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RN Econômico - Dezembro de 1969

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Academic year: 2021

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GUIA TURÍSTICO

Natal é u m a cidade se:ri guia turístico. F a l a - s e tijuco e m turismo m a s a Prefeitu-ra há alguns a n o s passados n ã o quis imprimir um rotei-ro turístico idêntico ao ao Rio e S ã o Paulo por conside-ra-lo modesto (página 4). CONTRA O TURISMO

Turismo não é solução eco nómica para Natal. E a opi-nião do e c o n o m i s t a Jomar Alecrim que a f i r m a não ter a cidade suporte econômico e n e m atrativos turísticos para fazer desta atividade sua principal f o n t e de i ? l i -da (página 8).

MERCADO DE ARTE O mercado de arte em Na tal é m u i t o reduzido. K á m a i s artistas que comprado-res. A p e n a s Dorian G r a y e Newton Navarro t ê m n o m e f i r m a d o e v e n d e m c o m a l g u -ma regularidade. M e s m o as-s i m n ã o conas-seguem viver cia arte ( p á g i n a 11).

ÊXODO RURAL

U m c a m i n h ã o mineiro transporta carga diferente para o Sul do País: h o m e n s para se empregarem e m fa-zendas o n d e o regime é ds semi-escravidão. O problema já deu a t é em intervenção da Polícia Federal. Agora o s ca m i n h õ e s estão de volta c o n -t i n u a n d o suas a-tividades, (pá g i n a 6).

COFERN SERA BANCO

A Cofern está sendo transformada e m B a n c o de D e -senvolvimento Econômico. O economista Hênio Melo, P r e -sidente do órgão deseirvolvi-m e n t i s t a e colaborador de R N E c o n ô m i c o escreve m a t é -ria exclusiva d a n d o a s razões

,a transformação (pág. 12).

Cascudo passeia pelo Potengi falando

de Natal para congressistas de Turismo

Trezentas embarcações navegando pelo P o tengi. E m uma delas, um h o m e m grisalho, c h a -péu à cabeça, charuto na boca, conta a h i s t ó n a

de Natal n u m relato sério mas bem divertido, cheio de fatos pitorescos.

Isso vai acontecer domingo pela m a n h ã , d>a 7, e o h o m e m bem falante, de português

cor-reto, é o mestre Cascudo ou "o provinciano", como êle prefere ser chamado.

Na mesma tarde de domingo, 200 carros com alegorias desfilarão pelas ruas da cidade. É o II Congresso Interestadual de Turismo.

Mas, a n t e s disso, todo u m vasto programa foi cumprido acreditando-se qute, e m decoirôii-cia das análises 'feitas, muitos progressos, e m termos turísticos, se f a ç a m notar para c s Es-tados participantes da P r r m c ç ã o da Embratur.

Treze tópicos — O ternário que é debatido sob forma analítica pelos delegados está divi-dido em treze tópicos — quatro sobre legisla-ção turística, três sôbre ordenalegisla-ção turística e seis sôbre promoções — sendo considerado de grande importância pelos participantes o

alar-g a m e n t o da f a i x a dos incentivos fiscais e a adequação do P l a n o Nacional de Turismo aos planos regionais, e s t a d u a i s e municipais. Outro ponto considerado de grande relevância, princi-palmente para cidades como Natal, que só ago ra c o m e ç a m a abrir os o l h o s às suas potencial-;

dades turísticas, concerne a o s m e i o s de liaspe. dagem — carentes n a Capital do Estado — apén cias d e viagens, serviços de informação e S3<£U-rança pessoal do turista. Outro ponto de re-uce são as "facilidades para a prática do turismo-crediários, tarifas especiais nos meios de *rari s-porte, tarifas fora de temporada nos meios de hospedagem".

Q u s m c o m p r o u , e m 1965, cem ações do

Banco do Rio tiraiide do íorle V

p o s s u i h o j e 1.260, sem contar com os dividendos recebidos até j u n n o último, n o m o n t a n t e de NCr$ 619,20.

P o r ai, você deduz claramente como é

seguro e lucrativo a d q u i r i r ações d o BANDERN. E q u a n d o você c o m p r a r t a m b é m a s s u a s ações n ã o se preocupe com os lucros que terá. Pense n o s benefícios que o seu dinheiro investido e m ações p r o p o r c i o n a r á ao E s t a d o .

O BANDERN a u m e n t a agora o seu capital de NCr$ 1.700.000,00 p a r a 3 milhões de cruzeiros novos.

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MERCADO DE AUTOMÓVEIS

PRAÇA DE NATAL 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 Volkswagen .. 4. 100 4.400 4.600 5.500 5.900 6.500 7.500 8. 100 9. .100 Aero-Willys . 2. 600 2.900 3.900 4.600 6.100 7.600 9.100 11 .100 13. .100 Itamaraty — — — — — — 9.600 11, .600 14 .100 100 1.400 1.600 2.300 — — — — — — Gordini — — 2.600 2.900 3.600 3.900 4.600 5. 600 6. .100 Jeep . 2. 500 2.800 2.700 3.600 4.100 4.400 4.900 5. 800 6 .600 Rural Willys 700 3.100 3.600 4.100 4.900 5.400 6.400 7. 600 8. ,100 Galaxie — — — — — — — 15. .100 18 .100 Pick-up Willys 2.900 3.400 3.900 4.400 4.900 5.900 6. ,900 8 .100 Pick-up Ford 600 3.100 3.600 4.100 4.600 6.100 7.300 7'. 600 10. 100 Volkswagen Kombi . 2. 600 2.900 3.500 3.900 4.600 5.600 6.600 7. 900 8. .900 Karman G h i a — — — 5.600 6.100 7.100 9.100 10. 100 10. 900 J K ou FNM 2.000 — — — 5.600 7.100 8.300 9.100 13.. 100 12. 900 DKW-VEMAG (Belcar) . . . 2. 800 2.600 3.100 3.700 4.500 5.700 6.700 8 ,100 — — 200 2.700 3.100 3.600 4.000 4.600 5.600 7. 100 — — Simca 100 3.7T)0 4.700 5.100 5.600 7.100 8.100 9. 100 — — Regente — — — — — — — 11, .100 14 .100 Esplanada — — — — — — — 13, .100 16. .100 Pick-up Chevrolet , 3. 100 3.500 4.000 5.600 6.200 7.400 7.900 10. 300 12. 600 — OBS. — A tabela acima de carros nacionais u s a d o s , poderá sofrer algumas alterações, de

conformi-dade com o estado do veículo.

P I M I / l U T f l — A melhor maneira de você comprar seu carro pagando em prestações a começar de m U / l U l U NCr$ 72,00 — Informações e Vendas: Galeria do Edifício Sisal, Loja 7, Fones 1305 e 1318

ORIENTAÇÃO Senhores Diretores

Agradecendo-ihes a remessa do nú-mero dois da revista quinzenal RN-Econôinico, apraz-m* felicitá-los pela feliz iniciativa da dotarem o n o s -so Estado de um 6t%&9 especializado e m assuntos econômicos e Je. o i i e n t a -ção empresaria^ felicitar.do-os ain-da pela boa feição gráfica.

Com meus votos dos m a t a i s suces-sos, f i r m o - m e atenciosamente.

João Figueiredo de Souza

Superintendente Regional do Instituto Nacional de Previdên-cia SoPrevidên-cial

ÊXITO

Senhores Diretores:

Acusamos o recebimento do e x e m -lar n. 2 da revista RN-Econòmico, que essa Editora lançou ao público 110 mês e m curso.

Agradecendo a distinção da ofer-ta, somamos aos demais nossos dese-jos de êxito ao empreendimento leva-do a efeito sob os auspícios dessa ilus tre- direção.

Apresento no ensejo, cordiais sau-dações.

B i c h a r e i Bianor Medeiros Presidente do Instituto de Pre-vidência dos Servidores do Es-tado

ESTADO RECLAMAVA

Não apenas o registro, mas a palpi-tação dos fatos ligados ao esforço co-mum visando o progresso econômico e social do Estado, vinha reclamando a ação de um órgão de imprensa vol-tado para os empreendimentos que caracterizam o arrojo do homem nor-te-riogr&ndense.

RN-Ecoiiôinico veio preencher essa falta na imprensa local, e o esforço e a competência da jovem equipe dilig e n t e estão comprovadas pelas m a t é -rias publicadas e pelo aspecto gráfico dessa publicação quinzenal .

