• Nenhum resultado encontrado

Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso ALVERCA DO RIBATEJO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso ALVERCA DO RIBATEJO"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Agrupamento de Escolas

do

Bom Sucesso

A

LVERCA DO

R

IBATEJO

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE

Datas da visita: 4 a 6 de Março de 2009

(2)

2

A grupa me nto de Escolas do Bo m Sucesso – Alverc a do R ib ate jo  4 a 6 de M arço de 2009 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada de 4 a 6 de Março de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE – Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento, encontra-se no

(3)

3

II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso situa-se na freguesia de Alverca do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa. Integram o Agrupamento, a Escola dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico do Bom Sucesso, a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Arcena e o Jardim-de-Infância do Bom Sucesso. De um modo geral, exceptuando o jardim-de-infância, as instalações das escolas do Agrupamento são adequadas e apresentam-se em bom estado de conservação. O jardim-de-infância funciona em instalações precárias, o que foi determinante para a decisão da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira de construir um novo edifício, cujo início da obra se prevê para o ano lectivo de 2009/2010. A população discente inclui cerca de 10% de alunos provenientes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. No âmbito da Acção Social Escolar, beneficiam de auxílios económicos 22% dos alunos. A população escolar totaliza 978 crianças/alunos, sendo que 70 crianças frequentam a Educação Pré-Escolar, 360 alunos o 1.º Ciclo, 225 o 2.º Ciclo, 270 o 3.º Ciclo, 42 formandos frequentam Cursos Novas Oportunidades (Cursos de Educação e Formação Tipo II – nível 2 e Formação de Adultos B2+B3) e 11 o Curso “Português Para Todos”. No ano lectivo 2007/2008, segundo os dados do perfil, 51,6% dos alunos tinham computador e internet em casa, 22,1% tinham computador sem acesso à internet e 26,3% dos alunos não possuía esses recursos. A maioria dos pais e encarregados de educação têm como habilitação escolar, a frequência ou conclusão do 3.º Ciclo desenvolvendo a sua actividade profissional na área dos serviços. O corpo docente do Agrupamento inclui 35% de professores que têm entre 11 a 15 anos de serviço e é estável, dado ser constituído por 92 educadores e professores, pertencendo 47 (51%) ao quadro de escola, 25 (27%) ao quadro de zona pedagógica e 20 (22%) são contratados. O pessoal não docente é composto por 39 elementos, onde se incluem coordenador e assistentes técnicos (9) e coordenador e assistentes operacionais (30).

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS BOM Ag ru pa me nt o de Esc ola s do B om Su ce sso – A lve rca do Rib atej o  4 a 6 de M arço de 2009

A análise e a reflexão sobre os resultados académicos realizadas, principalmente, no Conselho Pedagógico e nos diferentes departamentos curriculares têm permitido ao Agrupamento conhecer os elementos mais determinantes dos casos de sucesso e de insucesso. De salientar a tendência de melhoria demonstrada na evolução das taxas de sucesso global nos três Ciclos do Ensino Básico, entre o primeiro e último ano do triénio 2005/2008, cujos diferenciais são superiores aos nacionais. O Agrupamento tem em atenção a promoção do desenvolvimento cívico, co-responsabilizando os alunos tanto nas assembleias de delegados e nas assembleias de turma, como na organização de actividades pela Pró-Associação de Estudantes. De salientar a acção da Educação Física e do Desporto Escolar, nos três Ciclos do Ensino Básico, na valorização da dimensão desportiva e no incentivo aos alunos mais desmotivados. De uma maneira geral, os alunos têm um comportamento disciplinado, conhecem e cumprem as regras de funcionamento. As aprendizagens têm sido, progressivamente, valorizadas pelo Agrupamento, pelos alunos e por uma grande parte dos pais e encarregados de educação. A contribuição para esta valorização tem sido feita pelos docentes que conhecem a comunidade e as dificuldades de uma parte significativa das famílias, nomeadamente no fraco acompanhamento prestado aos seus educandos, decorrente das baixas expectativas e das menores habilitações.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO BOM

A articulação intra e interdepartamental expressam-se na gestão dos conteúdos programáticos, na organização de actividades comuns e na construção de instrumentos de avaliação. As maiores dificuldades residem na articulação e na sequencialidade entre o 1.º e o 2.º Ciclos. O Projecto Curricular de Agrupamento está pouco fundamentado, no que respeita às opções tomadas e à reflexão

(4)

4

A grupa me nto de Escolas do Bo m Sucesso – Alverc a do R ib ate jo  4 a 6 de M arço de 2009

