Processo nº 1167/2010
(embargos de terceiro)
LORI MARAN
e IDONIA MARIA COLOMBELLI MARAN
vs. AUTO VIAÇÃO VITÓRIA RÉGIA, LTDA.
e MANOEL CÍCERO LOPES & CIA., LTDA.
Sentença
“É obrigatória a apresentação de certidões negativas
de ações para a lavratura do ato notarial, de modo
que, se isto não se realiza a contento, a falha é do
ad-quirente que tinha condições e, até mesmo, o dever de
se certificar das demandas pendentes contra o
alienan-te, das quais poderia decorrer sua insolvência (...). Por
isso, para invocar a boa-fé para eximir-se das
conse-quências da fraude de execução, o terceiro terá de
de-monstrar que, não obstante o zelo com que diligenciou
a pesquisa e certificação de inexistência de ações contra
o alienante, não chegou a ter conhecimento daquela
que, in concreto, existia e, na realidade, acabou sendo
fraudada” (Theodoro Júnior, Curso de Direito
Proces-sual Civil, vol. II. Rio de Janeiro: Forense, 43ª ed.,
2008)
— I. —
1. — Alega a inicial, em síntese, o seguinte: a) as
embargantes adquiriram de Antônio Bonifácio
Malve-zi, em 10/7/2003, a fazenda descrita na inicial, e na
mesma data receberam a posse; b) a escritura foi
la-vrada em 12/7/2006; c) em 17/3/2009 os
embarga-dos promoveram a penhora da dita fazenda, na
execu-ção apensa, autos 0898/1997, que movem contra
An-tônio; d) a penhora ofende os direitos de propriedade
e posse das embargantes caracterizando esbulho
judi-cial; e) ao adquirem o imóvel, que se achava livre e
desonerado, as embargantes tomaram todas as
caute-las exigíveis, e não tinham meios de saber que havia
ação em curso contra o vendedor.
Pediram o provimento dos embargos para levantar
a penhora em debate, com baixa do registro na
matrí-cula, e condenação do réu nos encargos da
sucum-bência.
2. — Intimado, o embargado impugnou,
afirman-do, em suma, que: a) houve fraude à execução; b) ao
tempo da venda corria a ação apensa, contra Antônio,
e a alienação do imóvel, seu único bem, tornou-o
in-solvente; c) as embargantes não tomaram as cautelas
mínimas exigíveis, ao adquirem a fazenda, pois não
pediram certidão do distribuidor da comarca em que
o vendedor declarou residir.
condenação das embargantes nos encargos da
sucum-bência.
3. — As embargantes se manifestaram sobre a
im-pugnação, reiterando os argumentos da inicial.
Saneador a f.187, irrecorrido.
A prova oral foi deferida, mas as partes não a
pro-moveram.
Os memoriais reiteram as teses já resumidas.
— II. —
4. — Começo por relembrar que ensina a
juris-prudência:
“O julgador não é obrigado a examinar todos os dis-positivos indicados pelo recorrente, nem a responder um a um os argumentos invocados, se apenas um deles é suficiente para solução da lide, em prejuízo dos de-mais” 1.
“O juiz não está obrigado a responder todas as alega-ções das partes, quando já tenha encontrado motivo su-ficiente para fundar a decisão, nem se obriga a ater-se aos fundamentos indicados por elas e tampouco
1 STJ, 2ª T.., EDcl nos EDcl no REsp nº 198330/MG, Rel. Min. Peçanha
der um a um todos os seus argumentos” 2.
O caso em exame enquadra-se perfeitamente nas
lições supra.
5. — Com efeito, quando as embargantes
adquiri-ram o imóvel em disputa, corria contra o vendedor,
Antônio, a demanda apensa, ajuizada em 1997, e
jul-gada em primeira instância em junho de 2005. A
alie-nação do imóvel reduziu Antônio à insolvência: desde
2008 o credor busca, sem sucesso, localizar bens do
devedor, capazes de arcar com a execução. Só foi
lo-calizado o imóvel objeto deste litígio.
Estão presentes, pois, de forma incontroversa, os
requisitos do art. 593 II do CPC:
Art. 593 - Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens:
[...]
II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, cor-ria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à in-solvência;
6. — O dispositivo acima cria uma presunção
rela-tiva de que a alienação do bem é fraudulenta. É
indis-cutivelmente fraudulenta, ou seja, feita de má-fé,
pe-lo lado do alienante: Antônio, sabendo-se citado e já
condenado na ação apensa, não pode alegar que
2 TJPR, 3ª C.Cív., ac. nº 16639, rel. Juiz Ronald Schulman, j. em
deu seu único bem às embargantes sem intenção de
lesar o credor.
Quanto ao elemento subjetivo com que obraram as
embargantes, a presunção derivada do art. 593 II é
re-lativa: pode ser vencida mediante prova em contrário.
