Gestão Financeira
Prof. Luciano de Santana
Moeda
Prof. Luciano de Santana
A Origem do Dinheiro
•O homem primitivo morava em cavernas, alimentava-se de frutos, caça ou pesca...
Moeda
A Origem do Dinheiro
• Com o passar do tempo (séculos) e o desenvolvimento da inteligência a espécie humana passou a ter a necessidade de maior conforto e a observar seus semelhantes.
http://www.ecompleto.com.br/i/filesloja/274/files/Fantasia%20Garota%20das%20Cav ernas(1).jpg
A Origem do Dinheiro
• Surgem as trocas (Escambo)
http://ebdfosfato1.blogspot.com.br/2012/02/voce-sabe-o-que-e-barganhar.html
A Origem do Dinheiro
• A troca direta funcionou durante séculos... • Mas existiam alguns problemas:
•Dificuldade de compatibilizar os bens
A Origem do Dinheiro
•Demora para encontrar pessoas que quisessem o que você tem e tivessem o que você quer.
Dinheiro
Mim tem roda!
• O Sistema de Trocas deu origem ao surgimento de vocábulos como:
• "salário", o pagamento feito através de certa quantidade de sal;
• "pecúnia", do latim "pecus", que significa rebanho (gado) ou "peculium", relativo ao gado miúdo (ovelha ou cabrito).
É a unidade representativa de valor, aceita como instrumento de troca em uma comunidade.
Funções da Moeda:
• Instrumento de Troca • Poder de compra
• Medida comum de valor • Instrumento de crédito • Reserva de valor
Pedra de YAP
Moeda - Mercadoria • Mercadorias que eram aceitas por todos passaram a ser usadas como meio de troca.
• Problemas:
▫ Indivisibilidade. ▫ Oscilação no valor. ▫ Perecíveis.
Moeda - Metal
• Por apresentar vantagens como:
▫ a possibilidade de entesouramento, ▫ divisibilidade,
▫ raridade,
Ouro, Prata e Cobre
• O emprego destes metais se impôs, não só pela
sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos.
Ouro, Prata e Cobre
• Valor intrínseco – valor em si.
• Com o advento do papel-moeda a cunhagem de
moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco.
• A necessidade de guardar as moedas em segurança deu surgimento aos bancos.
• Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes.
• Recibos escritos das quantias guardadas.
• Esses recibos ("goldsmith’s notes") passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus
possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo.
• Assim surgiram as primeiras cédulas de "papel moeda", ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a guarda dos valores em espécie dava origem a instituições
bancárias.
• Recibo de depósito de moeda.
Papel - Moeda
• A moeda passa a representar o valor estampado
na face.
• Não tem valor intrínseco.
• É divisível.
Classificação da Moeda Moeda Manual Moeda Escritural Papel Moeda Moeda Metal Moeda Bancária
Moeda Escritural
•É um meio de pagamento não constituído por dinheiro. É a soma dos depósitos à vista disponível no sistema bancário.
Moeda Escritural
• É uma moeda Fiduciária, portanto sua aceitação
como forma de pagamento, não é obrigatória.
• Meios de Movimentação: Débito eletrônico DOC TED Cartão de Crédito Cheques
Moeda Escritural
• Efeito Multiplicador da Moeda escritural:
É o processo em que os bancos “emitem” moeda escritural (ME)
1. O Banco recebe um depósito (Banco depositário)
2. Uma pequena deve ser guardada;
Moeda Escritural
• Efeito Multiplicador da Moeda escritural:
Em uma cidade de endividados, chega um gringo e vai a um hotel alugar um quarto.
Moeda Escritural
• Efeito Multiplicador da Moeda escritural:
Enquanto o gringo olha o quarto, a gerente do hotel corre, com os R$ 100,00, para o açougue e paga seus débitos.
Por sua vez o açougueiro corre para o Frigorífico para pagar sua dívida de R$ 100,00.
