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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Coficab, Portugal (Guarda)

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Pedro Daniel Nunes Rebelo Marques

(2)

GESP.007

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

PEDRO DANIEL NUNES R EBELO MARQUES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GESTÃO

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda i

Agradecimentos

Antes de iniciar o meu relatório, não posso deixar de agradecer a todos os que contribuíram para esta caminhada de sucesso, que foi o meu percurso escolar.

Agradeço aos professores (as) da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, por este processo de aprendizagem durante os anos de licenciatura.

Agradeço à entidade que acolheu o meu estágio curricular, a Coficab Portugal. Durante este estágio, no qual fui muito bem acolhido por parte de toda a empresa, desde o gabinete da produção ao departamento de recursos humanos, aprendi bastante e por isso deixo um agradecimento especial aos colegas que trabalharam diariamente comigo, nomeadamente ao Dr. Cedrico Pires e à Dra. Elisabete Patrício que foram fundamentais neste meu processo de aprendizagem.

Agradeço à minha orientadora de estágio, a professora Ascensão Braga, por toda a sua disponibilidade, pelo seu apoio e por toda a compreensão demonstrada na orientação e elaboração deste relatório.

Por último, e não menos importante, deixo um agradecimento aos meus pais e à minha irmã, por todo o apoio demonstrado durante esta caminhada.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda ii

Identificação

Aluno: Pedro Daniel Nunes Rebelo Marques

Número: 1010762

Contacto: 966833088

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do

Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Licenciatura: Gestão

Empresa onde foi realizado o estágio: Coficab, Portugal

Morada: Lote 46 Industrial E.N. 18,1 – Km 25 Vale de Estrela

6300 – 230 Guarda

Contacto: Tel.: +351 271 205 090

Fax: + 351 271 205 099

Duração do Estágio: 400 Horas

Data de Início: 16 de Julho de 2014

Data de conclusão: 26 de Setembro de 2014

Supervisor do Estágio na Empresa: Dr. Cedrico Pires- Responsável de Formação dos

Recursos Humanos

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda iii

Plano de Estágio

O estágio curricular foi realizado na Coficab Portugal em dois departamentos: o departamento da produção e o departamento de recursos humanos. Neste sentido, as tarefas planeadas para serem realizadas ao longo do estágio foram definidas em função de cada um destes departamentos.

Departamento da produção:

 Introdução de valores dos mapas diários (Extrusão e Cobre) e das folhas de produção (Trefiladoras/Rebobinadoras/Torcedoras/Extrusoras) no Excel;

 Introdução dos valores da Trefilagem e da Extrusão no Access (Base de Dados);  Arquivo de documentos/ Arquivo Morto;

 Introdução de valores do Controlo de pesagens / Relatórios diários de produção no respetivo programa;

 Elaboração de “Purchase Request” (pedidos de encomenda) no portal SharePoint1.

Departamento de recursos humanos:

 Levantamento de ajudas visuais e atualização das mesmas;

 Apoio na seleção e entrevistas de novos trabalhadores para a empresa;  Programa de Integração/ Formação dos trabalhadores.

1

O SharePoint é uma plataforma que fornece de suporte às necessidades web empresariais, nomeadamente em áreas como a gestão documental e de ficheiros, ferramentas sociais, pesquisa empresarial e de integração de processos. Com esta plataforma, tudo se torna mais fácil no que toca a acesso a ficheiros e à troca dos mesmos.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda iv

Resumo

Um estágio curricular proporciona oportunidades para que o estudante desenvolva competências em situações do dia-a-dia, complementando o que aprendeu na teoria para colocar, agora em prática no exercício profissional. Com a realização do estágio curricular, não só se aprendem novas coisas, como se consegue colocar em prática os conhecimentos até então adquiridos na parte curricular de uma licenciatura.

O meu estágio curricular, foi realizado na Coficab, na Guarda, uma empresa multinacional, que tem como atividade a produção de fios e cabos elétricos para o sector automóvel.

Este relatório tem como finalidade, dar a conhecer todas as tarefas realizadas durante o período de estágio que ocorreu de 16 de Julho a 26 de Setembro de 2014, no departamento da produção e no departamento de recursos humanos.

