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Prof. Marcelo Fernandes

Rua Cristiano Viana, 670, apt. 63

Pinheiros, São Paulo – SP

CEP 05411-001

Relatório Técnico Científico Referente à Subvenção para Projetos de

Pesquisa (SPP) – MackPesquisa

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Prof. Marcelo Fernandes

Rua Cristiano Viana, 670, apt. 63

Pinheiros, São Paulo – SP

CEP 05411-001

Projeto: Em busca do sucesso acadêmico: o conhecimento de determinados

hábitos de vida e estratégias impulsionadoras da aprendizagem influenciam

o desempenho acadêmico do aluno universitário?

Prof. Dr. Marcelo Fernandes

Profa. Dr. Camila Sachelli Ramos

Profa. Dra. Mônica Ponz Louro

Cursos de Fisioterapia e Ciências Biológicas

Universidade Presbiteriana Mackenzie

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Sumário

Resumo do Projeto Inicial ... 4

Revisão Bibliográfica ... 5

Detalhamento da Metodologia Utilizada ... 11

Resultados ... 17

Discussão e Conclusões Finais ... 34

Referências Bibliográficas ... 38

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Resumo do Projeto Inicial

As mudanças e avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas refletem em mudanças na atuação profissional das mais diversas áreas. Como o principal objetivo do ensino superior é a formação de profissionais competentes e capacitados, surge então a necessidade de refletir sobre todo processo de formação, incluindo o perfil do novo aluno universitário. Num momento onde as informações estão amplamente distribuídas e podem ser acessadas em poucos segundos por uma variedade de equipamentos, cabe ao profissional contemporâneo munir-se não apenas de competências intelectuais, verbais e matemáticas, mas também sociais e emocionais. Diversos estudos tem buscado identificar quais aspectos, intrínsecos e extrínsecos ao aluno, influenciam no processo de aprendizagem e no desenvolvimento destas competências. Com base em dados já publicados, o presente trabalho se propôs a elaborar e oferecer um programa educacional ao aluno universitário no qual foram apresentados hábitos de vida, de organização pessoal, estratégias de aprendizagem e de autoconhecimento. Nossa hipótese é a de que tal intervenção influencie positivamente o aluno universitário na direção de um equilíbrio pessoal e do sucesso acadêmico. O desfecho principal da pesquisa é o desempenho acadêmico do discente por meio de seu histórico escolar (notas). Para tanto, os alunos foram randomizados em grupo controle (GC) e grupo intervenção (GI). No inicio e no final do programa todos os participantes foram avaliados quanto ao seu perfil acadêmico, qualidade de vida, qualidade e quantidade de horas de sono, sonolência diurna, nível de atividade física, bem como percepção subjetiva de apreensão do conhecimento. O desempenho acadêmico foi avaliado no semestre anterior, vigente e subsequente à aplicação do programa (intervenção). No GI os participantes receberam informações em seis encontros quinzenais. Durante o período de intervenção, os alunos receberam lembretes digitais (via redes sociais - Facebook e

Whatsapp) a respeito da importância da incorporação das estratégias organizacionais e de

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delas praticaram. Desta forma foi controlada a aderência dos alunos ao programa. Os integrantes do GC não participaram dos encontros, não receberam os lembretes digitais a respeito das boas práticas e não tiveram contato com o conteúdo do programa, no entanto foi-lhes oferecido, ao final do semestre subsequente ao programa, uma cartilha contendo as mesmas informações abordadas junto ao GI. Diferenças entre as variáveis estudadas foram analisadas por meio de testes estatísticos (ANOVA One-Way; Teste t-Student pareado). Acreditamos que a proposta de uma melhor gestão acadêmica e do cotidiano por parte do discente possa trazer impacto positivo sobre seu desempenho acadêmico e processo de apreensão do conhecimento. Além disso, caso o programa se mostre eficaz, poderá ser apresentado na forma de curso ou palestras a alunos recém-matriculados no ensino superior ou de ensino médio, visando seu protagonismo em sua vida acadêmica.

Revisão Bibliográfica

O momento atual, caracterizado pelo rápido avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s), possibilita que uma enorme quantidade e variedade de informações sejam facilmente acessadas por um computador, tablet ou celular, seja em páginas institucionais, e-books ou mesmo em blogs e redes sociais, transformando assim a antiga realidade onde o conhecimento estava apenas nos livros (Hatschbach e Olinto, 2008; Patrício e Gonçalves, 2010; Tornaghi et al., 2010). Esta realidade impõe certa mudança no perfil profissional esperado pelo mercado de trabalho. O diferencial para o sucesso profissional não depende mais de “conhecer” o conteúdo específico da profissão, mas sim de ter competências para buscar criticamente as fontes de dados, avaliar dados divergentes, buscar evidências ou fenômenos que os expliquem ou justifiquem, saber integrar as informações e analisar assuntos por diferentes perspectivas.

O uso do termo “competência” se mostra fundamental no atual cenário, quando já é claro que deter um conteúdo teórico não é suficiente para ser um profissional. Miller (1990)

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descreveu o desenvolvimento dessas competências numa estrutura piramidal, simbolizando os diferentes níveis de aprendizagem, desde o simples “saber” a respeito de um determinado conteúdo, o qual evolui para o “saber como”, que restringe-se a descrever um procedimento, seguido do “mostrar como”, em que o aprendiz já demonstra suas habilidades na performance de um procedimento, até que enfim “faz”, de maneira livre, autônoma e intuitiva, sem se prender a conceitos decorados ou manuais com o passo a passo (Fig. 1). É esta a autonomia que esperamos despertar em nossos alunos e para tanto reconhecemos não apenas a importância do professor, como participante responsável pela escolha dos conteúdos e dos métodos de ensino, mas também o papel fundamental do aluno, que deve ser participante e ativo no processo, para que possa assim desenvolver as competências esperadas.

FIGURA 1: Pirâmide de Miller: Representação esquemática das competências a serem avaliadas na formação profissional.

O papel da universidade no ensino das competências exigidas pelo mercado de trabalho tem sido amplamente discutido nos últimos anos, nas diversas áreas profissionais (Rieckmann, 2012; Kuijpers e Meijers, 2012; Vila et al., 2012; Chang e Ramnanan, 2015). Nesse contexto, o processo de ensino e aprendizagem exige uma nova postura, tanto por parte dos professores como dos próprios alunos. Os professores, ao definirem seus objetivos conceituais,

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procedimentais e atitudinais, determinam o que será abordado na aula e como este conteúdo será desenvolvido. No entanto, serão suas estratégias de avaliação que irão influenciar a participação do aluno nesse processo e permitirão ao professor verificar o desempenho de cada aluno na busca de tais objetivos (Lyon e Teutschbein, 2011; Paul, 2013). Ao aluno, cabe dedicar-se às atividades, ser participativo e empenhar-se para aproveitá-las da melhor forma possível – conhecendo os objetivos propostos, cabe ao aluno definir o caminho a seguir para alcançá-los (Lea et al., 2003).

