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GUSTAVO RODRIGUES MARQUES, Manifestações patológicas em alvenaria de vedação de casas populares estudo de caso do residencial Safira (Sinop-MT);

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

GUSTAVO RODRIGUES MARQUES

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIA DE VEDAÇÃO

DE CASAS POPULARES:

Estudo de caso do Residencial Safira (Sinop-MT)

Sinop - MT

2018/1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

GUSTAVO RODRIGUES MARQUES

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIA DE VEDAÇÃO

DE CASAS POPULARES:

Estudo de caso do Residencial Safira (Sinop-MT)

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Dr. André Luiz Nonato Ferraz.

Sinop - MT

2018/01

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Denominação das fissuras ... 15 Tabela 2 – Classificação das principais causas de fissuras em paredes ... 16

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Imagem ilustrativa limites do Residencial Safira ... 6

Figura 2 – Distribuição das tensões no componente estrutural ... 12

Figura 3 – Solicitações impostas às superfícies das edificações ... 13

Figura 4 – Síntese das ocorrências das patologias ... 15

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACRINORTE – Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso

CREA-MT – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NBR – Norma Brasileira

SINOP – Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIA DE VEDAÇÃO

DE CASAS POPULARES: Estudo de caso do Residencial Safira (Sinop-MT).

2. Tema: 3.01.00.00-3 - Engenharia civil

3. Delimitação do Tema: 3.01.01.00-0 - Construção Civil 4. Proponente(s): Gustavo Rodrigues Marques

5. Orientador(a): Prof. Dr. André Luiz Nonato Ferraz

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade Do Estado de Mato Grosso

UNEMAT.

7. Público Alvo: Pesquisadores, instituições de ensino, empresas ligadas ao

ramo de construção civil e demais áreas da engenharia.

8. Localização: Avenida dos Ingás, nº 3001, Jd. Imperial – Sinop/MT, CEP

78550-000.

(7)

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... I LISTA DE FIGURAS ... II LISTA DE ABREVIATURAS ... III DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... IV 1 INTRODUÇÃO ... 6 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 8 3 JUSTIFICATIVA... 9 4 HIPÓTESES ... 10 5 OBJETIVOS ... 11 5.1 OBJETIVO GERAL ... 11 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12 6.1 ALVENARIA ... 12 6.1.1 Normatização ... 14

6.2 PATOLOGIAS EM ALVENARIA DE VEDAÇÃO ... 14

6.2.1 Sintoma ... 14 6.2.2 Causa e Origem ... 15 6.2.3 Diagnóstico ... 17 6.2.4 Prognóstico ... 18 6.2.5 Tratamento ... 18 7 METODOLOGIA ... 19

7.1 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ... 19

7.2 LEVANTAMENTO DE DADOS ... 19

7.2.1 Entrevista com moradores ... 20

7.2.2 Vistoria da residência ... 20 7.3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ... 20 7.4 REGISTRO DE CASO ... 21 8 RECURSOS MATERIAIS ... 22 9 CRONOGRAMA ... 23 10REFERÊNCIAS... 24 11ANEXOS ... 25

(8)

1 INTRODUÇÃO

Fundada em 1974 a cidade de Sinop mantém números elevados de crescimento populacional. Dados indicam que em 2017 o índice chegou a 2,2%, com aproximadamente 135.874 habitantes, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2017), resultando na necessidade de novos loteamentos e novas residências.

O Residencial Safira, objeto pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC está situado na região norte do município, há cerca de 4 km do viaduto que dá entrada ao Centro da cidade, próximo ao Parque de Exposições da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso – ACRINORTE.

Figura 1 – Imagem ilustrativa limites do Residencial Safira Fonte: Google Maps1 (2018).

Em julho de 2013, por ação e recursos do setor privado, foi lançado o loteamento Residencial Safira e que foi liberado em agosto de 2015, pelo prefeito Juarez Costa, via decreto Nº 186/20152.

As condições da economia atual impõem dificuldades à classe média na realização do sonho de adquirir a casa própria. Com o intuito de se livrar do aluguel,

1 Disponível em: <https://goo.gl/bxZ6gB> Acesso em: 5 de maio de 2018, às 18:13 2 Disponível em: <https://goo.gl/sF5oNB> Acesso em: 6 de maio de 2018, às 19:47.

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muitos optam pela realização desse sonho por etapas. Com foco no controle de gastos, adotam a economia de materiais, contratação de mão de obra pouco qualificada, métodos errôneos e até ausência de projetos construtivos.

