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Estudo do consumo alimentar de mulheres pós-menopausa com síndrome metabólica participantes de um programa de intervenção nutricional em grupos randomizados

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Projeto de Pesquisa Institucional

ESTUDO DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES

PÓS-MENOPAUSA COM SÍNDROME METABÓLICA

PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO

NUTRICIONAL EM GRUPOS RANDOMIZADOS

Emanuele Romero Wassermann

Nutrição

IJUÍ - RS

2011

(2)

EMANUELE ROMERO WASSERMANN

ESTUDO DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES

PÓS-MENOPAUSA COM SÍNDROME METABÓLICA

PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO

NUTRICIONAL EM GRUPOS RANDOMIZADOS

Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado ao curso de Nutrição, do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de Nutricionista.

Orientadora: Profª. Dra. Ligia Beatriz Bento Franz

IJUÍ, RS 2011

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ESTUDO DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES PÓS-MENOPAUSA COM SÍNDROME METABÓLICA PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE

INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM GRUPOS RANDOMIZADOS1

Emanuele Romero Wassermann2 Ligia Beatriz Bento Franz3

Resumo: o objetivo deste estudo foi verificar o consumo alimentar de mulheres pós-menopausa com Síndrome Metabólica residentes no município de Catuípe/RS participantes de um programa de intervenção nutricional. Trata-se de um ensaio clínico com randomização de três grupos para a intervenção (treinamento aeróbico isolado; intervenção nutricional isolada; e treinamento aeróbico associado à intervenção nutricional) analisado o consumo de macronutrientes, energia, sódio e colesterol de 12 mulheres. O consumo alimentar de macronutrientes de todas participantes dos três grupos de intervenção, apresentaram-se em grande parte adequado somente em relação ao consumo de proteínas na pré-intervenção e nenhum macronutriente na pós-intervenção apresentou na maioria adequado, e sim, alto ou baixo; em relação ao consumo de energia, na pré-intervenção 1 mulher apresentou consumo adequado e na pós-intervenção o consumo de 2 mulheres apresentaram-se adequados; quanto ao consumo de sódio na pré-intervenção 1 mulher apresentou consumo adequado e na pós-intervenção nenhuma mulher apresentou consumo adequado; em relação ao consumo de colesterol na pré-intervenção 11 mulheres estavam com o consumo adequado e na pós-pré-intervenção 9 mulheres apresentaram consumo adequado. Após as participantes serem submetidas ao protocolo de intervenção nutricional a maioria não apresentou consumo adequado de macronutrientes, energia e sódio.

Palavras-chave: Síndrome Metabólica; macronutrientes; Valor Energético Total.

__________

1

Pesquisa Institucional desenvolvida no Departamento de Ciências da Vida-DCVida da UNIJUÍ, pertencente ao Grupo de Pesquisa “Estudo Multidimensional de mulheres pós-menopausa do

Município de Catuípe/RS”.

2

Emanuele Romero Wassermann, acadêmica de Nutrição, Bolsista PIBIC/CNPq, Unijuí. emanuele.w@hotmail.com

3

Lígia Beatriz Bento Franz, doutora em Saúde Pública, docente do Departamento da Ciência da Saúde, Unijuí. ligiafra@unijui.edu.br

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STUDY OF FOOD CONSUMPTION IN WOMEN POSTMENOPAUSAL WITH

METABOLIC SYNDROME PARTICIPANTS OF ANUTRITIONAL INTERVENTION

PROGRAM: RANDOMIZED GROUPS¹

Abstract: the objective of this study was to assess the food intake of

postmenopausal women with metabolic syndrome living in the city of Catuípe / RS participants in a nutritional intervention program. This is a randomized clinical trial with three groups for the intervention (aerobic training alone; nutritional intervention alone, and aerobic training associated with nutritional intervention) analyzed the consumption of macronutrients, energy, sodium and cholesterol of 12 women. Dietary intake of macronutrients of all participants of the three intervention groups, presented themselves largely appropriate only in relation to protein intake in the pre-intervention and no macronutrient on post-pre-intervention were most appropriate, and yes, high or low ; in relation to energy consumption in the pre-intervention showed a woman adequate intake and post-intervention consumption of two women had to be appropriate, regarding the consumption of sodium in the pre-intervention showed a woman adequate intake and post-intervention no woman presented adequate consumption, over consumption of cholesterol in the pre-intervention were 11 women with adequate intake and post-intervention in 9 women had adequate intake. After the participants were subjected to nutritional intervention protocol did not provide most adequate intake of macronutrients, energy and sodium.