Determinar os objetivos e as metodologias a serem empregadas no processo de aprendizagem torna-se fundamental para assegurar e determinar quais as competências profissionais serão estimuladas e desenvolvidas. Ou seja, o conteúdo, que hoje é facilmente acessado por diversos meios digitais, não é mais o aspecto mais importante, mas integra um conjunto de aquisições. As competências enquadram-se no “saber buscar” esta informação e também “saber usá-la” para a resolução de problemas reais, e, nesse ambiente real, saber lidar com pessoas, daí a importância em ensiná-las e apreendê-las (Zabala e Arnau, 2010).

O exame vestibular é abordado por Zabala e Arnau (2010) como um processo de avaliação que tem determinado o conteúdo e os métodos de ensino-aprendizagem, principalmente na educação básica. Os autores propõem a reflexão sobre quais competências são consideradas nessa avalição do vestibular, ou seja, quais as competências que são exigidas na seleção de alunos para o ingresso nas diversas universidades do país. Ao avaliarmos essas competências, perceberemos o quanto o aluno ingressante tem a aprender para que assuma um papel ativo durante a sua formação profissional.

Quando questionamos por que os professores universitários almejam o sucesso acadêmico de seus alunos, concluímos rapidamente que seria pelo fato de acreditarem que isto refletirá no sucesso profissional. No entanto, alguns estudos que avaliaram o desempenho

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acadêmico de alunos e sua posição profissional posteriormente, não mostram uma correlação entre o rendimento, avaliado por nota ou conceito, e o sucesso profissional, avaliado pelo salário (Ferreira e Crisóstomo, 2011). Mckenzie e Schweitzer (2001), em um estudo com alunos universitários na Austrália, observaram que o desempenho escolar prévio do aluno é um dos principais fatores associados ao sucesso acadêmico, porém fatores sociais como integração ao novo ambiente e novos colegas também podem ser determinantes no processo.

Guimarães e Boruchovitch (2004) apontam a universidade como um ambiente propício para a aprendizagem e para a socialização e assim podemos incluir na vida acadêmica experiências que desenvolvam tanto as competências específicas de cada profissão como também as competências sociais e emocionais.

As escolas de administração dos Estados Unidos utilizam o GMAT (Graduate Management Admission Test) como único exame admissional para o ingresso em cursos de MBA (Management Business School). O GMAT é um teste baseado no quociente de inteligência (QI), atualmente composto por questões quantitativas e verbais, além de estudo de casos e produção de textos argumentativos. Genderen (2007), citando diversos estudos, conclui que o desempenho intelectual não é suficiente para prever o sucesso profissional, e assim sugere que as competências emocionais também sejam avaliadas nos exames de ingresso em cursos de pós-graduação, seja incorporando-as, no caso, ao GMAT, ou criando um novo teste que seja utilizado junto dele.

É, portanto compreensível que diversos fatores, intrínsecos e extrínsecos ao aluno, podem influenciar a dinâmica ensino-aprendizagem e contribuir assim para um bom desempenho acadêmico e profissional. Nesse contexto, o debate acerca dos determinantes do desempenho acadêmico torna-se relevante frente ao ambiente acadêmico cada vez mais plural, tecnológico, exigente e ao mesmo tempo, rico em oportunidades.

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No que se refere aos fatores intrínsecos podemos citar aspectos cognitivos e não cognitivos, dentre eles atenção, motivação, compreensão e habilidade sócio emocional. Uma aprendizagem autônoma e sustentada só é alcançada quando o aluno, preparado para aprender, consegue reconhecer a importância e a necessidade daquele conhecimento.

Inicialmente apontada por Fontaine (apud Azevedo e Faria, 2006) como um fator influente no desempenho escolar, a motivação tem sido estudada desde então nesse contexto e atualmente é diferenciada em intrínseca e extrínseca. Ao nos referirmos aos fatores intrínsecos ao aluno, a motivação intrínseca (aquela que não apresenta explicitamente uma recompensa) é capaz de impulsionar o aluno a desenvolver suas competências visando simplesmente alcançar avaliações positivas (Ribeiro, 2011). Apesar de não aprovar o uso do verbo “motivar”, por assumir que ao motivar obriga-se o outro a fazer algo sem interesse, Bernard Charlot (2013) concorda que é fundamental “mobilizar” o aluno a engajar-se no processo e participar ativamente da construção do seu conhecimento.

A organização da sala de aula como espaço de desenvolvimento de ideias deve levar em consideração estratégias que contribuam para a quebra da passividade e que motivem ou mobilizem o aluno para a compreensão de conteúdos “ressignificados” à luz da realidade pessoal dos indivíduos. O conhecimento deve ser imbuído de significados tendo, neste processo, o aluno como agente ativo e central na atribuição de significados. Nesse contexto sua habilidade sócio-emocional deve ser levada em consideração e utilizada na direção da construção de um ambiente favorável ao aprendizado.

A aprendizagem significativa, base do processo de aprendizagem defendido por Ausubel et al., (1980), fundamenta-se na tentativa de partir dos conhecimentos do aluno para transformá-lo, criando novas associações e novos significados. Nesse sentido, os conceitos novos se associam aos antigos e, a partir dessas interligações, surgem novos significados – o

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novo conhecimento. A identificação dos conceitos e suas relações podem ser trabalhadas em mapas conceituais, como proposto por Novak (Gomes et al., 2008).

Além destes, fatores extrínsecos também devem ser considerados neste processo e podem contribuir para a criação de um ambiente neurofisiológico favorável para o aluno. O sono possui papel importante nesse contexto tendo em vista seu papel na (1) conservação energética e restauração fisiológica; (2) reparação dos danos e reorganização neural; (3) homeostasia e estabilização de circuitos neurais por meio de atividade neural oscilatória que auxilia no armazenamento de informações herdadas e adquiridas (Savage e West, 2007). Assim, medidas que visem a organização e higiene do sono podem interferir na consolidação da memória e maior eficiência na apreensão do conhecimento. Em estudo realizado anteriormente pelo nosso grupo, observamos que a quantidade de horas de sono diárias em estudantes universitários encontra-se no limite inferior do que é considerado aceitável, e que a sonolência diurna, bem como risco para apnéia obstrutiva do sono são mais elevados nos estudantes que associam atividade laboral remunerada ao seu dia a dia acadêmico.

