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SOBRE A DEVOLUÇÃO DE UM LIVRO: A CONSTÂNCIA DE UM MITO E OLHARES CONTEMPORÂNEOS SOBRE TIMOR-LESTE

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SOBRE A DEVOLUÇÃO DE UM LIVRO:

A CONSTÂNCIA DE UM MITO E OLHARES

CONTEMPORÂNEOS SOBRE TIMOR-LESTE

Kelly Silva e Lúcio Sousa

Um mito recorrente entre as populações leste-timorenses sugere que a humanidade tem origem na ilha. Em dado momento, dois irmãos, des- cendentes dos seres humanos originais, separaram-se, tendo o mais velho permanecido em Timor e o mais novo partido, através do mar, para terras distantes. Este último voltará mais tarde, transportando consigo bens que vão constituir os símbolos da autoridade com que reclama, e pretende le- gitimar, o poder temporal sobre a ilha. Exemplos destes objectos são o tambor (Traube, 1986); a bandeira (Hohe, 2002) ou o livro (Seixas, 2010; Engelenhoven, 2010). Desse regresso resulta uma separação das esferas de poder: o mais novo detém o poder temporal, e o mais velho, a autori- dade espiritual. A complementaridade entre ambos constitui uma repre- sentação que dá sentido à ocupação colonial, objetivando formas de mi- metismo e de indigenização desta experiência. No entanto, há outras versões do mito que apresentam uma faceta mais contestária. Entre os Bunak da região de Lamak Hitu, Bobonaro, a separação faz-se com um juramento e o irmão mais velho fica, detentor do poder do sândalo e da cera, enquanto o mais novo, o Português, parte, transportando consigo o lápis e o papel. Como explicado, o livro original, de pedra, subsiste ainda algures na montanha e prova que, ao contrário de outras versões do mito, não foram os portugueses, os estrangeiros, que o levaram para a ilha, ten- do sido este mais um dos bens que dela levaram.

Redar um livro composto por vários contributos como o que agora se apresenta é devolver de novo, num plano metafórico, e se tanto é possí- vel, os objectos e os sentimentos, os conhecimentos e as emoções que da ilha e de suas gentes, ou sobre a ilha e suas gentes, foram constituídos pe- las pesquisas dos investigadores que publicam aqui seus artigos. Serão os antropólogos o irmão mais novo do mito? Sem dúvida que alguns de nós, no terreno, a tal fomos comparados. Luís Cardoso interpela-nos no final

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deste livro sobre o olhar dos antropólogos, retomando de forma mais crí- tica o espanto que já manifestara em Crónica de uma travessia pelo nosso trabalho: a interpelação de assuntos que até então eram tidos como não relevantes e menores (Cardoso, 1997:90).

No entanto, sabemos que a atenção a temas que aos olhos do senso comum pareciam pouco relevantes, como as trocas matrimoniais entre populações da Indonésia Oriental, permitiu um dos desenvolvimentos mais significativos da teoria antropológica moderna, manifesto na teoria da aliança e das trocas generalizadas de Lévi-Strauss (1949), antecipadas, de alguma maneira, no trabalho de Van Wouden (1968 [1935]) a respeito das formas de estrutura social da Indonésia Oriental. Assim, fenómenos característicos das dinâmicas sociais de muitas das populações que habi- tam o que hoje conhecemos como Timor-Leste têm sido fundamentais para pensar sobre a condição humana no mundo.

Para os nossos pares, para a sociedade em geral e para Timor-Leste

em particular, Ita maun alin1... o livro do irmão mais novo tem como obje-

tivo visibilizar os resultados de pesquisas contemporâneas em ou sobre fe- nómenos relativos a Timor-Leste no âmbito das ciências sociais e humanas, inspiradas, de algum modo, por perspectivas antropológicas e realizadas, em sua maioria, por investigadores baseados em instituições de países de língua oficial portuguesa. O livro reúne artigos de autores provenientes de vários países e áreas académicas, em diferentes estágios de suas carreiras profissionais: alguns com extenso trabalho de campo e obras publicadas sobre Timor-Leste; outros que procuram abrir novos caminhos de investi- gação nessa distante fronteira sociopolítica do Sudeste asiático.

