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O que é SOLO. Conceito FÍSICO de solo 21/11/2011. Qual a função de um solo ideal COMO DEVE SER A ESTRUTURA DE UM SOLO PARA PRODUÇÃO AGRÍCOLA?

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Texto

(1)

Eracilda Fontanela

Prof. José Miguel Reichert

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais

Departamento de Solos

Propriedades físicas do solo

Propriedades físicas do solo

Santa Maria, junho de 2010 1

O que é SOLO

2

Meio poroso

Não rígido

Partículas com complexidade de

forma, tamanho e estrutura

mineralógica e algumas partículas

finitamente divididas de maneira a

apresentar uma grande área

superficial

Minerais e partículas orgânicas são

intimamente ligadas, formando

vários tipos de agregados

Conceito FÍSICO de solo

3

COMO DEVE SER A ESTRUTURA DE UM SOLO

PARA PRODUÇÃO AGRÍCOLA?

4

Solos agrícolas

Solos sob floresta

Qual a função de um

solo ideal

Boa aeração e

retenção de água;

Bom armazenador

de calor;

Pouca resistência mecânica ao

crescimento radicular.

5

Importante:

Entender, medir e manejar

Ambiente físico do solo = ambiente ecológico de plantas

Produtividade

Nutrientes

Biologia do solo

(2)

Textura, mineralogia, Grau de desenvolvimento do perfil,

Agentes cimentantes, Estrutura, Coloração, Topografia.

Estrutura Densidade do solo Agregação Tamanho de poros Caract. perfil Lavração, plantio,

adição fertilizantes Irrigação/drenagem Chuvas

Radiação Água, Aeração, Temperatura,

Resistência mecânica.

Crescimento e

Desenvolvimento de Plantas

Quantidade de água 7 8 CHEMISTRY

Como avaliar o solo

9

Parâmetros Físicos do Solo

 Textura do solo

 Área superficial específica

 Consistência do solo

 Agregação do solo

 Densidade do solo

 Densidade de partículas

Porosidade do solo

 Resistência à penetração

 Outras…

10

Textura do solo

Textura do solo

11

Textura do solo

DEFINIÇÃO

É a proporção relativa das classes de tamanho de

partículas (granulometria ou distribuição de

tamanho de partículas) de um solo.

OBJETIVO

separar as frações constituintes

do solo (areia, silte e argila) de

acordo com o seu diâmetro.

FINALIDADE

Classificação dos solos.

Zoneamento agrícola

.

Areia

Silte Argila

(3)

Textura do solo

CLASSES DE TAMANHO

Fração Granulométrica

Diâmetro das partículas (mm) Matacão >200 Calhau 20-200 Cascalho 20-2 Areia grossa 2 -0,2 Areia fina 0,2 - 0,05 Silte 0,05 - 0,002 Argila < 0,002 13 Areia Sociedade Internacional de Ciência do Solo Argila Silte

Fina Grossa Cascalho

0,002 0,02 0,2 2,0 0,002 0,05 0,10 0,25 0,5 1,0 2,0

Muito

fina Fina Média Grossa Muito grossa Departamento de Agricultura dos Estados Unidos Argila Silte Areia Cascalho Areia Administração Pública de Estradas dos Estados Unidos Argila Silte Fina Grossa Cascalho 0,005 0,05 0,25 2,0 Diâmetro de partícula (mm, escala logarítimica)

Textura do solo

14

 A textura é importante para o entendimento do

comportamento e manejo do solo

 Durante a classificação do solo em um

determinado local, a textura é muitas vezes a

primeira e mais importante propriedade a ser

determinada

 A

partir

da

textura,

muitas

conclusões

importantes podem ser tomadas

Textura do solo

15

É possível alterar a TEXTURA pelo manejo?

