Pedagogia e Teorias
da Aprendizagem
Marco Menaia 04 Maio 2011, IFE-Amadora
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Pedagogia
“Pedagogia designa a ciência da educação das
crianças e da arte e a técnica de ensinar. De uma
forma mais geral, a Pedagogia é a reflexão sobre as
teorias, os modelos, os métodos e as técnicas de
ensino para lhes apreciar o valor e lhes procurar a
eficácia. A Pedagogia destina-se a melhorar os
procedimentos e os meios com vista à obtenção dos
fins educacionais “
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Tipos de Pedagogia
Pedagogia de compensação
“
Representa uma tentativa de resolução para o problema das deficiências sócio-culturais que colocam as criançasoriundas de meios desfavorecidos em situação de
desigualdade escolar relativamente às crianças dos meios favorecidos. Traduz-se em programas de intervenção junto
dessas crianças, no sentido de diminuir as diferenças e de estimular o seu desenvolvimento, sobretudo nos campos
linguístico e sócio-afectivo “
MODERNA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL – Direcção editorial e coordenação: Leonel Moreira de Oliveira;
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Tipos de Pedagogia
Pedagogia correctiva e preventiva
“Conjunto organizado de processos de intervenção educativa que partem da observação e do diagnóstico de uma deficiência de aprendizagem para
a sua superação, ajudando o aluno a conseguir a adaptação e a realizar o progresso desejável. O exercício da acção correctiva não terá lugar se uma
adequada Pedagogia preventiva evitar os casos difíceis que exigem um tratamento pedagógico intensivo. A Pedagogia preventiva assenta na observação individual do aluno, cuidada e atenta, de modo a determinar os
pontos críticos a partir dos quais o insucesso é previsível e a fornecer o apoio necessário para evitar o fracasso “
MODERNA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL – Direcção editorial e coordenação: Leonel Moreira de Oliveira;
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Tipos de Pedagogia
Pedagogia experimental
“Abordagem dos fenómenos pedagógicos através do rigor do método experimental. Distingue-se, portanto, da Pedagogia empírica e da Pedagogia “experienciada”, a qual se caracteriza por procurar uma fundamentação científica da prática pedagógica nas ciências do homem,
mas não utiliza o controlo experimental “
MODERNA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL – Direcção editorial e coordenação: Leonel Moreira de Oliveira;
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Tipos de Pedagogia
Pedagogia de grupo
“Organização da prática pedagógica centrada no trabalho de grupo, considerado como o instrumento privilegiado do desenvolvimento interpessoal da educação democrática. Mobilizando técnicas diferentes
e assumindo formas mais ou menos directivas de acordo com a sua fundamentação psicológica e pedagógica “
MODERNA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL – Direcção editorial e coordenação: Leonel Moreira de Oliveira;
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Tipos de Pedagogia
Pedagogia institucional
“Corrente que se desenvolveu em França, nos anos 60, por influência da psicoterapia institucional e mediante a acção de pedagogos como
Vasquez e Ouri. Será essencialmente um processo de auto-gestão pedagógica, pois permite ao grupo encontrar as instituições
satisfatórias, graças às acções divergentes dos participantes. Note- se que o papel do professor ficará assim substancialmente
reduzido “
MODERNA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL – Direcção editorial e coordenação: Leonel Moreira de Oliveira;
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Tipos de Pedagogia
Pedagogia libertária
“Designação atribuída às correntes pedagógicas que, embora com fundamentação diferente (anarquismo, marxismo revolucionário,
psicanálise), têm como denominador comum a prática de uma pedagogia anti-autoritária. A função do educador é afastar os obstáculos que se opõem ao livre crescimento da criança. A educação surge como uma prática da liberdade alicerçada nas vivências e experiência da criança,
única construtora do seu futuro “
MODERNA ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL – Direcção editorial e coordenação: Leonel Moreira de Oliveira;
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Educação
”Educatio”,, significa alimentação, cultura “Eductio” significa acção de fazer sair, saída.