A presente publicação tem a sua origem no painel “(Re) Classifican- do Timor-Leste: conhecimento e traduções antropológicas de Timor e dos timorenses”, organizado no âmbito do IV Congresso da Associação Por-

tuguesa de Antropologia, em setembro de 2009.2 A algumas das comuni-

cações então apresentadas somaram-se trabalhos de académicos convida- dos a participar no livro em razão de experiências recentes de pesquisa em Timor-Leste. Nas vésperas de o país alcançar 10 anos da restauração de sua independência, o livro constitui uma amostragem importante das investigações em ciências sociais nele realizadas, cujos resultados aqui sistematizados figuram como contradádivas à generosidade com a qual muitos de nós fomos acolhidos nesse país.

1 Nós somos irmãos” ou “Nós somos irmãos, o mais velho e o mais novo” (ita = nós; maun = irmão mais velho; alin = irmão mais novo).

2 A proposta deste painel resultou da nossa participação no projecto PTDC/ANT/

81065/2006 “Traduzir a cultura, cultura da tradução. A negociação como património

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Um relance sobre o livro

Até a restauração da independência de Timor-Leste, muitas das in- vestigações a respeito de fenómenos circunscritos ou referentes às fron- teiras leste-timorenses no âmbito da antropologia vinculavam-se à etno- logia indígena. Eram marginais, para não dizer inexistentes, as abordagens antropológicas dos espaços urbanos ou das modernas elites leste-timorenses, temas relegados, muitas vezes, aos historiadores (Gunn, 1999; Thomaz, 2008) ou a cronistas coloniais. Um relance sobre o índice deste livro revela, assim, um fato relativamente novo e digno de nota: a tentativa de domesticar, a partir de um olhar antropológico, fenómenos advindos da inserção de populações leste-timorenses nos espaços urba- nos, seja dentro do país ou nas diásporas. As afinidades eletivas entre ur- banização, modernização e mudança social dão origem a processos de hi- bridização e tradução que, entre outras coisas, demandam novas articulações entre os legados dos estudos de regiões culturais (area studi-

es) com as discussões contemporâneas a respeito dos processos de globa-

lização. Para o caso de Timor-Leste, tal rearticulação, de modo estrutura- do e consciente, é um projeto em devir no qual estamos particularmente empenhados. De todo modo, artigos como os de Seixas, Feijó, Simião, Van Engelenhoven, Vicente, Silva, Chaves & Ronzani, Miranda e Cunha apresentam dados e lançam questões de fundamental importância para tal empreitada.

Ita maun alin está organizado em três secções. A primeira delas,

“Antropologias, traduções e culturas em perspectiva. Das montanhas às cidades”, é composta por artigos que articulam a memória e a prática da antropologia (em suas múltiplas configurações) em Timor-Leste, iniciada, sobretudo, nos anos 60, com estudos mais recentes e pesquisas em curso de modo a dar uma sustentabilidade a novas perspectivas teóricas sobre a forma de interpretar certas dinâmicas sociais. David Hicks apresenta uma resenha das etnografias coloniais, realizadas no Timor Português até 1975. Contrasta-as com as investigações que se efectuaram no terreno por antropólogos profissionais no final dos anos 60 e anos 70, entre as quais a sua própria. Claudine Friedberg, que trabalhou entre os Bunak desde os anos 70, retorna a estes para reflectir sobre as relações entre o imaginário e as práticas nas relações com os seres vivos, numa linha de pesquisa que se articula, criticamente, com os trabalhos de Descola (2005).

Tendo em conta, a um só tempo, certos desenvolvimentos da teoria antropológica e o manancial de conhecimento produzido pelos investiga- dores do projeto “Traduzindo a cultura, cultura da tradução: a negociação cultural como património central em Timor-Leste”, Paulo Seixas propõe

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uma perspectiva da cultura-enquanto-tradução, manifesta em suportes de tradução como línguas, narrativas e objetos. Rui Feijó, na esteira da inda- gação do papel da tradução na compreensão da realidade social, analisa práticas de nomeação no Timor-Leste contemporâneo. Entre outras coi- sas, indica a inexistência de um padrão fixo de nomeação entre seus inter- locutores. Tais fenómenos seriam assim estruturados por diversas negoci- ações e mediações de significado, pelas quais se objetivam certas apropriações e subversões do sistema de nominação português pelas elites leste-timorenses.

Esta secção é encerrada com um novo terreno em que a tradução e a diversidade se assumem como essenciais na construção do novo Estado- -nação: a justiça. Partindo de casos recolhidos em processos judiciais, Daniel Simião discute as diferentes perspectivas, as tensões e as incom- preensões que subsistem entre os agentes, estrangeiros e leste-timorenses, e entre estes últimos, em face às decisões do tribunal e outras formas de resolução de conflitos, denominadas como tradicionais.

