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APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS LOGÍSTICAS PARA OTIMIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE ESTOCAGEM E ARMAZENAGEM EM UM DEPÓSITO: ESTUDO DE CASO EM UMA DISTRIBUIDORA.

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APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS

LOGÍSTICAS PARA OTIMIZAÇÃO DAS

OPERAÇÕES DE ESTOCAGEM E

ARMAZENAGEM EM UM DEPÓSITO:

ESTUDO DE CASO EM UMA

DISTRIBUIDORA.

Franck de Azevedo Ferreira Filho (UNAMA)

franckazevedo@hotmail.com

O presente trabalho descreve um estudo sobre a importância do uso adequado da Logística como importante ferramenta estratégica para uma organização. Serão apresentados alguns conceitos de projetos de layout e relacionados com a melhor apliccação das operações de estocagem e movimentação de materiais. O principal objetivo deste trabalho é demonstrar o uso de técnicas, como a curva ABC, gestão de categorias, otimização de layout em situação prática, para isso é apresentado um estudo de caso onde é feito uma revisão de layout e aplicação do novo modelo.

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1. Introdução

Com a globalização dos mercados e a mudança do perfil do cliente, que estão cada vez mais exigentes e bem informados, acabam forçando as empresas a serem mais criativas, ágeis e flexíveis alem de elevar a qualidade de seus serviços.

Dentro destes parâmetros a logística entra como aliada na busca pela supremacia do mercado consumidor. Ela passa a ter papel estratégico importante no gerenciamento, aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças, produtos acabados e informações entre esses elementos, de modo a maximizar os ganhos, minimizar os custos e atender aos anseios dos clientes.

Fazendo uso desta constatação, pela busca do processo ótimo, é preciso produzir com um custo menor e agregando máximo valor ao produto, parte-se ao ponto de avaliar o rendimento de todas as operações logísticas envolvidas no processo produtivo.

Na Gestão de Materiais o uso do adequado do arranjo físico é de extrema importância, pois influenciará diretamente no rendimento das demais atividades logísticas como a Estocagem e Armazenagem, haja vista que essas atividades podem absorver 12% a 40% dos custos logísticos da empresa (BALLOU, 2006).

Visando a aplicação adequada de recursos este artigo relacionará alguns conceitos sobre projeto industrial e aplicara técnicas voltadas à otimização nas operações de estocagem e armazenagem com a realidade de uma distribuidora na Região Metropolitana de Belém (RMB)

2. Importância da armazenagem e movimentação

Em contrapartida a operação de transporte que é realizada em locais e tempos distintos as operações de armazenagem e movimentação acontecem em pontos vitais dentro da cadeia de suprimentos. Na grande maioria das vezes ocorre em locais fixos e devido isso passam a ter seus custos intimamente relacionados à seleção destes locais.

Bowersox (2006) determina a importância dessas atividades dentro de um armazém. Os produtos devem ser recebidos, movimentados, estocados, classificados e montados, com finalidade de satisfazer os anseios dos clientes.

Moura (2005) define a movimentação de materiais como a preparação e colocação e posicionamento dos produtos com único intuito de facilitar a estocagem.

Os custos envolventes a essas atividades são justificados pelo fato de não ser possível definir com exatidão a demanda dos produtos pela empresa e normalmente existem grandes distancias que separam os produtores dos consumidores, dificultando que as mercadorias sejam fornecidas instantaneamente.

Ballou (2006) especifica quatro razões básicas para utilizar um espaço físico para estocagem, 1) reduzir os custos de transportes e produção; 2) coordenar oferta e demanda; 3) assessorar no processo de produção; 4) colaborar no processo de comercialização.

A armazenagem e o estoque são despesas adicionais, mais podem ser compensadas a partir de um aumento da eficiência no transporte ou produção, fica mais bem evidenciado na Figura 1.

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Figura 1 Compensação de custos

O manuseio de materiais é um elemento-chave nas atividades logísticas e não pode ser desconsiderado. Ballou (2006) defende de forma sucinta o manuseio de materiais em três atividades principais, 1) carga e descarga; 2) movimento para e da estocagem, 3) atendimento dos pedidos.

