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8.0 A situação actual dos refugiados no Mundo

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O Relatório Anual divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), "Tendências Globais", que se refere à situação em 31 de Dezembro de 2013, mostra que o número de refugiados, requerentes de asilo e deslocados internos em todo o mundo ultrapassou as 50 milhões de pessoas pela primeira vez na era pós-Segunda Guerra Mundial.

O relatório feito com dados compilados por governos, organizações não-governamentais e a partir de registos da própria organização - revela que no final de 2013 o total global de deslocações forçadas era concretamente de 51,2 milhões de pessoas, mais seis milhões do que os 45,2 milhões registados em 2012.

Este grande aumento foi impulsionado sobretudo pela guerra na República Árabe da Síria, que até ao final do ano passado tinha gerado 2,5 milhões de refugiados e 6,5 milhões de deslocados internos. Assistiram-se a novas deslocações forçadas em África - nomeadamente na República Centro Africana e no final de 2013 também no Sudão do Sul.

"Estamos a assistir aos enormes custos de não se acabarem com as guerras, de não se resolverem ou evitarem conflitos", disse o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres. "A paz está hoje perigosamente em défice. As intervenções humanitárias podem ajudar como paliativo, mas as soluções políticas são vitais. Sem isso, os níveis alarmantes de conflito e sofrimento em massa que se reflectem nesses números vão continuar".

Refugiados Refugiados Refugiados Refugiados

Os dados do relatório "Tendências Globais" abrangem três grupos - refugiados, requerentes de asilo e deslocados internos. O número de refugiados totalizou 16,7 milhões de pessoas em todo o mundo, 11,7 milhões dos quais estão sob o mandato do ACNUR e o restante registado pela UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina). Considerando apenas estes totais, já são os mais altos constatados pelo ACNUR desde 2001. Além disso,

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mais de metade dos refugiados sob assistência desta Agência (6,3 milhões) estavam, no final de 2013, no exílio há mais de cinco anos.

Em 31 de dezembro de 2013, por região, a Ásia e o Pacífico tinham a maior população de refugiados, cerca de 3,5 milhões de pessoas. A África Subsaariana tinha 2,9 milhões de pessoas, enquanto o Oriente Médio e Norte da África tinham cerca de 2,6 milhões.

Requerentes de Asilo Requerentes de Asilo Requerentes de Asilo Requerentes de Asilo

Além dos refugiados, no ano de 2013, 1,1 milhão de pessoas apresentaram pedidos de asilo, a maioria delas nos países desenvolvidos (Alemanha, em 2013, tornou-se o maior receptor de novos pedidos de asilo). Cerca de 25 300 pedidos de asilo foram apresentados por crianças separadas ou não acompanhados pelos pais.

Os sírios apresentaram 64 300 pedidos de proteção, mais do que qualquer outra nacionalidade, seguidos de requerentes provenientes da República Democrática do Congo (60 400) e Myanmar (57 400).

Deslocados Internos Deslocados Internos Deslocados Internos Deslocados Internos

Os Deslocados Internos - pessoas forçadas a abandonar as suas casas, mas que permanecem no seu país - somavam no final de 2013 um recorde de 33,3 milhões de pessoas, representando o maior aumento de qualquer grupo no relatório Tendências Globais. Para o ACNUR e outras agências humanitárias ajudar essas pessoas representa um desafio especial, pois muitos estão em zonas de conflito, onde a chegada de ajuda é difícil e onde não vigoram as normas internacionais de proteção oferecidas aos refugiados.

Apatridia Apatridia Apatridia Apatridia

A população mundial de pessoas apátridas não está incluída no total de 51,2 milhões de pessoas deslocadas (uma vez que não ter a cidadania de um Estado não significa necessariamente ser um deslocado).

A apatridia permanece difícil de quantificar com precisão, não só por causa das dificuldades que autoridades governamentais e o ACNUR têm no registo das pessoas que não possuem a cidadania e a documentação relacionada, mas também porque alguns países não recolhem dados sobre populações que não consideram como seus cidadãos.

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Em 2013, os escritórios do ACNUR em todo o mundo reportaram quase 3,5 milhões de apátridas, cerca de um terço do número de pessoas que se estima estarem nessa condição ao nível global.

8.1 Principais países geradores de refugiados

O Afeganistão, a Síria e a Somália eram no final de 2013 os primeiros três países de origem dos refugiados, que em conjunto representam mais de metade (53%) da total de refugiados sob responsabilidade do ACNUR.

A Somália e o Afeganistão aparecem no topo da lista de países de origem dos refugiados desde há já alguns anos, enquanto que a Síria faz parte desta lista desde 2013, como resultado do conflito armados em curso no país.

