, breast, thigh, wing, edible giblets and abdominal fat were evaluated. In experiment 1, significant and quadratic effects of methionine + cystine on the performance traits recorded from hatch to 21 days of age were observed. Highest body weight and weight gain and lowest feed intake and feed: weight gain ratio were estimated for quails fed .95% and .94% diets. Significant and quadratic effects of metionine + cystine on body weight, weight gain and feed intake from hatch to 35 days of age were estimated for quails fed .93%; .93%; and .94% diets, respectively. Quadratic effects of methionine+cystine on weight of carcass, thigh, heart, and breast and wing weights and yields were estimated. Increasing and decreasing linear responses were estimated for liver weight and gizzard yield, respectively. In experiment 2, quadratic effect of methionine+cystine level on all performance traits measured from hatch to 21 days of age observed with maximum body weight and weight gain and minimum feed intake and feed: weight gain ratio for quails fed .97% and .96% methionine+cystine diets. From hath to 35 days of age quadratic effects of methionine+cystine on body weight, weight gain, feed intake, weights of carcass, breast and thigh, and wing and gizzard yields were estimated. Positive linear response of liver, heart and abdominal fat weights and negative for thigh yield were also observed. The total methionine+cystine requirements for weight gain of EV1 strain from hatch to 21 days and from hatch to 35days of age were .95% and .93, respectively and for EV2 strain .97% and

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.95%, respectively. Total methionine+cystine EV1 requirement for carcass and breast weight is .93 and for breast yield .96%. The EV2 requirement for carcass weight is .95%.

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LISTA DE TABELAS

Página Capítulo I

Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal... 33 Tabela 2. Peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão

alimentar (g/g) das codornas de corte EV1 do nascimento ao 21° dia de

idade, segundo o nível de metionina + cistina da dieta... 35 Tabela 3. Peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão

alimentar (g/g) das codornas de corte EV1 do nascimento ao 35° dia de

idade, segundo o nível de metionina + cistina da dieta... 39

Capítulo II

Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal... 49 Tabela 2. Peso corporal (g), peso de carcaça (g), peso de peito (g), peso de coxa (g),

peso de fígado (g), peso de moela (g), peso de coração (g), peso de gordura

abdominal (g), em função dos níveis de metionina + cistina da dieta... 51 Tabela 3. Rendimento de carcaça (%), rendimento de cortes (%), rendimento de

vísceras comestíveis (%), e rendimento de gordura abdominal (%), em

função dos níveis de metionina + cistina da dieta... 56

Capítulo III

Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal... 65 Tabela 2. Peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão

alimentar (g/g) das codornas de corte EV2 do nascimento ao 21° dia de

idade, segundo o nível de metionina + cistina da dieta... 67 Tabela 3. Peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão

alimentar (g/g) das codornas de corte EV2 do nascimento ao 35° dia de

(13)

Página Capítulo IV

Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal... 81 Tabela 2. Peso corporal (g), peso de carcaça (g), peso de peito (g), peso de coxa (g),

peso de fígado (g), peso de moela (g), peso de coração (g), peso de gordura

abdominal (g), em função dos níveis de metionina + cistina da dieta... 83 Tabela 3. Rendimento de carcaça (%), rendimento de cortes (%), rendimento de

vísceras comestíveis (%), e rendimento de gordura abdominal (%), em

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LISTA DE FIGURAS

Página Revisão de Literatura

Figura 1. Processo de transformação da metionina em cistina... 23

Capítulo I

Figura 1. Regressão do peso corporal no 21° dia de idade de codornas de corte EV1

em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 35 Figura 2. Regressão do ganho de peso do nascimento ao 21°dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 36 Figura 3. Regressão do consumo alimentar do nascimento ao 21° dia de idade de

codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta.. 36 Figura 4. Regressão da conversão alimentar do nascimento ao 21° dia de idade de

codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta.. 37 Figura 5. Regressão do peso corporal no 35° dia de idade de codornas de corte EV1

em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 39 Figura 6. Regressão do ganho de peso do nascimento ao 35°dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 40 Figura 7. Regressão do consumo alimentar do nascimento ao 35° dia de idade de

codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta.. 40

Capítulo II

Figura 1. Regressão do peso corporal no 35° dia de idade de codornas de corte EV1

em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 52 Figura 2. Regressão do peso de carcaça de codornas de corte EV1 em relação ao

nível de metionina + cistina da dieta... 52 Figura 3. Regressão do peso de peito de codornas de corte EV1 em relação ao nível

de metionina + cistina da dieta... 53 Figura 4. Regressão do peso de coxa de codornas de corte EV1 em relação ao nível

de metionina + cistina da dieta... 53 Figura 5. Regressão do peso de asa de codornas de corte EV1 em relação ao nível de

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Figura 6. Regressão do peso de coração de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta...