Carga e Descarga são exatamente as primeiras e ultimas atividades dentro de um armazém, a localização de seus pontos dentro de um armazém influencia diretamente no fluxo de materiais; a atividade de movimentação para e da estocagem, está exatamente entre as atividades de carga e descarga. Algumas vezes certos produtos necessitam ser movimentados diversas vezes ao longo de sua permanência no sistema. Já o atendimento dos pedidos é a seleção do estoque nas áreas destinadas a separação de pedidos para atender as ordens de venda.

Segundo Moura (2005) a unitização de cargas é uma técnica de muito uso para aperfeiçoar a atividade de movimentação, onde além de reduzir o tempo de execução diminui a necessidade de empregos de outros recursos. Ele define com o seguinte conceito: “diversos volumes de mercadorias são acondicionados ou arrumados de modo a constituírem „unidades‟ maiores para que possam ser mecanicamente movimentados ao longo da cadeia de transporte, eliminando-se, assim, os múltiplos, dispendiosos e desnecessários manuseios da carga fracionada”

À medida que aumenta o tamanho da carga movimentada diminui o numero de viagens para estocar uma determinada carga, Ballou (2006), afirma: “a economia no manuseio dos materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga manuseada”.

3. Influencia do Layout no desempenho logístico

A realização de uma operação eficiente de armazenagem depende diretamente de um bom layout do armazém, que influencia diretamente ao grau de acessibilidade ao material, os modelos de fluxo de material, a eficiência da mão-de-obra.

Com isso o objetivo de se estudar o Layout de um armazém deve ser traçado de modo a assegurar a utilização máxima de um armazém, no auxilio da diminuição de custos relacionados à movimentação de materiais. Bowersox (2006) vai além, quando enfatiza a

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4 busca pelo equilíbrio entre os custos do manuseio de materiais e a utilização do espaço do armazém. Um bom layout deve ter as seguintes características:

 Facilitar o fluxo de materiais;

 Reduzir os tempos de trabalho;

 Assegurar a utilização máxima do espaço;

 Eliminar as zonas de estocagem poucos eficientes;

 Proporcionar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento;

 Proporcionar a redução de danos a material e mão-de-obra do armazém;

 Propiciar a flexibilidade máxima, para satisfazer as necessidades de mudança de estocagem e movimentação.

Os grupos de produtos devem estar definidos, com intuito de facilitar a execução da operação de manuseio. Prever uma boa sistematização do espaço seja para acesso das zonas de estocagem ou para sistematização das instalações de trabalho.

O modelo de estocagem deve favorecer a utilização máxima do armazém, geralmente o modelo que contem a estrutura porta-paletes é a estrutura mais difundida e aplicada no mercado, devido não somente a sua praticidade, mais também pelo ser menor custo/estocagem de palete.

4. Estudo de Caso

4.1. Característica da Empresa

Empresa familiar com quinze anos de mercado inserida no setor de Varejo faz parte do nível intermediário da Cadeia de Suprimentos, hoje sendo responsável pelo Canal de distribuição e abastecimento do pequeno, médio e grande varejo. Sua área de atuação abrange os estados do Pará e Amapá, tendo grande atuação na Região Metropolitana de Belém (RMB)

Seu principal nicho de mercado e a comercialização de perfis de alumínio, porém como toda organização que pretende se estabelecer no mercado foi necessário a expansão para outras áreas, como a inserção no mercado da construção Dry-Wall (Construção a seco).

Devido ao crescimento da empresa, e o aumento das exigências do mercado consumidor, fez-se necessário investir no uso da logística como ferramenta estratégica, com objetivo de reduzir custos e elevar o nível de serviço prestado pela organização

Por possuir um papel estratégico foi detectada a importância da aplicação de técnicas que buscam um melhor desempenho para responder aos anseios dos clientes, buscando melhorar o nível de serviço prestado a eles, reduzindo os níveis de ruptura na Cadeia, como a falha no abastecimento e atrasos.

Suas operações correspondem à compra, armazenagem, venda e processamento de pedidos, hoje a empresa conta com um armazém que possui aproximadamente 626m².Com o aumento do número de produtos comercializados e com as restrições existentes no armazém torna-se critica o gerenciamento dessas operações, mostrando dessa forma a importância de se obter novas estratégias na tentativa de atenuar esses problemas.

4.2. Metodologia

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5 A primeira característica prejudicial ao rendimento da empresa está relacionada à movimentação de materiais. Pois todas as operações de carga e descarga e movimentação de materiais são realizadas manualmente, limitando assim o processo.

