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I n f o r m a f i o c> C u ! í u r a
B BProprietário, Administrador e Editor
V . s . M O T T Á P I N T O
KEDACÇÃO K ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁI.VARES PBKBIKA, IS - TELEI». 050467
_ M o N T I i O
-COMPOSIÇÃO B IMPHBS8AO — TIPOGRAFIA «ORAF®X> — TCT.EÍT. 030Í36- ■ MONtXáK)
D I R E C T O R
M O T T A P I N T O
/ V O o seu n." 206 de
periodicidade sema- nal agora vindo a público, vai «A P r o víncia* iniciar o sen j . a ano de existência, com intenso labor jorn a lístico em p ro l desta ubérrim a região, nos aspectos agrícola e in d u stria l.
O Jacto em si talvez pouco represente perante■ o juízo do nosso público, m uitas ve zes indiferen te aos s a c r ifí cios feitos e propósitos ho nestos em m anter um jo rn a l de propaganda e defesa dos interesses da nossa re g iã o ; e, em especial, d a q n e le s do C o n c e lh o de M ontijo. M as triste é a realidade dos Jactos, quanto à terra onde ele se publica', in depen den te
mente do bom espirito de colaboração dalgum as cente nas de assinantes de M on tijo, v e r d a d e i r o s am igos desde cr p rim eira hora, — inteiramente anim adores da nossa iniciativa, com os quais nos temos encontrado nesta inglória tarefa, m uitos dos restantes têm sido flutuantes, não obstante os esforços dis- pendidos para a la rg a r a expansão de *A Província», através de toda o País,
Q u ais as causas da sua apatia, ta l ê a clesalentadora
in c ó g n ita ? ..., à qu al não podemos responder!
Egoísm o, derrotism o ou indiferença, pelos interesses e prestigio deste laborioso concelho ?
Ou ainda talvez, um re flexo da crise económica que p or vezes tem assoberbada grande p a rte dos sectores económicos da nossa vila ? . , .
N ós sabemos bem que a m issão da im prensa regional ê sempre inglória, trazendo quase sempre dissabores, de silusões e contrariedades.
M as que im p o ria ! A
con-Mo limiar do 5.aÀnorde
«A PRO VÍN CIA»
trapor a essa f a lta de b a irrism o dalguns, senão muitos, temos de continuar anim ados do desejo de que «A P r o vín cia» p rossig a a sua ex is tência, d ig n ijic a n io o nome aureolado de M ontijo e das terras do seu concelho.
P a ra isso continuaremos batalhando, erguendo a nossa bandeira de concórdia, exal tando as virtu d es dos bons m ontijenses e contribuindo em tudo quanto pudermos, p a ta que este esplendoroso torrão continue a prog redir.
V ai portan to *A P r o v ín
cia» indiferen te a todos esses precalços, entrar no seu j. ° ano, mantendo firm e a es perança de melhores dias no seu futuro.
P a r a ta l continuamos a contar com o apoio desses assinantes dedicados, o necessário concurso dos nos• sos prestim osos colaborado res e correspondentes solíci tos, e 0 carinho d ò sfm sso s
anunciantes e am igos, aos quais nesta data fe s tiv a en dereçamos sinceros agrade cimentos da R e d a c ç ã o e A dm in istração deste sema
nário. A concluir, dirig im o s em especial duas saudações: a) — A o povo cio concelho de M ontijo e das áreas circunvi zinhas, assim como a todos os nossos lei tores, pela sua am izade e sim p a tia que nos têm d is pensado.
b ) — A toda a Im prensa
Portuguesa e, p a rticu la r mente, àquela do nosso d is trito, endereçamos especiais votos de prosperidades nesta obra comum, a que estam os votados.
Salvé a «A Província»
(Mo seu 4." Aniversário)
P assa a nuvem, passa e desaparece D esfeita na distância, na lon ju ra; Vem 0 S ol e d esfa z a neve p u r a ;
E 0 tempo, a rubra rosa, esmaece.
T udo s’ e s v a i; Tudo, tudo falece
Como a onda, d ’ encontro à rocha d u r a ; E , só urna existência mui segura,
M anterá a v id a que estremece, A tua vida prolongar.se-à,
E * A P R O V I N C I A » , continuará, A ser, p 'la vida fo ra , um bom jo rn a l.
T udo em redor sossobra, morre, p a s s a .. . Tu, viverás p a ra atestar a raça,
E d a r m ais g ló ria ao nosso P o r tu g a l!
(Portalegre) T e ra sa H e len a P e re ira P aseo al
Ao passar mais um ani versário de «A P R O
V Í N C I A * , nós, 0 cola borador que tem acom panhado, desde a sita fundação este semanário em todos os momentos, saudamos de uma ma neira amistosa o seu ilus tre Directore Proprietário, tornando extensiva esta saudação a todos quan tos trabalham neste jor nal, fazendo votos arden tes pela vida e progresso de *A P R O V Í N C I A »
A D M U L T O S A N N O S ! . . .
Montijo — Agonias de Feve reiro de 1959
Prof. Jo sé M. L a n d e lro
Momentos de
A nossa
saudação
Acabo de ler um livro admirável que me deliciou.
Sabe bem ler um livro assim.
■ N estestem po s de agitação 'mundial èut que o dia de
amanhã é uma torturante in certeza e a hora que passa uma constante interrogação;
Por
Manuel Giraídes
da
Silva
e que na vida s e degladiam os bons sentimentos no tri pudiar do egoísmo e da am bição, e em que a matéria impera num desenfreado do mínio e 0 Espírito anda nos tabuleiros dos vendedores athbulantes é bem reconfor tante e salutar á nossa alma, a agradabilidade duma lei tura dum livro tão belo, de cujas páginas se evõla um tal encantamento de ternura, de bondade, de pureza, de tranquilidade, como não é fácil em grandes obras de renome mundial encontrar-se.
Trata-se da obra «Platero e Eu> do consagrado escri tor, dententor do Prémio Nobel, Juan Ramón Gime- nez.
A história bem simples dum homem e dum burrico.. . mas quanta beleza nesses pe quenos capítulos de p r o s a .. . tão impregnada de p o e s i a . . . que muitos que se julgam
poetas nunca podei iam sen tir e escrever. O livro é um verdadeiro potrna de senti mento profundo dum poeta que sente e que sabe pintar, em pequeninas telas colori das, pedacinhos da V i d a ... retalhos do M u n d o.. . É um livro são, suave e simples.