Etimologicamente falando, o substantivo educação e o verbo educar significam cuidar de, fazer crescer, brotar, elevar, ajudar a sair.
Metaforicamente, seguindo a raíz etimológica destes termos, a principal finalidade da educação deve ser a de cuidar de, e de “regar” o
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Educar é dar as ferramentas culturais necessárias ao progresso humano.
Educar é criar “alavancas” educativas que permitam, utilizando a
sugestiva metáfora, que a última camada construída, à semelhança do planeta Terra, dê flores e frutos. Este modo de ver a educação
proporciona uma leitura mais completa e dinâmica do desenvolvimento do conhecimento que determina o modo como cada um de nós pode ir
lendo o mundo em que nos desenvolvemos
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Educar é dar as ferramentas culturais necessárias ao
progresso humano.
Educar é criar “alavancas” educativas que permitam,
impulsionar o desenvolvimento do conhecimento em cada
um de nós.
Educação designa a pratica social que identificamos como uma situação temporal e especial determinada no qual ocorre a relação
ensino-aprendizagem, formal ou informal
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Aprendizagem
“um processo de construção e assimilação de uma nova resposta, isto é, um processo de adequação de comportamento, seja ao meio, seja ao
projecto perseguido por cada interessado”
“por aprendizagem entende-se uma construção pessoal, resultante de um processo experiencial, interior à pessoa e que se traduz numa modificação
de comportamento relativamente estável. Ao dizer que a aprendizagem é um processo, pretende exprimir-se que a acção de aprender não é fugaz e
momentânea, mas se realiza num tempo que pode ser mais ou menos longo”
BERBAUM, Jean – Aprendizagem e formação – Colecção ciências da educação 5; Porto: Porto Editora Lda., 1993, p. 13. TAVARES, José; ALARCÃO, Isabel – Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, 3ª reimpressão; Coimbra:
Processo
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Processo Ensino / Aprendizagem
“
uma importante implicação para a educação seria a tarefa do professor criar um clima nas aulas que facilitasse a ocorrência de uma aprendizagemsignificativa (…) por aprendizagem significativa entendo … uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação da acção futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade”
Aprender consiste num processo que gera mudança relativamente permanente no modo de pensar, sentir e agir do formando,
resultante da prática e não sendo directamente observável
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Processo Ensino / Aprendizagem
Educação deve estar organizada em torno de quatro aprendizagens fundamentais:
aprender a conhecer (adquirir cultura geral ampla e domínio aprofundado de um
reduzido número de assuntos, mostrando a necessidade de educação contínua e permanente)
aprender a fazer (oferecendo-se oportunidades de desenvolvimento de
competências amplas para enfrentar o mundo do trabalho)
aprender a conviver (cooperar com os outros em todas as actividades humanas) aprender a ser, que integra as outras três, criando-se condições que favoreçam
ao indivíduo adquirir autonomia e discernimento
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Processo de Aprendizagem
Progressão Natural
Compreensão Interiorização Operacionalização Avaliação19
Processo de Aprendizagem
O objectivo principal no desenvolvimento da capacidade de aprendizagem é a tomada de consciência dos resultados acerca
do modo de fazer e das causas desse modo de fazer.
