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A NECESSIDADE DA REFORMA TRIBUTÁRIA NO QUE CONCERNE A REDUÇÃO DA ALÍQUOTA CORPORATIVA. Resumo

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A NECESSIDADE DA REFORMA TRIBUTÁRIA NO QUE CONCERNE A REDUÇÃO DA ALÍQUOTA CORPORATIVA

Henrique Augusto Nogueira Lauar*, Thalles da Silva Contão**

Resumo

Existe uma tendência que está sendo aderida pela maior parte dos países de relevância econômica que é a redução das alíquotas corporativas, o Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ). Países como Argentina e Estados Unidos reduziram suas alíquotas de 35% para 25% e 21%, respectivamente. Grandes economias ocidentais e orientais como Reino Unido, França, Itália e Japão, também estão se adequando. Há um claro alinhamento tributário ocorrendo ao redor do mundo, grandes potências, países emergentes e em desenvolvimento estão seguindo um conceito que após a crise de 2008 volta a ter força, a tendência do mundo todo é a redução de alíquotas, não o aumento. Países que fogem em demasia dessa linha, tendem a se isolarem economicamente, pois se tornarão inviáveis para grandes investimentos. Desde 2015, inúmeros pacotes de reformas tributárias e/ou alterações legislativas estão sendo apresentadas pelos governos com o propósito de atrair potenciais investimentos externos e manter os investimentos internos de suas transnacionais, evitando a erosão da base tributária e transferência de lucros. Conclui-se que se uma reforma profunda no sistema tributário não for adotada, o Brasil continuará se distanciando dos países de relevância econômica, se isolando, acompanhado de países considerados cada vez mais inviáveis para se investir, como a Índia e Venezuela (com alíquotas de 34,61 e 34%, respectivamente). A trajetória econômica do Brasil tende a declinar rapidamente.

Palavras-chave: Alíquota corporativa. Tributos. Imposto sobre a renda.

1 Introdução

Existe uma tendência que está sendo aderida pela maior parte dos países de relevância econômica que é a redução das alíquotas corporativas, o Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ). Países como Argentina e Estados Unidos

* Acadêmico do 10º período do Curso de Direito da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC/Teófilo Otoni – MG. E-mail: henriquelauar@icloud.com

* * Professor Orientador. Graduado em Direito pela Fundação Educacional Nordeste Mineiro (FENORD). Pós-Graduado em Docência no Ensino Superior na Faculdade São Gabriel da Palha (IESG). Pós-Graduado em Direito Administrativo na Faculdade de Educação e Tecnologia da Região Missioneira (FETREMIS). Pós-Graduando em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Professor da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC/Teófilo Otoni – MG e Tutor Presencial na Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.. E-mail: thallesdasilvacontao@gmail.com

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reduziram suas alíquotas de 35% para 25% e 21%, respectivamente. Grandes economias ocidentais e orientais como Reino Unido, França, Itália e Japão, também estão se alinhando a essa nova tendência1.

Esse movimento que sofreu uma desaceleração após a crise de 2008, voltou a ganhar força a partir de 2015, com reformas tributárias ou alterações legislativas simples. Estados Unidos e Argentina, destinos principais dos investimentos brasileiros no exterior, aprovaram em 2017 reformas tributárias expressivas, que tiveram como uma das principais medidas a redução da alíquota corporativa. Os Estados Unidos possui uma alíquota considerada como uma das mais baixas entre os países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)2.

Há uma clara necessidade dos países continuarem competitivos para atraírem capital de investimento, o que se reveste em empregos e produção. Analisando a situação do Brasil isoladamente, se o mesmo mantiver sua alíquota corporativa na média dos atuais 34%, instantaneamente seria o isolamento do Brasil neste ponto, pois é um parâmetro importante para os investidores definirem o destino de seus recursos.

O presente artigo visa problematizar sobre o risco que será a estagnação do sistema tributário brasileiro se não houver uma profunda reforma e o risco de uma perda gradativa de investimentos estrangeiros no país, consequentemente um isolamento econômico, tornando o Brasil um país inviável para se investir.