Outro fator prejudicial ao bom desempenho é a falta de um estudo de layout, onde fica evidenciada a falta de planejamento nos locais de armazenagem, não havendo endereçamento do estoque, onde existem vários produtos estocados no mesmo endereço dificultando, desta forma sua separação. Não há uma estrutura de armazenagem, todo produto fica estocado no chão.

No layout atual, a localização dos produtos não atende o critério de giro e de otimização dos espaços, produtos de alto giro estão localizados no final do armazém. Desta forma inviabiliza a gestão de estoques, reduz na produtividade operacional. Com essa avaliação foi detectado os seguintes problemas:

 Quadro funcional superdimensionado;

 Elevado níveis de avarias;

 Elevado níveis de divergência de estoques;

 Baixa produtividade.

4.2.2. Levantamento dos Dados

Diversos meses de trabalho foram necessários até que pudesse identificar o funcionamento atual da empresa em questão e se coletasse os dados necessários ao estudo proposto. Dentre os dados destacam-se como é organizado os produtos em estoque, quais os custos envolvidos e o tempo gasto na operação de armazenagem e movimentação.

4.2.3. Caracterização do Setor de Movimentação e Armazenagem

O setor de movimentação e armazenagem conta com um total de quatro funcionários, responsáveis pela armazenagem, movimentação, separação e expedição dos produtos. Porém alguns produtos como Gesso e MDF tem suas descargas realizadas por terceiros contratados somente para realizar a descarga do caminhão.

Pelo fato do prédio ter sido adquirido, o mesmo não teve seu projeto dimensionado às necessidades da empresa, ele possui apenas uma doca para o recebimento e expedição dos materiais. E seu dimensionamento não é favorável a execução dessas atividades, faz com que toda descarga seja realizada na rua. A movimentação dos materiais é feita manualmente, utilizando um carro manual de quatro rodas para movimentar os produtos da área de estocagem até a separação do pedido.

O principal produto comercializado pela empresa são perfis de alumínios, porém houve a inserção dos produtos Dry-Wall (construção a seco), como chapas de gesso. Com essa inserção de novos produtos houve a necessidade de reavaliação do layout da empresa, a situação atual prioriza a armazenagem de perfis de alumínio, sendo desprezadas quaisquer influências que outros produtos possam ter no rendimento operacional.

4.2.4. Coleta de Dados da Empresa

A partir de decisão sobre as deficiências operacionais da empresa foi desenvolvido um trabalho que consistiu na criação de famílias e grupos de todos os produtos estocados no armazém, a fim de organizar a Gestão de Materiais. O principal objetivo era localizar áreas de estocagem com baixo rendimento.

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6 Ainda nessa etapa, fazendo uso dos dados obtidos da nova reformulação das famílias e grupos, foi desenvolvido um estudo para criação da Curva ABC (Ver em Anexo 1) utilizando como fator de avaliação o grau de giro dos produtos estocados.

Fazendo uso dessa informação na segunda etapa trabalhou-se definição das estratégias de armazenagem a serem desenvolvidas. Foram levantadas as deficiências operacionais e definidas as novas áreas de armazenagem.

Na terceira e última etapa, foi realizado o trabalho de desenvolvimento do layout do armazém, buscando aperfeiçoar os fluxos de movimentação de materiais, redução dos tempos gastos na operação. Após essa análise alguns cenários que foram apresentados à diretoria da empresa. A tabela 1 informa as famílias geradas na primeira etapa do trabalho, os dados foram lançados na planilha de Excel.

GRUPO FAMILIA GRUPO FAMILIA

1 TELHAS

Telha de alumínio

2 GESSO

Chapas de Gesso

Telha Ecológica Perfil Galvanizado

Fibra de Vidro Massa

3 ISOLANTES Cobertura 4 DIVISÓRIA Painel Forro Porta Parede 6 CRF Painel Wall

5 MDF Painel MDF Placa Cimentícia

Fórmica

8 POLICARBONATO Perfis

7 CHAPAS Alumínio Chapas

Box 10 DIVISÓRIAS - PERFIL Fosco_004 9 LINHA 25 Natural_004 Fosco_003 Fosco_004 Preto_001 Preto_004 11 GRADIL Fosco_004 Fosco_003 Preto_004 Fosco_002 Fosco_001 Fosco_001 13 PORTÃO DE CORRER E BÚZIOS Fosco_004 Preto_001 Preto_004 Bronze 1002_004 Fosco_003 12 BOX 14 - FRISADO Fosco_004 Fosco_001 Preto_004 Natural_003 Fosco_002 Bronze 1002_004 Fosco_001

