TURMA INTENSIVA TEORICA – PROF. MARCÍLIO BRITO Aula única de temas de parte geral: 27-11-2017
1. Inovações introduzidas pela Lei 13.146-15. Estatuto das pessoas com deficiência.
a) Natureza jurídica do Estatuto.
b) Convenção internacional de Nova Iorque
c) Tratados internacionais de direitos humanos. Hierarquia normativa ou como norma supra legal ou até como poder constituinte derivado.
d) as 4 formas de deficiência:
Física
Sensorial
Intelectual
mental
e) a deficiência física e sensorial jamais ocasionando qualquer forma de prejuízo ao discernimento
f) a deficiência mental e intelectual faticamente reduzindo ou até afastando o discernimento.
g) redução ou ausência fática de discernimento e a redação do artigo 6º do Estatuto.
h) Divergência doutrinária sobre a metodologia do Estatuto: 1ª corrente binômio dignidade-proteção
2ª corrente binômio dignidade-liberdade
i) criticas realizados pela 1ª corrente. Supostos erros: 1º erro 2º erro 3º erro 4º erro 5º erro 6º erro
j) elogios realizados pela 2ª corrente
l) abordagem no âmbito dos certames da DPE-RJ. m) a redação do artigo 6º do Estatuto.
n) a possibilidade excepcional de curatela o) a tomada de decisão apoiada
p) a distinções entre personalidade jurídica x capacidade jurídica x legitimidade x legitimação
2. Os defeitos atípicos da lesão e do estado de perigo. Temas ainda não abordados na DPE-RJ.
a) natureza jurídica da lesão e do estado de perigo: vícios atípicos ou vícios do consentimento ?
1ª corrente
2ª corrente
b) conceito de lesão. c) modalidades de lesão:
Lesão consumerista: art. 51, § 1º, III da Lei 8078/90 Lesão qualificada pelo crime de usura: MP 21172-01
Lesão especial: art. 157 do CC d) elementos da lesão:
Regra: dispensa do elemento dolo de aproveitamento;
Caso específico da lesão consumerista
Caso específico da lesão usurária: f) Efeitos da lesão:
Lesão consumerista:
Lesão qualificada pelo crime de usura:
Lesão especial:
g) Prazo para impugnar o ato lesivo
Quando gera ato nulo: 1ª corrente
2ª corrente
Quando gera anulabilidade:
h) base constitucional da vedação à lesão:
CRFB/34 ( art. 117,p. un) "É prohibida a usura, que será punida na fórma da lei".
CRFB/37 (art. 142) "A usura será punida".
CRFB/46 (art. 154) "A usura, em tôdas as suas modalidades, será punida na forma da lei".
CRFB/88 (art. 192, § 3º, revogado pela EC 40/03 e art. 173, § 4º CRFB);
i) base Infraconstitucional:
Decreto-lei 869/38 (art. 4º, alínea "a");
Lei 1521/51 (art. 4º, alínea "a")
Decreto 22.626/33 (art. 1º)
MP1914/99
MP 1945/00 – art. 1º
MP 2172/01: – art. 1º, incisos I e II. (Estabelece a nulidade dos negócios usuários, invertendo o onus probandi em detrimento do mutuante).
ART. 6º, V c/c 51, § 1º, III da Lei 8078/90
Art. 157 CC
j) Conceito de estado de perigo: l) elementos
m) efeitos
n) distinções em relação à coação o) distinções em relação à lesão
Quanto à necessidade
Quanto ao elemento subjetivo
Quanto aos efeitos
Quanto ao prazo para impugnação
p) exemplo concreto e pragmático da Lei estadual 3426-00 q) exemplos doutrinários inverossímeis
EMENTA O bem de família brasileiro: efetivação da dignidade máxima do ser humano através da garantia do patrimônio mínimo. Dualidade de sistemas , com predominância fática das regras especiais da lei 8009/90. Modificações introduzidas pela Lei 10.406/02 no sistema convencional. a) Origem do instituto. Semelhança com o sistema americano.
b) Introdução no CC-16 c) Falha do CC-16
d) surgimento do novo sistema tapa buraco
e) Amparo constitucional do bem de família.O quarteto constitucional: 1º elemento
2º elemento 3º elemento 4º elemento
f) As três metas fundamentais da dignidade máxima do ser humano:
Meta 1:
Meta 2:
Meta 3:
g) Distinção entre essencialidade e normalidade: posição atual dos tribunais. h) Bens em duplicidade. Adorno suntuosos.