Everaldo Gomes Porciúncula Diretor da Sucursal do Jornal do Commercio FINALMENTE

Tomando conhecimento da circula-ção do n,° 1 desta, foi-nos grand«; a satisfação e m saber que no Rio Gran-de do Norte, finalmente, se unem profissionais liberais, na tentativa de envidar esforço para promoção de nos-sos setores econômicos.

Nessa afirmação de ressonância dos esforços de integração potiguar subs-crevemos a "solicitação de assinatu-ra", para que possamos emprestar ao RN-Econômico a sua grande fôrça-de-leitura.

Pe. Américo Simonettí Diretor da Emissora de Educa-ção Rural — Mossoró — R N

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Kn Ma Uuinzenal - 3 - 1 a 15 [ile dezembro

Senhor

Empresário

Alguns técnicos v e r i f i c a r a m q u e N a t a l p o d e r á ser u m c e n t r o t u r í s t i c o regional, p o r ser, n o N o r d e s t e , u m a d a s pou-cas cidades d o t a d a s de i n f r a e s t r u t u r a p a r a o t u r i s m o : pos-sui b o n s hotéis, vida n o t u r n a n o s f i n s de s e m a n a , b o n s clu-bes, paisagens, p r a i a s e sol. N o m o m e n t o e m q u e se r e ú n e m e m N a t a l a u t o r i d a d e s de t o d o o país p a r a d i s c u t i r s ô b r e tu-r i s m o , e m u m Congtu-resso de â m b i t o nacional, o a s s u n t o de r e p e n t e volta de nôvo a d e s p e r t a r a s atenções. E n q u a n t o o e n t u s i a s m o de m u i t o s pela solução t u r í s t i c a a u m e n t o u , ou-t r o s c o n ou-t i n u a m s e m a c r e d i ou-t a r q u e N a ou-t a l e n c o n ou-t r e n o ou- turis-m o u turis-m a f o n t e de r e n d a . N ê s t e n ú turis-m e r o , o u v i turis-m o s opiniões de t o d a s as c o r r e n t e s e m o s t r a m o s conclusões i n t e r e s s a n t e s sô-b r e o q u e p o d e r e p r e s e n t a r o t u r i s m o p a r a a cidade. O p r ó x i m o n ú m e r o d o RN-Econômico a b o r d a r á o tra-b a l h o d a S u d e n e n o Rio G r a n d e d o N o r t e . A 15 d o c o r r e n t e , o ó r g ã o de d e s e n v o l v i m e n t o d o N o r d e s t e c o m e m o r a o seu d é c i m o a n i v e r s á r i o de criação Nesse p e r í o d o , a e c o n o m i a d a região foi revolucionada. A i n d ú s t r i a invadiu os E s t a d o s . E o Rio G r a n d e d o N o r t e , e m b o r a n ã o s e j a u m d o s E s t a d o s m a i s b e n e f i c i a d o s pela Sudene, m u i t o deve ao órgão.

Marcelo F e r n a n d e s M a r c o s Aurélio de Sá D i r e t o r e s D i r e t o r e s Marcelo F e r n a n d e s M a r c o s Aurélio de Sá E d i t o r Geral Antônio Melo R e d a t o r e s Albimar F u r t a d o Alcimar de Almeida Djair D a n t a s C o l a b o r a d o r e s A d e m a r de M e d e i r o s N e t t o Benivaldo Azevedo E i d e r F u r t a d o F r a n c i s c o Canindé Queiroz Geraldo J o s é de Melo H ê n i o Melo H e y d e r M o u r a J o ã o B a t i s t a C a s c u d o R o d r i g u e s J o ã o Wilson M e n d e s Melo J o m a r Alecrim L e o n a r d o B e z e r r a Mário Moacyr P ô r t o Ney Lopes de Souza O t t o de B r i t o G u e r r a Reginaldo Teófilo Severino de B r i t o Publicidade F r a n c i s c o E l i a s Rossini F e r r a z Arte Antônio Lopes

RN-Econômico, revista especializada e m a s s u n t o s econômicos, financei-r o s e políticos, é d e p financei-r o p financei-r i e d a d e d a E d i t o r a R N - E c o n ô m i c o Ltda. — R u a S e r i d ó , 426, 19 a n d a r , N a t a l ( R N > — e i m p r e s s a n a Gráfica Ma-n i m b ú — R u a Açu, 666, Natal, R N . — P r e ç o d o e x e m p l a r : NCr$ 1,00. P r e ç o d a A s s i n a t u r a S e m e s t r a l : NCrS 15,00. 3 R N - E C O N Ô M I C O

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L. A. Medeiros

s a ú d a os participantes do I I Congresso Nacional d e T u r i s m o e faz votos d e que as decisões finais do conclave c o n t r i b u a m p a r a o incremento da atividade turística e m n o s s a t e r r a .

L. A. Medeiros

Motores à gasolina, à óleo diesel e elétricos.

F o r r a g e i r a s de t o d o s os tipos. Moto-bombas e geradores. Completa secção d e peças p a r a m o t o r e s industriais.

R u a Chile, 152 - Fone 1610 - Natal

Saravá

R e s t a u r a n t e e Piano-Bar Música de W a l d e m a r E r n e s t o Jundiaí 733

Lojas Paulisla

Cidade-Alta e Alecrim ONDE TODOS COMPRAM

S o r t i m e n t o e P r e ç o s de f i m de ano

Natal, cidade sem pia

Natal possui u m guia turís-tico tão completo e inteligen-t e m e n inteligen-t e elaborado que a Se-rete ( u m dos maiores escri-tórios de p l a n e j a m e n t o do país) q u a n d o foi encarregada de t r a ç a r o Plano Diretor da cidade adquiriu u m a cópia dês-se guia, a f i m de poder con-t a r c o m u m levancon-tamencon-to atualizado da capital p o r onde tivesse condições d e se orien-tar n o seu trabalho. Mas, dês-se guia só existe u m a cópia. Ela está n a s m ã o s do snr. Cid Craveiro Costa, diretor do Ins-tituto Brasileiro de G e o g r i f i a e Estatística, h o m e m que diri-giu a equipe de p e s q u i s a d o r e s n a t a r e f a de confeccionar o

ro-teiro turístico, isto n o s mea-d o s mea-de 1966.

Naquela época, a P r e f e i t u r a Municipal de Natal interessou-se pelo guia, e p r e t e n d e u pu-blicá-lo; p o r é m , desejava fa-zer isto de u m a f o r m a t ã o es-travagante q u e somente as p l a n t a s dos diversos b a i r r o s c u s t a r i a m p a r a serem impres-s a impres-s a impres-s o m a d e NCr$ 34 mil. O r ç a m e n t o t ã o elevado colocou e m "banho-maria" a idéia de i m p r i m i r o guia turístico.

Mania de grandeza — O guia turístico da cidade está h o j e arquivado n a s prateleiras d a s estantes do IBGE, servindo apenas — e de m a n e i r a ines-timável — no serviço de recen-seamento do Rio G r a n d e do Norte, que j á está e m pieua execução. A sua finalidade, en-tretanto, e r a o u t r a .

Quando o snr. Cid Craveiro da Costa a p r e s e n t o u o seu t r a b a l h o ao então p r e f e i t o Ag-nelo Alves, n ã o chegou a inte-ressá-lo muito. Foi o então vi-ce-prefeito E r n â n i Silveira q u e m se e n t u s i a s m o u pelo guia turístico, e lutou pela sua

pu-blicação. O snr. Agnelo Alves considerou o guia m u i t o mo-desto .Sugeriu, então, a colo-cação do b r a s ã o da cidade n a capa do trabalho, as p l a n t a s dos b a i r r o s e m diversas

CJIG-rações, e o u t r o s detalhes que r e p r e s e n t a r i a m , sem dúvida, u m aspecto m u i t o mais

re-quintado p a r a o guia, p o r e m m u i t o m a i s dispendioso, f o r a m e s m o d a s possibilidade^ do erário n a época. O guia turís-tico de Natal iria ser talvez o mais caro do Brasil.

O snr. Cid Craveiro d a Cus-t a defendia a Cus-tese de que o guia n ã o precisava d e luxo. Argumentou, inclusive, que t a n t o o Rio de Janeiro como São Paulo, cidades incompa-ravelmente m a i o r e s e m a i s ri-cas, contavam c o m guias tu-rísticos i m p r e s s o s n o estilo a l m e j a d o p a r a o de Natal. As discussões n ã o chegaram a t e r m o e a cidade ficou sem guia.

