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A IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO CÂMPUS TUCURUÍ- IFPA

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Academic year: 2021

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NO CÂMPUS TUCURUÍ- IFPA

CASTRO, Ana Carolina Leal Folha1 - IFPA/PA BRANCH, Elizabeth Cristina Nascimento 2 - IFPA/PA PEREIRA, Maria do P. Socorro Sarmento3 - IFPA/PA Grupo de Trabalho: Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação

Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

O presente estudo parte da implantação, da Política de Assistência Estudantil no Câmpus Tucuruí do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, e trata da experiência de inclusão social, visando à garantia do acesso, permanência e conclusão de curso, de alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O procedimento metodológico adotado para a reflexão acerca das políticas públicas de inclusão estruturou-se na pesquisa bibliográfica e legislação específica à Política Pública da Assistência Estudantil, e análise da realidade do Câmpus Tucuruí. Constatou-se, que o Câmpus vem conseguindo através das ações da Assistência Estudantil, instituir a cultura de participação cidadã e que a expectativa dos discentes beneficiados, a cerca do recebimento dos auxílios, atendeu seus anseios e necessidades, o que possibilitou o alcance dos objetivos político-pedagógicos e o exercício de sua função social.

Palavras-chave: Política Pública. Assistência Estudantil. Inclusão.

Introdução

As instituições de educação, além de sua função pedagógica, formadora e de socialização, têm como papel diante da sociedade, propiciar ações para a efetivação dos direitos sociais. Diante dos graves problemas da sociedade, a escola precisa dar conta de uma

1 Especialista em Psicologia Clínica, pelo Centro de Capacitação em Gestalt-Terapia- CCGT. Psicóloga do

Câmpus Tucuruí - IFPA. E-mail: carolinafolha@yahoo.com.br.

2

Especialista em Educação pela Faculdade Atual. Assistente Social do Câmpus Tucuruí – IFPA. E-mail: bethbranch@hotmail.com.

3 Mestranda em Educação pela USAL - Universidad del Salvador – Buenos Aires/AR. Professora da SEDUC-PA

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diversidade, tanto do ponto de vista de questões subjetivas dos sujeitos quanto de problemáticas sociais, comunitárias e do trabalho.

Dentro deste contexto, apresentam-se as situações de vulnerabilidade pessoal e social, oriundas de condições socioeconômicas, identificadas como causadoras da evasão escolar devido à falta de condições para permanecer na escola.

Alerta a tudo isso, a educação pode contribuir “[...] para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade” (LUCKESI, 1996, p. 69).

O direito à educação, bem como o direito ao acesso e permanência na escola está expresso nos pressupostos legais da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu art. 205: “A Educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando o pleno desenvolvimento da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Assim revela o princípio de igualdade de condições de acesso e permanência na escola, reafirmado ao longo destes anos por outros dispositivos legais, como a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 que norteia as Diretrizes e Bases da Educação e que congregam um objetivo único de formação de uma escola democrática que valorize a diversidade, a equidade e a promoção de oportunidade para todos.

Desta forma, a escola se apresenta como espaço de inclusão, debate de idéias, construção e desconstrução da formação cidadã. E é esta busca pela democratização dos espaços educacionais brasileiros que tem norteado as políticas sociais na área da Educação, levando o governo através das instituições públicas a desenvolver programas e projetos que favoreçam a permanência e o êxito no percurso formativo e na inserção sócio-profissional dos estudantes.

O desafio da inclusão social aponta para a necessidade de estabelecer políticas de assistência estudantil, particularmente àqueles estudantes que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Entendendo vulnerabilidade social como: processos de exclusão, discriminação ou enfraquecimento dos grupos sociais e sua capacidade de reação, como situação decorrente da pobreza, privação e/ ou fragilização de vínculos afetivo-relacionais e de pertencimento social e territorial.

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Assim, o governo Federal, através do Ministério da Educação criou o Programa Nacional de Assistência Estudantil - PNAES, instituído pela Portaria nº 39, de 12 de dezembro de 2007 e regulamentada pelo Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010.

