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(HENRIQUES)Convencao sobre Alteracoes Climatic

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CONVENÇÃO-QUADRO DAS

NAÇÕES UNIDAS

SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

António Gonçalves Henriques

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CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES

UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

CONCEITOS DE BASE

240

Radiação infra-vermelha re-emitida

168

Radiação solar absorvida pela superfície terrestre e re-emitida como radiação infra-vermelha

72

Radiação solar absorvida pela atmosfera e re-emitida como radiação

infra-vermelha

103

Radiação solar reflectida

343

Radiação solar incidente

W/m2

W/m2

CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS

SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

CONCEITOS DE BASE

O CO2, o vapor de água e outros gases (CH4, N2O) absorvem a radiação infra-vermelha reflectida da superfície terrestre para o espaço. Estes gases representam menos de 0,1% da atmosfera.

A energia da radiação infra-vermelha reflectida é transferida para as camadas mais altas da atmosfera por mecanismos como a evaporação, correntes de ar, formação de nuvens e precipitação.

A alteração da composição da atmosfera, por aumento de gases com efeito de estufa, GEE, altera balanço entre a energia recebida e a energia emitida pela superfície terrestre e pela própria atmosfera.

A duplicação da concentração de GEE que se espera no início do sec. 21 reduz a quantidade de energia reflectida para o espaço de 2% (equivalente à energia da combustão de 3 milhões de toneladas de petróleo por minuto). Esta energia não se limita a ficar acumulada na atmosfera.

Em resposta o clima é alterado (aumento global da temperatura e mudança nos padrões climáticos - precipitação e dinâmica das massas de ar).

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

CONSEQUÊNCIAS ESPERADAS

• Aquecimento verificado: cerca de 0,6 ºC desde 1850. • Aquecimento esperado: 1,4 ºC a 5,8 ºC até 2100.

• A década de 1990 foi a mais quente do último milénio. 1998 foi o ano mais quente.

• Grande incerteza nos efeitos globais e à escala regional e local. • Aumento da frequência de fenómenos extremos e catástrofes.

• Alteração dos padrões de distribuição da precipitação: aumento do stress hídrico. Em que regiões?

• Deslocação das zonas climáticas para os pólos: 150 km a 550 km para a variação de 1 ºC a 3,5 ºC.

• Degelo e expansão térmica das águas do mar: Subida do nível médio das águas do mar (10 a 20 cm no séc. 20, 9 a 88 cm no séc. 21).

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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GASES COM EFEITO DE ESTUFA

AFECTADOS PELA ACTIVIDADE HUMANA

1 0 0 0 1 2 0 0 1 4 0 0 1 6 0 0 1 8 0 0 2 0 0 0 W /m 2 Dióxido de carbono

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1 0 0 0 1 2 0 0 1 4 0 0 1 6 0 0 1 8 0 0 2 0 0 0 W /m 2 Metano 1 0 0 0 1 2 0 0 1 4 0 0 1 6 0 0 1 8 0 0 2 0 0 0 W /m 2 Óxido nitroso

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Emissões de CO2 (milhões de ton por ano)

Ásia e Pacífico: 2167

Europa: 1677

América do Norte: 1614

América Latina e Caraíbas:365

África:223

Ásia Ocidental:187 Total mundial: 6234

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

RESPOSTAS

• Existe um problema: Convenção ratificada por 188 Estados (Mar 2005). Entrou em vigor em Março de 1994.

Estabelece como objectivo último a estabilização da

concentração de GEE num nível que previna a interferência antropogénica perigosa no clima.

• Estabelece que esse nível seja atingido num prazo suficiente

para permitir a adaptação dos ecossistemas às alterações climáticas, que a produção de alimentos não seja afectada e que o desenvolvimento económico se processe de forma sustentada. Requer que se adoptem medidas preventivas e

adaptativas. Adopção do princípio da precaução.

• Que medidas devem ser adoptadas? Protocolo de Quioto de 1997, cujas negociações se concluíram em Marraquexe em Outubro de 2001.

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

RESPOSTAS

• A Convenção estabelece um ponto de partida: Tomar em consideração os efeitos das alterações climáticas nas políticas agrícolas, de energia, transportes, recursos naturais e actividades nas zonas costeiras. Partilha de tecnologias e conhecimentos sobre as formas de redução das emissões de GEE: energia, transportes, indústria, agricultura, florestas e gestão de resíduos.