Diante destes objetivos, foi realizada uma revisão bibliográfica apontando para os autores que trabalham com a temática inseridos em institutos de pesquisa e conselhos sobre economia e tributos como Robson Braga de Andrade, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Gabriel Gouvêa Rabello, Bolsista de pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do IPEA e João Maria de Oliveira, Técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do IPEA.

1 <https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/ee/5b/ee5b65c5-9c37-44f0-bcc3-bf0bb07cc18c/lowres_cni_memorando_aliquotas_2.pdf>

2 OECD (2016), Tax Policy Reforms in the OECD 2016, OECD Publishing, Paris. http://dx.doi.org/10.1787/ 9789264260399-en

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Além destes autores que são autoridades para esta discussão, foram extraídas algumas contribuições de livros e artigos retirados da base de dados como CNI (Confederação Nacional da Indústria), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Avançada), Consultoria EY e OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

2 Sistema Tributário Brasileiro

Após a Constituição de 1988, o sistema tributário brasileiro favoreceu o aumento da soma das receitas em detrimento de questões distributivas e de eficácia. De acordo com Mendes (2008)3, que fez um estudo comprado dos sistemas tributários do Brasil, da Rússia, da China, da Índia e do México, a ampliação do papel assistencialista do Estado e o deslocamento de capital para os estados e municípios criaram uma pressão sobre os custos e diminuíram as receitas disponíveis da União. Tal acontecimento levou o governo a priorizar por um sistema de maior recolhimento com menor custo. A opção encontrada foi o uso progressivo de contribuições sociais, extremamente produtivas no que se refere a geração de receita, e com baixo custo de recolhimento, mas geradoras de alterações vinculadas aos tributos cumulativos.

Porém, pós-Constituição de 1988, os estados e os municípios também reconheceram responsabilidades maiores e mais amplas, o que tem definido uma necessidade cada vez maior de ampliação de receita. Diante disso, a opção escolhida para reduzir custos de recolhimento, foi criar antecipações e substituições e elevar a carga de itens específicos, como energia, combustíveis, transportes e telecomunicações. Todos os itens com impactos previstos na base produtiva, pois se instituem em infraestrutura econômica. A luta por atividade econômica, gerou a conhecida “guerra fiscal”, que chocou a receita tributária total dos estados, além de atrair desequilíbrios na base econômica.

O cenário da aplicação tributária e suas competências partilhadas entre os entes federativos no Brasil são expostas no quadro 1. Por ele fica nítido a centralização de tributos na União. Tributos sobre a renda e os salários são próprios

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dela, enquanto aqueles tributos que recaem sobre o patrimônio e a atividade econômica, o consumo de bens e serviços principalmente, têm atribuição dividida com estados e municípios.

Quadro 1 – Incidência tributária e competência dos entes federativos

Entes federativos/

fatos geradores União (Arts. 153 e 154 da CF/88) Estados (art. 155 da CF/88) Municípios (Art. 156 da CF/88) Renda Imposto de Renda (IR).

Salários • contribuição previdenciária; • contribuição ao Seguro de Acidente do Trabalho (SAT); • contribuição ao salário educação; • contribuição ao Sistema S.

Patrimônio • Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); • grandes fortunas;¹ • contribuição de melhoria. • Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações de Qualquer Natureza (ITCMD); • Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); • contribuição de melhoria. • Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); • Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) • contribuição de melhoria. Consumo de bens

e serviços • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); • Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); • Imposto de Importação (II); • Imposto de Exportação (IE); • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); • Programa de Integração Social (PIS); • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Fonte: Receita Federal do Brasil. Elaboração do autor.