Políticas Públicas

Política Pública é uma forma de efetivar direitos, intervindo na realidade social. Ela é o principal instrumento utilizado para coordenar programas e ações públicas, sendo resultado de um compromisso público entre o Estado e a sociedade, com o objetivo de modificar uma situação em uma área específica, promovendo a igualdade. Para tornar-se concreta, a Política Pública tem que se traduzir em um plano de ações composto por programas e projetos. Ou seja, nada adianta, por exemplo, estar escrito na Constituição Federal e em outras leis que, a moradia, a saúde, a educação, o esporte e o lazer são direitos dos cidadãos, se não houver políticas públicas concretas que efetivem estes direitos e cidadãos conscientes e críticos, reivindicando – exercendo o controle social, que é a capacidade que a sociedade organizada tem de intervir nas políticas públicas, interagindo com o Estado na definição de prioridades e na elaboração dos planos de ação do município, estado ou do governo federal. A sociedade também controla avaliando os objetivos, processos e resultados das políticas públicas. O controle social é uma conquista da sociedade civil, um instrumento e uma expressão da democracia e da cidadania, onde “o Estado se responsabiliza sobre tais políticas, porém, quanto à sua implementação e manutenção, isso resulta da tomada de decisões que acontecem com a participação de organismos e agentes da sociedade” (HÖFLING, 2001, p. 31).

O Programa Nacional de Assistência Estudantil

A Política de Assistência Estudantil é um arcabouço de princípios e diretrizes que orientam a elaboração e implementação de ações que garantam o acesso, a permanência e a conclusão de curso dos estudantes, com vistas à inclusão social, formação plena, produção de conhecimento, melhoria do desempenho acadêmico e ao bem estar biopsicossocial.

De acordo com o Decreto Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010.7 que regulamenta o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, as ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas seguintes áreas: moradia estudantil, alimentação, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche, apoio pedagógico, e

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acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

Estas ações devem ser implementadas de forma articulada com as atividades de ensino, pesquisa e extensão, visando o atendimento de estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior, abrangendo os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, tendo por objetivos: democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação superior; reduzir as taxas de retenção e evasão; e contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

Cabe à instituição federal de ensino, definir os critérios e a metodologia de seleção dos alunos a serem beneficiados, considerando suas especificidades, as áreas estratégicas de ensino, pesquisa e extensão e aquelas que atendam às necessidades identificadas por seu corpo discente. Contudo, prioritariamente serão atendidos no âmbito do PNAES, estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

O Câmpus Tucuruí do IFPA e o Programa de Assistência Estudantil

O Câmpus Tucuruí, cuja missão institucional, é promover a educação profissional e tecnológica em todos os níveis e modalidades por meio do ensino, pesquisa e extensão, com objetivo de contribuir para o desenvolvimento regional sustentável, valorizando a diversidade e a integração dos saberes na região do Lago de Tucuruí, atende um total de 993 alunos, distribuídos em três turnos e em três modalidades diferentes de ensino.

Na modalidade de Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio, são ofertados os cursos de: Edificações, Eletrotécnica, Informática, Manutenção e Suporte de Computadores e Saneamento; com um total de 622 alunos, matriculados e frequentando regularmente as aulas. Destes, 62 alunos, cursam a modalidade de Educação de Jovens e Adultos- PROEJA, os cursos de: Aquicultura e Agrimensura.

Na modalidade de ensino Subseqüente ao Ensino Médio estão matriculados 120 alunos e são ofertados os cursos de: Meio Ambiente, Recursos Pesqueiros, Agente Comunitário de Saúde e Edificações. E 251 alunos cursam o Ensino Superior nos cursos de: Tecnologia em Redes de Computadores, Tecnologia em Saneamento Ambiental e Licenciatura em Ciências Biológicas.

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Para atender esta demanda, faz-se necessária a garantia das condições básicas para a concretização do direito à educação de qualidade, além das condições institucionais possibilitadoras do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, a garantia da eficácia ao processo de inclusão.