A tomada de consciência traduz-se, então, numa avaliação desses resultados, mas também incide sobre o processo que permitiu
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Condições para a Existência de Aprendizagem
Gostar de aprender – é haver interesse pelo objecto da aprendizagem, mostrar curiosidade, manifestando-o, é apreciar as situações de
aprendizagem disponíveis;
Querer aprender – é principalmente sentir que se é capaz de aprender, é ter uma imagem positiva de si mesmo, e ter capacidade de pôr em acção a
sua própria aprendizagem;
Saber aprender – é essencialmente o saber construir e organizar um processo de aprendizagem criando um objectivo, escolhendo situações. É recolher ensinamento baseado em experiências. Constitui um domínio em
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Formação
Actualmente a formação é permanente e assume um factor
importante no desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo, assim como das organizações, ajudando-os também a
adaptarem-se às inovações que advêm do mundo em permanente mudança, na perseguição de uma melhor qualidade dos serviços prestados
“O inacabado da formação torna-se uma necessidade num mundo marcado pela transformação permanente das técnicas, o que
implica uma educação igualmente permanente“
COSME, Alexandra; MARTINS, Liliana. Formação em serviço – Que motivações? Revista NURSING nº
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Educação Vs Formação
Conceptualização de Tigh Aprendizagem Educação Formação24
Formação e Aprendizagem
FORMAÇÃO – Actividades organizacionais estruturadas
APRENDIZAGEM – Factores pessoais que intervêm na construção do conhecimento Características gerais dos comportamentos
Motivação
Projecto de vida
Experiências Anteriores
Necessidades diferentes
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Formação
“Desenvolver a personalidade de forma equilibrada, com novas aptidões e susceptível de se adaptar, transformar e adaptar no contacto de novas situações” (Mialaret, 1980)
“Preparar o educando para a formação auto-dirigida e para a autonomia de modo a prepara-lo para a vida” (Grácio, 1980)
“Preparar para elaborar, ao longo da vida, um saber em constante evolução e aprender a ser” (Nóvoa, 1988)
“Reconhecer que a aprendizagem é subjectiva, contextual e orientada por valores”
(Watson, 1988)
Ajudar os estudantes a analisar, a generalizar, a transferir conhecimentos (reflexão a partir de situações reais)
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Formação
“Não são nem os dispositivos, nem as instituições, nem ninguem que forma; a formação é um trabalho de cada um para consigo mesmo; não é
uma preparação para agir, mas sim uma preparação para viver …” (Ferry, 1987)
Em qualquer profissão todo o profissional tem que se “formar” ou ser “formado” para conseguir representar o seu papel de uma forma o mais
correcta possível.
“… aprender ao longo da vida tem-se transformado em imperiosa necessidade para a maioria dos profissionais …” (Frederico e Leitão, 1999)
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Formação
AUTONOMIA Capacidade de se relacionar APRENDER A APRENDER Tranferência Adaptar ao Contexto Por em acção a sua flexibilidade cognitiva com rapidez ADAPTABILIDADE Seleccionar Ajustar Aquisição de Competências28
Formação
“Consiste em mobilizar saberes seleccionando-os, integrando-os e combinando-os” (Boterf, 1995)
SABER TEÓRICO – Permite orientar para a acção, facilitando a construção de
representações operatórias
SABER PROCESSUAL – Permite dispor de regras para agir
SABER FAZER PROCESSUAL – Resultado de um processo de operacionalização
dos saberes teóricos e processuais (simulação do real)
SABER FAZER EXPERIMENTAL – Saber que se mobiliza para desenvolver a acção,
inclui os conhecimentos empíricos, e tácitos (pratica reflectida)
SABER FAZER COGNITIVO – Operações intelectuais necessárias para a
formulação, analise e resolução de problemas, tomada de decisão, criatividade e inovação.
SABER FAZER SOCIAL – Conhecimento dos locais de trabalho, comportamentos
esperados, normas, atitudes relacionais, comunicacionais e éticas, valores.
Teorias da
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Aprendizagem
Abordagem Construtivista Pensamento divergente Raciocinio Complexo Metodologias centradas no formandoCapacitação para o exercício profissional de forma reflexiva e
autónoma Abordagem Comportamentalista Pensamento convergente Raciocínio Complicado Metodologias centradas no formador Promove a reprodução de comportamentos (concepção do trabalho à tarefa) e postura
profissional passiva
Abordagem
Construtivista
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Abordagem Construtivista
As características individuais dos formandos (experiências
anteriores, organização cognitiva, projecto pessoal, características familiares e socio-culturais…)
Influenciam a determinação dos conhecimentos e competências a desenvolver
Bruner (1986) e Passk e Scott (1972) demonstraram que
indivíduos que recebiam informação de acordo com o seu modo de aquisição preferencial tinham resultados superiores a indivíduos
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Abordagem Construtivista
Metodologia centrada no interesse do formando
Implica análise das necessidades de formação
Utilização de métodos activos As necessidades psicológicas e fisiológicas conjugam-se com as
emoções para dar resposta à motivação originária dos comportamentos que visam a
aprendizagem.