Com cerca de 2.560.000 refugiados em 86 países, o Afeganistão é o país de origem com o maior número de refugiados no mundo. De facto, em média, à escala global, 1 de cada 5 refugiados é do Afeganistão.

Considerando que o Afeganistão tem sido o principal país de origem de refugiados ao longo de mais de três décadas, se se mantiver o atual ritmo de êxodo da Síria, o número de refugiados sírios poderá ultrapassar o de afegãos até ao final de 2014.

8.2 Principais países de acolhimento

No final de 2013, segundo o relatório "Tendências Globais", mais de 5,4 milhões de refugiados sob o mandato do ACNUR (46%) residiam em países onde o PIB per capita era inferior a 5 dólares.

Entre os países que receberam o maior número de refugiados em todo o mundo, o Paquistão está no primeiro lugar (1,6 milhões), seguido pela República Islâmica do Irão (857.400), o Líbano (856.500), a Jordânia (641.900) e a Turquia (609.900).

Concretamente, o Líbano acolhia, no final de 2013, o maior número de refugiados em relação à sua população nacional, com 178 refugiados por 1.000 habitantes. Este foi o maior peso relativo a que um país esteve exposto desde 1980.

A este respeito, a Jordânian acolheu 88 refugiados por 1.000 habitantes e o Chade 34, ficando em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

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Os países em desenvolvimento acolhem 86 por cento dos refugiados do mundo, em comparação com 70 por cento há 10 anos. Este é o valor mais elevado em mais de duas décadas.

8.3 Pedidos de asilo nos países industrializados

Segundo os dados publicados pelo ACNUR num relatório sobre os pedidos de asilo nos países industrializados durante o 1º semestre de 2014, mais de 330 mil pessoas buscaram proteção internacional, o que corresponde a um aumento de 24% em relação a igual período do ano anterior. Esta situação deve-se aos conflitos na República Árabe da Síria e no Iraque e à instabilidade em outros países, como o Afeganistão e a Eritreia.

"A comunidade internacional precisa preparar as suas populações para o fato de que, na ausência de solução para o conflito [da Síria], cada vez mais pessoas precisarão de proteção e cuidados nos próximos meses e anos", declarou o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres em Genebra. "Estamos numa era de crescentes conflitos."

De acordo com o relatório, a Síria responde por 15% dos pedidos de asilo. Apesar de muitos sírios fugirem para o norte e o ocidente da Europa, a maioria acaba por procurar abrigo em países vizinhos, como a Turquia e o Líbano. Entre os 44 países de asilo analisados, a Alemanha foi o que mais pedidos de proteção recebeu (65.700, cerca de 20% do total), seguida pelos Estados Unidos, França, Suécia, Turquia e Itália. Juntos, esses seis países perfazem dois terços dos pedidos.

O sul da Europa registou ainda um grande aumento de pedidos devido ao desembarque de refugiados nos seus territórios, com migrantes de vários países africanos e do Médio Oriente cruzando o Mediterrâneo para chegarem à costa italiana e a Malta. Em muitos casos, a viagem termina em tragédia: o número de mortos este ano em viagens mal sucedidas já chega a 3 mil.

Os chineses foram os que mais buscaram asilo nos Estados Unidos, que ainda registou um aumento de pedidos de mexicanos e de migrantes da América Central - principalmente El Salvador, Guatemala e Honduras - fugindo do crime organizado e da violência nos seus países de origem.

Os reflexos do conflito na Ucrânia também são mencionados no relatório do ACNUR. O país registou o maior aumento relativo no número de refugiados, que subiu de 700 no primeiro semestre de 2013 para 4.100 neste ano, ou seja,

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quase seis vezes mais. Os principais destinos dos pedidos dos ucranianos são a Polónia, Estados Unidos e Itália.

A agência das Nações Unidas aponta ainda para um aumento do número de iraquianos e afegãos em fuga para a Turquia. O Japão contabilizou um aumento de mais de um terço dos pedidos de asilo, tendo os números referentes à Coreia do Sul praticamente duplicado.

Na União Europeia (UE-28), registou-se uma subida de 23 por cento do número de pedidos, que ascenderam a 216.300. Na Europa do Sul, sobretudo na Itália e na Turquia, o aumento foi de 73 por cento, segundo o relatório do ACNUR. Em Itália, destino preferido dos refugiados que tentam chegar à Europa a partir de África, o número de pedidos apresentados em seis meses (24.500) está próximo do das solicitações feitas durante todo o ano de 2013 (25.700).

