• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

TÍTULO: PRANCHA PEDAGÓGICA PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JOÃO PEDRO VILLA GOMES DA FONTE, LEONAM DOS SANTOS ALMEIDA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANTONIO SÉRGIO FERREIRA BONATO, LELIANE APARECIDA CASTRO ROCHA ORIENTADOR(ES):

(2)

1 1. Resumo

No cenário brasileiro atual, sobre o qual a tecnologia ganha cada vez mais espaço e torna as atividades cotidianas mais simples, não há razões para se prender a formas de ensino tradicionais. É possível, por exemplo, utilizar aparatos tecnológicos para se empregar estes mesmos métodos já comprovados em um novo formato - um aplicativo mobile - tornando o ensino mais lúdico e divertido para as crianças.

Este trabalho aborda um app para crianças com necessidades educacionais especiais (NEE) e o como ele endereça alguns dos principais problemas enfrentados por elas no processo de aprendizagem. São apresentadas uma introdução do app, as metodologias aplicadas, além dos métodos utilizados no desenvolvimento e resultados obtidos.

A partir da pesquisa realizada, houve um entendimento das reais necessidades das crianças e educadores e dos métodos utilizados no sistema de ensino, que então foram aplicados no desenvolvimento do app, de modo a torná-lo uma ferramenta de apoio durante a aprendizagem do público-alvo escolhido.

2. Introdução

Segundo dados do Censo Escolar do MEC 2016 [1], 57,8% das escolas brasileiras têm alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação incluídos em classes comuns, totalizando 796.486 estudantes. E ainda há, segundo o mesmo censo, 174.486 alunos em salas Exclusivas de Educação Especial no país. Tais alunos apresentam maiores dificuldades na aprendizagem, quando comparadas às outras crianças, havendo a necessidade de um acompanhamento diferenciado no processo de aprendizado, uma vez que há pontos onde se deve ter um foco mais específico, afim de propiciar um melhor desenvolvimento de suas habilidades cognitivas.

Juntamente com o problema enfrentado pelas crianças, entra o desafio do professor: adaptar as pranchas pedagógicas e atividades para cada aluno. As pranchas pedagógicas são painéis com figuras e textos móveis, os quais precisam ser constantemente trocados de acordo com a atividade proposta. Como consequência, é necessário manter-se uma grande quantidade de materiais alternativos e o tempo

(3)

2 demandado pelo professor na tarefa de criar e recriar as pranchas é alto, o que torna o processo de ensino demorado e menos produtivo.

O aplicativo PRANCHAPP é uma ferramenta de ensino, na qual estão inseridas telas destinadas a ampliação de habilidades de comunicação e temas transversais propostos pelo MEC [2], tornando sua abordagem cotidiana e atual. A forma de prancha como o app foi desenvolvido facilita a aprendizagem por parte das crianças com NEE, visto que estas aprendem melhor com padrões lineares na disposição dos elementos nas telas, sendo estes adotados em todas as atividades propostas. E, ao mesmo tempo, torna possível o acompanhamento sistemático do professor através da consulta de pontuação por atividade. Além disso, o aplicativo facilita e reduz o tempo de montagem das pranchas, tempo este que poderá ser melhor aproveitado na aprendizagem do aluno.

3. Objetivos

O presente trabalho tem como principal objetivo contribuir com o desenvolvimento das habilidades cognitivas e melhora no nível de aprendizado das crianças com necessidades educacionais especiais (NEE), através da utilização dos métodos já aplicados em escolas públicas nas atividades desenvolvidas no app.

4. Metodologia

A metodologia utilizada foi levantamento bibliográfico e leituras sobre as dificuldades das crianças com necessidades educacionais especiais, entrevistas com profissionais da área da inclusão social e educação e pesquisas de campo em escolas que atendem essas crianças.

Uma das profissionais entrevistadas, a Prof.ª M.ª Leliane Aparecida Castro Rocha, tornou-se coorientadora do projeto e subsidiou o desenvolvimento do aplicativo com informações sobre os métodos aplicados nas escolas do ensino público, garantindo, dessa maneira, as funcionalidades apropriadas.

Para ampliar a possibilidade das habilidades funcionais deficitárias do aluno e ampliar sua independência, autonomia de comunicação e aprendizado, o app dá a oportunidade da criança com NEE desenvolver o raciocínio dedutivo e indutivo, observando o ocorrido e aprendendo a aprender [4].

(4)

3 O app tem um grande uso de recursos sonoros, pois o estabelecimento da função auditiva propicia a integração sensorial, a qual é um dos fatores importantes para o desenvolvimento global da criança. O processamento auditivo é descrito como habilidade do sistema nervoso central para processar a chegada dos sinais auditivos. Estes incluem mecanismos auditivos que sustentam as habilidades de localização e lateralização sonora, reconhecimento do padrão auditivo, atenção, concentração e discriminação auditiva, aspectos temporais da audição, memória auditiva, entre outros. Bem como o recurso de cores que facilita a percepção das estruturas da língua e a futuras construções de frases [6].