Metodologia centrada na iniciativa dos formando
O formando tem o poder de escolher não só a estratégia pessoal, mas também o conteúdo
(prática não directiva)
Formador é um facilitador da
realização do projecto de formação que o próprio formando construiu.
Abordagem
Construtivista
Metodologias Formativas
Balcells e Martin (1985)
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Metodologias Formativas
Sistema Tutorial
Reuniões periódicas com o tutor
Pode ser individual ou em pequenos grupos (inferior a 4 estudantes)
Preocupação do tutor com o desenvolvimento de capacidades do aluno
Método de ensino individualizado
A Participação Activa do Estudante e o Pensamento Crítico são as principais características desta metodologia
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Metodologias Formativas
Sistema Tutorial Desvantagens
Depende da existência de bons tutores Disponibilidade para a orientação
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Metodologias Formativas
Sistema Tutorial
É um método de BUSCA.
Maior importância ao PORQUÊ (atitude crítica) do que ao QUÊ (conteúdo objectivo)
As 3 Principais actividades da aprendizagem: 1. Realizar o trabalho autonomamente
2. Observar os erros que cometeu e defender os pontos de vista que considera correctos
3. Rever o trabalho completo e corrigido e compara-lo com a primeira versão
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Metodologias Formativas
Método de Ensino a Pequenos Grupos
Centra-se na actividade do aluno, que trabalha com professor num esforço comum
O aprender ganha uma importância particular e o ensinar subordina-se às condições em que a aprendizagem decorre da melhor forma
A finalidade primordial é do tipo educativo ou formativo, deixando em segundo plano o trabalho informativo ou instrutivo
O saber adopta a estrutura de um problema e, enquanto tal, a sua aquisição depende de uma elaboração prévia por parte do estudante
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Metodologias Formativas
Método de Ensino a Pequenos Grupos Seminário:
Incorporar activamente os estudantes nas tarefas particulares do estudo
Iniciar na colaboração intelectual com outros Prepara-los para a investigação
Apresentação de um tema por parte de um estudante Discussão informal com os participantes e reformulação
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Metodologias Formativas
Discussão Dirigida
Papel do Professor destacado O professor planeia e conduz a
sessão
Discussão Livre ou Aberta
Papel do Professor deixa de ser dominante
Técnicas mais estruturadas
Simpósio, Mesas Redondas, Painéis, Entrevista e Debate
Público
Técnicas menos estruturadas
… ou mais informais, reuniões preliminares em pequenos grupos,
diálogos simultâneos
De difícil classificação:
Incluem momentos de discussão, mas também tem estrutura e fases metodológicas bem definidas: Role Playimg; Brainstorming
Abordagem
Construtivista
Metodologias Formativas
Mucchielli (1981)
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Metodologias Formativas
Método da Descoberta
Método indutivo, põe em pratica um forma de raciocínio que consiste em analisar a estrutura, a forma ou os traços de um problema real e a partir daí abstrair e generalizar, formulando leis.