A segunda parte do livro, “Oralidade e texto: resgatando arquivos, memórias, histórias”, propõe um conjunto de artigos que abordam inves- tigação e opinião sobre temas essenciais na análise das dinâmicas sociais em Timor-Leste. Referimo-nos aqui, sobretudo, às problemáticas do pas- sado e da palavra. Sendo o passado (as origens) um valor fundamental en- tre várias populações leste-timorenses, bem como nos processos de in- venção de tradições que estruturam a construção nacional, muitas são as disputas que se formam em torno de sua negociação. Em tais processos, as palavras (em forma escrita ou oral) figuram como tecnologias funda- mentais. Aone van Engelenhoven aborda, entre outras coisas, manifesta- ções de tradições orais em Lautém (Tutuala) e Sudoeste das Molucas (Le- ti) em perspectiva comparativa, discutindo as implicações da presença do herói Sorotmalai (rei dos livros) nas mesmas à luz das teorias dos espaços mentais.

Os processos coloniais de domesticação/negociação dos saberes lo- cais, manifestos nas controvérsias sobre usos e costumes timorenses, constituem o objeto de discussão de Ricardo Roque e Vicente Paulino. Ricardo Roque aventa que parte das práticas administrativas coloniais, entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX, estaria es- truturada em uma tecnologia mimética de governo, que propunha uma administração colonial da justiça inspirada na imagem do que se entendia como a lei “tradicional timorense”. Vicente Paulino, por sua vez, explora o modo como certas práticas locais, como as trocas matrimoniais, ganha- vam sentido na Seara, publicação católica das mais importantes na histó- ria da imprensa leste-timorense. Tais artigos revestem-se de particular importância na conjuntura atual de construção nacional leste-timorense,

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uma vez que o manejo dos “usos e costumes” locais impõe-se nas mais diferentes arenas de negociação política. Tal como em alguns contextos melanésios, é digno de nota que a invenção de tradições nacionais ocorra hoje em Timor-Leste mediante a articulação de uma categoria colonial de governo, qual seja, “usos e costumes” (Silva, 2010).

Sobre arquivos, da sua constituição e papel que devem desempenhar em Timor-Leste, discute José Mattoso num texto que apresenta caracte- rísticas particulares nesta coletânea. O artigo corresponde à versão escrita de uma comunicação apresentada em 2002 em Maliana, distrito de Bobo- naro. Consideramos ele próprio um documento histórico que regista certo repertório de questões e ansiedades políticas e identitárias com as quais as elites locais têm tido que dialogar em sua trajetória de múltiplas travessi- as, pelas quais Timor-Leste tem sido concebido como uma fronteira par- ticular.

Por fim, a última secção do livro, “Resiliências e novos contextos de negociação identitária”, retoma a esteira predominantemente etnográfica de discussão, mas em terrenos novos. De certa forma, caminhando agora com os próprios timorenses pelos mais variados espaços, físicos e identi- tários, onde se (re)constroem e (re)inventam as suas vidas. Christine Chaves, Ana Cláudia Ronzani e Kelly Silva procuram encontrar este ca- minho na obra de Luís Cardoso, tomando como objecto a noção de tra- vessia e a possibilidade que esta permite de vislumbrar, num autor char- neira da cultura contemporânea leste-timorense, um sentido para toda a experiência vivida na diáspora. Outro caminho é seguido por Sofia Mi- randa que, com base em trabalho etnográfico efectuado junto da comuni- dade leste-timorense que vive em Portugal, estuda as formas de resistên- cia que as mulheres adoptaram. De seu texto, é digno de nota o fato de as mulheres, no contexto de diáspora em Portugal, figurarem como guardiãs e reprodutoras do que concebem ser as tradições leste-timorenses. Tal fa- to é significativo se considerarmos que, em Timor-Leste, em diferentes contextos, os homens é que se apresentam como detendores de tal saber- -poder.

