Estudando Experimentalmente
Estudando Experimentalmente
Práticas Culturais, Metacontingências e
Práticas Culturais, Metacontingências e
Comportamento Verbal
Comportamento Verbal
Anisiano P. Alves Filho, Naiady M. Barros e Ivanessa S. Brito
Orientador: Angelo A. S. Sampaio
Universidade Federal do Vale do São Francisco Universidade Federal do Vale do São Francisco Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Petrolina 2010
Relação Comportamental
Relação Comportamental
Objeto de estudo da Psicologia (Tourinho,
2006)
Pessoa Mundo
Relação
funcional
◦
Método ideal de investigação:
experimento
Multideterminação
Relações Comportamentais
Relação Comportamental
Relação Comportamental
Principal unidade de análise:
contingência comportamental
Ex.:
Aumento ou diminuição
da probabilidade
4
Relação Comportamental Social
Relação Comportamental Social
Situação e/ou conseqüências
produzidos pelas
ações de outra(s) pessoa(s)
(Sampaio & Andery,
2010)
Ex.:
Unidade de análise:
Contingências
Comportamentais Entrelaçadas
Prática Cultural
Prática Cultural
Relações comportamentais
aprendidas
similares propagadas por sucessivos
indivíduos
(Glenn, 1991, 2003; Sampaio &
Andery, 2010)
Ex.:
Ela
“Joga bem”
Ele
“Joga bem”
Colega
“Joga bem”
Primo
“Joga bem”
Tempo
Fundamental para
complexidade
dos
repertórios humanos
8Prática Cultural
Prática Cultural
Meios de propagação:
◦
Modelagem
◦
Imitação/ Modelação
◦ Instrução/ Controle verbal
O que é propagado em uma prática cultural
pode ser mais complexo do que uma relação
comportamental
◦ Metacontingência
◦ Novo nível e nova unidade de análise
◦
Processo emergente do nível comportamental
Metacontingência (Glenn, 2004)
Metacontingência (Glenn, 2004)
Ex.: Jogo em grupo online (MMORPG)
Contingências Comportamentais Entrelaçadas (CCEs) Produto Agregado Conseq. Cultural 10
O Estudo de Práticas Culturais e
O Estudo de Práticas Culturais e
Metacontingências
Metacontingências
Inicialmente: caráter mais teórico ou interpretativo
Nos últimos anos: investigação empírica e experimental
Exs.:
◦ Jacobs e Campbell (1961); Baum e cols. (2004): estudam práticas culturais sem dialogar com conceito de metacontingência
Substituições consecutivas de membros de um pequeno grupo
◦ Vichi (2004): 1º estudo experimental sobre metacontingência
Consequência cultural seleciona CCE/produto agregado Não houve demonstração da persistência da metacontingência com
substituição
◦ Bullerjhann (2009), Caldas (2009) e Oda (2009): simplificam tarefa empregada, maior controle dos dados produzidos, substituição dos participantes
Mensuração detalhada de ações individuais e do produto agregado, com substituição
Fases distintas para consequências individuais e culturais
Problemas de Pesquisa
Problemas de Pesquisa
•
É possível produzir um
novo procedimento
experimental
que permita o estudo de práticas
culturais
e
metacontingências,
refinando
procedimentos anteriores?
•
Quais os efeitos:
•
das
substituições
sobre as CCEs mantidas pelas
metacontingências?
•
do
comportamento verbal (vocal)
e de
instruções
sobre as práticas culturais e metacontingências de um
grupo?
•
Como se dá a interação entre
diferentes CCEs
que
produzem
conseqüências
culturais
semelhantes?
12Método
Método
Participantes
◦
12 mulheres e 11 homens
◦
Estudantes da UNIVASF
◦
18-28 anos
◦
Aprovação no Comitê de Ética da PUC-SP e
assinatura do TCLE
Método
Método
Setting, Material, Equipamentos e
Procedimento
◦
Nos experimentos com substituição:
“Sala de espera” (antes da coleta)
Mesa, cadeiras, TCLE, revistas, TV, lanche
“Sala de questionamento e esclarecimentos” (após
coleta)
Mesa, cadeiras, questionários
14
Método
Método
Setting, Material e Equipamentos e Procedimento
◦ Em todos os experimento: “Sala de coleta”
E1 E4 E3 E2 PA PB PC 15 PA PB PC Pts Bns Pts Bns Pts Bns 20 900 20 700 20 800
Método
Método
Procedimento
◦
Condições experimentais
Consequências
individuais
para seleção de figura
com uma seta a menos
Consequências
culturais
para seleção de figura
com rotação
horária
(A)
Consequências
culturais
para seleção de figura
com rotação
anti-horária
(B)
Substituições
de Ps
Confederados
: instruções precisas prescritivas
16
FIGURAS UTILIZADAS
FIGURAS UTILIZADAS
PB
PA
PC
PB
PC
PA
Bônus Total A
Bônus Total B
Método
Método
Procedimento
◦
Critérios de mudança de fase
Pelo menos 19 tentativas e produção de
10
consequências consecutivas
Pelo menos 19 tentativas e em 10 tentativas,
produção de 8 conseqüências, com as 4
últimas consecutivas
Máxima de 40 tentativas
18 19 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 C C E s A cu m u la d a s R e sp o st a s A cu m u la d a s Tentativas Rs PA Rs PB Rs PC PA-PB PB-PC PA-PB-PCCONSEQUÊNCIASINDIVIDUAL ECULTURAL CONSEQUÊNCIAINDIVIDUAL
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Experimento 2:
sem substituição, com conversa,
1 min. por tentativa, novo critério de mudança de fase
20 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 1 4 7 1 0 1 3 1 6 1 9 2 2 2 5 2 8 3 1 3 4 3 7 4 0 4 3 4 6 4 9 5 2 5 5 5 8 6 1 6 4 6 7 7 0 7 3 7 6 7 9 8 2 8 5 8 8 9 1 9 4 9 7 1 0 0 1 0 3 1 0 6 1 0 9 1 1 2 1 1 5 C C E s A cu m u la d a s R e sp o st a s A cu m u la d a s Tentativas Rs PA Rs PB Rs PC PA-PB PB-PC PA-PB-PC
CONSEQUÊNCIASINDIVIDUAL ECULTURALA CONSEQUÊNCIA INDIVIDUAL CONSEQUÊNCIAS INDIVIDUAL ECULTURALB 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 C C Es A cu m u la d a s R e sp o st a s A cu m u la d as Rs PA Rs PB Rs PC PA-PB PB-PC PA-PB-PC CONSEQ. INDIVIDUAL CONSEQ. INDIVIDUAL ECULTURALA CONSEQ. INDIVIDUAL ECULTURALB CONSEQ. INDIVIDUAL ECULTURALA B
Resultados
Resultados
Experimento 3: com substituição, com conversa, 1 min. por tentativa, novo critério de mudança de fase,com confederados (instruções precisas prescritivas) Saída dos confederados Mudanças de fase por máx. de tentativas
24 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 1 6 1 1 1 6 2 1 2 6 3 1 3 6 4 1 4 6 5 1 5 6 6 1 6 6 7 1 7 6 8 1 8 6 9 1 9 6 1 0 1 1 0 6 1 1 1 1 1 6 1 2 1 1 2 6 1 3 1 1 3 6 1 4 1 1 4 6 1 5 1 1 5 6 1 6 1 1 6 6 1 7 1 1 7 6 1 8 1 1 8 6 1 9 1 1 9 6 2 0 1 2 0 6 C C E s A c u m u la d a s R e s p o s ta s A c u m u la d a s Tentativas Rs PA Rs PB Rs PC PA-PB PB-PC PA-PB-PC
CONSEQUÊNCIASINDIVIDUAL ECULTURALA CONSEQ.
INDIVIDUAL
Resultados
Resultados
Experimento 4: com substituição, com conversa, 1 min. por tentativa, novo critério de mudança de fase, mudança de fase por máx. de tentativa retirado Saída atrasada de P1
Discussão
Discussão
Contribuições metodológicas
◦
Procedimento permite muitas tentativas em
uma única sessão
Ex.: Exp. 4: cerca de 200 em 3h
◦
Registro e possibilidade de manipulação de Rs,
CCEs, consequências individuais e culturais
Dificuldades metodológicas
◦
Controle de detalhes do recrutamento
◦
Monotonia da tarefa
Discussão
Discussão
O que os resultados sugerem?
◦
Instalação, manutenção e modificação de
metacontingência e práticas culturais em
laboratório
◦
Importância do comportamento verbal para a
propagação cultural
◦
Consequências individuais e culturais não são
excludentes produção de ambas
◦
Novos participantes introduzem variabilidade
na cultura
26Discussão
Discussão
Possibilidades futuras:
◦
Informatização da tarefa
◦
Experimentos com várias sessões
◦
Comparar pontos Vs. pontos e dinheiro
◦
Confederados emitindo diversos tipos de
instruções
◦
Esquemas mais complexos de consequências
culturais
◦
Manipulação do comportamento verbal vocal
intra-microcultura
Referências
Referências
BAUM, W. M.; RICHERSON, P. J.; EFFERSON, C. M.; PACIOTTI, B. M. Cultural evolution in laboratory microsocieties including traditions of rule giving and rule following. Evolution and Human Behavior, v. 25, p. 305-326, 2004.
BULLERJHANN, P. B. Análogos experimentais de fenômenos sociais: o efeito das conseqüências culturais, 2009. 75 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009.
CALDAS, R. A. Análogos experimentais de seleção e extinção de
metacontingências. 2009. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental:Análise do Comportamento) – PUC-SP, São Paulo. 2009.
GLENN, S. S. Contingencies and metacontingencies: relations among behavioral, cultural, and biological evolution. Em: P. A. Lamal (ed.). Behavior analysis of societies and cultural practices. Nova Iorque: Hemisphere, 1991. p. 39-73.
GLENN, S. S. Operant contingencies and the origins of cultures. Em: Lattal, K. A. e Chase, P. N. (eds.) Behavior theory and philosophy. New York: Klewer Academic/Plenum, 2003, p. 223-242.
GLENN, S. S. Individual behavior, culture, and social change. The Behavior
Analyst, v. 27, n. 2, p. 133-151, 2004.
28
Referências
Referências
JACOBS, R. C.; CAMPBELL, D. T. The perpetuation of an arbitrary
tradition through several generations of a laboratory microculture. Journal of Abnormal and Social Psychology, v. 62, n. 3, p. 649-658, 1961.
ODA, L. V. Investigação das interações verbais em um análogo experimental de metacontingência. 2009. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento) – PUC-SP, São Paulo. 2009.
SAMPAIO, A. A. S.; ANDERY, M. A. P. A. Comportamento social, produção agregada e prática cultural: uma análise comportamental de fenômenos sociais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26 (1), 183-192, 2010.
TOURINHO, E. Z. Relações comportamentais como objeto da Psicologia: algumas implicações. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 10, n. 1, p. 1-8, 2006.
VICHI, C. Igualdade ou desigualdade em pequeno grupo: um análogo experimental de manipulação de uma prática cultural, 2004. 69 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2004.