Palavras-chave: Extrusão, Produção, Recursos Humanos, Gestão, Cobre, Cablagens

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda v

Índice

Agradecimentos ... i

Identificação ... ii

Plano de Estágio ... iii

Resumo ... iv

Índice ... v

Índice de Figuras ... vii

Índice de Quadros ... ix

Índice de Gráficos ... ix

Índice de Anexos ... x

Glossário de Siglas ... xi

Introdução ... 1

Capítulo I- Caracterização da entidade promotora do estágio ... 2

1.1 O Grupo Elloumi ... 3

1.2 Coficab Portugal ... 4

1.2.1- História da Coficab Portugal ... 4

1.2.2 – Localização da Empresa ... 7

1.2.3 -Visão/Missão/Valores ... 8

1.2.4-Estrutura Organizacional da Empresa ... 10

1.2.5 - Caracterização da atividade da empresa ... 17

1.2.6- Caracterização do processo produtivo ... 18

1.2.7- Clientes ... 25

1.2.8- Fornecedores ... 28

1.2.9- Política Social da Empresa ... 29

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda vi

Capítulo II- Atividades desenvolvidas durante o estágio ... 32

2.1- Tarefas realizadas no departamento de produção ... 33

2.1.1-Extrusão ... 34

2.1.2-Base de dados- Extrusão ... 36

2.1.3-Trefilagem ... 38

2.1.4-Base de dados-Trefilagem ... 39

2.1.5- Torção ... 40

2.1.6- Controlo de Pesagens ... 41

2.1.7-Relatório diário de produção ... 42

2.1.8- Rebobinadoras ... 43

2. 1.9- Arquivo de documentos/Arquivo Morto ... 43

2.1.10- Elaboração de Purchase Request ... 47

2.2- Tarefas Realizadas no departamento de recursos humanos ... 48

2.2.1-Recrutamento e seleção de pessoal ... 48

2.2.2- Registo administrativo de novos colaboradores ... 50

2.2.3- Integração dos novos colaboradores ... 53

2.2.4- Formação ... 54

Conclusão ... 56

Bibliografia ... 57

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Índice de Figuras

Figura 1: Organograma do grupo Elloumi ... 3

Figura 2: Área adquirida pela Coficab Portugal em 2012 ... 6

Figura 3: Tecnical Center ... 6

Figura 4: Vista Satélite (2014) Coficab Portugal ... 7

Figura 5: Caminho a percorrer até à Coficab ... 7

Figura 6: Organograma da empresa ... 16

Figura 7: Etapas do processo produtivo ... 18

Figura 8: Desbastadora ... 18

Figura 9: Processo de Desbastagem ... 19

Figura 10: Trefiladora Múltipla ... 19

Figura 11: Processo de Trefilagem ... 20

Figura 12: Torcedora ... 20

Figura 13: Processo de Torção ... 21

Figura 14: Extrusora ... 22

Figura 15: Processo de Extrusão ... 23

Figura 16: Colorização do fio ... 23

Figura 17: Armazém de bobines ... 24

Figura 18: Posicionamento das Coficab e os seus clientes ... 25

Figura 19: Clientes Coficab ... 26

Figura 20: Clientes Finais Coficab ... 26

Figura 21: Ficheiro de Excel Extrusão ... 35

Figura 22: Ficheiro de Excel Extrusão- Rebobinadoras ... 35

Figura 23: Mapa Diário- Base de dados- Extrusão... 36

Figura 24: Aspeto Mapa Diário da Extrusão ... 37

Figura 25: Ficheiro de Excel- Trefilagem ... 38

Figura 26: Base de Dados- Trefilagem ... 39

Figura 27: Ficheiro de Excel-Torção ... 40

Figura 28: Ficheiro de Excel-Controlo de Pesagens ... 41

Figura 29: Ficheiro de Excel- Relatório diário da produção ... 42

Figura 30: Exemplo de uma folha de produção das rebobinadoras ... 43

Figura 31: Ficheiro de Excel- Rebobinadoras ... 43

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Figura 33: Ficheiro de Excel- Arquivo Morto ... 45

Figura 34: Lombada ... 45

Figura 35: Pastas para arquivo morto ... 46

Figura 36: Arquivo Morto ... 46

Figura 37: Purchase Request ... 47

Figura 38: SharePoint Coficab-Recursos Humanos ... 50

Figura 39: Vista do Menu uMan@work Global HR -Diretório de Aplicações ... 51

Figura 40: Interface do menu “Empregado” - uMan@work Global HR ... 51

Figura 41: Interface Utilizador- uMan@work Global HR ... 52

Figura 42: Processo de recrutamento e seleção ... 53

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda ix

Índice de Quadros

Quadro 1: Unidades Industriais do Grupo Coficab ... 5

Quadro 2: Vendas referentes ao ano de 2013 ... 27

Quadro 3: Principais fornecedores de matéria-prima ... 28

Quadro 4: Horários dos turnos... 31

Índice de Gráficos

Gráfico 1: Género do Colaborador ... 30

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Índice de Anexos

Anexo 1: Mapa Diário do Cobre (Indicadores Desbastagem/Trefilagem/Torcedoras) .. 59

Anexo 2: Mapa Diário da Extrusão (Indicadores Extrusão/Rebobinadoras) ... 62

Anexo 3: Declaração da Produção das Linhas de Extrusão ... 65

Anexo 4: Declaração da Produção das Rebobinadoras ... 68

Anexo 5: Declaração da Produção- Trefiladoras Múltiplas ... 71

Anexo 6: Declaração da Produção-Torcedoras ... 74

Anexo 7: Declaração da Produção- Trefiladora pesada ... 77

Anexo 8: Relatório diário da produção... 79

Anexo 9: Ajuda Visual ... 81

Anexo 10: Testes Psicotécnicos ... 83

Anexo 11: Guião de Entrevista ... 108

Anexo 12: Entrevista ... 113

Anexo 13: Ficha de Inscrição ... 114

Anexo 14: Ficha de Situação Profissional ... 114

Anexo 15: Folha de IRS ... 114

Anexo 16: Controlo Interno da Torção (Inglês) ... 114

Anexo 17: Controlo Interno da Extrusão ... 114

Anexo 18: Módulo de Formação- Exemplo ... 114

Anexo 19: Plano de Formação ... 114

Anexo 20: Comunicação de Trabalho Extraordinário ... 114

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Glossário de Siglas

ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão I&D - Investigação e Desenvolvimento

IPG - Instituto Politécnico da Guarda

IRS - Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares KM - Quilómetro

MP - Matéria-Prima

NIF - Número de Identificação Fiscal

NISS - Número de Identificação Segurança Social PA - Produto Acabado PE - Polietileno PP - Prolipropileno PUR - Poliuretano PR - Purchase Request PVC - Ploricloreto de Vinilo RH - Recursos Humanos

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 1

Introdução

De modo a completar a licenciatura em gestão, realizei o estágio curricular na Coficab Portugal, uma empresa que tem como atividade o fabrico de cabos para a indústria automóvel e energética. O estágio foi realizado no departamento da produção e no departamento de recursos humanos.

O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades que desenvolvi ao longo do estágio curricular, permitindo assim, a conclusão da licenciatura em Gestão na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

Para o desenvolvimento de qualquer organização, todos devem estar envolvidos no processo, desde gestores a colaboradores. Estes precisam entender a importância de conhecer e perceber a gestão como uma finalidade de garantir o desenvolvimento das organizações no mercado.

A realização deste estágio foi uma experiência muito gratificante pois permitiu colocar em prática conhecimentos que adquiri ao longo da minha formação académica, assim como adquirir novos conhecimentos que me serão uteis no futuro trabalho.

O presente relatório encontra-se dividido em dois capítulos. No Capítulo I, apresenta-se a empresa onde decorreu o estágio e o Grupo Elloumi. O Capítulo II tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas ao longo do estágio no departamento da produção e no departamento de recursos humanos.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 2

Capítulo I

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1.1 O Grupo Elloumi

2

O grupo Elloumi foi fundado na Tunísia, pela família Elloumi e possui um vasto investimento na produção de fios e cablagens. Este grupo constitui um amplo império empresarial, que vai desde os fios elétricos para automóveis, até ao setor imobiliário. Eis algumas atividades desenvolvidas pelo grupo Elloumi:

 Fios elétricos para automóveis;  Cablagens para automóveis;

 Indústria agrícola e de transformação alimentar;

 Instalação de redes públicas elétricas e de telecomunicações;  Utensílios de cozinha sob licença SEB e TEFAL;

 Setor imobiliário.

O grupo Elloumi tem fortes recursos económicos e tem várias unidades industriais distribuídas pelo mundo, na Tunísia, na Roménia, em Marrocos e em Portugal, como se pode observar no organograma seguinte (Figura 1).

2 Este capítulo foi elaborado com base em documentação cedida pela Coficab Portugal.

Fonte: Documentação fornecida pela Coficab Figura 1: Organograma do grupo Elloumi

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 4

1.2 Coficab Portugal

1.2.1- História da Coficab Portugal

A Coficab Portugal foi fundada a 26 de Janeiro de 1993, na cidade da Guarda, tendo como objeto social a fabricação de fios e cabos isolados para a indústria automóvel. A atividade da empresa, em termos produtivos, ocorreu em agosto desse mesmo ano. A implantação da Coficab na cidade da Guarda, esteve fundamentalmente associada ao crescimento das atividades nas cablagens da Península Ibérica. Outro dos fatores da implantação da Coficab na cidade da Guarda, deve-se ao facto da sua boa área geográfica, o que vai influenciar positivamente o desempenho da atividade da empresa, uma vez que está numa região de proximidade com os clientes.

