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Surfe na piscina: uma nova proposta metodológica para o processo de ensino-aprendizado do surfe

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MARCELO MUNHOZ DA ROCHA DE PADUA

SURFE NA PISCINA: UMA NOVA PROPOSTA METODOLÓGICA

PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZADO DO SURFE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA 2018

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SURFE NA PISCINA: UMA NOVA PROPOSTA METODOLÓGICA

PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZADO DO SURFE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC2, do Curso de Bacharelado em Educação Física, do Departamento Acadêmico de Educação Física, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Gilmar Francisco Afonso

CURITIBA 2018

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TERMO DE APROVAÇÃO

SURFE NA PISCINA: UMA NOVA PROPOSTA METODOLÓGICA

PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZADO DO SURFE

Por

MARCELO MUNHOZ DA ROCHA DE PADUA

Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi apresentado em 08 de Novembro de 2018 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelado em Educação Física. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

Prof. Dr. Gilmar Afonso Orientador

Prof. Dra. Ana Paula Bonin Membro titular

Prof. Fabio Stinghen Membro titular

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RESUMO

PADUA, Marcelo Munhoz da Rocha. Surfe na piscina: uma nova proposta metodológica para o processo de ensino-aprendizado do surfe. 2018. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Bacharelado em Educação Física. UniversidadeTecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2018.

O surfe é um esporte que vem crescendo no mundo todo, nos últimos anos e em Curitiba surgiu um novo método de ensino desta modalidade designado de Indo Surf, desde 2008. O método é uma linha de ensino que facilita o aprendizado de forma rápida e segura sempre sobre supervisão de um profissional capacitado. Contudo, a efetividade do método ainda não foi testada. O presente trabalho visa analisar se a metodologia indo surf é efetiva no processo de ensino- aprendizado do surfe na praia. O estudo se caracterizou como quantitativo descritivo analítico, no qual participaram 18 alunos praticantes, com idade entre 20 e 40 anos, no sexo masculino, os quais responderam um questionário com 25 perguntas no total, 22 fechadas e 3 abertas. Foram classificados através da auto avaliação, ou seja, a percepção do próprio aluno. Os dados foram analisados através da frequência absoluta e relativa. Os resultados mostram que 90% dos alunos não conseguiam surfar antes dos treinos, e após três meses de aulas com a metodologia indo surf, passaram a surfar na espuma ou na parte lisa da onda. Nesse sentido, um treinamento funcional específico, voltado diretamente para a parte técnica de movimentos básicos à avançados e condicionamento físico, mesmo que adaptado, tem influência direta no rendimento da prática do surfe no mar. Conclui-se que o método Indo Surf foi capaz de melhorar o processo de aprendizagem dos alunos participantes.

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PÁDUA, Marcelo Munhoz da Rocha. Surfing in the pool: a new methodological

proposal for the teaching-learning process of surfing. 2018. 34 f. Course

Completion Work (Undergraduate) - Bachelor in Physical Education. Federal University of Paraná. Curitiba, 2018.

Surf is a sport that has been growing worldwide. Since 2008 a new model for teaching this outdoor sport has emerged in Curitiba – Indo Surf. The method is able to enhance learning, making the experience quick and safe by having trained professional orientation. However, the effectiveness of the method is still unknown. The present study aims to analyze this teaching-learning process for surfing on the beach. The study was characterized as an analytical descriptive quantitative, in which 18 participants, aged between 20 and 40 years, without male subjects, who answered a questionnaire with 25 questions. They were evaluated in a self-critical way, that is, the student's own perception. The data were analyzed through absolute and relative frequency. The results show that 90% of the students were unable to surf before the method. After three months of Indo-Surf lessons they were able to surf the smooth part of the wave. In conclusion, the Indo-Surf method has an important role in the learning process for surfing on the beach.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 4 1.1 JUSTIFICATIVA...5 1.2 PROBLEMA ... 5 1.3 OBJETIVO GERAL ... 5 1.3.1 Objetivo(s) Específico(s) ... 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 7

2.1BREVE HISTÓRICO DO SURFE ... 7

2.2 SURFE NA PISCINA ... 9

2.3 METODOLOGIA INDO SURF ...10

2.4 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA CAPACITADO PARA TRABALHAR COM A METODOLOGIA INDO SURF ... 11

3 METODOLOGIA DE PESQUISA ... 13 3.1 TIPO DE ESTUDO ... 13 3.2 PARTICIPANTES ... 13 3.2.1 Critérios de Inclusão ... 13 3.2.2 Critérios de Exclusão ... 13 3.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS ... 14 3.4 RISCOS E BENEFÍCIOS ... 14

3.5 ANÁLISE DOS DADOS ... 15

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 16

5 CONCLUSÃO ... 20

6 REFERÊNCIAS...21

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Nos últimos anos, o surfe vem crescendo mundialmente, mas se restringe ao litoral ou centros particulares de piscinas com onda, segundo o diretor da Word Surf League (WSL) Graham (2014). Com o objetivo de popularizar e tornar o surfe uma prática com um processo de ensino-aprendizado mais efetiva, foi criado um método de surfe na piscina, chamado indo surf. De acordo com a Brasil Surf (2008), o método indo surf é

um programa desenhado de forma personalizada para surfistas de todos os níveis e idades. O método permite o aprendizado dos fundamentos, técnicas e procedimentos de segurança de maneira rápida e segura. Ao mesmo tempo você aumenta seu condicionamento físico desenvolve o equilíbrio e flexibilidade de maneira prática.