Em Portugal, no mesmo período, foram comunicados ao Conselho Português para os Refugiados (CPR), pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, 167 pedidos de proteção de 37 nacionalidades diferentes, sendo os países de origem mais relevantes Ucrânia (com 17 pedidos) e Marrocos (com 16 pedidos) (ver http://goo.gl/f2TgCY). Os 167 pedidos de asilo apresentados representam um decréscimo de 17% comparativamente com o 1º semestre de 2013. Portugal teve, assim, cerca de 16 pedidos por milhão de habitantes contra a média registada pela UE-28 que foi de 426,3 (ver http://goo.gl/5Tdl8X).

8.4 Principais emergências humanitárias

Numa compilação de relatórios de diversas Representações Regionais do ACNUR, publicada em Agosto de 2014 pelo Gabinete do Assistente do Alto Comissário para as operações no Terreno, foram listadas as situações de mais premente emergência humanitaria no mundo.

África África África África

No documento são sublinhadas como principais emergências dentro do continente africano a situação na RCA (República Centro Africana), na RDC (República Democrática do Congo), no Mali (incluindo Mauritânia), na Nigéria, na Somália, no Sudão do Sul, e no Sudão.

Entre elas, o caso da Somália é crítico, pois a população ainda esta a sofrer a violencia e a fome causadas por uma guerra civil que se arrasta desde 1991. Em

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2014, eram contabilizados 944.000 refugiados nacionais da Somália em outros países da região: 430.000 no Quénia, 244.000 na Etiópia, 231.000 no Iémen, 19.000 no Djibouti, 18.000 no Uganda e 2.000 na Tanzânia. Alem disso, dentro do proprio país, há cerca de 1.1 milhão de deslocados.

Entre Abril e Maio de 2014, 359 nacionais da Somália foram deportados por avião de Quénia para Mogadíscio. Mas, devido ao risco ligado as deportações, a comunidade internacional pediu às autoridades quenianas que estas fossem interrompidas. O governo do Quénia comprometeu-se recentemente a parar as deportações e a readmitir os refugiados somalis retornados, mas outros países, como a Arábia Saudita, têm replicado esta prática.

Os refugiados originários do Sudão do Sul foram contabilizados em 431.043 até 31 de Julho de 2014: 180.054 na Etiópia, 120.663 no Uganda, 88.876 no Sudão e 41.450 no Quénia. Ainda, dentro do próprio país há 1.1 milhão de deslocados internos. Os números continuaram a crescer, estimando-se que 3.9 milhões da população do Sudão do Sul, constituída por 11 milhões, estarão em níveis de emergência ou em crise de insegurança alimentar. De entre estes, quase 1 milhão de crianças até aos 5 anos requererão tratamento para subnutrição aguda em 2014 (WFP-World Food Programme).

Américas Américas Américas Américas

Dentro do continente americano, é considerado que existe emergência humanitária relevante no caso dos refugiados dos países da América Central e da Colômbia.

A situação de emergência referente a América Central envolve crianças que procuram asilo nos Estados Unidos. Estas crianças que chegam separadas dos seus pais e não acompanhadas por alguém que por elas seja responsável são denominadas internacionalmente pela sigla UASC (do acrónimo em inglês Unaccompanied and Separated Children) (em Portugal, pela sigla MNA -Menores Não Acompanhados). Desde o início de 2014, chegaram até as fronteiras dos EUA 52.000, e as autoridades dos EUA estimam 90.000 UASC no total em 2014. Considera-se que muitas destas crianças estarão a fugir do crime organizado transnacional e de grupos criminosos locais. Mesmo assim, por exemplo, desde o início de 2014, 17.000 UASC mexicanos foram automaticamente deportados dos EUA.

No caso da Colômbia, dentro do próprio país há 5.6 milhões de deslocados internos; um valor que aumentou em 1 milhão devido à actualização do registo

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nacional, após a promulgação da Lei de Vítimas e Restituição de Terras e decisão do Tribunal Constitucional, de Maio de 2013, para considerar aqueles deslocados pelos grupos armados, como as FARC, e gangues criminosos como deslocados internos.

Segundo o ACNUR, a Colômbia tem a segunda maior população de deslocados internos no mundo, depois do Sudão. Alem disso, há cerca de 400.000 refugiados e outros PoCs (persons of concern / pessoas do mandato do ACNUR) principalmente no Equador, Venezuela, Costa Rica e Panamá.

Ásia Ásia Ásia Ásia

Os três países considerados em emergência humanitária são o Afeganistão, Myanmar e Filipinas. Além disso, soma-se a situação de aquelas pessoas que fogem do seu país de origem através do mar no Sudoeste Asiático.