. . . E é na simplicidade das coisas que se encontra a Pureza e o Bem. Por isso me deliciou tanto.
Nesta decadência do Bom Gosto Literário, em que as burgue/.iithas l i n f á t i c a s e provincianas incultas se de liciam com as leituras dos livros das colecções cor-de- -rosa e das de capa azul, folhetinismo barato e fútil; mas que no meu entender e s se s livros são bem perni ciosos para a adolescência, porque a vida não é aquele dourado desbobinar român tico de sonhos cor-de-rosa de que deles se emana, e quando Ela lhes dá a pri meira desilusão, sentem logo desabar os altos castelos do sonho em que viviam, na amarga sensação duma eterna desventura ■..
São livros que sinto, que a sua leitura não é aconse lhável aos novos, por não serem obras construtivas — nem de engenhosa ficção que por momentos nos re creiam 0 espírito — rio geral
(C o n tin u a n a p á g in a 5)
Imagens dos festas deS. Pedro em Montijo
(Potogrufin obteqaloMã da ro to Clae film e ) Um a specto d a s o rn a m e n ta ç õ e s n a P raça d a R e p ú b lic a , em 1958,
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A P O N T A M E N T O
Montijo e os terras vizinhas perderam um grande admirador;
pela morte do Maestro Leonel Duarte ferreira,
Ilustre Vulto Musical de Almada
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foro monnnnst
A v. Jo ã o d e B e u s, 71 Praça 1.® de Maio) M O N T I J O Almada e o associativismo almadense sofreram há pou cos dias o profundo golpe do desaparecimento de mais um dos seus mais brilhantes ornamentos, pela morte do consagrado professor, re gente musical e distinto com positor, M a e s t r o L e o n e l Duarte Ferreira, natural e residente naquela risonha e progressiva vila-tidade.O extinto era geralmente estimado pela sua afabilidade de trato social, sua vastís sima cultura musical e seus valiosos dotes de regência, impondo-se ainda ao respeito e consideração dos seus con cidadãos, pelas suas lídimas qualidades de carácter.
Maestro L e o n e l Duarte Ferreira que desde a sua adolescência se iniciara na «arte sublime dos sons», de senvolveu em perto de meio século uma actividade invul gar no campo de acção mu sical, confirmada por um pre cioso «palm ar ês artístico quer como apreciado e xe cutante da Banda da Guarda Nacional Republicana e da Orquestra Sinfónica da
Êmis-Esta a n t i g a Sociedade constituída por gente hu milde, mas cônscia dos seus deveres de amizade pela
«sua velhinha agremiação»,
foi fundada a 18 de Dezem bro de 1898, com as mesmas directrizes, que ainda hoje perduram.
Tem, portanto, 60 anos de vida associativa; pos suindo uma apreciável banda de música, — seu principal galardão— , a qual chegou a ser considerada como uma das melhores do nosso dis trito, e que acaba de dar o exemplo de que tudo é pos sível, desde que exista no seu meio agremiativo o sig nificado bem concreto,
«que-sora Nacional, ou regente de várias Bandas Civis do nosso distrito e, ainda, como dirigente d a l g u n s agrupa mentos culturais de grande ■renome, como sejam entre outros, a Academia de Ins trução e Recreio Familiar Almadense, — (sua «CASA MÃE») — na qual desenvol veu um proficiente labor, em vários sectores da arte.
O «maestro L eo nel»,— como vulgarmente era conhe cido no meio almadense— , que havia nascido para a Música, teria sido decerto uma vítima sua, por ter v i
vido intensamente a sua ten
dência artística.
O precário estado de saúde e depressão moral em que o desditoso Maestro se deba tia há anos, não lhe permi tiu infelizmente que recebesse em vida a consagração que o Município de Almada se p r o p u n h a prestar-lhe, por honrosa sugestão dum grupo de amigos e admiradores, em preito de apreço e grati dão por tudo quanto fizera para prestígio da sua terra natal e das
colectividades-rer é poder», que ilustra o nome da colectividade a que nos reportamos: a «A cade.
mia M u sita l União e T r a balho-*.
A sua direcção actual é
— Crónica
de---flisiária Joaq. Carvalho
c o m p o s t a dos s e g u i n t e s membros: — Presidente, Ma nuel Gomes Braziel; Vice-
-presidente, António Lourisol
D o u r a d o ; 1.° Secretário, Guilherme Duarte; 2 ° Se.
cretário, Júlio de Carvalho ; Tesoureiro, Jacinto Caria; d o g a is: Orlando da Silva
desse Concelho, desde as mais humildes às de maior fulgor no seu meio associa tivo.
Como compositor musical, d e i x o u um a valiosíssima colectânea de partituras e no âmbito das suas criações dedicadas a Almada assina lou igualmente 0 seu prestí gio, deixando como legado à sua terra, entre outras: 0
«.Hino do Concelho de A l m ada» ; «A lm a d a H tró ica >,
e musicou 0 poema «Hino
a A lm ana».
A Almada, às Bandas Fi larmónicas desse concelho ; e a sua Ex.ma Família que fica ram agora imersas em luto pela morte de seu prestimoso filho, d e d i c a d o amigo e exemplar chefe 0 saudoso Maestro Leonel Duarte Fer reira, endereça-lhes «A Pro víncia» q testemunho do seu maior pezar e curva se reve rente perante a sua inesque cível individualidade, ao la mentar a perda dum tão valioso admirador desta re gião e das suas Sociedades Filarmónicas.
Rosa e Adelino Marques Botas.
Trata-se, pois, de gente nova e cheia de vontade em seguirem as pisadas dos seus antecessores, elevando 0 seu prestígio «até para melhor», se possível for, conforme nos declarou um dos seus dirigentes.
Ufana-se ainda esta direc ção, e, disso se pode orgu lhar, de se ter formado no seu seio uma comissão com posta de 36 elementos, que lhes propuzeram os seus desejos em os auxiliar na grande iniciativa de levarem a efeito a construção da nova sede, que amanhã será
(C o n tin u a n a p á g in a 1)
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V I D A A S S O C I A T I V A
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DE SARILHOS GRANDES, acaba de dar um passo em {rente,
para orgulho de todos os seus consócios e amigos.