A adaptação do surfe na piscina foi criada para propiciar o treinamento fora do ambiente natural; desta forma, o atleta ou praticante pode se manter ativo no esporte sem perder a regularidade de treinos devido a dificuldade de acesso por tempo, pela distância e/ou custos (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2008).

Esta modalidade atinge diversas idades, de crianças a idosos, independente do gênero, masculino ou feminino e pode ser adaptado a indivíduos com dificuldades motoras e cognitivas (AMARAL; DIAS, 2008).

Os centros de treinamento exigem uma infra estrutura excelente quando se trata de angulações do fundo e do consumo de energia para funcionar o sistema de formação da onda. Com isto várias empresas já tentaram executar um projeto mas não obtiveram sucesso. Por outro lado, um centro indoor de treinamento de surfe, localizado nos Estados Unidos cediou pela primeira vez na história do esporte uma etapa do circuito mundial em uma piscina com ondas iguais para todos os atletas (TOTALSURFCAMP, 2018).

No Brasil, ainda não há nenhum centro de treinamento com tais características. Porém, em Curitiba, os centros de treinamento existentes em piscina adaptaram a infra estrutura para propiciar a prática da modalidade mesmo sem ondulações, mas utilizando um acessório indispensável conhecido como prancha de softboard, feita com espuma e possui alta flutuabilidade permitindo trabalhar desde

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gestos motores básicos como remadas, sentar, girar, troca de direção ou subida simples, até manobras de alto nível de dificuldade.

Devido à modalidade de surfe na piscina ser nova no mercado, ainda não é conhecida a sua eficiência por parte dos praticantes e treinadores, gerando um pré-conceito quando se trata de surfe sem onda, ou seja, na piscina. Acredita-se que o método indo surf poderá beneficiar o praticante por facilitar o treinamento, através de exercícios realizados em ambiente controlado, favorecendo o aprendizado técnico e ao mesmo tempo melhorando o condicionamento físico (BRASIL SURF, 2008). Como resultado do treinamento, acredita-se que o praticante obterá uma maior eficiência na prática do surfe na praia tanto para alunos iniciantes como para alunos avançados.

1.1 JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa foi realizada após determinado tempo trabalhando como estagiário junto a escola Brasil Surf. Tive grande afinidade e percebi uma grande efetividade no método criado, com isto, resolvi executar meu trabalho de conclusão de curso para tentar comprovar a sua efetividade. Temos também uma razão acadêmica, por ser algo novo e restrito dentro da linha de pesquisa, trazer informações novas e que gerem interesse de futuros professores direcionados a este esporte que inclusive se torna olímpico a partir de 2020. Não menos importante acreditamos que a pesquisa seja de grande utilidade para a própria escola e todas as pessoas que são ou serão envolvidas com a vivência do treinamento Indo Surf.

1.2 PROBLEMA

A metodologia indo surf é efetiva no aprendizado do surfe?

1.3 OBJETIVO GERAL

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1.3.1 Objetivo(s) Específico(s)

Apresentar o condicionamento físico (na piscina) dos praticantes antes e depois do treinamento através da auto percepção dos atletas.

Apresentar o conhecimento relativo aos materiais, análise do mar, a arrebentação e gestos básicos como: sentar, girar; subida; direcionamento e aceleração sobre a prancha através da auto percepção dos atletas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 BREVE HISTÓRIA DO ESPORTE

A história do surfe, principalmente as suas origens, possuem algumas especulações referentes ao local, ao tempo cronológico e a forma com que foram surfadas as primeiras ondas (FORTES, 2018). Algumas fontes relatam que o povo Polinésio foi quem originou a modalidade que hoje em dia conhecemos como “surfe” em meados do século XI e aprimorada de certa forma nas ilhas havaianas (MOREIRA, 2009). As Ilhas havaianas foram descobertas em janeiro de 1778 pelo navegador inglês James Cook (ARMESTO, 2009), das mãos deste navegador surge o primeiro relato de um homem europeu que avistou um individuo deslizar sobre uma onda com um pedaço de madeira (MOREIRA, 2009).

“Após a chegada dos europeus, a população local foi dizimada pelos vírus trazidos do velho continente, para em aproximadamente 100 anos ficar reduzida a 10%” (MOREIRA, 2009). Além da implementação do Cristianismo, o qual crescia e se difundia cada vez mais dentro das ilhas havaianas, pulverizando a cultura local e quase extinguindo a nova modalidade que ali se manisfestava chamada “surfe”. Fato que não ocorreu devido a uma pequena parcela de habitantes locais praticarem o surfe em locais isolados durante o século XIX (ZUCCO; MESQUITA; PILA, 2002).

Até que em 1912 surge um nome para difundir o surfe no mundo, Duke Kahanamoku, medalhista de ouro nos jogos olímpicos de Estocolmo, Suécia, nadador de 100m livre e praticante do esporte que deslizava sobre as ondas. Ao ficar conhecido diante do fato de ser um medalhista olímpico, Duke viajou para Australia, Europa e pelos Estados Unidos participando de provas de natação e fazendo exibições nas praias em que havia ondas (ZUCCO; MESQUITA; PILA, 2002).

