atitude
Maio/Junho2008
Revista de Sustentabilidade da Philips América Latina
Maio/Junho 2008
Inovar é preciso
A humanidade
precisa inventar
um jeito novo de
produzir, consumir
e conviver para
preservar o planeta
atitude
Maio/Junho2008 2
Sumário
SEÇÕES
Atitude é uma publicação da área de Sustentabilidade da Philips América Latina. É permitida a reprodução de todo o material desta edição, agradecendo-se a citação da fonte - JORNALISTA RESPONSÁVEL Fernanda de Carvalho (Mtb. 17.056) COORDENAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE Renata Macedo
COORDENAÇÃO EDITORIAL Ricardo Vicalvi e Elaine Martins COLABORAÇÃO Brasil: Marcus Nakagawa e representantes do Comitê de
Sustentabilidade Argentina: Maria Soledad Beraza e Maria Alejandra Grignani Chile: Christianne Rocha e Joanna Lederer México: Germán Villalobos
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Rua Verbo Divino, 1 400, 1º andar, CEP: 04719-002, Chácara Santo Antônio, São Paulo, SP - sustentabilidade@philips.com ENDEREÇO NA INTERNET www.sustentabilidade.philips.com.br REDAÇÃO Totum Excelência Editorial (contato@totumex.com.br)
ARTE E PRODUÇÃO LPCVisual (lpcvisual@terra.com.br)
2
6
REPORTAGEM DE CAPA
Sustentável mundo novo
Inovação é a chave para a construção de um planeta
melhor para a humanidade. Mas isso só vai funcionar se a
sustentabilidade estiver profundamente integrada ao nosso
dia-a-dia e se a sociedade aprender a lidar com a limitação
de espaço e de recursos naturais.
19
BOM EXEMPLO
Excelência compartilhada
4
Mais Simples10
Artigo16
Voto Consciente22
Funcionário Cidadão23
Pequenas Atitudes18
Panorama
Na esteira da bem-sucedidaexperiência na Ilha de Páscoa, em 2006, a Philips decidiu levar sua tecnologia de ponta e o conceito de eficiência
energética a San Pedro de Atacama (foto à esq.), a capital arqueológica do Chile.
A medicina de primeira do Hospital Albert Einstein chega à população de baixa renda de São Paulo
Seu bolso
11
ENCARTE
17
PANORAMA
15
ÉTICA
The Simplicity Event
Cerca de 500 estudantes
participaram da oficina de design sustentável montada durante o megaevento em São Paulo
Guardiões dos PGN
Conheça quem são e como trabalham os Compliance Officers da Philips Saiba como fazer uso consciente do dinheiro e do crédito
atitude
Maio/Junho2008
Inovação
sustentável
U
m dos pontos altos da recente passagem do presidente mundial da
Philips, Gerard Kleisterlee, pela América Latina, foi, sem dúvida, um
Town Meeting
realizado em São Paulo para os funcionários do
escri-tório administrativo.
Na ocasião, Kleisterlee dedicou uma parte importante da sua intervenção,
destinada principalmente a comentar os resultados obtidos pela companhia
na região, ao tema da sustentabilidade.
Segundo ele, a sustentabilidade, longe de ser um modismo ou uma atraente
ferramenta de marketing, é um valor permanente para a Philips, integrada ao
nosso dia-a-dia e aos negócios e geradora de um mundo de oportunidades.
O caminho para se captar plenamente esse potencial passa
necessaria-mente pela inovação. O casamento da sustentabilidade com a inovação
signi-fica manter a todo o momento a preocupação em utilizar métodos novos na
hora de se criar e fabricar produtos ou prestar serviços, sempre tendo como
referência o seu impacto no meio ambiente, na promoção do bem-estar e da
qualidade de vida das pessoas.
É também procurar fazer mais com menos, como mostra a aplicação do
conceito de eficiência energética nos diferentes setores da Philips – dos
siste-mas de iluminação aos produtos de estilo de vida.
A boa notícia para todos os que trabalham na Philips é que a prática da
sustentabilidade inovadora se espraiou pela companhia, transformando
deze-nas de milhares de funcionários em agentes ativos desse processo. E, como
mostra a reportagem de capa desta edição, ela está se concretizando das mais
diferentes formas. A sustentabilidade inovadora toma forma, por exemplo,
quando a Philips Design concebe o Saral Stove, uma fornalha especialmente
desenvolvida para atender a população rural de uma remota região da Índia.
Ou quando a companhia lança um projeto como o Sustainable Habitat,
dedicado a viabilizar a obtenção de água, luz e o processamento do lixo nas
cidades chinesas em 2020.
Como disse o presidente mundial no Town Meeting, a sustentabilidade é um
processo evolutivo. E é nossa obrigação tirar o melhor proveito dessa visão.
Hoje, amanhã, sempre.
Boa leitura!
Flávia Moraes
Gerente-geral de Sustentabilidade da Philips para a América Latina
3
Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social
Entidades, associações parceiras e reconhecimentos:
Editorial
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É
possível, sim, por intermédio da parceria público-privada, melhorar a qualidade do ensino no Brasil. Essa é a tese principal do livro A Juventude Brasileira
Ganha uma Nova Escola de Ensino Médio – Pernambuco Cria, Experimenta e Aprova, de autoria de Marcos Magalhães, ex-CEO e atual presidente do Conselho Consultivo da Philips na América Latina.
Lançado em Recife e em São Paulo, no início da segunda quinzena de maio, o livro relata o trabalho incansável de Magalhães para implantar um modelo de gestão bem-sucedido nas escolas públicas de Pernambuco, seu estado natal, com a participação do setor empresarial na administração.
A jornada pela educação do ex-presidente da Philips começou em 1999, com a reforma e a recuperação do Ginásio Pernambucano, antiga escola-modelo regional onde Magalhães estudou e se preparou para sua trajetória profissional.
O êxito da experiência deu origem à criação e instalação de 33 Centros de Ensino Experimental (CEEs), com capacidade para o atendimento de 20 mil alunos, com recursos dos setores público e privado. Em 2007, a experiência foi transformada em programa oficial pelo governo pernambucano, que prevê a construção de 75 novas escolas de tempo integral nos próximos seis anos.
A superioridade do sistema implantado pode ser constatada a olho nu, como mostram alguns indicadores publicados no livro: a taxa de freqüência dos alunos é de 97%; a taxa de aprovação é de 98%; a taxa de aprovação nos vestibulares chega a 70%.