Keywords: Metabolic Syndrome, nutrients, total energy. INTRODUÇÃO

A Síndrome Metabólica (SM) tem sido largamente discutida nos últimos dez anos em função de seu impacto no desenvolvimento de doenças e agravos não-transmissíveis (DANT), sendo a doença metabólica mais freqüente na atualidade. A SM é um transtorno complexo, relacionado à deposição de gordura e à resistência à insulina, caracterizada por um conjunto de disfunções concomitantes que compreende obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), aumento da quantidade de insulina na corrente sanguínea e dislipidemias (BRANDÃO, 2005 e CABRERA et al, 2007) .

Considerando os critérios do National Cholesterol Education Program’s Adult

Treatment Panel III -NCEP-ATP III (2001) que são: circunferência abdominal maior

que 88 cm para as mulheres e maior que 102 cm para os homens, pressão arterial elevada, maior que 130/85 mmHg, glicemia de jejum maior que 110 mg/dl, triglicérides maiores que 150 mg/dl, HDL - colesterol menor que 40 mg/dl em homens e menor que 50 mg/dl em mulheres, é classificado como portador de SM o indivíduo que apresentar três ou mais destes critérios.

(5)

A genética, o sedentarismo, o tabagismo, o ganho ponderal progressivo e uma dieta rica em carboidratos refinados, gorduras saturadas e pobre em fibras alimentares contribuem para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica (SANTOS, 2001). Além disso, outras situações como a menopausa, sendo este um fator intrínseco, é um fator de risco para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica, uma vez que o hipoestrogenismo altera o metabolismo e propicia o aumento de peso corporal, modificação da composição corporal, acúmulo de gordura na região abdominal e altera o perfil lipídico.

A adoção de um plano alimentar saudável é fundamental no tratamento da Síndrome Metabólica (BRANDÃO, 2005). A terapia nutricional deve focar o controle glicêmico e demais fatores cardiovasculares, e permitir a manutenção do balanço energético e do peso da massa corporal saudável; reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras, diminuir o consumo de gorduras saturadas e aumentar o consumo de gorduras insaturadas, reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada); aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais; reduzir a ingestão de açúcar livre; e reduzir a ingestão de sal (sódio) (BRANDÃO, 2005 e SANTOS, 2001).

Os inquéritos alimentares são métodos empregados para avaliação do consumo alimentar de indivíduos e populações em um determinado período de tempo estabelecido previamente. Tais métodos podem fornecer informações sobre a ingestão alimentar, possibilitando, dessa forma, relacionar a dieta ao estado nutricional do indivíduo e ao aparecimento de doenças crônico-degenerativas (DUARTE, 2003).

O Recordatório de 24 horas (R24h) é um método quantitativo de avaliação do consumo alimentar. Esse método é utilizado por profissional tecnicamente habilitado para averiguar a ingestão alimentar do paciente, bem como monitorar a adesão à prescrição dietoterápica. Deve ser realizado em um período de 24 horas, geralmente avaliando o dia anterior ao inquérito. Nesse método o paciente é questionado sobre todos os alimentos e bebidas ingeridas nas últimas 24 horas, sendo a sua memória e a percepção condições para garantir a qualidade da informação(SANTOS, 2003).

O R24h é um método simples, fácil e necessita de pouco tempo e material para ser aplicado. O principal objetivo desse método é conhecer a quantidade de calorias, macro e micronutrientes ingeridos pelo paciente (SANTOS, 2003).

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A justificativa do presente estudo está nos resultados obtidos na primeira etapa de coleta de dados (em 2008) da pesquisa institucional “Estudo Multidimensional de Mulheres Pós-menopausa do Município de Catuípe/RS”, a qual este projeto está vinculado e confirmados na segunda intervenção populacional (em 2009). Da amostra estudada 33,8% (44) das mulheres apresentavam três ou mais fatores de risco cardiometabólico, o que de acordo com o NCEP-ATP III- 2001 classifica-se como Síndrome Metabólica.

Neste sentido, o presente estudo objetiva verificar o consumo alimentar de mulheres pós-menopausa com Síndrome Metabólica residentes no município de Catuípe/RS participantes de um programa de intervenção nutricional.