A atividade física é outro componente no conjunto de ações que podem potencializar a função cognitiva. Apesar de alguns dados controversos, já foram descritas mudanças estruturais no encéfalo como o aumento do hipocampo e consequente melhora da memória (Erickson et

al., 2011), além de melhora do fluxo sanguíneo cerebral, alterações nos neurotransmissores e

modificações no nível de excitação neural (Sibley e Etnier, 2003). Segundo Antunes et al., (2006), indivíduos fisicamente ativos apresentam menores riscos de desenvolvimento de demências do que os indivíduos sedentários, porém como a atividade física produz radicais livres (espécies reativas de O2), é recomendada a prática de atividade física de intensidade moderada para que se tenha como resultado aumento da plasticidade neural e melhora da função cognitiva (Aguiar Jr e Pinho, 2007).

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Aspectos organizacionais ligados à construção de uma agenda estruturada de estudos, leituras e adequação de um espaço satisfatório para estudos em casa e na universidade também devem estar presentes na vida acadêmica do discente.

Frente aos desafios aos quais o estudante universitário se depara, hipotetizamos que um programa educacional sistematizado, endereçado à comunidade discente de ensino superior, que aborde aspectos relacionados à aprendizagem e apreensão de conhecimentos, hábitos de estudo e de vida, produza um efeito positivo sobre o desempenho acadêmico. A validação de nossa hipótese poderá contribuir para a elaboração de um conjunto de práticas institucionais docentes que leve em conta não apenas os aspectos formais dos conteúdos ministrados, mas inclua em sua práxis ações que contemplem os diversos fatores influenciadores do binômio “ensino-aprendizagem”.

Detalhamento da Metodologia utilizada

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Presbiteriana Mackenzie (UPM) (ANEXOS) e se constituiu em um ensaio clínico

randomizado desenvolvido nas dependências da UPM. Foram incluídos estudantes universitários a partir do 2º até o penúltimo semestre de diversos cursos de graduação, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 35 anos. O recrutamento ocorreu a partir de contato direto com candidatos, cartazes nos campi da UPM, divulgação em salas de aula, encaminhamento de e-mails aos discentes Representantes de Sala e a Diretores e Professores dos Centros Acadêmicos da UPM e de outras Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo, publicações em Redes Sociais, divulgação no Portal Virtual da UPM e distribuição de folhetos. A divulgação continha, suscintamente, os principais objetivos da pesquisa e critérios de inclusão. Foram excluídos estudantes sem vínculo formal com a instituição de ensino superior (matrícula) ou

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que estavam cursando apenas uma disciplina no semestre de aplicação do protocolo. Os alunos que apresentaram aderência abaixo de 50% ao programa educacional proposto foram agrupados e analisados separadamente daqueles com maior aderência, da mesma maneira, aqueles com ader6encia igual ou maior que 60% também foram analisados separadamente (resultados comparativos). Os indivíduos foram esclarecidos quanto aos objetivos e finalidade da pesquisa, bem como em relação aos instrumentos utilizados. Foi assegurado sigilo dos dados e possibilidade de desistência do estudo a qualquer momento sem prejuízo algum. Após anuência e obtenção de consentimento por escrito o estudo foi iniciado.

Os estudantes foram então aleatorizados para dois grupos “intervenção” (GI) e “controle” (GC). Para randomização os alunos foram agrupados conforme seus cursos de graduação e aleatorizados a partir destes subgrupos, e não de forma individual. Esta randomização em “subgrupos” se deu no sentido de evitarmos o contato pessoal entre participantes do mesmo curso que estivessem randomizados em grupos diferentes (Controle e Intervenção), evitando-se assim contato de participantes do grupo controle com o conteúdo da intervenção.

Todos os participantes realizaram uma avaliação inicial na qual foram obtidos dados gerais tais como, idade, peso e altura (referidos), curso de graduação a qual pertenciam, etapa, período de estudo (matutino, vespertino ou noturno) e atividade laboral associada ao curso de graduação. A percepção subjetiva de aprendizado no semestre anterior e vigente à aplicação do protocolo, foi avaliada por meio de uma escala likert de zero à 10, sendo “zero” correspondente a percepção de uma “péssima” aprendizagem e 10 a percepção de uma “excelente” aprendizagem por parte do aluno. Além disso, foi coletado a percepção do aluno referente à dificuldade percebida no semestre anterior e atual à intervenção, utilizando-se novamente uma escala likert de 0 à 10. Avaliamos ainda as Habilidades Acadêmicas requeridas dos alunos pelos professores no semestre anterior e vigente à aplicação da intervenção, ou seja, o aluno

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assinalava as atividades que havia praticado no semestre anterior e vigente à aplicação da intervenção. As atividades eram: a) recordar (peso1); b) compreender (peso 2); c) aplicar (peso 3); d) analisar (peso 4); e) avaliar (peso 5); f) criar (peso 6), baseadas nas categorias dos domínios cognitivos de Bloom, modificadas por Anderson, Krathwohl e Airasian (Ferraz; Belhot, 2010). Os termos foram apresentados aleatoriamente aos participantes. O escore de Habilidades Acadêmicas requeridas do aluno foi construído a partir da soma dos pesos atribuídos a cada atividade sinalizada pelo discente. O ciclo sono-vigília foi avaliado por meio do questionário Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (Buysse et al., 1989) e Escala de

Sonolência de Epworth (Murray et al., 1991) (ANEXOS). Qualidade de vida e atividade física

habitual foram avaliados por meio do questionário de qualidade de vida genérico

WHOQOL-bref (Fleck et al., 2000) e o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) (Benedetti et al., 2004), respectivamente (ANEXOS). Todos os instrumentos foram validados para

utilização em nosso país.

O desempenho acadêmico dos estudantes foi avaliado mediante o registro das Médias Finais (MFs) em todas as disciplinas cursadas pelos participantes no semestre anterior, vigente e posterior ao programa educacional proposto. O registro das MFs foi feito mediante consulta ao histórico escolar do aluno junto à Secretaria Geral da Instituição de Ensino.

Os participantes alocados no GI participaram de um programa educacional contendo informações a respeito dos seguintes pontos: 1) a aquisição de conhecimento em suas bases neurofisiológicas; 2) estratégias de estudo que priorizam a interpretação e relações de conceitos; 3) hábitos de vida que possuem interferência direta sobre a apreensão do conhecimento; 4) autoconhecimento e mapeamento de competências, por meio da parceria com o projeto “Portfólio” (projeto realizado pelo Laboratório de Psicologia Organizacional e do Trabalho (LABPOT), conduzido por alunos do último ano do curso de Psicologia e supervisionado por professores da UPM).

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Foram realizados sete encontros de uma hora e trinta minutos cada (1h30m), com periodicidade quinzenal e controle de presença, e um último encontro ao final do semestre para avaliação final.