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Metodologias Formativas
Método da Descoberta Cinco benefícios:
1. Aumento do potencial intelectual 2. Motivação intrinseca
3. Melhorar a memorização
4. Aprendizagem dos métodos gerais da descoberta
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Metodologias Formativas
Método da Descoberta Limitações
Perigo de não formular os resultados em termos suficientes gerais de forma a serem transferíveis aos conjuntos de estrutura semelhantes Confusão do essencial com o acessório, na análise dos dados ou na
triagem das informações
Impossibilidade de chegar a leis estatísticas quando se parte de casos concretos em campos onde dominam as probabilidades
Extrapolação abusiva dos resultados
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Metodologias Formativas
Métodos Activos propriamente dito (principais características)
Actividade do sujeito que aprende: o sujeito aprende melhor quando envolvido pessoalmente e totalmente na acção
Motivação dos sujeitos que aprendem: a motivação deve ser intrínseca, o que é apreendido caracteriza-se mais por uma mudança ao nível do
ser e do comportamento do que um saber intelectual ou lembrança Participação num grupo: os métodos activos constituem uma aprendizagem da vida social, da participação cooperação e de um saber-ser, assim como de um conhecimento profissional propriamente
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Metodologias Formativas
Métodos Activos propriamente dito
O professor é mais um facilitador, um catalisador, que um instrutor no sentido estrito
O controlo desaparece, pelo menos nas suas formas clássicas de verificação do saber intelectual ou pratico
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Metodologias Formativas
Métodos Activos:
Formação dirigida no local da pratica profissional: consiste numa
situação profissional real onde o professor apoia o alunos intervindo para especificar os momentos chaves ou os pontos essenciais.
Formação através de simuladores: através de situações experimentais que representam as características estruturais das condições reais,
onde os participantes aprendem os esquemas de comportamentos mais indicados
Mimodramas, Sociodramas e Jogos de Desempenho de Papéis: são métodos activos de formação para as relações humanas
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Metodologias Formativas
Métodos Activos:
Métodos de Casos: através de casos escritos e/ou filmados e da discussão o grupo realiza a acção formadora
Grupo de formação: associado o jogo de desempenho de papeis com o método de casos e aplicando isso a um grupo estimula-se a confrontação objectiva com dados referentes ao proprio comportamento e seus efeitos. Quando os elementos participam de forma não defensiva numa reflexão comum sobre esses dados eles podem completar bastante a sua formação sobre o conhecimento de si, sobre as atitudes e respostas dos outros a seu respeito, sobre o comportamento do grupo e o desenvolvimento do grupo em geral.
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Metodologias Formativas
Métodos Activos:
Os métodos activos são os que permitem melhor ao aluno ter consciência das mudanças comportamentais que precisa de operar atraves da aprendizagem, para alcançar o objectivo pelo
qual se esta a formar, ou seja:
Abordagem
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Abordagem Comportamentalista
CONDICIONAMENTO
Aparecimento de um comportamento novo desencadeado de forma involuntária sob a influencia de um sinal proveniente no meio.
Praticas de formação inspiradas pelo condicionamento são: técnicas de modificação de comportamento e ensino programada
Desempenham um papel mais importante na assimilação de conhecimentos novos do que na sua construção
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Abordagem Comportamentalista
TÉCNICAS DE MODIFIÇÃO DE COMPORTAMENTOS
Para se desenvolver um novo comportamento haverá que primeiramente promover o comportamento pretendido
Assim que uma resposta satisfatória seja produzida, dentro de várias tentativas, essa resposta é reforçada
Estas técnicas pouco apelam à colaboração dos interessados ou a uma escolha partilhada dos objectivos.
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Abordagem Compormentalista
TÉCNICAS DE ENSINO PROGRAMADO
Prevê a construção de um programa, que consiste em prever a sucessão de informações, assim como as perguntas/actividades
que lhes correspondem e as respostas/comportamentos esperados.
É necessário definir, o objectivo a atingir, tratando-se geralmente de um comportamento que vai ser fraccionado em itens.
Abordagem
Comportamentalita
Metodologias Formativas
Mucchielli (1981)
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Metodologias Formativas
MAQUINA DE ENSINAR
Abordagem baseada no programa ramificado
Apesar de apresentar resultados relevantes na pedagogia de adultos, a sua abordagem não se adequa aos conceitos de auto e
hetero-formação.