A S U A V E L H A A S P I R A Ç Ã O :
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A G E N D A
U T I U T A R I A
A n i v e r s á r i o s
MAHÇO
— No dia 1, o sr, António Gama dus Santos, filho do nosso prezado assinante, sr. Mário dos Santos.
— No dia 1, a menina Maria Fernanda Gouveia, filha do nosso dedicado assinante, sr. Carlos Ra mos Sequeira.
— No dia 1, a sr.‘ D. Alaria Ca tarina Rosado Mora, esposa do nosso prezado assinante, sr. Ma nuel Nepomuceno Mora, residente em Lisboa.
— No dia 1, o sr. João Gomes de Almeida Manhoso, nosso esti mado assinante.
— No dia 1, o nosso dedicado assinante, sr. Francisco Conceição Cola, de Sacavém.
— No dia 1, completou as suas 16 risonhas primavera", a gentil menina Carmen Tobias Simões, neta dos nossos prezados assinan tes, srs. João Augusto Tobias e Francisco Simões.
— No dia 2, a sr.' D. Maria Ca- rolina Clemente Berardo, nora do nosso dedicado assinante, sr. F ra n cisco Cola, de Sacavém.
— No dia 2, o menino José F e r nandes P elirú, filho do nosso pregado assinante, sr. Francisco José Pelirú, residente na Atalaia.
— No dia 3, o nosso dedicado assinante, s r . Emídio Augusto Tobias.
— No dia 4, completou 18 anos a gentil menina Maria Aliete Guerreiro Correia, filha do nosso estimado assinante, sr. Manuel Lourenço.
— No dia 4, perfez 10 anos de idade a menina Maria Avelina Fernandes Grais, residente em l.isboa e so brin ha do nosso pre zado a s s i n a n t e , sr. Edmundo Duarte Grais.
— No dia 4, fez 67 anos de idade a sr.* D. Maria Antónia de Oli veira Costa, esposa do nosso esti mado assinante, sr. António da Costa Veiga.
— No dia 5, completa o seu 5.* aniversário a menina Maria Teresa Grade Tobias da Silva, netinha do nosso prezado assinante, sr. F ra n cisco Tobias da Silva Augusto.
— No dia 6, completa o seu 3.® aniversário o menino Silvio Ro drigues Carvalho Futre, filho do nosso estimado assinante, sr. Joa quim Rodrigues Carvalho Futre, residente no Brasil, e sobrin ho do nosso prezado assinante, sr. Antó nio José Rodrigues Maurício.
— No dia 7, o sr. José Joaquim Rosa Valente, e no dia 25, a sr.* D. Adelaide Rosa Valente, ambos residentes em Comodoro de Riva- davia, Argentina, respectivamente sobrinho e cunhada do nosso de dicado assinante, sr. José Vietor. — No dia 7, completa 27 anos o sr. António da Costa Carvalho, filho do nosso estimado assinante, sr, João Nunes de Carvalho, vulgo «O Carioca».
— No dia 7, completa 13 anos a gentil menina M a r i a Eduarda Guerreiro de Sousa Gago, filha do nosso prezado assinante, sr. José Eduardo Louro de Sousa Gago.
A to d o s os a n iv e r s a r ia n te s
t su a s fa m ília s , a p r e s e n ta m o s as n o ssa s felicita çõ es.
C e s a m o n t o
Na Igreja do Santuário de N. S." de Atalaia, — Montijo —, no passado sábado, 28 de Fevereiro último, pelas 11 horas, realizou-se o enlace matrimonial da senhora D. Maria Lucilia Cândido Sanchez Bermejo, filha da sr.“ D. lzaura Cândido Bermejo e do sr. Jaime Sanchez B e r m e j o , com o sr. Eduardo de Matos Pereira, Mecâ nico Electricista da Aeronáutica Militar em serviço na Base Aérea N.a 6, em Montijo, filho da sr.* 1>. Quitéria Pereira de Matos e do sr. Guilherme de Matos, naturais e residentes em Castelo Branco.
Celebrou o acto religioso o rev.* Padre João Maria Baltazar Fari nha, que depois fez uma alocuçSo alusiva ao enlace de mais um ca sal católico da nossa Vila.
Apadrinharam, por parte da noiva seu primo, sr. David Sanchez Alvarez, digno Presidente da Junta de Freguesia de Montijo e
concei-C ê m a ra Municipal
de Montijo
Resumo da acta da reunião ordinária da 2 4 de Feve
reiro de 1959
P r e s e n t e s : Os srs. José da Silva Leite, Presidente; e os ve readores, Francisco Tobias da Silva Augusto, Tomás Manhoso Iça, Joaquim Brito Sancho, Carlos Gouveia Dimas e Mário Miguel de Sousa Rama. S e c r e tá r io : o sr. José Maria Mendes Costa, Chéfe da Secretaria.
Deliberações tomadas
— Conceder diversas licenças para o b r a s ;
— Certificar o tempo de bom e efectivo serviço, de ura médico m u n ic ip a l;
— A u to r iz a ra abertura de uma salsicharia no Largo Conde F er reira ;
— Tom ar conhecimento do rela tório da penúltima visita de in s pecção e congratular-se pelas elo giosas referências aos serviços;
— Assalariar um servente para o serviço de jardins ;
— O rdenar inquérito às activi dades de um funcionário da Sec ção T é c n ic a ;
— Celebrar novo contrato de arrendamento com o proprietário do Posto de Análises de Leite.
0 Problema dos suinos em
tramito pejas
tm
da vilo
Despertou o maior interesse dus nossos leitores e do nosso estimado colega «Gazeta do Sul», a local publicada neste jornal, o qual r e forçando as nossas considerações, diz :
a M uito o p o rtu n a m e n te se lhe r e fe r ia o nosso p r e z a d o local h á pouco tem p o a in d a n o s s e g u in te s te rm o s, que in te ir a- m e n te a p o ia m o s, c o n fia d o s em que p r o v id ê n c ia s serã o to m a das».
Igualmente esperamos que a nossa Câmara Municipal voltará a insistir ju n to da C . P . , pela in sta lação do almejado apeadeiro para o desembarque dos suinos e agra decendo a adesão daquele nosso colega, só temos a iamentar o lapso ocorrido quanto à prove niência do reparo feito.