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um ensaio clínico com randomização de três grupos para a intervenção. A população de estudo foram 12 mulheres portadoras de SM, representando 27,2% das 130 participantes do projeto maior.

Considerou-se os seguintes critérios de inclusão para compor a população: mulheres com idade entre 50 e 65 anos; período mínimo de um ano de amenorréia (12 meses); consentir participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; capacidade física-funcional e cognitiva preservada; ter diagnóstico de Síndrome Metabólica segundo os critérios estabelecidos pela NCEP-ATP III.

Foi realizada avaliação bioquímica, na qual analisou o perfil lipídico (colesterol total e suas frações e triglicerídeos; glicemia e marcador inflamatório –PCR- ultra sensível); avaliação nutricional a qual constou do registro das medidas antropométricas (peso da massa corporal, estatura, perímetro da cintura e dobra cutânea triciptal), avaliação da composição corporal (% de gordura e % de água) e Recordatório Alimentar de 24hs de um dia; avaliação física-funcional, avaliando a capacidade funcional submáxima e máxima, força muscular respiratória e resistência muscular localizada de membros inferiores; e avaliação do Estilo de vida utilizando o Protocolo de avaliação do Estilo de Vida proposto por NAHAS em 2001.

A população foi randomizada em 3 grupos: Grupo 1 (G1)- Treinamento aeróbio isolado; Grupo 2 (G2) - Intervenção nutricional isolada; e Grupo 3 (G3) - Treinamento

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aeróbio associado a intervenção nutricional. Todos os grupos foram submetidos aos mesmos protocolos de avaliação e re-avaliação, descritos anteriormente. O período de intervenção foi de 12 semanas para os 3 grupos. Abaixo estão os protocolos de intervenção nos 3 grupos.

G1: este grupo foi submetido somente ao treinamento aeróbio, o qual foi realizado 3

vezes por semana durante 12 semanas. A intensidade do exercício foi prescrita

através da frequência cardíaca do limiar anaeróbio obtida no teste

ergoespirométrico. No início e final de cada sessão, foi verificada a pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) em repouso, e uma série de alongamentos gerais para membros superiores e inferiores. Durante o exercício aeróbio foram verificadas a FC, PA e a percepção de esforço percebido através da escala de Borg.

G2: este grupo somente recebeu a intervenção nutricional. A intervenção foi

constituída por orientação e monitoramento nutricional individualizada, e oficinas educativas grupais. No início da intervenção foram entregues planos alimentares individualizados segundo as recomendações da I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. A orientação e monitoração nutricional individualizada sobre o plano alimentar ocorreu uma vez por mês, com o objetivo de avaliar a aceitação da mesma e realizar adaptações que se fizeram necessárias. Além disso, eram realizadas uma vez por mês as reavaliações das medidas antropométricas. As oficinas educativas ocorreram 2 vezes por mês, abordando as seguintes temáticas: alimentação saudável, práticas alimentares saudáveis, preparação de alimentos com baixo teor de sal e açúcar, elaboração de cardápios, aquisição e armazenamento de alimentos. Em cada oficina foram levados materiais sobre o tema abordado e realizado dinâmicas interativas, buscando apoiar as mudanças alimentares necessárias para alcance do objetivo do estudo.

G3: este grupo foi submetido ao mesmo protocolo de treinamento aeróbio do G1 e

intervenção nutricional do G2.

Para análise do inquérito alimentar foi utilizado software Diet-Pro. A análise dos macronutrientes considerou as seguintes recomendações da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN,1990) para os macronutrientes: carboidratos: 55 a 60% do VCT; lipídios: 20 a 30% do VCT; proteínas: 10 a 15% do

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VCT(0,8 a 1g/kg/peso/dia para indivíduos adultos, e ). Os valores acima das recomendações da SBAN para macronutrientes foram considerados como alto, os valores conforme as recomendações como adequado, e os valores abaixo da recomendação como baixo. Para análise de energia o Valor Energético Total (VET) foi calculado segundo a FAO/OMS/ONU, 1985, utilizando o peso ideal.

O projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), sendo consubstanciado nº 105/2011.