O capital social inicial estava distribuído por dois acionistas: o Sr. Hager Elloumi Chakroun e a COFAT Internacional (joint-venture entre a Packard Electric e a família Elloumi) com 0,2% e 99,8% respetivamente. Posteriormente, a Empresa Reinshagen (Empresa do Grupo Packard Electric, situada na Alemanha) decidiu cessar os seus serviços na atividade de produção de fios, sendo todo o seu equipamento transferido para a Coficab Portugal, aproveitando-o para o arranque da sua produção.

Atualmente, o acionista que assegura a total gestão da empresa, é o grupo Elloumi, com 100% do capital social da Coficab Portugal, adquirido em 2000.

A Coficab Portugal, estava cada vez mais a aumentar as suas vendas e a conquistar novos clientes, por isso as suas instalações deixaram de ser suficientes para o volume de negócios que detinha. Em 2003, sentiu a necessidade de construir uma nova unidade industrial, em Vale de Estrela (Guarda), para onde fez a transferência de toda a sua atividade.

O Grupo Elloumi, para além da Coficab Portugal, já tinha anteriormente adquirido a Coficab Tunísia. No ano de 2001, foi decidido criar um grupo de empresas: Coficab, geograficamente localizadas, situadas na Península Ibérica e Norte de África, tendo como principal objetivo o posicionamento face aos seus clientes, tornando-se mais eficazes e rigorosos no cumprimento dos prazos de entrega, podendo assim praticar preços mais competitivos.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 5

O grupo Coficab, é composto por várias unidades industriais (ver quadro 1) que, para além de funcionarem autonomamente, têm a particularidade de em conjunto realizarem uma otimização dos recursos e aproveitamento de capacidades disponíveis em cada unidade industrial.

Fonte: Elaboração Própria/Adaptado

Quadro 1: Unidades Industriais do Grupo Coficab

Unidades Industriais Localização Constituição

Coficab Tunisie Tunes-Tunísia 1992

Coficab Portugal Guarda-Portugal 1993

Coficab Maroc Tanger- Marrocos 2001

Coficab Eastern Europe Arad-Roménia 2004

Coficab Deutschland Wuppertal- R&D Center 2005

Coficab MED Medjez El Beb - Tunísia 2009

Coficab International Tânger - Marrocos 2012

Coficab Kenitra Kenitra- Marrocos 2012

Coficab Ploiesti Ploiesti-Roménia 2013

Coficab US El Paso- USA 2013

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 6

Em Abril de 2012, a Coficab Portugal alargou as suas instalações, adquirindo um novo lote de terreno com 39.117m², dos quais 6996,10 m² de área coberta (ver figura 2). Nesta área estão os 3 edifícios, correspondentes a Nave 1, Nave 2 e Nave 3.

Em Junho de 2014, mais precisamente no dia 10 de Junho e aproveitando as comemorações do dia de Portugal que ocorreram na cidade da Guarda, o Presidente da Republica inaugurou o Tecnical Center (Figura 3).

Este centro tecnológico tem por missão desenvolver novos produtos para aplicação na indústria automóvel, que tenham vantagens técnicas, económicas ou ambientais em relação aos de uso corrente. É uma unidade independente da estrutura da empresa, dedicando-se ao desenvolvimento e inovação.

Fonte: Declaração Ambiental Coficab Portugal

Fonte: Imagens Google Figura 2: Área adquirida pela Coficab Portugal em 2012

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1.2.2 – Localização da Empresa

Nome: COFICAB Portugal - Companhia de Fios e Cabos, Lda. Morada: Lote 46-EN 18.1-Km 2,5 Vale de Estrela

6300-230 Guarda

Telefone: +351 271 205 090 Fax: + 351 271 205 099

Página Web: http://www.coficab.pt

Atividade: Fabricação de Fios e Cabos para o sector Automóvel Número de Contribuinte: 503 062 928

Capital Social: 2.000.000 €

Registo nº 1655 da Conservatória do Registo Comercial da Guarda

CAE: 27320

Código NACE: 3130

As figuras 4 e 5 apresentam a localização da Coficab Portugal.

Fonte: Google Earth Fonte: www.coficab.pt Figura 5: Caminho a percorrer até à Coficab

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1.2.3 -Visão/Missão/Valores

3

Visão

Segundo Chiavenato (2005) “A visão estabelece uma identidade comum quanto aos propósitos da organização para o futuro, a fim de orientar o comportamento dos membros quanto ao destino que a organização deseja construir e realizar. “

Neste sentido, a visão da Coficab Portugal é “Ser reconhecida como líder mundial na produção de fios e cabos automobilísticos.“

Missão

Segundo Chiavenato (2005) “A missão funciona como o propósito orientador para as atividades da organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Serve para clarificar e comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia organizacional.”

A missão da Coficab passa por dar o melhor para cada um dos clientes e parceiros e construir uma cultura de excelência baseada em valores comuns, melhores práticas e em total conformidade com as normas legais e de segurança. Em busca de uma sustentabilidade duradoira concentrando os nossos esforços na inovação, ambiente e capital humano.

Valores

A Coficab desenvolve a sua atividade assente nos seguintes valores:

 Orientar os objetivos, as estratégias e as ações de forma a obter a satisfação total dos clientes e desenvolver a notoriedade da empresa;

 Assumir todas as responsabilidades com autonomia, tolerância, perseverança e disponibilidade;

 Respeitar os procedimentos, as instruções e as regras internas de trabalho, de higiene e segurança, assim como, as normas e a legislação em vigor;

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 9

 Trabalhar em equipa, estar aberto à mudança, respeitar os outros, manter um bom ambiente profissional e ter uma correta conduta;

 Dominar e melhorar permanentemente os seus conhecimentos, as competências e métodos de trabalho baseando-se nas melhores práticas.

 Dominar e melhorar permanentemente as nossas performances e produtividade respeitando os objetivos e promovendo um trabalho bem organizado e bem feito.  Identificar, analisar e eliminar permanentemente todas as formas de desperdício.  Zelar pela correta utilização e salvaguarda do património, do saber fazer, assim

como, as informações da empresa com integridade, honestidade e lealdade.  Antecipar, identificar e resolver todos os problemas realizando ações preventivas

e corretivas necessárias, e assegurar o “Não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje”.

 Definir um local para cada coisa, colocá-lo no seu lugar e zelar pela sua conservação.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 10

1.2.4-Estrutura Organizacional da Empresa

O organograma da Coficab Portugal (ver figura 6), foi elaborado a partir de informação cedida na empresa, tendo sido dado especial destaque para os departamentos da produção e dos recursos humanos.

Em seguida, apresenta-se de forma sucinta os objetivos e funções associados a cada departamento da Coficab.

 Diretor da Fábrica

Objetivos:

 Gerir e coordenar as atividades correntes das principais áreas operacionais da Empresa;

 Garantir que em todos os níveis da Empresa sejam conhecidos e assimilados os valores da mesma.