Página

54 Figura 7. Regressão do rendimento de peito de codornas de corte EV1 em relação ao

nível de metionina + cistina da dieta... 56

Capítulo III

Figura 1. Regressão do peso corporal no 21° dia de idade de codornas de corte EV2

em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 67 Figura 2. Regressão do ganho de peso do nascimento ao 21°dia de idade de codornas de corte EV2 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 68 Figura 3. Regressão do consumo alimentar do nascimento ao 21° dia de idade de

codornas de corte EV2 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta.. 68 Figura 4. Regressão da conversão alimentar do nascimento ao 21° dia de idade de

codornas de corte EV2 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta.. 69 Figura 5. Regressão do peso corporal no 35° dia de idade de codornas de corte EV2

em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 71 Figura 6. Regressão do ganho de peso do nascimento ao 35°dia de idade de codornas de corte EV2 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 72 Figura 7. Regressão do consumo alimentar do nascimento ao 35° dia de idade de

codornas de corte EV2 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta.. 72

Capítulo IV

Figura 1. Regressão do peso corporal no 35° dia de idade de codornas de corte EV2

em relação ao nível de metionina + cistina da dieta... 84 Figura 2. Regressão do peso de carcaça de codornas de corte EV2 em relação ao

nível de metionina + cistina da dieta... 84 Figura 3. Regressão do peso de peito de codornas de corte EV2 em relação ao nível

de metionina + cistina da dieta... 85 Figura 4. Regressão do peso de coxa de codornas de corte EV2 em relação ao nível

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÂO... Página 18 2. REVISÃO DE LITERATURA... 20 2.1- PROTEÍNA IDEAL... 20 2.2- METIONINA + CISTINA... 21 2.3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 26 3. ARTIGOS GERADOS... 29 3.1- CAPÍTULO I Exigência de metionina + cistina para codornas de corte durante a fase de crescimento Resumo... 29 30 Abstract... 30 Introdução... 31 Material e Métodos... 32 Resultados e Discussão... 34 Conclusões... 41 Referências Bibliográficas... 42 3.2- CAPÍTULO II Características de carcaça de codornas de corte EV1 alimentadas com diferentes níveis de metionina + cistina total Resumo... 44 45 Abstract... 45 Introdução... 46 Material e Métodos... 48 Resultados e Discussão... 50 Conclusões... 58 Referências Bibliográficas... 58

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Página 3.3- CAPÍTULO III

Teor de metionina + cistina total para codornas de corte do grupo genético EV2 durante o período de crescimento

61 Resumo... 62 Abstract... 62 Introdução... 63 Material e Métodos... 64 Resultados e Discussão... 66 Conclusões... 73 Referências Bibliográficas... 73 3.4- CAPÍTULO IV Exigência de metionina + cistina total para características de carcaça de codornas de corte 76 Resumo... 77 Abstract... 77 Introdução... 78 Material e Métodos... 79 Resultados e Discussão... 82 Conclusões... 88 Referências Bibliográficas... 88

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Exigência de metionina + cistina para codornas de corte em dois grupos genéticos (EV1 e EV2) durante a fase de crescimento

1. INTRODUÇÃO

A criação de codornas assumiu importância mundial nos últimos anos, não apenas por ser um excelente animal de laboratório para pesquisas avícolas e biomédicas (SHRIVASTAV, 2002), mas também pela qualidade excepcional e alto valor nutritivo de sua carne e agradável sabor de seu ovo (LOPES et al., 2006). Atualmente muitos produtores tem se interessado pela criação graças às características produtivas que as codornas apresentam, como rápido crescimento, maturidade sexual precoce (30 a 40 dias), alta taxa de postura (em média 300 ovos/ave/ano), elevada densidade de criação (320 a 400 aves/m2), elevada vida produtiva (14 a 18 meses), investimento relativamente baixo do capital investido.

Diante de todo esse potencial produtivo, alguns pesquisadores têm buscado desenvolver trabalhos a fim de contribuir para com o maior aprimoramento desta exploração como fonte rentável na produção avícola. Isto é importante, pois no Brasil, são poucas as informações sobre o desempenho e as exigências nutricionais de codornas criadas para produção de carne, e os programas de alimentação normalmente utilizados seguem as recomendações do National Research Council - NRC (NUTRIENT..., 1994) ou do Instituto Nacional de La Recherché Agronomique (INRA, 1999), os quais apresentam as exigências para codornas japonesas, que são específicas para produção de ovos e ainda criadas em condições de ambiente diferentes das do Brasil.

O próprio NRC (NUTRIENT..., 1994) cita que desde 1984 não se teve nova informação a respeito das exigências nutricionais para codornas, demonstrando assim a grande defasagem de informação. Outro fato importante é que as codornas européias apresentam características diferentes das codornas japonesas, as quais apresentam maior aptidão para postura, o que pode determinar exigências nutricionais diferentes (CORRÊA et al., 2007).

Neste contexto, estudos em nutrição protéica para codornas de corte tornam-se ainda mais importantes, pois além de serem utilizadas tabelas provenientes de outros países, os custos com alimentação representam aproximadamente 75% do custo total de produção, e destes cerca de 25% correspondem a parte protéica da dieta.

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E ainda, as dietas para codornas são formuladas com base nas exigências de proteína bruta, o que pode acarretar consumo excessivo de aminoácidos essenciais, e a digestão e o metabolismo desses aminoácidos consumidos em excesso geram incremento calórico corporal desnecessário, provocando aumento da excreção de ácido úrico, com maior gasto de energia (PINTO et al., 2003a). Com isso, a nova proposta da nutrição de codornas é utilizar níveis mínimos de proteína bruta, com objetivo de aplicar o conceito de proteína ideal, mas para isso é necessário estabelecer as exigências nutricionais em aminoácidos.

As dietas comumente formuladas para codornas são à base de milho e farelo de soja, os quais são deficientes dentre outros aminoácidos, principalmente em metionina, por este ser essencial e o primeiro limitante para aves. Além disso, a metionina e a cistina são considerados aminoácidos também fisiologicamente essenciais para mantença, crescimento e para o desenvolvimento das penas (PINTO et al., 2003b).