RESULTADOS

Os resultados mostram que a maior parte do consumo de carboidratos de todas as mulheres pós-menopausa com SM participantes do estudo, na pré-intervenção estava alto e baixo 10 (83,4%), e na pós-pré-intervenção 9 (75,0%) estava baixo; de lipídios na pré-intervenção 6 (50%) estava alto, e na pós-intervenção 8 (66,7%) também estava alto; e de proteínas na pré-intervenção 8 (66,7%) estava adequado, e na pós-intervenção 6 (50%) estava alto. Após a intervenção o consumo alto de carboidratos diminuiu, adequado manteve-se o mesmo, e baixo aumentou; de lipídios o consumo alto aumentou, adequado manteve-se o mesmo, e baixo diminuiu; de proteína o consumo alto aumentou, adequado diminuiu, e baixo aumentou. Todos esses resultados podem ser visualizados na Tabela 1.

Tabela 1: classificação do consumo de macronutrientes pré e pós-intervenção de 12 mulheres participantes dos G1*; G2**; e G3***

Pré-intervenção Pós-intervenção N % N % Carboidratos Alto 5 41,7 1 8,3 Adequado 2 16,7 2 16,7 Baixo 5 41,7 9 75,0 Lipídios Alto 6 50,0 8 66,7 Adequado 4 33,3 4 33,3 Baixo 2 16,7 - - Proteínas Alto 4 33,3 6 50,0

(9)

Adequado 8 66,7 5 41,7

Baixo - - 1 8,3

G1*=grupo de treinamento aeróbio isolado; G2**= grupo de intervenção nutricional isolada; G3***= grupo de treinamento aeróbio e associado a intervenção nutricional.

Conforme tabela 2, o consumo de carboidratos da maioria das mulheres participantes do G1 apresentou-se na pré-intervenção alto 2 (66,7%) mulheres, e na pós-intervenção baixo 2 (66,7%) mulheres; de lipídios na pré e pós-intervenção 2 (66,7%) mulheres apresentaram consumo adequado; e consumo adequado de proteínas na pré-intervenção 3 (100%) mulheres e na pós-intervenção 2 (66,7%) mulheres. Após a intervenção o consumo alto de carboidratos diminuiu, adequado manteve-se o mesmo, e baixo aumentou; de lipídios o consumo alto, adequado e baixo continuaram os mesmos; e de proteína o consumo alto manteve-se o mesmo, adequado diminuiu, e baixo aumentou.

Tabela 2: consumo de macronutrientes pré e pós-intervenção de 3 mulheres participantes do G1*. Pré-intervenção Pós-intervenção N % N % Carboidratos Alto 2 66,7 1 33,3 Adequado - - - - Baixo 1 33,3 2 66,7 Lipídios Alto 2 66,7 2 66,7 Adequado 1 33,1 1 33,3 Baixo - - - - Proteínas Alto - - - - Adequado 3 100 2 66,7 Baixo - - 1 33,1

G1*= grupo de treinamento aeróbio isolado.

A tabela 3 mostra o consumo de macronutrientes pré e pós-intervenção de 4 mulheres do G2 . Em relação aos carboidratos, a maioria delas 2 (50%) mulheres na pré-intervenção apresentaram consumo alto, e na pós-intervenção 3 (75%) mulheres

(10)

apresentaram consumo baixo; em relação aos lipídios 4 (100%) mulheres na pré-intervenção apresentaram consumo alto e baixo, e na pós-pré-intervenção 4 (100%) mulheres apresentaram consumo alto e adequado; e em relação as proteínas 4 (100%) mulheres na pré-intervenção apresentaram consumo alto e adequado, e na pós-intervenção 3 (75%) mulheres apresentaram consumo alto. Após a intervenção o consumo alto de carboidratos diminuiu, adequado manteve-se o mesmo, e baixo aumentou; de lipídios o consumo alto manteve-se o mesmo, adequado aumentou e baixo diminuiu; e de proteína o consumo alto aumentou, adequado diminuiu, e baixo continuou o mesmo.