Funções:

 Elaborar em conjunto com o diretor de operações e a direção financeira, os planos de negócio de curto e médio prazo e definir as estratégias que garantem o seu cumprimento;

 Estabelecer objetivos a cumprir com todos os departamentos da sua responsabilidade;

 Representar a Empresa perante fornecedores, clientes e visitas;

 Incutir a todos os departamentos da Empresa, um espírito de melhoria contínua e necessidade de mudanças orientadas;

 Garantir a primazia do cliente em todas as situações de potencial conflito de interesses.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 11

 Assistente de direção

Objetivos:

 Tem como principal objetivo, apoiar administrativamente o diretor da fábrica e todo o staff localizado na unidade fabril.

Funções:

 Elaborar relatório semanal e/ou mensal com base nas informações recebidas do diretor da fábrica e divulgar o relatório;

 Atualizar semanalmente os indicadores de performance da produção da empresa;  Emitir notas internas/externas;

 Elaborar atas de reunião;

 Realizar as faturas de material comprado;

 Emitir Purchase Request no sistema informático;

 Atendimento de telefones, anotações e divulgação de mensagens.  Departamento Financeiro

Objetivos:

 O principal objetivo passa por garantir e melhorar a rentabilidade, a solvabilidade, a independência financeira e a salvaguarda dos interesses da empresa.

Funções:

 Planificar, organizar, coordenar e controlar financeiramente a empresa, assegurando assim, a longo prazo, a sua sobrevivência financeira.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 12

 Departamento de Qualidade

Objetivos:

 De acordo com as normas e os regulamentos em vigor, integrar o controlo da qualidade, a preservação do ambiente e a segurança do produto em todas as funções da empresa.

Funções:

 Preparar e assegurar a eficácia e a eficiência do sistema de gestão da qualidade e ambiental implementado. Com isto, pretende-se assegurar uma resposta eficaz a: reclamações técnicas, melhorias do produto e a pedidos de informação e análises.

 Departamento da Produção

Objetivos:

 Garantir uma melhoria contínua, otimizando a utilização das capacidades e dos meios de produção.

Funções:

 Fornecer ao armazém produtos de qualidade, em quantidades e dentro dos prazos, de acordo com as necessidades definidas pelo processo, que é determinado através das encomendas feitas pelos clientes.

 Departamento de Investigação & Desenvolvimento

Objetivos:

 O objetivo principal em parceria técnica com os clientes, fornecedores e instituições de investigação, é de desenvolver, controlar, e de documentar o saber fazer na conceção de materiais, processos, produtos e serviços.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 13 Funções:

 A principal função deste departamento é conceber e desenvolver o produto de acordo com as exigências do cliente, dentro dos prazos e custos determinados pela empresa.

 Departamento de Logística

Objetivos:

 O departamento de logística tem como principal objetivo otimizar os circuitos logísticos de informações e de bens, reduzindo os stocks em todas as etapas e garantindo assim, todas as entregas e receções dentro dos prazos estabelecidos.

Funções:

 Planificar e entregar ao cliente os produtos por ele encomendados, na qualidade e nos prazos pré - acordados.

 Departamento de Recursos Humanos

Objetivos:

 Além de procurar desenvolver o potencial humano para garantir a ocupação contínua dos postos de trabalho, o departamento de recursos humanos deve, garantir a satisfação, o espírito de equipa e a segurança de todos no local de trabalho.

Funções:

 Recrutar pessoal qualificado para realizar as atividades necessárias ao bom funcionamento da empresa, bem como de desenvolver atividades de lazer para todos os colaboradores.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 14

 Departamento de compras

Objetivos:

 Negociar, comprar bens e serviços com as melhores condições técnicas, logísticas, comerciais, financeiras e jurídicas, tendo em conta fornecedores competentes, competitivos e credíveis.

Funções:

 Aquisição de materiais, equipamentos e matéria-prima, tendo em conta: o preço, a qualidade e o prazo de entrega.

 Departamento de vendas

Objetivos:

 Acompanhamento e auxílio aos atuais e potenciais novos clientes;

 Implementar uma política de marketing junto dos potenciais clientes da Coficab a fim de captar atividade suplementar para a empresa.

Funções:

 Negociar contratos com os clientes;

 Selecionar potenciais novos clientes e estabelecer prévios contatos com os mesmos;

 Emitir, atualizar e fazer cumprir todos os procedimentos de vendas da empresa;  Efetuar visitas de rotina aos clientes para verificar as suas necessidades, e fazer

transmitir as mesmas para a empresa.

 Obter informação sobre as necessidades dos clientes, tendo em vista o desenvolvimento do produto para satisfazer os mesmos.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 15

 Departamento de manutenção

Objetivos:

 O objetivo do departamento de manutenção, visa instalar, preservar e manter em bom estado de utilização todos os equipamentos afetos à empresa, melhorando assim a qualidade e a performance dos mesmos.

Funções:

 Garantir a manutenção de todos os equipamentos necessários ao bom funcionamento da empresa, através de trabalhadores especializados para a função.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 16

Diretor da Fábrica

Assistente de Direção

Financeiro Qualidade I &D Produção

Extrusão Cobre

Trefilagem Torção

Logística Vendas Recursos

Humanos Compras Manutenção

Formação Comunicação Salários Ambiente

Fonte: Elaboração Própria Figura 6: Organograma da empresa

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 17

1.2.5 - Caracterização da atividade da empresa

A atividade da Coficab Portugal passa pelo fabrico de fios e cabos para o sector automóvel. Os produtos fabricados são constituídos por fios condutores em cobre, que depois são revestidos com um material isolante que pode ser: PP (Prolipropileno), PVP (Ploricloreto de Vinilo) e PE (Polietileno).

Possui uma unidade de produção com uma capacidade instalada de 42.000 km/semana de fios e cabos, dispondo de 2 linhas de desbaste, 6 linhas de trefilagem, 44 torcedoras e 11 linhas de extrusão. Os fios que atualmente a Coficab produz, são constituídos por um conjunto de condutores em cobre, torcidos, que após serem revestidos, são classificados com uma determinada referência

A Coficab aposta fortemente na capacidade de inovação dos seus produtos e serviços, para isso, lançou no mercado fios mais baratos, com melhor comportamento térmico, e com entregas no prazo estabelecido. A empresa aposta fortemente no desenvolvimento de novos produtos.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 18

1.2.6- Caracterização do processo produtivo

O processo produtivo tem como base as seguintes etapas, da figura 7.

Armazém das Matérias-Primas

É considerada como a primeira fase do processo. Após a entrada da matéria-prima, o cobre, em armazém, é efetuada a sua receção técnica, onde se assegura a garantia de qualidade das matérias.

Processo de Desbastagem

O cobre de diâmetro 8 mm, que pesa cerca de 5 toneladas, entra na desbastadora (figura 8) ficando sujeito a um processo de estiramento onde se reduz o diâmetro de 8 mm para 1,76 mm. Armazém Matérias-Primas Desbastagem Trefilagem Torção Extrusão Armazém/Expedição

Fonte: Documentos internos Coficab Portugal

Fonte: Elaboração própria Figura 7: Etapas do processo produtivo

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 19

Quando o feixe é reduzido até ao diâmetro pretendido, é encestado num cesto metálico. Na figura 9 pode se ver o processo de desbastagem.