Então o dono do frigorífico pega os R$ 100,00 e vai pagar o veterinário.
Moeda Escritural
• Efeito Multiplicador da Moeda escritural:
O veterinário, vai pagar R$ 100,00 que estava devendo R$ 100,00 a um vendedor viajante.
Por sua vez o vendedor sai para pagar R$ 100,00 ao hotel, pois estava devendo desde sua última hospedagem.
Nesse momento o gringo, retorna à recepção e pede os R$ 100,00, pois não gostou do quarto.
Moeda Escritural
• Efeito Multiplicador da Moeda escritural:
Moral da história:
Ninguém ganhou dinheiro!
Efeito Multiplicador da Moeda escritural RS 1000 RS 1000 RS 1000 R$1000 R$1000 R$1000 1 2 3 4 5 6 7 LOJA A João
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Recurso Inicial injetado R$ 1000
Saldo da conta de J0ão R$ 2000 Saldo da Loja A R$ 1000
TOTAL DEPOSITADO EM CONTAS-CORRENTES
R$ 3000
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Problemas:
• Se todos os clientes desejarem sacar no mesmo dia?! • A multiplicação descontrolada pode causar falências de bancos, empresas, pessoas e até países no caso de crise financeira.
Solução para conter o efeito multiplicador:
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Depósito Compulsório:
O depósito compulsório é uma das formas que o BC tem para controlar a quantidade de dinheiro na economia. O compulsório obriga os bancos a depositar parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, numa conta no BC.
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Depósito Compulsório:
• Controlar o crédito oferecido pelos Bancos Comerciais;
• ŽManter em poder das Autoridades Monetárias um volume de reservas imediatas capaz de garantir a liquidez do sistema como um todo;
• ŽControlar a expansão dos meios de pagamento da economia, pela redução do impacto do efeito
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Para Calcular o efeito multiplicador de um depósito bancário, basta aplicar a fórmula:
Onde:
K é o multiplicador
R – Percentual de recolhimento compulsório e voluntário do banco
1
k
R
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Exemplo: Um depósito inicial de R$ 50.000 no SFN, com taxa de recolhimento compulsório de 20%,
será multiplicado quantas vezes?
Logo ao final do ciclo, teremos um saldo de R$ 250.000,00
1
1
k
5
R 0,2
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Exemplo: Para o mesmo depósito inicial de R$ 50.000 no SFN, se a taxa de recolhimento
compulsório fosse 50%, quantas vezes será multiplicado o saldo inicial?
Logo ao final do ciclo, teremos um saldo de R$ 100.000,00
1
1
k
2
R 0,5
Efeito Multiplicador da Moeda escritural
Saldo nas contas compulsório Empréstimo
R$ 50.000,00 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00 R$ 12.500,00 R$ 12.500,00 R$ 12.500,00 R$ 6.250,00 R$ 6.250,00 R$ 6.250,00 R$ 3.125,00 R$ 3.125,00 R$ 3.125,00 R$ 1.562,50 R$ 1.562,50 R$ 1.562,50 R$ 781,25 R$ 781,25 R$ 781,25 R$ 390,63 R$ 390,63 R$ 390,63 R$ 195,31 R$ 195,31 R$ 195,31 R$ 97,66 R$ 97,66 R$ 97,66 R$ 48,83 R$ 48,83 R$ 48,83 R$ 24,41 R$ 24,41 R$ 24,41 R$ 12,21 R$ 12,21 R$ 12,21 R$ 6,10 R$ 6,10 R$ 6,10 R$ 3,05 R$ 3,05 R$ 3,05 R$ 1,53 R$ 1,53 R$ 1,53 R$ 0,76 R$ 0,76 R$ 0,76 R$ 0,38 R$ 0,38 R$ 0,38 R$ 0,19 R$ 0,19 R$ 99.999,62 R$ 49.999,81 R$ 49.999,81
O Cruzeiro foi criado dia 5 de Outubro de 1942, mas só passou a valer como unidade monetária a partir da meia-noite do dia 31 de Outubro de 1942.