Essas práticas equivocadas podem expor as construções a defeitos, que na Engenharia Civil são analisadas como patologias. Conforme Helene (1992, p. 19), “[...] a patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema” assim a patologia é um revide associado à qualidade da edificação.

A manifestação de patologias pode gerar desconforto para os proprietários, sejam eles: visuais, de mau funcionamento da edificação, ou até mesmo os que afetam a estrutura. Quaisquer problemas podem ser tratados de forma terapêutica, de acordo com Helene (1992, p. 19), “[...] cabe estudar a correção e a solução desses problemas patológicos. Para obter êxito nas medidas terapêuticas, é necessário que o estudo precedente, o diagnóstico da questão, tenha sido bem conclusivo”.

Sendo assim houve a necessidade de se estudar o bairro e suas prováveis patologias em alvenaria e terapias para casos ocasionalmente vistos na construção civil.

(10)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

Loteamentos novos podem apresentar problemas relacionados à execução de projetos. Será essa uma realidade do Residencial Safira? Que possíveis patologias poderíamos encontrar na execução das obras desse bairro? Será que todas as obras possuem projeto arquitetônico? O nível socioeconômico dos proprietários pode ser um fator gerador de prováveis patologias? O prazo para a execução do projeto de construção pode gerar impactos negativos para o surgimento de patologias?

Buscando os motivos de falhas construtivas na região, analisamos a classe econômica social com ênfase aos estudos relacionados às patologias e terapias.

É uma realidade a construção de pilares subdimensionados na região? Que tipo de patologias podem gerar?

Estrutura das casas subdimensionadas podem levar transtorno aos moradores. Como dar atenção e reduzir casos de fissuras e trincas em locais comumente vistos como portas e janelas em residências com baixo poder aquisitivo?

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3 JUSTIFICATIVA

Com o crescimento significativo do mercado imobiliário em Sinop, registrando aumento de 1400%3 nos loteamentos do período de 2009 a 2012, e atualmente não

diferente, novos loteamentos são criados para atender classes econômicas diferentes, gerando também edificações distintas. No caso da classe média baixa, dificuldades como: materiais de baixa qualidade, falta de métodos construtivos, falha de concepção e possíveis construções sem projeto, e, apesar da legislação municipal exigir e fiscalizar como também faz o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso – CREA-MT, estes são itens que futuramente podem ocasionar desconforto aos proprietários.

Em geral as construções ainda demonstram inúmeros problemas, por isso o estudo de manifestações patológicas em edificações é importante, pode servir de amparo para que problemas encontrados tenham suas causas descobertas e possam receber tratamento adequado a fim de serem sanadas.

É nesse sentido que se justifica a elaboração desse projeto cujo objetivo é estudar patologias e constatar manifestações patologias decorrentes de falhas na execução e/ou falta de projetos.

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4 HIPÓTESES

O Residencial Safira, por se tratar de um empreendimento recente e voltado para um público de baixo nível socioeconômico, devido a necessidade de economias e falta de cuidados, patologias podem se manifestar durante a construção das residências ou no decorrer da ocupação da edificação.

Falta de projetos de construtivos pode ocasionar o surgimento de patologias ao longo do tempo para os imóveis, assim como a mão de obra desqualificada na execução ou o baixo investimento com matérias por falta de poder aquisitivo.

(13)

5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Com o propósito em apurar possíveis manifestações patológicas relacionadas à alvenaria de vedação em casas populares, estudar seus casos e analisar medidas a serem tomadas.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar visitas in loco em imóveis já construídos para observar se há ou não patologias;

A fim de formular diagnósticos e apresentar propostas mitigadoras para os itens apresentados.

• Investigar e identificar as principais manifestações patológicas nas alvenarias de vedação das casas populares do Residencial Safira; • Analisar construções em andamento a fim de constatar o surgimento ou

não de futuras manifestações patológicas;

• Definir patologias, suas causas e possíveis soluções;

• Realizar entrevistas com proprietários locais para compreender melhor as condições de execução de projeto;

• Demonstrar possíveis soluções para os casos observados no residencial;

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6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Apresentar concepções que vão dar embasamento teórico necessário ao desenvolvimento da presente proposta de pesquisa, assim, a subseção 6.1 traz conteúdos sobre conceitos da alvenaria e suas normativas. Itens que dão auxílio para encontrar soluções e desvendar o tipo de manifestação patológica estão apresentados na subseção 6.2 e em seus subjacentes.

