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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA CRISTINA ALVES DOS SANTOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA

CRISTINA ALVES DOS SANTOS

ENSINO DE LITERATURA, O CONTO NA SALA DE AULA

ITAPICURU/BA NOVEMBRO DE 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA

CRISTINA ALVES DOS SANTOS

ENSINO DE LITERATURA, O CONTO NA SALA DE AULA

Artigo apresentado ao Curso de Letras a Distancia, da Universidade Federal da Paraíba como requisito para obtenção do grau de Licenciado em Letras.

Prof.ª Zélia Monteiro Bora, orientadora

ITAPICURU/BA NOVEMBRO DE 2013

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CRISTINA ALVES DOS SANTOS

ENSINO DE LITERATURA, O CONTO NA SALA DE AULA

Artigo apresentado ao Curso de Letras a Distância, da Universidade Federal da Paraíba como requisito para obtenção do grau de Licenciado em Letras.

Data de aprovação: ____/____/____

Banca examinadora

Prof.ª Zélia Monteiro Bora Orientadora

Prof. Raniere de Araújo Marques Examinador

Profa. Maria Dnalda Pereira da Silva Examinador

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Agradecimentos

Esse é um momento muito especial, pois tenho a oportunidade de agradecer a aqueles que me acompanharam ao longo dessa caminhada. Foram momentos tranquilos, agitados, exaustivos, tristes, alegres. Mais de grande aprendizagem e absolvição de conhecimento.

Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me dado força, coragem e acima de tudo determinação para vencer os obstáculos encontrados, que por sinal foram muitos. E em especial a minha irmã Cristiane, esta sempre esteve comigo em todos os momentos, não só me incentivando, mas me ajudando diretamente no que foi preciso no decorrer do curso, sem ela não sei se teria chegado até o final. Aqui ficam os meus sinceros agradecimentos, não a uma irmã, mais uma parceira, uma amiga, a minha tutora particular. E aos meus pais e em especial minha mãe, Raimunda que sempre lutou para me propiciar oportunidades em relação á Educação, além de sofrer comigo nos momentos difíceis.

Na minha trajetória acadêmica da Graduação em Licenciatura em Letras sou grata aos tutores presencias: Neide Pinheiro, Jocielmo Santana e José Luíz um grande referencial pra mim, nessa jornada.

A minha orientadora Zélia Bora. Por o seu acompanhamento e orientação durante a construção do TCC. Suas orientações foram essenciais nesse processo. As professoras Cristiane Batista, Alexsandra e Maria José, pelo profundo respeito e orientação que dispensou durante minhas aulas de estágio.

Ao meu esposo Alberto por ser um porto seguro. Sou grata por a sua paciência e compreensão nas horas de stress.

Ao meu cunhado Claudimar, que suportou os meus frequentes incômodos, no que diz respeito à parte técnica.

A todos que direto ou indiretamente torceu por mim, amigos, inclusive a minha família que acompanhou de perto e viu cada dificuldade que foi vencida, cada obstáculo encontrado, principalmente na reta final.

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“Eu escrevo sem esperança de que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente

não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro....”

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Ensino de Literatura, o conto na sala de aula

Cristina Alves dos Santos1

Resumo

O presente artigo “Ensino de Literatura, o conto na sala de aula”, propõe de forma peculiar demostrar a essencialidade da aplicação do gênero conto no ensino de literatura. Como exemplo, demonstremos nossa proposta através do conto Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector. Destacaremos alguns aspectos importantes que devem influenciar o interesse do aluno iniciante ao processo de aprendizagem literária, entre eles: a vida exemplar da escritora e sua missão, no que se refere à escrita e a produção literária. Outros elementos internos referentes à estrutura do texto literário serão destacados como: o enredo e o estudo da personagem principal.

Palavras-chaves: Clarice Lispector, conto, aluno e literatura.