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A União recolheu 68,92% de todos os tributos e contribuições em 2013. No referido ano o peso tributário atingiu 35,95% do PIB. Constata-se, ainda, que 51,43% do peso tributário e 18,43% do PIB contaram como fato gerador o consumo de bens e serviços.4

Segundo o relatório Tributação sobre empresas do Brasil: Comparação

internacional (BRASIL, 2015)5 as contribuições sociais respondem por 36,91% da arrecadação total. Para Khair, Araújo e Afonso (2005)6, apesar da facilidade e do baixo custo de arrecadação, as contribuições sociais são cumulativas e provocam sérios prejuízos à alocação de recursos e à competitividade dos produtos nacionais.

Em se tratando da cumulatividade são diversos os questionamentos. Segundo o relatório Carga tributária no Brasil 2013: análise de tributos e base de

incidência (BRASIL, 2014)7, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e parte do Programa de Integração Social (PIS)/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) são considerados não cumulativos, pois visam capturar o valor agregado. Desta maneira, possuem mecanismos que oportunizam a desoneração, nas etapas futuras, dos tributos pagos nas etapas passadas.

Porém, o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), o Simples Nacional, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o PIS/Cofins e mesmo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) constituem cumulatividade tributária. Esse fenômeno é conhecido como incidência em cascata por não portarem mecanismos de compensação, visto que têm como base o faturamento das empresas, produzido pela atividade econômica.

A cumulatividade está relacionada ao sistema de tributação. A consulta de tributos via lucro presumido parte do princípio que os lucros sejam considerados via receita bruta para a CSLL, o PIS/Cofins e o IRPJ.

Essa mesma regra se aplica ao Simples, mesmo que neste caso a cumulatividade apenas ocorra em estados brasileiros que delimitam limites de enquadramento, ou em municípios que não adotaram ao sistema simplificado.

4 http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5714/1/Radar_n41_tributação.pdf 5 ibidem

6 http://goo.gl/StrQnT 7 http://goo.gl/LFxPk5

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Segundo o relatório Carga tributária no Brasil 2013: análise de tributos e base de

incidência (BRASIL, 2014)8, o regime de lucro presumido valida-se pela redução de custos de recolhimento e pela diminuição da sonegação. 20,8% das empresas adequam-se nesse regime, fornecendo 13,5% da arrecadação. Portanto, 79,0% do recolhimento resultam-se de 3,0% das empresas do qual regime é de lucro real.

Quando se adiciona o cenário dos estados e dos municípios à realidade dos sistemas de apuração dos tributos federais a complexidade tributária é elevada consideravelmente, tendo por exemplo o caso das microempresas. Inseridas no regime simplificado de tributação no patamar da União, importando 70,5% das empresas9. Portanto, em vários estados, de acordo com a receita e a atividade econômica, elas não são reconhecidas como microempresa e têm a consulta de tributos estaduais e municipais no mesmo regime das outras.

2.1 Tributação sobre receita e lucro

Em relatório oficial, o Reino Unido (United Kingdom, 2013)10 analisou impactos positivos de longo prazo sobre variáveis econômicas (investimento, PIB, salário e emprego) devido à diminuição do IRPJ. Na mesma vertente, Cummins, Hassett e Hubbard (1996)11 constataram resultados positivos e expressivos sobre o investimento como resultado de mudanças na taxa de IRPJ. Também Vartia (2008)12 constatou resultados que sugerem que os impostos têm um efeito desfavorável sobre o investimento das empresas.

Particularmente, os impostos sobre pessoas jurídicas mitigam o investimento, elevando o custo de utilização do capital. Schwellnus e Arnold (2008)13 constataram efeitos negativos da tributação de pessoas jurídicas sobre a produtividade e sobre o investimento ajunto.

8 http://goo.gl/LFxPk5

9 http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5714/1/Radar_n41_tributação.pdf 10 https://goo.gl/SYjLSe

11 Journal of Public Economics, v. 62, n. 1, p. 237-273, 1996 12 http://goo.gl/e4PnLh

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Wallis (2012)14 constatou resultado similar ao mensurar o impacto da taxa tributária marginal sobre a escolha de investimento no Reino Unido. A flexibilidade da formação de capital no tocante ao aumento de 1% na tributação ficou no intervalo de -0,14 a -0,27, indicando um forte impacto da política tributária sobre a reserva de capital no longo prazo.