Neste sentido, a Assistência Estudantil no Câmpus Tucuruí, foi concebida como parte do processo educativo, tendo algumas ações iniciadas desde 2011, porém, somente instituída em 04 de dezembro de 2012, no âmbito do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, pela Resolução nº 134/2012 do Conselho Superior do IFPA– CONSUP.

São objetivos da Assistência ao Estudante do IFPA: democratizar as ações de inclusão e permanência dos estudantes no IFPA; proporcionar condições de igualdade de oportunidades no exercício das atividades acadêmicas; proporcionar aos estudantes com necessidades educativas específicas as condições necessárias para o seu desenvolvimento acadêmico, conforme legislação vigente; contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, minimizando a reprovação e evasão escolar; proporcionar aos discentes a permanência e o êxito no percurso educacional por meio de práticas sociais que reduzam os efeitos das desigualdades sociais e econômicas durante o processo formativo; promover e ampliar a formação dos estudantes para o mundo do trabalho e para a vida; promover e ampliar a formação integral dos estudantes, estimulando e desenvolvendo a criatividade, a reflexão crítica, as atividades e os intercâmbios cultural, esportivo, artístico, político, científico e tecnológico.

Para se inscrever nos Programas de Assistência Estudantil do Câmpus e ser beneficiado com os auxílios ofertados, os discentes devem atender os requisitos fixados nos editais que são lançados anualmente, no início do ano letivo e subtendidos a uma avaliação socioeconômica.

O Campus Tucuruí tem autonomia para planejar seu Plano de Assistência ao Estudante, observando sua realidade, as determinações das Resoluções vigentes e os limites financeiros estipulados na forma da legislação orçamentária e financeira, que são descentralizados ao Câmpus, baseado no número de alunos regularmente matriculados, nas modalidades e níveis de ensino ofertados e na média ponderada do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH dos seus municípios de abrangência.

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As ações da Assistência ao Estudante no Câmpus Tucuruí são operacionalizadas pela equipe multidisciplinar, que é composta por 3 pedagogos, 1 técnica em assuntos educacionais, 1 assistente social, 1 psicóloga e 3 assistentes de alunos, que realizam o desenvolvimento e acompanhamento das ações do Programa de Assistência Estudantil.

Face ao exposto, delinearam-se as seguintes propostas de ação para Assistência Estudantil do Câmpus Tucuruí:

• Definiu-se um sistema de avaliação dos programas e dos projetos de assistência estudantil, por meio da adoção de indicadores quantitativos e qualitativos para análise das relações tanto entre assistência e evasão quanto entre assistência e rendimento acadêmico, de acordo com o Plano Nacional de Assistência Estudantil; • Garantiu-se no orçamento institucional, um percentual de investimento necessário

para o custeio da assistência estudantil;

• Realizou-se o levantamento das demandas sociais dos alunos para o planejamento e para o desenvolvimento das atividades da assistência estudantil;

• Regulamentou-se, na totalidade do conjunto, programas, projetos, serviços e benefícios implementados no âmbito da assistência estudantil;

• Realizou-se avaliação sobre o impacto de programas, projetos, benefícios e serviços, por meio de indicadores quantitativos e qualitativos das condições de vida dos estudantes;

• Realizou-se, por meio da equipe multiprofissional envolvida, o acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos estudantes assistidos;

• Garantiu-se a isenção de pagamentos, a partir da análise socioeconômica dos candidatos, em todos os processos seletivos do Câmpus;

• Articulou-se ações, programas e serviços da assistência estudantil aos projetos de ensino, pesquisa e extensão da Instituição;

• Realizou-se divulgação nas turmas de discentes recém-ingressos, as ações da assistência estudantil, realizando, seminários para as orientações necessárias ao acesso a essa política; e

• Constituiu-se o Fórum Interno de Assistência ao Estudante, que é um espaço permanente de debates e discussão para analisar e acompanhar o desempenho acadêmico dos alunos, composto pela Equipe Multiprofissional do Câmpus e representantes discentes.

