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DOR CRÔNICA E AUTOMEDICAÇÃO AUTORREFERIDAS EM ESTUDANTES DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

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Anhanguera Educacional S.A.

Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br pic.ipade@unianhanguera.edu.br

Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A.

Dayane Furtado de Oliveira

Simone Souza Nascimento

Professora Orientadora:

Ms. Marina Morato Stival

Curso:

Enfermagem

FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

Trabalho apresentado no 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica – CONIC. Participou do Encontro Interno do PIC - 2009.

RESUMO

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a danos teciduais reais ou potenciais, que pode agravar-se se não avaliada adequadamente. A dor crônica é um problema de saúde pública e pode levar à incapacitação e a prática de terapias sem orientação médica. A automedicação tem sido uma prática comum entre estudantes de cursos da área da saúde, mesmo reconhecendo que esta é potencialmente prejudicial à saúde individual e coletiva, o que reflete o descuidado dos profissionais de enfermagem para com sua própria saúde. Objetivou-se descrever a epidemiologia da dor crônica e automedicação auto-referidas em estudantes de um curso de graduação em Enfermagem. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo exploratório com delineamento transversal, realizado com 300 estudantes, com idade entre 18 e 54 anos, regularmente matriculados nos diversos períodos do curso de graduação em Enfermagem. A dor foi prevalente em 287 (95,7%) estudantes, dos quais 208 (72,5%) foram classificados como dor crônica. Para obter o alívio da dor foi observada uma prevalência de 229 (79,8%) com uso de medicamentos, dos quais 70 (30,6%) referem automedicação. Quanto ao prejuízo muito pequeno, moderado, total e grande, observou-se maiores freqüências em níveis de prejuízo, humor, sono, capacidade de concentração e realização de atividades práticas. Os resultados encontrados permitem inferir que a dor diminui a qualidade de vida de causa prejuízos na vida acadêmica, e pode ainda ser um fator que diminua a eficácia da assistência de enfermagem junto ao cliente.

Palavras-Chave: dor crônica; automedicação; estudantes de Enfermagem.

A

NUÁRIO DA

P

RODUÇÃO DE

I

NICIAÇÃO

C

IENTÍFICA

D

ISCENTE

Vol. XII, Nº. 13, Ano 2009

DOR

CRÔNICA

E

AUTOMEDICAÇÃO

AUTORREFERIDAS

EM

ESTUDANTES

DE

UM

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

EM

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1. INTRODUÇÃO

A dor é conceituada pela International Association for Study of Pain (IASP) – Associação Internacional para Estudos da Dor – (1994) como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a danos teciduais reais ou potenciais podendo ser descrita em termos desses danos ou por ambas as características. É uma experiência multidimensional e subjetiva, associada a sintoma com características agudas ou crônicas, que pode agravar-se agravar-se não avaliada adequadamente (PIMENTA; TEIXEIRA, 1996; HORTENSE; ZAMBRANO; SOUSA, 2008).

Segundo Teixeira (2009) a dor é classificada em dois tipos: aguda e crônica. A NANDA – North American Nurnsing Diagnoses Association (2008) define a dor aguda como de início súbito ou lento, de intensidade leve à intensa, com término antecipado ou previsível e duração de menos de seis meses, diferenciando-se da dor crônica que, por sua vez, é constante ou recorrente, sem um término antecipado ou previsível e com duração de mais de seis meses.

A dor crônica é um problema de saúde pública e a crescente incidência dessa experiência na sociedade pode estar associada aos novos hábitos de vida, maior longevidade, sobrevida prolongada. Isso ocorre, especialmente, nas afecções crônico-degenerativas, modificações no meio ambiente, condições inadequadas de trabalho e variáveis psicológicas (TEIXEIRA et al., 1999).

No Brasil, 50% das consultas médicas estão relacionadas à dor crônica e 50% dos doentes que a vivenciam podem ficar incapacitados. O controle da dor, na maioria das vezes, é realizado por meio do uso de medicamentos, principalmente analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), e pode ser associado ainda as terapias físicas, cognitivo-comportamentais, bloqueios anestésicos e procedimentos cirúrgicas, sendo que intervenções múltiplas melhoram a qualidade da terapêutica (TEIXEIRA et al., 2003; CHAVES, 2009).