Djankov et al. (2008)15 destacaram que um aumento de 10% na tributação sobre o capital de pessoas jurídicas levaria a uma contração da taxa de investimento sobre o PIB na ordem de alguns pontos percentuais (p.p.).

Em 2012 no Brasil, a tributação sobre a renda de pessoas jurídicas atingiu 3,38% do PIB e 8,65% de seu recolhimento total. Nos países de renda elevada, essa tributação teve a atuação média de 2,80% do PIB, ao mesmo tempo que nos países de renda média-alta, mesma faixa do Brasil, a cota foi de 2,75% do PIB sobre a tributação da receita de pessoas jurídicas. Ainda, o Brasil possui uma alíquota máxima sobre a receita de pessoas jurídicas (34,00%)16, bem acima da média dos países da América Latina (28,83%), igualmente acima da média dos países de renda elevada da OCDE (25,15%)17.

3 Expectativa de investimentos no Brasil

O Brasil é considerado um país com elevada carga tributária, pois possui uma das maiores alíquotas corporativas quando se comparado aos países do BRICS, da América Latina e principais países do G-20 conforme tabelas abaixo18.

14 Essays in understanding investment. London: University College London (UCL), 2012. 15 http://goo.gl/FmfgpP

16 Segundo a KPMG (2015), a taxa de IRPJ é de 25%. A taxa é uma combinação de uma taxa base de 15% e um adicional de 10% sobre o lucro que exceder R$ 240 mil por ano. Além disso, a legislação tributária brasileira impõe uma Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a uma taxa de 9%. Assim, à tributação de renda das empresas deve ser cobrada uma taxa combinada de 34% (IRPJ e CSLL). Note-se que a partir de 1o de maio de 2008, a taxa de imposto da contribuição social mencionado (CSLL) foi aumentada de 9% para 15% no caso de o sujeito passivo ser uma instituição financeira, uma companhia de seguros privada, ou uma empresa de capitalização. Existem dois métodos principais para calcular o IRPJ: i) lucro real, em que a base tributável dos dois impostos deve corresponder ao lucro líquido contábil da empresa; e ii) lucro presumido, em que os contribuintes devem calcular os seus IRPJs corporativos (com a mesma taxa aplicada ao sistema de lucro real) com base na aplicação de uma margem de lucro presumido.

17 http://dx.doi.org/10.1787/ 9789264260399-en

18 https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/ee/5b/ee5b65c5-9c37-44f0-bcc3-bf0bb07cc18c/lowres_cni_memorando_aliquotas_2.pdf

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Quadro 2 – BRICS País Alíquota Índia 34,61% Brasil 34% África do Sul 28% China 25% Rússia 20%

Fonte: EY/CNI. Adaptado pelo autor

Quadro 3 – Outras Economias da América Latina

País Alíquota Venezuela 34% Brasil 34% Colômbia 33% México 30% Costa Rica 30% Panamá 25% Chile 25% Argentina (1) 25%

Fonte: EY/CNI. Adaptado pelo autor (1) Redução gradativa de 2018 até 2020

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Quadro 4 – Demais países do G-20 País Alíquota Brasil 34% Japão 29,74% França (1) 28% Alemanha 28% Austrália (2) 25% Canadá 25% Espanha 25% Indonésia 25% Itália 24% Coreia do Sul 24% Estado unidos 21% Arábia Saudita 20% Turquia 20% Reino Unido (3) 17%

Fonte: EY/CNI. Adaptado pelo autor

(1) 28% a partir de 2020, e 25% a partir de 2022

(2)Proposta para redução progressiva de alíquota até 2026, para empresas com receita inferior a AUD 50M

(3) A partir de 2020

Além da alta alíquota corporativa, as empresas brasileiras enfrentam inúmeros desafios desagradáveis aos investidores estrangeiros como a burocratização para o cumprimento de obrigações tributárias, legislação imprevisível, morosidade e falta de previsibilidade no âmbito tributário de decisões administrativas e judiciais.

