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REGULAMENTO DA COMISSÃO DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS DA UNIVERSIDADE DE FRANCA

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REGULAMENTO DA COMISSÃO DE

ÉTICA NO USO DE ANIMAIS DA

UNIVERSIDADE DE FRANCA

Franca

2018

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

SUMÁRIO

CAPÍTULO I - DA NATUREZA ...3

CAPÍTULO II - DAS FINALIDADES...3

CAPÍTULO III - DA CONSTITUIÇÃO...5

CAPÍTULO IV - DAS COMPETÊNCIAS...7

CAPÍTULO V - DOS PESQUISADORES, DOCENTES E RESPONSÁVEIS TÉCNICOS...9

CAPÍTULO VI - DOS PROCEDIMENTOS...10

CAPÍTULO VII - DAS PENALIDADES...11

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

CAPÍTULO I DA NATUREZA

Art. 1º A Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN), aprovada por Resolução do Conselho Superior Universitário nº 06/2009, credenciada no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) a partir do Ofício nº 031/2015-SE/CONCEA, com estrutura e funcionamento disciplinados pela Lei Nº 11.794, de 08 de outubro de 2008, regulamentada pelo Decreto nº 6.899, de 15 de julho de 2009, e legislação normativa complementar, é um órgão colegiado de assessoria institucional, autônomo, multidisciplinar, de caráter consultivo, deliberativo e pedagógico do ponto de vista ético em questões relativas ao uso de animais no ensino e na pesquisa.

Parágrafo único. A CEUA/UNIFRAN está vinculada operacionalmente ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Franca e administrativamente à Reitoria.

CAPÍTULO II DAS FINALIDADES

Art. 2º A Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN) tem por finalidade cumprir e fazer cumprir, no âmbito de suas atribuições, o disposto na Lei no. 11.794/2008 e nas demais normas aplicáveis aos protocolos, procedimentos e à utilização de animais para ensino e pesquisa, especialmente nas resoluções do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL) e do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), bem como cumprir e fazer cumprir as normas deste Regulamento, o princípio dos “3Rs” (substituição, redução e refinamento) e demais normas legais, estatutárias e regimentais pertinentes ao assunto.

Para os efeitos deste regulamento considera-se:

I - animal: qualquer vertebrado vivo, não humano, das espécies classificadas no filo Chordata, subfilo Vertebrata, como disposto na Lei nº 11.794, de 08 de outubro de 2008 ou nas disposições normativas do CONCEA;

II - animal comunitário: é o animal do estudo mantido e cuidado por um grupo de pessoas de uma vizinhança;

III - animal do estudo: é o indivíduo de espécie doméstica que participa de um estudo conduzido a campo para a avaliação dos efeitos de um produto ou procedimento de uso veterinário, seja ele do “grupo tratado” ou do “grupo controle”, quando aplicável, ou qualquer outro tipo de estudo a campo;

IV - animal doméstico: todos aqueles animais que, por meio de processos tradicionais e sistematizados de manejo ou melhoramento zootécnico, tornaram-se domésticos, apresentando características biológicas e comportamentais em estreita dependência de seres humanos, podendo apresentar fenótipo variável diferente da espécie silvestre;

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

V – animal silvestre: todos aqueles animais da fauna silvestre pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras, podendo ser mantido em cativeiro respeitando à legislação vigente;

VI – animal exótico: todos aqueles animais cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro ou introduzida pelo homem, inclusive doméstica, em estado selvagem;

VII - animal sem responsável: é o animal do estudo pelo qual não há responsável identificável. São eles os animais domésticos errantes, ferais ou não, organizados em colônias ou não. Animais comunitários não são animais sem responsável, uma vez que um representante da comunidade deverá autorizar sua utilização;

VIII - animal em experimentação: animal não humano do filo Chordata, subfilo Vertebrata, usado em ensino ou pesquisa científica;

IX - atividade de ensino: atividade praticada sob orientação educacional, com a finalidade de proporcionar a formação necessária ao desenvolvimento de habilidades e competências de discentes, sua preparação para o mercado de trabalho e para o exercício profissional;