Outro aspecto importante é que ainda não há descrito trabalhos demonstrando a exigência de metionina + cistina para codornas de corte na fase de crescimento (do nascimento ao 35° dia de idade).

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1- PROTEÍNA IDEAL

Quimicamente proteínas são polímeros complexos de aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas. Elas se diferenciam exatamente pela sequência com que os aminoácidos encontram-se unidos.

As proteínas são constituintes dos mais variados tecidos animais como musculatura esquelética, órgãos de musculatura lisa, pele, pêlos, enzimas e as mais variadas células com funções diversas (ARAÚJO e SOBREIRA, 2008).

Metabolicamente, o aproveitamento da fração protéica da dieta apresenta reflexo direto sobre a conversão alimentar, a qualidade da carcaça e o ganho de peso, entretanto, durante muitos anos as dietas para aves foram formuladas com base na proteína bruta, isso resultava em dietas com maiores conteúdos de aminoácidos ou em desequilíbrio em relação ao exigido pelos animais (SANTOS, 2008).

Com os avanços obtidos na nutrição animal, por meio da eficiência na avaliação nutricional dos ingredientes, da produção de aminoácidos industriais, e o adequado conhecimento do metabolismo protéico, há possibilidade da utilização de dietas visando atender as exigências nutricionais específicas para proteína e aminoácidos, além dos menores custos da dieta.

Outra vantagem obtida com a redução do teor protéico nas dietas encontra-se ainda a redução da excreção de nitrogênio no ambiente, minimizando o impacto ambiental, pois o problema do excesso de nitrogênio no solo é que esse se transforma em nitrato, que se movimenta facilmente no solo e dissolve-se na água contaminando o lençol freático (RODRIGUES et al., 2007).

Assim, a necessidade de estimar as exigências dos animais com base em aminoácidos totais ao invés do conteúdo de proteína bruta direcionou, então, a reformulação das dietas visando à melhor utilização da proteína pelo animal.

Com o início das pesquisas nessa área observou-se excesso de proteína e de aminoácidos nestas dietas. Imaginou-se então que haveria uma relação entre os aminoácidos que otimizaria a retenção protéica e diminuiria a excreção de nitrogênio, surgindo o conceito inicial de proteína ideal (ARAÚJO e SOBREIRA, 2008).

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A “proteína ideal” foi baseada no conceito desenvolvido por H. H. Mitchell e H. M. Scott na Universidade de Illinois no início da década de 60, como sendo uma mistura de aminoácidos ou proteína cuja composição atende às exigências dos animais para os processos de mantença e crescimento (EMMERT e BAKER, 1997).

Aplicado na estimativa de exigências nutricionais de várias espécies pela diminuição no teor de proteína bruta da dieta e suplementação de aminoácidos industriais, o conceito de proteína ideal é definido como sendo o balanço exato de aminoácidos essenciais na dieta, sem que ocorram deficiências ou excessos de forma que nenhum aminoácido seja utilizado para obtenção de energia (SANTOS, 2008).

Ao reduzir o teor protéico da dieta há possibilidade também de redução do incremento calórico, o que é bem visto para situações de estresse por calor, pois, uma das consequências da alimentação é a geração de calor, sendo que a digestão de proteína provoca incremento calórico maior que carboidratos e lipídios (SUIDA, 2001).

O conceito de proteína ideal estabelece que todos os aminoácidos essenciais sejam expressos como proporções ideais ou porcentagens de um aminoácido de referência, o qual é a lisina.

A lisina foi escolhida como aminoácido referência por ser o primeiro limitante em dietas para suínos e o segundo limitante em dietas para aves; por ser envolvido exclusivamente com a síntese protéica; por ser de fácil análise; por existir muita informação sobre sua concentração e digestibilidade nos ingredientes (SANTOS, 2008).

Atualmente, fabricados em escala industrial e disponíveis para utilização na alimentação animal, encontram-se apenas cinco aminoácidos sintéticos, sendo eles: DL-Metionina, L-Lisina, L-Treonina, L-triptofano e L-Valina.

Assim, o conhecimento adequado da nutrição torna-se necessário para se estabelecer os adequados requerimentos de aminoácidos exigidos pelas codornas de corte visando assim obter o máximo desempenho produtivo da espécie.

2.2- METIONINA + CISTINA

A metionina é um aminoácido essencial e representa o primeiro aminoácido limitante para aves. Suas principais participações no organismo são síntese de proteína (toda cadeia polipeptídica é iniciada com a metionina, que posteriormente é retirada. O RNA - mensageiro

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para iniciar uma síntese de proteína necessita do N-formil metionil L-RNA, que representa o códon iniciador AUG); doadora de grupos metílicos (o que é importante, por exemplo, na síntese de colina (forma a lecitina) e creatina (aminoácido não protéico)); doadora de enxofre; essencial para crescimento e manutenção das penas e precursora da cistina.

Quanto à cistina, a princípio acreditava-se que esta fosse também um aminoácido essencial, mas observações posteriores indicaram que é possível obtê-la de dieta onde não ocorre falta de metionina, pois em condições normais, a metionina pode ser catabolizada e convertida em cistina, importante na estrutura de muitas moléculas protéicas (insulina e imunoglobulinas), e interligando cadeias polipeptídicas através de pontes dissulfeto. No entanto, esta conversão não é reversível, pois a cistina não pode ser convertida em metionina. Assim, torna-se necessário determinar os níveis adequados destes aminoácidos, a fim de se atender esta interrelação (LEHNINGER, 1991). Tem sido considerado que no mínimo 55% dos aminoácidos sulfurosos na ração devem ser fornecidos na forma de metionina para as aves em todas as fases de criação (ROSTAGNO et al., 1996).