Recorre ao condicionamento operante (Thorndicke), e respectivo sistema de reforços durante a actividade dos sujeitos em vez da
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Metodologias Formativas
MÉTODO CARRARD
Parte do pressuposto que na base de cada profissão existem uma série de hábitos, que são denominados de automatismos, que
permitem ao profissional dedicar-se totalmente aos aspectos difíceis da sua tarefa, sem incorrer no perigo de se esquecer de
um passo elementar.
Torna-se necessário proceder a uma aprendizagem breve e segura desses “reflexos profissionais”.
Agentes e Factores que
Intervêm no Processo de
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Intervenientes no Processo de Aprendizagem
PERCEPÇÃO ATENÇÃO SELECTIVA ACTIVIDADE MNÉSICA MOTIVAÇÃO OUTROS FACTORES Memória Inteligencia Factores sociais
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Percepção
Processo de organizar e interpretar os dados sensoriais que nos chegam do exterior de forma a tomarmos consciência do ambiente que nos rodeia, dos
outros e de nós próprios.
A Percepção apresenta características de: Selectividade (seleccionamos os elementos que nos impressionam mais) Afectividade (percebe-se melhor o que tem mais valor afectivo),
Globalidade (tendência existente para percepcionar a totalidade em detrimento dos detalhes),
Temporalidade (o tempo que decorre entre a estimulação e a sua recordação, influencia a interpretação que se faz dele),
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Percepção
“Ilusões” Perceptivas
• Estereótipos: Imputação de características a uma pessoa por ela
pertencer a determinado grupo;
• Preconceitos: Características atribuídas em função de determinada
pressão social;
• Ideias feitas: Características atribuídas partindo de generalizações
ou informações sem fundamento;
• Efeito de Halo: Tendência para generalizar determinado traço de
uma pessoa para outros níveis da sua vida;
• Emoções: Interferência do estado emocional na interpretação de
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Percepção
“Ilusões” Perceptivas
É, no entanto, possível controlar estas Ilusões Perceptivas:
Melhorando o Auto-conhecimento;
Incrementando o conhecimento dos nossos grupos de pertença; Evitando percepções rápidas e generalistas;
Atendendo a outras interpretações;
Tomando consciência das nossas inseguranças e consequentes defesas.
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Atenção Selectiva
Situação decorrente da selecção de informação que nos chega pela percepção. Depende da vontade, motivação e de outros factores externos ou internos ao sujeito. Como a atenção não é, assim, um processo constante, torna-se necessário ir alterando os estímulos de
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Actividade Mnésica
É o processo de reter, fixar e evocar a informação recebida aplicando-a de forma adequada a diferentes contextos;
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Motivação
Processo dinâmico e complexo em que interferem factores internos e externos e que condicionam a postura do individuo nas diferentes fases
do processo formativo.
A Atenção Selectiva e a Actividade Mnésica dependem fortemente da Percepção e da Motivação
A motivação é a força que conduz a atitudes dinâmicas, activas e
persistentes. E isto manifesta-se através da mobilização para intervir, da auto estima elevada, e valorização de vontades intrínsecas
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Motivação
A motivação tem sido definida como uma tensão interna que leva o indivíduo a agir com dinamismo e empenho em determinada
direcção, ou seja, é a procura de atingir um objectivo
Tem-se procurado técnicas de motivação para se aplicar no
ensino, isto é, para estimular e incentivar a vontade para os alunos aprenderem. Estes incentivos podem ser de dois tipos: factores internos (motivação intrínseca) ou factores externos (motivação
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Motivação
Podemos ainda dividir a motivação em curto e longo prazo, sendo exemplos destes dois tipos de aprendizagem conseguir uma boa nota no próximo teste ou conseguir concluir um curso com aproveitamento. Relacionando Motivação e Formação, é importante realçar que uma das
principais funções do formador consiste em criar situações ou contextos formativos suficientemente atractivos que motivem o formando, e o
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Motivação
Assim convém que o formador esteja atento a uma série de sinais que poderão ajudar a perceber se o grupo está ou não motivado:
• Interesse demonstrado pelos temas abordados;
• Velocidade na aquisição de conhecimentos;
• Atenção dada às exposições do formador;
• Forma de executar as tarefas solicitadas;
• Resposta à fadiga;
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Motivação
Princípios a respeitar pelo formador:
• Respeitar as diferentes opiniões;
• Procurar sempre o feedback dos formandos;
• Ser espontâneo e autêntico; • Ser empático;
• Reforçar a confiança dos formandos;
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Motivação
Princípios a respeitar pelo formador:
• Adequar a linguagem ao grupo;
• Adequar a formação à realidade, tornando-a útil;
• Evitar a utilização sistemática do método expositivo; • Clarificar os objectivos a atingir;
• Adequar estratégias pedagógicas ao público-alvo; • Privilegiar o trabalho prático;
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Outros Factores - Memória
“Designa-se por memória a capacidade do organismo humano e animal de permitir que não desapareçam totalmente as vivências,
mas reter vestígios delas. (…) A nossa memória tem, além da capacidade de retenção, ainda a da aprendizagem. Esta
capacidade, talvez a mais importante dos animais e dos homens, consiste numa modificação da conduta, que se realiza com base
no êxito ou malogro“
BÜHLER, Charlotte – A Psicologia na Vida do Nosso Tempo, 4ªedição; Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1962
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Outros Factores - Inteligência
É muito difícil separar uma actividade intelectual de uma actividade de aprendizagem, por existir uma relação entre inteligência e
aprendizagem.
Durante muito tempo foi atribuída à inteligência a razão principal para uma maior ou menor facilidade na aprendizagem
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Outros Factores - Inteligência
No entanto, e à medida que foram feitos estudos sobre os
processos ensino-aprendizagem, verificou-se que não existia uma relação directa entre inteligência e capacidade de aprendizagem Exemplos disso são as investigações dos psicólogos americanos
Rosenthal e Jacobson.
Essas investigações revelaram que as expectativas que o
professor tinha em relação aos diferentes alunos influenciavam de uma forma directa os seus resultados e até o seu quociente
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Outros Factores – Factores Sociais
Têm sido feitos estudos sobre o modo como a sociedade influência a aprendizagem.
Esta é influenciada por factores sociais que em nada promovem a igualdade e oportunidades entre alunos.
De estudos efectuados sobre o insucesso escolar sobressaiu uma relação entre a taxa de reprovação e o meio social.
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Outros Factores – Factores Sociais
A escola, enquanto instituição com normas e processos de socialização, linguagem e outras formas de expressão, está mais perto da cultura de origem de determinadas crianças oriundas de meios socioculturais mais
favorecidos.
Toma-se claro que crianças habituadas a ouvir, ler histórias, quando vão para a escola estão mais adaptadas às matérias e têm maior
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Outros Factores – Aprendizagem Anteriores e Experiência
A maioria dos assuntos a aprender não são inteiramente novos e têm mais ou menos relação com anteriores aprendizagens.
A experiência passada influência profundamente as
aprendizagens. Uma experiência agradável dá-nos confiança para futuras aprendizagens nessa área. As situações vivênciadas
influenciam as nossas atitudes face às aprendizagens, quer em relação aos conteúdos, quer em relação aos métodos utilizados
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A transferência de uma situação para outra pode facilitar ou dificultar uma nova aprendizagem.
Uma transferência positiva, exerce uma influência positiva numa futura aprendizagem. Exemplo: aprender a andar de bicicleta, facilita a
aprendizagem de andar de moto.
Uma transferência negativa, dificulta uma nova aprendizagem. Exemplo: saber andar de bicicleta dificulta a aprendizagem de andar de barco (quando se quer
andar para a direita terá de se virar o leme para a esquerda).
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Factores que influenciam a aprendizagem em
contexto clínico
Autonomia
Satisfação
Profissional
Reconhecimento Clareza do Papel a desempenhar Suporte dos Pares Oportunidades dos Pares Qualidade de Supervisão Hart e Rotem (1995)80