X - atividade de pesquisa científica: atividade relacionada com ciência básica, ciência aplicada, desenvolvimento tecnológico, produção e controle de qualidade de drogas, fármacos, medicamentos, alimentos, imunobiológicos, instrumentos ou quaisquer outros testados em animais;

XI - biotério: instalação na qual são produzidos, mantidos ou utilizados animais para atividades de ensino ou pesquisa científica. A instalação deve possuir infraestrutura adequada para atender aos requisitos ambientais, sanitários e de bem-estar animal para a espécie utilizada. São exemplos: instalações de roedores e lagomorfos, fazendas experimentais, canil, pocilga, baia, piquete, curral, galpão, granja, tanque para peixes, etc.

XII - estabelecimento de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica: todo aquele que contenha na grade curricular de seus cursos atividades e disciplinas das áreas de ciências agrárias, biológicas e da saúde e que envolvam práticas com animais;

XIII - pesquisador: toda e qualquer pessoa qualificada que utilize animais em atividades de pesquisa científica;

XIV - proposta: solicitação por escrito feita a uma CEUA para realização de um projeto para propósitos científicos ou didáticos com animais e que descreva o protocolo utilizado. Pode ou não conter a íntegra do projeto.

XV - projeto: plano de trabalho que descreve atividades científicas ou didáticas. XVI - protocolo: descrição detalhada de métodos e procedimentos utilizados em atividades científicas ou didáticas e que são aplicados em um ou mais projetos;

XVII - estudo clínico: esses estudos objetivam avaliar os efeitos de um produto ou um procedimento investigacional de uso veterinário novo ou com novos objetivos, a ser utilizado em animais das espécies domésticas classificadas como filo Chordata, subfilo Vertebrata;

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

XVIII - evento adverso: qualquer ocorrência médica desfavorável que ocorra nos animais do estudo durante o uso de um produto ou procedimento investigacional, independentemente de ter ou não relação causal com o produto. As ocorrências desfavoráveis que ocorram em seres humanos, relacionadas com o manuseio do produto sob investigação, também devem ser consideradas como evento adverso;

XIX - evento adverso grave (EAG): para fins deste guia, é qualquer evento que resulte em qualquer um dos seguintes desfechos:

XIX.I - óbito;

XIX.II - evento adverso potencialmente fatal (na opinião notificante, coloca o indivíduo sob risco imediato de morte devido ao evento adverso ocorrido);

XIX.III - incapacidade/invalidez persistente ou significativa;

XIX.IV - exige internação hospitalar ou cuidados veterinários específicos e de forma continuada ou ainda prolongue uma internação previamente estabelecida;

XIX.V - anomalia congênita ou defeito de nascimento; XIX.VI - evento clinicamente significativo;

XIX.VII - suspeita de transmissão de agente infeccioso por meio do produto ou intervenção do estudo;

XX - boas práticas: padrão de qualidade ética e científica para a elaboração, condução, monitoramento, registro, auditoria, análise, emissão de relatórios e notificações dos estudos conduzidos a campo, envolvendo a participação de animais. A aderência a esse padrão assegura a garantia pública da integridade dos dados, bem como o cumprimento dos requisitos de bem-estar e proteção animal, da equipe envolvida na condução dos estudos, do ambiente e das cadeias alimentares humanas ou de outros animais, em conformidade com o estabelecido por leis ou decretos federais, pelo MCTI, CONCEA, MAPA, MMA, IBAMA, ICMBio e outros órgãos oficiais;

XXI - termo de consentimento: processo documentado (escrito, datado e assinado) pelo qual o responsável pelo(s) animal(is) do estudo ou seu representante, de forma voluntária, permite que seu(s) animal(is) participe(m) de um estudo. O termo de consentimento aprovado pela CEUA/UNIFRAN está disponibilizado no site da Universidade, devendo ser obtido antes de qualquer procedimento com o(s) animal(is) do estudo. Quando o animal se enquadrar em “sem responsável”, o termo de consentimento poderá ser dispensado, à critério da CEUA/UNIFRAN.