6.1 ALVENARIA

A alvenaria pode ser entendida como um objeto construído em obra, in loco, por meio da união de materiais tradicionais como blocos e tijolos, e o elemento de ligação (argamassa de assentamento), formando um conjunto monolítico e estável. Isto controla a ação de agentes indesejáveis, dá suporte e proteção para a edificação e proporciona condições de habitabilidade necessária aos edifícios Salgado (2014).

Analisando a alvenaria de vedação, que não tem função de sustentação na edificação, suporta apenas seu próprio peso. Sendo a distribuição das cargas realizada pela estrutura composta por: pilares, vigas e sapatas. Pode-se observar na figura.

Figura 2 - Distribuição das tensões no componente estrutural Fonte: Império da Engenharia4 (2018).

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De acordo ainda com Salgado (2014), na construção civil, a alvenaria é mais utilizada para delimitação de áreas e fechamento de vãos, adequando e dividindo ambientes internos e externos, é possível visualizar as solicitações que são impostas a alvenaria na figura 3.

Figura 3 - Solicitações impostas às superfícies das edificações Fonte: Sahade (2005) apud Cincotto et al. (1995).

Os componentes mais usuais para a concepção da alvenaria, são tijolos e blocos feitos de materiais como argila ou de concreto. Dimensões e materiais dependem do fabricante e da demanda do mercado. A sua composição deve resistir a deformações e se manter íntegra, sem apresentar fissuras ou outras manifestações patológicas.

Para a proteção da alvenaria contra agentes nocivos, é utilizada a argamassa de revestimento, que tem em sua composição comumente utilizada em obras: areia natural lavada, cimento Portland e por vezes a cal hidratada. Segundo Sahade (2005, p. 10) “pode-se definir argamassa como um material complexo, constituído essencialmente de materiais inertes de baixa granulometria – agregado miúdo – e de uma pasta com propriedades aglomerantes.” (apud KAZMIERCZAK, 1989)

O revestimento ainda recebe um material impermeabilizante, que tem a função de proteger e pode ser feita através de pintura ou outro tipo de revestimento como azulejo.

(16)

6.1.1 Normatização

Projetos e construções seguem uma normatização própria, normalmente estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e a Normatização Brasileira – NBR.

Com a finalidade de servir como referência legal, às estruturas em alvenaria de vedação seguem as principais normas brasileiras disponíveis. São elas:

• NBR 15270-1:2017 – Componentes cerâmicos - Blocos e tijolos para alvenaria Parte 1: Requisitos;

• NBR 8545:1984 – Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos - Procedimento.

6.2 PATOLOGIAS EM ALVENARIA DE VEDAÇÃO

Do surgimento de patologias em paredes devido a fatores abordados neste trabalho, as fissuras ocorrem em decorrência a deformação da alvenaria. Como o revestimento é tratado de maneira que fique polido, produzindo uma superfície suave e rígida que torna qualquer manifesto patológico mais visível.

6.2.1 Sintoma

Sintomas conhecidos como fissuras, podem ser descritas como aberturas em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material sólido proveniente de ruptura sutil de parte de sua massa de acordo com Bachi (2013, p. 6). Segundo Ceotto et al (2005) “Consideram-se fissuras que podem provocar patologias aquelas que são visíveis a olho nu, quando observadas a uma distância maior que um metro, ou aquelas que, independentemente da sua abertura [...]”.

Trincas podem ser explicadas como um nível avançado da fissura, mais profundas e acentuadas, elas indicam que o objeto está partido. O monitoramento dessa, deve ser realizado para evitar que ela se agrave e cause transtorno futuro.

Rachaduras tem aberturas expressivas, que causam sensação de insegurança, e dá a possibilidade de “ver” através dela. Segundo Brandeleiro (2014, p. 16 apud BOCKLER, 2011) Uma rachadura quando passa pela parede de vedação, ela não apresenta um risco grande, e é simples de ser resolvido, mas quando ela afeta

(17)

a estrutura do edifício ela é muito problemática, oferecendo grande risco e mais difícil de ser resolvido.

Denominação Abertura da fissura

Fissura capilar (microfissura) Menos de 0,2 mm

Fissura 0,2 mm a 0,5 mm

Trinca 0,5 mm a 1,5 mm

Rachadura 1,5 mm a 5,0 mm

Fenda 5,0 mm a 10 mm

Brecha Mais de 10 mm

Tabela 1 – Denominação das fissuras Fonte: Sumensse et al (2016).