15 TEMPERADO VIDRO Temperado Fosco

Branco_001 Temperado Preto

14 PERFIS NORMAIS - TABELADOS Natural_004 16 DIVERSOS - OUTROS Natural_004 Fosco_004 Fosco_004 Preto_004 Preto_004 Fosco_002 Fosco_002 Fosco_001 Fosco_001 Bronze 1002_004 Natural_001

17 SOROBOX Fosco_004 Bronze 1002_004

18 PERFIS

DIFERENCIADOS

Anodizado Fosco Anodizado Preto Pintado Branco

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7

Brilhante Bronze 1002_001

Brilhante_001

Fonte: Elaborado pelo autor (2009) Tabela 1 - Famílias e Grupos 4.2.5. Criação da Curva ABC de Giro

O principal objetivo desta etapa do trabalho consiste no levantamento das necessidades da equipe, pelo fato de toda operação dentro do armazém ser manual, alguns fatores tiveram de ser estudados. Produtos que possuem as maiores dimensões e pesos unitários foram classificados separadamente, haja vista que sendo uma operação manual, não há como realizar as operações de movimentação e separação com tempo constante durante todo o expediente de trabalho.

Conforme já comentado anteriormente, durante os primeiros anos de funcionamento da empresa, seu único produto comercializado era perfil de alumínio, a estrutura do depósito estava preparada somente para armazenagem deste tipo de material. Com a entrada de outros produtos para comercialização, não foi realizado um estudo para atualizar o layout do depósito, deixando assim produtos como chapa de gesso, painel de divisória, painel Wall, sendo estocados em condições que não favoreciam sua movimentação. Isto fica evidenciado nas figuras 4.1 e 4.2.

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Figura 4.2. Armazenagem de Painel de Divisória

Em virtude dessa situação foi detectado que havia perda de rendimentos em zonas de estocagens onde estavam localizados os perfis de alumínio. Em contra partida havia elevado tempo para execução da movimentação, de produtos como gesso, painel de divisória e MDF. Favorecendo muitas vezes o aumento da fila de espera de clientes durante o período de separação dos pedidos.

O depósito tem aproximadamente 60m de comprimento, todo alumínio é estocado de forma vertical, sua localização é próxima da área destinada à separação de pedidos. Enquanto materiais mais pesados como chapas de gesso, painel de divisória e MDF, ficam localizados no final do armazém.

Fazendo uso dessa constatação o passo seguinte do trabalho, consistiu na criação da classificação ABC tomando como referencia o grau de Giro dos produtos estocados, com intuito de identificar quais famílias de perfis de alumínio que não possuíam um elevado nível de giro dentro do armazém, fazendo com que produtos como chapas de gesso, MDF, painel - WALL que necessitavam de um número maior de funcionários para sua separação e movimentação devidos suas características, fosse alocado para um novo local que favorecesse a sua movimentação dentro do armazém. A figura 4.3. Mostra a situação de estocagem dos perfis de alumínio.

Figura 4.3. - Armazenagem dos Perfis

Nesta etapa foi criada a classificação ABC somente para as famílias de perfis de alumínio, com único propósito de identificar quais famílias não possuíam um nível satisfatório de

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9 pedidos, para cederem lugar aos produtos que demandavam maior uso de tempo e mão-de-obra.

Fazendo uso dos dados fornecidos pela Tabela 1 que informa os novos grupos e famílias, os perfis foram separados em famílias e dessa forma foram avaliados, famílias que possuíram os menores valores de giro foram realocados, para outras zonas com intuito de eliminar as zonas de estocagem de baixa produtividade. O anexo 1 contém toda informação referente à classificação ABC das famílias de perfis de alumínios.

4.2.6. Avaliação de restrições

Fazendo uso dos dados do Anexo 1 que corresponde à curva ABC das famílias de perfil, foram identificadas quais famílias seriam realocadas e a partir deste ponto foram propostas novas formas de estocagem. Fazendo uso de dados obtidos referente à quantidade das ultimas compras como fator na escolha de quais produtos teriam seus endereços mais próximos a zona de separação de pedidos.