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INTRODUÇÃO SOBRE VIDA E OBRA DE CLARICE LISPECTOR

Clarice Lispector nasceu no dia 10/12/1920, em Tchetchelnik-Ucrânia. Filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Um ano depois ao chegar ao Brasil seu pai decide trocar os nomes da maioria dos filhos, inclusive o dele e de sua esposa. Só assim a autora em estudo passou a chamar-se Clarice Lispector. Esta teve uma infância humilde e difícil já que sua mãe era doente e sua irmã mais velha assume a responsabilidade em relação à família. Embora tenham ido morar em Recife em busca de uma vida melhor, a situação financeira era bastante complicada. Clarice aprende a ler em uma escola em Recife e já começa a despertar o interesse pela leitura e a escrita de seus primeiros textos, isso com 09 anos de idade, em 1930, data esta que também corresponde com o falecimento de sua mãe que encheu de luto o coração da menina Clarice, que encontrou na literatura um conforto existencial.

Desde cedo, preocupava-se em escrever deixando desabrochar a emoção. Entretanto, a sua primeira tentativa de publicação foi fracassada, por não seguir uma ordem de fatores, ou seja, despreza a sequência: início, meio e fim além de não seguir uma ordem cronológica de acordo com (CEREJA, 2003, p. 459). Apesar das dificuldades encontradas no seu caminho, terminou os estudos, logo fez um cursinho e matriculou-se na Faculdade de Direito. A partir daí iniciou se estudo particular da literatura brasileira, por intermédio das obras de vários autores brasileiros, e internacionais, tais quais: Rachel de Queiroz, Machado de Assis e Eça de Queiros. O estudo dos mesmos lhe interessava bastante. Trabalhou como professora particular, secretária, jornalista, Clarice, já começara o seu estudo sobre a natureza humana, característica preponderante e crucial em seus escritos. Em 1942 lança o seu primeiro romance “Perto do Coração Selvagem”. Em seguida, casa-se com um colega de trabalho, termina a

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faculdade de direito, eis uma mulher com seus anseios, perturbações e vontade de entender e descrever o mundo que a cerca, através de seus textos.

Clarice Lispector tornou-se um diferencial na carreira literária; com o lançamento de seu livro em 1942, recebeu vários comentários positivos e negativos, de diversos autores, entre eles Guilherme Figueiredo, Breno Accioly, Dinah Silveira de Queiroz, bons e ruins. Durante essa época fez várias viagens com seu marido. Até mesmo ir para fora do Brasil por causa da profissão dele, porém, sente-se triste, confusa, por ter que deixar os conhecidos e parentes de acordo com (JUNIOR, 2013, p. 3) em seu artigo Projeto Releituras.

Em 1944 termina outro romance, ganha o prêmio Graça Aranha, com o lançamento do primeiro livro, Perto do Coração Selvagem considerado o melhor romance de 1943. Lá ajuda aos feridos da guerra, porém em meio á tantos acontecimentos não consegue se acostumar no exterior. Se bem que viajam bastante de um lugar para outro. Dessa vez devido à profissão do marido (como diplomata).

Como dona de casa e mãe de dois filhos, não fez com que ela parasse de escrever. Nas supostas horas vagas, cuidava da família e continuava a dedicar-se ao prazer de escrever mostrando a realidade, as aberrações da sociedade, assim como desvios morais da sociedade e seus sujeitos. Em 1959 ela se separa do marido e volta para o Brasil com os filhos, para definitivamente seguir a carreira como escritora.

Daí em diante passou a dedica-se a seus livros e a publicação dos mesmos. Consegue comprar seu apartamento e passa a cuidar de seus filhos, principalmente de Pedro por motivo de saúde que apresenta um quadro de esquizofrenia de acordo com (JUNIOR, 2013, p. 7) em seu artigo Projeto Releituras. Mas por ironia do destino esta sofre um acidente grave em sua casa, que por sua vez quase morreu, ficou vários meses hospitalizada. Em 1946 em virtude de um acidente em sua casa na madrugada de 14 setembro ela sofre um acidente, foi o início de mais um período complicado que a fez ficar depressiva, mas nada que ela não pudesse superar e dar a volta por cima

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foi o que fez. Sua vida continuou em ritmo acelerado com diversos compromissos e novas obras sendo lançadas.