No processo de conversão de metionina em cistina (Fig. 1), primeiramente a metionina dietética é convertida em S-adenosilmetionina pela enzima metionina-adenosiltransferase (MAT). MAT forma uma ligação de enxofre de alta energia entre o caborno 5’ da ribose do ATP e o enxofre de metionina. Uma pequena quantidade de S-adenosilmetionina é utilizada para a síntese de poliaminas, e a maior parte doa seu grupo metil a outros compostos, incluindo creatina, DNA e RNA (BYDLOWSKI et al., 1998). O produto da desmetilação da S-adenosilmetionina é a S-adenosil-homocisteína, único precursor de homocisteína (aminoácido sulfurado não formador de proteínas). A homocisteína formada pode então seguir duas vias: transulfuração ou remetilação (NERBASS et al., 2005).

Na via de transulfuração, aproximadamente 50% da homocisteína é convertida irreversivelmente à cistationina, e essa reação é catalisada pela enzima cistationina β-sintetase, dependente da vitamina B6 como co-fator, onde a homocisteína sofre uma condensação com a serina para formar a cistationina. A enzima seguinte na reação, γ-cistationase dependente também de vitamina B6, hidrolisa a cistationina gerando então cisteína e α-cetobutirato. Quanto à via da remetilação, a homocisteína adquire um grupo metil para formar novamente metionina, em uma reação catalisada pela enzima metionina sintetase que depende da vitamina B12 como co-fator (BYDLOWSKI et al., 1998).

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Figura 1. Processo de transformação da metionina em cistina

Além das funções da cistina citadas, temos ainda a formação de piruvato e a utilização na síntese de vários compostos contendo enxofre, incluindo a taurina, aminoácido que participa na formação do ácido biliar (importante na digestão de lipídeos).

Portanto, a cistina e a metionina são aminoácidos fisiologicamente essenciais, necessários para mantença, crescimento e adequado desenvolvimento das penas (PINTO et al., 2003b).

Como a conversão de cistina em metionina não ocorre, torna-se necessário o adequado conhecimento dos níveis destes aminoácidos requeridos pelos animais, para que as dietas possam ser formuladas de forma que atendam à exigência de metionina + cistina.

*MAT = Metionina-adenosiltransferase

Grupo Metil

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Alguns trabalhos têm sido realizados com o objetivo de determinar a adequada exigência de metionina + cistina para codornas, a fim de atender a interrelação existente entre esses dois aminoácidos.

Svacha et al. (1970) e o NRC (NUTRIENT..., 1994), recomendam para codornas em crescimento 0,73 e 0,75% de metionina + cistina total, respectivamente.

Pinto et al. (2003b) testando seis níveis de metionina + cistina (0,55; 0,61; 0,66; 0,72; 0,78 e 0,86%) para codornas japonesas em crescimento (do 7° ao 42° dia de idade), observaram efeito linear crescente recomendando o nível 0,86% de metionina + cistina para máximo peso final e ganho de peso.

Entretanto, trabalhos realizado por Torres et al. (2005a e b), com níveis de metionina + cistina total (0,73; 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03%) para codornas de corte, obtiveram os melhores resultados com o nível de 0,95% e 0,96% de metionina + cistina, respectivamente, durante a fase inicial de criação.

Corrêa et al. (2005) trabalhando com níveis de metionina + cistina total (0,73 a 1,03%) observaram, por meio de regressão linear, que codornas de corte alimentadas com dietas contendo 1,03% de metionina + cistina total apresentaram maior peso aos 21 dias de idade.

Em outro trabalho, avaliando a exigência de metionina + cistina total para codornas de corte EV1 em crescimento, Corrêa et al. (2006) encontraram maior ganho de peso quando utilizado os níveis de 0,95% na fase inicial (sete a 21 dias) e 0,73% na fase final de criação (22 a 42 dias de idade).

Corrêa et al. (2010), trabalhando com níveis de 0,73 a 1,03% de metionina + cistina para codornas de corte EV2 do 7° ao 21° dia de idade, observaram aumento no peso corporal e ganho de peso das codornas alimentadas com dietas contendo 0,95% e 1,03% de metionina + cistina total para fase inicial (7° ao 21º dia) e total de criação (7° ao 42° dia de idade).

Entretanto, ainda ocorrem controvérsias entre os resultados de pesquisa existentes referente ao requerimento de metionina + cistina para codornas, motivo esse que impulsionou a realização da pesquisa para estabelecer a exigência de metionina + cistina para codornas de corte de dois grupos genéticos (EV1 e EV2), além de não haver trabalhos relacionados a exigência de metionina + cistina em codornas de corte a partir do nascimento ao 35° dia de idade.

Quanto a influencia de níveis de aminoácidos sobre características de carcaça de codornas, Corrêa et al. (2010), avaliando níveis de metionina + cistina (0,73 a 1,03%) para

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codornas de corte do 7° ao 42° dia de idade, não observaram efeito dos níveis testados sobre peso e rendimento de carcaça, peito, coxa, gordura abdominal, fígado, moela e coração.