16

TEXTURA

- Basalto

-Argilito

-Granito

-Arenito

Grau de intemperismo

Material de origem

- Solos jovens

- Solos velhos

17

Influência da Textura do solo

- Retenção e disponibilidade de nutrientes:

- Retenção e disponibilidade de água;

- Infiltração de água e condutividade hidráulica;

- Aeração do solo;

- Agregação do solo;

- Temperatura do solo;

- Suscetibilidade do solo à compactação;

- Facilidade de mecanização;

(4)

Textura do solo

 Determinação

em laboratório: análise granulométrica

a campo: pela sensação que o solo molhado e amassado oferece ao tato 19 T apete d e B orrach a A m ostra S eca ao A r Peneira d e 2m m

D esto rro ament

o

Peneir ame nto

T erra F ina

Se ca ao Ar

(T FSA)

Textura do solo

laboratório

20 TF SA Balanç a Agitado r

D etermin aç ão d a areia Determin ação d e A rgila

Textura do solo

21

Lei de Stokes

na qual: V= velocidade de queda (cm s-1)

d = diâmetro de partículas efetivo; h = distância;

t = tempo;

g = aceleração da gravidade = 9,81 Newton por quilograma (9,81 N/kg);

= viscosidade da água a 20 C = 1/1000 Newton–segundos por m2(10 –3Ns/m2);

Dp = densidade das partículas sólidas, para muitos solos = 2,65 x 103kg/m3;

Df = densidade do fluido (água) = 1,0 x 103kg/m3.

V =

18

2 f p

D

D

g

d

t

h

22

A textura é feita por estimativa, esfregando uma massa

de solo úmida e homogeneizada entre os dedos

Areia

Silte

Argila

Sensação aspereza, não plástico, não pegajoso

Sensação sedosidade, plástico, não pegajoso

Sensação sedosidade, plástico, pegajoso

Textura do solo

Campo

23

Textura do solo

Distribuição do tamanho de partículas de três solos com ampla variação de textura. Note que há uma transição gradual na distribuição do tamanho de partículas em cada um destes solos.

Fonte: Brady, 1983

(5)

Textura do solo

 Relaciona-se com:

1) Mineralogia

_FRAÇÃO AREIA – minerais 1° (quartzo e outros silicatos)

_FRAÇÃO ARGILA – minerais 2° (argilominerais: caulinita,

esmectita, etc, e óxidos: hematita, goethita, etc)

2) CTC

3) ASE

4) Porosidade e densidade do solo

25

Textura do solo

Relação entre tamanho de partícula e tipo de mineral presente.

_O quartzo é dominante na fração areia e em frações mais grosseiras de silte. _Silicatos primários como o feldspato, hornblenda e mica estão presentes na areia e em menores quantidades na fração silte.

_Minerais secundários, como óxidos de ferro e alumínio, são predominantes na fração silte de menor diâmetro e na fração argila mais grosseira.

Fonte: Brady, 1983

26

Textura do solo

 Os solos podem ser agrupados em 13 classes

texturais - TRIÂNGULO TEXTURAL

very clay clay 27

33%

argila

40%

silte

27% areia

Ex: 42% argila

6% silte

52% areia

Classe textural

FRANCO ARGILOSA

28

Textura fina Textura média Textura grosseira ARGILOSOS francos ARENOSOS

retenção de água elevada Retenção de água baixa Circulação de água difícil Circulação de água fácil

Coesão elevada Coesão baixa

Consistência plástica e pegajosa (molhado) e dura

(seco)

Consistência friável (seco ou molhado) Densidade do solo menor Densidade do solo maior

Porosidade total maior Porosidade total menor Microporosidade maior Macroporosidade maior

Aeração deficiente Boa aeração

Superfície específica elevada Superfície específica baixa Solos bem estruturados Solos sem estrutura

CTC elevada CTC baixa

Difícil preparo mecânico, pouco lavados e mais ricos em

elementos fertilizantes

Fácil preparo mecânico, mais lavados e mais pobres em

elementos fertilizantes29

Área Superficial Específica

ASE

Área Superficial Específica

ASE

(6)

ASE = área superficial

unidade massa

Influenciada por

 Tamanho da partícula afeta:

atrito, adsorção, tensão superficial.

 Forma da partícula

 Natureza da partícula:

MO, ASE, decomposição.

 Composição da partícula:

atividade, superfície interna.

Área superficial específica

31

Relação entre a área superficial de um cubo de massa conhecida e o tamanho de suas partículas.

_No cubo maior (a) cada lado possui 64 cm2de área superficial. O cubo tem seis

lados, com área superficial total de 384 cm2(6 lados x 64 cm2). Se o mesmo cubo

fosse dividido em cubos menores (b) de modo que cada um tenha 2 cm de lado, o mesmo material será agora representado por64 cubos pequenos(4 x 4 x 4). Cada lado do cubo pequeno terá 4 cm2(2 x 2) de área superficial, resultando em 24 cm2

de área superficial (6 lados x 4 cm2). A área superficial total será de 1536 cm2(24

cm2x 64 cubos). Deste modo, a área superficial deste cubo será quatro vezes

maior do que a área superficial do cubo maior.