i) Distinções entre o sistema legal e o sistema convencional:
DISTINÇÕES QUANTO
(À/AO):
SISTEMA CONVENCIONAL SISTEMA LEGAL
Forma de constituição
Extensão da impenhorabilidade
Solvabilidade Valores mobiliários Indicação do imóvel Eficácia da proteção (distinção hoje superada) Único imóvel do fiador
J) O bem de família do fiador. Diversos entendimentos ao longo dos anos: 1º entendimento 1990 até 1991
2º entendimento de 1991 até 2005
3º Entendimento de 2005 a 2006 (alegria de pobre dura pouco). Ministro Carlos Veloso. Informativo 385 do STF:
Informativo STF 385: decisão Carlos Velloso:
RE 352940/SP*
RELATOR: MIN. CARLOS VELLOSO
EMENTA: CONSTITUCIONAL. CIVIL. FIADOR: BEM DE FAMÍLIA: IMÓVEL RESIDENCIAL DO CASAL OU DE ENTIDADE FAMILIAR: IMPENHORABILIDADE. Lei nº 8.009/90, arts. 1º e 3º. Lei 8.245, de 1991, que acrescentou o inciso VII, ao art.
de locação": sua não-recepção pelo art. 6º, C.F., com a redação da EC 26/2000. Aplicabilidade do princípio isonômico e do princípio de hermenêutica: ubi eadem ratio, ibi eadem legis dispositio: onde existe a mesma razão fundamental, prevalece a mesma regra de Direito. Recurso extraordinário conhecido e provido.
4º entendimento Pleno do STF em 2006. 7 x 3.
Dicotomia ente propriedade imobiliária x dignidade humana
Reconhecimento do bem de família ao fiador, só que não....
Criticas que faremos no âmbito do certame DPE-RJ m) o bem de família da pessoa solteira
n) o bem de família indireto
o) Análise do bem de família ofertado: divergência doutrinária. Direito renunciável ? Direito fundamental ?
p) Questõs de certames passados:
1) (DPGE/RJ 1998) Indique na norma jurídica o bem de família legal e o convencional.
2) (DPGE/RJ 1997) ALBERTO e BERENICE são casados , desde 1975, sob o regime da comunhão universal de bens, possuindo, como único bem, a pequena casa onde residem, no Município de Niterói, no valor aproximado de R$ 15.000,00. Ocorre que, em janeiro de 1995, quando dirigia o carro de um amigo, a caminho do trabalho, BERENICE, logo após transpor o vão central da ponte, em direção ao Rio de Janeiro, colidiu com outro automóvel, vindo a ferir gravemente CÉLIO, o motorista do mesmo, morador da Cidade de Duque de Caxias. Transcorrida a ação penal que, a final, veio a reconhecer a culpa de BERENICE, foi promovida por CÉLIO a execução da sentença penal condenatória. Na liquidação, fora fixado o valor da indenização em R$ 10.000,00. Não havendo BERENICE pago a dívida ou nomeado bens à penhora, CÉLIO indicou a casa de Niterói, sobre a qual acabou por vir a incidir a penhora, ocorrendo a intimação da realização da mesma no dia 10/03/97. Ante a perspectiva de virem a perder a propriedade do casal, ALBERTO e BERENICE procuraram a Defensoria Pública no dia 14/04/97.
Que esclarecimentos e orientação você, defensor público, daria a cada um deles ?
3) (Fictícia) Caio, solteiro, adquiriu em 2006, através da compra e venda, imóvel de natureza residencial onde exerce sua moradia, com valor correspondente a R$ 60.000,00. Em 2008, em decorrência de imperiosa cirurgia a qual Caio deveria ser submetido, é celebrado contrato de mútuo com instituição financeira, sendo captada a quantia correspondente a R$ 50.000,00, porém exigindo o banco a constituição de garantia real sobre o imóvel, através da alienação fiduciária, com pagamento em parcelas durante os próximos 10 anos. Em razão da intervenção cirúrgica ter provocado gastos além do
extrajudicialmente para purgar a mora. Caio procura a Defensoria Pública objetivando esclarecimentos. Na qualidade de Defensor Público responda as seguintes indagações, levando-se em consideração a efetiva comprovação de tratar-se do único imóvel do assistido:
a) é possível constituir garantia real sobre bem já integrante do patrimônio do devedor?
b) a garantia real constituída gozaria de validade ?
c) poderia a pessoa solteira alegar a impenhorabilidade com base na proteção do patrimônio mínimo?