Embora o Brasil se beneficie de muitos atributos, como extensão de seu mercado interno, a alta tributação sobre a renda das empresas está sendo um fator crucial para diminuição da atratividade de capital, refletindo diretamente na geração de empregos e produtividade. Muitas multinacionais estrangeiras chegaram a encerrar suas atividades no Brasil nos últimos anos, grupos estrangeiros também

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cancelaram ou suspenderam planos de investimento no país causando um impacto direto na economia.

Enquanto isso, vários países que perceberam esse novo entrave econômico, alinharam suas políticas econômicas com as políticas tributárias para atraírem investimentos, formulando reformas que na resultam, majoritariamente, na redução das alíquotas corporativas. Esses países conseguiram aumentar ou manter o fluxo de investimento estrangeiro estável em comparação a 2015.

O fluxo de investimento estrangeiro passa por uma crise em todo mundo desde a crise de 2008, em 2016 houve uma queda de 2% no volume total. Os mais afetados foram os países em desenvolvimento, como o Brasil, com uma queda de 14% em 2016.19

O Brasil possui uma das maiores alíquotas de IRPJ, consequentemente acaba se distanciando cada vez mais da média tributária das principais economias do mundo.

Portanto, naturalmente o país perde competitividade na atração de capital estrangeiro e por consequência, as transnacionais brasileiras são também afetadas diretamente e o mercado exterior se torna cada vez mais atrativo para investimentos.

4 Elementos cruciais da inovadora reforma tributária americana

Em dezembro de 2017 o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu aprovar a reforma fiscal, que é considerada a mais ambiciosa desde 198620. Os elementos são:

4.1 Redução da alíquota corporativa (IRPJ)

A redução da alíquota corporativa de 35% para 21% é o carro-chefe dessa reforma, mesmo não sendo os 15% desejados no projeto inicial, a redução de 14% da alíquota é extremamente considerável. Aplicação da reforma já entrou em vigor integralmente em janeiro de 2018.

19 https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/ee/5b/ee5b65c5-9c37-44f0-bcc3-bf0bb07cc18c/lowres_cni_memorando_aliquotas_2.pdf

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O quadro abaixo mostra a evolução histórica de quase quarenta anos da alíquota corporativa americana:

Quadro 5 – Evolução da alíquota corporativa nos EUA em 30 anos

Ano Alíquota máxima Presidente Comentários

1979 46% Carter Cortar para

compensar altas taxas de juros.

1987 40% Reagan Lei da Reforma

Tributária

1998 34% Cortar para lutar

contra a recessão.

1993 35% Clinton Lei de

Reconciliação Orçamental

“Omnibus”.

2018 21% Trump Corte entra em

vigor Fonte: “Corporate Tax Rate and Jobs”, ProCon.org. Adaptado pelo autor

4.2 Regime Territorial e 100% de isenção de participação sobre dividendos

Os Estados Unidos adotou um novo plano que tem como finalidade a transição para sistema territorial e a isenção de tributação sobre os dividendos de subsidiárias estrangeiras na qual a empresa americana possua uma participação de 10 % ou mais.

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Os Estados Unidos está inovando com esse novo programa tributário, tornando-se o primeiro país-membro do G7 a adotar o sistema de abordagem territorial.

4.3 Ajustes fiscais e incentivos

Desde uma redução substancial até uma possível eliminação de algumas deduções, exclusões e créditos entram no pacote da proposta da reforma. A proposta também visa mitigar parcialmente a dedução de despesas com juros, mantendo, porém, a dedução de despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D).

4.4 Gerenciamento de despesas

Em busca de maior celeridade no retorto com base no capital investido, haverá a possibilidade de dedução imediata de despesas com novos investimentos em ativos tangíveis e intangíveis, sendo o último com alguns setores excluídos (venda de imóveis por exemplo).