• A Convenção incentiva a investigação sobre as alterações

climáticas: Recolha de dados meteorológicos, e investigação.

Cria um organismo subsidiário para aconselhamento técnico e científico dos governos.

Inventário das fontes e dos sumidouros.

• A Convenção responsabiliza os países mais desenvolvidos pelo

combate às alterações climáticas: países da OCDE e 12

economias em transição - Europa Central e de Leste e Rússia. Manter as emissões em 1990 ao nível de 2000.

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

RESPOSTAS

• A Convenção baseia-se no conceito de desenvolvimento

sustentável.

• A Convenção apela ao desenvolvimento e partilha de

conhecimentos e tecnologias amigas do ambiente.

• A Convenção enfatiza a necessidade de educar as pessoas

sobre as alterações climáticas e sobre as respectivas consequências.

• Os indícios de alterações climáticas aumentaram. Em 1995 o IPCC conclui, num relatório elaborado e revisto por mais de 2000 cientistas de todo o mundo, que as alterações climáticas são já uma

consequência dos efeitos antropogénicos. Embora as emissões de alguns países tenham estabilizado, as emissões continuam

globalmente a aumentar. O que fazer?

PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS

• Acrescenta novos compromissos, mais fortes e mais complexos

do que os estabelecidos na Convenção.

• Fortes interesses económicos envolvidos.

• Estabelece objectivos legalmente vinculativos e prazos para a

redução das emissões dos países mais desenvolvidos: reduzir as

emissões de 5% relativamente a 1990 em 2010 (média de 2008 a 2012) - primeiro período de compromisso.

Devem ser demonstrados progressos relevantes em 2005.

• O Protocolo abrange seis GEE: CO2, metano, óxido de azoto, HFC, PFC, SF6. O CO2representa quatro quintos dos efeitos totais.

Os efeitos são traduzidos em ton equivalentes de CO2. • O Protocolo só se torna legalmente vinculativo após ser

ratificado por, pelo menos, 55 países que totalizem, pelo menos 55% das emissões dos países desenvolvidos (Anexo I) em 1990.

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PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS

• Os objectivos podem ser alcançados por redução das emissões ou por aumento dos sumidouros, com base no método de cálculo acordado em Marraquexe.

• O segundo gás mais importante é o metano: as emissões são

geradas pela agricultura (plantações de arroz), actividades pecuárias e tratamento de resíduos sólidos urbanos. As emissões de metano têm vindo a decair. São, no entanto, difíceis de monitorizar.

• As emissões de N2O resultam do uso de fertilizantes. São também difíceis de monitorizar.

• O Protocolo não abrange os CFC, porque são abrangidos pelo Protocolo de Montreal e as emissões têm vindo a reduzir-se. • No entanto os CFC têm vindo a ser substituídos por HFC e PFC,

porque não degradam a camada de ozono, embora sejam GEE. É necessário garantir que o controlo das emissões que afectam a camada de ozono e os GEE são compatíveis.

(14)

PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS

• O SF6tem um potencial de efeito de estufa 23 900 vezes superior ao CO2. É utilizado como isolador eléctrico, condutor de calor e fluido de refrigeração.

• O Protocolo estabelece normas de monitorização das emissões e confirmação das reduções por forma a que os resultados

apresentados pelos diferentes países sejam credíveis e comparáveis. • O Protocolo permite que os países que conseguirem reduções

maiores do que as que se comprometeram possam obter créditos para os períodos seguintes de compromisso de redução.

• O Protocolo aponta políticas internas e medidas para reduzir as emissões: políticas fiscais, eliminação de subsídios a actividades que geram emissões de GEE, comércio de emissões, programas

voluntários, políticas de transportes, normas de construção. • O Protocolo apela à cooperação internacional.

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PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS • Compromissos diferenciados:

- 8% para os países da UE, Suíça e da Europa Central e Oriental.

- 7% para EUA.

- 6% para Canadá, Hungria, Japão e Polónia, 0% para Nova Zelândia, Rússia e Ucrânia. 1% para a Noruega,

8% para a Austrália, 10% para a Islândia.