M aesiro
Leonel Duorte ferreira
No funeral do insigne professor, maestro e compositor musical Leo nel Duarte Ferreira, efectuado em Almada, no mês findo, tomaram parte representações da Sociedade F ilarmónica l.9 de D e z e m b r o , Banda Democrática 2 de Janeiro, Academia Musical União e T r a balho, de Sarilhos G ra n d e s ; So ciedades Filarmónicas Imparcial, de Alcochete; Estrela Moitense e Capricho Moitense, da Moita do Ribatejo.
tuado comerciante, e sua ex.m* esposa, sr.* D. Maria Helena Be- nito de Alvarez; e da parte do noivo, sua irm ã sr.* D. Branca Pereira de Matos e seu esposo sr. E urico da Cruz Feijão, residentes em Pombal.
Dirigiu a cerimónia o tio da noiva, o noiso prezado assinante e dedicado colaborador, sr. José Júlio Valério Rodrigues. Em casa dos pais da noiva foi servida uma ceia a todos os convidados. Os noivos f i x a r a m residência em Montijo, aos quais «A Província» deseja mil felicidades.
Casa
do Ribatejo
Foram eleitos ultimamente os corpos gerentes e o Conselho Re gional da Casa do Ribatejo, para o corrente ano, os quais ficaram as sim c o nstituídos:
A s s e m b le ia G e r a l: — presi dente, D r. Manuel Facco V iana; vice-presidente, Eurico F erreira C abecin ha; se cretá rios: Dr. A’l- varo Frazão e Carlos Pialgata Lou- renço.
D irtc ç ã o ; — presidente, Luís Costa Santos ; vice-presideute, Ma jor José Luis F erra z; se cretá rios: F ernando Ribeiro Gonçalves e Edm undo Coelho Alves de Car valho ; tesoureiro, Capitão Faus- tino José D o m in g u e s ; v o g a is: eng.“ Sidónio Nunes Dias e Maxi- miano P aulo; su p le n te s: Benja mim dos Santos Violante e Antó nio Comparada da Silva.
C onselho f i s c a l : — presidente, Coronel Mário Xavier de Brito; secretário, Aátónio José Patriarca ; relator, Alfredo Ribeiro Gonçal ves Leal; suplentes: Anlónio Ro drigues e Etelvino Henriques de Oliveira.
C o n selh o R e g io n a l: — Dentre numerosos representantes de to dos os concelhos integrados na província do Ribatejo, destacamos a seguir, devido à extensa lista, aqueles que dizem respeito à r e gião rib eirin ha desta margem, a s a b e r :
Alcochete : — Dr. Manuel Facco Viana e José André dos Santos ; M o ita d o R i b a t e j o : — Luis Costa Santos e José Gomes de Carvalho ; e M o n tijo : — eng.a V. Santos Fernandes e Capitão F r a n cisco Marques Repas.
A todos os novos eleitos dirigi mos as nossas saudações e votos de inúmeras ptosperidades para a nossa Casa Regional.
« A P R O V Í N C I A »
A S S I N A T U R A S Per P a f s ma n t » « a U n t s a e 10 n ú m e r o s — 9S9U 2 0 n ú m e r o s — 2 0 SOO 5 2 n ú m e r o s — 50$00 P ara a s P r o v in d a s U ltra m a r in a s e E stra n g e iro , a cresce os p o rte s d e correio.Deiifflífoçaa de terrenos
em M o n tijo
Por despacho superior, foi san cionado o parecer da comissão encarregada de estudar a delim i tação de uma parcela de terreno do domínio público marítima, sito na margem direita da cala do Montijo, no sítio dos Fornos da Cal, e da qual se dizia proprietária a firma Creswell & C.*, que se dedicava â indústria de cortiças nesta vila.
Gerlrudes Angélica da Purificação Califa
A g ra d e c im e n to
Seus filhos, netos e mais família agradecem reconhecidamente a to das as pessoas que a ac om pa nha ram à sua última m o r a d a ; bem como, a quem de qualquer outra forma, manifestou o seu pesar.
E N S I N O
Provisão de postos escolares
Até ao dia 17 do corrente pode ser requerido provim ento dos l u gares de regente em vários postos masculinos, femininos e mistos no distrito de Setúbal.
Assim entre os indicados, figura igualmente o do sexo feminino, na freguesia de Alhos Vedros, do v i zinho concelho da Moita.
MOMTIJEMSE:
Colsbora expontâneameute para que o nosso concelho seja apontado como símbolo de civilidade 1 — O cuspir, o lançamento de inundicies e inutilidades para a via pública, é sintoma de pouca educação e desrespeito pelo próxim o I
foto Cine filme
Trabalhos para amdtrit f o t o g r a f i a s 4'Arie 8par«llio» fotográfico» R ep o rtag em Fo to g ráfica Uva lulhãa Pata, 11 - MCNIiJO
farm ácias de Serviço
5.* feira, 5 — G i c a l d e s 6,* feira, 6 - - - M o n t e p i o Sábado, 7 — M o d e r n a Domingo, 8 — H i g i e n e 2.a feira, 9 — D i o g o 2.* feira, 10 — G i r a l d e s 4." feira, 11 — M o n t e p i o S o l e t i m R e l i g i o s o Vida C atólica
HORÁRIO DAS MISSAS 5.*-fe ir a , 5 —às 8,30, 9 e 9,30 h, ti* fe ir a , 6 — às 8,30, 9 e 18 h. S á b a d o , 7 — às 8,30, 9 e 9,30 h, D om ingo, 8 — na Igreja da Mi sericórdia, às 8 h , ; na Igreja Pa roquial, às 10, 11,30 e 18 h . ; na Capela do Afonsoeiro, às 9 h . ; no Santuário da Atalaia, às 10,30 h .; e, na Jardia, às 16,15 h . .
C u lto E v a n g é l ic o
Horário dos serviços religiosos na Igreja Evangélica Presbiteriana do Salv ador— Rua Santos Oliveira, 4 - Montijo.
D o m in g o s — Escola dominical, às 10 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às 11 e 21 h.
Q u a r ta s -fe ir a s — Culto abre viado, com ensaio de cânticos re li giosos, às 2 1 h.
S e x ta s - fe ir a s — Reunião de Oração às 21 h.
No se gundo domingo de cada mês, celebração da Ceia do Senhor, mais vulgarm ente conhecida por Eucarística Sagrada Com unhão
Ig re ja P entecostal, R u a A le x a n d r e H erculano, 5-A - M o n tijo.