O ônus dessa prova é do adquirente, por duas
ra-zões:
primeiro, porque litiga contra uma presunção legal,
e como ensina J
OSÉC
ARLOSB
ARBOSAM
OREIRA, “a
pessoa a quem a presunção desfavorece suporta o
ônus de demonstrar o contrário, independentemente
de sua posição processual, nada importando o fato de
ser autor ou réu” (As presunções e a prova, in Temas
de Direito Processual, 1.ª série, 1.ª ed., São Paulo:
Saraiva, 1977, p. 60);
segundo, porque “na teoria da distribuição
dinâmi-ca, o ônus da prova recai sobre quem tiver melhores
condições de produzi-la, conforme as circunstâncias
fáticas de cada caso” (STJ, RMS nº 27358), e é o
ad-quirente quem tem melhores condições de produzir a
prova da sua diligência ao contratar, já que é prova de
negócios seus, práticas suas, coisas de seu interesse,
que o credor, distante e insciente, não tinha como
fis-calizar. Como lembrou o STJ no precedente acima
ci-tado,
“Embora não tenha sido expressamente contemplada no CPC, uma interpretação sistemática da nossa legisla-ção processual, inclusive em bases constitucionais, con-fere ampla legitimidade à aplicação dessa teoria, levan-do-se em consideração, sobretudo, os princípios da
iso-nomia (arts. 5º, caput, da CF, e 125, I, do CPC), do de-vido processo legal (art. 5º, XIV, da CF), do acesso à justiça (art, 5º XXXV, da CF), da solidariedade (art. 339 do CPC) e da lealdade e boa-fé processual (art. 14, II, do CPC), bem como os poderes instrutórios do Juiz (art. 355 do CPC)
É aplicação da regra da distribuição dinâmica das
cargas probatórias, hoje consagrada pela ciência
pro-cessual, e bem lembrada no magistério de HUMBERTO
THEODORO JÚNIOR, citado a f.85:
“É obrigatória a apresentação de certidões negativas de ações para a lavratura do ato notarial, de modo que, se isto não se realiza a contento, a falha é do adquirente que tinha condições e, até mesmo, o dever de se certifi-car das demandas pendentes contra o alienante, das quais poderia decorrer sua insolvência (...). Por isso, para invocar a boa-fé para eximir-se das consequências da fraude de execução, o terceiro terá de demonstrar que, não obstante o zelo com que diligenciou a pesquisa e certificação de inexistência de ações contra o alienan-te, não chegou a ter conhecimento daquela que, in con-creto, existia e, na realidade, acabou sendo fraudada” (Curso de Direito Processual Civil, vol. II. Rio de Ja-neiro: Forense, 43ª ed., 2008)
No mesmo sentido foi a decisão do STJ, no
prece-dente já mencionado:
“Aplicando-se a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova à hipótese específica da alienação de bem litigioso, conclui-se que o terceiro adquirente reúne plenas condições de demonstrar ter agido de boa-fé, enquanto que a tarefa que incumbiria ao seu adversário, de provar o conluio daquele com o alienante, se mostra
muito mais árdua”.
E prossegue o posicionamento do STJ afirmando
que:
“O adquirente de qualquer imóvel deve acautelar-se, obtendo certidões dos cartórios distribuidores judiciais que lhe permitam verificar a existência de processos en-volvendo o vendedor, dos quais possam decorrer ônus (ainda que potenciais) sobre o imóvel negociado. No julgamento do REsp 618.625/SC, 3ª Turma, minha re-latoria, DJ de 11.04.2008, consignei que: A apresenta-ção das referidas certidões, no ato da lavratura de escri-turas públicas relativas a imóveis, é obrigatória, ficando, ainda, arquivadas junto ao respectivo Cartório, no ori-ginal ou em cópias autenticadas (cfr. §§ 2.º e 3.º, do art. 1.º, da Lei n.° 7.433/1985).
No mesmo sentido, a manifestação do i. Min. Aldir Passarinho Junior no julgamento do REsp 943.951/PR, 4ª Turma, DJ de 08.10.2007, no qual ressalva que seu entendimento pessoal:
„Se harmoniza com a orientação sobre o tema do Egrégio Supremo Tribunal Federal, no sentido de que bastante a prévia existência de ação para que se configu-re a fraude à execução, sendo absolutamente possível ao adquirente a obtenção de certidões junto aos cartórios de distribuição, para informar-se sobre a situação pesso-al dos pesso-alienantes e do imóvel, cientificando-se da exis-tência de demandas que eventualmente possam implicar na constrição da unidade objeto do contrato‟. [...]