4.5 Imposto mínimo como forma de combate à erosão tributária

Com a reforma tributária, o imposto mínimo será de 10% inicialmente e 12,5% a partir de 2025 sobre o lucro ajustado das empresas.

Em regra, esta base será calculada excluindo a dedutibilidade de certos pagamentos a partes relacionadas estrangeiras, mas pode acontecer de ser incluída, basta a parte relacionada estrangeira optar por tratar os pagamentos de fato relacionada ao desenvolvimento de atividades e comércio nos Estados Unidos.

5 Redução de impostos no exterior afeta diretamente o Brasil

O mundo vive uma tendência de diminuição das alíquotas corporativas, onde uma quantidade expressiva de países estão se readaptando ao cenário econômico

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atual. Mas dessa vez não são apenas os países emergentes ou considerados de terceiro mundo que estão se adaptando, mas as grandes potências também.

Porém, o Brasil aparece na contramão do mundo, pertencendo ao grupo de países que recolhem alíquotas próximas de 35% sobre o lucro corporativo. Com a segunda maior carga tributária dos BRICS ficando atrás apenas da Índia, segunda maior carga tributária da América Latina ficando atrás apenas da Venezuela.

O isolamento econômico é inevitável, a vizinha e principal sócio do Brasil no Mercosul, Argentina, aprovou um corte gradual de alíquotas, reduzindo de 35% em 2017, para 25% até 2020. O País se torna menos atrativo e consequentemente as companhias brasileiras sofrem uma drástica redução de competitividade, em um cenário de concorrência global por capital, a perca de investimentos estrangeiros tem um enorme impacto na economia de qualquer país que deseja ser competitivo.

Um estudo realizado pela Ernst & Young (EY) para Confederação Nacional da Indústrias (CNI)21 aponta que esta tendência vai além da Argentina e Estados Unidos. Esse movimento sofreu uma desaceleração em razão da crise de 2008, vem tendo uma forte retomada desde 2015, contando tanto com alterações simples na legislação quanto por complexas reformas tributárias. Pelo menos mais oito países reduziram alíquotas corporativas: França, Bélgica, Itália, França, Irlanda, Noruega, Japão e Reino Unido.

Conforme o estudo publicado pela Ernst & Young em parceria com a CNI22, a média da alíquota corporativa nos 35 países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) passou de 32% no ano 2000, para atuais 24%.

A Tax Foundation em 201723 elaborou uma análise tributária de 202 países, a média da alíquota corporativa era de 23%. Dos 202 países, 167 (cerca de 83%) cobravam percentuais inferiores a 30%. Apenas 35 países cobraram 30% ou mais. Com as reformas tributárias que ocorreu nos EUA, Argentina e França esse grupo diminuiu para 32 países. Atualmente o Brasil passou do 15.º lugar para o 12.º lugar entre os países que mais cobram impostos de suas empresas.

21 https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/ee/5b/ee5b65c5-9c37-44f0-bcc3-bf0bb07cc18c/lowres_cni_memorando_aliquotas_2.pdf 22 Ibidem. 23 https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-5-maior-taxa-de-imposto-corporativo-do-mundo--mostra-estudo,10000018889

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Em concordância com Carlos Abijoadi,

“Nós levamos um susto. Não sabíamos que a situação era tão crítica. Não estamos dizendo que da noite para o dia o investimento estrangeiro no Brasil vai desaparecer, mas estamos alertando para uma situação que nos levará a uma trajetória de declínio”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI.

6 Análise sobre outros projetos

A tendência mundial de reduções de alíquotas vem sendo discutidas não apenas pelos Estados Unidos, sendo que vários países de economia expressiva, estão apresentando reformas tributárias e aderindo alterações legislativas, visando manter o capital estrangeiro já existente no seu país e incentivar investimentos futuros24.