Área superficial específica

32

Área superficial específica

Relacionada com

 CTC, retenção de água e nutrientes;

 retenção e liberação de poluentes;

 expansão / contração;

 propriedades mecânicas:

coesão, resistência, plasticidade.

33

Quanto mais fina a textura do solo, maior é a superfície efetiva exposta por suas partículas. Note que a adsorção, a expansão e outras propriedades físicas (plasticidade e coesão, calor de umedecimento) seguem a mesma tendência e aumentam rapidamente à medida que se aproximam da dimensão coloidal.

Fonte: Brady, 1983

Área superficial específica

34

Consistência do solo

Consistência do solo

35

CONSISTÊNCIA DO SOLO

Resposta do solo às forças externas que tentam

deformá-lo ou rompê-lo.

Manifestação das forças de coesão e adesão

sob diferentes condições de umidade.

(7)

COESÃO

: atração entre partículas de mesma natureza (S-S)

devido a:

Atração eletrostática entre superfícies

Atração molecular (Van der Walls)

Materiais coloidais

f = {ASE, H

2O, distância, orientação}

ADESÃO

: atração entre partículas de natureza distinta (L-S)

devido a:

Tensão superficial d’água (há necessidade ar)

CONSISTÊNCIA DO SOLO

37

Estado de umidade

Seco Úmido Molhado

Teores de água Equilíbrio com o ar Umidade equivalente Capacidade de campo Acima da capacidade de campo Predomínio da fase líquida Formas de consistência

Tenaz Friável Plástica Aderente ou pegajosa

Fluída

LP

LL

dureza friabilidade plasticidade Pegajosidade SECO ÚMIDO MOLHADO

MUITO MOLHADO ADESÃO COESÃO

CONSISTÊNCIA DO SOLO

38 FORÇA FORMA DE CONS. UMIDADE

 SOLO SECO - não há adesão e a coesão é máxima -DUREZA

 SOLO ÚMIDO - a coesão e a adesão. As duas forças ocorrem conjuntamente -FRIABILIDADE(solo é menos compactável)  SOLO MOLHADO a coesão desaparece e a adesão atinge o máximo

-PLASTICIDADE

 MUITO MOLHADO - os filmes de água que recobrem as partículas se tornam mais espessos -PEGAJOSIDADE

 SOLO SATURADO -FLUIDEZ

CONSISTÊNCIA DO SOLO

39

depende

Textura:  em solo argiloso

Mineralogia:  em 2:1

Ex.: Vertissolo x Latossolo

MO:  em solo argiloso,  em solo arenoso

Estrutura:  com a agregação

CONSISTÊNCIA DO SOLO

40

condiciona

Condições de preparo e cultivo do solo - APLICAÇÃO PRÁTICA

Resistência à penetração raízes

Estrutura (estabilidade de agregados)

Erodibilidade

CONSISTÊNCIA DO SOLO

41

Estrutura do solo

Estrutura do solo

42

(8)

ESTRUTURA DO SOLO

 O solo é composto por partículas de Areia e Silte

que se mantém unidas pela ação da Argila e

Matéria orgânica, formando

AGREGADOS

estáveis.

 A organização das partículas

e agregados é conhecida

como estrutura do solo.

 Estrutura X Textura

43 M O 5 % Água e nutrientes 34% Minerais 45 % Ar 16 % SOLO IDEAL

Solo desestruturado (esquerda) e solo bem granulado

(direita). Raízes de plantas e especialmente húmus são

fatores principais na granulação do solos.

Fonte: Brady, 1983

44

 Um solo com melhor estrutura suporta melhor a

precipitação e a ação de máquinas e implementos

agrícolas e também permite uma melhor produção

das culturas.

 Areias Quartzosas - solos “sem estrutura”, as

partículas

de

areia

normalmente

ocorrem

individualizadas, sem formarem agregados.