De acordo com Brandeleiro (2014, p. 17) “Os tipos de trincas mais nocivos são as estruturais, que causam uma deformação excessiva da estrutura e fazem com que a base da edificação ceda, geralmente como resultado de um choque, sobrecarga ou movimentação da laje e viga.” (apud BOCKLER et al, 2011)

6.2.2 Causa e Origem

A origem de problemas na construção civil tem motivos variados, dependendo do autor, época e região. No gráfico a seguir, podemos visualizar que a maior incidência fica na etapa de execução da obra.

Figura 4 – Síntese das ocorrências das patologias Fonte: Adaptado de Valle (2008, p. 4).

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Dentre as manifestações patológicas, fissuras, trincas e rachaduras podem ser vistas em elementos como paredes, vigas, pilares ou lajes. Sua distinção se dá pela espessura de sua abertura.

O estado das fissuras, conforme Nascimento (2004), pode ser dividido em fissuras ativas, que ocorrem em ciclos de abertura e fechamento (efeito térmico, vibrações, trânsito etc.), e inativas que ocorrem para alívio de tensões superiores à resistência do material ou suas interfaces.

Na tabela abaixo, Valle (2008) nos apresenta causas de fenômenos de fissuras e aspectos presentes:

Causas de fenômenos

de fissuração Aspectos presentes

Movimentos de fundações - recalques diferenciais

- Acomodação diferenciais de fundações diretas - Variação do teor de umidade dos solos argilosos - Heterogeneidade e deficiente compactação de aterros

Ação de cargas externas - atuação de

sobrecargas - Concentração de cargas e esforços

Deformação da parede devido a deformabilidade excessiva das estruturas

- Pavimento inferior mais deformável que o superior

- Pavimento inferior menos deformável que o superior

- Pavimento inferior e superior com deformação idêntica

- Fissuração devida à deformação de consolos - Fissuração devida à rotação do pavimento no apoio

Variações térmicas

- Fissuração devida aos movimentos das coberturas

- Fissuração devida aos movimentos das estruturas reticuladas

- Fissuração devida aos movimentos da própria parede

Variações de umidade

- Movimentos reversíveis e irreversíveis

- Fissuração devido à variação de teor de umidade por causas extremas

- Fissuração devido à variação natural do teor de umidade dos materiais

- Fissuração devido à retração das argamassas - Fissuração devido à expansão irreversível do tijolo

Tabela 2 – Classificação das principais causas de fissuras em paredes (continua) Fonte: Valle (2008).

(19)

Causas de fenômenos

de fissuração Aspectos presentes

Alterações químicas

- Hidratação retardada da cal

- Expansão das argamassas por ação dos sulfatos - Corrosão de armaduras e outros elementos metálicos

Ação do gelo

- Fissuração devido a condições climáticas muito desfavoráveis

- Fissuração devida à vulnerabilidade dos materiais

Outros casos de fissuração

- Ações acidentais (sismo, incêndios e impactos fortuitos)

- Retração da argamassa e expansão irreversível do tijolo

- Choque térmico

- Envelhecimento e degradação natural dos materiais e das estruturas

- Paredes de blocos de betão (situações particulares)

- Revestimentos

- Paredes com funções estruturais

Tabela 2 – Classificação das principais causas de fissuras em paredes (conclusão) Fonte: Valle (2008).

6.2.3 Diagnóstico

O diagnóstico de manifestações patológicas é o entendimento dos fenômenos em termos da identificação das múltiplas relações de causa e efeito que normalmente caracterizam uma anomalia patológica na edificação afirma Lichtenstein (1986).

Para determinar o diagnóstico, o levantamento de causas e analise da gravidade são itens necessários para caracterizar a patologia e desvendar sua origem. Para obter o diagnóstico uma manifestação patológica, Vieira (2016, p. 11) atribui a sequência de três fases distintas, são elas:

• Pré–Diagnóstico: Inspeção visual com o objetivo de realizar um método atuação para correção do problema.

• Estudos Prévios: recolhimento e levantamento de informações para conhecimento completo do problema.

• Diagnóstico: Determinação do estado que em se encontra a edificação, a partir dos dados levantados nas fases anteriores dessa metodologia.

A busca da solução para uma manifestação patológica requer um diagnóstico realizado com excelência, só assim a terapia pode obter êxito.