Esquecimento — Verifican-do que o p r e f e i t o estava "vo-ando alto demais", o snr. Cid Craveiro da Costa p r e í e r i u g u a r d a r seu trabalho, que exi-giu meses de p e s q u i s a s e mui-to investimenmui-to. Decidiu espe-r a espe-r que o pespe-refeito o chamasse algum dia, o que n ã o aconte-ceu até hoje.

O que é u m guia — U m guia turístico e n c e r r a t ô d a s as in-f o r m a ç õ e s que u m visitante deseja sôbre a cidade. Nêle se e n c o n t r a desde o histórico ao pitoresco d a terra. H á tam-b é m p l a n t a s dos tam-b a i r r o s com os n o m e s de t ô d a s as ruas, lo-cais p o r onde t r a f e g a m os ôni-bus, e onde apanha-los, os' pon-tos de taxis, etc. Dados reiati-vos à população, aos logradou-r o s que vale a p e n a flogradou-requen- frequen-tar, aos hotéis, teatros, cine-mas, repartições públicas, lo-calização de r e s t a u r a n t e s , clu-bes e m u i t o s o u t r o s detalhes i m p o r t a n t e s .

A vez do E r n â n i — O prefei-to E r n â n i Silveira, n a época a pessoa mais interessada pelo guia, t e m agora t ô d a s as con-dições de concretizar a s u a pu-blicação. Principalmente quan-do a cidade começa a ter pre-tensões de c e n t r o turístico.

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N a t a l só t e m u m c a m i n h o p a r a atingir u m gra-dativo desenvolvimento econômico: desenvolver o seu s e t o r de serviços, isto é, a u m e n t a r de m o d o sis-t e m á sis-t i c o a s possibilidades de sis-t r a b a l h o p a r a a sua

p o p u l a ç ã o .

D e c l a r a m os e c o n o m i s t a s q u e a e c o n o m i a nata-lense gira e m t ô r n o d a s organizações m i l i t a r e s ins-t a l a d a s n a cidade e d a s a d m i n i s ins-t r a ç õ e s e s ins-t a d u a l e municipal. S e m elas, a c i d a d e se e s t a g n a r i a , p o i s o m u n i c í p i o n ã o p o s s u i r e c u r s o s n a t u r a i s q u e p o s s a m ser e x p l o r a d o s , n ã o p o s s u i a g r i c u l t u r a n e m p e c u á -ria, e n ã o t e m i n d ú s t r i a .

E' difícil mas Natal

pode ter no turismo

a solução econômica

As soluções do t u r i s m o — O P l a n o D i r e t o r d e Natal, elabo-r a d o h á alguns a n o s p o elabo-r u m g r a n d e e s c r i t ó r i o d e planeja-m e n t o , viu e x a t a planeja-m e n t e a solu-ção d e s c r i t a a c i m a p a r a a ci-d a ci-d e : e x p l o r a r o s e t o r ci-de ser-viços. P r e o c u p a n d o - s e e m en-c a r a r a a d m i n i s t r a ç ã o muni-cipal n u m s e n t i d o o m a i s am-plo possível, o P l a n o D i r e t o r fêz u m a análise de t o d o s os a s p e c t o s sociais, económicos, c u l t u r a i s e u r b a n í s t i c o s d a ci-dade. E m seguida, t r a ç o u u m a n o r m a a d m i n i s t r a t i v a q u e n ã o p r e v i a soluções de p e q u e n o s p r o b l e m a s d e b a i r r o s , m a s so-luções p a r a o c o n t e x t o geral, a s e r e m c o l o c a d a s e m p r á t i c a u n i f o r m e m e n t e . O m a i s im-p o r t a n t e é q u e o P l a n o Dire-t o r d e f i n i u u m a vocação p a r a Natal: o t u r i s m o , n u m a esca-la regional. C o n s i d e r a r a m os técnicos d a Serete ( e s c r i t ó r i o q u e fêz o p l a n o ) q u e a s soluções advin-d a s advin-d o t u r i s m o n ã o s e r i a m a s ideais, n e m a c u r t o n e m a mé-dio prazo, p o i s s e o fluxo tu-rístico nacional é reduzido, c o m o se p o d e r i a p e n s a r e m r e d i m i r u m a c i d a d e d o Nor-d e s t e c o m o t u r i s m o ? E n t ã o , c o n c l u í r a m pela seguinte fór-m u l a : N a t a l p a s s a r á a a t r a i r os t u r i s t a s d a região, particu-l a r m e n t e os d e Recife, p a r a a seguir t e n t a r c o n q u i s t a r o s tu-r i s t a s d o Sul. P a tu-r a e x e c u t a tu-r e s s a política, a c i d a d e p o s s u i u m a série de condições: t e m b o a r e d e de hotéis, excelentes p r a i a s , vida n o t u r n a n o s f i n s de s e m a n a , a l g u n s m o n u m e n -t o s h i s -t ó r i c o s e, principalmen-te, u m c l i m a convidativo e u m a j u v e n t u d e s e m preconcei-tos. E c o m o o u t r a s c i d a d e s d a região n ã o d i s p õ e m d a s con-dições acima, N a t a l q u a s e n ã o t e r i a c o n c o r r ê n c i a n u m pro-g r a m a sério de f o m e n t o a o tu-r i s m o tu-regional. O q u e diz o p r e f e i t o — O p r e f e i t o E r n â n i Silveira se m o s t r a indeciso e m l a n ç a r u m a ofensiva n o c a m p o d o tu-r i s m o e n ã o p a tu-r e c e e s t a tu-r n o s seus p l a n o s p r o m o v e r e m sen-tido d i r e t o u m a c a m p a n h a q u e a t r a i a os t u r i s t a s d a região a Natal. Êle a c r e d i t a q u e o tu-r i s m o a j u d a tu-r á ao desenvolvi-m e n t o e c o n ô desenvolvi-m i c o d o desenvolvi- municí-pio, m a s n ã o de u m a m a n e i r a c o n c r e t a c o m o o c o m é r c i o e a i n d ú s t r i a . P o r t a n t o , a c h a q u e os e s f o r ç o s d a a d m i n i s t r a ç ã o se devem voltar principalmen-te p a r a o f o m e n t o i n d u s t r i a l . O t u r i s m o é coisa s e c u n d á r i a . E n t r e t a n t o , o s n r . E r n â n i Silveira e s t á d i s p o s t o a reali-zar u m a série de o b r a s q u e vão e m b e l e z a r a cidade. Afir-m o u êle: " f a r e i d o t r e c h o q u e vai d a p r a i a de Areia P r e t a à p r a i a d o F o r t e u m a s e g u n d a Boa Viagem". E j á determi-n o u o idetermi-nício d a s o b r a s de re-c u p e r a ç ã o d a p r a ç a d a Janga-d a e Janga-d a b a l a u s t r a Janga-d a Janga-d a r u a Ge-túlio Vargas. D e n t r o d o s pró-x i m o s dez dias, f a r á concor-rência p ú b l i c a p a r a a s o b r a s de r e s t a u r a ç ã o d a s p r a i a s . Ao lado d a s o b r a s d e embe-lezamento, o P r e f e i t o t a m b é m d e t e r m i n a r á d e n t r o de algu-m a s s e algu-m a n a s o a l a r g a algu-m e n t o d a avenida S a l g a d o Filho, p r i n cipal e n t r a d a de Natal, n o tre-cho q u e vai d a f á b r i c a Guara-r a p e s a t é o c o n j u n t o Guara- residen-cial d o Ipase, n a Potilândia.