ESTRUTURA DO SOLO

45

AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA

dois pontos de vista

 1. Pedológico

o

tipo

o

tamanho

o

grau de desenvolvimento

 2. Manejo do Solo

o

potencial ou capacidade de uso do solo

46

relaciona-se com:

 Aeração

 Densidade e porosidade do solo

 Resistência mecânica à penetração

 Infiltração de água e selamento superficial

ESTRUTURA DO SOLO

47

esferoidal

placa

bloco angular

bloco subangular

colunar

prismática

Tipos de estrutura

48

(9)

 1°) Aproximação entre as partículas:

- floculação da argila

- Desidratação ou secamento do solo: aproxima

partículas

- raízes: desidratação e pressão sobre as partículas

- organismos: minhocas (coprólitos)

COMO SE FORMAM OS AGREGADOS ?

49

COMO SE FORMAM OS AGREGADOS

 2°) Estabilização: agentes cimentantes

- quantidade de argila e de cátions

- forças eletrostáticas (Van der Walls)

- MO. (polissacarídeos, ac. húmicos )

- microrganismos: ação mecânica (hifas de fungos) e produção

de compostos orgânicos

- vegetação: ação mecânica das raízes e fonte de material

orgânico na superfície

50

Formação dos agregados

Macroagregado composto por muitos microagregados, unidos principalmente por uma rede de

hifas de fungos e raízes Microagregado consistindo principalmente de partículas de areia fina e pequenos aglomerados de silte, argila e substâncias orgânicas unidas por pêlos radiculares, hifas de fungos e substâncias produzidas por microrganismos Submicroagregado constituído por partículas de silte cobertas com matéria orgânica e pequenos pedaços de plantas e microorganismos, cobertos com arranjamentos menores de argila, húmus e óxidos de Fe ou Al Aglomerados de partículas de argila interagindo com óxidos de Fe ou Al e polímeros orgânicos na menor escala 51

Estabilidade de agregados

52

ESTABILIDADE DE AGREGADOS

Resistência à desagregação que os agregados

apresentam quando submetidos a forças externas

(ação implementos agrícolas e impacto gota

chuva) ou forças internas (compressão de ar,

expansão/contração) que tendem a rompê-los.

53

Objetivo

: avaliar a estrutura do solo, pois a

estrutura pode ser o resultado da agregação

das partículas primárias (areia, silte e argila) e

mais outros componentes do solo como

matéria orgânica, calcário e sais.

A

metodologia

consiste em passar os

agregados por um conjunto de peneiras com

diâmetros decrescentes e quantificar as

frações retidas.

ESTABILIDADE DE AGREGADOS

(10)

ESTABILIDADE DE AGREGADOS

Pode-se

determinar

a

distribuição

do

tamanho de agregados estáveis em água e a

seco.

Através dessa determinação pode-se obter a

distribuição do tamanho dos agregados, a

estabilidade de agregados, o DMP e DMG.

55

Taxas de aumento da agregação

Textura do solo

Sistema de manejo

Sistema de cultura

Degradação estrutural

Melhoria estrutural

Recuperação da

estabilidade estrutural

Pelo menos 2x mais

rápida

em

solos

arenosos

do

que

argilosos

56

Densidade do solo

57

Densidade do solo

-Representa a relação entre a massa do solo seco e o seu

volume;

- No volume leva em consideração os sólidos e os poros

do solo;

-É um indicativo da qualidade estrutural do solo;

DENSIDADE DO SOLO (Ds)

58

 Objetivo: avaliar a estrutura

do solo pela relação entre

massa e volume de solo.

 A metodologia consiste em coletar uma amostra de

solo com estrutura preservada e de volume

conhecido, e pela relação entre massa de solo seco

em estufa a 105

o

C e volume da amostra ocupado

por partículas e poros, obtém-se a densidade do

solo.

DENSIDADE DO SOLO (Ds)

59

Massa de solo seco Volume do anel

Ds=

g cm

-3

DENSIDADE DO SOLO (Ds)

Relação com

TEXTURA

Solos arenosos  ds = 1,2 a 1,8 g cm-3 restritivo às raízes: ds = 1,65 g cm-3

Solos argilosos ds = 1,0 a 1,6 g cm-3restritivo às raízes: ds = 1,45 g cm-3

PROFUNDIDADE: ds  com a profundidade

MO,  PT,  compactação natural, diferentes formas de agregados,

maiores pressões, argila iluvial (ocupa espaços).