Yussef Said Cahali pondera que:
„Não encontramos fundamentação convincente (se é que existe), para a afirmação, no caso, de uma pretensa presunção de boa-fé ou inocência em favor do
adquiren-te que adquiren-terá deixado de tomar, quando do negócio, as cautelas elementares devidas, beneficiando-se de sua própria omissão ou desídia‟ (Fraudes contra credores. São Paulo: RT, 4ª ed., p. 506). [...]
Se, a partir da vigência da Lei n° 7.433/85, na lavra-tura da escrilavra-tura pública relativa a imóvel, o tabelião obrigatoriamente faz constar, „no ato notarial, a apre-sentação do documento comprobatório‟ dos „feitos ajui-zados‟, não é crível que a pessoa que adquire imóvel desconheça a existência da ação distribuída em nome do proprietário, sobretudo se o processo envolve o próprio bem. Além disso, a ausência de verificação, pelo adqui-rente, das ações judiciais propostas em face do alienan-te, viola a boa-fé objetiva, por contrariar padrão de conduta mínimo exigível na celebração dessa espécie de avença. Realmente, as elevadas somas envolvidas nessa modalidade de negócio e o fato de ser do conhecimento de todos as formalidades a ele inerentes, permitem su-por que o adquirente sabe dos gravames existentes so-bre o imóvel, assumindo o risco futuro da transação ser considerada fraudulenta. Nesse contexto, cabe ao com-prador provar que desconhecia a existência de ação em nome do vendedor do imóvel, não apenas em decorrên-cia da exigêndecorrên-cia do art. 1º da Lei nº 7.433/85, mas, so-bretudo, porque só se pode considerar, objetivamente, de boa-fé, o comprador que adota mínimas cautelas pa-ra a segupa-rança jurídica da sua aquisição [...]” (STJ, RMS nº 27358).
É firme a jurisprudência nesse mesmo sentido, e os
precedentes são numerosos:
“Processo Civil. Recurso Especial. Fraude à execu-ção. Art. 593, inciso II, do CPC. Presunção relativa de
fraude. Ônus da prova da inocorrência da fraude de execução. Lei n.° 7.433/1985. Lavratura de escritura pública relativa a imóvel. Certidões em nome do pro-prietário do imóvel emitidas pelos cartórios distribuido-res judiciais. Apdistribuido-resentação e menção obrigatórias pelo tabelião. Cautelas para a segurança jurídica da aquisição do imóvel. O inciso II, do art. 593, do CPC, estabelece uma presunção relativa da fraude, que beneficia o autor ou exequente, razão pela qual é da parte contrária o ônus da prova da inocorrência dos pressupostos da frau-de frau-de execução. A partir da vigência da Lei n.° 7.433/1985, para a lavratura de escritura pública rela-tiva a imóvel, o tabelião obrigatoriamente consigna, no ato notarial, a apresentação das certidões relativas ao proprietário do imóvel emitidas pelos cartórios distri-buidores judiciais, que ficam, ainda, arquivadas junto ao respectivo Cartório, no original ou em cópias autenti-cadas. Cabe ao comprador do imóvel provar que desco-nhece a existência da ação em nome do proprietário do imóvel, não apenas porque o art. 1.º, da Lei n.º 7.433/85 exige a apresentação das certidões dos feitos ajuizados em nome do vendedor para lavratura da escri-tura pública de alienação de imóveis, mas, sobretudo, porque só se pode considerar, objetivamente, de boa-fé, o comprador que toma mínimas cautelas para a segu-rança jurídica da sua aquisição. Tem o terceiro adqui-rente o ônus de provar que, com a alienação do imóvel, não ficou o devedor reduzido à insolvência, ou demons-trar qualquer outra causa passível de ilidir a presunção de fraude disposta no art. 593, II, do CPC, inclusive a impossibilidade de ter conhecimento da existência da demanda, apesar de constar da escritura de transferên-cia de propriedade do imóvel a indicação da
apresenta-ção dos documentos comprobatórios dos feitos ajuiza-dos em nome do proprietário do imóvel” (STJ - REsp 618.625/SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19.02.2008).
“Cabe ao adquirente do bem demonstrar que agiu de boa-fé, porquanto não era possível ou não era necessá-rio saber da existência da execução ou da inscrição em dívida ativa. [...] Em se cuidando de bens imóveis, a es-critura pública sinaliza que o negócio observou as for-malidades legais, já que, desde a vigência da Lei nº 7.433/1985, as partes precisam apresentar as certidões fiscais, de feitos ajuizados e de ônus reais ao tabelião. Todavia, se as partes declararam, por ocasião da lavra-tura da escrilavra-tura, que dispensam a apresentação de cer-tidões fiscais e de feitos ajuizados, o adquirente do imó-vel deve provar que tomou as precauções necessárias para a realização do negócio, demonstrando a impossi-bilidade de ter conhecimento da pendência de execução fiscal (antes da LC nº 118/2005) ou da inscrição em dí-vida ativa (após a LC nº 118). [...] A discussão sobre a boa-fé do adquirente deve ser travada em embargos de terceiro, competindo o ônus da prova exclusivamente ao autor, já que se trata de fato constitutivo do seu
pe-dido” (Apelação/Reexame Necessário nº
2008.70.16.000064-7/PR, 1ª Turma do TRF da 4ª Re-gião, Rel. Joel Ilan Paciornik. j. 22.06.2011, unânime, DE 29.06.2011).