CAPÍTULO III DA CONSTITUIÇÃO

Art. 3º A Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN) é constituída por um colegiado composto de, no mínimo, 5 (cinco) membros titulares e respectivos suplentes, de reconhecida competência técnica e notório saber, de nível superior, graduado ou pós-graduado, e com destacada atividade profissional em áreas relacionadas ao escopo da Lei nº 11.794 de 08 de outubro de 2008, integrado por:

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

II - docentes e pesquisadores, na área específica;

III - 1(um) representante de sociedades protetora de animais, legalmente constituídas e estabelecidas no País.

§ 1º Os membros titulares e suplentes, elencados nos incisos deste artigo, serão indicados e nomeados pela Reitoria da Universidade.

§ 2º O mandato dos membros do corpo docente e do representante da Sociedade Protetora de Animais, assim como de seus suplentes, será de 3 (três) anos, permitida a recondução.

§ 3º A recondução e/ou nomeação de novos membros fica a critério da Reitoria da Universidade de Franca, quando se findar o mandato dos membros da primeira gestão, obedecido ao número mínimo de 5 (cinco) membros.

§ 4º A CEUA/UNIFRAN poderá contar ainda com consultores ad-hoc pertencentes ou não à Universidade, com a finalidade de fornecer subsídios técnicos em assuntos específicos, a critério do Coordenador.

§ 5º A CEUA/UNIFRAN poderá ser composta por membros titulares e suplentes representantes de outras categorias profissionais, além daquelas previstas nos incisos I e II do caput deste artigo.

Art. 4º Em caso de vacância na composição dos membros da CEUA/UNIFRAN, o Coordenador solicitará, no prazo de 30 (trinta) dias, a sua substituição pelos mesmos critérios de representatividade, à Reitoria da Universidade de Franca.

Parágrafo único. Os nomeados nos termos deste artigo completarão o mandato de seus antecessores.

Art. 5º Haverá na CEUA/UNIFRAN um Coordenador e um Vice-coordenador, ambos docentes, que serão eleitos pelos membros, na primeira reunião de trabalho de cada gestão, com mandato de 3 (três) anos, permitindo-se uma recondução imediata, pelo mesmo período, e outras desde que alternadamente.

Parágrafo único. Para apoio e auxílio ao Coordenador e Vice-coordenador da CEUA/UNIFRAN, será indicado pela Reitoria, um funcionário que ficará incumbido do recebimento, registro e arquivo de todos os projetos apresentados para análise e aprovação, assentamentos da Comissão, expedição e controle da correspondência.

Art. 6º Compete ao Coordenador da CEUA/UNIFRAN: I - convocar e presidir as reuniões da Comissão;

II - assinar todos os documentos oficiais emitidos pela Comissão;

III - distribuir os projetos de pesquisa recebidos para análise e parecer dentre os membros da Comissão;

IV - requerer instauração de sindicância junto à autoridade competente em caso de denúncia de irregularidade de natureza ética nas pesquisas e, havendo comprovação, comunicar o fato ao Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) e ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV);

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

V - manter comunicação regular com o CONCEA e com o CFMV, encaminhando relatório anual sobre os projetos em andamento;

VI - exercer outras atribuições inerentes à sua competência de coordenar todas as atividades desta Comissão;

VII - emitir pareceres ad-referendum quando cabível. Art. 7º Compete ao Vice-coordenador:

I - auxiliar o Coordenador nas tarefas administrativas;

II - substituir o Coordenador nos seus afastamentos e ausências eventuais;

III - orientar e assessorar os coordenadores de pesquisa nas questões éticas de pesquisa com animais.

Art. 8º Compete aos membros da CEUA/UNIFRAN:

I - manter sigilo absoluto e estrito respeito à primazia da autoria das ideias, hipótese e propostas contidas em projetos de pesquisa a eles submetidos;

II - isentar de tomada de decisão, quando diretamente envolvidos na pesquisa ou atividade de ensino em análise;

III - comparecer às reuniões ordinárias ou extraordinárias, quando convocados; IV - cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento, as normas estatutárias e regimentais da Universidade de Franca, bem como legislação sobre os aspectos éticos do uso de animais em ensino e pesquisa;

§ 1º Os membros da CEUA/UNIFRAN não terão remuneração extra no desempenho de suas atribuições, as quais não geram vínculo empregatício de qualquer natureza.