N o q u e se r e f e r e a o incre-m e n t o d o t u r i s incre-m o , disse o s n r . E r n â n i Silveira q u e vai espe-r a espe-r a s decisões d o I I Congespe-res- Congres-so Nacional de T u r i s m o , p a r a e n t ã o agir. Coisas p a r a o t u r i s t a ver — Q u e m vier a N a t a l n ã o t e r á m u i t o o q u e ver. A c i d a d e n ã o é histórica, n ã o é i n c o m u m , n ã o p o s s u i p a t r i m ô n i o artísti-co n e m c u l t u r a l (excessão pa-r a C â m a pa-r a C a s c u d o ) , n ã o ppa-ro- pro-p o r c i o n a g r a n d e c o n f o r t o , etc. S ã o p o u c a s a s coisas q u e se t e m p a r a ver n a cidade: o For-te d o s Reis Magos, o m u s e u d o S o b r a d i n h o , o pôr-de-sol n a P e d r a d o R o s á r i o , a p r a i a de P o n t a Negra, o América Fute-bol Clube ( o m a i o r investi-m e n t o p r i v a d o do Rio G r a n d e

üo N o r t e ) , a c o l u n a

Capitoli-na, o f a r o l de Mãe Luíza, o I n s t i t u t o d e Antropologia e a Bar-r e i Bar-r a d o I n f e Bar-r n o O c r o n i s t a social P a u l o Ma-cedo c e r t a vez, f a z e n d o u m a p a l e s t r a s ô b r e t u r i s m o p a r a os v e r e a d o r e s n a t a l e n s e s , dis-se q u e a B a r r e i r a d o I n f e r n o s e r i a u m a d a s m a i o r e s atra-ções t u r í s t i c a s d e Natal, m a s q u e e s t a v a p r e s t e s a ser trans-f e r i d a d a q u i p a r a o u t r a p a r t e d o Brasil. N ã o se s a b e c o m q u e b a s e êle fêz a declaração, m a s o f a t o é q u e o c a m p o de l a n ç a m e n t o d e f o g u e t e s n ã o s a i r á d e o n d e está. E s s a afir-m a ç ã o é d o coronel J o s é Pes-soa, c o m a n d a n t e d a base, q u e a s s i m se expressa, f a l a n d o d a B a r r e i r a d o I n f e r n o c o m o p o n t o turístico: " e m 1969, a b a s e recebeu c ê r c a de t r e z e n t o s vi-sitantes, e n t r e a u t o r i d a d e s ci-vis e militares, n ú m e r o b e m s u p e r i o r ao d o s a n o s anterio-res. É possível q u e n o próxim o a n o r e c e b a próxim o s próxim a i o r n u -m e r o d e visitantes, -m a s n ã o é possível t r a n s f o r m a r a Barrei-r a d o I n f e Barrei-r n o e m p o n t o tuBarrei-rís- turís-tico, p o i s a n t e s de t u d o ela é u m a organização m i l i t a r e n ã o p o d e r i a f i c a r a b e r t a à visita-ção p ú b l i c a " . .^'J-ECOÍMGMICO

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Pau-de-arara carrega

gente do Estado para

o cativeiro em Goiás

— Quem quer ir trabalhar e m Goi-ás? A gente tem emprêgo garantido para quem quiser viajar. O c a m i n h ã o vai embora daqui a meia hora.

Foi assim que falou o motorista de um caminhão pau-de-arara, com pla-ca de Ituiutaba (cidade do interior de Minas Gerais), ao chegar na cida-de cida-de Lagoa cida-de Velhos (há 100 qui-lômetros de N a t a l ) , nos primeiros dias do último m ê s de novembro. Em menos de meia hora o motorista, com mais u m comparsa, convenceram a 11 h o m e n s de que êles deviam viajar para Goiás "terra onde tem fartura e se ganha dinheiro". Alguns desses homens empreenderam a viagem sem mesmo se despedir da família. Outros, apressadamente, arrumaram suas b a -gagens e m malas velhas, pediram a

bênção aos pais e foram no p a u d e -arara.

O preço da passagem — Avisou o motorista do caminhão aos seus p a s -sageiros que a passagem até Goiás custaria 80 cruzeiros novos. Porém, o pagamento só precisava ser efetuado depois que êles chegassem ao destino e estivessem devidamente emprega-dos. Além de tudo, o dinheiro para a manutenção de cada u m durante a viagem seria emprestado para ser, também, pago depois. Cada um rece-beria 2 cruzeiros novos para as suas despesas diárias.

Essas facilidades encorajaram mui-tos jovens de Lagoa de Velhos. Mas, como o c a m i n h ã o só podia transpor-tar 11 — pois havia gente de outros municípios — ficou acertado que no

início de dezembro, entre os dias 10 e 15, o caminhão voltará àquela

cida-de, desta feita para levar m a i s 35 homens. O motorista do pau-de-arara encarregou o snr. Francisco Tertulia-no Gomes, tropeiro de profissão, para fazer a lista dos interessados e m ir para Goiás trabalhar na agricultura, c o m a recomendação de só relacionar rapazes solteiros ou homens casados que estejam dispostos a deixar a f a -mília. A idade m á x i m a aceitável é de 30 anos.

Situação de crise — Em Lagoa de Velhos n ã o tem m a i s água. A agricul-tura, única atividade econômica do município, não deu resultado êste ano, de formas que poucas pessoas têm a subsistência assegurada caso a sêca perdure. Mercado de trabalho não existe. Por isso, o êxodo aparece como uma solução para o h o m e m de lá. file acredita que para onde fôr es-tará em melhores condições.

O pau-de-arara, veementemente condenado, surge subrepticiamente quando m a i s ninguém o lembrava, e carrega o trabalhador nordestino para o cativeiro das fazendas do Brasil c e n -tral, burlando a lei, viajando pelas veredas, despistando assim a Polícia Federal que não tem condições de f i s -calizar o tráfego pelas inumeráveis estradas vicinais do país.

COMPANHIA DE FOMENTO ECONÔMICO DO RIO G. DO NORTE

rua mossoró, 359 — telefone 2562 — natal (rn)

INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL DO ESTADO

participação acionária

administração de incentivos fiscais

financiamento à elaboração de projetos

pesquisas de recursos naturais

processamento de dados

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Crédito, Financiamento & Investimento

Cimento — Com financia-mento do governo da Tchecoslovaquia, Natal e mais três c a -pitais de Estados brasileiros, te-rão fábricas de cimento insta-ladas dentro do prazo máximo de três anos. A informação que vem publicada no jornal cario-ca Correio da Manhã foi forne-cida pelo adido comercial da embaixada tcheca na Guanaba-ra, sr. Giry Mariannekl que adiantou ainda ser o investi-mento só em materiais, da or-dem de 11 milhões de dólares, incluindo aí os equipamentos das quatro fábricas. A transa-ção, segundo ainda a mesma fonte, é feita através do fundo de financiamento tcheco "Pra-goinvest" que fez as transações com grupos brasileiros sem ne-nhum intermediário. O primei-ro complexo industrial a ter construção iniciada será em Ca-panema, imediações de Belém, cuja implantação terá início no próximo ano. As outras duas fábricas além de Natal se lo-calizarão e m São Luiz e Vitória do Espírito Santo.

Maior participação — A Co-fern, em reunião extraordiná-ria realizada a 24 de novembro último da qual também parti-cipou a Rionorte, aprovou a maior operação de participação societária do seu mecanismo de incentivos propiciando o aporte de 600 mil cruzeiros novos ao capital social da Dubon S / A . A empresa vai se instalar no município de Parnamirim, pró-ximo a Base Aérea. O projeto já foi aprovado pela Sudene, re-sultando num investimento to-tal de 8 milhões de cruzeiros novos, com inclusão dos recur-sos oriundos dos artigos 34/18 dos Planos Diretores da Supe-rintendência do Desenvolvimen-to do Nordeste. A empresa vai produzir e comercializar sabo-netes, sabões e glicerina, pro. piciando a criação de mais 100 novos empregos diretos.

Al si mu r cm N a U l — A Com-panhia Aigimar — Indústrias Químicas de Alginato,

transferiu sua séde de Fortaleza p a -ra Natal. A decisão foi tomada e m assemblia geral extraordi-nária, realizada a 20 de novem-bro último, justificada "por in-junções de ordem técnicas e tendo em vista encontrarem-se em atividades já e m franco de-senvolvimento e m todo o Estado Estado Rio Grande Estado Norte, o n -de é a mesma proprietária -de um patrimônio representado,

só em terrenos ali adquiridos para instalação de seus setores de coleta de matéria prima e unidade fabril, por cêrca de 457.300 metros quadrados". Em seguida o relatório da direto-ria da empresa faz comentários elogiosos ao govêrno do Estado e a Cofern que colaborou com recursos financeiros para aqui-sição dos terrenos, adiantamen-to depois convertido e m partici-pação acionaria. Também parti cipou a Companhia de Fomento Econômico com adiantamento em dinheiro como antecipação às liberações das parcelas de recursos dos artigos 34/18 dos P l a -nos Diretores da Sudene. A Al-gimar objetiva a exploração, in-dustrialização e exportação de algas marinhas e resíduos de agave.