O estímulo à prática das recomendações propostas nos encontros foi feito semanalmente via on-line por intermédio de grupo eletrônico criado especificamente para esse fim no aplicativo Whatsapp e na rede social Facebook. Semanalmente foram postados lembretes e recomendações acompanhadas de imagens e textos sobre o que foi aprendido no último encontro.

A aderência dos voluntários ao programa foi avaliada por meio de “Recordatório” (ANEXOS) impresso que era preenchido pelos alunos quinzenalmente, no início de cada encontro.

Os encontros foram divididos em duas partes. Na primeira eram apresentados, pelos pesquisadores, conceitos e recomendações. Na segunda, os alunos eram ouvidos e assim, compartilhado experiências a respeito de suas dificuldades e facilidades em seus estudos e como poderiam incorporar as recomendações nas suas rotinas.

No primeiro encontro todos voluntários selecionados foram informados sobre o Projeto e dinâmica dos encontros, assinaram o TCLE, responderam aos instrumentos de avaliação e foram agrupados em sub-grupos para realização da aleatorização. Após este processo todos foram avisados via rede social a que grupo passariam a pertencer (controle ou intervenção). Àqueles randomizados para o GC foi garantido a entrega da cartilha de informações ao final do período de estudo contendo todas as informações à que o GI teve acesso.

No segundo encontro foi abordado aspectos ligados à importância do ciclo sono-vigília e da prática de atividade física na consolidação da memória e apreensão de conhecimentos, além de passado recomendações para um sono saudável e atividade física adequada.

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O terceiro encontro abordou práticas de estudos, seu impacto na interpretação e ressignificação de conceitos e conteúdos, além de recomendações sobre estes assuntos.

O quarto encontro abordou a organização do espaço e tempo de estudo individual, além da apresentação de técnicas de estudo validadas pela literatura científica.

Do quinto ao sétimo encontro os voluntários participaram de dinâmicas junto ao Projeto Portfolio.

O GC não foi submetido ao programa educacional e não recebeu estímulos semanais para a incorporação das recomendações explicitadas no programa. Todos os voluntários foram avaliados novamente ao final do período de aplicação do programa educacional com os mesmos instrumentos de pesquisa utilizados na avaliação inicial. A figura 2 apresenta a dinâmica do protocolo.

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Figura 2: Desenho do estudo.

O estudo ofereceu risco mínimo, uma vez que o Programa Educacional abordou questões gerais sobre saúde, processo ensino-aprendizagem e hábitos de vida em geral.

Método Estatístico

Os dados estão apresentados por meio de média e desvio padrão. A comparação das MFs das disciplinas cursadas nos três semestres analisados nos grupos foi feita por meio do

Avaliação para Elegibilidade Exclusão:

- Ausência de Matrícula.

- Cursar apenas 01 disciplina no semestre.

- Cursar o primeiro ou o último semestre do curso.

Aleatorização

Grupo Intervenção Grupo Controle

Registro das Médias Finais (MFs) das Disciplinas Cursadas no

Semestre Anterior

Registro das Médias Finais (MFs) das Disciplinas Cursadas no

Semestre Anterior Aplicação do Programa

Educacional

Registro das MFs das Disciplinas Cursadas no Semestre Vigente

Registro das MFs das Disciplinas Cursadas no Semestre Vigente Avaliação Inicial dos Voluntários

Entrega de Cartilha Informativa Registro das MFs das Disciplinas

Cursadas no Semestre Subsequente Registro das MFs das Disciplinas

Cursadas no Semestre Subsequente

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Teste ANOVA de único fator. Comparação das variáveis intra-grupo entre “início” e “fim” do semestre vigente ao programa foi feita por meio do teste t-Student pareado. Consideramos valor de “p” significativo <0,05 e o programa estatístico utilizado foi o SPSS®.

Resultados

O GI foi formado por 29 participantes e o GC por 26. Ambos eram, predominantemente, formados por indivíduos do gênero feminino. A figura 3 ilustra a composição do grupo intervenção, 90% dos participantes eram do gênero feminino, contando-se apenas com três do gênero masculino (10% do total). Na figura 4, do mesmo modo, o grupo controle apresentou 92% de participantes do gênero feminino apenas 8% do gênero masculino.

Fig. 3 Número de participantes e frequências relativas em porcentagem de cada um dos gêneros na composição do grupo intervenção.

26; 90% 3; 10%

Número e Frequência Relativa de Participantes por Gênero

G. Intervenção

Fem. Masc.

(18)

Fig. 4 – Número de participantes e frequências relativas em porcentagem de cada um dos gêneros na composição do grupo controle.

Em relação à idade dos participantes a maior parte era formada por jovens (figura 5). No GI 20 alunos apresentavam idades entre 18 e 20 anos, enquanto no GC 21 apresentavam idade dentro desta mesma faixa. Os demais participantes dos grupos mostravam idades entre 21 e 32 anos.

Fig. 5 – Número de participantes por classe de idade em cada um dos grupos (controle e intervenção).

Quanto ao vínculo acadêmico, ambos os grupos eram formados por alunos de graduação da UPM, matriculados em sete diferentes cursos (figura 6). No GI a maior parte cursava o Curso

24; 92% 2; 8%

Número e Frequência Relativa de Participantes por Gênero

G. Controle Fem. Masc. 20 4 3 1 1 21 2 2 1 0 0 5 10 15 20 25 18-20 21-23 24-26 27-29 30-32 N ú m e ro d e Par tici p an te s

Classe de Idades (em anos)

Idade dos Participantes

G. Intervenção G. Controle

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de Fisioterapia (12 participantes) e Nutrição (10 participantes) do Centro de Ciências

Biológicas e da Saúde (CCBS) da UPM. Os demais participantes deste grupo vinham de outros

Centros Acadêmicos e cursos da UPM, sendo eles: Administração (três participantes), Letras (três participantes) e um aluno de Engenharia de Materiais. A composição do GC também apresentou grande concentração de alunos ligados ao curso de Fisioterapia (15 participantes). Entre os demais, cinco participantes eram do Curso Psicologia, cinco do Curso de Ciências Biológicas e apenas um do Curso de Nutrição (figura 6).

Fig. 6 – Composição numérica de participantes dos grupos intervenção e controle, matriculados em diferentes cursos de graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A maior parte dos participantes vinculava-se ao 3º semestre de seus cursos de graduação, mas registros de participantes proveniente da 2ª, 4ª, e 5ª etapas foram também observados (figura 7). 3 0 1 12 3 10 0 0 5 0 15 0 1 5 0 2 4 6 8 10 12 14 16 N ú m e ro d e p ar tici p an te s CURSOS

Número de participantes por Curso

G. Intervenção G. Controle

(20)

Fig. 7 – Número de participantes matriculados, dos grupos intervenção e controle, em cada etapa de seus cursos de graduação.