Mais informações em www.procentro.net. n
Mais Simples
4Marcos Magalhães narra experiência de gestão educacional em livro
Parceria que deu certo
Wal-Mart lança cobertor feito de garrafas PET
O
Wal-Mart está com uma ótima novidade nas suas lojasbrasileiras: os cobertores Select e Simply, produzidos com poliéster extraído de garrafas PET recicladas. Além de preser-var o meio ambiente, a produção de cobertores representa uma fonte de renda para diversas cooperativas de catadores, já que cada unidade requer 200 garrafas. “Além de comprar o cober-tor para sua casa, o cliente evita que toneladas de garrafas PET virem lixo”, diz o diretor de marcas próprias do Wal-Mart Brasil, Fábio Cyrillo. Saiba mais em www.walmartbrasil.com.br. n
Magalhães e sua obra: registro de um trabalho incansável pela educação
Sustentável: cada cobertor requer 200 garrafas
atitude
Maio/Junho2008
A
Philips foi eleita pela revistaImprensa a sexta empresa mais sustentável do Brasil, de acordo com a mídia. A pesquisa analisou re-portagens e editoriais publicados nas revistas Época Negócios, IstoÉ Dinheiro,
Exame e América Economia durante todo o ano de 2007 e localizou quais companhias e marcas têm a imagem mais positiva no que se refere à
sus-A
Philips foi escolhida uma das melhores empresas para trabalhar no México pela revista Expansión, uma das principais publicações de negócios do país. Participaram da pesquisa, batizada de Super Empresas 2008, um total de 407 companhias. Classificada em 16º lugar na lista geral, a subsidiária mexicana é a primeira entre as empresas do setor de eletrônica de consumo.A Philips do Brasil, por sua vez, obteve o Prêmio RH Cidadão, da revista Gestão e RH, por ter ficado entre as 10 melhores entre as 100 finalistas do ranking das 100 Melhores Empresas em Cidadania Corporativa 2007. Além da Philips, receberam o prêmio companhias como Avon,
Curtas
Mais Simples
5
A Philips está entre as
dez mais sustentáveis
É bom trabalhar aqui
RH Cidadão: Nakagawa recebe prêmio
OPEN HOUSE – O Dia das Crianças, comemorado em 30 de abril no México, foi celebrado com a abertura dos escritórios aos filhos dos funcionários (foto acima). Além de assistir a um divertido filme e de saborear pizzas, as crianças recep-cionadas participaram de jogos nos quais aprenderam a incorporar a ciência no dia-a-dia.
TERRA CELEBRADA – O Dia da Terra foi celebrado na Philips mexicana no dia 22 de abril, com uma série de palestras sobre o tema. O presidente da Philips local, Paulo Simas, disse que o plano verde da companhia no país está sustentado em dois pilares: eficiência energética e embelezamento de cidades – nessa área, o projeto principal será a iluminação de Guanajuato, uma das mais importantes cidades coloniais mexicanas.
SUPLEMENTADOS – A Gerên-cia Geral de Sustentabilidade fez uma apresentação sobre o assunto aos suplementados
da Philips asso-ciados à ASPHI, com ênfase no Programa de
Voluntariado, no final de abril. A idéia do encontro foi abordar o tema como uma possibilidade de melhoria na qualidade de vida de todos, além de atualizá-los sobre os trabalhos realizados e angariar voluntários.
tentabilidade empresarial. O sexto lugar alcançado pela companhia mos-tra como as ações de sustentabilidade que desenvolvemos, e das quais mui-tos funcionários fazem parte como voluntários, têm um grande impacto na imprensa. Esse impacto se reflete na impressão que o consumidor tem da Philips, levando-o a optar pela nossa marca. n
Banco Real e Pão de Açúcar. O assessor de sustentabilidade Marcus Nakagawa representou a Philips na cerimônia de premiação. n
1º Ba
nco R
eal
2º Gr
upo Or
sa
3º Natur
a
4º HP
5º W
al-Ma
rt
6º Philips
7º Coca-Cola
8º Isa
bela
Ca
peto (moda)
9º Micr
osoft
10º P
etr
obr
as
atitude Maio/Junho2008
A humanidade
precisa inventar
um jeito novo de
produzir, consumir
e conviver para
preservar o
planeta. O segredo
está em integrar
a sustentabilidade
ao nosso dia-a-dia
Capa
6atitude
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O
livro Admirável Mundo Novo, escrito pelo inglês Aldous Huxley, em 1932, traça um cenário desolador do futuro, apesar do título aparentemente otimista. Dominada pela tecnologia e incapaz de criar laços emocionais, a humani-dade imaginada pelo autor vaga sem rumo por um planeta devastado e sem vida. A obra é de ficção, mas diz muito sobre os temores que a revolução tecnológica (que apenas se esboçava à época) provocava. Quase 80 anos depois da previsão de Huxley, a tecnologia de fato tomou conta de nossas vidas e, embora os seres humanos te-nham preservado sua capacidade de se emocionar, o medo em relação ao futuro permanece entre nós. E, infelizmente, a ameaça de colapso dos recursos naturais e suas conse-qüências parece cada vez mais próxima.
A boa notícia é que ainda é possível evitar o pior e pre-servar o planeta para as
próxi-mas gerações. O que as pessoas, os governos, as empresas e as instituições de todo o mundo precisam, para virar esse jogo, é justamente achar um jeito inovador de produzir, consu-mir e conviver provocando os menores estragos possíveis ao meio ambiente.
“O mundo, em breve, terá 8 bilhões de pessoas, o que não é algo simples”, disse o presiden-te mundial da Philips, Gerard
Kleisterlee, em sua recente passagem por São Paulo, na qual realizou um Town Meeting para os funcionários do prédio administrativo. “Precisamos criar uma sociedade que consiga lidar com a limitação de recursos e de es-paços. Por isso, a sustentabilidade está e precisará estar sempre profundamente integrada ao nosso dia-a-dia e ao nosso negócio.” Antes de tudo, é preciso entender que adotar práticas sustentáveis vai além de evitar ou mini-mizar danos ao meio ambiente. “A sustentabilidade é um mundo de oportunidades”, diz Flávia Moraes, gerente-geral de Sustentabilidade da Philips para a América Latina. “E essas oportunidades virão por meio da inovação.”