MAU MANEJO DO SOLO: compactação ds

Revolvimento:  densidade

60

(11)

Usada para

 Calcular PT

 Calcular massa solo da camada arável

 Avaliar alterações na estrutura e porosidade

 Converter massa H

2

O a volume H

2

O

DENSIDADE DO SOLO (Ds)

61

Ds em diferentes profundidades em um Argissolo

Vermelho distrófico, sob dois tipos de uso.

0

10

20

30

40

50

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5

Densidade, Mg m-3 P ro fu n d id ad e, c m

Mata

Lavoura

(SPC)

DENSIDADE DO SOLO (Ds)

62 63

DENSIDADE DO SOLO (Ds)

Densidade de partículas

64

DENSIDADE DE PARTÍCULAS (Dp)

 Expressa a relação entre a massa e o volume que

ocupam as partículas do solo, abstraindo o volume

dos poros.

 A Dp é afetada pela:

- Textura;

- Mineralogia;

- Matéria orgânica.

 Ao contrário da densidade do solo, a amostra utilizada

pode estar alterada.

65

 Objetivo: avaliar o volume de sólidos do solo, sem

considerar

a

porosidade.

É

utilizada

para

caracterizar o solo, calcular a porosidade total do solo

 A metodologia consiste em macerar uma amostra

de solo e obter o volume ocupado pelas partículas

sólidas da amostra.

 A densidade de partícula do solo é a média

ponderada da densidade real de todos os seus

componentes minerais e orgânicos.

DENSIDADE DE PARTÍCULAS (Dp)

(12)

A Dp é influenciada pelo manejo ?

 Valores de dp estão ligados à presença de certos

componentes minerais ou orgânicos:

Solos com baixos teores em óxidos Fe

(clima frio) - dp  2,65 g cm

-3

Solos com altos teores em óxidos Fe

(clima tropical e subtropical) - dp  3,0 g cm

-3

Solos orgânicos - dp < 1,92 g cm

-3

67

Porosidade do solo

68

-Proporção percentual de poros em relação ao volume de

solo.

-Poros: representam os espaços vazios do solo

(ocupado por ar ou água).

-Representam o “sistema circulatório” do solo:

-Estão diretamente ligados a:

-Infiltração de água no solo;

-Retenção de água;

-Drenagem do solo;

-Aeração do solo (trocas gasosas)

-Crescimento de raízes.

69

POROSIDADE DO SOLO

Objetivo: avaliar a quantidade e a natureza

dos poros existentes no solo.

A metodologia consiste em coleta de amostra

de solo com estrutura preservada, saturação

da amostra, aplicação de tensão de 60 cm de

coluna da água e secagem em estufa a 105

o

C.

POROSIDADE DO SOLO

70

POROSIDADE DO SOLO

_Porosidade

textural:

predominante

em

solos

arenosos (pouco estruturados).

_Porosidade estrutural: predominante em solos

argilosos (boa agregação).

 Macroporosidade –movimento d’água, aeração.

 Microporosidade – retenção de água.

71

FATORES QUE AFETAM A

POROSIDADE

 Agregação: granulares x blocos

 Textura - Arenosos:  PT

- Argilosos:  PT

 Profundidade:  profundidade  PT

IDEAL

 Macroporosidade = 1/3 do volume dos poros

 Microporosidade = 2/3 do volume dos poros

(13)

Macroporos 25,0% Microporos 38,0% Sólidos 37,0% Macroporos 19,0% Microporos 40,0% Sólidos 41,0% Macroporos 13,0% Microporos 40,0% Sólidos 47,0%

Mato

4 anos PC

50 anos PC

Latossolo Roxo

(> 60% argila)

POROSIDADE DO SOLO

73 0 5 10 15 20 25 30 35 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 Densidade, Mg m-3 P ro fu n d id ad e, c m Pinus Pasto Eucalipto Milho Mata Cerrado

Solo: Latossolo

Cerrado: vegetação natural

Milho: sistema convencional há 18 anos

Eucalipto: Eucalyptus camaldulensis há 10 anos

Pinus: Pinus caribea var. hondurensis há 10 anos

Mata ciliar: reflorestada com espécies nativas há 10 anos

Pastagem: Brachiaria decumbens há 10 anos

Fonte: Cavenage et al., 199974

Cerrado 38% 12% 50% Mata 44% 30% 14% Eucalipto 40% 30% 9% Pinus 40% 26% 14% Camada 0-10 cm Micro Macro Porosidade total Milho 47% 36% 10% 10-20 cm: 4% 10-20 cm: 38% Pastagem 40% 33% 8% 10-20 cm: 11%