O número de disciplinas cursadas durante o primeiro semestre do projeto pelos participantes variou de 6 disciplinas (componentes curriculares) a 10, mas a maior parte dos alunos estava matriculada em 9 disciplinas semestrais, seja no GI (15 participantes) ou no GC (17 participantes) (figura 8). Em ambos os casos, todos mostravam um grande número de disciplinas, levando a uma grade semanal de aulas completa e um grande envolvimento com os respectivos cursos no que se refere à carga horária.

0 2 4 6 8 10 12 14 16 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 4 11 5 6 2 0 1 1 16 2 5 0 2 0 N ú m e ro d e Par tici p an te s Semestres

Número de Participantes por Etapa (Semestre)

G. Intervenção G. Controle

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Fig. 8 – Número de disciplinas cursadas pelos participantes dos grupos intervenção e controle, no semestre de execução do projeto.

Outro aspecto que sinaliza na direção de um maior envolvimento dos participantes com as atividades dos respectivos cursos, é o fato da maioria não apresentar vínculos empregatícios externos, tanto no GI (figura 9) como no GC (figura 10). Em ambas as situações, mais de 75% dos participantes não estavam envolvidos com atividades profissionais paralelas as atividades acadêmicas.

Fig. 9 – Vínculo com atividades profissionais em paralelo às atividades acadêmicas no grupo intervenção. 0 5 10 15 20 6 7 8 9 10 4 3 5 15 2 2 0 3 17 4 N ú m e ro d e Par tici p an te s Número de Disciplinas

Número de participantes por Número de Disciplinas Cursadas

G. Intervenção G. Controle

7; 24%

22; 76%

Participantes Empregados e sem Emprego

G. Intervenção

Com Emprego Sem Emprego

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Fig. 10 – Vínculo com atividades profissionais em paralelo às atividades acadêmicas no grupo controle.

De modo geral, todos os participantes apresentaram o perfil VISUAL dominante. O GI apresentou, após a intervenção, maior equilíbrio entre os três perfis (figura 11). O GC apresentou redução estatisticamente significante no escore refere às suas Habilidades

Acadêmicas (p=0,036) requeridas pelos docentes entre os semestres anterior e vigente à

intervenção (figura 12). Isto também ocorreu no GI, embora sem variação estatística significante. No que se refere à aderência dos participantes do GI aos hábitos de vida, práticas de estudo e gestão do tempo e espaço verificamos, a partir da análise dos recordatórios, uma aderência em média de 63±4% em relação aos bons hábitos de sono, 51±2% quanto à adoção de boas rotinas atividade física, 66±6% e 77±4% quanto à melhor gerência do tempo e de espaço para o estudo, respectivamente, e 71±1% quanto à adoção de boas práticas de estudo (figura 13).

6; 23%

20; 77%

Participantes Empregados e sem Emprego

G. Controle

Com Emprego Sem Emprego

(23)

Perfil do Aluno (%)

Fig. 11 – Perfil de aprendizagem e habilidades acadêmicas pré e pós intervenção nos grupos. Valores representados em porcentagem.

Escore de Habilidades Acadêmicas requeridas do Aluno

Fig. 12 – Habilidades acadêmicas requeridas do aluno nos semestres anterior e vigente à intervenção. * p < 0,05 versus GC pré. Obs.: Escore Mínimo “zero”; Escore Máximo 21.

41 42 39 40 36 37 38 36 35 37 37 37 0 10 20 30 40 50 60 PRÉ PÓS PRÉ PÓS GC GI

Perfil Visual (Score Máximo 60) Perfil Auditivo (Score Máximo 60) Perfil Cinestésico (Score Máximo 60)

10,4 10,9 13,2 13,7 0 3 6 9 12 15 18 21 GC GI Pré Pós

*

(24)

Aderência dos Alunos do GI às Recomendações Propostas (%)

Fig. 13 – Aderência dos alunos do GI às recomendações propostas no programa educacional.

Verificamos redução significativa no que se refere à percepção de aprendizagem por parte dos alunos do GC (p=0,015) entre o início e o final do semestre da aplicação do programa educacional. Embora sem relevância estatística, observamos aumento nesta percepção nos alunos que se submeteram à intervenção proposta (GI), conforme explicitado na figura 14.

Percepção de Aprendizagem dos Alunos – Quantitativa

Fig. 14 – Percepção de aprendizagem dos alunos do GC e GI por meio da escala Likert (0 à 10), entre início e término do semestre da intervenção. * p < 0,05 versus GC pré.

63 51 66 77 70 0 20 40 60 80 100

Sono Ativ. Fisica Tempo Espaço Estudo

6,9 6,4 6,3 6,7 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 GC GI Pré Pós

*

(25)

Ainda em relação à percepção de aprendizagem dos alunos, agora avaliada de forma qualitativa, verificamos discreto aumento no descritor “excelente” no GC, no entanto elevação nos descritores “regular” e “ruim” neste grupo. No GI observamos manutenção de uma percepção de aprendizado caracterizada como “boa” e redução do número de alunos com percepção “ruim”, que passaram a classifica-la como “regular” (figura 15). Apenas quatro participantes do GI revelaram PIORA no processo de aprendizagem após a intervenção, contra 11 do GC. Além disso, apenas três participantes do GC relataram MELHORA, contra 9 do GI (figura 16).

Percepção de Aprendizado nas Disciplinas Cursadas (%)

Análise Qualitativa

Fig. 15 – Percepção de aprendizado no início (pré) e final (pós) no semestre da intervenção nos grupos. Valores representados em porcentagem.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 PRÉ PÓS PRÉ PÓS GC GI

(26)

Variação da Percepção de Aprendizado nas Disciplinas Cursadas

Fig. 16 – Variação da percepção de aprendizado em relação às disciplinas cursadas, entre o início e o término da intervenção nos grupos.

A percepção dos alunos quanto ao grau de dificuldade enfrentada por eles, em média, em relação aos estudos não apresentou variação significante entre os momentos “início” e “término” no semestre da intervenção. No entanto, salientamos tendência do GC e GI à uma percepção de menor dificuldade nas disciplinas ao final (fig. 17).

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3

GC

GI

(27)

Percepção média da Dificuldade dos Alunos frente às Disciplinas –

Quantitativo

Fig. 17 – Percepção de dificuldade dos alunos do GC e GI frente às disciplinas cursadas por meio da escala Likert (0 à 10), entre início e término do semestre da intervenção.