6.1 Argentina

Em outubro de 2017, o Ministério da Fazenda da Argentina apresentou um pacote de reforma fiscal denso que tem como proposta modificar e/ou implementar medidas sobre, por exemplo, combustíveis, imposto sobre o valor agregado (VAT), imposto sobre a renda de pessoas jurídicas e físicas, o processo tributário e impostos na transferência de propriedade.

A reforma entrou em vigor em janeiro de 2018, onde a proposta é de uma redução gradual da alíquota corporativa de 35% para 25% até 2020.

6.2 Bélgica

Em outubro de 2017 a reforma tributária belga foi aprovada e com ela uma das principais medidas será a redução gradual da alíquota corporativa como foi aprovada na Argentina, passando de 33,99% em 2017 para 29,58% em 2018/19 e 25% a partir de 2020.

24 https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/ee/5b/ee5b65c5-9c37-44f0-bcc3-bf0bb07cc18c/lowres_cni_memorando_aliquotas_2.pdf

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Uma outra medida que já foi implementada em 2018, foi de que os lucros de pequenas e médias empresas (PME) no valor de até €100,000 passarão a ser tributados à alíquota de 20% desde observados algumas especificidades.

E para completar o pacote da reforma, o governo trouxe isenção total para os ganhos de capital sobre ações, majoração de 95% para 100% no regime de isenção de participação sobre os dividendos e benefícios fiscais para investimentos em inovação.

6.3 Espanha

A reforma tributária espanhola foram reduzidas gradualmente as alíquotas corporativas de 30% para 28% em 2015 e 25% em 2016.

6.4 França

A reforma tributária francesa ocorreu em 2016 no fim do mandado do então presidente François Hollande, foi reduzida a alíquota corporativa de 34,43% para 28% até 2020.

Porém, em setembro de 2017, um novo projeto de reforma foi apresentado pelo governo do atual presidente Emmanuel Macron, que visa reduzir ainda mais a carga tributária das empresas, no projeto o objetivo é reduzir a alíquota corporativa para 25% ate 2022, a forma de redução permanece gradual.

6.5 Holanda

Em outubro de 2017 foi proposta uma expressiva reforma tributária pelo governo holandês com o objetivo de ser aplicada nos próximos anos.

A proposta conta principalmente com a redução da alíquota corporativa de 20% (lucros inferiores a € 200,000) e 25%, para 16% e 21%.

Outro ponto importante na proposta é a extinção da tributação sobre dividendos, sendo mantida exclusivamente em casos de distribuições para jurisdições de tributação considerada baixa em casos de abuso.

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6.6 Itália

Em janeiro de 2017, o governo italiano conseguiu reduzir a alíquota corporativa de 27,5% para 24%.

4.7 Irlanda

Em janeiro de 2016, o governo irlandês concedeu uma redução da alíquota corporativa de 6,25% comparada à alíquota oficial de 12,5%, esta redução é referente a parcela dos lucros correspondentes à proporção de despesas de pesquisa e desenvolvimento na Irlanda.

6.8 Japão

A reforma tributária no Japão foi bastante extensa, esta se difere das eventuais aderidas pela maioria dos países do ocidente, existindo uma combinação de alíquotas (nacional + regional) que somadas davam 32,7%.

Após a reforma implementada em 2015, o pacote apresentou uma redução gradual da sua alíquota nominal do imposto sobre a renda nacional de 25,5% para 23,9% em 2015, para 23,4% entre 2016 e 2017, chegando enfim aos 23,2% em 2018.

A alíquota regional do imposto das empresas segue a proposta de redução gradual, baixando de 7,2% para 4,8%, e com previsão de chegar a 3,6% em 2018.

Combinadas, as alíquotas em 2018 serão inferiores a 30%, o que significa um enorme reajuste na economia japonesa visto a complexidade do seu sistema tributário.

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Em janeiro de 2017 entrou em vigor a redução da alíquota corporativa na Noruega, a redução foi de 25% para 24%.