Trabalhos têm indicado diferença nas exigências nutricionais entre grupos genéticos para características de desempenho. No entanto, não existem informações disponíveis quanto à exigência de metionina + cistina sobre características de carcaça de codornas criadas para corte.

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2.3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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3. ARTIGOS GERADOS

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3.1 CAPÍTULO I

Exigência de metionina + cistina para codornas de corte durante a fase de crescimento

RESUMO

Estudou-se o efeito de diferentes níveis de metionina + cistina sobre o desempenho de codornas de corte durante a fase inicial (nascimento ao 21° dia) e fase total de criação (nascimento ao 35° dia de idade). Foram utilizadas 288 codornas, de ambos os sexos, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram de seis níveis de metionina + cistina total (0,73; 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03%), quatro repetições e doze aves por unidade experimental. Os parâmetros avaliados foram o peso corporal, ganho de peso, consumo e conversão alimentar para fase inicial e total de criação. Observou-se efeito quadrático significativo do nascimento ao 21° dia de idade para todos os parâmetros avaliados, sendo observado melhor desempenho nas codornas alimentadas com 0,95% de metionina + cistina para peso corporal e ganho de peso, e 0,94% para consumo e conversão alimentar. Houve efeito quadrático do nível de metionina + cistina do nascimento ao 35º dia de idade para peso corporal, ganho de peso e consumo alimentar, com melhores desempenhos nos níveis de 0,93; 0,93 e 0,94%, respectivamente. A exigência de metionina + cistina para máximo ganho de peso na fase inicial é de 0,95%, e para fase total de criação é de 0,93%.

Palavras chave: aminoácido sulfurado, desempenho, exigência nutricional, ganho de peso

Methionine + cystine requirement for European quail during the growing phase

ABSTRACT

The effect of methionine + cystine level on the performance of European quail during two phases of the growing period (from hatch to 21 days of age and from hatch to 35 days of age) was evaluated in a completely randomized experimental design with six level of total methionine + cystine (.73; .79; .85; .91; .97 e 1.03%), four replicates and 12 quails per experimental unit. Body weight, weight gain, feed intake and feed: weight gain ratio were evaluated in both phases. Significant and quadratic effects of methionine + cystine on the

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performance traits recorded from hatch to 21 days of age were observed. Highest body weight and weight gain and lowest feed intake and feed: weight gain ratio were estimated for quails fed .95% and .94% diets. Significant and quadratic effects of metionine + cystine on body weight, weight gain and feed intake from hatch to 35 days of age were estimated for quails fed .93%; .93%; and .94% diets, respectively. Weight gain methioninine + cystine requirement from hatch to 21 days is .95% and from hatch to 35 days of age, .93%.

Key words: Aminoacid, performance, nutritional requirement, weight gain

INTRODUÇÃO

Dentre os fatores que incidem sobre o custo de produção de codornas, a alimentação pode representar mais de 70% do custo total (Freitas et al., 2006). Sendo assim, a determinação das exigências nutricionais é de grande importância para todas as espécies avícolas, uma vez que o fornecimento de níveis adequados dos nutrientes é o principal fator que determina se as aves vão expressar todo o seu potencial genético (Corrêa et al., 2007a).

Neste contexto, estudos em nutrição de codornas de corte tornam-se cada vez mais importantes, pois se têm utilizado tabelas de exigências nutricionais de outros países, como no caso das tabelas do NRC (Nutrient..., 1994), ou ainda extrapolações dos valores nutricionais para frangos de corte ou codornas de postura, e essas informações podem não ser ideais para o desenvolvimento e desempenho adequados desta espécie (Corrêa et al., 2006).

Outro fator importante é que as recomendações realizadas pelo NRC (Nutrient..., 1994) correspondem a exigências de codornas japonesas, as quais apresentam características diferentes das codornas européias, pois as codornas japonesas apresentam maior aptidão para postura, o que pode determinar exigências nutricionais diferentes (Corrêa et al., 2007a).

As dietas utilizadas para codornas ainda são baseadas na quantidade de proteína bruta, o que provoca um consumo excessivo de aminoácidos, gerando assim um gasto energético desnecessário, além é claro de provocar uma excreção excessiva de ácido úrico.

Atualmente, a utilização de aminoácidos sintéticos permite a formulação de dietas com teores reduzidos de proteína bruta, porém sem que ocorra deficiência nem excesso de aminoácidos essenciais.

Dentre os aminoácidos essenciais, a metionina se destaca, pois é o primeiro limitante para aves. Além disso, a metionina e a cistina são considerados aminoácidos fisiologicamente

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essenciais para mantença, crescimento e para o desenvolvimento das penas (Pinto et al., 2003).

No organismo, em condições normais a metionina pode ser catabolizada e convertida em cistina, porém esta conversão não é reversível, pois a cistina não pode ser convertida em metionina por isso torna-se necessário determinar os níveis adequados destes aminoácidos, atendendo assim a exigência para esta interrelação.

Avaliando a exigência de metionina + cistina total para codornas de corte EV1 em crescimento, Corrêa et al. (2006) encontraram maior ganho de peso quando utilizado os níveis de 0,95% na fase inicial (sete a 21 dias) e 0,73% na fase final de criação (22 a 42 dias de idade).