Importação dc presentes — A firma dinamarquesa Vemge Pe-terson enviou comunicado ofici-nl através da sua embaixada no Rscife à Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil dizendo estar interessado em a d -quirir artigos para presente, ln cl sive de vidro, porcelana e c e -râmica, fabricados no Nordeste. Os interessados n.^.s vendas dês-tes predatos devem fornecer as listas de preços e amostras

atra-vés de correspondência endere-çada à Dalsagervey 25-8240, R iskov — Dinamarca.

ó l e o de Girassol — Empresa italiana está interessada em cc mprar 10 mil toneladas de óleo de girassol fabricado no Nordeste. Como exigências ->stá q !e o produto encerre de 1,2 a 2% de umidade, até 0,5% de impurezas e não haja qualquer

mistura com outro óleo. Os in-teressados devem remeter infor-mações de preços, especificações do produto, acondicionamento e o prazo para entrega. Os con-tatos devem ser feitos através da Embaixada do Brasil em Roma e a correspondência para Pallazzo Doria PamphilU, 14 Piazza Navona.

Novos Mínimos — Algodão, r m e r d o i m , arroz, farinha de mandioca, feijão, mamona e milho das regiões Norte e Nor-deste tiveram seus preços míni-mos fixados através de decreto presidencial com aumentos osci-lantes entre 10,3 e 31,6% sôbre os preços fixados para a safra anterior. Os novos índices já estão aprovados pela direção c e -rai da Superintendência Na-cional do Abastecimento. Pela primeira vez o amendoim foi incluido na pauta dos preços mí nimos do Norte e Nordeste. É que as autoridades federais acre ditam ser cultura com grandes possibilidades de expansão, c a paz de substituir lavouras m e -nos rentáveis.

Ampliação — A fábrica de Biscoitos Wosto» S / A terá projeto de ampliação enviado a S u -dene para apreciação até ja-neiro próximo. O projeto que está sendo elaborado pela In-duplan vai modernizar tôda a fábrica, transformandoa n u -ma das -mais bem equipadas do Brasil, São diretores da empre-sa os s:irs. Luiz Carrilho (pre-sidente), Dílson e Diogo Car-rilho. O valor do projeto é de 5 milhões de cruzeiros novos.

Sainisa — Encontra-se em fase de conclusão na Induplan o projeto da Samisa (Santa Mônica Industrial Sociedade Anônima) para pesca e engor-da de peixe no valor de um mi-lhão de cruzeiros novos. Até ja-neiro próximo deverá ser subrne tido a apreciação dos técnicos da Sudene para que dêem pa-recer.

Cajueiro — Dentro do gran-de número gran-de projetos agrope-cuários que estão sendo elabo-rados para o Estado, está o da Cajueiro Agropecuária S / A cujo o investimento total é de

2 milhões e 500 mil cruzeiros novos. Igualmente será para cria e recria de gado também para engorda em regime de confinamento. Os diretores da smp-esa em vias de instalação s í o os snrs. Tamires Miranda, Betovem Azevedo e Hilton Mi-randa.

Safesa — Outro projeto apro vado pela Sudene foi o da Sa-fesa (Fazendas Reunidas San-ta Fé S / A ) , no valor de 2 mil e 800 cruzeiros novos destina-dos a criação e engorda de ga-do. Os diretores da nova em-presa são os snrs. José Valde-i ícValde-io, Paulo Bulhões e SílvValde-io Feliciano de Souza.

Adisa — A Agropecuária Dia-mante S / A — Adisa — que tem por presidente o snr. Antônio Soares da Rocha, localizada no município de Barreto teve pro-jeto aprovado pela Sudene no valor de 1 milhão e 100 mil cruzeiros novos. A aprovação foi para cria, recria e engorda de gado .

Financiamento — A Compa-nhia de Fomento Econômico do Rio Grande do Norte vai financiar a elaboração do pro-jeto da Gameleira Agropecuá-ria S/A, no montante de 22 mil cruzeiros novos. O projeto é para produção de carne e lei • te, pelo sistema de cria, recria e engorda. A fazenda onde se instalará a empresa está loca-lizada no município de Taipú e tem extensão de 1793 hectares possuindo também quatro açu-des. O diretor-presidente da firma é o snr. Nerival Tavares da Costa e o projeto orça em 3 milhões de cruzeiros novos.

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A análise dos f a t o s d e m o n s t r a q u e o t u r i s m o n ã o s e r á u m a s o l u ç ã o e c o n ô m i c a p a r a N a t a l . A c i d a d e n ã o t e m u m s u p o r t e f i n a n c e i r o p a r a i m p l a n t a r a i n f r a e s t r u t u r a t u r í s t i c a , n e m p o s s u i g r a n d e s a t r a t i v o s . ~ J o m a r Alecrim E c o n o m i s t a

lalai não

lerá o

iiirixnio

com» ioiile

de renda

A t o m a d a de p o s i ç ã o p a r a q u a l q u e r política de d e s e n v o l v i m e n t o e c o n ô m i c o exige a seleção prévia de u m s e t o r que, pelas s u a s c a r a c t e r í s t i c a s gerais, sirva de s u p o r t e básico à o b t e n ç ã o d a s m e t a s v i s a d a s e consiga a g r e g a r u m m a i o r c o n t i n g e n t e p o p u l a c i o n a l c o m p o d e r de c o m p r a . O Rio G r a n d e d o N o r t e o p t o u p o r u m a política de industrialização, u m a vez q u e êste é o s e t o r m a i s d i n â m i c o e o q u e o f e r e c e m e l h o r e s c o n d i ç õ e s de, a longo o u a m é d i o p r a z o , i m p u l s i o n a r a s u a r e n d a i n t e r n a . P a r a l e l a m e n t e ao d e s e n v o l v i m e n t o i n d u s t r i a l , deve h a v e r u m a política de incentivos a o u t r o s s e t o r e s q u e apre-s e n t e m c o n o t a ç õ e apre-s d i n â m i c a apre-s e apre-se vin-c u l e m ao s e t o r s e vin-c u n d á r i o . Casos d a a g r i c u l t u r a e d a p e c u á r i a . Assim, a aplicação d e r e c u r s o s e m q u a l q u e r s e t o r deve ser c o n d i c i o n a d a a u m e s t u d o de a l t e r n a t i v a s q u e indi-q u e e m escala d e p r i o r i d a d e indi-q u a l ou q u a i s as a t i v i d a d e s e c o n ô m i c a s capazes de c o n c r e t i z a r o d e s e n v o l v i m e n t o d o E s t a d o . N a seleção de a t i v i d a d e s poder-se-á, e n t ã o , p e r g u n t a r : t e m o Rio G r a n d e d o N o r t e , ou m e s m o Natal, condições d e m a r c a r p o n t o s n a s u a â n s i a de desen-v o l desen-v i m e n t o a t r a desen-v é s d o t u r i s m o ? P a r a n ó s a r e s p o s t a é negativa. E isto pela inexistência d o s m í n i m o s r e q u i s i t o s q u e se p o s s a m a p o r t a r à p r o m o ç ã o de u m a efetiva política d e t u r i s m o , m e s m o ten-d o c o m o geratriz a capital ten-d o E s t a ten-d o q u e — diga-se d e p a s s a g e m — n ã o che-g a r á a t e r a i n d ú s t r i a d o t u r i s m o c o m o f o n t e apreciável de s u a r e n d a . E s t a a s s e r t i v a n o s p a r e c e válida, atentando-se, e n t r e o u t r o s , p a r a os se-g u i n t e s p o n t o s p r i n c i p a i s : 1) a atividade t u r í s t i c a só p o d e ser i m p l a n t a d a e m c i d a d e s ou E s t a d o s on-d e p r e e x i s t a v u l t o s o s u p o r t e f i n a n c e i r o c a p a z d e i m p l a n t a r u m a i n f r a e s t r u t u r a t ã o p e r f e i t a q u e j a m a i s d e s a g r a d e ao r e q u i n t a d o c o n s u m i d o r , s o b p e n a de r e p e r c u s s ã o negativa; 2) t u r i s m o só g e r a c o n s u m o e m ci d a d e s ou E s t a d o s de t r a d i ç õ e s históri-cas, a r t e e c u l t u r a m u n d i a l m e n t e conhe-cidas, ou q u e d i s p o n h a de u m f a t o no-vo de r e p e r c u s s ã o m u n d i a l . E x : Paris, R o m a , Disneyland, C e n t r o E s p a c i a l de H o u s t o n . A e s t a s d i f i c u l d a d e s de implanta-ção de u m a i n d ú s t r i a t u r í s t i c a e m ba-ses rentáveis, junte-se a c o n s t a t a ç ã o de q u e o t u r i s t a a p r e s e n t a c a r a c t e r í s t i c a s s o f i s t i c a d a s de c o n s u m o de b e n s e ser-viços. E m t ê r m o s i n t e r n a c i o n a i s , o turis-ta raciocina e m f u n ç ã o de E u r o p a e E s t a d o s Unidos. Q u a n d o se decide e m t ê r m o s de América Latina, seu interes-se gira e m t ô r n o d o México, Argentina e Brasil — aí cnt".o, p r e f e r e Guanaba-ra, S ã o Paulo, Brasília e q u a n d o muito Bahia, p o r s e u s f a t o s c m o n u m e n -t o s h i s -t ó r i c o s .