sobre as competências gerais e específicas, para uma melhor e mais contextualizada gestão do Currículo Nacional. O acompanhamento e a monitorização da prática lectiva são assegurados pelos coordenadores dos diferentes departamentos com a realização de reuniões mensais onde procedem à planificação e à organização de actividades comuns. Apesar do apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem, as práticas de diferenciação pedagógica, em sala de aula, não são uma prática generalizada, no âmbito das estratégias de ensino e de aprendizagem. O Agrupamento procura garantir a confiança na avaliação interna com a análise dos resultados da avaliação externa e a aplicação de testes diagnóstico e de provas de aferição interna. Contudo, as evidências apontam para que os critérios internos de avaliação não estejam, globalmente, bem aferidos. De realçar a articulação e o trabalho desenvolvido pela Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiência e pela Equipa de Serviços Especializados de Apoio Educativo. O Agrupamento tem apostado na articulação e coesão de esforços entre parcerias/projectos, implementando um conjunto de medidas, nomeadamente o apoio pedagógico a diferentes disciplinas e as actividades dos Gabinetes de Educação para a Saúde e do Aluno. O sucesso dos alunos sujeitos a planos de recuperação e dos alunos com Necessidades Educativas Especiais tem vindo a aumentar no último triénio. O Clube de Ciência (Projecto Ciência Viva) promove actividades de carácter experimental nas áreas da Física, da Química e das Ciências da Natureza, de forma a desenvolver em todos os alunos/crianças os conceitos e as competências básicas da ciência.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR BOM

O Projecto Educativo e Curricular constituem um único documento. Este está organizado de forma pouco clara o que dificulta, não só um melhor planeamento da actividade, como a sua apreensão pelos alunos e encarregados de educação, tendo em conta que o envolvimento destes no processo de elaboração foi reduzido. O Conselho Executivo conhece bem as competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente que são tidas em conta na distribuição de serviço e na atribuição de tarefas. A construção já prevista de um novo jardim-de-infância poderá dar resposta à lista de espera de crianças com três anos. A falta de salas de aula, nomeadamente na Escola do 1.º Ciclo de Arcena, obriga ao funcionamento de duas turmas do 1.º Ciclo em horário duplo. A ligação à internet, com rede wireless, é uma realidade no Agrupamento, com excepção do jardim-de-infância. O acesso à escola sede é dificultado por limitações inerentes à via que conduz à entrada principal, o que, para além da dificuldade provocada no acesso dos alunos, poderá causar sérios constrangimentos numa situação de emergência. De referir as iniciativas que o Agrupamento tem vindo a desenvolver, no sentido de um maior envolvimento com os pais e encarregados de educação e com a participação de diferentes instituições do concelho. Os responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas pautam-se por princípios de equidade e justiça, demonstrado no empenho e na disponibilidade do pessoal docente e não docente no acompanhamento e na integração dos alunos.

4. LIDERANÇA BOM

O Projecto Educativo não estabelece metas explícitas e avaliáveis, pelo que não espelha com clareza uma visão estratégica do Agrupamento. Porém, as lideranças intermédias são, geralmente, eficazes na coordenação dos departamentos e projectos e o Conselho Executivo assegura a direcção do Agrupamento de forma consensualmente reconhecida pelos seus pares. O pessoal docente e não docente conhece as suas áreas de acção, mostrando-se disponível, empenhado e motivado para participar nos vários projectos e actividades. Foi manifestado agrado, tanto pelo ambiente promovido pelo órgão de gestão, como pelas relações interpessoais existentes dentro da comunidade escolar. O Agrupamento tem investido na aquisição e na utilização de meios informáticos, e alargou a sua oferta educativa, no sentido de oferecer novas vertentes curriculares e captar a população adulta. Para o desenvolvimento da acção educativa, estabeleceu algumas parcerias e protocolos com diferentes entidades externas, participa em projectos nacionais, mas não integra qualquer projecto europeu ou internacional.

(5)

5

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

[CLASSIFICAÇÃO]

SUFICIENTE

O projecto de auto-avaliação, iniciado no ano lectivo 2006/2007, apesar de não estar consolidado, produziu informação muito útil para o Agrupamento conhecer os seus pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e os constrangimentos. De salientar o trabalho desenvolvido pela equipa de auto-avaliação e a atenção dada às áreas de gestão e factores contextuais do Agrupamento. Contudo, os planos de melhoria propostos não apresentam a definição das respectivas estratégias de operacionalização e a insuficiente formalização do projecto de auto-avaliação, nas áreas-chave dos resultados e do processo de ensino e de aprendizagem, não permite tornar-se um instrumento de gestão do progresso do Agrupamento. Reconhece-se que o empenho e o envolvimento introduzido no funcionamento dos diferentes órgãos de direcção, gestão e administração conjugados com a participação da comunidade educativa e com a qualidade do clima de escola, poderão ser considerados como indicadores de que a auto-avaliação será orientada de modo a permitir uma progressiva sustentabilidade da acção e do progresso.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR 1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