Ao realizarmos uma análise individual, observamos que no GI 14 estudantes consideraram o semestre da intervenção “difícil”, contra apenas nove do GC. Ao passo que no GC 10 estudantes perceberam o semestre como mais fácil, contra oito do GI. A partir desta análise individual nota-se que o GI considerou que o semestre apresentou maior dificuldade em relação à sua percepção anterior (figura 18). Este comportamento pode ser mais bem observado na figura 19, na qual é apresentado o binômio aprendizagem-dificuldade. Nota-se maior aprendizagem na vigência de maior dificuldade no GI, e um comportamento inverso no GC, de menor aprendizagem na vigência de menor dificuldade. Analisamos ainda a variação nas percepções de aprendizado e dificuldades considerando um subgrupo de alunos do GI que apresentaram um escore de aderência às atividades propostas no Programa Educacional maior que 60% (alta aderência). Verificamos que neste subgrupo a percepção de aprendizagem foi a

7,2 6,7 6,9 6,6 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 GC GI Pré Pós

(28)

maior registrada em comparação aos restantes do GI, além de considerarem o semestre com um menor grau de dificuldade (figura 20).

Variação da Percepção de Dificuldade nas Disciplinas Cursadas

Análise Quantitativa

Fig. 18 – Variação na percepção de dificuldade em relação às disciplinas cursadas entre o início e o término da intervenção nos grupos.

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6

GC

GI

(29)

Variação, em média, nas Percepções de Aprendizagem e Dificuldade nas

Disciplinas Cursadas

Fig. 19 – Variação, em média, na percepção de aprendizagem e dificuldade em relação às disciplinas cursadas entre o início e o término da intervenção nos grupos.

Variação nas Percepções de Aprendizagem e Dificuldade dos Alunos

Considerado alunos do GI com alto Índice de Aderência às Propostas de Intervenção

(Grupo GI score > 60%)

Fig. 20 – Variação, em média, na percepção de aprendizagem e dificuldade em relação às disciplinas cursadas entre o início e o término do semestre da intervenção nos grupos. NOTA:

Grupo GI score > 60% representa os alunos do grupo intervenção que tiveram participação

igual ou superior à 60% nas atividades propostas no programa educacional, conforme registros do recordatório. -0,615 0,296 -0,363 0,217 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 GC GI APRENDIZAGEM DIFICULDADE -0, 615 -0, 363 0, 296 0,217 0, 467 -0, 071 A P R E N D I Z A G E M D I F I C U L D A D E GC GI GI score >60%

(30)

Ao avaliarmos os escores totais do questionário de qualidade de vida nos grupos não verificamos mudanças significativas após intervenção (figura 21). No entanto, ao analisarmos os resultados quanto aos domínios do questionário, verificamos tendência à melhora da qualidade de vida no que se refere ao perfil físico no GI e redução da qualidade de vida para o perfil social. No GC observamos tendência à melhora apenas no domínio social (figura 22).

Qualidade de Vida – Escore Total

Fig. 21 – Variação, em média, no escore total de qualidade de vida entre o início e o término da intervenção nos grupos. Nota: Quanto maior o escore melhor a qualidade de vida.

58 59 62 63 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 GC GI Pré Pós

(31)

Qualidade de Vida – Escore nos Domínios

Fig. 22 – Variação, em média, nos escores dos domínios da qualidade de vida entre o início e o término da intervenção nos grupos. Nota: Quanto maior o escore melhor a qualidade de vida.

A sonolência diurna se mostrou excessiva no GC no início da intervenção. Após, não verificamos alterações neste parâmetro (figura 23) nos dois grupos. Quanto à qualidade do sono todos os participantes apresentavam inicialmente uma qualidade ligeiramente ruim. Após intervenção verificamos discreta melhora no GI e piora no GC (figura 24).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 DOM .FIS IC O DOM .PSICO DOM .SOC IAL DOM .AMB IE N TE DOM .FISIC O DOM .PSICO DOM .SOC IAL DOM .AMB IE N TE GC GI Pré Pós

(32)

Nível de Sonolência Diurna

Fig. 23 – Variação, em média, no nível de sonolência diurna entre o início e o término da intervenção nos grupos. Nota: Valores maiores que 10 considerar sonolência diurna excessiva que precisa ser investigada.

Qualidade de Sono

Fig. 24 – Qualidade de sono entre o início e o término da intervenção nos grupos. Nota: Índice menor que cinco considerar “Boa” qualidade de sono; Índice entre cinco e 10 considerar qualidade de sono “Ligeiramente ruim”; Índice maior que 10 qualidade “Ruim/Distúrbio do Sono”.

O número de disciplinas cursadas nos semestres anterior, vigente e posterior à intervenção manteve-se muito semelhante nos dois grupos (figura 25). O número de disciplinas em “dependência” (DPs) também apresentou semelhança, exceto pela sua redução no semestre

12 10 11 10 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 GC GI Pré Pós 0 3 6 9 12 15 18 21 GC GI Pré Pós

(33)

posterior à intervenção nos dois grupos (figura 26). O desempenho acadêmico verificado pelo por meio da média das notas finais de cada participante mostrou mínima variação ao compararmos os três semestres (antes, durante e depois da intervenção) nos dois grupos (figura 27).

Número de Disciplinas Cursadas

Fig. 25 – Número de disciplinas cursadas pelos alunos nos dois grupos nos semestres anterior, vigente e posterior à intervenção.

Número de Disciplinas Cursadas em Dependência (DPs)

Fig. 26 – Número de disciplinas cursadas em “dependência” (DPs) pelos alunos nos dois grupos nos semestres anterior, vigente e posterior à intervenção.

9,3 8,0 9,1 8,0 9,0 7,8 0 2 4 6 8 10 12 GC GI Semestre Anterior Semestre da Intervenção Semestre Posterior 1,3 1,2 2,5 1,5 0,1 0,3 0 1 2 3 4 5 GC GI Semestre Anterior Semestre da Intervenção Semestre Posterior

(34)

Desempenho Acadêmico Verificado por meio das Médias Finais

Fig. 27 – Médias finais obtidas por meio dos Históricos Escolares nos semestres anterior, vigente e posterior à intervenção nos grupos.