Sustentabilidade e inovação são, de fato, dois conceitos afins. Adotar práticas sustentáveis – ou seja, observar todos os impactos da atividade, e não apenas seus fins, colocando
Capa
a preservação e a valorização dos recursos naturais como prioritárias – significa criar métodos inovadores, testar diferentes possibilidades de se chegar a um mesmo fim. Em uma palavra: inovar. E inovar não quer dizer, necessariamen-te, acrescentar tecnologia de ponta ao processo. Muitas vezes, aliás, ser inovador requer dar um passo atrás – como fez a indústria de refrigerantes, que aos poucos está promovendo o retorno do vidro no lugar das embalagens plásticas, pela facilidade de reúso e menor impacto ambien-tal das embalagens.
Diferentes funções profissionais também não represen-tam barreira para a inovação. “Você trabalha com vendas?”, perguntou Kleisterlee à platéia de mais de 500 funcioná-rios da Philips do Brasil presentes ao Town Meeting. “Pois bem, você precisa saber exatamente o que está venden-do, se o produto poderá ser reciclavenden-do, de que maneira
ele será descartado, e tudo o mais que diga respeito ao meio ambiente.” Trata-se, nesse caso, de uma postura inovadora. Você é da área financeira? Parabéns, pois você deve ter participado, nos últimos anos, da adequa-ção do balanço da companhia à lei americana Sarbanes-Oxley. Criada para tornar os processos contábeis e de controle mais se-guros após fraudes corporativas verificadas nos Estados Unidos, a lei é profundamente inovadora. “As novas práticas propostas pela lei são geradoras de sustentabilidade, pois evitam ou dificultam o colapso de companhias em razão de atos irresponsáveis de poucos executivos, através de atributos éticos”, diz Flávia.
Além de perceber que o mundo está mudando de ma-neira inexorável na direção das novas práticas, é preciso estar pronto para ser um agente desse processo. “Mu-dança é sinônimo de medo, de agonia”, diz Rosa Alegria, vice-presidente do Núcleo de Estudos do Futuro (NEF) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Mas temos de encará-la como algo promissor e pensar que estamos passando por uma evolução.” Rosa sugere a adoção do que chama de “pensamento prospectivo” para momentos de grandes transformações. “O ideal é sermos protago-nistas do nosso próprio futuro. Existem as mudanças que
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Capa
acontecem e as que nós fazemos acontecer.” É dispensável dizer que a segunda opção costuma ser a mais estimulante e recompensadora, embora mais difícil.
Estudioso dos temas inovação e sustentabilidade, o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, prevê que esses dois conceitos estarão cada vez mais integrados no ambiente empresarial nos próximos anos. “A divisão do conhecimento na estrutura das companhias em departamentos ou núcleos limita o desenvolvimento de uma visão mais integrada e sistêmi-ca”, afirma. “Inovação e sustentabilidade devem romper essa fragmentação para, juntas, ganharem relevância no mundo empresarial.”
Juntar esses pontos é a tarefa cotidiana da arquiteta italiana Simona Rocchi, diretora sênior da área de Design Sustentável da Philips Design, já há alguns anos. “Design sustentá-vel quer dizer um processo criativo holístico que pretende traduzir pre-ocupações socioambientais mundiais e regionais em produtos e serviços”,
define Simona (veja entrevista na página seguinte). Um exemplo perfeito do trabalho de Simona e sua equipe é o Saral Stove, uma fornalha desenvolvida especialmente para os hábitos das donas-de-casa da área rural de Puna, na Índia. Como elas estão habituadas a queimar lenha dentro de casa para cozinhar, são comuns os casos de intoxicação por fumaça na região. A falta de ventilação adequada das habitações vitima inclusive crianças.
O forno Saral (e seu modelo-irmão Sampoorna)
É fundamental
buscar soluções
para as mais
diversas
necessidades
começou a nascer num workshop comandado por Simona em Eindhoven, na Holanda, em setembro de 2005. O evento, que reuniu cerca de 300 profissionais da Philips de todo o mundo, pôs em discussão 18 conceitos de design sustentável. Um dos projetos mais bem-sucedidos foi o da fornalha, realizado em par-ceria com a ONG Appropriate Rural Technology Institute (Arti). Feito de concreto e recoberto por argila, o Saral resolve de maneira simples e engenhosa a questão crítica da dissipação da fumaça e reduz a temperatura ambiente. Além disso, foi pensado de forma a ter um preço compatível com o poder aquisitivo das consumidoras – 500 rupias e 1 mil rupias (R$ 20 e R$ 40).
“Todos sabemos o que está ocorrendo no mundo e qual é a nossa visão de futuro”, disse Kleisterlee em São Paulo. “A sustentabilidade é um pro-cesso evolutivo. Por isso, temos de discutir como tirar o melhor proveito dessa visão. O posicionamento de nossa marca, 'sense and simplicity', coloca muito foco na ques-tão da simplicidade, mas saber exatamente qual é o nosso papel na sociedade tem mui-to a ver com sense (sentido, razão).”
O Saral, em sua simplicidade, é tão inovador quanto, digamos, o avançadíssimo televisor Aurea. Seguindo o mesmo raciocínio, fica claro descobrir por que é tão importante para a Philips buscar soluções para melhorar a qua-lidade de vida dos mais diferentes públicos, cada um com suas necessidades próprias. Encontrar uma fonte de energia barata e eficiente para iluminar lares de populações de baixa renda é um imenso desafio, e poderá resultar em um negócio tão promissor, afinal, quanto criar as mais belas e sofisticadas luminárias.
Uma visita rápida aos escritórios da Philips Design, na Holan-China 2020: projeto da Philips busca soluções sustentáveis para as megalópoles do país
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Capa
9
da, revela uma infinidade de soluções experimentais para os mais distintos problemas da humanidade. O projeto Sus-tainable Habitat, por exemplo, procura imaginar como será possível obter água, luz e processar o lixo nas megalópoles chinesas em 2020. Dentre as idéias mais interessantes estão o prédio revestido por uma substância que capta energia para consumo dos habitantes e regula automaticamente a passagem da luz natural para o interior. Já o projeto Skin cria tecidos e acessórios – como tatuagens e jóias – que reagem às variações emocionais do consumidor, adotando diferentes cores e formatos. É algo aparentemente supérfluo, sem grandes aplicações além da estética. Mas trata-se de uma tecnologia que, assim que estiver amadurecida, poderá gerar uma série de produtos e subprodutos com impacto direto no bem-estar das pessoas. A Electronic Sensing Jewel-ry, projetada pela Philips, faz exatamente isso, endossando nosso posicionamento como empresa voltada à saúde e ao bem-estar das pessoas. É a prova de que esse mundo novo pode ser mesmo admirável – e sustentável, claro. n
A
arquiteta italiana Simona Rocchi é a responsável pela área de Design Sustentável da Philips Design. Baseada em Amsterdã, Simona concedeu a seguinte entrevista a Atitude:Qual é a definição de design sustentável?