Outro objetivo dessa mudança foi unificar o meio circulante, já
que na época existiam 56 tipos diferentes de cédulas, sendo 35 do tesouro nacional, 14 do Banco do Brasil e 7 da extinta Caixa de Estabilização.
Foram usadas aproximadamente 8 notas do padrão Mil-Réis, carimbadas para o novo valor.
$
1000 = Cr$ 1,00
Cruzeiro Novo foi implantado no dia 13 de fevereiro de 1967. O Cruzeiro, padrão monetário desde 1942, perdia três zeros e se transformava em Cruzeiro Novo. O Cruzeiro Novo foi o único padrão monetário que não teve cédulas próprias.
Banco Central reaproveitou cédulas do Cruzeiro, carimbando-as para o Cruzeiro Novo. O carimbo utilizado era formado por 2
círculos concêntricos, com o valor expresso no centro e as
palavras BANCO CENTRAL e CENTAVOS ou CRUZEIROS NOVOS no espaço entre os círculos.
Cr$ 1.000 = NCr$ 1,00
O Cruzeiro substituiu o Cruzeiro Novo em 15 de Maio de 1970, sendo que um Cruzeiro valia um Cruzeiro Novo. Durou até 27 de fevereiro de 1986.
NCr$ 1,00 = Cr$ 1,00
O Cruzado é proveniente do Plano Cruzado, implantado pelo governo Sarney.
O Plano tinha como objetivo combater a inflação e aumentar o poder aquisitivo da população.
A partir do dia 28 de Fevereiro de 1986, mil cruzeiros passaram a valer um cruzado.
Para implantar o Cruzado o governo aproveitou as cédulas de 10 mil, 50 mil e 100 mil cruzeiros, carimbando-as para o novo padrão. O Carimbo era circular com as palavras "Banco Central do Brasil" e "Cruzado", com o valor no centro.
Cr$ 1.000 = Cz$ 1,00
Cruzado Novo entrou em circulação no dia 15 de janeiro de 1989, na segunda reforma monetária do presidente José Sarney.
A nova moeda substituía o Cruzado, sendo que um Cruzado Novo valia 1000 Cruzados.
Foram aproveitadas as cédulas de mil, 5 mil e 10 mil Cruzados, que receberam um carimbo para o novo padrão monetário. O carimbo adotado era um triangulo com as palavras "cruzado novo" em duas
linhas próximas à base do triângulo.
Cz$ 1.000,00 = NCz$ 1,00
O Cruzeiro foi reintroduzido como padrão monetário em
substituição ao "Cruzado Novo", como parte do "Plano Collor", sem ocorrer a perda de três zeros.
NCz$ 1,00 = Cr$ 1,00
O Cruzeiro Real foi implantado no 1o de Agosto de 1993, substituindo o Cruzeiro, por excesso de zeros.
Foram aproveitadas as notas de 50 mil, 100 mil e 500 mil Cruzeiros, devidamente carimbadas para o novo padrão.
Cr$ 1.000,00 = CR$ 1,00
O Real foi lançado em 01/07/1994 pelo Plano Real no governo Itamar Franco, com o objetivo de criar uma moeda forte e acabar com a inflação.
Primeiramente foi estabelecido um índice paralelo para efeito de transição, a Unidade Real de Valor (URV).
A Conversão de Cruzeiros Reais para Reais foi feita mediante a divisão do valor em Cruzeiros Reais pelo valor da URV de CR$2.750,00.
CR$ 2.750,00 = R$ 1,00
Sites
Banco Central - http://www.bcb.gov.br/?CEDBC
Casa da Moeda -
http:// www.casadamoeda.gov.br/portalCMB/menu/cmb/sobreCMB/origem-dinheiro.jsp?sbMuseu=active