5. Desenvolvimento

Os métodos aplicados no desenvolvimento das atividades seguem as formas de ensino utilizadas na maioria das escolas do país. Isto significa que os mesmos métodos comprovados foram, com o auxílio da tecnologia, convertidos para um meio com o qual as crianças estão familiarizadas: os smartphones e tablets, fazendo com o que elas aprendam brincando [5].

Com mais de 90% de usuários no Brasil, segundo a empresa de coleta de dados Kantar [8], o sistema Android foi escolhido para suportar o app, tornando-o dependente apenas de um smartphone ou tablet com o referido sistema operacional em sua versão 4.2 (Jelly Bean) ou superior. Tendo em vista que, segundo pesquisa feita pelo Google em 2016, mais de 60% dos brasileiros possuíam smartphones [3], e desses, 87,4% são compatíveis com o uso do app, a implantação e inserção no mercado tornam-se tecnicamente factíveis.

A aplicação, como já citado anteriormente, foi desenvolvida para o sistema Android, utilizando o padrão de arquitetura MVC, cuja separação é dada em: Model (Dados, Estados e Regras); View (UI criada utilizando XML); Controller (decide como interagir com o modelo a partir da ação do usuário na UI) [7].

Todos os recursos audiovisuais utilizados são armazenados no próprio dispositivo, não havendo necessidade de efetuar qualquer download para o pleno funcionamento do app, o que torna seu uso independente de conexão à internet.

(5)

4 6. Resultados Preliminares

Os resultados parciais obtidos até o momento indicam uma melhor aceitação, pelas crianças, das atividades desenvolvidas no app, quando comparadas às realizadas de maneira tradicional, isto é, sem o apoio da tecnologia durante o processo de aprendizado.

Os recursos contidos no app facilitaram também a tarefa do professor, pois este não precisa mais utilizar seu tempo para montar as pranchas, uma vez que elas já encontram-se prontas para o uso no aplicativo.

7. Fontes Consultadas

[1]. Ministério da Educação, INEP. Censo Escolar da Educação Básica 2016 -

Notas Estatísticas. http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_esc

olar/notas_estatisticas/2017/notas_estatisticas_censo_es

colar_da_educacao_basica_2016.pdf

[2]. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:

temas transversais, ética. Brasília, 1997.

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf

[3]. Folha de São Paulo. Smartphones estão nas mãos de 62% dos brasileiros,

diz Google. http://www1.folha.uol.com.br/tec/2017/02/1862362-

smartphones-estao-nas-maos-de-62-dos-brasileiros-dizgoogle.shtml

[4]. Manzini, E.J.; et al (Org.) Linguagem e Comunicação Alternativa. Londrina: ABPEE, 2009.

[5]. Aguiar, J. S. Educação inclusiva: jogos para o ensino de conceitos. Campinas: Papirus, 2004.

[6]. American Speech Language Hearing Association. Central Auditory Processing Disorders. Technical Report. 2005. http://www.asha.org/policy/TR2005- 00043

[7] Glenn E. Krasner and Stephen T. Pope. 1988. A cookbook for using the model-view controller user interface paradigm in Smalltalk-80. J. Object Oriented Program. 1, 3 (August 1988), 26-49.

(6)

5

[8]. Kantar Worldpanel Brasil.

https://www.kantarworldpanel.com/global/smartphone-os-market-share/ (Acesso em

Referências

Documentos relacionados

Conclusões Os moradores da comunidade Muribeca entrevistados no presente trabalho demonstraram possuir um bom conhecimento sobre a utilização de plantas como medicinais, mas as

Fungal isolates obtained from Musca domestica captured at two natural breeding grounds, the Swine Culture Sector, Zootecnia (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) and the

Procuro, de forma mais ou menos visível mas constante, reflectir sobre arte: da criação artística em si, com os seus problemas e conflitos, ao sistema artístico e aos diversos

Excluindo as operações de Santos, os demais terminais da Ultracargo apresentaram EBITDA de R$ 15 milhões, redução de 30% e 40% em relação ao 4T14 e ao 3T15,

As rimas, aliterações e assonâncias associadas ao discurso indirecto livre, às frases curtas e simples, ao diálogo engastado na narração, às interjeições, às

Considerando a importância dos tratores agrícolas e características dos seus rodados pneumáticos em desenvolver força de tração e flutuação no solo, o presente trabalho

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used

interpretation, and clinical use. Task Force of the European Society of Cardiology and the North American Society of Pacing and Electrophysiology. Eur Heart J, London,