A análise dos resultados académicos tem sido motivo, desde há alguns anos, para o Agrupamento reflectir sobre as suas práticas e reconhecer os elementos mais determinantes dos casos de sucesso e de insucesso. Na verdade, essa análise e reflexão são realizadas, principalmente, em Conselho Pedagógico e nos diferentes departamentos curriculares. No último triénio, as causas para o insucesso escolar, identificadas pelo Agrupamento, têm sido, entre outras, o deficiente domínio da Língua Portuguesa e da Matemática e algumas carências socioeconómicas e baixas expectativas das famílias que se reflectem no acompanhamento escolar dos alunos e nos seus hábitos de trabalho. As principais estratégias para colmatar o insucesso escolar têm sido o aumento do trabalho cooperativo entre professores, a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação e as actividades associadas ao desenvolvimento de projectos. No que respeita à Educação Pré-Escolar, têm sido recolhidos e analisados os dados qualitativos relativos ao desenvolvimento das crianças, com a utilização de fichas de observação em três momentos do ano lectivo, de forma a permitir, por um lado, a avaliação das crianças e, por outro, conhecer a evolução do seu desenvolvimento global. A análise dos resultados disponibilizados pelo Agrupamento, no triénio 2005/2008, mostra que o sucesso apresenta uma evolução significativa nos três Ciclos do Ensino Básico (1.º Ciclo: 93,0%; 94,8%; 98,0%. 2.º Ciclo: 75,0%; 82,5%; 90,0%. 3.º Ciclo: 69,3%; 79,7%; 88,3%). Apesar destes resultados se apresentarem, somente, acima da média nacional, em 2007/2008, nos 1.º e 3.º Ciclos, é de salientar a tendência de melhoria demonstrada na evolução, entre o primeiro e último ano do triénio em análise, que regista +5% para o 1.º Ciclo, +15% para o 2.º Ciclo e +19% para o 3.º Ciclo (diferenciais superiores aos nacionais). O insucesso no 2.º Ciclo, ainda ligeiramente acima da média nacional, poderá estar relacionado com o menor investimento na articulação curricular entre o 1.º e o 2.º Ciclo. Apesar dos resultados, em 2007/2008, das Provas de Aferição do 4.º ano, em Língua Portuguesa e em Matemática, registarem valores, respectivamente, de 68% e 63% de classificações de Muito Bom, Bom e Satisfaz, estão, ainda, abaixo da média nacional. De assinalar os resultados dos alunos do 6.º ano nas Provas de Aferição em Língua Portuguesa e em Matemática que, em 2007/2008, se encontram acima da média nacional. As classificações nos exames nacionais do 9.º ano em Língua Portuguesa e em Matemática, no triénio 2005/2008, são flutuantes, o que pode indiciar a existência de factores determinantes dos resultados que ainda não são controlados. Nos referidos exames está acima da média nacional, o resultado na disciplina de Língua Portuguesa, em 2007 (+ 0,1) o mesmo acontecendo na disciplina de Matemática, Ag

ru pa me nt o de Esc ola s do B om Su ce sso – A lve rca do Rib atej o  4 a 6 de M arço de 2009

(6)

6

A grupa me nto de Escolas do Bo m Sucesso – Alverc a do R ib ate jo  4 a 6 de M arço de 2009

em 2006. Contudo, é de assinalar que nestas provas houve uma diminuição progressiva do número de alunos do Agrupamento com classificação de nível 1 em Matemática e nenhum aluno obteve, nos últimos dois anos, este nível em Língua Portuguesa. No que se refere às diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, nestas disciplinas e no referido triénio, os resultados apresentam uma variação entre –1,1 e +0,3. A análise destes valores, nas disciplinas referidas, mostra que os critérios internos de avaliação poderão não oferecer confiança. No último triénio a taxa de abandono escolar nos três Ciclos do Ensino Básico (0,70%; 0,76%; 0,56%), embora relativamente baixa, mantém-se em valores que correspondem a uma média de 6 alunos por ano lectivo, o que denota ser uma questão ainda não totalmente resolvida. O trabalho desenvolvido com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e com os Pais e Encarregados de Educação, tal como a implementação dos Cursos de Educação e Formação tem permitido contrariar as ameaças de abandono.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

O Agrupamento, atento à promoção do desenvolvimento cívico, informa, no início do ano lectivo, os alunos dos seus direitos e deveres, sendo os mesmos objecto de reflexão, com os directores/docentes titulares de turma. Apesar de não serem envolvidos na elaboração dos documentos de planeamento e de não participarem directamente na programação das actividades, os alunos constituídos em Pró-Associação de Estudantes organizam, não só torneios e campeonatos, desde o futebol ao pingue-pongue, como a gala de finalistas e acções sobre sismos, saúde e socorrismo, com a colaboração dos Bombeiros Voluntários. Os alunos são consultados e co-responsabilizados nas decisões que lhes dizem respeito, tanto nas assembleias de delegados de turma com a presença do Conselho Executivo, como nas assembleias de turma com os respectivos directores que tentam dar resposta às questões debatidas e às propostas apresentadas. A auto-estima, o respeito pelo bem-estar dos outros e a identificação com a escola são promovidos envolvendo os alunos, de acordo com o seu nível etário, no desenvolvimento de actividades, nomeadamente ligadas à arte, ao teatro e ao Jornal da Escola. O Agrupamento procura estimular e valorizar os pequenos e grandes sucessos individuais dos seus alunos, como forma de reconhecer aptidões e atitudes, através do reforço individual e da atribuição de prémios de desempenho.