Nesse intervalo de tempo outro acidente acontece e Clarice precisa fazer uma cirurgia plástica, seus filhos tomam rumos diferentes, saem de casa. E junto a uma amiga, ela viaja mundo a fora, fazendo apresentação de seu conto. Depois disso, ainda escreve inúmeros textos que imortalizaram a literatura brasileira deixando um legado de sabedoria, conhecimento, encanto e acima de tudo o exemplo de uma mulher lutadora que enfrentou com esmero as dificuldades da vida. No dia 09/12/1977 Clarice Lispector morre já como escritora consagrada.

Suas principais obras foram:

ROMANCES: Perto do Coração Selvagem/ O Lustre/ Cidade Sitiada/ A maçã no Escuro/A

Paixão segundo GH/ Uma Aprendizagem/ Água Viva/ A Hora da Estrela/ Um Sopro de Vida.

CONTOS: Alguns Contos/ Laços de Família/ A legião Estrangeira/ Felicidade Clandestina/ A imitação da Rosa/ A via crucis do corpo/ Onde Estiveres de noite.

CRÔNICAS: Visão do Esplendor/ Para não Esquecer

LITERATURA INFANTIL: O Mistério do coelho pensante/ A mulher que matou os peixes/ A vida íntima de Laura/ Quase de verdade

OBRAS PÓSTUMAS: A bela e a Fera/A Descoberta do Mundo/ Como Nasceram as Estrelas/ Cartas Perto do Coração/ Correspondências/ Aprendendo a Viver/ Outros escritos/ Correio Feminino/ Entrevistas/ Minhas Queridas/ Só para Mulheres.

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Desde antigamente as pessoas ouvem e contam histórias, esse hábito tão normal e utilizado por elas passou a ser reconhecido no momento que esta atitude se concretiza através da escrita. Dessa forma, o conto caracteriza-se por ser uma narração curta, em relação aos outros gêneros existentes. Passando a fazer parte da Literatura logo no começo da Idade Moderna, porém sua abrangência só aconteceu no século XIX, quando segundo Ermelina Ferreira2.

o conto se desenvolve estimulando o apego à cultura medieval, pela pesquisa do popular e do folclórico, pela acentuada expansão da imprensa, que permite a publicação de contos nas inúmeras revistas e jornais. Este é o momento de criação do conto moderno quando, ao lado de um Grimm que registra contos e inicia o seu estudo comparativo, um Edgar Allan Poe se afirma enquanto contista e teórico do conto (GOTLIB, 1990, p.7 apud FERREIRA).

Como se pode observar através da citação, várias são as posições quanto à preocupação de tentar explicar esse gênero bem como defini-lo, dando inúmeras vertentes para o mesmo. No entanto, existem diferentes concepções e diversos autores. Segundo Poe, (apud FERREIRA p.) “o conto é produto de um trabalho consciente que se faz por etapas, em função da conquista de efeito único” Ou seja, este deixa claro que a escrita do conto é algo importante e que deve ter um objetivo temático definido. Como também deve representar uma situação corriqueira.