Os d a d o s e s t a t í s t i c o s s o b r e t u r i s m o n o Brasil r e v e l a m que, e m 1968, en-t r a r a m n o p a í s a p e n a s 136.065 en-t u r i s en-t a s , dos q u a i s 73% n a G u a n a b a r a , 18% n o Rio G r a n d e d o Sul, e os 9% r e s t a n t e s d i s t r i b u í d o s e n t r e Brasília, P a r a n á , S ã o P a u l o e P e r n a m b u c o . A análise desses d a d o s m o s t r a a m o d e s t a posi-ção d a c o n t r i b u i ç ã o d e s s a atividade à p r ó p r i a e c o n o m i a d o país. P a r a o Rio G r a n d e d o N o r t e , e e m p a r t i c u l a r Natal, pela inexistência de g r a n d e s f a t o s h i s t ó r i c o s q u e p o d e s s e m a t r a i r t u r i s t a s , talvez s o m e n t e f a t o s no-vos p r o v o c a s s e m m o t i v a ç õ e s a o tu-r i s m o . U m f a t o nôvo q u e p o d e r i a a c o n t e c e r n o Rio G r a n d e d o N o r t e , v o l t a d o ao tu-r i s m o , s e tu-r i a a a b e tu-r t u tu-r a de cassinos. M a s é preferível deixar a h i p ó t e s e e m e s t a d o de h i b e r n a ç ã o , m e s m o p o r q u e , n u m es-t u d o de a l es-t e r n a es-t i v a s ou de viabilidade i m e d i a t a , q u a l a o p ç ã o e n t r e c a s s i n o s e i n d ú s t r i a s de b a s e ? 8 R N - E C O N Ô M I C O

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Homens & Empresas

Minerobrás — O Diretor-Pre-sidente da Mineração Tom iz Salustino S / A , snr. Mário Moa cyr Pôrto, é plenamente favo-rável à Minerobrás, órgão go-vernamental que controlará o setor de pesquisas minerais em todo o território nacional. Diz o snr. Mário Moacyr Pôrto q w "todo Estado pobre, como o Rio Grande do Norte, deve ser favorável à Minerobrás, ainda mesmo que ela represente a es-tatização, pois só a Minerobias se propõe a fazer pesquisas a fundo perdido e esta é a única forma de fazer pesquisas da mi nérios no Nordeste". E continua o Diretor-Presidente da Minera cão Tomaz Salustino: 'embora a criação da Minerobrás tenha sido veementemente condenada por alguns setores da economia nacional, por representar a tatização, considero que a es-tatização da pesquisa mineral é tão útil quanto a do petróleo.

Prefeito atua — O prefeito d;v capital, snr. Ernâni Silvei-ra, revelou que não acredita no turismo como uma solução eco-nômica para Natal. Mesmo as-sim está realizando alluma.s

obras que darão nova beleza á cidade e a tornarão mais agrada vel. Entre essas obras, ressalt i -se a recuperação total da praia de Areia Preta da Praça d.i Jau gada e de tôda a extensão d* praia do Meio até o Porte d)S Reis Magos. Disse o snr. Erna. no Silveira que transformará o irccho que vai de Areia Preta ao Forte e m uma "segunda lion Viagem".

Honra ao mérito — O econo-mista Rómulo Xavier Barbosa, Chefe do Escritório Regional d i S; dere no Rio Grande do Nor-te, está gozando suas primeiras férias desde que se deslocou p a -ra êste Estado, e m fins de 1967. No proximo dia 15, data em que a Sudene comemora o seu déci mo aniversário de criação, o economista Rómulo Xavier Bar fcrsa será agraciado com uma medalha de honra ao mérito, e a receberá das mãos do general Tácito de Oliveira, pelos seus dez anos de bons serviços pres-tados ao organismo do desenvol vimento regional.

Sudene homenageará — Por outro lado, além de agraciar al guns dos seus funcionários, a Sudene homenageará homens, entidades oficiais e empresas do Nordeste que de maneira

mais destacada prestaram sua parcela de colaboração ao de-senvolvimento regional. Do Rio Grande do Norte, receberão ho menagens da Sudene três enti-dades e duas importantes auto-ridades, tôdas indicadas pelo Chefe do Escritório Regional do órgão em Natal, economista Ró mulo Xavier Barbosa. Os no-mes, porém, não foram revela-dos.

Sindicato de mineradores — No Rio Grande do Norte já exis te u m número de emprêsas de mineração suficiente para a for mação de u m sindicato patro-nal, o que daria nova fôrça e mais facilidades a todos os que trabalham na exploração de mi nérios. Entre outras, já existem 110 Estado as seguintes emprê-sas mlneradoras: Mineração B o m f i m , Mineração Sertaneja, Bodó Minas, Mina Barra Ver-de, Sinval Duarte Pereira, Alon so Bezerra Comércio S / A , Mi-neração Tomaz Salustino S / A .

Convite a Ministro — A F e . deração das Indústrias do Esta-do Esta-do Rio Grande Esta-do Norte de-verá em breve encaminhar ao Ministro das Minas e Energia, snr. Dias Leite, um convite para que êle venha a Natal fazer uma exposição sôbre a Minero-brás e discutir com empresários locais os prós e os contras da es tatizaçáo do setor de pesquisas de minérios. Acredita-se que o Govêrno do Estado reforçará o convite, por ser julgada da mai-or impmai-ortância para a economia

estadual a criação da

Minero-brás.

Governador tem solidariedade — As mais representativas lide-ranças das classes empresariais do Rio Grande do Norte hipo tecaram ao Governador Wal-fredo Gurgel a sua solidariedi-de diante dos últimos aconteci-mentos políticos que envolve-ram o Chefe do Executivo & o Tribunal de Contas. Estivaram com o Governador, durante Mário Moacyr Porto

Ernâni Silveira

Rûmulo Xavier Barbosa

mais de uma hora, para prestar lhe apoio os seguintes nomos: Reginaldo Teófilo (Presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio Grande do Nor-te e PresidenNor-te do Diretório Re gional da Arena); José Martins Fernandes (Presidente da Asso-ciação Comercial do Rio Grar.-de do Norte); Marcílio Furtado (Presidente do Sindicato do Co mércio Varejista do Estado do Rio Grande do Norte); Francis co D a n t a s Guedes (Presidente da Junta Comercial); Habib Chalita (Presidente do Clube dos Diretores Lojistas), além de vários outros diretores de emprêsas.

Curso em Economia — O di-retório da Faculdade de Ciên-cias Econômicas vai promover no período de 15 de dezembro a 30 de janeiro do próximo ano um curso de extensão universi-tária com aulas de Teoria Eco-nómica, Estatística, Análise de Frojeto e Desenvolvimento R Í gional O curso será m i n i s t n i o por professores e técnicos do EStado.

Hotel Samburá — O snr. Fir-mino Moura, proprietário do Hotel Samburá, informou que está construindo 23 novos apar-tamentos dotados de ar condi-cionado e telefone. Também es-tá construindo uma boate sub-terrânea, restaurante e outras dependências. Quando as obras estiverem concluídas o Samburá ficará cotado como um dos m e lhores estabelecimentos hotelei-ros do Nordeste, dispondo de 40 apartamentos da melhor cate-goria.