Design sustentável significa um processo criativo holís-tico que pretende traduzir preocupações socioambien-tais mundiais e regionais em produtos e serviços. Isso requer uma visão sistêmica do design, para que mudan-ças tecnológicas e inovações sociais sejam alcançadas
A arte de unir pontas
em nome da qualidade de vida das pessoas e da preser-vação dos recursos naturais.
Como a Philips aplica os princípios de sus-tentabilidade na prática?
Nossa forma de trabalhar é baseada na criação da relação harmoniosa entre pessoas, objetos e o meio ambiente – o que inclui a natureza e a humanidade. Para chegar lá, desenvolvemos um processo exclusivo, chamado High Design, que é centrado em pessoas, baseado em pesquisas e que utiliza como ponto de partida conhecimentos de disciplinas como psicologia, sociologia, antropologia e pesquisa de tendências. Além disso, utilizamos ferramentas mais convencionais de design, obviamente.
Qual é o papel da inovação nesse processo?
A Philips Design mantém sempre um olho na realidade comercial e nos modelos de negócios de nossas criações. Para nós, a inovação ocorre quando conseguimos unir as pontas entre os desejos das pessoas, o que a tecnologia e o negócio podem oferecer e a sustentabilidade. n
Simona: em nome do meio ambiente e da qualidade de vida
Saral Stove: inovação e simplicidade salvam vidas na Índia Para saber mais: Núcleo de Estudos do Futuro
atitude
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Artigo
1010
Trocando o todo pela parte
A arte de alcançar o mercado homossexual
P
ink money. Já ouviu falar? Sim, é a parcela da economia movi-mentada pelos gays, celebra-dos por não terem filhos e, ao menos na teoria, poderem gastar mais com cultura, viagens e outros bens de consumo e serviços. Atire a primeira pedra o empresário que não quer uma fatia desse bolo – desde que fique bem claro que “eles” estão de um lado, de prefe-rência escondidos dentro de um armário, e o resto da humanidade do outro.
Não, não vou aqui desfiar ne-nhum rosário do politicamente correto nem discutir preconcei-to. A idéia é parar pelo tempo de ler algumas poucas linhas para mudar um pouco o foco da discussão. A ciência provou
que entre o homem e o chimpanzé há apenas 0,6% de genes diferentes.
Não sei se há algo semelhante entre os gays e os hete-rossexuais – ou se algum dia, em existindo, essa diferença possa ser medida. Mas o fato é que, considerando o núme-ro que já temos, fica uma pergunta meio óbvia: em vez de lutar pelo 0,6% de diferença, não seria mais negócio insistir nos 99,4% coincidentes, trocando a parte pelo todo – e não vice-versa?
Vista dessa maneira, a questão perderia muito do ranço que leva às distorções vividas hoje, do ponto de vista mer-cadológico. Afinal, existe roupa, carro, geladeira ou banco gay? Claro que não. E não há grifes, concessionárias, lojas de varejo ou bancos que perguntem ao cliente sua orien-tação sexual – a exemplo daquelas casas de chá japonesas que, explicitamente, avisam na entrada: “não servimos estrangeiros”. Se na hora de fechar negócio não há essa preocupação, por que ela existe na hora de comunicar?
No mundo cada vez mais segmentado e customizado, particularmente acho ser um tiro no pé esperar que
parcelas específicas de consu-midores sejam apanhadas por grandes redes de pesca, de modo genérico. O universo da mídia é especialista em encontrar opor-tunidades dentro de segmentos como o feminino. Que o digam os incontáveis títulos voltados para elas nas bancas e todo tipo de produtos pensados para parcelas cada vez mais específicas e parti-culares do universo delas.
A contradição está exatamente em não ver (ou não querer ver) que o segmento tão celebrado e desejado do pink money não é composto de um exército de clones, com homossexuais exata-mente iguais em forma e conte-údo. E lá se vão oportunidades pelo ralo...
No mercado editorial já acon-tece um olhar mais cuidadoso, e a revista que dirijo, a DOM – De Outro Modo, é uma das que se propõem a mostrar a multiplicidade desse universo tão repleto de diferenças. E que venham muitas outras! Há espaço. Agora, é a vez de o mercado acordar.
Recentemente, fui aos Estados Unidos cobrir para a revista um festival de cinema gay a bordo daquela certeza (que agora sei ser tacanha) de que nós, brasileiros, somos liberais e os americanos, conservadores. Pois bem, na lista dos patrocina-dores do evento, o maior deles era a HBO, a rede de canais de entretenimento “família”. Mas ela não estava só: nomes como Morgan Stanley, JetBlue, Tylenol e Macy’s também estavam lá. Se eles são ou não mais conservadores, não posso afirmar. Mas já sabem que o pink money é importante. Ou melhor: que dinheiro não tem cor – nem sexo. n
* Jorge Tarquini é jornalista e escritor, dirigiu publicações como Quatro Rodas e Terra e atualmente é o diretor de redação da revista DOM – De Outro Modo, publicação de infor-mação geral, comportamento e estilo de vida voltada para o público homossexual masculino.
atitude
Maio/Junho2008
O
Brasil vive um bom mo-mento econômico. Quan-do as coisas vão bem, as pessoas costumam ficar mais confiantes em relação ao futuro. Elas passam a consumir e a fazer mais dívidas. Em princípio, não há nada de ruim quanto a isso, pois quanto mais se compra, mais será preciso produzir e mais empregos serão criados no País. É aquilo que os especialistas costumam chamar de círculo virtuoso.O problema é quando o excesso de confiança ou a falta de
informa-Consumo consciente do
dinheiro e do crédito
ção levam o consumidor a dar um passo maior do que a perna. Ou a pessoa faz compras acima de sua capacidade de pagamento ou des-cobre, na hora de começar a pagar as dívidas, que os juros ou as taxas são maiores do que o combinado. É preciso também sempre levar em conta que coisas inesperadas podem acontecer – um gasto excepcional ou a perda de parte da renda familiar pode, por exemplo, levar à impossibi-lidade de quitar os compromissos.