Enquanto que para Cortázar (1974) apud FERREIRA “o conto tem uma limitação na sua extensão. É sempre um texto curto, por que corresponde a um recorte na trajetória de uma situação dotada de grande carga significativa”. Além destes autores citados, existem outros que se dedicam a este gênero como: Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Joaquim Norberto de Souza, Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, João Antônio e a grande mentora na área do conto de introspecção Clarice Lispector. (FERREIRA, 2013)

Segundo FERREIRA, o conto pode ser subdividido em: o conto sócio documental, o conto simbólico- visionário, o conto fantástico, e o conto introspectivo. Este é um gênero de grande valia para a literatura, bem como

1 Fernanda Silva Ferreira. “A construção da epifania nas narrativas de Clarice Lispector”. Centro de Comunicação e Letras – Universidade Presbiteriana Mackenzie. Rua Piauí, 143 – 01241-001 – São Paulo – SP. fer_nanda_10@hotmail.com.

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para estimular nos educandos o gosto pela leitura. Como veremos, no conto introspectivo, Felicidade Clandestina.

2 CONTO MODERNO

Desde cedo o homem buscou representar seu cotidiano, e através da escrita ele conseguiu, não somente isto foi mais além, ele consegue falar dos seus medos, sonhos, e seu imaginário ganha cor, luz, e o mais importante adquire vida. Na maioria das vezes, toda essa imaginação era traduzida em contos tradicionais que exaltavam a presença somente do mocinho e do vilão. Bem distante dessa realidade, Clarice pelo uso da técnica intimista, influenciada pelas escritoras inglesas modernas, se enquadrou claramente no que costuma se chamar de conto moderno, da perspectiva feminina.

Assim, no conto moderno busca-se tratar de temas atuais, através de técnicas como s fluxo de consciência e temas sobre a problemática o ser no mundo através de uma longa reflexão sobre da vida.

De certa forma, a mistura entre a realidade ficcional e fantasia dos contos modernos é o que torna estas histórias envolventes, e permite aos apaixonados pela leitura conhecer terrenos antes inabitáveis como a imaginação de uma personagem que através do seu modo de narrar.

3 ANÁLISE DO CONTO FELICIDADE CLANDESTINA

O conto, Felicidade Clandestina, tem como tema a estória de uma menina que gostava muito de ler, porém não tinha livros. Esse tema possivelmente representa o problema de milhares de crianças pobres. Todas as preocupações com aquisição de livros e o ato de escrever fez com que neste conto, Clarice introduzisse uma narradora personagem que fala das dificuldades encontradas na busca pela leitura. A narradora, por ser possivelmente pobre, relata deste modo, um sonho que estava acima de suas possibilidades. Em particular, a narradora, conta ao leitor as provações e

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humilhações sofridas para ler o livro, Reinações de Narizinho. Uma colega de classe, a antagonista da história, possuía o objeto de desejo da narradora. Através de sua perspectiva, a narradora refere-se à sua antagonista como sendo uma criança perversa e má que possuía o livro, porém, egoisticamente, não desejava emprestá-lo. O conto Felicidade Clandestina, é um dos mais conhecidos contos de Clarice que deu título ao livro. Ao todo, contém um total de 25 contos.

De acordo com a narrativa da autora é notório que os contos reunidos nesta obra foram escritos em fases distintas da sua vida, retrata temas que faz parte de sua infância, família, adolescência, além de enfatizar as relações pessoais, evidenciando o cunho autobiográfico de suas obras já que esta é uma das suas principais marcas. A leitura do mesmo nos indica que a história é contada por uma narradora personagem, que fala do suplício vivenciado na ânsia da leitura por um clássico da literatura infanto-juvenil “As Reinações de Narizinho”.

E assim dizia: “Na minha ânsia de ler, eu não notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia”. (Felicidade Clandestina p.6)3. A intriga organiza-se através do

modelo, uma menina má filha do dono da livraria, que prometeu emprestar a narradora um livro. Por ser contado em primeira pessoa, o leitor desconhece a perspectiva da dona do livro, que é inteiramente demonizada pela narradora. A tessitura da narração, é porém de uma sofisticação literária, ao ponto de fazer com que o leitor coloque-se imediatamente do lado dos fatos narrados e consequentemente, ao lado da narradora. Se a dona do livro era boa ou má, o leitor deverá posicionar-se ao lado da justiça, afinal reivindicada pela narradora que esperava humildemente pelo empréstimo do livro, finalmente emprestado, graças à interferência da mãe da menina “má.” “As evidências narrativas”, encontram-se formuladas pela presença de várias antíteses, como bonitinha, feia, boa e má, distribuídos em FC, através de descrições como: “Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, e meio arruivados” (FC p.6). Ainda em relação a esse fator é possível identificar a valorização de um padrão de beleza tão discutido nos dias atuais.