D o m in g o s ; — Escola D omini cal, às 11,30 h . ; Prègação do E van gelho, às 21 h. Q u in ta s - fe ir a s : —■ Prègação do Evangelho, às 21 h. E s p e c t á c u l o s CINEMA TEATRO JOAQUIM DE ALMEIDA 5.* feira, 5; (Para 12 anos) O maraviihoso filme musical, colo rido e em Cinemascópip, com Vera Ellen e T ony M a r ti n : «O Sonho de Cinderela».
Sábado, 7; (Para 17 anos) Um grande drama do mar, com Pedro Armendariz, E l s a Martinelli e T revor H o w a r d : «Manuela»; e o assombroso filme policial, com Preston F o ste r : «Homens Cerca dos».
Domingo, 8; As 15,30 M a tin èe I n fa n til com o magnifico filme próprio para todas as idades: «Um Anjo Passou por Brooklyn», com Pablito Calvo, (o in térprete de «Marcelino, pão e vinho»). A ’s 21.15 ; (Para 12 anos) o arrebata dor filme de aventuras em Vista vision : «Sangue no Deserto», com Henry Fonda, Anth ony Perkins, Betsy Palmer e (o prodigioso ga roto de «O Rapaz e o Touro») Mi- chel Ray. No p r o g r a m a : lindos complementos.
3.“ feira, 10; (Para 17 anos) O famoso filme em Cinemascópio, com Victor Mature, que é a conti nuação de (A T ú n ic a): «Demétrio, o Gladiador».
Trespassa-s«
- TABERNA E MERCEARIA, frutas e hortaliças, com habitação, renda barata, nesta vila.
Informa-se nesta redacção.
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Mostra>se na R. Gago Coutinho n.* 25 - MONTIJO.
Grande inquérito aos
n o i i o i a i i i í i a i d t i e L e i t õ i e i
*A P ro v ín cia » pretende ser um jornal melhor e maior
quanto possível, segundo os desejos dos nossos queridos leitores.
Assim, correspondendo a e s se propósito, resolveu auscultar todos os seus leitores e amigos, ouvindo as suas sugestões e alvitres.
«Comércio, In dú stria, Lavoura, Inform ação, C u l tura, P assa-T em po, P ágin a da M ulher, D esportos, etc.i
secções que podem ser criadas ou melhoradas.
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Desde já solicitamos, que nos informe, dirigindo a sua indicação a «I N Q U É R I T O - J o r n a l <A P ro vín cia s, em envelope fechado, quanto aos assuritos ou secções que desejaria ver tratados no seu jornal. Querendo, pode até colaborar naquilo que quizer.
<A P ro vín cia » é o seu jornal e portanto pode cola
borar, tendo agora oportunidade de pedir tudo que lhe possa interessar.
Ajude-nos caro leitor e faremos de <A P ro vín cia» o jornal, que gostaria de ler com agrado.
Envie-nos as suas sugestões e será j á um bom cola borador.
Vitifg de S, tx," o Presidente do República
Snr. Almirante Américo Tomás,
à Colónia Agrícola de Pegões, onde foi
recebido festivamente.
«PRÉMIOS VALE-FLOP»
Na última sexta-feira, 27 do mês findo, quando o nosso jornal já estava em composição, visitou o sr. Presidente da República a Colónia Agrícola de Pegões, (com os seus três núcleos de Pegões, Figueiras e Faias), o qual depois de visitar as duas primeiras localidades, se dirigiu às Faias, onde era aguardado pelo pessoal técnico ali e x is t e n te ; por dois grupos de alunos das escolas locais ; a representa ção do Grupo Desportivo das Faias, com 0 seu porta- -estandarte, um «mascote» e seus fundadores; centenas de pessoas das mais diver sas categorias da região, além do «Grupo Coral das Faias», e dezenas de colo nos, com seus carros orna mentados.
Esta última povoação en contrava-se em festa de grande júbilo pela presença de tão ilustre magistrado da Nação, de casas enfeita das com verdura de aspecto próprio à indole rural dos seus colonos.
O sr. Presidente da Re pública que era acompa nhado de altas individuali dades, entre as quais se destacavam o sr. brigadeiro Teixeira Pinto e demais oficiais da sua casa militar, foi conduzido em vários au tomóveis, com srs. ministro e subsecretário de Estado do E x é r c ito ; secretário da Agricultura; dr. Miguel R o drigues Bastos, digno go vernador civil do d istr ito ; José da Silva Leite, presi dente do nosso M unicípio; Armindo Boavida, presi dente da Junta de Freguesia de P e g õ e s ; eng.» Vasco Leó- nidas, presidente da Junta de Colonização Interna e seu funcionalismo; repre sentantes da imprensa diá ria e r e g io n a l; televisão, etc. A o descer do seu carro,
o sr. Presidente da Repú blica foi alvo de uma mani festação de simpatia., com uma grandiosa salva de palmas.
Em seguida recebeu das mãos de uma menina um primoroso ramo de flores, oferta do Grupo Desportivo das Faias, o qual o sr. Pre sidente da República agra deceu.
Após, 0 Chefe da Nação visitou a capela ali exis tente, que será aberta ao culto público dentro de bre ves meses, visitando igual mente o Centro de A s s is tência Médico-Social, aonde apreciou diversos trabalhos feitos pelas crianças, alunos desse Centro.
A' saída, o grupo coral entoou diversas canções e alguns colonos exibiram-se em suas danças caracterís ticas.
Depois a caravana auto mobilística seguiu a cami nho da Zona E, na qual a Junta de Colonização In terna está desenvolvendo uma grande actividade no campo das experiências téc nicas, tornando a produtiva, Por fim, o sr. Presidente da República visitou tam bém um casal de habitação dos colonos, sendo ali rece bido pela sua locatária, na tural de Coruche.
Ao partir Sua Ex.a m o s trou-se satisfeito por tudo quanto vira e felicitou 0 sr. Regente Agrícola Álvaro R. David, chefe técnico do JNú- cleo Agrícola das Faias.
A exemplo do já sucedera nos outros núcleos anterior mente visitados, foi por e n tre aclamações e vivas que o sr. Presidente da Repú blica retirou deste núcleo, afirmando que: «O Chefe de Estado não pode deixar de estar agradecido a quem trabalha para o êxito de tais serviços».