Maria do Rosário Tique, por sua vez, discute a origem e as dinâmi- cas da comunidade chinesa em Timor-Leste e, a seguir, na Austrália (co- mo refugiados) e algumas de suas disputas e controvérsias identitárias no pós-1999. Trata-se de uma comunidade que tem papel fundamental na di- alética da modernização do território e que se enraizou, sobretudo, em Dí- li, concentrando-se em atividades comerciais. Categorias tais como chi- neses-timorenses permanentes, chineses-timorenses não permanentes (regressados da Austrália), chineses indonésios, chineses puros e macaen- ses compõem um repertório de referências que indica diferentes projetos de pertencimento ao país. Ademais, a autora coloca em perspectiva os

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novos fluxos (em alguns casos refluxos) de timorenses-chineses ao país com aqueles que ocorrem nos EUA contemporaneamente.

Recentrando de novo em Timor o espaço de criação, Vanda Narciso e Pedro Henriques analisam o papel e as funções da terra entre certas po- pulações rurais leste-timorenses. Em perspetiva multidisciplinar e compa- rativa, o artigo discute as funções de regulação, habitat, produção, infor- mação e suporte da terra e os bens e serviços que fornece; alguns mecanismos de obtenção e de transmissão da terra, com ênfase nas práti- cas de herança; e as causas que levam às desigualdades de género nos mecanismos de obtenção e transmissão da terra. Residualmente, as fun- ções da água também são discutidas pelos autores. Tal problemática é fundamental no contexto contemporâneo de Timor-Leste, no qual a lei de Terras e Propriedades proposta pelo Estado está em processos de discus- são e profunda contestação.

Esta secção é concluída com o provocativo artigo de Teresa Cunha que, inspirada pela crítica feminista e por Boaventura Sousa Santos, aborda as táticas e as práticas da resiliência feminina em Díli. A partir de seu trabalho de campo na cidade, Cunha coloca em questão certas meta- narrativas de emancipação feministas que se apresentam como universais. Tal questionamento, conjugado com seus dados empíricos, levam a auto- ra a identificar a pluriversatilidade pragmática dos projetos e das alterna- tivas de emancipação de mulheres em Díli, as quais estão articuladas a di- ferentes trajetórias de subjetivação. Cunha encerra seu texto desafiando- -nos em um projeto epistemológico que englobe, a um só tempo, uma sociologia dos resgates, uma sociologia das ambiguidades e uma sociolo- gia das caixas de ressonância.

O livro termina com o delicado posfácio do escritor Luís Cardoso, um novo princípio para todos os envolvidos neste projecto e os seus leito- res; um desafio ao olhar de todos os que estão em presença e que, porven- tura, poderão se redescobrir mutuamente. Entre outras coisas, Luís Car- doso não nos deixa esquecer do potencial político da antropologia, o que nos lembra da responsabilidade que temos sobre as representações que promovemos em nossos textos ou vídeos.

Agradecimentos e uma nota técnica

Este livro é tributário de esforços de diferentes origens, institucio- nais ou individuais. Primeiramente, registamos nosso agradecimento a Rui Feijó e Susana de Mattos Viegas pelo trabalho de tradução para lín- gua portuguesa dos artigos de David Hicks e Aone Van Engelenhoven presentes no volume. A generosidade dos mesmos permitiu-nos dar mais unidade à obra, figurando todos os artigos em um único idioma. O traba-

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lho de Ana Pinto Mendes na tradução do texto de Claudine Friedberg, com revisão de Lúcio Sousa, também foi de suma importância para tanto.

Ao Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT), ao Centro

de Estudos das Migrações e Relações Interculturais (CEMRI), e ao Depar-

tamento de Antropologia da Universidade de Brasília, agradecemos pela disponibilização de recursos que permitiram a produção técnica do livro e a sua edição. Malu Resende nos acompanhou com grande profissionalis- mo na revisão dos originais. Seu árduo e acurado trabalho permitiu dar unidade estilística à obra no contexto do novo acordo ortográfico da lín- gua portuguesa, cuja observância foi, para nós, um aprendizado e um de- safio. Tendo como referência o Acordo, os textos redigidos ou traduzidos por autores e tradutores radicados em Portugal (salvo os casos dos textos de Rui Feijó e Teresa Cunha) foram revisados considerando as variações estilísticas e vocabulares nacionais permitidas pelo Acordo. Para os auto- res brasileiros, consideramos as variações associadas a este outro contex- to nacional.

Por fim, registamos nosso agradecimento a todos os colegas que dis- ponibilizaram seus artigos para composição do livro. Esperamos que ele possa fomentar mais e mais debates nesse momento oportuno, em que Timor-Leste comemora 10 anos de restauração de sua independência.

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Referências

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