• Nenhum resultado encontrado

O Sisplamte como ferramenta para a construção do Mapa de Risco

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O Sisplamte como ferramenta para a construção do Mapa de Risco"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

O Sisplamte como ferramenta para a construção do Mapa de Risco

Carolina Moura Mattos (UERJ) carolm402@yahoo.com.br

Ubirajara Aluízio de Oliveira Mattos (UERJ) bira@uerj.br Resumo

A metodologia de Mapa de Risco, embora seja uma importante ferramenta para avaliação de condições de trabalho em empresas, apresenta insuficiência de informações para tomadas de decisões, fazendo os seus usuários a recorrerem a outras fontes complementares. Por se tratar de um “retrato de um momento específico” não permite informar a situação em tempo real de cada local de trabalho. O artigo apresenta um estudo de integração do software SISPLAMTE a esta metodologia, através da sistematização dos dados obtidos a partir da avaliação ambiental e de riscos ocupacionais de um setor de quimioterapia de um hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro. A integração obtida apresentou resultados satisfatórios, suprimindo as limitações da metodologia e agregando novos recursos, possibilitando consultas em tempo real e tomada de decisões com uma maior segurança por parte do gestor.

Palavras-chave: Sisplamte, Mapa de Risco, Gestão de Segurança e Saúde do Trabalhador. 1. Introdução

O estudo da relação saúde-trabalho em qualquer unidade produtiva requer o uso de metodologias de investigação, face à complexidade dos problemas normalmente encontrados, que não são possíveis de serem solucionados intuitivamente, necessitando do desenvolvimento de raciocínio sistemático-lógico.

O Mapa de Risco é uma metodologia de ampla aplicação nos estudos de condições de trabalho de empresas em todo o mundo e de diferentes atividades, se constituindo em um instrumento de grande ajuda aos gestores dessas organizações e subsidiando a elaboração de programas e sistemas de gestão voltados para a prevenção e controle de riscos de acidentes e doenças.

No Brasil, em particular, por força da legislação em segurança e saúde do trabalhador, o Mapa de Risco tem auxiliado aos profissionais que atuam nos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho das empresas, a formularem o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO).

Qualquer sistema gerencial precisa conter informações atualizadas e sistematizadas capazes de munir o gestor de um quadro da situação em um dado instante, bem como capacitá-lo a aperfeiçoar tais sistemas, para que seja possível tomar suas decisões de forma mais rápida e segura.

O Mapa de Risco, embora seja uma importante ferramenta, apresenta algumas limitações quanto à insuficiência de informações necessárias para tomadas de decisões, obrigando aos seus usuários a recorrerem a outras fontes complementares. Além disso, por se tratar de um “retrato de um momento específico” não permite informar a situação em tempo real. Assim,

(2)

para os seus usuários, permitindo a atualização das informações continuamente, fornecendo a cada instante o quadro da situação real de cada local de trabalho.

Uma maneira de superar estas limitações consiste em integrar o Mapa de Risco a outros recursos de bases computacionais, aumentando assim a sua capacidade de uso e de armazenamento de outras informações relacionadas à situação em estudo.

O software SISPLAMTE - Sistema de Apoio ao Planejamento e Monitoramento Territorial foi desenvolvido com o objetivo geral de prover instrumentos a organizações cuja área de atuação relacione o espaço geográfico com mecanismos capazes de fornecer informações confiáveis e de constante atualização que venham apoiar de modo eficaz seus planos, projetos e tomadas de decisões nas mais variadas áreas.

Este artigo apresenta uma proposta de integração do SISPLAMTE ao Mapa de Risco, através da sistematização dos dados obtidos a partir da avaliação ambiental (PPRA) e de riscos ocupacionais (Mapa de Risco) de um setor de quimioterapia de um hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro.

2. Mapa de Risco

O Mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores geradores de prejuízos à saúde dos trabalhadores, presentes nos locais de trabalho. Esses fatores têm origem no processo de trabalho e na organização do trabalho (MATTOS & QUEIROZ, 1996). Permite identificar os fatores nocivos e de riscos, e conhecer o número dos trabalhadores expostos a diferentes riscos, em função dos horários e turnos. (ALBERT, 1988).

O Mapa de Risco tem sua origem no Modelo Operário Italiano (MOI), movimento sindical ocorrido no fim da década de 60. Ele foi desenvolvido por trabalhadores de indústrias do ramo metal-mecânico, com o objetivo de auxiliá-los na investigação e controle dos ambientes de trabalho (MATTOS & SIMONI, 1993).