A preocupação fundamen tal que domina qualquer sociedade é a de conduzir a juventude no caminho da verdade, do altruismo e do justo significado e extensão dos altos valores que coman dam a humanidade.
Indicar às gerações de amanhã|o rumo do amor ao próximo, da caridade, da humildade, do sacrifício, mesmo, quando as circuns tâncias o exijam, eis a m is são incomparável que com pete a uma colectividade organizada.
Ela procura cumprir esse dever de formas diversas.
São muitas as instituições que têm por fim premiar e estimular os actos de abne gação e de elevado sig n ifi cado moral da juventude e, dentre elas, a «Fundação Vale-Flor» constitui mais um exemplo digno de re gisto.
Fundada pela falecida Mar quesa de Vale-Flor, ela tem por escopo atribuir dois pré mios anuais — «José Luís de Vale-Flor» e «Jenny de V a le -F lo r » — que consti tuem a justa consagração de actos de honestidade, h u manidade, abnegnação, g e nerosidade, sacrifício e cora gem praticados pormenores.
Este ano, tão elevada dis tinção coube a dois jovens nortenhos: Joaquim A n tó nio de Sousa, de 16 anos, natural de Santa Cruz do Douro, e Rolinda Martins da Silva, 13 anos, de Viana do Castelo.
O primeiro, num gesto de total desapego à vida, ten tou salvar um companheiro que fora arrastado por um desmoronamento na pedrei ra onde trabalhavam. A t i n gido pelo desabamento foi t r a n s p o r t a d o ao hospital onde além duma fractura, se verificou a necessidade de 0 submeter a uma ope ração ao baço e de lhe se- rení amputados dois dedos da mão direita.
A história da pequena heroína Rolinda Martins re vela igualm ente a formação dum sólido carácter.
Quando seguia para a e s cola, vendo uma mulher presa por um pé à linha do combóio, tentanto desesp e radamente libertar-se, e n quanto este se aproximava vertiginosamente, a pequena Rolinda lançou-se sem he sitar, em seu socorro e, quando a locomotiva já pa recia atingi-las, no máximo esforço que 0 seu vigor de criança permitia, arrancou
a pobre mulher à morte que parecia inevitável. Entre tanto as pessoas que a s s i s tiam viviam horas dramá ticas de ansiedade.
Foram estes os actos ce lebrados no passado dia 24, no Porto, em sessão e s p e c i a l m e n t e realizada na filial do Montepio.
Prestou-se assim, muito justamente, a homenagem que aquela cidade e as v i r tudes da sua gente mere cem, aproveitando-se mais uma vez a oportunidade para premiar e ensinar que, ao caminhar na dura escola da vida, todos devem m ol dar o espírito e os seus actos nos exemplos constru tivos e dignificadores do valor humano.
Movo Parque
Vacinogénico
Foram inauguradas, pró ximo de Odivelas, as novas instalações do Parque Va cinogénico, na presença dos Srs, Ministro da Saúde e Assistência e Secretário cie Estado do Comércio.
Esta notável instituição, fundada pelo general mé dico Carlos Moniz Tavares, em 1888, teve como segundo director 0 Dr. Carlos Barrai Moniz Tavares, a cuja inex- cedível dedicação se ficou devendo um progresso c o n s tante.
As novas instalações do Parque Vacinogénico d is põem de óptimas dependên cias ; laboratórios, gabinetes médicos, salas de fabricação de embalagens em vidro, escritórios e sala de vacina ções onde muitas das vaci nas são ministradas gratui tamente. Tem ainda um e s tábulo para as vitelas que fornecem soro necessário às preparações.
Na sessão festiva inau gural falaram os srs. Fer nando Teixeira, o Presidente da Câmara Municipal de Loures e Mário Moniz T a vares Taquenho, tendo o sr. Dr. Martins de Carvalho, salientado que aquele esta belecimento não era uma empresa comercial, mas uma casa onde se exercia uma acção social de alto relevo.
Pedira que fosse a e m pregada mais antiga a cortar a fita simbólica da inaugu ração porque era de opinião de que, na conservação dos valores humanos, se encon tra a união e a riqueza das nações. Afirmou estar certo de que a terceira geração daquela casa será, a todos os títulos, digna da herança do fundador.
O sr. Ministro da Saúde cumprimentou depois, pes soalmente, um por um todos os empregados.
Foram depois visitadas todas as dependências do novo Parque Vacinogénico, mais uma unidade in d u s trial ao serviço do bem e s tar da comunidade lusa.
NA A R R Á B ID A
(Na Arrábida, ao pôr do sol, em dia de Todos os Santos de 1958).
J á na A ttá b id a , em monte verdejante E u me encontro a olhar tudo em r e d o r ... P a ro na estrada à b tira do mirante E a li Jico abism ado em lu z e côr.
A o f undo 0 m ar, dum verde rutilante
A irtsar.se, na hora do sol-pôr
D á ao quadro um efeito deslum brante E revestt-o do máximo esplendor. E ali, na serra, olhando m ar e ceus
E a paisagem fan tástica que aos meus Já fascin a dos olhos se desdobra,
M inh'alm a, embevecida, ajoelha e resa Perante Deus, p in to r da N atureza, Que a li está retocando a sua obra. Carvalhal (Bom barral) Jo sé F e rre ira V e n tu ra
(Venatra)
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P R O V Í N C I A » :
Pretende ser um grande jornal;
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S e t ú b a l
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S I N G E R Telefone 2 2 6 7 3
S U N B E A M
e Furgonetas COMMER do Grupo ROOTER
José Forte Faria
A G E N T E D I S T R I T A L
R E N A U L T E DE S O T O
Academia M.Uniãoeírabalho
de Sarilhos Grandes
( C o n 1 i n u a ç ã o d a p á g i n a 7 ) António Francisco Valente,
Pedro Tavares da Rocha, Ribatejense C e r â m ic a S. Jorge, Lda., Matias Ferreira, todas de*Sarilhos Grandes; M. F. Afonso, Lda., de Montijo ; José Maria Flambó Magno, João Vaz das N eves, José dos Santos Seixo, Joa quim Rodrigues, «Socorquex, Lda.» e António Mouro, da M oita ; Adelino da Silva, de Alhos Vedros ; Francisco Fer reira Júnior, de Palmeia; e j o s é Bento, de Lisboa.