Para Musial, Dutra e Becker (2007) a automedicação é potencialmente prejudicial à saúde individual e coletiva, pois nenhum medicamento é inócuo a saúde. O uso inadequado de drogas, incluindo os medicamentos de venda livre, tais como os analgésicos, pode acarretar diversas conseqüências, tais como reações de hipersensibilidade, estímulo para a produção de anticorpos sem a devida necessidade, dependência do medicamento sem a real precisão, hemorragias digestivas, gastos supérfluos, atraso no diagnóstico e na terapêutica adequada (NASCIMENTO, 2005; MUSIAL; DUTRA; BECKER, 2007).

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Isto posto, considerou-se importante realizar este estudo, com o propósito de contribuir com o avanço dos conhecimentos sobre a epidemiologia da dor crônica no Brasil, buscando conhecer a extensão do sintoma entre universitários, seu impacto nas atividades cotidianas dessa população e os riscos de se iniciar uma terapia medicamentosa sem orientação médica, uma vez que a experiência dolorosa acarreta prejuízos na qualidade de vida do indivíduo que a vivencia.

2. OBJETIVO

2.1. Geral

• Descrever a epidemiologia da dor crônica e automedicação auto-referidas em estudantes de um curso de Graduação em Enfermagem.

2.2.

Específicos

• Caracterizar os estudantes do curso de Graduação em Enfermagem, segundo variáveis sociais, econômicas, demográficas e acadêmicas.

• Descrever a dor crônica auto-referida pelos universitários, segundo a intensidade e qualidade.

• Estimar a prevalência de dor crônica auto-referida e de automedicação em estudantes do curso de Graduação em Enfermagem e identificar os fármacos mais utilizados pelos estudantes para seu alívio e a fonte geradora da dessa prática.

• Mensurar o prejuízo da dor crônica auto-referida pelos universitários.

3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, com delineamento transversal, realizado na Faculdade Anhanguera de Anápolis, Anápolis-GO, 300 estudantes, com idades entre 18 e 54 anos, sendo a maioria do sexo feminino, regularmente matriculados nos diversos períodos do Curso de Graduação em Enfermagem.

As variáveis do estudo foram: sexo, idade, situação socioeconômica e conjugal, número de filhos, prejuízo nas atividades cotidianas, incluindo as acadêmicas, dor e suas características, automedicação e tratamento para dor e alívio obtido. A situação sócio-econômica foi analisada com base na quantidade de bens que possui, de acordo com a “Chave de Correção da Classificação de Classes Socioeconômicas no Brasil” (ABA/ABIPEME - 2008), que categoriza as classes em A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E.

Dor crônica foi caracterizada como aquela que existe há mais de 6 meses (NANDA, 2008). Em relação às características da dor, a intensidade foi medida em uma

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Escala Numérica (EN): de 0 (zero) a 10 (dez), na qual 0 (zero) significou sem dor e 10 (dez) a pior dor imaginável. Nesse estudo, a EN foi utilizada de forma escrita, ou seja, o próprio estudante fez a anotação do escore que representava a intensidade da dor sentida. A localização foi feita através de diagramas corporais.

A qualidade da dor foi investigada por meio do Questionário para Dor de McGill (MPQ), o qual contém 78 descritores distribuídos em 4 grandes grupos (sensitivo, afetivo, avaliativo e misto) e 20 subgrupos. Observa-se significativa utilização do MPQ no meio científico, visando à caracterização das dores crônicas e agudas e à discriminação de diversas síndromes dolorosas (PIMENTA; TEIXEIRA, 1996). A magnitude do prejuízo causado pela dor nas atividades cotidianas dos estudantes foi mensurada através de uma Escala de copos de 5 pontos, onde um copo vazio corresponderia a nenhum prejuízo e o copo cheio a prejuízo total.