Com isso, as praias da Califórnia foram tomadas por praticantes e simpatizantes do esporte durante o período de 1920 até 1935 quando surge uma nova cultura do surfe em San Onofre (sul da Califórnia) baseada nos Polinésios. Os jovens passam a querer ir ao Hawaii mesmo de forma ilegal, criando a imagem do surfista aventureiro, moram na praia e não tem dinheiro, mas cultuam a imagem do surfista feliz vivendo fora dos limites da sociedade (ZUCCO; MESQUITA; PILA, 2002).

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No Brasil, o surfe chegou primeiramente no litoral paulista, em Santos com Thomas Rittscher que afirmava ser o primeiro surfista do país entre 1934 e 1936 (SARLI, 2001). E logo na sequência, em 1938 com Osmar Gonçalves que construiu sua própria prancha em aproximadamente três meses. Após ganhar uma revista de surfe de seu pai com o passo a passo, a levou para água no verão de 1939 (GUTEMBERG, 1989).

Após quase duas décadas, a modalidade surge no Rio de Janeiro devido ao incio de vôos internacionais chegarem trazendo turistas que já eram adeptos do surfe, os quais foram analisando o potencial para prática nas praias cariocas. Através de Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão, em meados de 1950, a prática se dissemina na praia de Copacabana (CHAGAS, 2017). Mas já no início da década de 1960, os grupos de surfistas se deslocam saindo de Copacabana sentido Arpoador, devido a ditadura militar que tem seu início em 1964 em um golpe militar de 31 de março por Marechal Castelo Branco, que reprimiu a liberdade de se expressar por meio da censura e da violência (SÓ HISTÓRIA, 2009). Além ainda, da construção do aterro de Copacabana que foi construído na mesma época “estragando” a formação de ondas com a construção do emissário submarino (ZENI, 2002).

No entanto, a partir da superação desses obstáculos e o surfe sendo trazido também para o sul do país, o esporte apresentou um ritmo acelerado de crescimento, originando as primeiras indústrias e competições nacionais durante a década de 1970 (CHAGAS, 2017, p. 19).

Passando então a ser reconhecido como esporte, com atletas brasileiros passando a se tornar profissionais e a mídia mudando a antiga imagem do surfista “vagabundo” para ser reconhecido como algo sério como qualquer outra profissão (GUTEMBERT, 1989).

Cabe reforçar também que é a partir de 1992 que o maior ícone do surf mundial, Kelly Slater, inicia sua incrível jornada de campeão ao conquistar seu primeiro título mundial da ASP, sendo que hoje o atleta já soma onze títulos de campeão do mundo, ganhando reconhecimento em nível mundial como o melhor surfista de todos os tempos, sendo capaz de, por mais de duas décadas, aperfeiçoar suas técnicas paralelamente à evolução profissional da modalidade (SOUZA, 2013, p. 4).

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Na atualidade, o surfe vem sendo dominado pelos surfistas brasileiros em quase todas as modalidades (categoria principal, ondas gigantes tanto masculino quanto feminino, divisão de acesso para a principal, Stand up). Temos o maior elenco no circuito principal (40 melhores surfistas do mundo) com 11 atletas, temos também o recorde da maior onda já surfada na história (feito ocorrido em 2017 por Rodrigo Koxa). Detemos ainda o recorde da maior onda já surfada por uma mulher, Maya Gabeira (feito realizado em 2018), vitória no principal campeonato de ondas grandes. E em 2018, de nove etapas do circuito principal, oito delas foram vencidas por algum brasileiro (REVISTA HARDCORE, 2018).

2.2 SURFE NA PISCINA

O indo surf conceitua-se basicamente em um treinamento funcional para indivíduos de qualquer nível no esporte, do iniciante ao avançado, independente da idade. Realizado principalmente dentro da água, sobre as pranchas de softboard (material específico para aprendizado, criado com material espumoso e de grande flutuabilidade) (BRASIL SURF, 2008).

Baseado na ideia do processo ser uma metodologia para aprendizado e evolução dentro de uma modalidade que possui a limitação do local (litoral) e suas variações naturais (formação das ondas) nesse sentido

treinamento funcional é uma estratégia para o desenvolvimento de aptidões relativas ao desempenho, a variação dos planos pode contribuir para aumentar a demanda de controle, o equilíbrio e a coordenação motora (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2015, p. 386). Sendo assim o método busca unir o treinamento convencional à parte técnica específica dentro de um ambiente controlado. Não se trata de uma simulação real, porém, exige do aluno respostas cognitivas e motoras rápidas, uma movimentação alterando o centro de gravidade do corpo intensamente e alterações dos planos (movimento deitado para movimentos em pé) (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2015).

Dentro deste contexto e utilizando de periodização do treinamento, a prática de uma atividade funcional que simula alguns movimentos técnicos e desenvolve algumas habilidades globais auxiliam no aprendizado e no desenvolvimento de cada um dentro da modalidade (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2015).

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O surf na piscina foi desenvolvido como um programa desenhado de forma personalizada para surfistas de todos os níveis e idades. O método permite o aprendizado dos fundamentos, técnicas e procedimentos de segurança de maneira rápida e segura. Ao mesmo tempo, aumenta o condicionamento físico, desenvolve o equilíbrio e flexibilidade de maneira prática e divertida por se tratar de um treinamento funcional voltado para o surfe (BRASIL SURF, 2008).