(20)

6.2.4 Prognóstico

O Prognóstico é realizado com base nas informações levantadas no diagnóstico, indicando o quadro de evolução do problema. Vieira (2016) faz menção a metodologias que podem ser aplicadas no prognóstico, são elas:

• Erradicar a enfermidade;

• Impedir ou controlar sua evolução; • Não intervir;

• Estimar o tempo de vida da estrutura; • Limitar sua utilização;

• Indicar sua demolição.

6.2.5 Tratamento

O tratamento tem relação direta com correções e soluções de patologias, que podem ser pequenos reparos de caráter superficial a reconstrução total da estrutura para este momento da obra especificamente a necessidade de um bom e bem orientado diagnóstico.

Segundo Lapa (2008), citado por Vieira (2016), afirma que após conclusão da fase de diagnóstico e prognóstico, é dado o seguimento para o levantamento de possíveis intervenções ao problema. Essas intervenções podem ser concluídas sob três diferentes causas:

• Reparo: consiste em corrigir pequenos danos da estrutura;

• Recuperação: visa devolver a estrutura o desempenho original perdido; • Reforço: tem por finalidade aumentar o desempenho da estrutura.

Mesmo com um bom diagnóstico e monitoramento da obra até a conclusão do tratamento patológico, tornam-se necessários cuidados que visem à vida útil que se espera da obra, qualidade dos materiais utilizados, condições ambientais, assim como a sua manutenção.

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7 METODOLOGIA

A pesquisa bibliográfica será desenvolvida por meio de leitura de um referencial teórico especifico para a fundamentação das análises dos dados coletados.

A coleta de dados que comporá o corpus deste projeto de pesquisa será feita por meio de visitas in loco, imagens fotográficas de imóveis do Residencial Safira e a aplicação questionário com proprietários de residências e com responsáveis do empreendimento.

7.1 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

O objeto a ser analisado é um loteamento composto por residências, até o momento, e está situado no município de Sinop, Mato Grosso, o qual foi iniciado em 2013 e liberado em 2015. Por se tratar de um bairro novo, o número de residências examinadas será de acordo com os moradores voluntários para a pesquisa.

7.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Estágio importante por se tratar do levantamento de informações para a compreensão do objeto de estudo. A listagem das manifestações patológicas encontradas será realizada através de vistorias no local, observação de problemas semelhantes e pesquisas através de materiais bibliográficos.

Visitas serão realizadas nas residências do bairro a fim de gerar dados, estas informações serão recolhidas de acordo com a colaboração dos moradores. A pesquisa será feita em horários e datas distintas, conforme a disponibilidade dos moradores.

Para análise de prováveis casos relacionados a fissuras será utilizado um fissurômetro. Está é uma régua comparadora transparente feita de plástico flexível, através de seus diferentes traços conhecidos é possível classificar as fissuras, a seguir um modelo:

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Figura 5 – Modelo de Fissurômetro Fonte: Gis Ibérica5 (2018). 7.2.1 Entrevista com moradores

Foi elaborado um formulário de investigação, em apêndice, para melhor compreender itens de interesse ao estudo. O formulário será aplicado com auxílio do aplicativo QuickTapSurvey em entrevista realizada com os moradores. O questionário será aplicado nos dias em que forem realizadas as visitas.

7.2.2 Vistoria da residência

Após conversa com os moradores, será realizado a vistoria da residência em busca de manifestações patológicas. Cada manifestação será registrada, fotografada, e identificada para posteriormente desvendar sua procedência.

7.3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO

Após a realização de pesquisas e análises do local, será desenvolvido o diagnóstico dos problemas encontrados.

Ressaltando que manifestações patológicas podem ser de caráter dinâmico, ou seja, em determinado momento o problema pode se encontrar de uma maneira e em outro a mesma estar completamente diferente.

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Outra observação importante é a de que manifestações patológicas podem indicar semelhanças, porem apresentam suas causas distintas. Com isso, a geração de hipóteses criadas no diagnóstico visa o esclarecimento da situação.

7.4 REGISTRO DE CASO

Para o registro de caso, serão realizados quadros qualitativos e quantitativos indicando:

• A quantidade de manifestações patológicas encontradas; • A Característica das patologias registradas;

• Suas origens; e • Medidas cabíveis.

O registro de caso do estudo compõe uma fonte segura para consultas, além de servir de banco de dados para análises posteriores.