Tabela 3: consumo de macronutrientes pré e pós-intervenção de 4 mulheres participantes do G2**. Pré-intervenção Pós-intervenção N % N % Carboidratos Alto 2 50 - - Adequado 1 25 1 25,0 Baixo 1 25 3 75,0 Lipídios Alto 2 50 2 50,0 Adequado - - 2 50,0 Baixo 2 50 - - Proteínas Alto 2 50 3 75,0 Adequado 2 50 1 25,0 Baixo - - - -

G2**= grupo de intervenção nutricional isolada;

O consumo de macronutrientes pré e pós-intervenção das 5 mulheres participantes do G3 podem ser visualizados tabela 4. Maior parte do consumo de carboidrato estavam baixo na pré-intervenção 3 (60,0%) mulheres, e na pós-intervenção 4 (80,0%) mulheres; de lipídios 3 (60,0%) mulheres na pré-pós-intervenção estavam com o consumo adequado, e na pós-intervenção 3 (60,0%) mulheres estavam com o consumo alto; e de proteínas 3 (60%) mulheres na pré-intervenção estavam com o consumo adequado, e 3 (60%) mulheres no pós-intervenção estavam com o consumo alto. Após a intervenção o consumo alto de carboidratos diminuiu, adequado manteve-se o mesmo, e baixo aumentou; de lipídios o consumo

(11)

alto aumentou, adequado diminuiu, e baixo continuou o mesmo; e de proteína o consumo alto aumentou, adequado diminuiu, e baixo manteve-se o mesmo.

Tabela 4: consumo de macronutrientes pré e pós-intervenção de 5 mulheres participantes do G3***. Pré-intervenção Pós-intervenção N % N % Carboidratos Alto 1 20,0 - - Adequado 1 20,0 1 20,0 Baixo 3 60,0 4 80,0 Lipídios Alto 2 40,0 4 80,0 Adequado 3 60,0 1 20,0 Baixo - - - - Proteínas Alto 2 40,0 3 60,0 Adequado 3 60,0 2 40,0 Baixo - - - -

G3***=grupo de treinamento aeróbio e intervenção nutricional.

A tabela 5 mostra o consumo de energia pré e pós-intervenção das mulheres participantes do G1; G2; e G3. Das mulheres participantes do G1 nenhuma apresentou consumo adequado na pré-intervenção, e 1 mulher na pós-intervenção; do G2 1 mulher apresentou consumo adequado na pré-intervenção, e nenhuma na pós-intervenção; e do G3 nenhuma apresentou consumo adequado na pré-intervenção e 1 mulher na pós-pré-intervenção. Após a pré-intervenção o consumo de energia de todas mulheres do G1 aumentaram; do G2, 1 mulher aumentou, e 3 mulheres diminuíram; e do G3, 4 mulheres aumentaram, e 1 diminuiu.

Tabela 5: distribuição do consumo de energia pré e pós-intervenção de 12 mulheres participantes do G1*; G2**; e G3***. Grupo Pré-intervenção Pós-intervenção Consumido (kcal) VET**** (kcal) Adequação (%) Consumido (kcal) VET**** (kcal) Adequação (%)

(12)

1 2 821 2 121 133 3 371 2 230 151 1 1 067 2 012 53 1 105 2 026 55 1 1 709 1 978 86 2 066 1 978 104 2 1 885 1 929 98 1 216 1 962 62 2 1 230 1 831 67 1 183 2 053 58 2 1 172 1 945 60 1 595 1 958 81 2 893 1732 52 865 1 765 49 3 1 227 1 958 63 1 311 1 972 66 3 1 626 1 863 87 1 123 2 053 55 3 1 315 1 945 68 2 053 2 044 100 3 1 110 1 978 56 1 509 2 011 75 3 1 096 1985 55 1 644 2 026 81

G1*=grupo de treinamento aeróbio isolado; G2**= grupo de intervenção nutricional isolada; G3***= grupo de treinamento aeróbio e associado a intervenção nutricional; VET****=Valor Energético Total.

Em relação ao consumo de sódio (tabela 6), nenhuma mulher participante do G1 e G2 estava com o consumo adequado na pré e pós-intervenção; e do G3 1 mulher estava com o consumo adequado na pré-intervenção e nenhuma na pós-intervenção. Após a intervenção o consumo de sódio de todas mulheres do G1 aumentaram; do G2, 2 mulheres aumentaram, e 2 mulheres diminuíram; e do G3, 4 mulheres aumentaram, e 1 diminuiu.