Alunos Iniciantes (considerados alunos que frequentam a escola entre um a seis meses de prática mínima de uma vez por semana) tem como objetivos aprender a postura e as técnicas de remada, travessia da arrebentação, leitura de onda, subida com controle e direcionamento do material. Adquirir um condicionamento físico geral para o surfe e segurança no mar (BRASIL SURF, 2008).

Alunos em nível intermediário tem como objetivos desenvolver um condicionamento físico adequado para surfar ondas maiores, corrigir ou aprender manobras básicas tal como acelerar e voltar para a espuma e uma rasgada (troca rápida de direção projetando a prancha no sentido contrário) afim de definir um estilo de surfe arrojado e fluído (BRASIL SURF, 2008).

Alunos em nível avançado tem como objetivo desenvolver ao máximo o condicionamento físico e técnico através de um treinamento adequado combinando movimentos de equilíbrio, força, resistência e flexibilidade em um programa semanal específico de surfe na piscina e no mar (BRASIL SURF, 2008).

Contudo, o treinamento na piscina do método indo surf, oferece além de todo o desenvolvimento físico e técnico, saúde e bem-estar. As pessoas buscam a prática do esporte pois o surfe pode ajudar as pessoas a serem mais felizes em termos de qualidade de vida. O contato com a natureza e com a água faz com que o indivíduo saia da frenética rotina, e encontre um local de paz que acalma o espírito humano (BUENO, 2007).

Porém, todo esporte que possui alguma adversidade, possui um determinado risco. Risco de se machucar batendo na prancha, risco de realizar algum movimento que gere uma distenção muscular, ou até mesmo agravamento de alguma lesão. Segundo ALMEIDA (2009. P. 25) em uma pesquisa com amostra de 151 indivíduos, entre eles surfistas de idade igual ou superior a 18 anos de ambos os sexos referente a lesões no esporte “É possível verificar que, nesta amostra, é maior a

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proporção de indivíduos que referem tendinopatias e lesões musculares e que não realizam pré-aquecimento. Desta forma, o pré-aquecimento deve ser incluído na prática de surf.”

Portanto, é necessário muito cuidado para evitar que o aluno/praticante se lesione em uma aula ou prática no mar. Junto a isto, o equipamento utilizado é especifico, desenvolvido com um material espumoso amenizando o impacto, exercendo um bom aquecimento e cuidados particulares na exigência dos exercícios, além, de uma anamnese inicial de fatores que possam interferir nos treinos e instrutores preparados para qualquer acidente aquático com curso de socorrista ministrado pelo corpo de bombeiro (BRASIL SURF, 2008).

Dentro deste formato indo surf, percebemos que se consegue desenvolver e trabalhar diversas áreas relacionadas ao surfe oferecendo uma base inicial e contínua relacionada ao esporte. Mas por outro lado, há uma dificuldade de se aplicar a velocidade, inclinações, variações climáticas e alterações nos tamanhos de onda encontrados no litoral, que acabam sendo fatores indispensáveis quando o surfista chega à praia (MOREIRA, 2009).

2.4 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA CAPACITADO PARA TRABALHAR COM A METODOLOGIA INDO SURF

A orientação profissional no acompanhamento do método Indo Surf é essencial e obrigatória. Auxílio e instrução na borda e/ou dentro da água faz com que os alunos desenvolvam e executem os movimentos e exercícios com qualidade e segurança, pois,

Art. 8º - Compete exclusivamente ao Profissional de Educação Física, coordenar, planejar, programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, ministrar, analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como, prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, desportivas e similares (CONFEF, 2010, p. 4).

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educação física que devem possuir prática mínima de cinco anos de surfe, curso de socorrista e de apneia, além do curso de instrutor de surfe ministrado pelos respectivos idealizadores do método. Aumentando o nível profissional dos instrutores, a vivência prática como atleta influencia diretamente na visão dos alunos perante a execução dos movimentos e desenvolvimento de treinos relacionando as questões teóricas com a prática.

Contudo, uni-se a formação na área da educação física junto ao método criado pelos profissionais para capacitar e aplicar um treinamento qualificado aos instrutores. Consequentemente, buscando obter melhores respostas no desempenho dos alunos em sua prática de surfe na praia através do treinamento indoor (BRASIL SURF, 2008).

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3 METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Este estudo se classifica como quantitativo descritivo analítico. No qual se estabelece uma associação entre um determinado contexto comparando resultado de uma amostra através de uma hipótese (ARCÊNIO, 2008).

Segundo Guilhoto (2002, p. 149), “Em um estudo quantitativo o pesquisador define claramente as suas hipóteses e variáveis usando-as, essencialmente, para obter uma medição precisa dos resultados quantificáveis obtidos”.

Incluindo o estudo descritivo que se resume em descrever a realidade em um determinado ambiente (ALENCAR, 2012).

3.2 PARTICIPANTES

Os participantes deste estudo foram 18 alunos da escola Brasil Surf com idade entre 20 e 40 anos, classificados como iniciantes. Iniciante foi considerado como inseridos na escola com no mínimo 2 meses de prática e máximo 9 meses dentro da Brasil Surf, tendo diferentes perfis relativos a performance e o condicionamento de cada indivíduo dentro deste período.

3.2.1 Critérios de Inclusão

Os participantes deste estudo se incluem nos critérios: 1. Individuos do sexo masculino.