O Mapa de Risco, dada sua importância técnica e política no processo da Reforma Sanitária Italiana, passou a ser adotado pela legislação italiana através da Lei nº 833 de 23/09/1978, que instituiu o Serviço Sanitário Nacional em seu art. 20o (ODDONE et al., 1986). Tal metodologia se disseminou pelo mundo, no final da década de 70, chegando ao Brasil através das áreas sindical e acadêmica. A elaboração do mapeamento de riscos tornou-se obrigatória no Brasil, a partir de 1992. Segundo a legislação brasileira em Segurança e Medicina do Trabalho, em particular a NR-5 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), a construção do Mapa de Risco é responsabilidade da CIPA (MATTOS & SIMONI, 1993). A construção do Mapa de Risco poderá ser realizada em duas etapas (MATTOS & QUEIROZ, 1996): Levantamento e Sistematização do Processo de Produção e Representação Gráfica dos Riscos no arranjo físico do local de trabalho. A primeira etapa consiste no levantamento de dados sobre o processo de trabalho, equipamentos/instalações, materiais/produtos/resíduos, equipes de trabalho, atividades dos trabalhadores, e no preenchimento de um quadro com os riscos identificados, suas fontes e suas conseqüências. A segunda etapa terá como objetivo a confecção da representação gráfica, feita sobre o layout do local de trabalho, indicando através de círculos coloridos o grupo a que pertence o risco; o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; a gravidade do risco. A gravidade de um risco poderá ser definida pelo diâmetro do círculo, nas seguintes proporções: gravidade pequena (diâmetro1), gravidade média (diâmetro 2) e gravidade grande (diâmetro 4).

(3)

A NR-5 classifica os riscos ambientais em cinco grupos: grupo 1 - Riscos Físicos (cor verde); grupo 2 - Riscos Químicos (cor vermelha); grupo 3 - Riscos Biológicos (cor marrom); grupo 4 - Riscos Ergonômicos (cor amarela); grupo 5 - Riscos de Acidentes (cor azul).

A utilização do Mapa de Risco deve estar vinculada a programas e melhorias das condições de trabalho, integrando, quando possível, empresas com processos produtivos semelhantes. A NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais prevê o uso do Mapa de Risco no planejamento e execução do PPRA. (SOUZA, MORAES & BENITO, 1998). O PCMSO (NR-7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) prevê o monitoramento dos trabalhadores expostos aos agentes químicos, físicos e biológicos definidos pelo PPRA. Estes programas são fundamentais para a implementação de um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional, que poderá compor um sistema de gestão integrado abrangendo a qualidade, segurança, saúde e meio ambiente. Atualmente, com o surgimento da norma OSHAS 18001 (Occupacional Health and Safety Assessment Series (1999)), tornou-se viável a elaboração de sistemas integrados, considerando as normas ISO 9001 (Sistema de Gestão da

Qualidade (2000)) e ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental (1996)).

Diversas críticas são feitas à aplicação da metodologia no Brasil, a partir da orientação dada pela Portaria nº 3214 de 08/06/78, do MTE. (MATTOS & FREITAS, 1994), (LOPES NETO, 1993), (LIMA, 1993).

Existem também limitações quanto à insuficiência de informações necessárias para tomadas de decisões, obrigando aos seus usuários a recorrerem a fontes complementares. O Mapa de Risco permite apenas uma visão estática da situação, sem permitir uma atualização contínua da situação, que somente será atendida se for construído um novo mapa.

A carência de informações estatísticas relacionadas à periculosidade, à insalubridade e a acidentes de trabalho, e a impossibilidade do confronto e cruzamento de dados relevantes na análise do Mapa e, conseqüentemente, na tomada de decisão, tornam o uso exclusivo desta metodologia limitado.

Uma maneira de superar estas limitações consiste em integrar esta metodologia a outros recursos, aumentando a sua capacidade de uso e de armazenamento de outras informações relacionadas à situação em estudo, dando ao gestor uma maior capacidade de aperfeiçoamento contínuo dos seus instrumentos de planejamento e controle.