Em outro trabalho Corrêa et al. (2010), avaliando níveis de 0,73 a 1,03% de metionina + cistina para codornas de corte EV2 do 7° ao 21° dia de idade, observaram aumento no peso corporal e ganho de peso das codornas alimentadas com dietas contendo 0,95% e 1,03% de metionina + cistina total para fase inicial (7° ao 21º dia) e total de criação (7° ao 42° dia de idade).

Entretanto, ainda ocorrem controvérsias entre os resultados de pesquisa existentes referente ao requerimento de metionina + cistina para codornas, motivo esse que impulsionou a realização da pesquisa para estabelecer a exigência de metionina + cistina para codornas de corte do grupo genético EV1, além de não haver trabalhos relacionados à exigência de metionina + cistina em codornas de corte a partir do nascimento ao 35° dia de idade.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizadas 288 codornas de corte da linhagem EV1 de ambos os sexos, do nascimento ao 21° dia e do nascimento ao 35° dia de idade, com peso médio inicial de 9,16g, as quais foram alojadas em baterias de arame galvanizado com dimensões de 0,82m de largura x 0,41m de profundidade x 0,27m de altura por unidade experimental, equipadas com bebedouro copo e comedouro tipo calha.

Durante a fase inicial das codornas foi realizado aquecimento com lâmpadas incandescentes de 100 Watts na primeira semana e de 60 Watts na segunda semana, durante toda a fase experimental foi adotado o programa de luz de 24 horas.

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O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso com seis níveis de metionina + cistina total (0,73; 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03%), quatro repetições e 12 aves por unidade experimental.

As dietas foram formuladas com base nas informações nutricionais de composições dos ingredientes apresentadas por Rostagno et al. (2005) e para atender as exigências nutricionais das codornas utilizou-se o NRC (Nutrient..., 1994), exceto para metionina + cistina (objeto de estudo). A dieta basal (Tab. 1), foi formulada à base de milho e farelo de soja, contendo 23,89% de proteína bruta (PB) e 2900kcal de EM/kg de dieta, a qual foi suplementada com cinco níveis de DL-metionina (99%), em substituição ao amido de milho, o que corresponde aos níveis de 0,73 (dieta basal sem suplementação); 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03% de metionina + cistina total, permanecendo as dietas isocalóricas e isoproteicas. As dietas e a água foram fornecidas à vontade.

Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal

Ingredientes % Milho 53,469 Farelo de soja 41,954 Calcário 1,072 Óleo de soja 1,016 Fosfato bicálcico 0,960 Amido 0,500

Suplemento mineral e vitamínico1 0,500

Sal comum 0,265

L-treonina 0,265

Total 100,00

Composição calculada

Proteína Bruta (%) 23,886

Energia Metabolizável (kcal/kg) 2.900

Cálcio (%) 0,800 Fósforo disponível (%) 0,300 Sódio (%) 0,150 Aminoácidos Totais Lisina (%) 1,300 Metionina + Cistina (%) 0,731 Triptofano (%) 0,305 Metionina (%) 0,464 Arginina (%) 1,612 Isoleucina (%) 1,040 Valina (%) 1,107 1.

Composição por quilo de produto: vit.A – 2.000.000UI;vit D3 – 375.000UI; vit.E – 3.750mg; vit.k3- 500mg; vit.B1- 250mg; vit. B2- 750mg;

vit. B6 – 500mg; vit B12- 3.750mcg; niacina- 6.250mg; ac. pantotênico- 2.500mg; biotina-10mg; ac. fólico-125mg; colina-75.000mg;

selênio-45mg; iodo-175mg; ferro-12.525mg; cobre-2.500mg; manganês-19.500mg; zinco- 13.750mg; avilamicina-15.000mg; narasin-12.250mg; B.H.T.-500mg; vit.C-12.500mg.

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Para avaliação do desempenho foram registrados para cada unidade experimental, o peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão alimentar (g de ração/g de peso) do nascimento ao 21° dia e do nascimento ao 35° dia de idade.

Para controle do consumo alimentar, as rações de cada repetição, em cada tratamento, foram acondicionadas em sacos plásticos de um quilograma e estes, por sua vez acondicionados em baldes plásticos identificados. Ao final de cada período, as sobras de ração do comedouro de cada unidade experimental foram pesadas e, por diferença entre ração fornecida e as sobras, determinou-se o consumo por período (g/ave). A conversão alimentar por ave foi calculada dividindo-se o consumo de ração/ave pelo ganho de peso/ave de cada unidade experimental e em cada período do experimento.

As análises dos dados foram realizadas por meio do programa SAEG (Sistema..., 2009). Os efeitos dos níveis de metionina + cistina foram calculados por análise de regressão, ao se desdobrarem os graus de liberdade dos fatores em seus componentes lineares e quadráticos para escolha do modelo de regressão que melhor descrevesse as observações.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os níveis de metionina + cistina da dieta influíram de forma quadrática (P<0,05) no peso corporal, ganho de peso, consumo e conversão alimentar das codornas do nascimento ao 21° dia de idade (Tab. 2), de acordo com as respectivas equações de regressão i= - 1275,58 + 3024,97Xi - 1597,27 2 i X (Fig. 1), Yˆi= - 1282,65 + 3020,13Xi - 1594,50 2 i X (Fig. 2), i = - 2031,60 + 4936,5Xi - 2612 2 i X (Fig. 3) e Yˆi= 11,88 - 20,96Xi + 11,12 2 i X (Fig. 4). Observou-se que o peso corporal e o ganho de peso foram aumentados conforme o aumento dos níveis de metionina + cistina até o nível estimado de 0,95%, e o consumo alimentar aumentou até o nível estimado de 0,94% de metionina + cistina total. A conversão alimentar diminuiu até o nível de 0,94% de metionina + cistina total, nível no qual as codornas apresentaram melhor eficiência na conversão alimentar.