Os dados foram coletados na Faculdade Anhanguera de Anápolis, em momentos de disponibilidade dos estudantes, nos corredores ou salas de aulas, em um período de um mês. Os estudantes foram abordados pelas pesquisadoras, que informaram sobre a pesquisa e esclareceram quanto aos objetivos. Concordando em participar, assinaram o termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Logo após, preencheram o questionário composto de itens referentes a dados de identificação, características da dor, prejuízo nas atividades cotidianas e prática da automedicação. O estudante foi informado sobre o tempo necessário para o preenchimento do instrumento (aproximadamente 15 minutos) e as tarefas a serem realizadas (mensuração), podendo livremente retirar o consentimento, sem nenhum prejuízo para si. Os estudantes que apresentaram relato de dor foram orientados a procurarem atendimento nas Unidades de Saúde de Anápolis para tratamento. Com o objetivo de verificar adequação da análise estatística proposta e clareza, objetividade e adequação do instrumento de coleta de dados, foi realizado um teste piloto. Participaram 6 estudantes do curso de enfermagem, todos ingênuos quanto ao método de mensuração utilizado.

Os dados foram registrados no instrumento de coleta de dados e posteriormente organizados em planilhas eletrônicas em arquivo do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 15.0. Foi realizada, inicialmente, uma análise exploratória dos dados (descritiva). As variáveis numéricas foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (média, mediana) e de dispersão (mínimo, máximo, desvio padrão e coeficiente de variação) e as variáveis categóricas foram exploradas por freqüências simples absolutas e percentuais. Os resultados das análises foram organizados em tabelas. As associações entre duas variáveis categóricas foram estudadas a partir da construção de

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tabelas de contingência em seguida foram aplicados os testes não paramétricos de associações como o qui-quadrado (corrigido de Yates e Mantel-Hanzel). No caso de associação entre duas variáveis numéricas utilizamos inicialmente coeficiente de correlação de Pearson, caso os dados apresentem distribuição normal e de Spearman, caso contrário. Quando a variável categórica apresentou apenas dois níveis utilizamos o teste t-Student se as suposições de normalidade e homogeneidade forem satisfeitas, caso contrário, aplicamos o teste não paramétrico de Mann-Whitney. O nível de significância para todos os testes foi de alfa=5%.

4.

DESENVOLVIMENTO

A dor é um fenômeno universal, sua percepção é subjetiva e individual e a cronicidade dessa experiência caracteriza-se por presença constante e intermitente, associada à duração prolongada.

A elevada prevalência das condições dolorosas crônicas em diversos países aponta a importância de estudos sobre a epidemiologia dessa experiência com a finalidade de elaboração de programas de cuidados, destinados à profilaxia e ao tratamento dos indivíduos que padecem dor (MOREIRA JUNIOR; SOUZA, 2003).

Neste contexto, e concordando com Elliott et al. (1999) quando afirmaram que as pessoas com dor, utilizam 5 vezes mais os serviços de saúde do que aquelas que não sentem dor crônica, considerou-se relevante ressaltar que o adequado controle dessa experiência é fundamental para a redução dos custos e manutenção da qualidade de vida dessa população. Esse controle inclui a terapêutica farmacológica que deve ser prescrita de forma individualizada, com acompanhamento dos clientes que necessitam de tratamento prolongado, devido a risco de reações adversas (YENG et al., 2003; ALVES; AZEVEDO; CARVALHO, 2004; SILVA; LEÃO, 2004).

Para Pimenta e Teixeira (1996), a avaliação da dor visa aferir qualidade, duração, e o impacto desta no aspecto psico-afetivo do indivíduo, além de determinar sua intensidade. Traz ainda que a avaliação auxilia no diagnóstico, ajuda na escolha da tratamento e quantifica a eficácia da terapêutica implementada.

No entanto, nos países subdesenvolvidos, devido a custos elevados das consultas médicas e demora no atendimento prestado pelos equipamentos de saúde, os indivíduos procuram resolver sua dor praticando a automedicação. Por vezes, fazendo uso de prescrições médicas antigas, orientações de pessoas leigas, amigos íntimos,

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parentes mais experientes ou mesmo com o farmacêutico amigo, em busca de solução medicamentosa para sua dor (HAAK 1989; KAMAT et al., 1998).

Estudo populacional desenvolvido na Austrália, envolvendo 17.543 entrevistas realizadas por telefone, mostrou prevalência de dor crônica de 17% para os homens e de 20% para as mulheres. Ademais, 11% dos homens e 13,5% das mulheres relataram que a dor foi responsável por algum grau de prejuízo nas suas atividades cotidianas. Os resultados apontaram que a dor crônica impacta uma grande proporção da população australiana, particularmente as pessoas mais velhas; mulheres; com nível socioeconômico mais baixo (BLYTH et al., 2001).