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

Os alunos têm, de uma maneira geral, um comportamento disciplinado, conhecem e cumprem as regras de funcionamento do Agrupamento. Existe um bom relacionamento entre crianças/alunos e pessoal docente e não docente, com o envolvimento dos órgãos de gestão na promoção de um ambiente de respeito e atenção mútuos. No conjunto de penas aplicadas, no ano lectivo 2005/2006, 8 alunos (5 do 2.º Ciclo e 3 do 3.º Ciclo) foram punidos com pena de suspensão, representando um total acumulado de 17 dias; no ano lectivo 2006/2007 foram punidos com pena de suspensão 10 alunos (7 do 2.º Ciclo e 3 do 3.º Ciclo), acumulando um total de 17 dias; no ano lectivo 2007/2008, 11 alunos (5 do 2.º Ciclo e 6 do 3.º Ciclo) foram punidos com pena de suspensão representando um total acumulado de 21 dias. A análise destes valores mostra que existem algumas situações a resolver. A disciplina, a assiduidade e a pontualidade, como componentes da educação, são fomentadas no Desporto Escolar, sendo escola de referência em Ginástica de Grupo. O cumprimento das regras é incrementado nas áreas não disciplinares, nomeadamente com a educação para a cidadania, bem como com a promoção de competências pessoais e sociais na sala aula (somente no 8.º ano) e o trabalho realizado pelos directores de turma e gabinetes do aluno e da educação para a saúde.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

O trabalho desenvolvido pelos docentes, no sentido do aumento das expectativas e da identificação com o Agrupamento, tem contribuído para uma progressiva valorização das aprendizagens por parte de alunos e grande parte dos pais. Na verdade, a importância dada, tanto aos saberes mais disciplinares como a outros suportados, por exemplo, pelo Clube das Artes e do Teatro, tem tido impacto e contribuído para diminuir o insucesso e o abandono escolares nos últimos anos. O Agrupamento conhece a comunidade que serve e, por isso, sabe quais as suas dificuldades,

(7)

7

nomeadamente o reduzido acompanhamento prestado aos seus educandos, decorrente das baixas

expectativas e das menores habilitações, de uma parte significativa das famílias. Daí o desenvolvimento de algumas estratégias no sentido de promover, junto dos pais e encarregados de educação, uma maior atenção às aprendizagens, como o demonstra as acções integradas no Plano Nacional de Leitura e o trabalho realizado pelos directores de turma. O Agrupamento ao oferecer Cursos de Educação e Formação, de Educação e Formação de Adultos e de Português para Todos, com a realização de protocolos com empresas da região, tem vindo a aproximar-se do meio envolvente e a dar resposta às diferentes expectativas dos alunos e das famílias.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A articulação intra e interdepartamental expressam-se na gestão dos conteúdos programáticos, na organização de actividades comuns e na construção de instrumentos de avaliação. As lideranças pedagógicas assumidas pelos coordenadores de departamento têm vindo a afirmar-se, na medida em que o Agrupamento tem estado a apropriar-se do modelo departamental adoptado. São já evidentes, em várias estruturas, não só o empenho e a motivação, como a capacidade de decisão e o sentido de compromisso. O trabalho cooperativo tem sido reforçado, de forma a favorecer a articulação e a sequencialidade entre ciclos e entre as unidades educativas. A sequencialidade é, também, propiciada aquando da constituição das turmas, pela intervenção dos docentes do ano anterior e do ciclo em que os alunos vão ingressar. Este esforço educativo é visível em algumas áreas/disciplinas, nomeadamente Língua Portuguesa e Educação Física, nos três ciclos, tal como entre as coordenações da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo. As maiores dificuldades registam-se na articulação e na sequencialidade entre o 1.º e o 2.º Ciclos. O Projecto Curricular de Agrupamento não está suficientemente fundamentado, no que respeita às opções tomadas e à reflexão sobre as competências gerais e específicas constantes do Currículo Nacional, de forma a permitir uma gestão mais contextualizada deste. Os conselhos de turma, de periodicidade mensal, e os projectos curriculares de turma têm sido essenciais para o planeamento e gestão dos percursos educativos dos alunos, assegurando, em parte, a interdisciplinaridade. O Agrupamento, na adenda ao Projecto Educativo, estabeleceu algumas metas e objectivos, para 2008/2009, que não sendo de excelência reflectem a preocupação, nomeadamente com o insucesso e abandono escolares. A inexistência de Serviço de Psicologia e Orientação é superada com acções informativas e de acompanhamento aos alunos, sobre as opções a tomar, na transição entre ciclos.

Ag ru pa me nt o de Esc ola s do B om Su ce sso – A lve rca do Rib atej o  4 a 6 de M arço de 2009

2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

O acompanhamento e a monitorização da prática lectiva são realizados pelos coordenadores dos diferentes departamentos com a realização de reuniões mensais, onde procedem à planificação e à organização de actividades comuns intra e interdepartamentais, definindo procedimentos e metodologias após a análise e a reflexão dos resultados. A observação de aulas acontece, apenas, na disciplina de Educação Física, no âmbito dos estágios pedagógicos. Os critérios de avaliação específicos de cada área curricular são, também, definidos em sede de departamento. Apesar da utilização das assessorias, nomeadamente no âmbito do Plano de Acção para a Matemática, que permitem um maior apoio aos alunos com dificuldades na resolução de problemas, as práticas de diferenciação pedagógica, em sala de aula, não têm sido utilizadas de forma generalizada no âmbito das estratégias de ensino e de aprendizagem. A gestão do Projecto Curricular de Turma tem vindo a permitir um maior trabalho cooperativo com consequências positivas ao nível da articulação dos docentes e da interdisciplinaridade. O Agrupamento procura garantir a confiança na avaliação interna com a análise, nas diversas estruturas, dos resultados das provas de aferição e dos exames nacionais, em conjugação com a aplicação de testes de diagnóstico e de provas de aferição interna. Contudo, as evidências apontam para que os critérios internos de avaliação não estejam, globalmente, bem aferidos.