Processo de Trefilagem

Após o estiramento na trefiladora pesada (desbastadora), um conjunto de fios de cobre entram na trefiladora múltipla (figura10), onde são puxados por pequenos cabrestantes associados a um conjunto de fieiras diamantadas, que os reduzem sucessivamente a diâmetros inferiores. Durante esta fase circula no interior da máquina a emulsão de trefilagem, constituída por água e óleo, que tem a função de lubrificar e eliminar todos os resíduos que se vão formando. Acoplado a cada trefiladora múltipla, existe um recozedor que confere ao cobre propriedades de resistência mecânica - alongamento e elasticidade.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 9: Processo de Desbastagem

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 20

Todos os fios são sujeitos a um tratamento térmico de recozimento, de modo a restabelecer as suas propriedades elétricas, sendo no fim bobinados para bobines metálicas. Na figura 11, pode ver todo o processo de trefilagem.

Processo de Torção

Após a trefilagem, procede-se à união de vários feixes de cobre, com o objetivo de formar uma determinada composição de acordo com o tipo de fio e secção a produzir. As bobines são transportadas até ao pay-off da torcedora (figura 12), onde se dá a compactação dos fios.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 11: Processo de Trefilagem

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 21

Os fios estão agrupados num cabo de cobre compacto. Esse cabo de cobre tem o nome de condutor. O condutor é enrolado em bobines metálicas de grandes dimensões.

Na figura 13, estão imagens representativas do processo de torção.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Processo de Extrusão

O processo de extrusão é realizado nas extrusoras (figura 14) e tem como primeira etapa o processo de revestimento, onde se aplica sobre a alma do cobre uma camada de material isolante. Este isolante é composto por um material neutro (PVC, PP, PE, Silicone, PUR (Poliuretano) e Flúor) ao qual é adicionado um colorizante. O conjunto dos dois permite efetuar o revestimento do cobre, conferindo-lhe o aspeto definitivo com a cor pretendida.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 22

Fonte: Documentos Internos da Coficab Portugal

Posteriormente, dá-se o processo de revestimento, que é um processo de injeção do isolante após a fusão deste numa extrusora a cerca de 200ºC. O fio é transportado através do pay-off para um pré-aquecedor e seguidamente para a extrusora. O fio é controlado dimensionalmente no seu diâmetro por leitura ótica em contínuo e marcado com a respetiva referência através de um jato de tinta.

A alimentação do revestimento é feita desde os silos através de uma central de alimentação.

O fio é submetido a um banho de água numa caleira de arrefecimento após o qual passa por um processo de secagem por ar comprimido.

Finalmente, o fio revestido já arrefecido é rebobinado para um cone de plástico, o qual chamamos como produto acabado. De referir, que durante todo o processo de extrusão efetua-se um teste de alta tensão para detetar falhas de isolamento ou acumulação de isolante em excesso.

Na figura 15, estão representadas imagens relativas ao processo de extrusão.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 23

O conjunto do PVC neutro com o colorizante permite efetuar o revestimento do cobre dando-lhe o aspeto definido e a cor desejada. Esse processo está representado na figura 16.

Fonte: Documentos internos Coficab Portugal

PVC Colorizante Fio

Fonte: Documentos Internos da Coficab Portugal Figura 15: Processo de Extrusão

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 24 Processo de Armazenamento

À saída da extrusão, todo o produto é identificado através de um sistema informático e encaminhado para o armazém de produto acabado, onde é separado por tipo de fio e posteriormente encaminhado para o cliente (figura 17).

Fonte: Documentos internos da Coficab Portugal Figura 17: Armazém de bobines

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 25

1.2.7- Clientes

Os produtos fabricados pela Coficab, têm como destino as indústrias de cablagens para automóveis.

Inicialmente a empresa fornecia apenas fios para as fábricas do grupo Delphi localizadas em Portugal, contudo essa estratégia mudou e atualmente, a estratégia do grupo passa pela diversificação da sua carteira de clientes, alargando o leque a outros fabricantes importantes de cablagens.

Na figura 18, pode verificar-se os locais onde a Coficab tem centros produtivos pelo mundo, bem como dos seus clientes.

Fonte: Coficab Portugal

Nota, para o facto das empresas da Coficab estarem situadas em termos estratégicos na Península Ibérica e Norte de África tendo assim como objetivo uma melhor localização face aos clientes e consequentemente maior facilidade em cumprir prazos de entrega.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 26

Os clientes da Coficab Portugal, são empresas nacionais e internacionais, tais como os que são apresentados na figura 19, a quem a empresa vende diretamente os seus produtos.

Fonte: Documentos Coficab Portugal

Por sua vez, estes clientes vendem o produto Coficab a marcas de renome internacional, como se pode constar na figura 20. Estes clientes são designados como clientes finais.

Fonte: Documentos Coficab Portugal Figura 19: Clientes Coficab

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 27

O mercado de fio para cablagens tem vindo a crescer, não em resultado do aumento significativo do número de automóveis produzidos, mas sim em resultado do crescimento das opções elétricas e eletrónicas, aumentando assim o peso das cablagens nos automóveis.

O quadro 2 mostra-nos o volume de vendas da Coficab Portugal no ano de 2013.

Fonte: Declaração ambiental Coficab Portugal/Elaboração própria

Quadro 2: Vendas referentes ao ano de 2013

Mercado Km fio vendido %

Nacional 159.634 9

Internacional 1.606.982 91

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 28

1.2.8- Fornecedores

Os fornecedores da Coficab são uma das principais garantias de qualidade, para isso, estão sujeitos a critérios de seleção de modo a satisfazer as necessidades dos clientes nas seguintes vertentes: qualidade, prazo, preço praticado e capacidade de inovação do produto.

Na Coficab existe uma comunicação frequente com os fornecedores no sentido de colaborarem no desenvolvimento de novos produtos.

A seleção de fornecedores da Coficab, baseia-se nos seguintes requisitos:  Certificação de Qualidade (ISO 9001 e/ou ISO/TS 16949);  Certificação Ambiental (critério complementar);

 Capacidade de inovação e fornecimento de produtos de alta qualidade;  Resposta ao Caderno de Encargos fornecido pela COFICAB;

 Competitividade.

Os fornecedores, com maior importância na distribuição de matérias-primas são os que estão representados no quadro 3. De realçar, que o fornecimento de matéria-prima tem de cumprir certos critérios como são: a qualidade do produto, do serviço e o cumprimento dos prazos de entrega.