Estudos epidemiológicos que investigaram a prevalência de dor crônica em adultos trabalhadores no Brasil apontaram maior freqüência de relatos entre 30 e 50 anos, com prevalência para o sexo feminino, com companheiro (KRELING, 2000; PEREIRA et al., 2007).

Na Espanha, a prevalência de dor lombar entre 174 estudantes do curso de enfermagem revelou um aumento dessa dor de 31% no ano de ingresso dos estudantes para 72% no último ano de graduação. O aumento da prevalência foi associado a uma maior carga física ocupacional no último ano em relação ao primeiro (VIDEMAN et al., 2005). A dor crônica foi uma das principais causas de incapacidade física e funcional, limitando mais de 1/3 da população, também no estudo de Teixeira et al. (1999).

Assim, faz sentido ressaltar que indivíduos com dor crônica apresentam prevalência elevada de comorbidades do tipo transtornos depressivos e ansiosos (YENG; TEIXEIRA, 2004). Castro et al. (2006) avaliaram a prevalência de ansiedade e depressão em 91 pacientes com dor crônica, com idades entre 18 e 50 anos, 87,9% do sexo feminino e identificaram prevalência de 61,8% para ansiedade e 81,6% para depressão, confirmando as colocações de Yeng e Teixeira (2004).

Dados relacionados à frequência com que as situações cotidianas foram prejudicadas pela dor, no estudo de Pereira et al. (2007) apontou-se o sono, a disposição para fazer as coisas que gosta, realizar as atividades domésticas e o humor como as situações mais frequentemente referidas pelos usuários, entre as 13 investigadas, com 46,0 (9,48%), 45,0 (9,27%), 43,0 (8,86%) e 40,0 (8,24%) escolhas, respectivamente, dentre as 485 escolhas realizadas pelos participantes. Esse prejuízo foi mensurado e sua intensidade representada pela mediana, mínima e máxima dos escores. Medianas iguais ou superiores a 3,0 (em escala de 0 a 4), que classificam o prejuízo da dor nas situações da vida diária como muito grande foram estimadas para sono, disposição para fazer as coisas que gosta, realizar as atividades domésticas, humor, lazer, viajar e realizar atividade física.

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Outros estudos relatam que a dor crônica é uma das principais causas de incapacidade, levando à exacerbação das manifestações de sintomas como alterações no padrão de sono, apetite e libido, manifestações de irritabilidade, alterações de energia, diminuição da capacidade de concentração, alterações no sono, humor, auto-estima, restrições na capacidade para as atividades sexuais, familiares, profissionais e sociais (TEIXEIRA et al., 2003, PEDROSO; CELICH, 2006).

Observa-se que a automedicação, tem se mostrado uma prática comum entre os universitários, mesmo estes conhecendo os riscos que a mesma oferece. A automedicação, baseada na formação e prática dos sujeitos, desvela o descuidado de si dos profissionais de enfermagem que buscam minimizar sintomas físicos ou psíquicos sem a recomendação médica adequada (BAGGIO; FORMAGGIO, 2009).

No Brasil, estudos mostraram que 54% das drogas utilizadas na automedicação para a dor eram analgésicos, sendo eles: dipirona (17,8%), ácido acetilsalicílico (12,1%), ácido acetilsalicílico em associação (8%), paracetamol (5,3%), dipirona em associação (3,3%) e outros analgésicos (8,3%) (14). A dipirona também foi uma das drogas mais utilizadas (7,1%) entre os analgésicos (17,3%) em perfil epidemiológico da automedicação no referido país (ARRAIS et al., 1997). Entre universitários, no Estado de Minas Gerais constatou-se que 89,9% dos estudantes da área da saúde já haviam se automedicado com analgésicos (PENNA et al., 2004).

Diante do exposto, propôs-se estudar este tema, visto que a dor, atualmente considerada como quinto sinal vital, causa prejuízos de caráter físico, psicológico e social, e agrava a prática da automedicação.