Para não cair nessas armadilhas, é preciso seguir uma série de
regri-Destaque
11
nhas na hora das compras. Quando for comprar um bem de maior valor, como uma geladeira, móveis ou um carro, pense muitas vezes antes de tomar a decisão. Faça algumas perguntas para si próprio e para sua família: preciso mesmo desse objeto? É o momento certo para comprá-lo? O preço está justo? Vou pagar à vista ou a prazo? Se for parcelar, quanto exatamente pagarei em juros?
Essa última questão é especial-mente complicada e exige um certo esforço do consumidor, pois muitas vezes as lojas, os bancos e as finan-ceiras dificultam o acesso às infor-mações. Geralmente, eles mostram com destaque o valor da parcela mensal e deixam em segundo plano o valor total que será pago em juros. Como as taxas de juro no Brasil são altas, é muito comum o consu-midor desembolsar até o dobro do valor do produto no crediário nas compras com prazos maiores. Esse excedente é o custo do dinheiro. Saber o quanto se paga por ele é fundamental para manter a sua saú-de financeira e a saú-de sua família.
Nas próximas páginas, leia com atenção uma série de dicas para você manter o controle na hora de consumir. n
Pa
ra coleciona
r
atitude
Maio/Junho2008
As regras básicas para ter uma vida financeira saudável
Tente não gastar
além do que ganha
Parece algo óbvio, mas é
uma regra que a maioria
das pessoas que acumulam
problemas com dívidas não
segue. E não basta apenas
enquadrar o orçamento
doméstico na renda familiar.
É preciso também deixar
uma folga para eventuais
imprevistos. Quem consegue
preservar ao menos uma
pequena parte do salário
todos os meses sofre menos
nessas horas de aperto
inesperado. Quem está
sempre no limite (ou acima
dele), certamente vai ter
de recorrer a empréstimos
para conseguir livrar a barra
nesses momentos. E aí é que
a situação, que já era feia, fica
pior ainda.
Destaque
12Fique atento aos
seus movimentos
Outra dica bastante básica,
mas que a maioria das
pessoas deixa para lá: saber
exatamente para onde seu
dinheiro está indo. Ter noção
exata de cada gasto, mesmo
os aparentemente mais
insignificantes, ajuda muito
a manter o controle. Faça
um teste: use uma planilha,
como a da próxima página,
para anotar todos os seus
gastos no decorrer do mês.
Certamente você vai se
surpreender com o quanto
gasta com determinados
hábitos que considerava
inofensivos à sua saúde
financeira. Com esse
levantamento em mãos, fica
mais fácil seguir a próxima
dica – planejar.
Planeje seu futuro
Você sabe o que pretende
consumir no futuro? Um carro?
Uma casa? Ou prefere guardar
dinheiro para pagar a educação
dos filhos? Ou então abrir um
negócio próprio quando chegar
a aposentadoria? Se você ainda
não tem respostas para essas
perguntas, é bom começar
a pensar nelas. Saber quanto
custam seus sonhos torna mais
fácil a tarefa de alcançá-los. E
não se assuste com os valores.
Com paciência e disciplina, é
possível chegar lá. Se tiver
dificuldades para planejar, peça
ajuda. Fale com o gerente
do seu banco ou com um
amigo que já tenha alcançado
um objetivo semelhante. Ele
poderá lhe mostrar alguns
atalhos nessa estrada.
atitude
Maio/Junho2008
As regras básicas para ter uma vida financeira saudável
Destaque
13
Poupe o máximo
que conseguir
Quando sobra algum dinheiro,
a tentação de consumir
só aumenta. Antes de sair
fazendo compras, porém,
faça um exame detalhado
de suas necessidades. O
objeto desejado é mesmo
tão necessário? Em que sua
vida vai melhorar com a
posse dele? Será que não é
melhor deixar esse dinheiro
no banco para enfrentar
alguma situação inesperada?
Converse com seus familiares,
eles certamente vão te ajudar
a tomar a melhor decisão.
Quando possível, faça reservas.
Mesmo que seja uma pequena
quantia, ela pode fazer
diferença em outro momento
da sua vida – ou para ajudar a
realizar algum sonho ou para
ajudar a tapar algum buraco.
Mantenha-se sempre
bem informado
Você comprou uma geladeira nova
no crediário. À vista, ela sairia por
R$ 600, mas você vai pagar em 12
prestações de R$ 60. Você sabe
quanto, afinal, vai pagar por esse
aparelho? A conta é simples, mas
muita gente presta atenção só no
valor da mensalidade e deixa de
fazê-la. No nosso exemplo, o total
seria de R$ 720. Será que não
vale a pena esperar um pouco,
juntar o dinheiro e só então
realizar a compra, economizando
os R$ 120 da diferença? Claro
que sim. O mesmo vale para
o cartão de crédito, o cheque
especial ou qualquer outro tipo de
financiamento. Antes de assumir
qualquer dívida, faça essa conta.
E, além disso, procure saber as
condições exatas do contrato.
Muitas vezes, determinadas taxas
e multas são embutidas na parcela
sem que o consumidor se dê
conta. Não tenha vergonha de
perguntar cada detalhe. Você nunca
vai se arrepender de estar bem
informado. E não custa nada.
Está endividado?
Renegocie
Se você está numa situação
financeira complicada, não
deve se envergonhar disso. É
um problema que a maioria
das pessoas já enfrentou ou
está enfrentando. Em vez de
se esconder dos credores e
tentar soluções mágicas, o
melhor a fazer é enfrentar o
problema de peito aberto e
cabeça erguida. Tome a iniciativa
de procurar os credores e
tente renegociar o débito. Por
exemplo, combine um novo
prazo que lhe dê tempo para
reunir o capital necessário
para começar a quitar a dívida.