Quadro 3: Principais fornecedores de matéria-prima

Matéria-Prima Origem Fornecedor

Cobre Torcido França Nexans

Tunísia Chakira

Espanha Cunext

PVC Espanha Perplastic

Portugal Cabopol

Cobre 8mm França Societé Lensoise du

Cuivre

Espanha Cunext

Alemanha Norddeutsche Affinerie

Colorizante de PVC Itália Polyone

PP Espanha Perplastic

Alemanha Basell

Colorizante de PP Itália Clariant

Tintas de Marcação França Imaje

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 29

1.2.9- Política Social da Empresa

“Para compreender o comportamento humano é fundamental o conhecimento da motivação humana. Motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma isto é, tudo aquilo que dá origem a alguma propensão a um comportamento específico” (Chiavenato, 1982)

A Coficab Portugal proporciona um clima de bem-estar a todos os seus trabalhadores, devido às suas políticas de motivação. Entre as políticas de motivação, destacam-se as seguintes:

 Gimnodesportivo para a prática de ténis e de futebol de 5;  Ginásio equipado com os mais diversos equipamentos;

 Jantar anual de Natal para todos os colaboradores e familiares (com entrega de prendas para as crianças até aos 12 anos de idade);

 Vários eventos durante o ano (BTT, Torneios de Futebol);  Postal de aniversário;

 Seguro de saúde e várias parcerias com entidades para a realização de descontos através de cartões para esse efeito.

 Programa de sugestões;

O programa de sugestões é um programa mensal, analisado pelo responsável do departamento de recursos humanos e tem como finalidade o envolvimento de todos os colaboradores, registando as suas opiniões para que se possam melhorar as condições quer do trabalhador, quer da empresa. A empresa beneficia assim com as ideias de todos os colaboradores nas mais diversas áreas.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 30 90%

10%

Género

Masculino Feminino

1.2.10- Caracterização dos Recursos Humanos da Empresa

A Coficab Portugal, aposta em colaboradores especializados e em novas tecnologias, para fazer face à sociedade cada vez mais competitiva. A competitividade e o sucesso da empresa encontram-se aliados aos recursos humanos, pelo que a existência de colaboradores competentes e polivalentes são importantes para a empresa atingir os seus objetivos.

O processo de formação dos colaboradores é tido como muito importante no desenvolvimento da Coficab, como iremos verificar mais à frente (Capítulo II).

A Coficab Portugal emprega atualmente cerca de 390 colaboradores, dos quais cerca de 45% são contratos de carácter permanente, os restantes são colaboradores com contrato a termo certo.

Através de uma análise da distribuição dos colaboradores por género, pode verificar-se a supremacia do género masculino, devido essencialmente ao tipo da atividade da empresa (Gráfico 1).

Fonte: Elaboração Própria Gráfico 1: Género do Colaborador

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 31 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Número de Colaboradores

A empresa adota um sistema de trabalho por turnos, exceto no departamento administrativo cujo horário é fixo (08h30-17h30). Nos departamentos da produção, armazém, qualidade e manutenção os trabalhadores trabalham em 4 turnos rotativos, sendo que um turno folga, quando necessário, como pode verificar no quadro 4.

Quadro 4: Horários dos turnos

Fonte: Elaboração Própria

A Coficab Portugal tem apresentado um crescimento considerável no seu nível de atividade, o que leva ao recrutamento de novos colaboradores. Assim, nos últimos 6 anos, ou seja, entre 2008 e 2013, a empresa duplicou o número de colaboradores, como pode verificar no gráfico 2.

Gráfico 2: Evolução do número de colaboradores

Fonte: Elaboração Própria

Turno Horário

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 32

Capítulo II

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 33

Para terminar a licenciatura em gestão é necessário realizar um estágio curricular. O meu estágio foi realizado na empresa Coficab Portugal, sediada na Guarda.

A fim de poder desenvolver novos conhecimentos e poder aplicar os conhecimentos até então adquiridos ao longo da parte curricular da licenciatura em gestão, foi-me proposto a realização do estágio em dois departamentos: o departamento da produção e o departamento de recursos humanos. Em ambos, realizei várias tarefas, as quais se passam a descrever.

2.1- Tarefas realizadas no departamento de produção

O departamento da produção, tem como principal objetivo otimizar a utilização dos meios de produção e garantir uma melhoria contínua da produtividade. Neste sentido, o meu dia era composto por um conjunto de tarefas, as quais não poderia falhar, devido à responsabilidade inerente às mesmas.

No início de cada dia (08h30m) recolhia os mapas diários do cobre e da extrusão (anexo 1 e 2), as folhas de produção da extrusão (anexo 3), das rebobinadoras (anexo 4), da trefiladora múltipla (anexo 5), das torcedoras (anexo 6) e da trefiladora pesada, ou desbastadora, (anexo 7). Seguidamente, introduzia os valores dos mapas diários (cobre e extrusão) numa folha de cálculo do Excel e na base de dados do respetivo programa, bem como os valores das folhas de produção.

Depois de introduzir todos os valores nos respetivos programas era necessário fazer o arquivo da documentação, nos respetivos dossiês e pastas, contudo esta tarefa podia não ser feita diariamente. Sempre que as pastas se encontravam cheias, era necessário criar pastas novas e colocar as antigas no arquivo morto da empresa.

Estas tarefas faziam parte da rotina diária no departamento da produção. A par destas tarefas outras me iam sendo solicitadas, como a realização de pedidos de encomenda, contudo estas tinham um carácter esporádico.

De seguida, apresenta-se a descrição pormenorizada de cada uma das tarefas realizadas neste departamento, nomeadamente a Extrusão, a Trefilagem e a Torção.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 34

2.1.1-Extrusão

O mapa da extrusão é composto pelo registo das folhas de produção das linhas extrusoras e dos irradiadores (anexo 3) e pelas folhas de produção das rebobinadoras (anexo 4). O registo do mapa diário era feito numa folha de cálculo do no Excel, onde colocava o nome da secção de fio produzida, a produção em quilómetros produzidos de fio e em quilómetros equivalentes, o desperdício de PVC/PP, de cobre e de fio e as horas de funcionamento. Sempre que existissem mudanças de secção, ou algum disfuncionamento na máquina, ou se a máquina durante aquele turno estivesse parada para realizar ensaios, também era necessário introduzir esses dados.

Os dados introduzidos na folha de cálculo do Excel são referentes às 11 linhas de extrusão e aos 2 irradiadores. Este registo é diário sempre que termina um turno, de modo a poder registar tudo o que é feito nesse turno.

Na figura 21, apresenta-se um excerto do ficheiro em Excel, onde foram introduzidos os valores referidos anteriormente.

Nas secções em destaque representadas na figura 21, eram apenas introduzidos valores ou o relatório do problema, caso a máquina tivesse alguma avaria ou problema.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 35

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Neste ficheiro em Excel, eram também introduzidos dados referentes às rebobinadoras. Aqui introduzia, apenas o número de bobines recuperadas e as horas de funcionamento da máquina (figura 22).

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Figura 21: Ficheiro de Excel Extrusão

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 36

2.1.2-Base de dados- Extrusão

Além de introduzir os dados na folha de cálculo do Excel, era também necessário introduzir os dados no programa “Mapa Diário”, com base nas folhas de produção da extrusão. Ao abrir o programa, aparecia o menu (figura 23), onde introduzia a credencial da Dra. Elisabete Patrício e posteriormente introduzia a equipa (A/B/C/D) que estava a trabalhar no turno (1º,2º,3º) e a data.