2. Estes alunos estavam matriculados na escola Brasil Surf e praticaram uma ou duas vezes por semana aulas de 50 minutos acompanhadas por um instrutor de surfe e profissional da área da educação física.

3.3.2 Critérios de Exclusão

Foram critérios de exclusão para os participantes envolvidos:

1. Faltar ao dia proposto pelo pesquisador para o preenchimento do questionário.

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3. Não assinar o TCLE.

3.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS

A pesquisa teve início obtendo contato com a secretaria da escola, responsável por assinar o contrato de permissão da realização da coleta dos dados com os alunos (APÊNDICE I).

Dando sequência na pesquisa, foram recrutados os indivíduos a estarem participando e antes de aplicar o questionário foram explicados os procedimentos e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) voluntariamente.

Após contato com os potenciais participantes, divulgando as datas a serem coletados os questionários (respondidos individualmente) no momento que antecedeu seu treino do dia com duração de cinco minutos para respondê-lo. Para execução prática da pesquisa foi necessário papéis com os questionários, uma prancheta e uma caneta azul.

3.4 RISCOS E BENEFÍCIO

Os riscos para os atletas são mínimos quando se trata de uma aplicação de questionário. A exposição das informações pessoais é o único risco que os participantes tiveram, porém, o pesquisador garante sigilo de todas as informações coletadas.

Os benefícios podem ser diretos, para quem participou da pesquisa, obtendo a possibilidade de através do questionário, verificar seu desenvolvimento e aprendizado por meio do método Indo Surf. E para a própria escola, conseguindo obter dados concretos quanto a realização do método e sua eficiência.

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3.5 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados da amostra foram inseridos em tabelas no Excell e avaliados tanto pelo numero de respostas de cada questão, como individualmente para cada participante. Conseguindo fazer comparações mais específicas em algumas situações. Gráficos comparativos e porcentagens foram utilizados também para mostrar algumas análises.

Por fim, descrevemos a realidade do ambiente de treinamento indoor quantificando resultados através de porcentagens, a ponto de analisar e avaliar o contexto de uma amostra de indivíduos antes e depois de 3 meses de treinamento voltado especificamente ao surfe.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através do questionário utilizado para avaliarmos os 18 alunos envolvidos, foram feitas 25 perguntas abrangendo alguns temas gerais e alguns temas específicos para responder os objetivos. Nos temas gerais foram feitas perguntas sobre os materiais utilizados na prática do surfe e nos seus treinamentos. Na qual a maioria respondeu ter o conhecimento básico passado pela escola nos treinos. Esse conhecimento em relação o material é considerado fundamental segundo uma pesquisa realizada no ano de 2018 no CEPEUSP (Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo) sobre prática e ensino da canoagem, para que os alunos saibam manusear o equipamento com segurança dentro e fora da água e consigam desenvolver da melhor forma possível suas capacidades como equilibrio e consciencia corporal desde o início das práticas.

Na sequência os atletas foram questionados sobre o conhecimento em leituras do mar tanto via web, quanto na prática na praia. Novamente a grande maioria dos participantes consideraram através da auto análise que possuem o conhecimento e realizam a análise antes do surfe. Essa análise inclui o conhecimento sobre a ondulação, seu tamanho (medida na boia fixada em alto mar sedida pela marinha) e sua direção. O vento tem duas variáveis que são a velocidade e a direção. E o período da ondulação (tempo entre uma onda e outra) que determina a energia da onda (SURFTOTAL, 2017).

As perguntas também foram em relação a forma do aluno passar a arrebentação, que nada mais é do que o local próximo a costa onde as ondas se formam e quebram gerando turbulência e correntes (CEM, 2005). 61% diz utilizar o Peixinho como forma de furar a onda (peixinho é a forma mais rápida de passar a arrebentação, porém, exige um certo grau de treinamento para executar da forma correta) (COMSURF, 2015). O mesmo número se repete quando perguntado em relação a sentir dificuldade em “passar a rebentação” e também se alguma vez o atleta ja desistiu de surfar por não ter conseguido ultrapassá-la.

Na pergunta número 9, os participantes foram questionados em relação ao conhecimento e análise das condições de surfe dentro do mar, ou seja, avaliação das melhores ondas, onde a onda vai quebrar primeiro ou para que lado ela dará mais condições de surfe. Estas condições, são passadas aos alunos durante os

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treinos práticos realizados na praia pela escola uma vez ao mês e 89% dos alunos responderam que possuem conhecimento e realizam esta análise dentro do mar.

Gráfico 1: Alunos que possuem conhecimento e realizam análise no mar Fonte: O autor (2018)

Dando sequência, algumas perguntas questionaram os participantes sobre o seu conhecimento prático em relação a gestos básicos do surfe ensinados nas primeiras aulas do método na piscina, são eles: sentar sobre a prancha, girar sentado com a prancha, subir sobre a prancha, direcionar a prancha para ambos os lados e acelerar a prancha. Praticamente todos os alunos disseram ter facilidade em sentar e girar com a prancha, foram 89%. Já nas questões seguintes 75% respondeu ter facilidade e/ou conseguir realizar subida e/ou direcionamento e/ou acelerar sua prancha na onda, que exige um pouco mais de habilidade (BRASILSURF, 2008).