5. RESULTADOS

A caracterização dos estudantes do curso de Graduação em Enfermagem, segundo variáveis sociais, econômicas, demográficas e acadêmicas estão demonstradas na Tabela 1. É possível observar que há maior prevalência de indivíduos do sexo feminino (87,7%), o que é esperado por a enfermagem ainda ser considerada uma área predominantemente feminina, concordando com o estudo de Melo e Ludwig (2004).

A idade variou de 18 a 54 anos (M= 25,04 anos), com 153 (51%) indivíduos entre 18 a 22 anos de idade. Quanto ao estado civil 210 (70%) eram solteiros, e 223 (74,3%) não tinham filhos. A maioria (64,3%) não trabalha e 65 (21,7%) já atuam como técnicos e auxiliares de enfermagem. A prática de exercícios físicos foi referida por apenas 81 (27%)

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indivíduos. A classe econômica prevalente foi C1 (30,0%), seguida da B2 (26,3%) e C2 (20,7%).

Os participantes estavam distribuídos no primeiro, terceiro, quinto e sétimo períodos da graduação, com maior prevalência de respondentes no primeiro período (31,7%). Foram identificados que 232 (77,3%) e 175 (58,3%) estudantes não fazem estágio e não realizam atividades extracurriculares, respectivamente. Esta seção se destina a apresentar, a discutir e a comentar os resultados obtidos na pesquisa. Podem existir conjecturas e interpretações acerca dos estudos anteriores, assim como, uma nova concepção do problema recorrente da pesquisa realizada.

Tabela 1 – Caracterização social, econômica, demográfica e acadêmica dos estudantes do curso de enfermagem. Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=300).

Caracterização social, econômica, demográfica e acadêmica

Sexo n % Frequência de atividades físicas n %

Feminino 263 87,7 Não pratica 219 73,0

Masculino 37 12,3 1 a 2 x por semana 21 7,0 Faixa etária (em anos) 3 a 4 x por semana 43 14,3 18 a 22 153 51,0 > 4 x por semana 17 5,7 23 a 27 66 22,0 ABA 28 a 32 40 13,3 Classe A1 2 0,7 33 a 37 18 6,0 Classe A2 9 3,0 38 a 42 13 4,4 Classe B1 36 12,0 > 42 10 3,3 Classe B2 79 26,3

Estado civil Classe C1 90 30,0

Solteiro 210 70,0 Classe C2 62 20,7

Casado 79 26,3 Classe D 22 7,3

Divorciado 9 3,0 Período do curso

Viúvo 2 0,7 1º 95 31,7

Número de filhos 3º 72 24,0

Nenhum 223 74,3 5° 67 22,3

Um 37 12,3 7° 66 22,0

Dois 27 9,0 Estágio Extracurricular

Três 13 4,4 Sim 68 22,7

Trabalha Não 232 77,3

Não 193 64,3 Atividades extracurriculares

Téc./Aux. de Enf. 65 21,7 Sim 125 41,7

Outros 42 14,0 Não 175 58,3

Legenda: Téc. = Técnico; Aux. = Auxiliar; Enf.= Enfermagem. Neste estudo foi considerado dor crônica aquela com mais de seis meses de duração (NANDA, 2008). Quanto a variável existência de dor, 287 (95,7%) estudantes a referiram dos quais 208 (72,5%) foram classificados como dor crônica e 79 (27,5%) com dor aguda, conforme demonstrado na Tabela 2. Ressalta-se que dos 208 com dor crônica, 64 (30,8%) eram do 1° período (p=0,04).

Ainda na Tabela 2 é possível observar os valores encontrados de intensidade de dor por meio da Escala Numérica (EN 0-10) para avaliação da dor, na qual 0 (zero) significa nenhuma dor e 10 (dez) a pior dor possível.

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Observou-se que estudantes que apresentaram dor crônica atribuíram maiores escores na EN (M= 6,3 e Mo= 7) (p<0,001). Em estudo realizado por Kurita e Pimenta (2004), foi identificada mediana 7 para a intensidade da dor, o que ratifica que indivíduos com dor crônica tendem a apresentar dor intensa, tornando válidos os valores encontrados neste estudo (KURITA; PIMENTA, 2004).