3. Sistema de Apoio ao Planejamento e Monitoramento Territorial

O software SISPLAMTE - Sistema de Apoio ao Planejamento e Monitoramento Territorial foi desenvolvido pela Empresa Sensora Ltda (Azevedo et al.1990) e tem como objetivo geral instrumentar organizações, cuja área de atuação relacione o espaço geográfico com mecanismos capazes de fornecer informações confiáveis e de baixo custo que venham apoiar de maneira eficaz seus planos, projetos e tomadas de decisões nas mais variadas áreas. Ele permite o acesso a informações georeferenciadas, substituindo as operações inerentes às técnicas computacionais, por mecanismos lógicos do tema estudado. As informações são apresentadas através de mapas e/ou textos, além de tabelas correlacionadas a banco de dados. O sistema pode ser operado em qualquer microcomputador PC (Personal Computer), preferencialmente Pentium, em ambiente Windows ’95, 98, 2000 ou Windows’NT.

Conforme Azevedo (2000), não é um software de SIG (Sistema de Informações Geográficas), mas uma nova ótica na produção de informações georeferenciadas, e que não exige profundos conhecimentos de informática por parte do usuário, requerendo apenas o domínio do tema a ser abordado e processado no ambiente computacional. Tanto o banco de dados quanto as

(4)

tem a capacidade de apoiar eficazmente a realização de diversos empreendimentos, permitindo que dados dispersos sejam reunidos, atualizados e transformados em informações de fácil acesso e compreensão, possibilitando redução de custos e prazos dos projetos, bem como melhoria no nível técnico dos resultados.

O Sistema apresenta ainda objetivos específicos: equacionar o uso de técnicas computacionais de sensoriamento remoto, como instrumento coletor de dados convergentes para o sistema; operacionalizar softwares que trabalham com dados georeferenciados; dimensionar precisamente o conteúdo de uma base de dados que atenda às necessidades de cada usuário; explicitar funções de acesso às informações que respondam a maioria das indagações formuladas ao sistema, e de interesse de cada campo de aplicação.

O processo para elaboração de um projeto usando tecnologia digital se inicia com a compreensão clara dos objetivos do sistema; a que se destinam às informações por ele geradas e o que se pretende fazer com tais informações.

A figura 1 apresenta a tela principal do Sistema de Apoio à Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho elaborado através do SISPLAMTE que possui como principais características as seguintes bases conceituais:

a) Base de referência cartográfica: É usada como plano de fundo, ilustrativo, para sobrepor os elementos visualizados. Não disponibiliza elementos selecionáveis (pontos, linhas e áreas). É um arquivo gráfico de caráter ilustrativo com a função de permitir a visualização espacial das ocorrências dos elementos sem que haja necessidade de selecionar as ocorrências presentes na base (ver figura 2);

b) Campo: contém todos os dados físicos e socioeconômicos que são processados através do sistema de informações para utilização do planejador (AZEVEDO, 1994). O campo pode ser visto, de grosso modo, como uma carta temática, conforme mostra a figura 3.

c) Tema: O campo é constituído de temas. A divisão do campo em temas visa um melhor detalhamento dos dados a serem analisados e que podem influenciar no sistema de gestão (ver figura 4);

d) Elemento: Definido como parte fundamental e indivisível do conjunto, o elemento é o principal responsável pela estruturação do Banco de Dados para o sistema de informação gerado. As figuras 5 e 6 ilustram a seqüência de consulta e conteúdo de um elemento, que, neste caso, foi “Acidentes de trabalho”;

O papel do SISPLAMTE é disponibilizar dados para que o usuário gere a informação. O Sistema exibe na tela cartas temáticas sobre a base de referência cartográfica indicada pelo usuário, em que se pode confrontar dados (somente sobre a base selecionada) para que se tomem as decisões cabíveis.

(5)

Figura 1 – Tela principal do Sistema de Apoio à Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho do SISPLAMTE

Figura 2 – Base de Referência Geográfica do Setor de Quimioterapia

(6)

Figura 4 – Tema Arquitetura e Urbanismo utilizado no Setor de Quimioterapia

Figura 5 – Modo de exibição do Elemento no SISPLAMTE

(7)

4.O SISPLAMTE como ferramenta para a construção do Mapa de Risco

A utilização do SISPLAMTE na implementação e atualização do Mapa de Risco de uma empresa, e do PPRA resultante, mostra-se possível e eficaz na disposição e no armazenamento de dados, viabilizando a interação do usuário ao nível de consulta do Sistema nos seguintes aspectos:

- Mapeamento dos riscos ambientais existentes, sinalizando cada risco específico e a variação de sua gravidade em cada posto de trabalho;

- Inserção e apresentação de dados quantitativos e qualitativos relativos ao Quadro de Funcionários de cada setor (número de funcionários, profissionais lotados, número de profissionais que percebem adicionais de insalubridade e de periculosidade);

- Inserção e apresentação de dados quantitativos e qualitativos relacionados à ocorrência de acidentes de trabalho em cada setor (número de acidentes e tipos de acidentes);

- Capacitação para uma avaliação sistemática das condições ambientais e das necessidades a serem atendidas em toda a empresa e em cada setor (execução de treinamentos, freqüência de exames periódicos de saúde, existência de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs e Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs no local).