Planejamento — O jornalista

Everaldo Gomes dirigirá a su-cursal Norte Nordeste da Coie:-plan (Consultoria e Planejamsn to Ltda.), um dos maiores es-critório de planejamento do país. A sucursal da Coneplan ficará localizada e m Natal e começa a funcionar ainda êste mês, no mesmo prédio onde fun ciona a sucursal do Jornal do Commercio, atuando nos setores

de elaboração de projetos, cao tação de recursos, filmagens, importação e exportação, e con sultoria de emprêsas.

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/lijêmia Acrolur

Viagens a é r e a s i n t e r n a c i o n a i s Navios Ana Nery e R o s a d a F o n s ê c a Ô n i b u s Leito Rio e S ã o P a u l o Ô n i b u s Grey Hound-USA E x c u r s õ e s Abreu-Polvani E u r a i l l P a s s — H o t é i s R u a Dr. B a r a t a , 199 F o n e 11.44 — R i b e i r a E m b r a t u r l / R N / 6 7 — IATA

Santos Beis

Diário Oficial

W a l t e r F e r n a n d e s , c o n c e s s i o n á r i o d a F o n t e P o r t i n h o , p r o d u t o r a d a AGLA M I N E R A L NATURAL SANTOS R E I S , s a ú d a os c o n g r e s s i s t a s d o I I C o n g r e g o Nacional de T u r i s m o .

Aqua minorai natural

Características Fisieo-Químicas P H Resíduo de Evaporação a 180"C 0.0850 g / l Condutividade a 25UC 1,5 x 10-4 ohms-1 x cm-1 Temp. da água na f o n t e 30"C

Composição Química provável (grama litro»

Sulfato de cálcio 0,0014 Clorêto de sódio 0,06i5 Clorêto de potássio U,00':8 Bicarbonato de cálcio 0,0141 Bicarbonato de magnésio 0,0306 Silica

em síntese

O Diário Oficial do dia 25 de no-vembro publica edital de concorrência pública aberta pela Secretaria de Ed i

-cação e Cultura do Estado para a aquisição da material diditioo e c r i -s mo de-stinado ao Centro d D E-studo-s e Pesquisas Educacionais para poste-rior distribuição com os estabeleci-mentos de ensino primário do Esta'! i No mesmo edital, ficaram

estabeleci-dos os critérios para julgamento ia referida concorrência.

Em edital publicado no dia 25 de novembro o Frigonorte convida os se-nhores acionistas para reunião de As-sembléia Geral Extraordinária no próximo dia 9, para deliberar só'..re homologação do aumento de capital da sociedade; reforma dos estatutos; proposta da Diretoria para faturo aa • mento de capital; nomeação de

peri-tos para avaliação de bens a serem incorporados ao capital da sociedade, e outros assuntos de interêsse.

No dia 26, o Diário Oficial publicou sanção do Prefeito Municipal de Es-tremoz £-o decreto da Câmara Muni-cipal q^e o autoriza contratar ccm o Banco do Nordeste S / A , a abertura de crédito de 100 mil cruzeiros novos. A importância será destinada à «qui sição de cem ações nominativas do capital social da Companhii de Ser-viços Elétricos do Rio G. do Nortn — Cosern — visando aplicação nos ser viços de distribuição da energia d? Paulo Afonso na séde do município

Ata da Assembléia Geral da Com-panhia Pecuária e Agrícola do Nor-deste, Ccpan, realizada em 15 de se-tembro, foi publicada no Diário Ofi-cial do dia 26 de novembro. A Assem-bléia tratou do balanço e relatório d i Diretoria referente ao exercício social findo e m S0 de junho; prestação d? contas da Diretoria; eleição do Con-selho Fiscal; e reforma dos Estatuto-; Sociais.

O Diário Oficial do dia 21 de no-v embro publica sanção do Gono-verna

dor do Estado ao decreto do Poder Legislativo isentando do ICM a saída de adubos simples ou compostos des-tinados ao emprégo na lavoura, quan-do adquiriquan-dos por produtores agríco-las do Estado, devidamente inscritos na repartição estadual competente.

Naquele mesmo dia, foi publicada sanção a decreto do Legislativo t a m -bém isentando do ICM a saída do lei-te "ln-natura", promovida pelo pro-dutor e destinada à usina de pasteu. rização, sediada nêste Estado ,bem as-sim a saída do leite pasteurizado até a venda a varejo ao consumidor final. Foi também isenta do ICM, con-forme sanção publicada no mesmo d.a, a saída de produtos típicos de arte-sanato regional, quando promovida por artesãos ou por Cooperativas do Produtores Artesanais,

Saiu decreto do Legislativo com sanção do Governador, no Diário Ofi-cial do dia 29 de novembro, estabele-cendo os novos vencimentos e vanta-. ens dos servidores da Secretaria de

Estado das Finanças, e m face de o servidor público estadual não poder receber quotas-partes de maltas, per-centagens sobre a cobrança da dívi-da ativa ou qualquer importância cal-culada sobre os valores da receita do Estado.

Foi publicado no Diário Oficial de 29 de novembro o contrato de emprei-tada entre o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPEJ e a firma Construções, Engenharia Co-mércio e Indústria Ltda. (CECIL) para que esta construa dois pavimen-tos anexos à séde própria do IPE.

Por resolução publicada no Diário Oficial a Cofern autoriza a entrega de recursos da ordem de 600 mil cruzeiros novos a sua subsidiária F i n a n -ceira Rionorte para serem aplicados na subscrição de ações pertencentes ao capital social da Dubon S / A que instalará indústria nesta Capital.

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No mercado de arte de Natal há

mais artista do que comprador

O baixo índice culturai e o f r a c o p o d e r aquisitivo da po-pulação — 78% dos habitan-tes da cidade vivem em difí-ceis condições segundo u m a pesquisa feita há algum tem-po pela P r e f e i t u r a — fazem com que o mercado de arte em Natal s e j a quase inexis-tente.

H á cerca de 40 pintores na cidade mas, dêsses, apenas dois ou três conseguiram ga-n h a r algum diga-nheiro com sua arte, através de exposições feitas e m o u t r o s Estados. Aqui, conseguem somente

ven-der seus q u a d r o s a meia-dú-zia de colecionadores ou aos esnobes que p r o c u r a m deco-r a deco-r as p a deco-r e d e s de suas casas c o m u m a tela cheia de cores. Mulher a m a d a — O q u a d r o real da situação do mercado de a r t e e m Natal é pintado, em cores sombrias, p o r Au-gusto Severo Neto,

proprietá-rio da Galeria Villaflôr, u m s o n h a d o r que fechou sua loja comercial trocando os eletro-domésticos p o r q u a d r o s e ta-lhas e sacrificando o b o m fu-t u r o b u r g u ê s que fu-tinha pela f r e n t e pela idéia de lançar to-da u m a geração de novos ar-tistas, que nasceu com o seu incentivo.

Sentado o dia inteiro em u m a grande mesa, êle passou as d u a s últimas s e m a n a s con-feccionando o b j e t o s artesa-nais, que serão m o s t r a d o s aos participantes do Congresso In-terestadual de T u r i s m o que vi-s i t a r e m a Villaflôr. Anéivi-s de p r a t a , colares, cigarreiras, bol-sas e carteiras de couro subs-tituirão aos olhos dos visitan-tes a pureza de u m q u a d r o pri-mitivo de Carlos José ou x le-veza de u m a figura saída do t r a ç o de Newton Navarro.

Com os cabelos embranque-cidos e j á avô aos 47 anos, Au-gusto Severo Neto revela u m a a t i t u d e quase adolescente ao falar da Galeria que f u n d o u há dois anos: "isto aqui é corno u m a m u l h e r p o r q u e m a gente se apaixona e t e m que susten-t a r a qualquer prêço".

Por isto, a Villaflôr, que an-tes fazia d u a s exposições p >r mês, agora inverteu os papeis e está fazendo u m a a cada dois meses. Mesmo assim, as dificuldades p a r a vender c s q u a d r o s expostos são grandes, pois como os c o m p r a d o r e s são s e m p r e os mesmos, o m e r c a d o está ficando s a t u r a d o . " E m breve — diz êle — apenas os t r a b a l h o s considerados excep-cionais serão adquiridos".