Tabela 2 – Medidas descritivas dos escores atribuídos a dor por meio da Escala Numérica de Dor (EN- 0-10) pelos estudantes de enfermagem. Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=287)

Intensidade da dor Tipo de

Dor n % Média Mediana Moda Máxima Mínima P

Aguda 79 27,5 5,1 5 4 10 2 < 0,001*

Crônica 208 72,5 6,3 7 7 10 1

Ainda considerando a intensidade da dor pela utilização da EN, é possível recategorizar a intensidade de dor em quatro tipos: 1 a 3 por dor leve; 4 a 6 por dor moderada; 7 a 9 por dor intensa e 10 por pior dor possível conforme demonstrado na Figura 1. 6,0% 13,2% 8,0%0,3% 9,1% 26,8% 31,4% 5,2% 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0

Dor aguda Dor crônica

p<0,01

Pior dor possível Dor intensa Dor moderada Dor leve

Figura 1 – Distribuição da classificação de dor dos estudantes de enfermagem por intensidade de dor atribuídas por meio da EN – (0 a 10). Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=287).

As principais dores referidas foram de cabeça e face (105; 35,0%) e dores na coluna (61; 20,3%), o que corrobora com o estudo de Damasceno et al. (2007) no qual a dor de cabeça foi a principal dor referida por estudantes.

Um dos instrumentos utilizados para avaliação da qualidade da dor é o MPQ (McGill Pain Questionnary). Pimenta e Teixeira (1996) e Sousa e Silva (2005) afirmam que este é um dos melhores instrumentos avaliativos da dor. O MPQ foi elaborado a partir de estudos com a obtenção de 102 palavras para descrever a dor. Estas foram organizadas em quatro grupos (sensitivo, afetivo, avaliativo e miscelânia) e 20 subgrupos composto por 78 descritores. O grupo sensitivo refere-se às propriedades mecânicas, térmicas, de vividez e espaciais da dor. O afetivo compreende as dimensões afetivas nos aspectos de tensão, medo e respostas neurovegetativas. Os descritores do grupo avaliativo permite ao

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indivíduo avaliar e expressar a experiência de dor. O grupo miscelânia contém descritores qualitativamente similares, porém com magnitudes diferentes (CHAVES, 2009; PIMENTA; TEIXEIRA, 1996).

A Tabela 3 expõe descritores representantes de cada subgrupo e que tiveram maior freqüência na escolha dos estudantes. Independente dos descritores escolhidos é possível observar que há sempre maior predominância da descrição quando a dor é crônica.

Tabela 3 – Descritores da qualidade da dor segundo MPQ nos estudantes do curso de enfermagem. Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=287)

Dor aguda Dor crônica Total Grupo Descritores n % n % n Latejante 44 30,8 99 69,2 143 Pontada 44 27,1 118 72,9 162 Dolorida 29 33,7 57 66,3 86 Fisgada 25 28,4 63 71,6 88 Cólica 20 27,4 53 72,6 73 Fina 17 21,2 63 78,8 80 Agulhada 16 20,5 62 79,5 78 Calor 14 26,4 39 73,6 53 Sensível 14 26,4 39 73,6 53 Sensitivo Ferroada 15 23,4 49 76,6 64 Cansativa 35 31,0 78 69,0 113 Enjoada 30 24,6 92 75,4 122 Miserável 17 23,9 54 76,1 71 Atormenta 16 22,9 54 77,1 70 Afetivo Amedrontadora 13 21,3 48 78,7 61 Avaliativo Que incomoda 30 30,6 68 69,4 98

Aperta 22 30,5 50 69,5 72 Aborrecida 17 30,9 38 69,1 55 Penetra 16 27,6 42 72,4 58 Fria 10 20,0 40 80,0 50 Miscelânia Dá náusea 13 21,3 48 78,7 61

Em um estudo realizado por, Siega et al. (2006), observaram que quanto à qualidade da dor as palavras mais freqüentemente escolhidas pelos participantes (33% ou mais) para descrever a dor crônica não oncológica, considerando aquelas contidas no Questionário de Dor de McGill (MPQ), no agrupamento sensitivo, foram: latejante (59%), queimação (47%), agulhada (47%), fisgada (41%), formigamento (39%), doída (37%), pontada (33%), ferroada (31%); no agrupamento afetivo: cansativa (59%), sufocante (51%), enlouquecedora (41%), enjoada (39%), atormenta (39%), exaustiva (33%) e no agrupamento avaliativo: insuportável (39%).