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O conto termina com a principal ideia em aberto, ou seja, em que consiste a felicidade clandestina no texto?? Por que clandestina???. A discussão está lançada, mesmo através da resposta na narradora onisciente que diz: “Criava-se as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade” (FC, p.7).

Do ponto de vista crítico, para o conhecimento do professor e não necessariamente para ser colocado em evidência ao leitor iniciante, é o que diz Ermelinda Ferreira no seu artigo “A menina Clarice Lispector: erotização da infância” afirma que: “através da erotização de sua infância, Clarice fala de si mesma como de uma criança precoce, ansiosa para crescer e tomar posse de sua vida e dos segredos do mundo dos adultos” Uma afirmativa curiosa, porém que deve ser afastada do texto literário pela identificação da autora com personagem. Um problema mais psicanalítico do que literário.

Além dos adjetivos, outros recursos estilísticos são também utilizados no texto, como por exemplo, a antítese, expressa nos seguintes exemplos: “Comigo exerceu com calma e ferocidade o seu sadismo” (FC 1998, p.6). Fazendo parte também a metáfora: “Meu peito estava quente, meu coração pensativo”. (FC, p.7). Assim como a metáfora, “Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o”. (FC. p.6).

No que se refere ao estudo das personagens, o professor que trabalha com crianças, deverá ter muito tato ao trabalhar categorias antagônicas representadas pelas personagens como, por exemplo, boa e má. Ao lidar com crianças, estamos diante de mundo em mutação através de quais identidades estão sendo construídas. Nesse caso, valores positivos e construtivos devem ser disseminados. A menina má pode ser representada como um valor negativo que qualquer ser humano pode cultivar, independentemente da raça, cor, ou religião, enquanto o bem deve ser escolhido e preferido como um valor ético e moral. Diante dessa perspectiva, o ensino da literatura é uma via de valores a serem cultivados e transmitidos, além de seu valor estético.

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Metodologia e Análise dos Resultados

O presente artigo foi desenvolvido baseado em pesquisas bibliográficas que relata vida e obra de Clarice Lispector, além de pesquisas na internet de artigos críticos, sobre a autora e sua escrita que abrange seu estilo, principais características, e suas principais obras. O conto Felicidade Clandestina foi de suma importância neste trabalho, já que foi através dele que se desenvolveu a tese de que o processo de ensino aprendizagem pode ser prazeroso, desde que seja contextualizado.

Diante dessa pesquisa detalhada sobre Clarice Lispector e o conto Felicidade Clandestina, pode-se perceber que este trabalho classifica-se como uma abordagem quantitativa e qualitativa. Destacam-se as duas por ambas fazer parte da construção do trabalho. Em relação á primeira refere-se às inúmeras informações obtidas para a execução do tema em questão. E a segunda opção por tentar explicar ao longo do artigo a forma diferenciada de Clarice Lispector escrever, suas inquietações, e o porquê que ela se tornou um ícone na literatura brasileira. Essas e outras questões são características visíveis na abordagem qualitativa.

Quanto ao procedimento a pesquisa é bibliográfica como citada anteriormente. Dessa forma à conclusão dos fatos se deu através das várias observações realizadas no decorrer da construção do artigo.