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Auxílios oferecidos pelo Câmpus Tucuruí

O reforço alimentar é oferecido para todos os alunos através de merenda escolar, sendo considerado um investimento de grande importância para os alunos, pois o contexto social dos estudantes do Câmpus demonstra que esta, muitas vezes se constitui na principal ou talvez a única refeição diária.

O uniforme colegial também é ofertado para todos os alunos matriculados, visando diminuir os gastos com roupas e a identificação dos mesmos.

Por meio de repasse financeiro direto aos estudantes com situação de vulnerabilidade socioeconômica, são ofertados os seguintes auxílios no ano de 2013: apoio à moradia, que atende 10 alunos oriundos de outros municípios que não tem residência e nem familiares em Tucuruí, e estão no município em virtude de aprovação no processo seletivo deste Câmpus; auxílio transporte, que atende os 100 beneficiados com um quantitativo de (100%) de passe escolar por mês, garantidos por meio de um valor monetário fixo (de acordo com o custo da passagem estudantil vigente), para realizar o trajeto residência - Câmpus Tucuruí- residência; o auxílio óculos atende 15 alunos que apresentam problemas visuais, através da oferta de um valor financeiro para o pagamento das despesas deste fim, condicionado à apresentação de receita oftalmológica com validade máxima de um ano, auxílio creche, atende 10 discentes, também é disponibilizado um valor financeiro para ajudar nas despesas de discentes que apresentem filhos menores de 5 anos.

O estudante do IFPA poderá acumular vários auxílios de assistência ao estudante, com outras bolsas de natureza acadêmica (Bolsas Extensão/Bolsas Pesquisa).

Perfil dos alunos atendidos

Para uma caracterização mais visível de nossos educandos considerou-se melhor analisá-los de acordo com a modalidade de ensino nos quais os mesmos freqüentam. Assim, do total de alunos que cursam a modalidade de Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio, 93% vieram de escolas públicas, 80% moram distante da escola e 47% possuem renda familiar de até 1 (um) salário mínimo. Quanto à caracterização de raça, 61% declararam-se de cor pardos, 23% amarela e 11% de negra e o restante não soube informar; quanto à faixa etária dos alunos dessa modalidade, classificam-se entre 17 a 20 anos, e o sexo predominante foi o masculino, com 51%.

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Quanto ao perfil do alunado pertencente à modalidade de Ensino Subsequente ao Ensino Médio: 96% são oriundos de escolas públicas, 71% possuem suas residências distante da escola, 40% possuem renda familiar de até um salário mínimo e outros 40% possuem renda de até 2 salários mínimos, quando se refere a caracterização da raça 58% declararam-se parda, 19% branca e 15% negra e o restante não soube informar. Os alunos dessa modalidade estão na faixa etária entre 21 a 30 anos, sendo em sua maioria mulheres 56%.

Ao analisar os alunos dos cursos superiores, identificou-se que 97% são oriundos de escolas públicas, 84% residem distante da escola, 44% possuem renda familiar de até dois salários mínimos. Quanto à raça, 61% declaram-se pardos, 19% brancos, 10% negra e o restante não soube informar. Quanto à idade, os alunos do ensino superior estão na faixa etária entre 21 a 30 anos, com percentual maior para o sexo feminino 56%.

Desta forma, considerando a análise geral da caracterização dos alunos das três modalidades de ensino, pode-se concluir que 95% dos alunos do Câmpus Tucuruí, são oriundos de escolas públicas, 78% residem distante da escola, 41% possuem renda familiar de até um salário mínimo e 39% possuem renda de até dois salários, 60% declararam-se pardos, 21% brancos, 12% negros, os outros 7% não souberam informar, quanto a idade 67% dos alunos estão na faixa etária entre 21 a 30 anos e o gênero predominante é o feminino com 52% de mulheres.