Os descritores latejante (50,0% e 48,4%), pontada (45,5% e 33,0%), enjoada (63,6% e 46,0%), cansativa (45,5% e 36,6%) e que incomoda (40,9% e 39,5%) foram apontadas como os mais freqüentemente escolhidas para descrever a dor crônica no estudo de Pereira et al. (2007).

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Assim, aponta-se a mensuração da qualidade da experiência dolorosa como ponto fundamental na avaliação da dor, pois permite compreender a multidimensionalidade da experiência dolorosa e tornar ampliadas as possibilidades de sucesso no adequado alívio da dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Esta mensuração tem sido sensível a diferentes terapias analgésicas, e eficaz em discriminar tipos específicos de dor (SOUSA; PEREIRA; HORTENSE, 2009).

A Figura 2 demonstra o prejuízo que a dor causa aos estudantes. O prejuízo foi mensurado com a utilização de uma escala de copos que tinha como escores: prejuízo muito pequeno (até 25%), prejuízo moderado (até 50%), prejuízo grande (75%) e prejuízo total (100%). É importante enfatizar o prejuízo referido pelos estudantes em situações que podem interferir no desempenho durante a graduação, como capacidade de concentração referida por 160 (55,7%), avaliações das disciplinas por 77 (26,8%) e relacionamento com os colegas por 64 (22,3%). Quanto ao prejuízo total, houve referência significativas no que diz respeito ao humor (7,0%) e sono (4,2%) o que corrobora com resultados de outros estudos (PEREIRA et al., 2007; TEIXEIRA et al., 2003; PEDROSO; CELICH, 2006).

0 10 20 30 40 50 60 70

Capacidade de co ncentração Humor Participação de atividades sócio-recreativas Realização atividades diárias Relações com outras pessoas So no Capacidade de aproveitar a vida Desenvolvimento de habilidades cognitivas Desenvolvimento de habilidades psico-motoras Relacionamento com os colegas Avaliações das disciplinas Realização de atividades práticas

Dor leve Dor moderada Dor intensa Pior dor possível

Figura 2 – Distribuição do prejuízo da dor nos estudantes de enfermagem. Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=287)

Dados relacionados à freqüência com que as situações cotidianas foram prejudicadas pela dor, no estudo de Pereira et al. (2007) apontou-se o sono, a disposição para fazer as coisas que gosta, realizar as atividades domésticas e o humor como as situações mais freqüentemente referidas pelos usuários, entre as 13 investigadas, com 46 (9,48%), 45,0 (9,27%), 43 (8,86%) e 40 (8,24%) escolhas, respectivamente, dentre as 485 escolhas realizadas pelos participantes.

Outros estudos relatam que a dor crônica é uma das principais causas de incapacidade, levando à exacerbação das manifestações de sintomas como alterações no

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padrão de sono, apetite e libido, manifestações de irritabilidade, alterações de energia, diminuição da capacidade de concentração, alterações no sono, humor, auto-estima, restrições na capacidade para as atividades sexuais, familiares, profissionais e sociais (TEIXEIRA et al., 2003; PEDROSO; CELICH, 2006).

Para obter o alívio da dor foi observada uma prevalência de 79,8% no uso de medicamentos, os quais foram distribuídos em classes conforme a Tabela 4. É possível observar que a maioria das pessoas utilizava analgésicos (57,2%) como principal medicamento para alívio da dor, o que corrobora com os resultados do estudo de Cerqueira et al. (2005). No estudo de Damasceno et al. (2007) a incidência de automedicação por acadêmicos do curso de Enfermagem 91,2%, justificada pelo fato de usarem os conhecimentos adquiridos durante a graduação.

Os estudantes com dor crônica utilizam mais analgésicos e AINES que aqueles com dor aguda (p=0,03) conforme mostra a Tabela 4. Os medicamentos mais utilizados, sejam isolados ou em associação, foram a dipirona, o paracetamol, diclofenaco e ácido acetil salicílico. Estes resultados são compatíveis aos do estudo realizado com estudantes universitários de enfermagem, farmácia e odontologia e por Damasceno et al. (2007).