6.10 Reino Unido

No primeiro semestre de 2017 o Reino Unido reduziu a alíquota corporativa de 20% para 19% e já aprovada uma redução adicional em 2020 para 17%.

Dado ao atual cenário econômico, a redução das alíquotas corporativas que estão presentes nas reformas tributárias de várias potências econômicas ao redor do mundo, podem apresentar ameças reais ao Brasil não apenas no investimento de capital estrangeiro no país, mas nos investimentos brasileiros no exterior também, pois tendem a apresentar um custo-benefício melhor.

Quadro 6 – Sumário das reduções propostas

País Alíquota em 2015 Alíquota proposta

Observação

Argentina 35% 25% Redução gradual até 2020

Bélgica 33.99% 25% Redução gradual até 2020

Espanha 30% 25% Alíquota já em vigor

Estado Unidos 35%/39% 21% Alíquota já em vigor

França 34.43% 25% Redução gradual até 2022

Holanda 20%/25% 16%/21% Redução Gradual

Itália 27,5% 24% Alíquota já em Vigor

Irlanda 12.5% 6.5% Aplicável à parte dos lucros – Investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D)

Japão 32.7% 27% Alíquota já em vigor

Noruega 25% 24% Alíquota já em vigor

Reino Unido 20% 17% Redução gradual até 2020 Fonte, CNI, 2017. Adaptado pelo autor.

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7 Considerações finais

Reconhecer erros nunca foi uma tarefa simples, mas é um passo muito importante o Brasil ter ciência onde se encontra no cenário econômico mundial, a volitividade da economia deve ser acompanhada com atenção, pois a inércia sempre será uma característica de um país fraco economicamente.

Imposto não estabelece retorno individual, sendo que não é da sua natureza, pois sua finalidade visa o retorno social. A ideia de elevar o peso fiscal das empresas como forma de “devolução justa” ao Estado, cria um falso sentimento de diminuição da desigualdade. Como já dizia o jurista Everaldo Maciel “Não existe

nenhum registro na história da humanidade, que o Sistema Tributário tenha sido eficaz no tratamento da desigualdade social”, é necessário separar o problema

(impostos / políticas públicas) pois são duas questões distintas.

Seria fundamental e necessária que as legislações tributárias brasileiras se alinhem às regras internacionais, através de uma ampla reforma e como um dos pontos principais à redução da alíquota corporativa aos padrões dos países-membros da OCDE, sendo o primeiro de vários passos para retomar o crescimento que se espera de um país com o potencial econômico que o Brasil possui.

Referenciando com as palavras do Barão de Mauá, “O melhor programa

econômico do governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem”.

THE NEED FOR TAX REFORM IN WHICH THE REDUCTION OF THE CORPORATE ALLIANCE

Abstract

There is a trend that is being adhered to by most of the countries of economic relevance that is the reduction of corporate tax rates, the Income Tax on Legal Entities (IRPJ). Countries like Argentina and the United States reduced their rates from 35% to 25% and 21%, respectively. Large western and eastern economies like the United Kingdom, France, Italy and Japan, are also fitting. There is a clear tax alignment taking place around the world, great powers, emerging and developing countries are following a concept that after the crisis of 2008 returns to have strength, the tendency of the whole world is the reduction of aliquots, not the increase. Countries that run away from this line tend to isolate themselves economically

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because they will become unviable for large investments. Since 2015, numerous tax reform packages and / or legislative changes have been submitted by governments to attract potential foreign investment and to maintain the internal investments of their transnationals, avoiding erosion of the tax base and transfer of profits. It is concluded that if a profound reform in the tax system is not adopted, Brazil will continue to distance itself from countries of economic relevance, isolating themselves, accompanied by countries considered increasingly unviable to invest, such as India and Venezuela (with rates of 34.61 and 34%, respectively). Brazil's economic trajectory tends to decline rapidly.

Keywords: Corporate rate. Taxes. Income tax.

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