Principais desafios na Assistência Estudantil no Câmpus Tucuruí

• Ampliação da equipe de profissionais para operacionalizar as ações da Política de Assistência Estudantil;

• Fortalecimento da Assistência Estudantil a partir da relevância da Pró-reitoria de ensino, com vistas à criação de coordenação específicas e garantia de condições uniformes no que concerne à estrutura administrativa;

• Implantação e ampliação de Políticas de promoção e de assistência integral à saúde dos estudantes. Incluir em caráter emergencial e prioritário programas de prevenção com o objetivo de proporcionar qualidade de vida e saúde integral aos discentes. • Fortalecimento da Política de alimentação com a construção de restaurantes universitários para garantir uma alimentação adequada nutricionalmente aos estudantes;

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• Fortalecimento e ampliação da Política de moradia para atender a todos os estudantes que dela necessitem;

• Consolidação e implantação do Esporte, do Lazer e da Cultura integrados às ações de promoção de saúde;

Conclusão:

À medida que se compreende o processo educativo como um espaço prático de cidadania e de dignidade humana, a implantação da Política de Assistência Estudantil, ao atender as necessidades sociais da vida acadêmica, alavancou as práticas de inclusão no Câmpus Tucuruí.

Destaca-se que, antes mesmo da Política de Assistência Estudantil ter sido instituída no âmbito do IFPA, o Câmpus Tucuruí, preocupado em exercer a sua função social, já vinha desenvolvendo ações de assistência aos seus discentes, prescritos nos objetivos político-pedagógicos da educação brasileira.

A intervenção multiprofissional, no contexto educacional do Câmpus, tem contribuído significativamente para evitar os altos índices de evasão escolar, bem como tem proporcionado aos estudantes, familiares e comunidade um acompanhamento socioeconômico e cultural para tornar mais qualitativa sua permanência nas escolas.

Do ponto de vista dos alunos beneficiados pela Assistência Estudantil, o recebimento do auxílio vem atendendo satisfatoriamente à demanda dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Desta forma, assegurando processos de ensino e de aprendizagem mais democráticos, críticos e reflexivos.

A formação para o exercício da cidadania inicia no momento em que nossos estudantes têm condições de frequentar o Câmpus e aprender com qualidade, e com as ações de assistência estudantil já foi possível garantir não só a entrada do discente em nosso Câmpus, mas, através da ampla divulgação dos benefícios da Assistência Estudantil, o Câmpus tem conseguido instituir uma cultura de participação cidadã, sobretudo após a constituição do Fórum Interno. Neste espaço os alunos debatem assuntos de seus interesses e buscam a efetivação de seus direitos.

Contudo, desenvolver ações que promovam a igualdade entre sujeitos em uma sociedade onde os problemas ainda são decorrentes das diferenças políticas, econômicas, culturais, religiosas e até ambientais, é um desafio. Muito ainda se tem a fazer, visando à

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transformação nas práticas educativas e na realidade social. O Câmpus ainda precisa ampliar o número de benefícios, em razão da expansão do Câmpus e conseqüente aumento do número de alunos, com isso requer uma equipe de trabalho ainda maior para o acompanhamento dos auxílios e bolsas, dentre outras ações específicas, bem como uma coordenação própria, para uma gestão mais eficiente, visando otimizar os resultados já alcançados.

REFERENCIA

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, D.F, Senado Federal, 1998. 1988.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Institui o Programa Nacional de Assistência Estudantil: PNAES. Portaria Normativa nº 39, de 12 de dezembro de 2007. Brasília: MEC, 2007b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria_pnaes.pdf>. Acesso em: 10 maio 2013.

______. Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil: PNAES. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 8 maio 2013, p.05.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ – IFPA.

Resolução nº 134/2012 – CONSUP, de 04 de dezembro de 2012. Disponível em:

<http://www.ifpa.edu.br/arquivos/pdf/resoluções_ifpa.pdf>.

LUCKESI, Cipriano Carlos, Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez Editora, 1996.

HÖFLING, Eloisa de Mattos. “Estado e Políticas (Públicas) Sociais”[on line]. Cadernos

Referências

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