Segundo os dados coletados, 81% respondeu que não realiza nenhuma manobra durante a pratica do surfe no litoral. Alunos que executam manobras já são classificados pelo método como alunos avançados. Estes atletas mais avançados executam durante o treinamento, uma sessão de condicionamento mais intensa e no trabalho técnico, posturas e movimentos mais complexos (BRASILSURF, 2008).

Segundo Monteiro e Evangelista (2015) no livro “Treinamento Funcional: Uma abordagem prática” o treinamento funcional auxilia no desenvolvimento de diversas aptidões em relação ao desempenho de alguma atividade, podendo ser utilizando como estratégia para evoluir em qualquer esporte. 95% dos alunos responderam que sentem bastante diferença no tempo de permanência no mar em uma sessão de

89% Sim 11% Não

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23 do questionário buscando responder o primeiro objetivo específico. Um número expressivo que demonstra efetividade em relação ao treinamento e a melhora no condicionamento físico para suportar mais tempo dentro da água.

Gráfico 2: Relação na melhora da capacidade física após o treinamento Fonte: O autor (2008)

Buscando responder o objetivo específico número 2, os ateltas tiveram que responder sobre o seu nível técnico de surfe pré e pós praticar o treinamento. Apresentamos portanto, segundo a auto avaliação dos participantes, que no início, antes do período de treinos, apenas 44% dos atletas já surfavam (independente se surfavam na espuma da onda ou na parte lisa). Após o período de treinos 95% dos participantes se auto avaliaram como indivíduos que surfam de pé na prancha (independente se surfam na espuma da onda ou na parte lisa).

As características desse esporte elevam o grau de complexidade da tarefa, exigindo do praticante um nível superior de percepção, decisão e de ajustamento motor ao meio líquido e ao equipamento (prancha), em especial ao jovem em situação de aprendizagem (Ramos; Brasil; Godas, 2013, p. 386).

95% Aumentou o tempo de permanência dentro do mar 5% Não teve mudança no tempo de permanência dentro do mar

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Gráficos 3 e 4: comparação pré e pós treinamento dos ateltas em relação a já surfar ou não

Fonte: O autor (2018)

Para tentar entender um pouco melhor se houve através da auto avaliação, eficácia no método Indo Surf em relação direta ao surfe no mar de cada indivíduo da pesquisa. Observamos que houve uma melhora evidente em 83% dos surfistas entrevistados sendo eles de várias formas diferentes.

Gráficos 5 e 6: Nível de surfe dos atletas pré e pós treinamento Fonte: O autor (2018) 56% Não surfavam antes do método 44% Já surfavam 95% Surfam na espuma ou na parte lisa após o treinamento 5% Continuaram sem conseguir surfar 56% Nenhuma onda 22% Espuma 17% Parede sem manobras 5% Parede Com manobras 39% Espuma 34% Parede sem manobras 22% Parede Com manobras 5% Nenhuma onda

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Concluímos através do questionário de auto avaliação da amostra que 95% dos indivíduos obtiveram melhora em seu condicionamento e 83% destes participantes melhoraram o seu nível de surfe dentro do prazo de 3 meses. Nesse sentido um treinamento funcional específico, voltado diretamente para parte técnica de movimentos básicos à avançados e condicionamento físico, mesmo que adaptado, tem influência direta no rendimento da prática do surfe no mar. O método foi uma estratégia inovadora e eficiente para a amostra em geral tendo em vista os resultados obtidos na pesquisa.

Por mais que o treinamento tenha sido feito em piscina sem onda, a auto percepção diminui a margem de erro de uma avaliação em determinado dia específico, pois as condições do mar variam muito e poderiam influenciar no resultado final. Através das questões 23, 24 e 25 do questionário, conclui-se que o método Indo Surf foi capaz de melhorar o processo de aprendizagem dos alunos participantes.

O número de atletas envolvidos (18) foi um limitador para presente pesquisa, para maior efetividade seria de suma importancia para estudos futuros utilizar uma maior amostra, fazer avaliação com filmagem de cada indivíduo em uma prática do surfe na praia (tendo em vista as probabilidades de grandes variações nas condições do mar), e inserindo as mulheres junto ao grupo selecionado.

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6 REFERÊNCIAS

ALENCAR, Lane. Tipos de Estudo e Introdução à Análise Estatística. 2012. Site: www.ime.usp.br/~lane.

ALMEIDA, Joana Lopes. Lesões no Surf - Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro – 2009.

AMARAL, A.V. ; DIAS, C. A. G. Da praia para o mar: motivos à adesão e à pratica do surfe, Niterói – RJ – Brasil, 2008).

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(26)
(27)

APÊNDICE ll

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Titulo da pesquisa:

SURFE NA PISCINA: UMA NOVA PROPOSTA

METODOLÓGICA PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZADO

DO SURFE

Pesquisador(es), com endereços e telefones: Marcelo Munhoz da Rocha de Padua; Rua Alagoas 2734 sob 02; (41) 9824-4730/(41)3027-5110 Orientador responsável: Prof. Dr. Gilmar Francisco Afonso

Local de realização da pesquisa: Brasil Surf

Endereço, telefone do local: R. Francisco Rocha, 1951 - Bigorrilho, Curitiba - PR, 80710-540 – Brasil; Telefone: 41 3023-4612.

A) INFORMAÇÕES AO PARTICIPANTE 1. Apresentação da pesquisa.