Após a introdução destes dados, clicava sobre o menu “Abrir formulário”, e prosseguia para a próxima interface deste programa (figura 24).

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Em seguida, colocava a linha corresponde à folha de produção, bem como o tipo de fio produzido e a secção de fio produzida. Contabilizava o número de bobines que se produziam e somava os metros de cada uma.4 Caso existisse algum problema com a bobine, era notificado na folha e representava no campo conveniente. Na figura 24 explica-se o procedimento para a introdução dos dados no programa.

4 É de realçar que o registo neste programa era feito para cada tipo de fio, ou seja, se durante uma folha de

produção existissem três fios diferentes, tinha de fazer três registos neste programa. As bobines só podem ser somadas se produzirem o mesmo tipo de fio.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 37

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Escolher a linha correspondente ao registo, que podia ser da EXT01 à EXT11 e dos IRR02/03.

A secção é escolhida de acordo com o fio, por exemplo, para o fio FLR2XB, existia a secção 0,50/0,75/1.00.

No caso de existir na folha de produção alguma nota sobre o facto de a bobine ter algum erro, anota-se quantas bobines tinham o erro e os metros correspondentes. Os erros resultantes são aqueles que estão na coluna do lado esquerdo.

Nestes campos contabilizava-se o número de bobines correspondente a cada fio e somam-se os metros produzidos por elas.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 38

2.1.3-Trefilagem

O mapa do cobre é composto pelos registos das folhas de produção das trefiladoras múltiplas (anexo 5), das torcedoras (anexo 6) e das trefiladoras pesadas, ou desbastadoras, (anexo 7).

Nesta área da trefilagem, registavam-se na folha de cálculo do Excel os valores que se encontram no mapa diário. Inicialmente, introduzia os valores da produção em quilómetros e quilos (km e kg) de fio, o desperdício do cobre e as horas de funcionamento, por serem os valores mais importantes para a reunião diária, que se realizava entre os departamentos. Esses valores estão em destaque na figura 25.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 25: Ficheiro de Excel- Trefilagem

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 39

2.1.4-Base de dados-Trefilagem

A introdução dos valores na base de dados do Access, é um suporte para confirmar os valores que surgem no verso das folhas de produção das trefiladoras múltiplas (anexo 6).

Na base de dados preenche-se a data, a equipa de trabalho (A,B,C,D), a composição do fio produzido e a máquina onde foi produzido (trefiladora 1,2,3,4,5,6) e ainda a quantidade produzida de cada fio. De referir que cada tipo de fio requer um registo, ou seja, se num turno forem produzidos 3 fios, então serão necessários 3 registos.

A figura 26 diz respeito à base de dados da trefilagem.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 26: Base de Dados- Trefilagem

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 40

2.1.5- Torção

No mapa do cobre também temos o registo das folhas de declaração de produção das torcedoras (anexo 6).

Neste processo têm que ser inseridos os quilómetros de fio que foram realizados no respetivo turno, a secção produzida, o desperdício de cobre, as horas de funcionamento, as quebras/paragens, se existirem, bem como os respetivos disfuncionamentos aliados a essas quebras ou paragens

A figura 27 diz respeito ao ficheiro de Excel onde introduzia os valores respeitantes à torção.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 27: Ficheiro de Excel-Torção

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 41

2.1.6- Controlo de Pesagens

O controlo das pesagens é feito com base nos dados fornecidos pelas folhas de registo de trefiladoras pesadas (anexo 7). De acordo com estas folhas, preenche-se os campos que se encontram na figura 28.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Quando introduzidos os valores da etiqueta e da balança, irá aparecer automaticamente um valor na coluna do peso, verificando-se assim se há excedente ou redução do cobre que existe na fábrica. Neste caso, podemos verificar um excedente de cobre na fábrica, a verificar pela cor verde na coluna peso.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 42

2.1.7-Relatório diário de produção

Este ficheiro era atualizado diariamente e tinha como base os valores que apareciam na folha que se apresenta no anexo 8. Os totais por mim preenchidos dizem respeito à produtividade da extrusão (km físicos de fio e horas máquina) e ao desperdício de fio de cobre e de PVC/PP.

Posteriormente, também preenchia os totais de desperdício de cobre (desbatagem, trefilagem, torção e cabos de bateria), bem como os campos da produtividade do cobre (torção e trefilagem), ver figura 29.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 29: Ficheiro de Excel- Relatório diário da produção

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 43

2.1.8- Rebobinadoras

Para o registo das rebobinadoras é necessário, inicialmente, averiguar as descrições que aparecem nas bobines, que podem ser: mal bobinadas, incompletas ou outras (outros casos). Em seguida, olhamos para a folha de produção das rebobinadoras e analisamos as que se referem a cada um destes casos e agrupamos no espaço conveniente a cada uma.

A figura 30 e 31 dizem respeito ao ficheiro de Excel e a um exemplo de como se procede para o preenchimento da folha referente aos dados das rebobinadoras.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 31: Ficheiro de Excel- Rebobinadoras

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 44

2. 1.9- Arquivo de documentos/Arquivo Morto

Os mapas diários e as respetivas folhas de produção eram arquivados nos respetivos dossiês e pastas, que se encontravam no gabinete da produção ou no laboratório da qualidade.

Os mapas de cobre eram arquivados no respetivo dossiê que se encontrava no gabinete da produção e os mapas da extrusão eram colocados na secretária do supervisor do departamento da produção que todos os dias, fazia alterações ao mapa.

As declarações de produção (torção, trefilagem, extrusão) arquivam-se consoante a linha a que pertencem e por ordem cronológica5, nas respetivas pastas (figura 32).

Sempre que uma pasta se encontra cheia é necessário elaborar uma lombada, para o arquivo posterior desta pasta, dado que em cada pasta que está armazenada nos respetivos armários apenas têm a data de início.

5

Ordem cronológica: o arquivo de documentos é feito do mais antigo para o mais recente e tendo em conta os turnos: 00h00-08h00, 08h00-16h00, 16h00-24h00.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 45

Para criar uma nova lombada, abre-se o ficheiro de Excel (figura 33), respetivo às lombadas já criadas e insere-se uma nova linha atualizando-se os dados correspondentes à nova lombada. Alteramos a referência, modificamos a data de início e do fim do dossiê em questão. A data de destruição é gerada automaticamente pelo programa, e é de um ano após a data de fim do arquivo, como pode constatar pela figura 33.

Fonte: Documentos Internos da Coficab Portugal

Após a atualização deste ficheiro, é necessário atualizar outro, onde procedemos à realização da lombada (figura 34). Neste ficheiro, procede-se à atualização do nº da pasta e das datas de arquivo. A data de destruição significa que após este ficheiro ser arrumado no arquivo morto, temos até aquele dia para o eliminar. Esta data atualiza automaticamente após introduzido o valor de início e de fim do arquivo.