§ 2º Observadas as normas pertinentes, os membros da Comissão poderão receber diárias e passagens.

CAPÍTULO IV DAS COMPETÊNCIAS

Art. 9º Compete à Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN):

I - cumprir e fazer cumprir, no âmbito de suas atribuições, o disposto na Lei nº 11.794, de 08 de outubro de 2008 e nas demais normativas aplicáveis à utilização de animais para ensino e pesquisa, especialmente nas Resoluções Normativas do CONCEA;

II - examinar previamente os protocolos experimentais ou pedagógicos aplicáveis aos procedimentos de ensino e de projetos de pesquisa científica a serem realizados na Universidade de Franca ou vinculados a ela, para determinar sua compatibilidade com a legislação aplicável;

III - manter cadastro atualizado dos protocolos experimentais ou pedagógicos aplicáveis aos procedimentos de ensino e projetos de pesquisa realizados, ou em andamento, na UNIFRAN ou vinculados a ela, enviando cópia ao CONCEA;

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

IV - manter cadastro dos pesquisadores e docentes que desenvolvem protocolos experimentais ou pedagógicos aplicáveis aos procedimentos de ensino e projetos de pesquisa, enviando cópia ao CONCEA;

V - expedir, no âmbito de suas atribuições, certificados e demais documentos que se fizerem necessários perante órgãos de financiamento de pesquisa, periódicos científicos ou outras entidades;

VI - notificar imediatamente ao CONCEA e às autoridades sanitárias a ocorrência de qualquer acidente envolvendo animais nas instituições credenciadas, fornecendo informações que permitam ações saneadoras;

VII - investigar acidentes ocorridos no curso das atividades de criação, pesquisa e ensino e enviar o relatório respectivo ao CONCEA, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data do evento;

VIII - estabelecer programas preventivos e realizar inspeções anuais, com vistas a garantir o funcionamento e a adequação das instalações sob sua responsabilidade, dentro dos padrões e normas definidas pelo CONCEA;

IX - solicitar e manter relatório final dos projetos realizados na UNIFRAN, que envolvam uso científico de animais;

X - avaliar a qualificação e a experiência do pessoal envolvido nas atividades de criação, ensino e pesquisa científica, de modo a garantir o uso adequado dos animais;

XI - divulgar normas e tomar decisões sobre procedimentos e protocolos pedagógicos e experimentais, sempre em consonância com as normas em vigor;

XII - assegurar que suas recomendações e as do CONCEA sejam observadas pelos profissionais envolvidos na criação ou utilização de animais;

XIII - consultar formalmente o CONCEA sobre assuntos de seu interesse, quando julgar necessário;

XIV - desempenhar outras atribuições, conforme deliberações do CONCEA;

XV - incentivar a adoção dos princípios de refinamento, redução e substituição no uso de animais em ensino e pesquisa científica;

XVI - determinar a paralisação de qualquer procedimento em desacordo com a Lei 11.794, de 08 de outubro de 2008, na execução de atividades de ensino e de pesquisa científica, até que a irregularidade seja sanada, sem prejuízo da aplicação de outras sanções cabíveis;

XVII - divulgar, quando necessário, toda e qualquer informação referente a ética no uso de animais em ensino e pesquisa;

XVIII - monitorar o cumprimento dos princípios éticos no uso de animais através de visitas locais, recebimento de denúncias de violação do protocolo, publicações, relatórios parciais e finais e protocolo de conclusão da pesquisa;

XIX - notificar imediatamente o CONCEA e as autoridades sanitárias a ocorrência de qualquer acidente com os animais na UNIFRAN, fornecendo informações que permitam ações saneadoras;

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

XX - monitorar e/ou acompanhar a destinação dos animais após o uso no ensino e/ou pesquisa, o seu descarte após a eutanásia bem como os seus resíduos sólidos e/ou líquidos, respeitando as diretrizes da Lei n. 11.794, de 08 de outubro de 2008, da Lei n. 12.305 de 02 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto Lei nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, Lei Estadual 12.300, de 16 de março de 2006, regulamentada pelo Decreto nº 54.645, de 5 de agosto de 2009, pela Lei Complementar 09, de 26 de novembro de 1996, que instituiu o Código do Meio Ambiente do Município de Franca, Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e demais legislações que regulamentam a matéria.