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Tabela 2. Peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão alimentar (g/g) das codornas de corte EV1 do nascimento ao 21° dia de idade, segundo o nível de metionina + cistina da dieta

Nível de metionina Peso corporal (g) Ganho de peso (g) Consumo alimentar (g) Conversão alimentar (g/g) 0,73 74,65 65,50 168,62 2,56 0,79 129,31 120,18 259,55 2,16 0,85 142,60 133,43 276,33 2,07 0,91 147,56 138,33 287,06 2,08 0,97 152,60 143,47 295,11 2,05 1,03 149,46 140,35 287,71 2,04 CV 5,26 5,64 8,12 5,92 Significância * * * *

Equação de regressão Ponto de melhor desempenho Peso corporal i = - 1275,58 + 3024,97Xi- 1597,27 2 i X (R²=0,94) 0,95 Ganho de peso i = -1282,65 + 3020,13Xi- 1594,50 2 i X (R²=0,94) 0,95 Consumo alimentar i = - 2031,60 + 4936,5Xi- 2612 2 i X (R²=0,93) 0,94 Conversão alimentar i = 11,88 - 20,96Xi+ 11,12 2 i X (R²=0,89) 0,94 * = Significativo

Figura 1. Regressão do peso corporal no 21° dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

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Figura 2. Regressão do ganho de peso do nascimento ao 21° dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

Figura 3. Regressão do consumo alimentar do nascimento ao 21º dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

0,94% 0,95%

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Figura 4. Regressão da conversão alimentar do nascimento ao 21º dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

Observou-se que o nível de metionina + cistina total para melhor resposta de peso corporal e ganho de peso deste estudo encontrou-se acima do recomendado por Svacha et al. (1970) que estabeleceu o nível de 0,73%, e acima também do preconizado pelo NRC (Nutrient..., 1994) que corresponde a 0,75% de metionina + cistina. Pinto et al. (2003) sugeriram o nível de 0,86% em dietas para codornas japonesas em fase de crescimento.

Entretanto, essa maior exigência em metionina + cistina observada no presente estudo quando comparada as exigências encontradas pelos autores supracitados é explicada, pois as codornas de corte apresentam maiores pesos e taxa de crescimento quando comparadas às codornas japonesas, necessitando de maior quantidade de aminoácidos para deposição protéica durante a fase inicial de crescimento.

Resultados semelhantes foram observados por Torres et al. (2005) e Corrêa et al. (2006), os quais encontraram aumentos no peso e ganho de peso de codornas de corte criadas do 7º ao 21º dia de idade, quando alimentadas com dietas contendo 0,95% de metionina + cistina.

Resultados diferentes foram relatados por Corrêa et al. (2005a), que verificaram por meio regressão linear que codornas de corte durante a fase inicial (7° ao 21º dia de idade)

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alimentadas com dietas contendo 1,03% de metionina + cistina apresentaram maior ganho de peso.

A influência dos níveis abaixo ou acima da exigência de metionina + cistina sobre a conversão alimentar, indica que o aumento dos níveis possivelmente foram suficientes para promover um imbalanço aminoacídico resultando na alteração do perfil plasmático nas aves as quais ativam os mecanismos reguladores do apetite, que fazem com que haja aumento na ingestão de alimentos, como descrito por Harper et al. (1970).

Quanto ao consumo alimentar até o nível de 0,94% de metionina + cistina, as codornas aumentaram o consumo, possivelmente na tentativa de suprir a necessidade de metionina + cistina, e após a exigência ter sido atendida, as codornas reduziram o consumo, talvez pelo excesso de metionina ter se tornado tóxico para a ave.

Stringhini et al. (1998) avaliando níveis de metionina na dieta (0,45 e 0,50%), não observaram efeito significativo sobre o consumo alimentar de codornas japonesas. Pinto et al. (2003) observaram efeito significativo dos níveis de metionina + cistina digestível (0,55 a 0,86%) sobre consumo alimentar, sugerindo nível ótimo de 0,69%, porém não observaram efeito significativo para conversão alimentar de codornas japonesas em crescimento. Enquanto, Corrêa et al. (2005a) testando níveis de 0,73 a 1,03% de metionina + cistina total, para conversão alimentar verificaram efeito linear decrescente, observando melhor conversão alimentar no nível 1,03% de metionina + cistina para codornas européias.

Houve efeito quadrático (P<0,05) para peso corporal, ganho de peso e consumo alimentar das codornas do nascimento ao 35° dia de idade (Tab. 3), de acordo com as respectivas equações de regressão i= - 1413,01 + 3618,87Xi - 1952,07 2

i X (Fig. 5), i = - 1420,08 + 3614,02Xi - 1949,30 2 i X (Fig. 6) e Yˆi= - 3225,58 + 8341,84Xi - 4429,40 2 i

X (Fig. 7). Com máximo desempenho nos níveis de 0,93% para peso corporal e ganho de peso, e para consumo alimentar 0,94% de metionina + cistina total.

Os níveis de metionina + cistina não influenciaram (P>0,05) a conversão alimentar das codornas do nascimento ao 35° dia de idade.