Tal como já foi referido, a população de refugiados afegãos no mundo é de 2.56 milhões: com 1.62 milhões no Paquistão e 840.000 no Irão. Estima-se que dentro deste grande número de refugiados, há 2 milhões de afegãos indocumentados (1 milhão no Paquistão e 1 milhão no Irão), um status que ainda os torna mais vulneráveis. Dentro do próprio país, há 683.000 deslocados, com um aumento constante ao longo dos últimos anos dos quais aproximadamente 50% vivem em zonas urbanas pobres.

Relatos de exploração e abusos de pessoas a deslocar-se no Sudoeste Asiático são publicados nestes relatórios, onde se estima que quase 86.000 pessoas partiram de modo irregular desde Junho de 2012 por mar no Sudoeste Asiático. Pelo menos 730 pessoas foram dadas como mortas nestas viagens na segunda metade de 2012. O número desceu para 615 em 2013, mas possivelmente devido ao uso pelas redes de contrabando de barcos de carga maiores e mais estáveis.

Europa Europa Europa Europa

É no Mar Mediterrâneo e na Ucrânia que se situam as maiores emergências humanitárias na Europa em 2014, até ao momento.

Para muitos refugiados, o Mediterrâneo é a última fronteira para se conseguir segurança e proteção em território europeu. Por isso, as cifras de pessoas a tentar chegar por mar aos países do sul da Europa são tão elevadas e crescem de ano para ano. Em 2014, 97.800 refugiados e migrantes chegaram via marítima a Itália, comparado com 59.600 em 2013. Da mesma maneira, um total de

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11.300 refugiados e migrantes chegaram via marítima à Grécia, Malta e Espanha entre Janeiro a Junho de 2014.

Dentro destas cifras de refugiados e migrantes, uma parte significativa são crianças. Por exemplo, 14.000 crianças chegaram a Itália até final de Julho de 2014, das quais 8.600 estão separadas dos país e não acompanhadas por alguém que as tenha a seu cargo, segundo o Ministério do Interior da Itália. O ACNUR estima que 1.500 refugiados e migrantes morreram ou desapareceram enquanto tentavam atravessar o Mar Mediterrâneo em 2014 (comparado com os estimados 600 no 2013).

Por outro lado, o conflito na Ucrânia já produziu 139.170 deslocados internos, incluindo 14.138 da Crimeia e 125.032 da Ucrânia oriental. Entre 4 e 8 de agosto de 2014, teve lugar uma situação extrema com o número de deslocados internos a aumentar neste curto período de tempo para 21.000. O ACNUR teve de distribuir ajuda humanitária aos mais vulneráveis, deslocados internos e retornados.

A situação humanitária no LEste da Ucrânia está a piorar de dia para dia, e em algumas aldeias, 60% de todos os edifícios foram destruídos; com as infra-estruturas de electricidade danificadas, escassez de água e mantimentos.

Or Or Or

Oriiiiente Médioente Médioente Médioente Médio

Situações de emergência humanitária também são destacadas no Iraque, Líbia, Síria e oIémen.

A violência volta a ser um fator determinante no número de refugiados e deslocados contabilizados do Iraque. Um total de 91.245 refugiados iraquianos foram registados pelo ACNUR na região (incluindo 24.500 na Síria, 29.900 na Jordânia, 18.700 na Turquia, 6,900 no Egipto, 5,800 no Líbano, 3,400 no Irão e 2.000 nos GCC (países que constituem Gulf Cooperation Council).

Por outro lado, o número estimado de deslocados internos é de 1,2 milhões. De forma sumária, estima-se que 500.000 pessoas se tenham tornado deslocados internos como resultado da violência em Mosul em Junho de 2014. A 3 de Agosto, um massacre foi perpetrado na área da Montanha Sinjar, originado a deslocação de 200.000 pessoas. Estima-se que 1.000 pessoas/mês fugiram do Iraque, principalmente para a Turquia.

Como já referido neste capítulo, em 2014 o conflito sírio poderá fazer com que o número de refugiados bata um recorde de duas décadas. 2.92 milhões de

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refugiados registados: 1.1 milhão no Líbano; 815 mil na Turquia; 609 mil na Jordânia; 215 mil no Iraque; 138 mil no Egipto; 23 mil no norte de África. Alem disso, 10.8 milhões de Sírios apresentam necessidades dentro da Síria, 6.45 milhões dos quais são deslocados internos. Estima-se que 4.7 milhões de Sírios residam em áreas que são difíceis ou impossíveis de aceder pelos actores humanitários. Até agora, em 2014, o ACNUR tem fornecido CRIs (Core Relief Items - Bens de Assistência Essenciais) para mais de 2.77 milhões indivíduos na maioria das províncias do país.

Referências

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