§ 1º Constatado qualquer procedimento em descumprimento às disposições da Lei nº 11.794, de 08 de outubro de 2008 na execução de atividade de ensino e pesquisa, a CEUA/UNIFRAN determinará a paralisação de sua execução, até que a irregularidade seja sanada, sem prejuízo da aplicação de outras sanções cabíveis.

§ 2º Das decisões proferidas pela CEUA/UNIFRAN caberá reconsideração ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Franca e recurso, sem efeito suspensivo, ao CONCEA desde que seja protocolado até 10 (dez) dias úteis após a notificação.

§ 3º Os membros da CEUA/UNIFRAN estão obrigados a resguardar o sigilo das informações consideradas confidenciais, sob pena de responsabilidade.

§ 4º Os membros da CEUA/UNIFRAN responderão pelos prejuízos que, por dolo, causarem às atividades de ensino ou de pesquisa científica propostas ou em andamento.

CAPÍTULO V

DOS PESQUISADORES, DOCENTES E RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

Art. 10º Aos pesquisadores, docentes e responsáveis técnicos por atividades experimentais, pedagógicas ou de criação de animais compete:

I - assegurar o cumprimento das normas de criação e uso ético de animais;

II - submeter à Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN) proposta de atividade, especificando os protocolos a serem adotados;

III - apresentar à CEUA/UNIFRAN, antes do início de qualquer atividade, as informações e a respectiva documentação, na forma e conteúdo definidos nas Resoluções Normativas do CONCEA;

IV - assegurar que as atividades serão iniciadas somente após decisão técnica favorável da CEUA/UNIFRAN e, quando for o caso, da autorização do CONCEA;

V - solicitar a autorização prévia à CEUA/UNIFRAN para efetuar qualquer mudança nos protocolos anteriormente aprovados;

VI - assegurar que as equipes técnicas e de apoio envolvidas nas atividades com animais recebam treinamento apropriado e estejam cientes da responsabilidade no trato dos mesmos;

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

VIII - comunicar à CEUA/UNIFRAN, imediatamente, todos os acidentes com animais, relatando as ações saneadoras porventura adotadas;

IX estabelecer junto à instituição responsável mecanismos para a disponibilidade e a manutenção dos equipamentos e da infraestrutura de criação e utilização de animais para ensino e pesquisa científica;

X - fornecer à CEUA/UNIFRAN informações adicionais, quando solicitadas, e atender a eventuais auditorias realizadas.

CAPÍTULO VI DOS PROCEDIMENTOS

Art. 11º Os pesquisadores ou docentes responsáveis por procedimentos de pesquisa, a serem realizados na Universidade de Franca que envolvam o uso de animais, antes da execução do projeto, deverão preencher os formulários próprios e submetê-los, via sistema, à Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN) com antecedência mínima de 10 (dez) dias a partir da data das reuniões.

§ 1º As datas das reuniões ordinárias serão previamente divulgadas à comunidade acadêmica.

§ 2º Os formulários submetidos fora do prazo serão apreciados na reunião subsequente.

Art. 12º A CEUA/UNIFRAN deverá reunir-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente, sempre que necessário, a juízo do Coordenador ou por convocação da maioria de seus membros, observando-se o quorum de 1/3 (um terço) de seus membros para a instalação, sendo suas decisões tomadas por maioria simples.

§ 1º De cada reunião da CEUA/UNIFRAN lavra-se a ata, que discutida e votada, será subscrita, após aprovação, pelo Coordenador e o Secretário designado, registrando-se a presença dos membros em lista própria, anexada à ata respectiva.

§ 2º Poderão ser convidados a participar das reuniões da CEUA/UNIFRAN outros docentes, pesquisadores e profissionais que, porventura, possam assessorar essa Comissão.