O presente trabalho visa analisar se a metodologia indo surf é efetiva no aprendizado do surfe. O surfe é um esporte que vem crescendo no mundo todo, nos últimos anos e em Curitiba surgiu um novo método de ensino desta modalidade designado de Indo Surf, desde 2008. O método é uma linha de ensino que facilita o aprendizado de forma rápida e segura sempre sobre supervisão de um profissional capacitado. Contudo, a efetividade do método ainda não foi testada. Este trabalho objetiva analisar seu efeito no aprendizado dos praticantes no surfe na praia.

2. Objetivos da pesquisa. Analisar se a metodologia indo surf é efetiva no aprendizado do surfe.

3. Participação na pesquisa.

Você está convidado a participar desta pesquisa respondendo um questionário com 25 perguntas. O aluno é considerado iniciante se relatar possuir experiência prática de 3 a 9 meses de surf e/ou indo surf e com idade entre 20 e 40 anos. Praticantes do treinamento de quatro a oito aulas no mês. O projeto teve inicio obtendo contato com a secretaria da escola responsável por assinar o contrato de permissão da realização da pesquisa. Dando sequencia no projeto, serão recrutados os indivíduos a estarem participando da pesquisa e antes de aplicar o questionário serão explicados os procedimentos e os quais deverão assinar o TCLE (termo de consentimento livre e esclarecido) voluntariamente. Após, contato com os potenciais participantes, divulgando as datas a serem coletados os questionários (os quais serão respondidos individualmente) no momento que anteceder seu treino do dia com duração de quatro minutos para respondê-lo. Os dados coletados serão inseridos em uma tabela do Excel e através dos resultados obtidos teremos um posicionamento perante influência do Método Indo Surf no aprendizado do esporte.

(28)

4. Confidencialidade. Garantia de sigilo e privacidade das informações pessoais a todos os participantes da pesquisa.

Desconfortos, Riscos e Benefícios. Os riscos para os atletas são mínimos quando se trata de uma aplicação de questionário. A exposição das informações pessoais é o único risco que os participantes tiveram, porém, o pesquisador garante sigilo de todas as informações coletadas. Os benefícios podem ser diretos, para quem

participou da pesquisa, obtendo a possibilidade de através do questionário, verificar seu desenvolvimento e aprendizado por meio do método Indo Surf. E para a própria escola, conseguindo obter dados concretos quanto a realização do método e sua eficiência.

.

5. Critérios de inclusão e exclusão.

6a) Inclusão: Os participantes deste estudo deverão se incluir nos critérios: Ser Iniciantes do esporte. Indivíduos que estejam praticando aulas na piscina ha no minimo tres meses e maximo nove meses. Individuos do sexo masculino que possuam entre 20 e 40 anos de idade. Estes alunos devem estar matriculados na escola de surf Brasil Surf School e praticarem uma ou duas vezes por semana aula de 50 minutos acompanhadas por um instrutor de surf e profissional da area da Educação Física.

6b) Exclusão: Serão critérios de exclusão para os participantes envolvidos aqueles que se ausentarem mais de uma vez ao mês das aulas ministradas na piscina, motivos pessoais que o façam parar com o treinamento e o participante que dentro do período de treinamento não esteve presente em no mínimo uma aula de praia.

6. Direito de sair da pesquisa e a esclarecimentos durante o processo. Os participantes da pesquisa obterão total direito de liberdade para sair do trabalho o momento que lhe for escolhido, vide aviso prévio ao pesquisador.

8. Ressarcimento ou indenização. Não haverá necessidade.

B) CONSENTIMENTO (do sujeito de pesquisa ou do responsável legal – neste caso anexar documento que comprove parentesco/tutela/curatela)

Eu declaro ter conhecimento das informações contidas neste documento e ter recebido respostas claras às minhas questões a propósito da minha participação direta (ou indireta) na pesquisa e, adicionalmente, declaro ter compreendido o objetivo, a natureza, os riscos e benefícios deste estudo.

Após reflexão e um tempo razoável, eu decidi, livre e voluntariamente, participar deste estudo. Estou consciente que posso deixar o projeto a qualquer momento, sem nenhum prejuízo.

Nome completo:_____________________________

RG:_____________________ Data de Nascimento:___/___/______ Telefone:__________________

Endereço:___________________________________________________________ ______________CEP: ________________ Cidade:_____________ Estado: ________________

(29)

Assinatura: ________________________________ Data: ___/___/______ Eu declaro ter apresentado o estudo, explicado seus objetivos, natureza, riscos e benefícios e ter respondido da melhor forma possível às questões formuladas.

Assinatura pesquisador:

___________________ (ou seu representante)

Data:

____________________________

Nome

completo:__________________________________________________________

Para todas as questões relativas ao estudo ou para se retirar do mesmo, poderão se comunicar com ___________________________, via e-mail: __________________ou telefone: _______________.

Endereço do Comitê de Ética em Pesquisa para recurso ou reclamações do sujeito pesquisado

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (CEP/UTFPR)

REITORIA: Av. Sete de Setembro, 3165, Rebouças, CEP 80230-901, Curitiba-PR, telefone: 3310-4943, e-mail: coep@utfpr.edu.br

OBS: este documento deve conter duas vias iguais, sendo uma pertencente ao pesquisador e outra ao sujeito de pesquisa.

(30)

APENDICE lll

Questionário:

1-Qual o seu nível de conhecimento em relação aos materiais que envolvem a prática do surf?