Aliado a essa informação foi realizado uma avaliação com a diretoria usando como referência as especificações de tamanho e peso dos produtos em estudo. Essa informação pode ser vista na Tabela 2.

Produtos Dimensões (m) Peso Und. (kg)

MDF 2,10 x 2,75 30,14 Chapa de Gesso 0,6 x 2,00 11,10 Chapa de Gesso 1,20 x 1,80 18,36 Chapa de Gesso 1,20 x 2,40 24,48 Painel Wall 1,20 x 2,50 96,00 Painel de Divisória 1,20 x 2,11 18,00 Porta de Divisória 0,82 x 2,11 13,00

Fonte: Elaboração do autor (2009) Tabela 2 - Especificações Técnicas

O principal intuito é favorecer a operação de movimentação e armazenagem de produtos que tenham um alto giro e possuam maior peso unitário, conforme comentado anteriormente uma das características que influenciam no desempenho da empresa é a falta de mecanização das operações de movimentação e armazenagem.

Vale ressaltar que as operações de descarga dos produtos listados na tabela 3, são feitos por funcionários terceirizados contratados somente para essa finalidade. Porém na movimentação e separação de pedidos referentes a esses mesmos produtos o trabalho é realizado pelos funcionários da empresa.

Em virtude da situação do mercado durante a realização deste estudo, foi constatado que o melhor produto para ser avaliado seriam as chapas de gesso, desta forma o trabalho de alteração de layout iniciou-se avaliando este produto. O tempo coletado de três amostras de descarga das chapas de gesso antes da implementação do novo layout está na Tabela 3.

Amostra Período Peso Carga (Kg) Qtd. Chapas Dimensões (m) Tempo de Descarga (min) Funcionários Mão-de-obra (R$)/Individual 1 Julho/2008 11.544 1040 0,60 x 2,00 250 6 25 2 Agosto/2008 12.240 500 1,20 x 2,40 270 6 25 3 Setembro/2008 11.934 650 1,20 x 1,80 252 6 25

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Tabela 3 - Tempo de Descarga versus quantidade de funcionários

No mesmo período foi coletado o tempo para realização da separação dos pedidos de chapas de gesso, o tempo médio gasto na operação de separação e movimentação do pedido ficou em média de 9,6 minutos. Toda essa operação é realizada por funcionários da empresa.

N ° Amostra N°. Chapas Dimensões (m) Tempo de Separação (min) 1 10 0,6 x 2,00 9 2 10 1,20 x 1,80 11 3 10 1,20 x 2,40 9

Fonte: Elaboração pelo autor (2009) Tabela 4 - Tempo Gasto para separação de Pedido 5. Projeto Final

Nesta etapa será apresentada a análise do modelo atual do layout e o modelo proposto. Como pode ser visto na Figura 5.1 fica evidenciado que existem muitas características que prejudicam a Gestão de Materiais que influenciam em um baixo desempenho operacional. Alguns fatores podem ser comentados tais como, o baixo nível de utilização de espaço, composição de zonas de estocagem de baixa produtividade, falta de padronização na estocagem das famílias de produtos, corredores estreitos e mal definidos, elevados tempos para separação de pedidos.

Figura 5.1 - Layout Atual da Empresa

No layout proposto foram feitas sugestões com intuito de melhorar o desempenho dos processos da empresa, dentre todas as alterações as principais foram: na criação de corredores adequados facilitando o fluxo de produtos e pessoas, criação de endereçamento evitando que sejam estocados vários produtos no mesmo local e a reorganização favorecendo a movimentação de produtos com maiores dimensões e pesos. A figura 5.2. Ilustra todas as mudanças

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Figura 5.2 - Layout Proposto da Empresa

O projeto teve uma grande aceitação por parte da diretoria da empresa, na qual autorizou o inicio de sua implementação. Após a sua primeira fase que consistiu na alteração e criação de endereçamento das Chapas de Gesso (ver, Figura 5.3). Os tempos gastos nas operações de descarga, movimentação e separação de materiais tiveram reduções significativas e durante a execução da descarga obteve-se redução também no custo de mão-de-obra terceirizada. (Ver Tabelas 5 e 6).