Discussão e Conclusões Finais

O presente estudo teve como objetivo verificar a influência de um Programa Educacional que visa a melhora do desempenho acadêmico do aluno universitário a partir uma melhor gestão do seu cotidiano no que se refere a hábitos de vida adequados, otimização de seu tempo, estudos e maior conhecimento pessoal e do processo ensino-aprendizagem. Secundariamente objetivamos verificar os efeitos deste programa ao longo do tempo (médio prazo), além de avaliar seus efeitos na percepção subjetiva de aprendizado dos estudantes, no ciclo sono-vigília e qualidade de vida. Verificamos que o programa não apresentou impacto direto no desempenho acadêmico quando observado estritamente o comportamento das MFs nos três semestres de acompanhamento. No entanto, observamos que a intervenção produziu melhora na percepção de aprendizagem do discente, mesmo na vigência de um semestre classificado como “difícil”, em que foram exigidas maiores habilidades deste aluno. Este efeito foi maior naqueles estudantes que incorporaram de forma mais diligente as estratégias propostas no programa

8,4 8,1 8,7 8,2 8,2 8,3 0 2 4 6 8 10 GC GI Semestre Anterior Semestre da Intervenção Semestre Posterior

(35)

(subgrupo com maior aderência às propostas). Além disso, pôde-se verificar melhor equilíbrio entre os perfis de aprendizado (visual, cinestésico e auditivo) pós-intervenção. Efeitos positivos do programa também foram verificados nos hábitos de vida, conforme observado por meio de uma tendência à melhora da qualidade de sono e no perfil físico dos alunos.

Nosso estudo insere-se na perspectiva da busca de um maior protagonismo estudantil, uma preocupação que tem norteado políticas educacionais em diversas Instituições de Ensino Superior ao redor do mundo. A política institucional da Instituição de Ensino à qual o presente estudo pertence, tem buscado este caminho de independência e protagonismo do aluno no que se refere à gestão pessoal e estudos, culminando com uma formação ampla e para além dos aspectos exclusivamente técnicos dos Cursos de Graduação. Desta forma, nossa proposta buscou alinhar-se a esta política de maneira a enriquecer este debate, que transcende as especificidades curriculares e traz à luz questões comuns aos docentes e discentes, independente das áreas do conhecimento humano.

O desfecho principal de nosso estudo foram índices quantitativos (notas), pois em nosso consenso inicial tais índices seriam a forma mais exata de se medir o desempenho acadêmico. Os inúmeros processos e parâmetros envolvidos no binômio ensino-aprendizagem, no entanto nos leva a expandir esta concepção inicial para outros aspectos que possuem relação direta com o desempenho acadêmico. Assim, a ausência de diferenças estatísticas observada em nosso desfecho principal (notas) ao longo do período, nos leva a crer que melhorias nos aspectos qualitativos da vida acadêmica, podem ou não se associar à melhora do desempenho acadêmico quantitativo (notas). Este entendimento é corroborado pelo fato de que coeficientes de rendimentos escolares obtidos de forma quantitativa (notas), não se correlacionam com sucesso profissional (Ferreira e Crisóstomo, 2011). Nossos resultados vão ao encontro da ideia de que a construção do conhecimento deve ser feita a partir de um conjunto de propostas que contemplem aspectos voltados para a pluralidade da vida do estudante. Outro aspecto que deve

(36)

ser ressaltado em nosso estudo e que pode ter contribuído para ausência de diferenças estatísticas quanto ao nosso desfecho principal, é o fato que as notas finais dos alunos pertencentes à nossa amostra (tanto GC quanto GI) estavam acima de oito no semestre anterior à intervenção. Isto aponta para o fato de que estes alunos, embora preocupados com seu desempenho acadêmico, já possuíam MFs muito acima da nota mínima para aprovação nas disciplinas, o que os classificava com um desempenho acadêmico já de início satisfatório. Assim, persiste a questão sobre o efeito de nosso programa sobre alunos que, de antemão, possuíssem desempenho considerado “regular” ou “péssimo”.

A percepção pessoal de aprendizagem aumentou nos alunos submetidos à intervenção. Este achado vai ao encontro de estudos que tem associado o processo de aprendizagem e consolidação da memória a bons hábitos de sono (Curcio et al., 2006; Gomes et al, 2011; Dimitriou et al., 2015) e de atividade física (Casilhas et al., 2015). Além disso, qualidade e suficiência de sono encontram-se entre os principais preditores de desempenho acadêmico, trazendo contribuição independente e significativa em relação às variáveis acadêmicas e de estilos de vida dos alunos (Gomes et al., 2011). Técnicas de estudo desenvolvidas no sentido de auxiliarem na ordenação e correlação de conceitos têm sido propostas na literatura científica no sentido de se alcançar melhoria no desempenho acadêmico, levando-se em consideração aspectos neurofuncionais. O programa proposto em nosso estudo se baseou nestes conceitos e se mostrou eficiente em trazer mudanças em hábitos de vida que impactam diretamente a vida acadêmica. Isso pôde ser visto, sobretudo nos alunos que tiveram alta aderência às estratégias apresentadas.

O perfil preponderante dos alunos estudados foi do gênero feminino, com idade entre 18 e 20 anos, concentrados nas áreas das ciências biológicas e da saúde. O maior interesse em participar de nossa pesquisa esteve nos alunos cursando entre a 3ª e 5ª etapas de seus cursos de graduação, e a média de disciplinas cursadas esteve em torno de nove. A maioria dos alunos

(37)

não apresentava atividade laboral (emprego) em paralelo com o curso de graduação. Parece-nos assim, que as etapas centrais dos cursos se constituem no momento de maior busca pelos alunos por estratégias que os auxiliem em estabelecer uma gestão acadêmica e de vida adequadas. Tendo em vista o “desenho” de nosso estudo exigir três semestres de acompanhamento acadêmico, vale ressaltar que ainda temos dados a serem coletados e acrescentados àqueles apresentados neste relatório. Assim, é possível que o aumento de nossa casuística fortaleça as tendências aqui observadas.

Concluindo, o presente estudo se insere na perspectiva de um aprofundamento da discussão acerca dos diversos fatores que influenciam a vida acadêmica e o protagonismo estudantil. Esta discussão envolve docente e discente, e permeia a prática acadêmica, independente da formação pretendida pelo aluno. Nosso estudo mostrou efeitos positivos sobre parâmetros ligados à percepção de aprendizado e perfil de saúde em estudantes universitários que realizaram um programa voltado para a adoção de bons hábitos de vida e boas práticas de estudo. O programa não influenciou diretamente o aspecto quantitativo (notas) dos estudantes. No entanto, acreditamos que a inserção destes conteúdos na prática docente possa contribuir significativamente com a vida acadêmica, preenchendo fragilidades do discente que se manifestam em avaliações acadêmicas formais, mas que não se relacionam necessariamente com os conteúdos técnicos apresentados nas disciplinas.

(38)

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Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh

Instruções:

1. As questões a seguir são referentes aos hábitos de sono apenas durante o mês passado.

2. Suas respostas devem indicar o mais corretamente possível o que aconteceu na maioria dos dias e noites do mês passado.

3. Por favor, responda a todas as questões.

1 - Durante o mês passado, à que horas você foi deitar à noite na maioria das vezes? HORÁRIO DE DEITAR: _____________.