A categoria outros inclui medicamentos citados que foram de menor ocorrência, como protetores gástricos, opióides, anti-espasmódicos, relaxantes musculares, contraceptivos, laxantes, e anti-depressivos e ansiolíticos, provavelmente utilizados em concomitância aos analgésicos na tentativa de potencializar o efeito terapêutico do mesmo.

Tabela 4 – Classe de medicamentos utilizados para o alívio da dor conforme caracterização da dor nos estudantes de enfermagem. Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=229)

Medicamentos utilizados

Analg. AINE Analg. + AINE Outros Classificação da dor n % n % n % n % P Dor aguda 42 18,3 4 1,8 5 2,2 8 3,5 0,03 Dor crônica 89 38,9 32 14,0 15 6,5 34 14,8 Total 131 57,2 36 15,8 20 8,7 42 18,3

Legenda: Analg. = analgésicos; AINE: Anti-inflamatório não-esteróide. No Brasil, estudos mostraram que 54% das drogas utilizadas na automedicação para a dor eram analgésicos, sendo eles: dipirona (17,8%), ácido acetilsalicílico (12,1%), ácido acetilsalicílico em associação (8%), paracetamol (5,3%), dipirona em associação (3,3%) e outros analgésicos (8,3%) (14). A dipirona também foi uma das drogas mais utilizadas (7,1%) entre os analgésicos (17,3%) em perfil epidemiológico da automedicação no referido país (ARRAIS et al., 1997). Entre universitários, no Estado de Minas Gerais

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constatou-se que 89,9% dos estudantes da área da saúde já haviam se automedicado com analgésicos (PENNA et al., 2004).

Dos 229 (79,8%) que utilizam algum tipo de medicamento para alívio da dor, 70 (30,6%) referem automedicação, conforme demonstrado na Figura 3. A prática de automedicação entre estudantes de enfermagem e demais cursos da área da saúde é uma variável crescente, pois independente do quanto o indivíduo saiba sobre farmacologia, o simples fato de conhecer a indicação do medicamento o faz usar sem necessidade de prescrição médica, independente dos efeitos adversos que possam resultar da prática.

Esta prática deve ser extinta dentre os profissionais da área da saúde uma vez que cabe a estes a orientação para a redução dessa prática e, consequentemente, para a diminuição dos agravos na saúde dos que se automedicam, ratificando o que foi descrito por Damasceno et al. (2007).

13,6%

8,7%

1,3%

44,5%

1,3%

30,6%

Médico para queixa atual

Farmacêutico

Alguém da família

Amigo

Você mesmo após informar-se

Médico em outra ocasião semelhante

Figura 3 – Indicação da medicação utilizada pelos estudantes de enfermagem que referiram tratamento medicamentoso para o alívio da dor. Anápolis-GO, fevereiro a junho de 2009. (n=229)

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dor foi prevalente em 287 (95,7%) estudantes, dos quais 208 (72,5%) foram classificados como dor crônica. Para obter o alívio da dor foi observada uma prevalência de 229 (79,8%) com uso de medicamentos, dos quais 70 (30,6%) referem automedicação. Quanto ao prejuízo muito pequeno, moderado, total e grande, observou-se maiores freqüências em níveis de prejuízo, humor, sono, capacidade de concentração e realização de atividades práticas.

A dor é um fenômeno universal, sua percepção é subjetiva e individual e a cronicidade dessa experiência caracteriza-se por presença constante e intermitente, associada à duração prolongada. O estudo identificou que há maior prevalência de dor crônica na população acadêmica. A intensidade da dor variou de leve a pior dor possível,

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com predominância de dor intensa tanto na dor aguda quanto na crônica. A dor é relacionada a prejuízos no desenvolvimento de atividades cotidianas e acadêmicas, o que, ainda, favorece a prática da automedicação.

Os resultados encontrados permitem inferir que a dor diminui a qualidade de vida de causa prejuízos na vida acadêmica, e pode ainda ser um fator que diminua a eficácia da assistência de enfermagem junto ao cliente.

PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITÊ

Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Anhanguera Educacional S/A – (CEUA ou CEP)/AESA - aprovado por meio do parecer: 006/2009.

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