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Aula 5 - Paleontologia - Forma e função dos fósseis

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Academic year: 2021

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Forma e função dos

fósseis

(2)

Forma e função e os graus de incerteza

O processo de reconstrução de um organismo do

passado tem níveis de incerteza

(3)

Inferência da forma dos fósseis

Pressuposto da forma fóssil

 A forma (aparência externa) de qualquer organismo é modelada pela evolução

 A variação na forma pode ser selecionada, favorecendo aquelas formas que tornam o portador mais adaptado ao ambiente em que ele vive

A seleção sexual também seleciona as variações na forma que de algum modo influenciam na interação entre parceiros sexuais

(4)

Inferência da forma dos fósseis

(5)

Importância da inferência da forma do fóssil

Existem três razões básicas para os paleontólogos

procurarem inferir a forma dos fósseis

 É a única evidência para se identificar espécies fósseis e inferir as suas relações filogenéticas

 A forma nos fornece evidências do comportamento e aspectos ecológicos

 Fornece evidências das mudanças das características ao longo do tempo evolutivo

(6)

Identificação de espécies fósseis

As espécies fósseis são definidas baseadas em sua

forma, utilizando o conceito morfológico de

espécie

 Todos os membros de uma espécie apresentam médias similares da medida de determinadas características

 As variações são quantificadas estatisticamente e devem ficar dentro de um limite

 A aplicação do conceito morfológico de espécie para os fósseis apresentam muitos problemas

(7)

Problemas com a identificação de espécies fósseis

Os fósseis representam amostras de uma linhagem

em evolução

 Quanto maior as lacunas, mais difícil se torna definir onde começa uma nova espécie e onde termina outra

 Utiliza-se dividir as espécies arbitrariamente, formando as cronoespécies

(8)

Problemas com a identificação de espécies fósseis

(9)

Problemas com a identificação de espécies fósseis

Espécies podem ser diferentes no padrão de

coloração, cheiro ou canto

(Nenhuma destas características são preservadas num fóssil)

As espécies podem apresentar grande dimorfismo

sexual

(10)

Problemas com a identificação de espécies fósseis

Uma única espécie pode apresentar diferentes

formas

 Não existe forma de verificar o isolamento reprodutivo de formas parecidas

 As várias populações de uma espécie acumulam diferenças físicas (variação geográfica)

 Estas modificações podem ser apenas fenotípicas em função de uma adaptação individual local (variações

(11)

Problemas com a identificação de espécies fósseis

As espécies geralmente modificam sua forma

durante o seu ciclo de vida

Algumas espécies apresentam estágios larvais

muito diferentes dos estágios adultos

(12)

Forma x desenvolvimento

Os organismos ao se desenvolverem eles geralmente

aumentam as suas dimensões

 A identificação de indivíduos jovens e adultos em espécies fósseis para por medições de características chave

 Algumas medidas tendem a crescer em proporção com as medidas totais com o decorrer do desenvolvimento

(os chifres dos cervídeos)

 Outras características tendem a diminuir em proporção com as medidas totais

(13)

Alometria e isometria

Características que não alteram suas proporções

são chamadas isométricas

Características que alteram suas proporções

durante o desenvolvimento são chamadas

alométricas

 Se as medidas aumentam mais do que a média geral dizemos que apresenta alometria positiva

 Se as medidas decrescem em relação à média dizemos que apresenta alometria negativa

(14)

Alometria

A alometria se baseia no princípio das proporções

Princípio das proporções biológicas

 Quando duas estruturas estão relacionadas, mudanças no tamanho de uma, estão associadas à mudanças no

(15)

Forma x desenvolvimento

As etapas do desenvolvimento seguem

leis?