Se tiver vários credores, o
melhor a fazer é pegar um
novo empréstimo e quitar as
dívidas. Assim fica mais fácil de
administrar a situação. Mesmo
que seu nome já esteja na
lista do SPC, sempre há uma
solução possível. Nunca deixe
de tentar.
natitude
Maio/Junho2008 14
Faça seu controle
Destaque
Ganhos Valor (R$)
Salário R$
Benefícios (vale-refeição, vale-alimentação) R$ Outros ganhos (pensão e outros rendimentos) R$
Total de Ganhos R$ A B 1 5 6 7 8 4 3 2 Alimentação Valor (R$) Supermercado R$ Feiras R$ R$ Total R$ Transportes Valor (R$) Combustível R$ Estacionamento R$ Manutenção do Carro R$ IPVA / Licenciamento R$ Transporte Coletivo R$ R$ Total R$ Pagamentos Valor (R$) Prestações R$ Parcelas Empréstimos R$ Parcelas Financiamentos R$ R$ Total R$
Roupas e Acessórios Valor (R$)
Roupas R$ Calçados R$ Outros R$ R$ Total R$ Lazer Valor (R$) Clube / Academia R$ Cinema / Teatro R$ Restaurantes R$ Lanchonetes R$ Outros R$ R$ Total R$ Educação Valor (R$) Escola R$ Outros R$ R$ Total R$ Saúde Valor (R$) Convênio Médico R$ Dentista R$ Farmácia R$ Consultas R$ R$ Total R$
Despesas Gerais Valor (R$)
Aluguel R$ Condomínio R$ IPTU R$ Água R$ Telefone Fixo R$ Celular R$ Faxineira R$ Gás R$ Outras Despesas R$ Luz R$ R$ Total R$
T
ire cópias desta página ou, se você for um funcionário Philips, acesse a tabela na intranet e faça o acompanhamento dos seus gastos durante, pelo menos, três meses. Ao final desse período, você terá uma boa base para planejar sua vida. A planilha foi extraída do Guia de Orientação Financeira do Banco Real ABN Amro, produzido com apoio do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.Ganhos - Gastos = R$____________
(quanto sobra ou falta) Total de Gastos: R$_______________
(Alimentação + Despesas Gerais + Saúde + Educação + Transportes + Pagamentos + Roupas + Acessórios + Lazer)
atitude
Maio/Junho2008 15
Saiba quem são e como trabalham os Compliance Officers da Philips
Ética nos negócios
Ética
C
omo nossos princípios fundamentais de integridade e ética empresarial, os Princípios Gerais de Negócios (PGN) visam assegurar nossa conformidade com todas as legislações e regulamentações, assim como com as normas e valores da própria Philips. Os PGN são o parâmetro que devemos ter diariamente para todas as nossas decisões e ações.Todos na Philips somos pessoalmente responsáveis e comprometidos com a conformidade aos Princípios Gerais de Negócios. Essa conformidade é monitorada por meio de uma rede mundial de Compliance Officers. Existe um Compliance Officer para a organização de cada país e para os principais sites. O Compliance Officer é seu primeiro ponto de contato para aconselhamento a respeito de questões relacionadas aos PGN.
Além disso, ele também é responsável por:
l Apresentar relatórios regulares para o Comitê Corporativo de
Revisão dos PGN (o Review Committee). Por sua vez, este Comitê aconselha o Board of Management a respeito da implementação dos Princípios Gerais de Negócios e questões éticas em geral.
l Aconselhar a direção e staff sobre questões éticas. l Registrar violações aos PGN, coordenar e acompanhar as
respectivas investigações.
l Divulgar treinamentos e programas de conscientização ética. l Monitorar e dar suporte às unidades de negócios por
ocasião do preenchimento anual do questionário dos PGN, que integra o SBC (Statement on Business Control).
Mas não se trata somente de sua conformidade pessoal: você também tem um papel essencial para colocar em prática o auxílio às pessoas com as quais você trabalha a cumprir os padrões da Philips. Ao mesmo tempo em que visamos manter sempre um ambiente no qual os assuntos possam ser discutidos abertamente, podem existir situações em que seja impossível agir desta forma. Para essas situações, você pode registrar suas reclamações pela One Philips Ethics Line.
Lembre-se: anônimo ou não, seu relato será sempre tratado confidencialmente. Igualmente, o reclamante deve tratar a reclamação de forma confidencial. n
Contatos na América Latina
País Compliance Officer Telefone
América Latina Javier Lozada 54-11-4546-7528
Argentina, Paraguai e Uruguai Alejandra Osti 54-11-4546-7531
Argentina(Terra do Fogo) Jorge Parera 54-2964-42-4598
Brasil (GO&S) Javier Lozada (interino) 54-11-4546-7528
Chile Oscar Alvarado López 56-2-730-2257
Colômbia Alejandro Serpa 57-1-422-2618
El Salvador Danilo Lopez 503-2333-6610
México Mari Carmen Palma 52-55-5269-9310
Peru Miguel A. M. Huapaya 51-1-610-6208
Venezuela e Panamá Carmen Davis 57-1-422-4821
Setor
Consumer Lifestyle (regional) a definir
Healthcare (regional) Ricardo Turra 55-11-2125-0765
Lighting (regional) Reginaldo Schwery 55-11-2125-0683
PBC (regional) José Carlos Grecco 55-11-2124-2136
Site
Capuava (Lighting) Dora Jaimes 55-11-2166-5544
Manaus (CL) Célio Jardim 55-92-3652-2879
Recife (Lighting) Gervásio Yokoyama 55-81-2122-7106
Varginha (CL/Lighting) Mário Ararike 55-35-3219-7160
atitude
Maio/Junho2008
Veja como está o seu conhecimento sobre o sistema político-eleitoral
A
Apoena, consultoria na área de sustentabi-lidade, de São Paulo, é uma parceira da Philips Brasil em projetos como o Voto Consciente, desenvolvido para as eleições presidenciais de 2006. Comandada por Andrea Goldschmidt, a consultoria ampliou seus serviços para outras grandes empresas brasileiras. “O objetivo é aumentar a conscientizaçãodos funcionários sobre a importância do voto como fator de desenvolvimento da cidadania”, diz Andrea.
Além de cartazes, mensagens eletrônicas e cartilhas, as pales-tras in company fazem parte do menu utilizado pela Apoena em seu trabalho com os clientes. Um dos pontos altos das palestras é a distribuição de um interessante Q&A, no qual são testados os conhecimentos dos presentes sobre o sistema político brasileiro.
Os resultados são variados, às vezes hilários, como o de um participante que errou quase todas as questões. “Ele me disse que deveria ser proibido de votar, tamanho o seu desconheci-mento”, diz Andrea, que cedeu o questionário para ser subme-tido aos leitores da Atitude. Faça o teste e veja a quantas anda o seu nível de informação sobre o processo político-eleitoral brasileiro. As respostas estão no pé da página (saiba mais sobre o tema no site www.apoenasocial.com.br).
1. Qual o sistema de governo do Brasil?
a) Democracia b) Presidencialismo c) Parlamentarismo
2. Quais dessas pessoas não estão dispensadas de votar nas eleições?
a) Os jovens entre 16 e 18 anos b) Os deficientes físicos
c) Os analfabetos
3. Quantas vezes é permitido justificar o voto?
a) Quantas vezes forem necessárias
b) Quantas vezes forem necessárias, contanto que não seja pelo mesmo motivo
c) Apenas duas vezes
Voto Consciente
16Você está preparado?