• Os países em desenvolvimento devem tomar medidas específicas e apresentar essas medidas.

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PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

Compromissos da UE Bélgica Dinamarca Alemanha Grécia Espanha França Irlanda Itália Luxemburgo Países Baixos Áustria Portugal Finlândia Suécia Reino Unido 92,5% 79% 79% 125% 115% 100% 113% 93,5% 72% 94% 87% 127% 100% 104% 87,5%

PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS

• Todos os países devem adoptar medidas para:

– reduzir as emissões,

– de adaptação aos impactes das alterações climáticas, – submeter informação sobre os programas nacionais e os

níveis de emissões,

– facilitar a transferência de tecnologia,

– cooperar na investigação científica e tecnológica, – promover acções de formação e educação.

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PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS • Medidas para reduzir as emissões :

– regulamentares (p.e. limites de emissão de GEE, eficiência energética, códigos de construção de edifícios),

– incentivos económicos (p.e. promoção de energias

renováveis, incentivo dos transportes públicos, incentivo do transporte ferroviário ou marítimo-fluvial),

– fiscais (p.e. taxas diferenciadas em função das emissões de GEE),

– acções de formação e educação (redução dos consumos energéticos).

• Vantagens económicas: empresas mais competitivas, melhoria da saúde pública e do ambiente urbano.

• Os países em desenvolvimento podem adoptar tecnologias mais evoluídas.

PROTOCOLO DE QUIOTO DE 1997

RESPOSTAS

• Mecanismos complementares (suplementaridade) : – comércio de emissões,

– implementação conjunta,

– apoio aos países em desenvolvimento (créditos de emissão).

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

ORGÃOS

• Conferência das Partes (reuniões anuais desde 1995). • Comité de Aconselhamento Científico e Técnico. • Comité de Implementação.

• GEF • IPCC

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

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CONVENÇÃO SOBRE ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS

Aplicação a nível Nacional

O cenário Business as Usual (BaU) conduz a um aumento de 54% a 63% das emissões de GEE em 2010,

face ao ano de referência 1990

As medidas contempladas pelo Cenário de Referência permitem uma redução de 7,6 a 8,8 MtCO2

Com as Medidas Adicionais espera-se uma redução de 6,7 a 7 MtCO2

Torna-se necessário uma redução suplementar

de 1,7 a 5,6 MtCO2, por forma a cumprir Quioto

Necessidade de reduzir

de 16 a 21 MtCO2

para cumprir Meta Quioto

PLANO NACIONAL DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

2006

• O Programa Nacional para as Alterações Climáticas, é o instrumento de política do Governo que suporta o

cumprimento do Protocolo de Quioto (PQ) pelo Estado Português.

• Avalia o compromisso de Portugal face ao primeiro período de cumprimento do PQ, tendo em consideração a

actualização da informação, em particular a de natureza macroeconómica e de políticas e medidas com impacte no balanço nacional de emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

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PLANO NACIONAL DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

2006

• Actualização dos inventários nacionais de emissões de GEE, em sectores de

actividade como os dos transportes, consumo de gases fluorados e águas residuais industriais; a base metodológica dos inventários nacionais que Portugal reporta anualmente é comum às estimativas de projecção de emissões de GEE, ficando assegurada a consistência metodológica entre os valores históricos, em particular os valores do ano de 1990 e os valores de projecção; • Informação das variáveis de actividade dos diferentes sectores de actividade

geradores de emissões de GEE, incluindo ajustamentos das expectativas de crescimento económico;

• Grau de implementação de políticas e medidas sectoriais incluídas no PNAC

2004, monitorizadas em 2004, e ajustamento das suas metas esperadas para 2010, se oportuno;

• Identificação de novas medidas adicionais, com o objectivo principal de redução de emissões de GEE.

PLANO NACIONAL DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

2006

• Quantidade atribuída (QA), entendida como o

montante de emissões de GEE de origem

antropogénica, medido em unidades de CO

2e

, que

Portugal não deverá ultrapassar no quadro do

acordo da Comunidade Europeia de partilha de

responsabilidades de cumprimento do PQ. Portugal

reportou uma QA de 385 970,45 Gg CO

2e

. Este

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