(8)

8

A grupa me nto de Escolas do Bo m Sucesso – Alverc a do R ib ate jo  4 a 6 de M arço de 2009 2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

A equipa de serviços especializados de apoio educativo do Agrupamento é formada por seis docentes de Ensino Especial e dois de apoio socioeducativo. O despiste dos possíveis casos de necessidades educativas especiais e de dificuldades de aprendizagem é realizado, ao longo do ano lectivo, pelos diferentes elementos da comunidade educativa, através de formulário próprio. Na mudança de ciclo é feita uma reavaliação das diferentes situações por uma equipa multidisciplinar, que desenvolve uma acção concertada no sentido do encaminhamento para o apoio necessário. Para dar resposta às diferentes capacidades e aptidões das crianças/alunos e do contexto em que se inserem, o Agrupamento aposta na articulação e coesão de esforços recorrendo a parcerias/projectos. Nesse sentido, implementou um conjunto de medidas, nomeadamente, o apoio pedagógico em diferentes disciplinas, as actividades dos Gabinetes de Educação para a Saúde e do Aluno. O Agrupamento dispõe, para apoio e atendimento das suas crianças e jovens, dos serviços de psicologia da Câmara Municipal e de uma psicóloga e uma terapeuta da fala (Associação Projecto Jovem) e dos diferentes projectos, tais como: Intervenção e Prevenção da Toxicodependência; Psicossocial e Empresários para o Sucesso. É de realçar o trabalho realizado pela Unidade de Apoio a Alunos com Multidificiência com seis crianças, cujos técnicos procedem, também, ao seu acompanhamento na sala de aula, para uma melhor inclusão. A realização de reuniões trimestrais, entre os diversos intervenientes com a consequente elaboração de relatório, tem permitido avaliar a eficácia das medidas de apoio adoptadas. Dos 925 alunos do ensino regular, 28% têm dificuldades de aprendizagem e estão sujeitos a planos de recuperação e 6% são alunos com necessidades educativas especiais apoiados pela Educação Especial. O sucesso dos alunos sujeitos a planos de recuperação tem vindo a aumentar atingindo no último ano lectivo: 88% no 1.º Ciclo; 66% no 2.º Ciclo e 80% no 3.º Ciclo. A taxa de sucesso dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, no último ano lectivo, apresenta-se como a mais elevada do triénio (88%).

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA

APRENDIZAGEM

Em termos de oferta educativa, o Agrupamento criou, por um lado, os Cursos de Educação e Formação nas áreas da marcenaria e informática, por outro, um conjunto diversificado de projectos e clubes que abrange diferentes dimensões, como a arte, a ciência e o desporto. Das acções desenvolvidas para valorização do currículo são de referir as Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º Ciclo (em parceria com a Câmara Municipal), nas áreas do Ensino do Inglês, da Música e da Actividade Física e Desportiva, bem como o reforço da Expressão Física e Motora, através do Projecto Plurianual desenvolvido em articulação com a disciplina Educação Física. Pela importância que a contextualização histórica assume para os alunos oriundos de famílias migrantes e imigrantes, e como opção do Agrupamento, a área da História e Geografia de Portugal é reforçada nos 5.º, 7.º e 8.º anos. As Tecnologias de Informação e Comunicação são valorizadas enquanto instrumentos essenciais ao estudo em todas as áreas do currículo. O Clube de Ciência (Projecto Ciência Viva) promove actividades de carácter experimental nas áreas da Física, da Química e das Ciências da Natureza, de forma a desenvolver em todos os alunos/crianças os conceitos e as competências básicas da ciência. Para estimular e valorizar o conhecimento promove-se, também, anualmente, a Semana da Ciência que é dinamizada pelos vários clubes ligados a esta área do saber.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

O Projecto Educativo e Curricular constituem um único documento, em vigor no triénio 2005/2008, ao qual foram acrescentadas duas adendas para os anos lectivos 2007/2008 e 2008/2009. Referencia algumas ideias-chave, prioriza competências gerais a desenvolver e são definidos objectivos. Contudo, a forma pouco clara como este documento está organizado dificulta o planeamento da actividade e a respectiva operacionalização, tal como a percepção do mesmo pelos alunos e encarregados de

(9)

9

educação. O envolvimento destes no processo de elaboração foi reduzido, excepto para os que estão

representados nos diferentes órgãos. Em contrapartida, o guião para a elaboração do Projecto Curricular de Turma é um documento orientador claro e objectivo, fruto do trabalho colaborativo e interdisciplinar que, entre outros aspectos, destaca o desenvolvimento das áreas curriculares não disciplinares e a adequação do projecto às características das turmas. O Plano Anual de Actividades é abrangente e reflecte a sua apropriação pelas diferentes estruturas educativas, contemplando actividades lectivas, de enriquecimento curricular e de ocupação plena dos tempos escolares. No que concerne às áreas curriculares não disciplinares, na Área de Projecto, os alunos (do 1.º ao 9.º ano) abordam temáticas diversificadas, relacionadas com os seus interesses e necessidades e com ligação à educação para a saúde. Ao nível do Estudo Acompanhado são reforçadas as competências dos alunos dos 2.º e 3.º Ciclos, nas áreas da Língua Portuguesa e da Matemática.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