4. O que significa votar na legenda?
a) Votar em um partido político, mas sem identificar um candi-dato específico
b) Votar em candidatos do mesmo partido para todos os cargos
c) Votar em candidatos de partidos diferentes para cada um dos cargos
5. Em quantos poderes está organizado o estado brasileiro?
a) Dois Poderes: Executivo e Legislativo
b) Três Poderes: Executivo, Parlamentar e Judiciário c) Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário
6. Qual desses cargos não pertence à estrutura do Poder Executivo?
a) Prefeito b) Vereador c) Governador
7. Atualmente, qual o tempo do mandato dos presidentes e governadores?
a) 8 anos b) 5 anos c) 4 anos
8. O que é Congresso Nacional?
a) O mesmo que Senado Federal
b) O mesmo que Câmara dos Deputados
c) O Senado Federal e a Câmara dos Deputados juntos.
9. Qual a diferença entre senador e deputado federal?
a) O senador representa o estado e o deputado federal representa o povo
b) O senador fiscaliza as atividades do deputado federal c) Nenhuma diferença
10. Qual o papel de uma CPI?
a) Julgar os políticos que tenham agido de forma irregular b) Punir desvios de conduta dos políticos
c) Investigar casos em que possa existir alguma irregulari-dade envolvendo políticos n
1) b; 2) b; 3) a; 4) a; 5) c; 6) b. 7) c; 8) c; 9) a; 10) c
atitude
Maio/Junho2008
Panorama
17
Edição latino-americana do The Simplicity Event inclui,
pela primeira vez no mundo, área dedicada à sustentabilidade
Simplicidade jovem
O
The Simplicity Event realizado em São Paulo, em abril, foi especial não apenas pelo cenário escolhido para sua realização – a belíssima Ponte Octavio Frias de Oliveira, novo marco arquitetônico da cidade. O que deu um diferencial à edição latino-americana do evento – que já havia passado por Londres, Amsterdã, Paris, Nova York e Hong Kong – foi a inclusão de um espaço dedicado à sustentabilidade, com a montagem da Oficina Philips Jovens Designers. “Foi a primeira vez que o evento abriu espaço para esse tipo oficina”, diz Renata Macedo, coordenadora de Sustentabilidade da Philips do Brasil.Um local na High Street – área em que foram exibidos os produtos da Philips que já estão ou chegarão em breve ao mercado – funcionou, durante os cinco dias do The Simplicity Event, como uma oficina de design sustentável. Cerca de 500 jovens de escolas públicas, privadas e ligados a ONGs participaram das atividades. Criada pela designer Ângela Carvalho, a oficina incluía uma palestra prévia sobre o tema nas escolas e ONGs, uma visita às instalações do evento e a prática da construção de luminárias com materiais reciclados e com a lâmpada econômica Ambience, da Philips.
“Esperamos que a experiência tenha fornecido aos jovens um novo olhar sobre o mundo que os rodeia e a motivação para se tornarem agentes transformadores da realidade cotidiana”, afirma Renata. Ao final da visita, os jovens puderam levar suas criações para casa.
A escolha do design como tema da área de sustentabilidade não foi por acaso. Além do The Simplicity Event exibir os mais avançados conceitos de produtos já desenvolvidos pela Philips, o design lida diretamente com a criatividade dos jovens. Assim, todos tiveram a possibilidade de refletir, de maneira lúdica e educativa, sobre o impacto que o consumo tem sobre o mundo e a necessidade de mudança de hábitos.
A recepção dos jovens foi feita pelos palhaços da ONG Doutores da Alegria, que também aproveitaram o momento para passar mensagens sobre o meio ambiente e eficiência energética. Após o evento, os jovens receberam um folheto com informações sobre a oficina, um
certificado de participação e uma foto personalizada com a luminária criada por cada um. n
Design sustentável: estudantes puseram a mão na massa
atitude
Maio/Junho2008 18
N
a esteira da experiência bem-sucedida do Projeto de Sustentabilidade desenvolvido na Ilha de Páscoa, em 2006, a Philips Chile investe mais uma vez na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Desta vez, o lugar escolhido para a ação da companhia foi San Pedro de Atacama, um oásis em pleno deserto de Atacama, o mais árido do mundo, no extremo norte do país.Localizada a 1.670 quilômetros da capital Santiago, a cidade abriga uma população de 2,5 mil habitantes e é considerada a capital arqueológica chilena — os primeiros povos da região se estabeleceram ali há
cerca de 11 mil anos.
A exemplo do que ocorreu em outro importante centro histórico e turístico do país, a Ilha de Páscoa, esse projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Fundação Casa de La Paz, com a participa-ção da prefeitura de San Pedro de Atacama.
O trabalho, criado e liderado pela Philips chilena, terá como eixo a educação em eficiência energética, contem-plando a iluminação de dois importantes marcos arquitetô-nicos regionais: a Igreja de San Pedro de Atacama e a Torre de Toconao. O projeto envolverá três ações principais, em San Pedro e seu entorno:
• Educação ambiental – O objetivo é sensibilizar os
Panorama
moradores sobre a importância da economia e do uso eficiente da energia para a melhoria da qualidade de vida. Será realizado um concurso entre os alunos do ginásio de San Pedro para a escolha do desenho que melhor sintetize o conceito de “eficiência energética”. O projeto utilizará o desenho vencedor como a imagem oficial da campanha na comunidade.
• Troca de lâmpadas – O plano de economia energética inclui não apenas a introdução de lâmpadas que consumam menos. Será dada ênfase à
conscienti-zação e à sensibiliconscienti-zação das pessoas para que ocorra uma mudança de hábitos na comunidade. Participarão dessa tarefa voluntários da Philips, da Casa de La Paz e da prefeitura de San Pedro.