Figura 5.3. - Novo Endereçamento de Chapa de Gesso Amostra Período Peso Carga (Kg) Qtd. Chapas Dimensões (m) Tempo de Descarga (min) Funcionários Mão-de-obra (R$)/Individual 1 Dezembro/2008 11.544 1040 0,60 x 2,00 240 4 25 2 Janeiro/2009 12.240 500 1,20 x 2,40 220 4 25 3 Fevereiro/2009 11.934 650 1,20 x 1,80 250 4 25

Fonte: Elaboração pelo autor (2009)

Tabela 5 - Tempo de Descarga após mudança de Layout N ° Amostra N°. Chapas Dimensões (m) Tempo de Separação (min) 1 10 0,6 x 2,00 5 2 10 1,20 x 1,80 7 3 10 1,20 x 2,40 5

Fonte: Elaboração pelo autor (2009)

Tabela 6 - Tempo Gasto para separação após Implementação

Fazendo o comparativo dos tempos das amostras obtidas antes e após a implementação do novo endereçamento das chapas de gesso observamos uma redução no tempo médio para separação dos pedidos reduziu há 5,6 minutos. Nas Tabelas 7 e 8 os dados que confirmam a

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12 redução nos custos referentes à mão-de-obra e os tempos gastos nas operações estão mais detalhados.

Tempo de Separação (min) N ° Amostra Produto Antes do Projeto Após o Projeto Redução Tempo (%) 1 0,6 x 2,00 9 5 44% 2 1,20 x 1,80 11 7 36% 3 1,20 x 2,40 9 5 44% Total 29 17 42%

Fonte: Elaboração pelo autor (2009)

Tabela 7 - Comparativa da Operação de Separação de Pedidos

Antes do Projeto Após o Projeto

Amostra Produto Período

Tempo (min) Funcionários Período Tempo (min) Funcionários Redução Tempo (%) 1 0,6 x 2,00 Set/08 250 6 Dez/09 240 4 4% 2 1,20 x 2,40 Out/08 270 6 Jan/09 220 4 19% 3 1,20 x 1,80 Nov/08 252 6 Fev/09 250 4 1%

Fonte: Elaboração pelo autor (2009) Tabela 8 - Comparativa da Operação de Descarga

Como já identificado nas Tabelas 7 e 8 houve uma redução nos tempos operacionais, também vale ressaltar que houve uma economia de mão-de-obra, haja vista que após a implementação do projeto o tempo gasto para realizar a descarga de uma carga de gesso passou a ser realizada com um número menor de funcionários obtendo um rendimento até superior.

Com base nesses dados observou-se que a eficiência do novo layout aumentou a produtividade da empresa. Essa afirmação pode ser evidenciada na redução dos tempos operacionais nas atividades de descarga e separação de pedidos e ainda na redução dos custos com mão-de-obra direta.

6. Conclusão

O estudo realizado neste trabalho teve o intuito de ratificar a importância que o layout tem sobre o desempenho das atividades logísticas dentro de uma empresa e com isso demonstrar que ele sempre deve estar alinhado com as mudanças de metas da organização. Para que se obtenha um resultado ótimo faz-se necessário planejar, avaliar e controlar todas as atividades logísticas dentro de um armazém e identificar as restrições existentes.

A partir dos resultados obtidos na redução dos custos e tempos envolvidos nas atividades de movimentação, separação e descarga de materiais, comprovou-se que o uso de ferramentas como curva ABC, gestão de categorias e otimização de layout, tiveram grande destaque na redução de custos sem a necessidade de grandes investimentos.

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13 Portanto, para trabalhos futuros, sugere-se o desenvolvimento de pesquisas que possibilitem a utilização de empilhadeiras e estruturas porta-paletes que verticalizem a estocagem. Desta forma obtem-se um maior rendimento na execução das atividades logísticas agregando-se a este excelência no serviço e satisfação do cliente final.