Em síntese, com a análise do conto em questão, foi possível identificar quanto estudar literatura através de obras como as de Clarice Lispector, pode surtir efeito positivo, e os alunos podem perceber que os textos literários se analisados estão intrinsicamente ligados á sua realidade. Isso foi observável durante a análise do conto em estudo. Obra esta instigante e que traz grandes ensinamentos, principalmente por relatar uma história de amor tão incomum, que é de uma menina para com um livro. Fato que deve ser exposto para os alunos na tentativa de conscientizá-los para importância do hábito da leitura e em especial das obras literárias.

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CONCLUSÃO

Diante do estudo realizado, pode-se perceber que o conto Felicidade Clandestina de Clarice Lispector é uma obra prima e que após ser analisado traz grandes ensinamentos dentro de uma perspectiva que aborda temas interessantes e que faz parte do contexto social vivenciado pelos educandos. Assim sendo a aplicabilidade do mesmo em sala de aula, pode ser um suporte a mais para despertar o interesse dos alunos tanto para a leitura, bem como para as obras literárias, em especial da autora em questão e os seus textos.

Com o estudo aprofundado deste conto, conclui-se que o ensino de literatura pode ser visto como algo prazeroso e divertido. Sendo assim várias são alternativas que supostamente podem ser explorado no conto em estudo, ou seja, os alunos podem identificar dentro do conto, assuntos que envolvem a língua portuguesa, as relações interpessoais, as dúvidas, as perturbações dos seres humanos, bem como assunto da atualidade, vivenciado pelos mesmos. Este é o diferencial de estudar Clarice Lispector o seu estudo, técnicas, gênero, como também sua singularidade, são fundamentais para uma aula significativa e interativa.

Podemos observar que o estudo do conto Felicidade Clandestina é importante na sala de aula por que traz vários aspectos que podem ser abordados com os discentes e assim despertar-nos mesmos um novo olhar para a literatura e as obras literárias como citadas anteriormente.

Em suma Lispector foi uma escritora de enorme representatividade para o cenário da literatura brasileira, além de mostrar que esse é um tema que vive em constante discursão, e muito importante já que se evidenciou que o ensino e estudo da literatura podem deixar de ser sim considerado monótono e chato ganhar seu verdadeiro significado, de prazeroso e importante para o crescimento pessoal e intelectual dos indivíduos. Já que o

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ensino desta disciplina deve ser norteado pelo prazer e vontade de conhecer obras interessantes como as de Clarice Lispector.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Tais Luso de. Clarice Lispector: Vida e Obra. Disponível em: <http://taisluso.blogspot.com.br/2011/11/sobre-clarice-lispector.html>. Acessado em12 set. 2013.

CEREJA, William Roberto. Português: linguagens: volume único/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães._ São Paulo: Atual, 2003.

Clarice Lispector. In: “Felicidade Clandestina” _Ed. Rocco- Rio de Janeiro, 1998.

FERREIRA, Ermelinda. A menina Clarice Lispector: erotização da infância.

Disponível em:

<http://www.plataforma.paraapoesia.nom.br/termelinda_plata.htm>. Acessado em 16 set. 2013.

FERREIRA, Fernanda Silva. A construção da epifania nas narrativas de

Clarice Lispector. Disponível em:

<http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCL/projeto_todasasletras/ inicie/FernandaFerreira.pdf>. Acessado em 16 set. 2013

JR, Arnaldo Nogueira. Projeto Releituras. Clarice Lispector. Disponível em: <http://www.releituras.com/clispector_bio.asp>. Acessado em 11 set. 2013

JÚNIOR, Marcílio Gomes. Felicidade Clandestina-resumo e análise da

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<http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/felicidade-clandestina-resumo-analise-obra-clarice-lispector-703828.shtml>. Acessado em 12 set. 2013.

SILVA, Sheysiane Taynan G.F da. Felicidade Clandestina. Uma análise do conto. Disponível em: <http://www.revistaitacoatiara.com.br/wp-content/uploads/2012/12/jovem-colaborador_thiago.pdf>. Acessado em 25 set. 2013.

Referências

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