O futuro edifício ficará com 18m, 1.0 de frente e 28"',20 de fundo, tendo um amplo sa lão de festas com as dimen sões de 12nix 2 3 m e um palco privativo de 5™ de fundo, um «hall.de entrada, bengalèiros, «bar» privativo, W. C., para senhoras e c a v a l h e i r o s , quarto para o regente da Banda, sala de fumo, gabi nete da Direcção e biblioteca para os seus sócios ; e final mente, ainda, com terreno li v're para uma boa esplanada, onde se poderão realizar as suas festas de verão.
O terreno onde vai ser construída a futura sede, foi cedido pela Junta de Fregue sia de Sarilhos Grandes.
As obras devem ter início pelo lançamento da primeira pedra, durante o próximo mês de Março, com segui mento imediato da sua cons trução.
Èssa valiosa pedra, vinda rio referido comboio em 22 de Fevereiro, — como íamos dizendo— , foi adquirida em Santana (Sesimbra), tendo-se dirigido as camionetas para esta localidade, com orna mentações, palmeiras e ou tros dísticos de incitamento à construção da obra.
A entrada da freguesia era o cortejo aguardado pela Banda de Música da S o c ie dade em festa e muito povo o que constituía uma grande mole de população.
Tal era o entusiasmo desse povo tão unido para a mate rialização do seu objectivo e nesse ambiente se deu en trada na localidade, dirigin do-se todos os presentes ao local da projectada edifica ção, onde se foi descarre gando o material transpor tado, ao som estrepitoso de foguetes e maior entusiasmo dos assistentes.
“8 s te Vale de lágrimas...”
C ró n icas de R O M EYR A ALVES — N .° 12
A este acto compareceu a Junta de Freguesia pelas pessoas do seu presidente, sr. António da Silva Cou- ceiro, — que igualmente re presentava o digno presi dente da Câmara Municipal, sr. José da Silva Leite, que em si delegera essa incum bência— , e srs. Manuel G o mes de Carvalho e Joaquim R ib e ir o Dias, respectiva mente, tesoureiro e secretá rio da autarquia local.
Após a descarga das ca mionetas, foi servido um lauto repasto na sede actual da Sociedade, o qual reuniu cerca de duzentos convivas, de todas as classes sociais,
tendo tudo decorrido dentro da maior simplicidade e acri solado carinho pela obra que se pretende levar a efeito.
Em segunda, usou da pa lavra em nome da Comissão o sr. João da Guia Mingatos, que explicou e deixou bem vincado o que se deseja fa z e r , — qual o fim sincero a que se destina esta iniciativa; para que Sarilhos Grandes possa enfileirar a par das outras terras do nosso gran dioso Portugal e que para isso se julgava com direitos adquiridos desde há muito, através da obra inolvidável desenvolvida pelos funda dores daquela agremiação local.
Após, usou da palavra o sr. José Flambó Magno, di zendo que não sendo filho de Sarilhos Grandes, mas tendo aqui amigos, ao ser convidado para ali compare cer, os animava a seguir o exemplo da Sociedade Filar mónica Capricho Moitense, de que foi director, afirmando que na vizinha vila da Moita ao edificar-se a sua actual sede, — tal como agora se pretende fazer nesta progres sivo localidade — se desen volveu uma fervorosa cor rente de bairrismo para que tudo fosse levado n seu bom termo.
Por isso ao ver o fervor dos sarilhenses, estimulava- •os a que não deixassem arrefecer o seu bairrismo, levando mãos à obra que se pretende ali criar.
A finalizar as suas consi derações d i s s e : <Kam os neste m o m e n t o i n i c i a r a < Campanha do Cimento », p ara o que se propunha con
trib u ir com des sacos».
Em seguida e aplaudindo e~,sa iniciativa,contribuíram, as seguintes entidades:
joão Ribeiro Ismael, com 10 sacos ; Marcelirio Tava res da Rocha, com 10 sacos; Manuel Gomes Carvalho, com 15 sa co s; António Ma chado, António A. Couceiro, Ana Rosa Ismael, Emília Russo, Júlio Clemente, Antó nio Marques da Rocha, João Zobelo Taboas, Gemeniano A. Couceiro, Jacinto Caria, Matias Ferreira e António Alves Zobelo, com 5 sacos; António dos Santos Gomes e Maria José da Silva, com 3 sacos ; Silvino Faísca, An tónio Joaquim Rodrigues, F r a n c i s c o B r a z i e l , João Amaro, António Lucífero, Elvira Valente, Manuel J. Rosa Miranda, José da Má xima, Joaquim Carvalho G o mes, Joaquim Gomes Bra ziel, Ádolfo Carregosa, Luís Carvalho Guia, João dos Santos Teixeira, José Russo, João Costa, Júlio Teixeira, Narciso Gonçalves, Manuel Silva Ferreira, Manuel Ta vares Coelho, Artur Botas e Abílio Costa (Filho), com 2 sacos ; e Adelino Silva, José Manhoso, Natalina da Silva, Lídia Maria, Liliete de Me nezes, e Emília Raminhos, com 1 saco, cada ofertante.
Conta desde já a
«Comis-Zacarias acabou de beber o café, limpou cuidadosa mente os lábios ao lenço i m a c u l a d a m e n t e branco, acendeu um cigarro, e pu xou duas ou três fumaças, rematando tudo isto num sorriso francamente irónico:
— Digam lá o que disse rem, meu Velho, o certo é que, no fundo, nem tudo é mau neste vale de lágrimas onde Vegetamos como autó m atos.. .
Na certeza antecipada de que Zacarias tinha encon trado meio de construir mais uma das suas habituais teo rias, mantivemos o silêncio de que fazemos uso nestas alturas, esperando que o nosso amigo continuasse. E foi o que ela f e z :
— Na realidade, habitua dos como estamos a ler nos jornais aquelas agradáveis notícias sobre aquilo a que eles chamam, pomposamente, a «actualidadeinternacional», que é, como quem diz, as notícias mais ou menos colo ridas, sobre os desacatos que se Verificam, dia a dia, por e sse Mundo de Cristo, quase não queremos acredi tar, levados por uma reacção lógica dos nossos sentidos, numa ou noutra notícia de carácter d iferen te... uma daquelas raras notícias em que não se fala dos mortíci- nios que ocorrem aqui e ali, nem em bombas atómicas e hidrogénicas.. . e noutras coisas semelhantes, que só servem para nos pôr os ca belos em p é — quando os temos, e v i d e n t e m e n t e — e para nos convencermos de que o Mundo caminha, cada Vez mais, para o abismo onde se subverterá sem es peranças de s a lv a ç ã o ...