2 - Durante o mês passado, quanto tempo (em minutos) você demorou para pegar no sono, na maioria das vezes? NÚMERO DE MINUTOS → _____________.

3 - Durante o mês passado, a que horas você acordou de manhã, na maioria das vezes? HORÁRIO DE ACORDAR → ________________.

4 - Durante o mês passado, quantas horas de sono por noite você dormiu? (pode ser diferente do número de horas que você ficou na cama)

HORAS DE SONO POR NOITE: _______________.

Para cada uma das questões seguinte escolha uma única resposta, que você ache mais correta. Por favor, responda a todas as questões.

5 - Durante o mês passado, quantas vezes você teve problemas para dormir porque você... a) Demorou mais de 30 minutos para pegar no sono

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. b) Acordou no meio da noite ou de manhã muito cedo

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. c) Precisou levantar-se para ir ao banheiro

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. d) Teve dificuldade para respirar

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. e) Tossiu ou roncou muito alto

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. f) Sentiu muito frio

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. g) Sentiu muito calor

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. h) Teve sonhos ruins ou pesadelos

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. i) Sentiu dores

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais.

(49)

________________________________________________________________________________. Quantas vezes no último mês você teve problemas para dormir por causa desta razão?

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais. 6 - Durante o mês passado, como você classificaria a qualidade do seu sono de uma maneira geral?

( ) Muito Boa ( ) Ruim ( ) Boa ( ) Muito Ruim

7 - Durante o mês passado, com que frequência você tomou algum remédio para dormir, receitado pelo médico, ou indicado por outra pessoa (farmacêutico, amigo, familiar) ou mesmo por sua conta?

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais.

8 - No último mês, com que frequência você teve dificuldade de ficar acordado enquanto dirigia, comia ou participava de uma atividade social (festa, reunião de amigos, trabalho, estudo)?

( ) Nenhuma vez. ( ) 1 ou 2 vezes por semana.

( ) Menos de 1 vez por semana. ( ) 3 vezes por semana ou mais.

9 - Durante o mês passado, você sentiu indisposição ou falta de entusiasmo para realizar suas atividades diárias? ( ) Nenhuma indisposição nem falta de entusiasmo.

( ) Indisposição e falta de entusiasmo pequenas. ( ) Indisposição e falta de entusiasmo moderadas. ( ) Muita indisposição e falta de entusiasmo. 10 - Você cochila?

( ) Não ( ) Sim

Comentário do entrevistado (se houver): ________________________________________________ ________________________________________________________________________________. Caso Positivo – Você cochila intencionalmente, ou seja, pôr que quer?

( ) Não ( ) Sim

Comentários do entrevistado (se houver): _______________________________________________ ________________________________________________________________________________. Para você, cochilar é

( ) Um prazer ( ) Uma necessidade ( ) Outro – qual?

Comentários do entrevistado (se houver): ________________________________________ _________________________________________________________________________.

(50)

Escala de Sonolência de Epworth

Qual possibilidade de você cochilar ou adormecer nas seguintes situações?

SITUAÇÕES CHANCE DE COCHILAR

– 0 A 3

1. Sentado e lendo 2. Assistindo televisão

3. Sentado em lugar público sem atividades como sala de espera, cinema, teatro, igreja, etc. 4. Como passageiro de carro, trem ou metrô,

andando por 1 hora sem parar. 5. Deitado para descansar a tarde. 6. Sentado e conversando com alguém. 7. Sentado após uma refeição sem álcool. 8. No carro parado por alguns instantes no

trânsito.

Total

0 – nenhuma chance de cochilar. 1 – pequena chance de cochilar. 2 – moderada chance de cochilar. 3 – alta chance de cochilar.

(51)

QUALIDADE DE VIDA

WHOQOL – ABREVIADO - VERSÃO EM PORTUGUÊS

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor, responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha.

Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.

Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio.

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número que lhe parece a melhor resposta.

NADA MUITO POUCO

MÉDIO MUITO COMPLETAMENTE VOCÊ RECEBE DOS OUTROS O APOIO

DE QUE NECESSITA?

1 2 3 4 5

NADA MUITO POUCO

MÉDIO MUITO COMPLETAMENTE VOCÊ RECEBE DOS OUTROS O APOIO

DE QUE NECESSITA?

1 2 3 5

Muito ruim

Ruim Nem ruim nem boa

Boa Muito boa

1 Como você avaliaria sua qualidade de vida? 1 2 3 4 5

Muito insatisfeito

Insatisfeito Nem satisfeito nem insatisfeito

Satisfeito Muito satisfeito 2 Quão satisfeito(a) você está com

a sua saúde ?

1 2 3 4 5

(52)

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas ultimas duas semanas.

Nada Muito pouco

Mais ou menos

Bastante Extremamente 3 Em que medida você acha que sua dor (física)

impede você de fazer o que você precisa?

1 2 3 4 5

4 O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária?

1 2 3 4 5

5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5

6 Em que medida você acha que a sua vida tem sentido?

1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5

8 Quão seguro(a) você s sente em sua vida diária?

1 2 3 4 5

9 Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)?

1 2 3 4 5

Nada Muito pouco

Médio Muito Completamente 10 Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia ? 1 2 3 4 5 11 Você é capaz de aceitar sua aparência física? 1 2 3 4 5 12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas

necessidades?

1 2 3 4 5

13 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa para o seu dia-a-dia ?

1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer?

(53)

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

Muito ruim

Ruim Nem ruim nem bom

Bom Muito bom

15 Quão bem você é capaz de se locomover? 1 2 3 4 5

Muito insatisfeito

Insatisfeito Nem satisfeito nem insatisfeito

Satisfeito Muito satisfeito 16 Quão satisfeito(a) você está

com o seu sono?

1 2 3 4 5

17 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

18 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho?

1 2 3 4 5

19 Quão satisfeito(a) você está consigo mesmo?

1 2 3 4 5

Muito insatisfeito

Insatisfeito Nem satisfeito nem insatisfeito

Satisfeito Muito satisfeito 20 Quão satisfeito(a) você está

com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos, colegas)?

1 2 3 4 5

21 Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual?

1 2 3 4 5

22 Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus amigos?

1 2 3 4 5

23 Quão satisfeito(a) você está com as condições do local onde mora?

1 2 3 4 5

24 Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde ?

1 2 3 4 5

25 Quão satisfeito(a) você está com o seu meio de transporte?

(54)

As questões seguintes referem-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas semanas.

Alguém lhe ajudou a preencher este questionário? ___________________________________________ Quanto tempo você levou para preencher este questionário? ___________________________________

Você tem algum comentário sobre o questionário?

_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ ____________________________ Nunca Algumas vezes Frequentemente Muito frequentemente Sempre 26 Com que frequência você tem

sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade,

depressão?

Referências

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