O Conselho Executivo conhece bem as competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente, tendo-as em conta na atribuição das tarefas. As capacidades de integração e adaptação ao contexto educativo são competências valorizadas, por exemplo, na contratação do pessoal docente. O Agrupamento garante, sempre que possível, a continuidade dos grupos/turmas e das equipas pedagógicas. Os novos professores são acompanhados e apoiados pelos coordenadores dos respectivos departamentos. Na atribuição de tarefas ao pessoal não docente é prestada maior atenção à dimensão educativa, no âmbito da higiene e do acompanhamento dos alunos. As sugestões dadas por estes profissionais são bem aceites pelo Conselho Executivo que reúne periodicamente com os mesmos. O pessoal não docente tem um bom relacionamento com a comunidade educativa. Têm sido realizadas, internamente, acções de formação para dar resposta a necessidades identificadas por docentes e não docentes, como sejam, a utilização da plataforma Moodle e dos quadros interactivos, entre outras.

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

As diferentes unidades educativas revelam o grande cuidado que existe na sua conservação, limpeza e embelezamento. Apresentam boas condições ao nível das instalações, equipamentos lúdicos e espaços envolventes. Está prevista a construção de um novo jardim-de-infância, o que poderá dar resposta à extensa lista de crianças de três anos que se encontram em espera. As turmas do 1.º Ciclo estão distribuídas pela escola sede e pela escola do 1.º Ciclo. No entanto, há duas turmas a funcionar com horário duplo por falta de salas de aula. Estas escolas dispõem de Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos com um espaço amplo, bons equipamentos e ligação à internet (com rede wireless), excepto o jardim-de-infância. Dispõem de salas polivalentes, ginásios e refeitórios. As produções dos alunos estão expostas em diferentes espaços. As salas de aula são confortáveis, dispondo de mobiliário adequado e estão bem apetrechadas, com materiais pedagógicos. A escola sede dispõe de três salas adequadas para a realização de actividades experimentais. De referir ainda a existência de zonas cobertas e de equipamentos de exterior, nomeadamente, campos para a prática desportiva e parque de skate (na escola sede). O acesso a esta escola é dificultado por limitações inerentes à via que conduz à entrada principal, podendo causar sérios constrangimentos em caso de emergência. Existe alguma dinâmica na captação de verbas com a cedência de instalações, nomeadamente do pavilhão gimnodesportivo, e, ainda, por via dos projectos e donativos de empresas.

Ag ru pa me nt o de Esc ola s do B om Su ce sso – A lve rca do Rib atej o  4 a 6 de M arço de 2009

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA

No sentido de um maior envolvimento dos pais e encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos, têm vindo a ser desenvolvidas algumas iniciativas, havendo a registar uma taxa de participação nas reuniões que ronda os 70%. Há uma grande disponibilidade dos docentes e dos directores de turma para facultar a comunicação via telefone e até flexibilizar o horário de atendimento. Foram também realizadas acções de sensibilização destinadas aos pais sobre o acompanhamento dos estudos dos filhos. O Agrupamento dá a conhecer o seu Regulamento Interno logo na 1.ª reunião, disponibilizando, também, a consulta dos demais documentos através da sua

(10)

10

A grupa me nto de Escolas do Bo m Sucesso – Alverc a do R ib ate jo  4 a 6 de M arço de 2009

página na internet. Existe uma Associação de Pais que colabora e acompanha a acção que é desenvolvida no Agrupamento. Apreciam as iniciativas deste, nomeadamente, a integração de crianças com Necessidades Educativas Especiais, as acções de sensibilização sobre diversas temáticas em colaboração com estruturas internas e externas, nomeadamente com o Centro de Saúde, e em actividades, como as festas tradicionais, o sarau desportivo, entre outras. O Agrupamento desenvolve, ainda, iniciativas com a colaboração da Polícia de Segurança Pública (formação, prevenção e demonstração de meios), Junta de Freguesia (Culturalverca - mostra do trabalho da escola) e outras instituições do concelho.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

Os responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas pautam-se por princípios de equidade e justiça. O empenho e a disponibilidade do pessoal docente e não docente no acompanhamento dos alunos e na sua integração no meio escolar, demonstram que o Agrupamento promove igualdade de oportunidades para todos. A diversificação da oferta educativa veio, também, concorrer para a integração de alunos em risco de insucesso e abandono escolares. Os alunos consideram que o Agrupamento se rege por princípios de justiça, nomeadamente no que respeita à sua avaliação e quanto à forma como são tratados. Os pais e encarregados de educação partilham da opinião dos seus educandos, referindo que os directores de turma estão sempre disponíveis, para resolver as situações que se apresentam. O Agrupamento mantém-se atento a todos os possíveis casos de dificuldades socioeconómicas que são prontamente acompanhadas e resolvidas, quando detectadas. De salientar o papel do Conselho Executivo na atenção e rigor com que trata os casos dos alunos que apresentam comportamentos desadequados, o que contribui, significativamente, para o bom clima de escola.