Lei da ontogenia de Von Baer (1828)

 Embriologista russo

 Postulou que características gerais aparecem primeiro na ontogenia e características específicas surgem

depois

 Ex: Vertebrados:

 Cabeça e cauda surgem primeiro no embrião de todos os vertebrados

 Nadadeiras e membros surgem depois

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Forma x desenvolvimento

Lei biogenética de Ernst Haeckel (1866)

 “A ontogenia recapitula a filogenia”

 Afirmava que a sequencia de eventos

embrionários representava a história evolutiva da espécie

 A presença de fendas branquiais no embrião do homem indicaria um ancestral peixe

 A presença posterior de cauda no embrião

(17)

Forma x desenvolvimento

Visão contemporânea: Evo-devo

 Recentemente esta claro que os padrões ontogenéticos evoluem

O número de eventos desenvolvimentais e momento em que eles ocorrem têm se alterado ao longo do tempo evolutivo

 Estas mudanças no número (taxa) e momento das mudanças do padrão de desenvolvimento são chamadas de

(18)

Heterocronia

As mudanças heterocrônicas podem ser de 2 tipos:

Pedomorfose

O adulto é formado em um plano desenvolvimental para um corpo juvenil

Peramorfose

O adulto é formado num plano desenvolvimental posterior ao normal

E estas mudanças ocorrem por 3 meios:

 Mudanças nos pontos de ínicio do crescimento

 Mudanças no ponto de estabelecimento de maduridade sexual

(19)

Heterocronia

(20)

Heterocronia

Exemplos de heterocronia no registro fóssil

(21)

Forma x filogenia

Espécies proximamente relacionadas compartilham

muitos aspectos com relação a sua forma

 As diferenças apresentadas entre o membros de um

clado num espaço de medidas (parâmetros) é chamado de morfoespaço

 Os limites do morfoespaço são definidos por três fatores

 Muitas mudanças podem tornar o organismo inviável

 Muitas mudanças não ocorrem pela aleatoriedade da processo evolutivo

(22)

A amplitude do morfoespaço (variação morfológica)

é chamada de disparidade

A disparidade ela pode ser avaliada sob dois

aspectos:

1. Dentro de um determinado clado num dado momento

2. Dentro do clado ao longo da história do clado

 Geralmente quando novos nichos são abertos para um clado, a disparidade aumenta

 A disparidade tende a correlacionar com a diversidade de espécies dentro de um clado

(23)

Inferindo função a partir dos fósseis

 Inferir a função de formas fósseis abrange o terceiro nível de incerteza

 Entretanto ela envolve princípios lógicos que conferem alguma confiabilidade para as interpretações

 O pressuposto inicial é que as estruturas estão adaptadas para desempenhar alguma função

 A inferência da função envolve 3 tipos de abordagens

 Comparações com formas análogas modernas

 Modelagem biomecânica (movimentos)

(24)

Inferindo função a partir dos fósseis

 O primeiro passo é ter a melhor interpretação possível da morfologia das estruturas

 Depois podemos comparar com estruturas similares de organismos modernos

 Dois tipos de estruturas podem ser utilizadas

Estruturas de relacionados filogenéticos (análogos filogenéticos)

Estruturas relacionadas apenas funcionalmente (análogos

(25)

Inferindo função a partir dos fósseis

Inferências baseadas em puro bom senso também

são utilizadas

 Dentes de carnívoros são afiados e de herbívoros são planos

 Árvores grandes tem bases mais amplas e raízes mais profundas

 Animais pequenos e vulneráveis devem se camuflar

 Animais em forma de torpedo são bons nadadores

 Animais de passadas mais largas tendem a ser corredores eficientes

(26)

Inferindo função a partir dos fósseis

Os modelos biomecânicos são

bastante realistas

 Eles se baseiam nas leis da biofísica

 Princípios das alavancas

 Modelos de resistência de materiais

 Mais utilizada para inferir a

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Inferindo função a partir dos fósseis

As evidências circunstanciais são geralmente de três

tipos:

1. Evidências de rochas sedimentares

Os tipos de rochas sedimentares nos informam em que tipo de ambiente o fóssil viveu

2. Fósseis associados

Os fósseis encontrados em associação com o fóssil em estudo nos dão ideia sobre o modo de vida do organismo e sua posição na cadeia alimentar

3. Traços fósseis associados

Os traços fósseis quando acuradamente atribuído a um autor pode dar ideia sobre a dieta, tamanho e modo de vida

Referências

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