P a r a que a Galeria continue a sobreviver, Augusto Seveio Neto dá aulas de francês, uti-lizando recursos audiovisuais e ilustrando as lições com es-tórias pitorescas do t e m p o em que viveu e m Paris. A p a r t e m e n o s rentável, n a verdade, fica com as exposições. Sobre cada t r a b a l h o vendido, o pro-prietário c o b r a u m a percenta-gem de 30% sôbre o valor. "Alguns a c h a m muito, m a s eu me encarrego de fazer t ô d a a p r o m o ç ã o sôbre a exposição, imprimindo, inclusive, os con-vites e cartazes" — justifica-se êle.

Um p e q u e n o centro cultural e m si, a Villaflôr abriga urn p e q u e n o museu, dedicado a

Augusto Severo, avô do pro-prietário, com os o b j e t o s mais

preciosos que p e r t e n c e r a m ao pioneiro da aviação. E n t r e êstes, estão u m a carta-patente de 1892, registrando seu inven-to do dirigível e o relógio de o u r o que p a r o u n o segundo exato e m que o "Pax" se cho cou com o solo.

Desnível — P a r a o pintor Dorian Gray, u m dos poucos que t ê m m e r c a d o certo p a r a seus t r a b a l h o s — além dêle só Newton N a v a r r o está nesta categoria—, o p r o b l e m a n ã o é apenas local, mas, até certo ponto, nacional. " I s t o porque, no Brasil, existe u m desnível no m e r c a d o de arte, causado, de u m lado, p o r artistas con-sagrados que c o b r a m p r e ç o s proibitivos e, de outro, p o r u m a categoria de a r t i s t a s que n ã o t e m condições de vencer a engrenagem do m e r c a d o

A melhor solução, p a r a êle, é a que alguns artistas do Sal estão adotando: a criação de u m m e r c a d o subsidiário, ba-seado no consumo de massa, p o r meio da impressão de ál-b u n s de gravuras, p o r exem-plo, " s e m que, com isso, h a j a u m a diminuição n o valor da seus trabalhos".

H á alguns mêses, êle e New-ton N a v a r r o resolveram ado-t a r o m é ado-t o d o em Naado-tal, aado-tra- atra-vés d e álbuns de gravuras e as vendas f o r a m consideradas

ótimas. Através de t r a b a l h o s impressos, foi possível a pro-dução e m massa, atingindo,

dessa f o r m a , o grande públi-co públi-consumidor. A diferença é óbvia: o c o m p r a d o r pode n ã o ter NCr$ 500,00 p a r a c o m p r a r telas dos dois artistas, m a s te-rá, certamente, NCr$ 20,00 pa-r a obtepa-r u m á l b u m de gpa-ravu- gravu-ras.

Newton N a v a r r o foi ainda mais longe, n a idéia de cria-ção de u m m e r c a d o subsidiá-rio: promoveu, h á u m mês, u m a exposição de aquarelas na Biblioteca Pública, venden-do cada u m a delas a NCr$ 50,00, o que é u m prêço de bó-io p a r a u m t r a b a l h o da cate-goria de Newton Navarro.

E os outros? — Newton Na-v a r r o e Dorian Gray são dois casos de pintores consagrados em Natal — " u m a cidade que n ã o consagra n e m desço nsa-gra ninguém", segundo Câma-r a Cascudo — e n ã o conse-guem sobreviver com sua arte, apesar das oportunidades sur-gidas com as p i n t u r a s de pai-néis e murais, que dão u m b o m dinheiro.

Quanto aos o u t r o s artistas, há dois caminhos: ou se con-solam doando as telas que p i n t a m ou, p a r a os que t ê m maior talento, vão p a r a cen-t r o s maiores, como fizeram Iaponi e Manxa, que f o r a m p a r a o Rio viver da a r t e que produzem. Mas, aí e n t r a o ve-lho p r o b l e m a da sobrevivên-cia, da valorização e do co-mercialismo, o que j á é o u t r a estória.

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kafêU

FONE: 2666

EM P L E N O CORAÇÃO DA CIDADE

RUA PROF. ZUZA.263 c/JOSÉ OE AlENCAR-NATAl-RN

c o n g r a t u l a - s e c o m a c i d a d e de Natal, sede d o I I C o n g r e s s o I n t e r e s t a d u a l de T u r i s m o , conclave d a m a i o r relevância p a r a a a f i r m a ç ã o d e u m a política de incentivo ao t u r i s m o e m n o s s a t e r r a . Congratula-se, p r i n c i p a l m e n t e , c o m a E m b r a t u r , c o m a S e c r e t a r i a Municipal d e T u r i s m o e c o m t o d o s os p a r t i c i p a n t e s d o I I C o n g r e s s o I n t e r e s t a d u a l , f a z e n d o v o t o s p a r a q u e os r e s u l t a d o s d o c e r t a m e s i g n i f i q u e m a u n i f i c a ç ã o de t o d o s os p o n t o s d e vista d a s e n t i d a d e s e d a s a d m i n i s t r a ç õ e s i n t e r e s s a d a s e m f o m e n t a r o t u r i s m o n o Brasil.

Por que a Cofern

será Banco de

Desenvolvimento

Dependendo da decisão final dos poderes Legislativo e Executivo do Es-tado, o Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte será realidade em faturo bem próximo.

Os primeiros passos já foram da-dos: estudos preliminares, contactos visando à concordância formal do Ban-co Central do Brasil e formulação do mensagem à consideração da Assem-bléia Legislativa.

A opção do Govêrno é fundamen-tada nas conclusões a que chegarsm as equipes técnicas da COFERN do

BANDERN, consideradas as diretrizes d?. política financeira da União.

O assunto vinha sendo examinado e m seus diversos aspectos, desde a deliberação do Conselho Monetáric Nacional, e m junho do ano passado. Ampla análise foi feita com base no conhecimento das peculiaridades, na experiência e na avaliação dos

resul-tados já atingidos através das tenta-tivas promovidas. Ao mesmo tempo, vi nha sendo observado o critério ado-tado pelos diversos Esado-tados que, da mesma forma, tiveram de se ajustar às exigências da legislação federai «* dos princípios normativos do órgão ccmpetente. O Ceará, por exemplo, de cidiu pela transformação da CO^EC, Companhia de Desenvolvimento do Ceará, e m B a n c o de Desenvolvinifcii-to, solução plenamente vitoriosa.

Procurou o Banco Central estabelecer normas uniformes de f u n c i o n a -mento do sistema, definindo premis-sas de atuação a curto e médio pra-zos, na área oficial, distinguindo-as daquelas de natureza privada. Essa orientação objetiva a versatilidade dos instrumentos de desenvolvimento econômico e social, situando a c o m

-petência de benefícios diretos e indi-retos, e m têrmos de esforço coorde-nado, com vistas ao crescimento or de nado.

H ê n i o Melo

Constituindo instituição financei-ra especializada, o Banco de Desen-volvimento contemplará uma vasta gama de operações ativas, e passivas abrangendo financiamento às ativi-dades Industriais e rurais, participa-ção acionária, repasses de emprésti-mos internos e externos, garantias 3 consórcio com outras organizações f i -nanceiras, para fins específicos.

Dentro dessa perspectiva e, contando as fontes de recursos até ago -ra atribuídas à COFERN e com os meios de repasses de que dispõe o BANDERN, além da estrutura técni-ca e operacional desoriente da trans-formai, ão prevista, poderá o Banco de Desenvolvimento melhor atender aos imperativos da nossa economia. Nesse sentido, deverão ser ativados os dispositivos de planejamento ade-quado, tais como approache de in-fra estrutura, programas setoriais, po-lítica de recursos naturais etc., em consonância com os objetivos básicos do processo de desenvolvimento do Estado, da região e do País,

Como agente financeiro do Gover-no do Estado, n u s destinado também a operações de natureza comercial e particular, terá o BANDERN vasto campo de ação na faixa de curto pra-zo, suplementando, dessa fornia, o esforço da rêde bancária privada. Para tanto, terá a cooperação de ou-tro suporte valioso que é a RIONOR TE, já auto-sustentável, da qual j j sumirá o controle acionário.

Pato auspicioso na perspectiva da êxito vislumbrado é o apoio m a n i f e s -tado pelas classes empresariais, cujos órfãos representativos expressaram substancioso testemunho de aplausos à iniciativa do Govêrno. Trata-se de beneplácito insuspeito e que evidencia, desde logo, a importância da m e dida para a somatória do esforço c o -mum, em proveito de melhores desti nos para o Rio Grande do Norte.

Referências

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