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Tabela 3. Peso corporal (g), ganho de peso (g), consumo alimentar (g) e conversão alimentar (g/g) das codornas de corte EV1 do nascimento ao 35° dia de idade, segundo o nível de metionina + cistina da dieta

Nível de metionina Peso corporal (g) Ganho de peso (g) Consumo alimentar (g) Conversão alimentar (g/g) 0,73 174,68 165,52 480,91 2,90 0,79 251,81 242,67 641,58 2,66 0,85 254,22 245,05 661,28 2,70 0,91 252,12 242,88 682,22 2,82 0,97 251,33 242,20 680,51 2,81 1,03 252,32 243,21 682,12 2,80 CV 6,05 6,29 5,90 4,88 Significância * * * ns

Equação de regressão Ponto de melhor desempenho Peso corporal i = - 1413,01 + 3618,87Xi- 1952,07 2 i X (R²=0,79) 0,93 Ganho de peso i = - 1420,08 + 3614,02Xi- 1949,30 2 i X (R²=0,79) 0,93 Consumo alimentar i = - 3225,58 + 8341,84Xi- 4429,40 2 i X (R²=0,91) 0,94

* = Significativo; ns = Não significativo

Figura 5. Regressão do peso corporal no 35° dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

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Figura 6. Regressão do ganho de peso do nascimento ao 35° dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

Figura 7. Regressão do consumo alimentar do nascimento ao 35º dia de idade de codornas de corte EV1 em relação ao nível de metionina + cistina da dieta

0,93%

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Resultados semelhantes foram observados por Ferreira et al. (2010), que ao avaliarem o desempenho de codornas de corte criadas do nascimento ao 35° dia de idade, também observaram efeito quadrático significativo para os níveis de metionina + cistina testados sobre peso final, ganho de peso e consumo alimentar, onde o máximo ganho de peso foi obtido com o nível 0,95%.

Corrêa et al. (2005b; 2007b) observaram menor exigência de proteína com o aumento da idade, inferindo que isto ocorre em função da diminuição do ganho de peso com o aumento da idade da codorna. Isso pode ser relacionado à diminuição da necessidade em aminoácidos pelas codornas com o avanço da idade, fato observado neste estudo para o requerimento de metionina + cistina.

Entretanto, Pinto et al. (2003) trabalhando com níveis de 0,55 a 0,86% de metionina + cistina digestível na dieta, verificaram efeito linear positivo dos níveis testados sobre o peso no 42° dia e ganho de peso do 7° ao 42° dia de idade, para codornas japonesas em crescimento. Corrêa et al. (2010) trabalhando com os mesmos níveis testados no presente estudo (0,73; 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03% de metionina + cistina), também observaram efeito linear positivo dos níveis testados sobre o ganho de peso e consumo alimentar de codornas de corte criadas do 7° ao 42° dia de idade.

Para conversão alimentar não houve efeito significativo dos níveis de metionina + cistina total testados. Trabalhos realizados por Corrêa et al. (2006; 2010) também não observaram diferenças significativas dos níveis de metionina + cistina para a conversão alimentar de codornas de corte do 7° ao 42° dia de idade.

CONCLUSÕES

A exigência de metionina + cistina total para máximo ganho de peso de codornas de corte EV1 na fase inicial é de 0,95%, e para fase total de criação é de 0,93%, o que corresponde às relações de metionina + cistina: lisina de 0,73 e 0,71, respectivamente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, Sistema para análise estatística e genética-

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2.2 CAPÍTULO II

Características de carcaça de codornas de corte EV1 alimentadas com diferentes níveis de metionina + cistina total

RESUMO

Avaliou-se o peso e rendimento das carcaças de codornas de corte EV1 no 35° dia de idade, alimentadas com dietas contendo seis níveis de metionina + cistina total (0,73; 0,79; 0,85; 0,91; 0,97 e 1,03%), com quatro repetições e 12 aves por unidade experimental. Foram avaliados o peso corporal, peso e rendimento carcaça, peito, coxa, asas, vísceras comestíveis e gordura abdominal. Houve efeito quadrático dos níveis de metionina + cistina sobre peso corporal, carcaça, peito, coxa, asa e coração, com pontos de máximo em 0,93% para peso corporal, carcaça, peito e coxa; 0,90% para peso de asa e 0,92% para peso de coração. O peso de fígado apresentou resposta linear à medida que foram aumentados os níveis de metionina + cistina. Os rendimentos de peito e asas apresentaram efeito quadrático, com pontos de máximo em 0,96% e 0,98% de metionina + cistina, respectivamente. O maior rendimento de moela foi obtido nas codornas alimentadas com 0,73% de metionina + cistina. O peso corporal, de carcaça, peito, coxa, asa, fígado, moela e rendimento de fígado nas fêmeas foram maiores que nos machos. A exigência de metionina + cistina para pesos de carcaça e peito é de 0,93% e para rendimento de peito 0,96%.

Palavras chave: aminoácido, codorna, exigência, rendimento de carcaça

Carcass traits of EV1 quail strain fed different methionine + cystine level diets

ABSTRACT

Carcass weight and yield of European quails EV1 fed different methionine + cystine level diets (.73; .79; .85; .91; .97 e 1.03%) were evaluated at 35 days of age in a completely randomized experimental design, with four replicates and 12 quails per experimental unit. Body weight, weights and yields of carcass, breast, thigh, wing and, edible giblets and abdominal fat were recorded. Significant and quadratic effect of methionine + cystine level on

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