(24)

8 RECURSOS MATERIAIS

Para a realização deste projeto, faz-se necessário o uso dos seguintes recursos materiais:

• Veículo próprio: para o deslocamento até o objeto de pesquisa;

• Tablet: será utilizado para escrita do projeto, como máquina fotográfica e para a aplicação do questionário;

• Notebook pessoal: para a pesquisa bibliográfica, analise dos dados e escrita; • Word: o software Microsoft Word foi utilizado para a edição e desenvolvimento

do texto;

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9 CRONOGRAMA

Organização das atividades previstas para realização do projeto.

ATIVIDADES

ANO

AGO SET OUT NOV DEZ

Encontros com o orientador Leituras e elaboração de resumos Revisão bibliográfica complementar Coleta de dados complementares Redação da monografia Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

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10 REFERÊNCIAS

BACHI, K. FISSURAS NA PAREDE DO RESIDENCIAL MUNDO PLAZA: Estudo

de caso. Salvador. 2013.

BRANDELERO, N. PATOLOGIA EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR: Identificação

das patologias mais frequentes em um conjunto habitacional no município de Sinop-MT. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT. Sinop.

2014.

BRODIE, R. Microsoft Word. 14.0.6024.1000, 15 junho 1983.

CEOTTO, L. H.; BANDUK, R. C.; NAKAKURA, E. H. Revestimentos de

Argamassas: boas Práticas em projeto, execução e avaliação. Porto Alegre:

Prolivros, 2005. (Recomendações Técnicas HABITARE, 1)

HELENE, P. R. D. L. Manual para Reparo, Reforço e Proteção das Estruturas de

Concreto. 2ª. ed. São Paulo: PINI, 1992. Acesso em: 05 abr. 2018.

INSTITUTO FEDERAL SÃO PAULO. Fissuras, trincas, rachaduras e fendas. IFSP -

Câmpus Presidente Epitácio, Presidente Epitácio. Disponível em:

<https://goo.gl/TXmqcH>. Acesso em: 22 maio 2018.

LEÃO, E. B. Download. SietCon Engenharia Civil, 25 julho 2013. Disponível em: <https://goo.gl/3RnepT>. Acesso em: 04 abr. 2018.

LICHTENSTEIN, N. B. Boletim Técnico 06/86: Patologia das Construções. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo. 1986.

NASCIMENTO, O. L. D. Alvenarias. 2ª. ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 2004. 54 p. Disponível em: <https://goo.gl/jhkGes>. Acesso em: 05 maio 2018.

SAHADE, R. F. Avaliação de Sistemas de Recuperação de Fissuras em

Alvenaria de Vedação. São Paulo, p. 169. 2005.

SALGADO, J. C. P. Técnicas e Práticas Construtivas: da Implantação ao Acabamento. 1º. ed. São Paulo: Érica, 2014. Disponivel em:

<https://goo.gl/5ynp9w>. Acesso em: 05 abr. 2018.

SUMENSSE, K. C. A.; SANDERS, C. PATOLOGIAS DE FUNDAÇÕES. INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ. Foz do Iguaçu. 2016.

VALLE, J. B. D. S. Especialização em Tecnologia da Construção Civil. Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, p. 72. 2008.

VIEIRA, M. A. Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de

Tratamento. IPOG - Instituto de Pós-graduação e Graduação. Uberlândia, p. 15.

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11 ANEXOS

Anexo A –

Questionário sobre as residências e famílias do Residencial Safira. 1 – Nome: __________________________________________________________ 2 – Rua da residência: __________________________________________________________ 3 – O imóvel é: ( ) Próprio ( ) Aluguel 4 – Quantos moradores: __________________________________________________________ 5 – Quantos Cômodos: __________________________________________________________ 6 – Metragem da resistência: __________________________________________________________ 7 – A edificação possui: ( ) Projeto ( ) Abastecimento de água ( ) Energia elétrica ( ) Rede de esgoto ( ) Fossa séptica Tipo de fundação: ____________________________________________

8 – A residência possui revestimento: ( ) Não

(28)

( ) Apenas reboco ( ) Reboco e pintura

9 – Renda mensal da família: ( ) Menos de 2 salários mínimos ( ) 2 a 4 salários mínimos

( ) 4 a 10 salários mínimos ( ) Mais que 10 salários mínimos

10 – Manifestações patológicas: ( ) Fissuras

( ) Trincas

( ) Portas emperradas ( ) Janelas emperradas

11 – Em sua opinião o que falta para melhoria do bairro:

__________________________________________________________ __________________________________________________________

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