Tabela 6: distribuição do consumo de sódio pré e pós-intervenção de 12 mulheres participantes do G1*; G2**; e G3***. Grupo Pré-intervenção Pós-intervenção Consumido (kcal) RDA/ 89*** Adequação (%) Consumido (kcal) RDA/ 89*** Adequação (%)

(13)

* (mg) * (mg) 1 1 630 500 326 2 426 500 485 1 651 500 130 1 456 500 291 1 4 990 500 998 5 835 500 1 167 2 2 549 500 510 429 500 86 2 1 307 500 261 1 400 500 280 2 1 063 500 213 1 471 500 294 2 707 500 141 409 500 82 3 1 360 500 272 1 086 500 217 3 128 500 26 2 094 500 419 3 648 500 130 3 264 500 653 3 1 059 500 212 1 362 500 272 3 461 500 92 2 488 500 498

G1*=grupo de treinamento aeróbio isolado; G2**= grupo de intervenção nutricional isolada; G3***= grupo de treinamento aeróbio e associado a intervenção nutricional; ****RDA=Recommended Dietary

Allowances

O consumo de colesterol das mulheres participantes do G1; G2; e G3 estão apresentados na tabela 7. Em relação ao G1, na pré e pós-intervenção, 2 mulheres apresentaram consumo adequado; ao G2, 4 mulheres apresentaram consumo adequado na pré-intervenção, e 3 mulheres na pós-intervenção; ao G3, 5 mulheres apresentaram consumo adequado na pré-intervenção e 4 mulheres na pós-intervenção. Após a intervenção o consumo de colesterol de todas mulheres do G1 aumentaram; do G2, 3 mulheres aumentaram, e 1 mulher diminuiu; e do G3, todas mulheres aumentaram

(14)

Tabela 7: distribuição do consumo de colesterol pré e pós-intervenção de 12 mulheres participantes do G1*; G2**; e G3***. Grupo Pré-intervenção Pós-intervenção Consumi-do (kcal) Recomen- dado (mg/dl) Adequa- ção (%) Consumi- do (kcal) Recomen- dado (mg/dl) Adequa-ção (%) 1 216 200 108 257 200 129 1 24 200 12 53 200 27 1 185 200 93 81 200 41 2 61 200 31 291 200 146 2 101 200 51 126 200 63 2 93 200 47 82 200 41 2 146 200 73 171 200 86 3 126 200 63 173 200 87 3 83 200 42 110 200 55 3 175 200 88 237 200 119 3 135 200 68 163 200 82 3 99 200 50 124 200 62

G1*=grupo de treinamento aeróbio isolado; G2**= grupo de intervenção nutricional isolada; G3***= grupo de treinamento aeróbio e associado a intervenção nutricional;

Os resultados da avaliação antropométrica e de composição corporal, assim como físico-funcional, bioquímica, e estilo de vida serão descritos em outros trabalhos.

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Estudo realizado por Ferreira et al (2001) com sessenta e quatro mulheres, fisicamente ativas de 50 a 72 anos, divididas em quatro grupos: Grupo A recebeu orientação nutricional; Grupo B recebeu orientação nutricional e sobre atividade física; Grupo C recebeu somente orientação sobre atividade física; Grupo D não recebeu nenhum tipo de orientação, apresentaram antes da intervenção valores percentuais de lipídios totais acima da recomendação diária, que é de 30%, e após a intervenção houve diminuição significativa (p < 0,05) da quantidade ingerida, apresentando valores adequados. Os resultados do estudo de Ferreira et al2 não corroboram com os resultados do presente estudo no qual a maioria das mulheres pós-menopausa com SM participantes do G1, G2 e G3 (50%) estavam com o consumo de lipídios alto na pré-intervenção e pós-intervenção (66,7%).

Ainda no mesmo estudo de Ferreira et al(2001) os grupos apresentaram valor calórico total (VCT) diário dentro da recomendação (RDA, 1989) antes da intervenção. Houve uma diminuição significativa (p < 0,05) do VCT nos grupos que receberam orientação de nutrição 17,2%), de atividade física 16,7%) e controle (-24,0%) após o período de intervenção, entretanto, essas diferenças não foram significativas entre os diferentes grupos de intervenção. Os resultados presentes mostraram que a maioria das mulheres pós-menopausa com SM não apresentaram consumo de energia dentro da recomendação na pré e pós-intervenção.

Fernandes(2011) avaliou o perfil do consumo de nutrientes antioxidantes de 57 indivíduos com diagnóstico de Síndrome Metabólica atendidos na primeira consulta do Ambulatório de Nutrição em uma Unidade Básica de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Neste estudo a contribuição da proteína, carboidrato e lipídio no Valor Energético Total (VCT) apresentou-se de acordo com as recomendações segundo NCEP-ATP, fato que não acorreu com a maioria das participantes do presente estudo em todos os grupos de intervenção.