7. Bibliografia

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. 5ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

BALLOU, Ronald H., Logística Empresarial/Transportes, Administração e Distribuição Física. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 1993

BOWERSOX, Donald J. Gestão Logística de Cadeia de Suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006 BOWERSOX, Donald J. Logística Empresarial, 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2001

MOURA, Reinaldo A. Armazenagem: do recebimento à Expedição. Manual de Logística Vol. 2 - 3ª Ed. São Paulo: IMAM, 2003

MOURA, Reinaldo A. Sistemas e Técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. Manual de Logística Vol. 1 - 5ª Ed. São Paulo: IMAM, 2005

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GRUPO FAMILIA qtd vendida % individual qtd acumulada % acumulada CLASSE

Linha 25 FOSCO_003 12485 18,22% 12485 18% A

Perfis Normais -

Tabelados FOSCO_004 8659 12,64% 21144 30,86% A

Linha 25 FOSCO_001 7639 11,15% 28783 42,01% A

Diversos - outros FOSCO_004 7235 10,56% 36018 52,57% A

Box 14 - Frisado FOSCO_001 4625 6,75% 40643 59,32% B

Linha 25 FOSCO_004 3979 5,81% 44622 65,12% B Linha 25 FOSCO_002 3248 4,74% 47870 69,86% B Linha 25 PRETO_004 3017 4,40% 50887 74,27% B Perfis Normais - Tabelados FOSCO_002 2711 3,96% 53598 78,22% B Sorobox FOSCO_004 1699 2,48% 55297 80,70% B Porta de correr e búzios FOSCO_004 1526 2,23% 56823 82,93% B Perfis Normais - Tabelados FOSCO_001 932 1,36% 57755 84,29% B Perfis Normais - Tabelados PRETO_004 927 1,35% 58682 85,64% B

Diversos - outros PRETO_004 848 1,24% 59530 86,88% B

Divisórias - perfil FOSCO_003 791 1,15% 60321 88,04% B

Porta de correr e

búzios FOSCO_001 758 1,11% 61079 89,14% B

Divisórias - perfil FOSCO_004 695 1,01% 61774 90,16% B

Perfis

diferenciados ANODIZADO FOSCO 648 0,95% 62422 91,10% C

Vidro temperado TEMPERADO FOSCO 611 0,89% 63033 91,99% C

Gradil FOSCO_004 483 0,71% 63516 92,70% C

Box 14 - Frisado PRETO_004 453 0,66% 63969 93,36% C

Diversos - outros FOSCO_001 445 0,65% 64414 94,01% C

Porta de correr e

búzios FOSCO_003 425 0,62% 64839 94,63% C

Perfis

diferenciados PINTADO DE BRANCO 389 0,57% 65228 95,20% C

Perfis Normais -

Tabelados NATURAL_004 382 0,56% 65610 95,75% C

Porta de correr e

búzios PRETO_004 350 0,51% 65960 96,27% C

Linha 25 NATURAL_004 331 0,48% 66291 96,75% C

Box 14 - Frisado FOSCO_004 325 0,47% 66616 97,22% C

Box 14 - Frisado FOSCO_002 270 0,39% 66886 97,62% C

Gradil PRETO_004 258 0,38% 67144 97,99% C

Diversos - outros NATURAL_001 241 0,35% 67385 98,35% C

Porta de correr e

búzios BRONZE 1002_004 175 0,26% 67560 98,60% C

Linha 25 BRONZE 1002_004 152 0,22% 67712 98,82% C

Vidro temperado TEMPERADO PRETO 141 0,21% 67853 99,03% C

Gradil FOSCO_001 137 0,20% 67990 99,23% C

Porta de correr e

búzios NATURAL_003 96 0,14% 68086 99,37% C

Perfis Normais -

Tabelados BRONZE 1002_004 93 0,14% 68179 99,50% C

Diversos - outros FOSCO_002 75 0,11% 68254 99,61% C

Diversos - outros BRONZE 1002_004 65 0,10% 68319 99,71% C

Linha 25 PRETO_001 50 0,07% 68369 99,78% C

Divisórias - perfil PRETO_001 42 0,06% 68411 99,84% C

Diversos - outros NATURAL_004 30 0,04% 68441 99,89% C

Perfis

diferenciados BRONZE 1002_001 18 0,03% 68459 99,91% C

Box 14 - Frisado BRANCO_001 17 0,03% 68476 99,94% C

Perfis

diferenciados ANODIZADO PRETO 14 0,02% 68490 99,96% C

Vidro temperado PRETO_001 13 0,02% 68503 99,98% C

Perfis diferenciados BRILHANTE_001 10 0,02% 68513 99,99% C Perfis diferenciados BRILHANTE 6 0,01% 68519 100,00% C 68519 100% TOTAL

Fonte: Elaboração pelo autor (2009) Anexo 1 - Curva ABC - GIRO Família de perfis

Referências

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