Art. 13º Os projetos analisados pela CEUA/UNIFRAN serão enquadrados em uma das seguintes categorias:

I - aprovado;

II - com pendência, quando a CEUA/UNIFRAN considerar o protocolo e o projeto como aceitáveis, porém com problemas no protocolo, no projeto ou em ambos e houver recomendação de uma revisão específica ou solicitação de modificação ou informação relevante, que deverá ser atendida em até 30 (trinta) dias, após o recebimento da comunicação, pelo responsável do projeto. O pesquisador poderá reenviar o projeto no máximo 3 (três) vezes, se no terceiro envio as recomendações não tiverem sido acatadas, o projeto será considerado reprovado;

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, aqueles projetos cujos protocolos permanecerem pendentes serão arquivados, devendo ser reencaminhados à CEUA/UNIFRAN.

Art. 14° A CEUA/UNIFRAN terá o prazo de 10 (dez) dias, a partir da data das reuniões, para emitir o parecer que, quando favorável, será acompanhado de atestado, exceto nos casos enviados a um consultor ad-hoc.

Art. 15° Ficam isentos da submissão à CEUA/UNIFRAN àqueles procedimentos de ensino e pesquisa que utilizem peças anatômicas frescas ou fixadas por meio de histotécnicas, ou mesmo cadáveres desde que sejam adquiridos por meio de compra ou doação, ficando como responsabilidade do docente/pesquisador manter em sua posse a nota fiscal ou termo de doação do proprietário do animal, podendo as mesmas serem solicitadas a qualquer momento pelos membros da CEUA/UNIFRAN em caso vistoria.

Parágrafo único: A falta do(s) documento(s) citado(s) no Art. 15° implicará em penalidade, definida pela CEUA/UNIFRAN, segundo o Art. 16° deste Regulamento.

§ 1º Todo parecer emitido pela CEUA/UNIFRAN será de caráter sigiloso.

§ 2º Os pareceres serão promulgados por decisão da CEUA/UNIFRAN e cópias deles enviadas aos autores, ao CONCEA e ao CRMV-SP, quando for o caso.

§ 3º A CEUA/UNIFRAN deverá encaminhar anualmente ao CONCEA, por meio do CIUCA, relatório das atividades desenvolvidas, até o dia 31 (trinta e um) de março do ano subsequente, sob pena de suspensão das atividades.

CAPÍTULO VII DAS PENALIDADES

Art. 16º Os pesquisadores responsáveis por procedimentos que a Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN) julgar que não estejam de acordo com os princípios éticos na experimentação animal ficarão impossibilitados de receber o certificado mencionado no inciso V do artigo 9º.

Art. 17º Todos os integrantes da Universidade de Franca (docentes, pesquisadores, funcionários, discentes, residentes, pós-graduandos e estagiários) que executem atividades ligadas ao ensino e pesquisa com o uso de animais estão sujeitos às penalidades, em caso de transgressão dos dispositivos previstos neste regulamento, na seguinte ordem:

I - advertência;

II - advertência e suspensão da atividade de ensino e pesquisa com o uso de animais; III - afastamento da atividade de ensino e pesquisa com o uso de animais;

IV – suspensão de envio de projetos e aulas à CEUA/UNIFRAN dentro de 1 (um) ano.

CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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Regulamento da Comissão de Ética no Uso de Animais

Art. 18º Fica a critério da Reitoria da Universidade de Franca estabelecer convênio com outras Instituições que não possuam CEUA, ficando a Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Franca (CEUA/UNIFRAN) responsável pela avaliação dos procedimentos de ensino e projetos de pesquisa científica, enviados pela instituição conveniada.

§ 1º Os critérios para assinatura de convênio serão estabelecidos pela UNIFRAN. § 2º A validação do convênio fica vinculada à aprovação do CONCEA.

Art. 19º Os casos omissos não previstos no presente Regulamento serão resolvidos pela própria CEUA/UNIFRAN.

Art. 20º O suporte material e financeiro para o funcionamento da CEUA/UNIFRAN será fornecido pela Reitoria da UNIFRAN.

Art. 21º A CEUA/UNIFRAN deverá ser registradas no Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais - CIUCA.

Art. 22º Este Regulamento entrará em vigor após aprovação pelo Conselho Superior Universitário - CONSUN, por ato oficial de seu presidente, revogadas as disposições em contrário.

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