De forma prática, a implementação do SISPLAMTE na elaboração do Mapa de Risco de uma instalação permite a visualização nítida, em planta baixa e lay-out de cada posto avaliado, enfatizando fontes e áreas de risco, medidas preventivas e corretivas, de acordo com os graus e os grupos específicos.

5. Considerações finais

O Mapa de Risco é uma metodologia de ampla aplicação nos estudos de condições de trabalho de empresas em todo o mundo e de diferentes atividades, se constituindo em um instrumento de grande ajuda aos gestores dessas organizações e subsidiando a elaboração de programas e sistemas de gestão de segurança e saúde do trabalhador. Ele apresenta algumas limitações quanto à insuficiência de informações necessárias para tomadas de decisões, obrigando aos seus usuários a recorrerem a fontes complementares. Uma maneira de superar estas limitações consiste em integrá-lo a outros recursos de bases computacionais, aumentando assim a sua capacidade de uso e de armazenamento de outras informações relacionadas à situação em estudo. O software SISPLAMTE possui características que permite suprir tais limitações e agregar novos recursos fundamentais a essa metodologia, permitindo consultas em tempo real e tomada de decisões com uma maior segurança por parte do gestor.

Referências

ALBERT (1988) – Metodologia para elaboración del mapa de riesgos a nível de empresa. Madri INSHT. Doc. tec. 46: 88.

AZEVEDO, L.H.A. de, et al (2000) – SISPLAMTE – Sistema de apoio ao planejamento e monitoramento territorial – Manual de utilização do Software, SENSORA – Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Ltda., 52 pp., Rio de Janeiro, RJ.

AZEVEDO, L.H.A. de (1994) – Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Integrados ao Planejamento Territorial. Tese de Doutorado, São Paulo, UPS, p.270.

LIMA, D. A. (1993) – Livro do Professor da Cipa, São Paulo: Fundacentro.

LOPES NETO, A., PASCOAL, R. M. & CARVALHO, S. A. M. (1993) – Mapeamento de riscos ambientais. Aplicabilidade e definição de responsabilidades. Cipa, 159: 32-37.

(8)

MATTOS, U. A. O. & FREITAS, N. B. B. (1994) – Mapa de Risco no Brasil: As limitações da aplicabilidade de um modelo operário. Cadernos de Saúde Pública, 10: 251-258.

MATTOS U.A.O. & QUEIROZ A. R. (1996) – Mapa de Risco, pp.111-121. In P. Teixeira e S. Valle (orgs.) –

Biossegurança. Uma abordagem multidisciplinar. Fiocruz, Rio de Janeiro.

ODDONE et al. (1986) – Ambiente de Trabalho: a luta dos trabalhadores pela saúde. Hucitec, São Paulo.

OHSAS 18.001 (1999) – Occupational Health and Safety Assessment Systems – Guidelines for the Implementation , BSI, England.

SOUZA C.R.C., MORAES G.A. & BENITO J. (1998) – Normas Regulamentadoras comentadas. Legislação e segurança e medicina do trabalho (1a. Ed.), Rio de Janeiro: [s.n.].

Referências

Documentos relacionados

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

No âmbito da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) ambiciona-se uma escola renovada, capaz de direccionar a humanidade para um caminho

da quem praticasse tais assaltos às igrejas e mosteiros ou outros bens da Igreja, 29 medida que foi igualmente ineficaz, como decorre das deliberações tomadas por D. João I, quan-

(2013 B) avaliaram a microbiota bucal de oito pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço através de pirosequenciamento e observaram alterações na

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia

Os sais hidratados podem ser considerados ligas de um sal inorgânico e água, formando um sólido crsitalino de fórmula geral

6 Num regime monárquico e de desigualdade social, sem partidos políticos, uma carta outor- gada pelo rei nada tinha realmente com o povo, considerado como o conjunto de