Zacarias fez uma pausa, aspirou mais algumas fuma ças do cigarro e continuou : — Refiro-me a uma notí cia, há dias publicada nos jornais, e na qual, em termos que no momento me não ocorrem, se. citava a des coberta de alguns senhores cientistas, mais ou menos
são Pró-Sede» com a coti- z a ç. ã o a p r o x i m a d a de 1.300$00 semanais, que é o contributo de cotas de 1 $50.
Tudo se conjuga, pois, para que a nova e futura sede própria, seja um facto reali zável dentro em breve.
Oxalá que assim suceda, para o bom nome da honrosa freguesia de Sarilhos Gran des e prestígio do nosso concelho.
No final e a encerrar esta memorável jornada da pres timosa «Academia Musical União e Trabalho de Sarilhos Grandes», realizou-se um animado baile abrilhantado por uma orquestra formada por elementos da Banda, o qual decorreu bastante ani mado até de madrugada.
«A Província» fez-se re presentar em todos os actos festivos pelo seu redactor regionalista.
Klislório Jo aq u im C a rv a lh o
cotados no mercado inter nacional da C i ê n c ia ... S e gundo a notícia—-e segundo os tais senhores sábios — o homem pode perfeitamente viver até aos cento e cin quenta a n o s . . . E’ claro que, à primeira vista, a coisa cria foros de sensacional, raiando os limites do inacreditável, atendendo a que os casos de longevidade são raros, como os fenómenos que, frequentemente, surgem lá para as bandas do Entronca m e n t o . .. Sim, porque isto de se poder viver até aos cento e cinquenta anos, pelo menos, não é coisa que se acredite com facilidade... Naturalmente que os tais senhores cientistas — pelos vistos, pessoas muito enten didas no assunto — garantem a certeza das suas afirma ções, tomando para termo de comparação alguns animais que, na escala da longevi dade, atingem normalmente essa idade maravilhosa, quase digna do próprio Matusa- lém . . .
Esmagando o cigarro no cinzeiro, o meu amigo apoiou os cotovelos na mesa e pros seguiu :
— À primeira Vista, a no tícia naturalmente que nos deixa agradável mente impres sionados, até porque esta coisa de morrer velho — salvo raras excepções e ape sar de muitos dizerem que estão fartos da vida — está dentro da ambição normal de todo o ser humar.o... Duma maneira geral, estou crente de que noventa por cento da população mundial se sentiria satisfeita se pu desse obter a certeza de que viveria até perto dos dois séculos, até porque, no aspecto social e histórico da questão, e s se facto Iraria i n t e r e s s a n t é s Vantagens, atendendo a que o progresso , não pára e que, daqui a
umas dezenas de anos, o Mundo deixará debocaaberta quem for v i v o ... Analisados, á «vol d’oiseau» os prós da descoberta, surgem logo a seguir os c o n t r a s ... os tais contras que nos deixam ar repiados e sem vontade ne nhuma de viver ta n io .. .
Nova pausa. Zacarias acen deu mais um cigarro. Depois, ante o meu silêncio, prosse guiu, com um sorriso:
— Lá por fora, as coisas caminham de mal a pior e não há dúvidas de que os grandes condutores de na ções não se entendem, nem a bem, nem a m a l . . . Em meia dúzia de paises, estalam revoltas por tudo e por nada e os homens são passados à bala, como tordos a chumbo de caçadeira . . As catástro- fres sucedem-se, num verda deiro ritmo de tragédia, e os jornais só nos trazem notícias da derrocada duma cidade próspera e laboriosa — o caso de São Luís — com casas arrancadas pelo vento, prédios a desfazer-se como espuma nas pedras da p r a ia ... e c e n te n a s ... mi lhares de pessoas mortas...
de famílias sem lar e sem p ã o . . . numa escala tene brosa que confrange o cora ção mais em p ed ernido... Isto, não contando com ou tras catástrofes diferentes que nos deixam de boca aberta, como são os casos do «rock and roll» e aesse não menos famigerado «hu- la-hoop», uma coisa que faria sorrir de dó os selva gens mais selvagens de todo o Globo te r r e s tr e ... Sim, meu rapaz, este é o pano rama actual deste Mundo em que vivemos e em que al guns sábios descobriram que o homem — como certos ani mais — pode viver até aos cento e cinquenta anos, em perfeito estado de conserva ção, como salsichas em fri g o r ífic o ... Junta-lhe, ainda, a tendência de certos senho res para enganar o próximo — padeiros, merceeiros e q u e j a n d o s — a inclinação homicida de certos sujeitos que, de humano, apenas têm o aspecto, e a crescente Vaga de corrupção moral e física que se Verifica actual mente, e terás a súmula do que é o Mundo e uma ligeira Visão do que será daqui a alguns a n o s . . . Até porque — e é este paradoxo que me c h o c a — à medida que se verifica o progresso material da vida, nota-se o retrocesso moral dos s e r e s . . .
Zacarias interrompeu-se, mais uma vez, e o rosto con traiu-se-lhe numa expressão indefinível.
Depois, concluiu:
— Para mim,- a descoberta não tem qualquer valor real. Não que eu deseje a morte. . . Mas porque estou conven cido de que, quem conse guir viver para além dos cento e cinquenta anos, aca bará por su icid ar-se... por estar farto da Vida ! . . .
(C o n tin u a çã o da 1.* p á g in a ) na maior parte deles os seus personagens são f a l s o s . . . não existem na v i d a . . . bo necos que se pintam, e não almas que v i v a m ! . . . Mas «Platero e Eu», não ! . . .
É um livro da Vida, poema primoroso a transbordar de sentimento, em páginas en ternecidas de cor e de ver dade.
É um livro para todos, mas e s p e c i a l m e n t e para aqueles que, pela sua sen si bilidade, encontram sempre, no que os materialistas não podem sentir e ver, motivos imperecíveis de Encanto e de B e l e z a .. . M an u al G ir a ld e s da Silva