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

Os documentos estruturantes do Agrupamento não espelham com clareza uma visão estratégica dos órgãos de gestão. O Projecto Educativo enuncia, de forma pouco clara, as estratégias de superação para os problemas elencados, sem estabelecer metas explícitas e avaliáveis. O Plano Anual de Actividades promove um trabalho cooperativo, não sendo evidente o entrosamento das várias actividades com os objectivos expostos. Existem lideranças intermédias geralmente eficazes na coordenação dos departamentos e projectos, capazes de mobilizar os professores para o trabalho cooperativo, de molde a tornar o Agrupamento conhecido pela sua qualidade, gestão, acolhimento e profissionalismo. O Conselho Executivo assegura a direcção das diferentes unidades educativas de forma consensualmente reconhecida pelos seus pares.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Todo o pessoal docente e não docente conhece as suas áreas de acção e mostra-se disponível, empenhado e motivado para participar nos vários projectos e actividades. Os docentes empenham-se no trabalho que realizam e preocupam-se com a promoção da qualidade das aprendizagens, com os resultados escolares e com a motivação dos alunos. As diferentes questões da vida escolar são resolvidas nas estruturas competentes. A Associação de Pais e os encarregados de educação no geral reconhecem o empenho e o bom trabalho que os professores e educadores desenvolvem. Foi manifestado agrado relativamente ao ambiente promovido pelo órgão de gestão, bem como pelas relações interpessoais existentes dentro da comunidade escolar. O Conselho Executivo e os directores de turma são considerados como muito disponíveis para atender os vários membros da comunidade escolar, no sentido da resolução dos problemas apresentados.

(11)

11

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

O Agrupamento tem investido na utilização de meios informáticos, nomeadamente, no recurso ao uso da internet (a rede sem fios nas escolas foi colocada por iniciativa e com verbas do próprio Agrupamento), do correio electrónico e da plataforma Moodle, que têm vindo a generalizar-se. A escola sede dispõe de dois quadros interactivos e de duas salas de Tecnologias de Informação e Comunicação, muito utilizadas. A escola sede alargou a sua oferta educativa, no sentido de oferecer novas vertentes curriculares, e, também, captar a população adulta, com a disponibilização de cursos de Educação e Formação de Adultos, bem como de Português Para Todos, em regime extra-escolar.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

Para o desenvolvimento da acção educativa, foram estabelecidas algumas parcerias e protocolos com diferentes entidades externas, tais como: a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira; a Associação de Comércio, Indústria e Serviços (para favorecer a empregabilidade na região); a Universidade Lusófona (para o desenvolvimento do núcleo de estágio de Educação Física); a Associação Projecto Jovem (para o financiamento de apoios no âmbito da psicologia e da terapia da fala); a Associação Nacional de Professores (no âmbito da formação de professores); as empresas da região (no apoio ao desenvolvimento de projectos e proporcionando estágios aos formandos dos Curso de Educação e Formação). A ligação e a articulação com outras escolas ou agrupamentos do concelho não são muito exploradas. O Agrupamento participa ainda em projectos nacionais, tais como Ciência Viva, o Plano Nacional de Leitura e o Plano de Acção para a Matemática, mas não integra qualquer projecto europeu ou internacional.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

A auto-avaliação do Agrupamento, como processo mais organizado, iniciou-se no ano lectivo 2006/2007, com a opção pela Estrutura Comum de Avaliação (CAF– Common Assessment Framework) e consequente constituição da equipa de auto-avaliação (Observatório de Qualidade) com docentes e não docentes.De salientar o trabalho desenvolvido no sentido de proceder ao levantamento de pontos fortes e aspectos a melhorar, de acordo com os nove critérios do referido modelo. Esta informação recolhida foi apresentada à comunidade, embora não tenha sido suficientemente discutida e analisada, de forma a ser apropriada por todos. Na sequência deste diagnóstico organizacional, foram elaborados planos de melhoria, cujas acções serão implementadas após a definição das respectivas estratégias de operacionalização. De realçar a atenção dada, em todo o trabalho desenvolvido, às áreas de gestão e factores contextuais do Agrupamento. Contudo, a insuficiente formalização do projecto de auto-avaliação não permite, por um lado, o seu desenvolvimento numa perspectiva estratégica relativamente a áreas-chave, como por exemplo, os resultados e o processo de ensino e de aprendizagem e, por outro lado, a sua articulação com as metas e objectivos referidos na adenda ao Projecto Educativo, de forma a tornar-se um instrumento de gestão do progresso do Agrupamento.

Ag ru pa me nt o de Esc ola s do B om Su ce sso – A lve rca do Rib atej o  4 a 6 de M arço de 2009 5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

O projecto de auto-avaliação desenvolvido, apesar de não estar ainda consolidado, produziu um acervo de informação muito útil para o Agrupamento conhecer os seus pontos fortes e fracos, tal como as oportunidades e os constrangimentos, propondo um plano de acção de melhoria, cuja efectividade poderá depender do seu alargamento e aperfeiçoamento futuros. Reconhece-se que o empenho e o envolvimento introduzidos no funcionamento dos diferentes órgãos de direcção, gestão e administração, nomeadamente no recém-constituído Conselho Geral Transitório, para relançar a dinâmica do Agrupamento, conjugados com a participação da comunidade educativa, em especial dos alunos, e com a qualidade do clima de escola, poderão ser considerados como indicadores de que a auto-avaliação será orientada como metodologia regular e sistemática, de modo a permitir uma progressiva sustentabilidade da acção e do progresso.