Fonte: Documentos Internos da Coficab Portugal Figura 33: Ficheiro de Excel- Arquivo Morto

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 46

Já com as lombadas feitas, colocamos as pastas num armário (figura 35), e assim que ficar cheio procedemos à recolha das pastas para o arquivo morto. Este arquivo encontra-se no bloco A, na parte central da fábrica separado da restante unidade fabril.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

A figura 36, mostra o local onde são arquivadas essas pastas, no chamado Arquivo Morto.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal Figura 35: Pastas para arquivo morto

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 47

2.1.10- Elaboração de Purchase Request

6

Quando chegava uma nova encomenda à fábrica, era necessário fazer um Purchase Request. Este procedimento era necessário para notificar o departamento em questão dos itens a comprar e das suas quantidades e para a direção aprovar o pedido e o respetivo pagamento. Se fossem quantias de pouco valor, este pedido podia ser aprovado pelo diretor de fábrica, contudo se fossem quantias de maior valor, o pedido teria de ser aprovado pelo sr.Elloumi.

Na figura 37, pode verificar-se o exemplo de um pedido de encomenda, que eu próprio realizei.

Fonte: Documentos Internos Coficab Portugal

Após ter realizado todas as tarefas referidas anteriormente no departamento da produção, o meu estágio continuou noutro departamento: o departamento de recursos humanos.

6 Um Purchase Request, ou em português, um pedido de encomenda, é um documento para notificar o

departamento de compras dos itens que é precisa encomendar, as suas quantidades, os seus prazos, contendo também a autorização para proceder com a aquisição do material.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 48

2.2- Tarefas realizadas no departamento de recursos humanos

As atividades que desenvolvi no departamento de recursos humanos não tiveram o carater diário como aconteceu com as que desenvolvi no departamento da produção, contudo tive a oportunidade de conhecer o processo inerente aos recursos humanos e perceber como são importantes para o funcionamento de uma empresa.

As tarefas em que intervi no departamento de recursos humanos prenderam-se com o recrutamento/seleção de pessoal, formação, atualização de dados referentes aos colaboradores e na atualização de ajudas visuais (guia de procedimentos de como utilizar a máquina), sempre que estas se encontravam desatualizadas (anexo 9).

Em seguida, apresentam-se algumas atividades inerentes ao departamento dos recursos humanos, nas quais me deram a possibilidade de participar.

2.2.1-Recrutamento e seleção de pessoal

O recrutamento tanto pode ser interno como externo. O recrutamento interno é um processo de aproveitamento do capital humano interno e serve também como fonte de retenção e motivação dos profissionais dentro da empresa. O recrutamento externo atua fora da empresa, ou seja, é procurado um candidato fora da organização para preencher uma vaga existente.

Na Coficab Portugal, tive a oportunidade de participar no recrutamento e na seleção de novos colaboradores para a empresa, mas apenas no processo de recrutamento externo, e que é feito, essencialmente, através de: anúncio em jornais/internet; consulta ao arquivo de fichas de inscrição e por indicações feitas por funcionários.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 49

O processo começa por uma análise dos currículos que chegam até à empresa verificando se os candidatos possuem os requisitos necessários para as funções a desempenhar. Se os candidatos possuírem esses requisitos, marcam-se entrevistas e testes psicotécnicos. No anexo 10, estão os testes psicotécnicos a que os candidatos são submetidos e no anexo 11 e 12, o modelo de guião de entrevista.

A entrevista é o processo mais utilizado e o que mais influencia na tomada de decisão final em relação aos candidatos, contudo não deixa de ser importante os testes psicotécnicos nas empresas, para a escolha do novo candidato.

A seleção do candidato irá ser feita de acordo com a entrevista e de acordo com os melhores resultados dos testes psicotécnicos.

Caso o candidato seja selecionado, irá posteriormente realizar testes específicos relativos, à área que se candidata. Os restantes que não forem selecionados, irão para um banco de dados, onde se guardam todos os currículos para um futuro recrutamento.

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 50

2.2.2- Registo administrativo de novos colaboradores

Após ter escolhido um novo colaborador, é necessário realizar um conjunto de tarefas de carácter administrativo inerentes à contratação do colaborador.

Em primeiro lugar, é criada uma pasta onde são colocados os seguintes documentos:  Ficha de Inscrição (Anexo 13);

 Ficha de Situação Professional (Anexo 14);  Folha IRS (Anexo 15);

 Fotocópia do Cartão de Cidadão

Através do programa “Global HR” é feita a admissão do trabalhador, onde são criados os campos “Pessoa”, “Empregado” e “Horário”.

Nas imagens a seguir representadas, descrevo o processo administrativo inerente à admissão de novos colaboradores.

1ºPasso- Aceder ao SharePoint da Coficab Portugal, na parte onde diz “Human

Resources” e clicar onde diz “Global HR Self-service Portal “, como mostra a figura 38.

Fonte: Portal SharePoint-Coficab Figura 38: SharePoint Coficab-Recursos Humanos

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 51 2ºPasso- Depois de clicar no campo acima descrito aparece o menu da figura 39 e

abre-se em “uMan@work Global HR”.

Fonte: Portal SharePoint-Coficab

3ºPasso- É neste último passo que vamos introduzir os dados do trabalhador, clicando

no campo “Empregado”, como mostra a figura 40. A seguir, introduzem-se os dados referentes à pessoa: nome, idade, morada, contatos, cartão de cidadão, nº de utente, Número Identificação Fiscal (NIF), Número Identificação Segurança Social (NISS), a posição que irá tomar na empresa, o turno a que irá pertencer, o salário, e os subsídios a que tem direito.

Fonte: Portal SharePoint-Coficab Figura 39: Vista do Menu uMan@work Global HR -Diretório de Aplicações

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 52

Depois de ser admitido, o colaborador fica com acesso ao portal da Segurança Social Direta. Para aceder ao mesmo bastará introduzir o NISS da empresa, o NISS do colaborador e seguir os passos que o programa indica.

Ao colaborador após inclusão na empresa, é-lhe fornecido também um número de utilizador e uma palavra passe para ter acesso ao portal “uMan@work Global HR”, onde poderá ter acesso aos seus dados pessoais e fazer os mais diversos pedidos, como por exemplo, a marcação de férias e aceder ao software “Canteen Management System”, onde poderá marcar as suas refeições.

Na figura 41, pode visualizar-se o menu com que o colaborador fica, após o login neste software.

Fonte: Portal SharePoint-Coficab Figura 41: Interface Utilizador- uMan@work Global HR

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Pedro Marques Instituto Politécnico da Guarda 53

2.2.3- Integração dos novos colaboradores

O processo de integração dos novos colaboradores envolve diversas etapas como se pode verificar na figura 42.

Fonte: Documentos Internos da Coficab Portugal

O departamento de recursos humanos da Coficab Portugal tem um programa de integração aquando da entrada de novos colaboradores. Assim, quando o novo trabalhador chega à fábrica é acompanhado pelo responsável da formação que o leva a conhecer a fábrica e todo o processo produtivo.

Depois de conhecer a fábrica, é lhe dada uma formação, explicando todos os procedimentos do setor onde irá ser inserido. Posteriormente, o trabalhador irá ter outras formações, onde serão postos à prova os conhecimentos adquiridos.

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