( ) Nenhum

( ) Básico, tenho conhecimento da: prancha, leash, quilha, parafina, westsuit. ( ) Intermediário, tenho conhecimento básico mas também diferencio a

qualidade dos materiais, tamanhos e modelos de pranchas, diversidade no uso das quilhas.

( ) Avançado, tenho conhecimento básico, intermediário e ainda procuro me atualizar realizando leituras sobre dimensões de uma prancha, tamanhos e materiais das quilhas, qualidade dos westsuit, parafinas adequadas para determinadas temperaturas de água.

2-Você consegue determinar qual o equipamento ideal para o seu treinamento na piscina?

( ) Não.

( ) Sim, apenas pranchas para treino de subidas.

( ) Sim, prancha para subidas e pranchas para remada.

3- Você sabe observar a previsão das condições do mar via web? (leitura de graficos, mapas, direção, periodo, tamanho, vento e direção)

( ) Não ( ) Sim

( ) Apenas o basico (tamanho, período, direção e vento)

4-Você realiza alguma análise das condições marítimas antes da prática / de “entrar no mar” ?

( ) Não ( ) Sim

Se sim, como e quando voce decide qual o melhor momento e melhor lugar para “entrar no mar”?

(31)

5-Você sente dificuldade em “passar a rebentação”? ( ) Não

( ) Sim

6-Você já desistiu de surfar por não conseguir “passar a rebentação” ? ( ) Não

( ) Sim

7-Qual a forma que você “passa a rebentação”? ( ) Joelhinho

( ) Pexinho ( ) Tartaruga

( ) abandonando a prancha

( ) elevando o tronco por cima da onda

8-Quais são as três variações de intensidade de remada no surf e suas respectivas utilidades?

_______________________________________________________________

9- Você consegue analisar as ondas e decidir qual a melhor onda a ser

escolhida e sua posição perante ela para melhor aproveitamento e menor gasto energetico durante uma sessão de free surf ?

( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes

10- Qual o seu nível de dificuldade em permanecer sentado sobre a prancha ? ( ) Muito fácil

(32)

( ) Díficil ( ) Muito difícil

11- Qual seu nível de dificuldade em fazer um giro sentado sobre a prancha? ( ) muito fácil

( ) fácil ( ) Díficil ( ) Muito difícil

12- Qual seu nível de dificuldade em realizar uma subida na prancha (take off ou drop) ? ( ) muito fácil ( ) fácil ( ) Nem tanto ( ) Díficil ( ) Muito difícil

13- Quais são os 4 passos básicos para realizar uma subida sobre a prancha?

_______________________________________________________________ __

14- Você consegue realizar um direcionamento de front side (surfar de frente para a onda) ?

( ) Não

( ) Sim, na espuma

( ) Sim, na parte lisa da onda

15- Você consegue realizar um direcionamento de back side (surfar de costas para a onda) ?

( ) Não

( ) Sim, na espuma

(33)

( ) Não

( ) Sim, na espuma aliviando o peso da rabeta da prancha ( ) Sim, apenas de front side (de frente para a onda) ( ) Sim, apenas de back side (de costas para a onda) ( ) Sim, tanto de front side quanto de back side

17-Você consegue realizar a manobra “floater” (deslizar sobre a crista da onda e voltar a sua base)?

( ) Não me sinto seguro para realizar ( ) Nunca tentei realizar

( ) Sim ( ) Não

18- Você consegue realizar a manobra snap (rasgada)? ( ) Não me sinto seguro para realizar

( ) Nunca tentei realizar ( ) Sim

( ) Não

19- Você consegue realizar a manobra tubo? ( ) Não me sinto seguro para realizar

( ) Nunca tentei realizar ( ) Sim

( ) Não

20- Você consegue realizar a manobra cutback (acelerar, voltar para a onda e dar continuidade)?

( ) Não me sinto seguro para realizar ( ) Nunca tentei realizar

( ) Sim ( ) Não

(34)

( ) Não me sinto seguro para realizar ( ) Nunca tentei realizar

( ) Sim ( ) Não

22- Você consegue realizar a manobra carving (cavada)? ( ) Não me sinto seguro para realizar

( ) Nunca tentei realizar ( ) Sim

( ) Não

23- Após estar praticando o Método Indo Surf, você sente diferença no tempo de permanencia no mar durante o free surf ?

( ) Pouco ( ) Nem tanto ( ) bastante ( ) muita

24- Em média, qual era o seu aproveitamento (ondas surfadas) em uma sessão de free surf antes de praticar o Método Indo Surf?

( ) Nenhuma onda, apenas tentativas ( ) Apenas ondas na espuma

( ) Poucas ondas em linha reta ( ) Muitas ondas em linha reta ( ) Poucas ondas na parte lisa

( ) Sempre na parte lisa sem manobras ou pequenas tentativas ( ) Sempre na parte lisa e com manobras

25- Em média, qual é o seu aproveitamento (ondas surfadas) em uma sessão de free surf após praticar o Método Indo Surf?

(35)

( ) Apenas ondas na espuma ( ) Poucas ondas em linha reta ( ) Muitas ondas em linha reta ( ) Poucas ondas na parte lisa

( ) Sempre na parte lisa sem manobras ou pequenas tentativas ( ) Sempre na parte lisa e com manobras

Referências

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