“A discussão sobre a boa-fé do adquirente deve ser travada em embargos de terceiro, competindo o ônus da prova exclusivamente ao autor, já que se trata de fato constitutivo do seu pedido” (Apelação/Reexame Neces-sário nº 0005418-91.2010.404.9999/PR, 1ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Joel Ilan Paciornik. j.
25.05.2011, unânime, DE 01.06.2011)
“A devedora tomou ciência da execução anterior-mente à cessão de direitos e obrigações sobre imóveis, figurando como cedente e a terceira embargante como adquirente. Configurar-se, pois, fraude à execução, a qual é presumida, implicando em ônus de prova em contrario ao terceiro adquirente. 3. A pessoa a quem a presunção desfavorece suporta o ônus de demonstrar o contrário. Logo, caberá ao terceiro adquirente, através dos embargos de terceiro provar que, com a alienação ou oneração, não ficou o devedor reduzido à insolvên-cia, ou demonstrar qualquer outra causa passível de ili-dir a presunção de fraude disposta no art. 593, II, do CPC, inclusive a impossibilidade de ter conhecimento da existência da demanda. 4. Cabe ao comprador pro-var que desconhece a existência da ação em nome do vendedor, porque não é crível que a pessoa adquirente de imóvel desconheça a existência da ação distribuída contra o vendedor, não tendo ela se acautelado mini-mamente para a segurança jurídica da sua aquisição, precavendo-se com a apresentação das certidões negati-vas forenses” (Apelação Cível nº 2005.71.02.003312-8/RS, 1ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Álvaro Edu-ardo Junqueira. j. 25.08.2010, unânime, DE 01.09.2010).
7. — De forma que é certo que as embargantes
ti-nham o ônus de elidir a presunção de fraude do art.
593, provando que foram cautelosas ao adquirirem o
imóvel. Não o provaram. Ao contrário, a prova que
exibiram confirma que foram desidiosas. Dizem que
obtiveram e examinaram, ao comprar, todas as
certi-dões negativas. Não é verdade. Na escritura se
cons-tata que apresentaram somente uma certidão negativa
de débitos municipais em Santa Filomena, uma
certi-dão negativa da Receita Estadual, e a certicerti-dão do
Re-gistro Imobiliário, dando conta de não haver restrição
averbada na matrícula do bem.
Faltou pedir o documento mais importante, e mais
óbvio de todos, que era a certidão do Distribuidor da
comarca onde o vendedor morava: Maringá, a mesma
comarca onde corria o processo apenso.
Era fácil, para as embargantes, escapar do prejuízo
que agora terão de suportar: o processo que conduzia
o alienante à insolvência, e materializava a fraude,
corria na comarca onde ele confessava morar. Não se
trata de uma daquelas hipóteses onde o adquirente
não tem como saber que há processo contra o
alienan-te, porque este declara domicílio falso, ou o processo
corre numa comarca distante do domicílio das partes.
Ora, o alienante declarou expressamente que tinha
domicílio em Maringá. Pouco importa que a fazenda
fique no Piauí e as adquirentes residam no Rio
Gran-de do Sul. Importava investigar se, no lugar Gran-de seu
domicílio, o alienante não respondia a processos.
Di-ligência óbvia, simples, rápida, barata, e que qualquer
comprador com um mínimo de discernimento e
aten-ção tomaria. As embargantes não tomaram.
Sua indiligência confirma a presunção do art. 593
II do CPC, e conduz à conclusão de que, como não
provaram sua boa-fé na aquisição do bem, cuja
aliena-ção tornou o vendedor insolvente, a fraude tem de
ser reconhecida. Por isso os embargos improcedem.
— III. —
8. — Isso posto, julgo improcedente o pedido
ini-cial, julgo extinto o processo na forma do art. 269 I
do CPC, e condeno as embargantes ao pagamento das
custas e despesas processuais, e honorários
advocatí-cios que arbitro em oito mil reais, considerando o
al-to zelo do procurador da parte adversa, o faal-to de
se-rem os serviços profissionais prestados longe do foro
da sede da advocacia daquele, a relativa simplicidade
da causa, e a necessidade de comparecimento em
au-diências.
P., r. e i.. Maringá, 19 de abril de 2012.
ALBERT O MA R QU ES D OS SANT OS