Fonte: Cavenage et al., 199975

Resistência do solo à

penetração

76

Resistência à penetração

Resistência à

penetração

Umidade

Densidade

Crescimento radicular

Força que a raiz precisa

para penetrar no solo

77

Resistência à penetração

(14)

 Relação da resistência do solo apresentada por Silva et al. (2004) demonstra que o valor crítico ou restritivo não funciona de maneira abrupta cessando o crescimento, porém indica que os valores críticos de resistência do solo largamente usados como referência não estão muito distantes

Valores de crescimento de plantas com a variação de resistência à penetração em solo sob plantio direto (PD) e convencional (PC). Fonte: Silva et al. (2004).

Resistência à penetração

79 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id ad e, c m 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa Pinus 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id ad e, c m 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa 0 28 Distância, cm 14 28 14 Esteira

Resistência à penetração de uma área de pinus sem o tráfego de máquinas (esquerda) após o corte do pinus (direita). Fonte: Cechin et al., 2006

80 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id a d e , c m 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa Pinus 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id a d e , c m 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa 0 17,5 35 35 Distância, cm17,5 pneu 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id ad e , cm 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa pneu

Resistência à penetração de uma área de pinus sem o tráfego de máquinas (esquerda), após uma passado do Skidder (meio) e após várias passadas do Skidder (direita). Fonte: Cechin et al., 2006 81

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id ad e , c m 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa Pinus 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 P ro fu n d id ad e, c m 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 MPa Estaleiro

Resistência à penetração de uma área de pinus sem o tráfego de máquinas (esquerda) e no estaleiro (direita). Fonte: Cechin et al., 2006

82

SOLO BEM

ESTRUTURADO

Permite:

 a) Poros adequados para a entrada de ar e água no

solo;

 b) Porosidade adequada para que a água se

movimente através do solo sendo disponível para

as culturas, assim como permita uma boa

drenagem do solo;

 c) Porosidade adequada para o crescimento das

culturas após a

germinação

das sementes,

permitindo que as raízes explorem um maior

volume de solo em busca de ar, umidade e

nutrientes.

83 Palha + Atividade biológica + Matéria orgânica = Boa estrutura Raízes explorando o maior volume de solo = Boa estrutura 84

(15)

Degradação

ambiental

Erosão

Atividade

biológica

Trocas gasosas

Compactação

Conversão de área de mata

em lavoura

Qualidade ambiental

85

DEGRADAÇÃO DA ESTRUTURA

CAUSAS

 preparo intensivo e queima dos resíduos

 tráfego intenso de máquinas com umidade

inadequada

 impacto da gota de chuva

 dispersão química dos colóides

 inaptidão agrícola

86

Causas da degradação da estrutura

87

DEGRADAÇÃO DA ESTRUTURA

CONSEQUÊNCIAS

 propriedades físicas afetadas - densidade e

porosidade do solo, estabilidade dos agregados,

retenção e infiltração água ...

 camadas compactadas subsuperficiais

  resistência do solo à penetração

 erosão – sulcos ou laminar

 crostas superficiais

88

Degradação da estrutura = impacto ambiental

89 75 80 85 90 Grau de compactação (%) 20 40 60 80 100 R e n d im e n to r e la ti v o ( % ) Argissolo Latossolo

Relações dos propriedades físicas com o rendimento

de plantas

Relação

entre

grau

de

compactação e rendimento

(16)

Relações das propriedades físicas

com o rendimento de plantas

Solo muito solto

Sem estrutura Solo bem estruturado Solo compactado Estrutura degradada  Muitos torrões  Baixa retenção de água  Contato solo-semente deficiente  Contato solo-raiz deficiente  Suscetibilidade da cultura à seca  Baixa aeração  Suscetibilidade da cultura à seca  Restrições ao crescimento radicular  Baixa infiltração de água-escorrimento superficial  Boa aeração  Boa retenção de água  Boa infiltração de água  Diminuição de riscos da cultura à seca 91 Indicadores físicos e biológicos do solo, relacionados ao desenvolvimento e produção de plantas, usados para avaliar a qualidade dos solos (extraído de Reichert et al., 2003).

Referências

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