(12)

12

A grupa me nto de Escolas do Bo m Sucesso – Alverc a do R ib ate jo  4 a 6 de M arço de 2009 V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso

(pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 A melhoria, muito significativa, dos resultados escolares no último triénio;

 A acção no âmbito da Educação Física e do Desporto Escolar, nos três Ciclos do Ensino Básico, na valorização da dimensão desportiva e no incentivo aos alunos mais desmotivados;

 A articulação e o trabalho realizado pela Unidade de Apoio a Alunos com Multidificiência e pela Equipa de Serviços Especializados de Apoio Educativo, no apoio a alunos com necessidades educativas especiais e com dificuldades de aprendizagem;

 O trabalho desenvolvido no âmbito de diferentes disciplinas e do Clube das Ciências na valorização do trabalho experimental e na promoção de uma atitude positiva face à ciência;  O empenho e a motivação do pessoal docente e não docente;

 O clima e relações interpessoais positivas entre os diferentes elementos da comunidade educativa.

Pontos fracos

 O menor investimento na articulação curricular entre o 1.º e o 2.º Ciclo;

 O incipiente Projecto Curricular no que concerne à sua organização e estrutura, para uma melhor e mais contextualizada gestão do Currículo Nacional;

 A pouca atenção às práticas de diferenciação pedagógica em sala de aula, como contributo para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem;

 A fraca aferição dos critérios internos de avaliação dos alunos;

 A inexistência de metas e objectivos explícitos e avaliáveis que exprimam com clareza a visão de um projecto que contribua para a cultura e identidade do Agrupamento.

(13)

13

Oportunidades

 O estabelecimento de conexões com diferentes entidades externas, no sentido de favorecer o trabalho em rede para o desenvolvimento de iniciativas conjuntas, nomeadamente de cursos de alfabetização e de uma “Escola de Pais”;

 O reforço da articulação com instituições, como a Associação de Comércio, Indústria e Serviços e com as escolas da região, no sentido de seleccionar e diversificar as áreas temáticas de desenvolvimento para os Cursos de Educação e Formação.

Constrangimentos

 O número insuficiente de salas para a Educação Pré-Escolar, implicando a existência de lista de espera, de crianças de 3 anos de idade;

 A precariedade das instalações em que funciona o Jardim-de-Infância, bem como a inexistência de ligação à internet;

 A acessibilidade à escola sede é dificultada por limitações inerentes à via que conduz à entrada principal, com possíveis consequências em caso de emergência;

 A falta de salas de aula para o 1.º Ciclo do Ensino Básico.

Ag ru pa me nt o de Esc ola s do B om Su ce sso – A lve rca do Rib atej o  4 a 6 de M arço de 2009

Em função do contraditório apresentado pelo Agrupamento, este relatório foi alterado:

- na página 3 - Capítulo II – Caracterização do Agrupamento (linha 13), onde constava “[…] Formação de Adultos B1 e B2) […]” passou a constar “[…] Formação de Adultos B2+B3 […]”; - na página 4 - Capítulo III, ponto 3. - Organização e Gestão Escolar (linhas 7 e 8), onde constava “[…] A falta de salas de aula, nomeadamente na escola sede obriga ao funcionamento de duas turmas do 1.º Ciclo com horário duplo. […]” passou a constar “[…] A falta de salas de aula, nomeadamente na Escola do 1.º Ciclo de Arcena, obriga ao funcionamento de duas turmas do 1.º Ciclo em horário duplo […]”;

- na página 13 - Capítulo V - Considerações Finais, Constrangimentos, onde constava “A falta de salas de aula na escola sede ” passou a constar “A falta de salas de aula para o 1.º Ciclo do Ensino Básico”.

Referências

Documentos relacionados

É feita também uma descrição da rede estadual de educação de Minas Gerais, explicando como é a organização das Superintendências Regionais de Ensino (SREs), mais

A seleção de professores é uma medida que não parece ter uma solução tão breve e foge aos limites legais das escolas e da 28ª CRE. Para além da seleção de professores,

Durante a pesquisa, foram entrevistados dois Agentes de Acompanhamento de Gestão Escolar que orientam as escolas objeto da pesquisa para verificar quais são as percepções

No início do ano letivo de 2015, as coordenadoras do PAAE da SRE de Uberlândia oferecerão, na sede da regional, uma capacitação com duração de 4 horas voltada para

De acordo com as entrevistas realizadas com os diversos sujeitos envolvidos no projeto, podemos ter uma noção clara de qual foco está sendo dado ao processo de

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Fávero (2012) acredita que quando os professores conhecem satisfatoriamente os conceitos fundamentais da reforma, terão mais condições de contribuir para a implantação

O uso das TICs no estado do Amazonas, já vem ocorrendo há algum tempo, por meio de políticas públicas implementadas pela Seduc/AM. O Diário Digital não foi criado para