Já estudo realizado por Montilla (2001), avaliando o estado nutricional e o consumo alimentar de mulheres no climatério corrobora com os achado do presente estudo, o qual os percentuais para os três macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) indicaram inadequação. Em relação à energia, Montilla (2003) encontrou valores de acordo com o estabelecido (80%-120% das recomendações do NRC 1989), ao contrário do presente estudo, o qual não encontrou valores adequados de consumo de energia das participantes.

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É importante destacar que a utilização de um único recordatório alimentar não reflete a ingestão habitual do indivíduo, devido à variação intrapessoa (MONTEIRO, 2011).

CONCLUSÃO

Após as mulheres pós-menopausa com SM serem submetidas ao protocolo de intervenção nutricional de 12 semanas, a maioria delas não apresentou consumo adequado de macronutrientes e energia, nenhuma apresentou consumo adequado de sódio, e todas apresentaram consumo adequado de colesterol.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O consumo alimentar deste estudo foi analisado por meio do Recordatório Alimentar de um dia, pois as mulheres estudadas não realizaram a devolução do registro alimentar de 3 dias durante o estudo.

A duração do programa de intervenção nutricional do presente estudo pode ter sido insuficiente para promover o consumo alimentar adequado de macronutrientes, energia, sódio e colesterol, considerando que os hábitos alimentares permeiam múltiplos fatores inerentes aos individuais e geralmente é preciso mais tempo para modificá-los.

Além disso, não foram avaliados os fatores qualitativos da dieta, podendo ter ocorrido mudanças na melhoria do consumo alimentar, sem necessariamente terem ocorrido alterações quantitativas observadas neste estudo.

AGRADECIMENTOS

Viemos por meio deste agradecer a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, ao CNPq –bolsa de Iniciação Científica – PIBIC, a equipe do projeto de pesquisa a qual este projeto está vinculado, a Prefeitura de Catuípe/RS e a todas mulheres pós-menopausa com SM participantes do estudo, os quais nos possibilitaram a realização deste estudo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, A. P. (coord.) I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Rio de Janeiro, v 84, 2005.

CABRERA L.B., GEBARA O.C.E., DIAMENT J., NUSSBACHER A., ROSANO G.,

WAJNGARTEN M. Metabolic syndrome, abdominal obesity, and

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DUARTE, A.C., Semiologia imunologica nutricional. Rio de Janeiro : Axcel Books do Brasil, 2003. p 255.

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APÊNDICE A - Recordatório Alimentar de 24 horas Dia da semana:

DESJEJUM Hora: Local:

Alimento/preparação Medidas caseiras

LANCHE Hora: Local:

Alimento/preparação Medidas caseiras

ALMOÇO Hora: Local:

Alimento/preparação Medidas caseiras

LANCHE Hora: Local:

Alimento/preparação Medidas caseiras

JANTAR Hora: Local:

Alimento/preparação Medidas caseiras

CEIA Hora: Local:

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ANEXO A – Normas de publicação para a revista Contexto & Saúde

1. Os trabalhos deverão ser encaminhados em uma via, papel A4, espaço 1,5, margens: superior e esquerda 3 cm e inferior e direita 2cm, de acordo com a ortografia oficial; fonte Arial, corpo 12, editor de texto Word for Windows, versão 6.0 ou superior, acompanhado por meio eletrônico.

2. Os artigos podem ser escritos em português, inglês ou espanhol.

3. Autoria: apresentar o nome completo de todos os autores e indicar, em nota de rodapé por ordem numérica, o título universitário, cargo ocupado e endereço eletrônico.

4. Resumo: do tipo informativo, com limite mínimo de 100 e máximo de 200 palavras em português, inglês (abstract) ou em espanhol (resumen), se este for a língua original do artigo. Sintetizar proposições, sujeitos e resultados. Não fazer citações, uma vez que o resumo é texto independente do corpo do trabalho e de suas referências.

5. As palavras-chave (keywords, palabras-clave): abaixo do resumo, indicar de três a cinco termos que identificam o tema, limitando-se aos descritores recomendados - o DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) - disponível na página da Bireme.4

6. Título em português, inglês ou em espanhol, conforme a versão do texto e resumo.

Referências

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