• Iluminação de marcos – A Igreja de San Pedro foi construída no início do século XVII pelos colonizadores espanhóis. Embora tenha sofrido diversas reformas, ainda conserva a originalidade em seus muros, que datam de 1744. A Torre de Toco-nao, erguida em 1750, é o principal símbolo turístico do povoado de mesmo nome, situado a 38 quilômetros de San Pedro. Os dois monumentos serão iluminados com tecnologia Philips de economia de energia, para aumentar sua beleza nas noites geladas do deserto. n
Igreja de San Pedro: prestes a receber iluminação especial
Philips chilena leva eficiência energética a San Pedro de Atacama
Philips chilena leva eficiência energética a San Pedro de Atacama
Projeto inclui
troca de lâmpadas
e educação
ambiental
História iluminada
História iluminada
atitude
Maio/Junho2008
Bom Exemplo
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Boa medicina para todos
A
medicina de Primeiro Mundo está chegando à região do M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, uma das mais carentes da maior cidade brasileira. Construído pela prefeitura paulistana, com investimento total de R$ 100 milhões, acaba de ser inaugurado o Hospital Dr. Moysés Deutsch, que será administrado pelo Hospital Albert Einstein, um dos melhores hospitais privados brasileiros.Apoiado pela Organização de Saúde Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, o Einstein colocará à disposição de uma população de mais de meio milhão de pessoas os padrões de excelência no atendimento hospitalar que o transformaram numa referência médica da América Latina. “Nosso objetivo é ajudar o sistema público na incorpo-ração de políticas de qualidade na saúde já desenvolvidas com sucesso no Einstein”, afirma Cláudio Lottenberg, pre-sidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, mantenedora do hospital.
Com uma área total de 27 mil metros quadrados, distribuídos em três andares, o Hospital do M’Boi Mirim dispõe de 240 leitos e tem capacidade para 25 mil aten-dimentos mensais. Quando estiver a pleno vapor, a partir de julho, o hospital empregará 1,4 mil funcionários (30% deles moradores da região), entre médicos, enfermeiras, profissionais de saúde e de apoio, que receberam
treina-mento intensivo do Einstein.
O hospital, que é dotado de vários equipamentos de última geração produzidos pela Philips, como máquinas de raios-X, tomógrafos e 26 desfibriladores, conta com o primeiro heliponto da rede pública de saúde. A unidade terá três UTIs e oferecerá seis especialidades de atendimento: clínica médica, cirurgia geral, urgência e emergência, ortope-dia, pediatria, ginecologia e obstetrícia. Seu custo de fun-cionamento chegará à casa dos R$ 60 milhões anuais, com recursos fornecidos pela prefeitura de São Paulo.
As diversas áreas do Einstein atuarão como consultorias da equipe contratada para comandar o Hospital municipal, apoiando-a na tomada de decisões e no suporte necessário para o seu bom desempenho. Todo o trabalho será super-visionado por um Comitê Técnico Gestor composto de cinco integrantes – dois representantes do Einstein, dois do Cejam e um da comunidade local.
Trata-se da segunda unidade hospitalar do município a ser administrada de acordo com esse modelo. A pri-meira, em Cidade Tiradentes, na zona leste da cidade, é gerida pelo Hospital Santa Marcelina. “A participação do Einstein comprova a qualidade dos parceiros da prefei-tura no atendimento à população”, afirmou o secretário de Saúde, Januário Montone. n
Hospital Albert Einstein leva seu padrão de qualidade para a rede pública
Hospital em M’Boi Mirim: atendimento de até 25 mil pacientes por mês na periferia de São Paulo
atitude
Maio/Junho2008 20
Figueira em Purmamarca: sombra para o general Belgrano
A
Philips Argentina anunciou o projeto vencedor do concurso Philips Vida 2007, realizado em parceria com a Ashoka Empreendedores Sociais, uma orga-nização internacional sem fins lucrativos. O tema dessa edição foi a busca de propostas alternativas e ações para o uso racional de energia elétrica, por meio da substitui-ção dos sistemas tradicionais de iluminasubstitui-ção por outros de baixo consumo.Foi a quarta vez que a premiação foi realizada. “A utilização de sistemas de baixo consumo da Philips con-tribui para diminuir os efeitos ambientais e econômicos negativos, a partir da economia energética”, afirma Maria Alejandra Grignani, gerente de Comunicação Corporativa e de Sustentabilidade da filial argentina. Segundo ela, foram avaliados 17 projetos provenientes de todo o país.
O vencedor da edição 2007 do Philips Vida foi o projeto “Luz nova para minha cidade”, desenvolvido pela comunida-de comunida-de Purmamarca, povoado comunida-de mil habitantes da província de Jujuy, no noroeste da Argentina. A proposta, apresentada pela Associação Purmamarca e pela Biblioteca Popular Vitil-polco, contou com o apoio da municipalidade e da Secretaria de Cultura e Turismo de Purmamarca, bem como das asso-ciações de hotéis e de moradores locais.
O projeto vencedor prevê a utilização da tecnologia de iluminação Philips na biblioteca local e em edifícios e pon-tos históricos, como o Cabildo (Câmara de Vereadores), a Igreja de Santa Rosa de Lima e o Algarrobo, uma espécie de figueira centenária que teria servido de abrigo para as tropas do general Manuel Belgrano, herói da Guerra da Independência da Argentina.
Vida nova em Purmamarca
Concurso promovido pela Philips Argentina vai iluminar cidade histórica
Em Ação
A iluminação eficiente em monumentos e ícones históri-cos das cidades e povoados argentinos seguirá sendo o mote principal na edição de 2008 do Philips Vida que, a exemplo da anterior, premiará com US$ 15 mil o projeto vencedor. Cada projeto deverá ser apresentado por pelo menos duas associações da comunidade local. n
A
Philips Chile promove o programa Vida Saudável, uma série de ações que buscam incentivar seus funcionários a adotar um estilo de vida voltado ao bem-estar. O programa, que atingirá todos funcionários da subsidiária chilena, contará com sessões de massagens, a criação do “lounge da alimentação”, no qual especialistas farão uma análise da composição corporal (relação entre as massas muscular e de gordura) dos funcionários e lhes indicarão a melhor dieta nutricional, além da realização de campeonatos e torneios, visando estimular a prática de esportes entre eles. nEstilo saudável no Chile
atitude Maio/Junho2008
Em Ação
21O bom efeito
colateral do
Doe Vida
Voluntários do
projeto na unidade
de Varginha passam
a se preocupar com
a própria formação
O
Projeto Doe Vida tem provocado um efeito colateral muito positivo entre os voluntários da fábrica de Varginha. Muitos dos cerca de 80 participantes anuais da iniciativa, que promove a sen-sibilização para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, aids e gravidez não planejada na adoles-cência, resolveram voltar a estudar. “Os voluntários precisam ler bastante sobre o tema e se preparar para se apresentar em público antes de falar com os jovens”, diz a psicóloga e agente de campo local Luciene Barra Mina, do Instituto Kaplan (consultoria parceira responsável pela gestão do Doe Vida). “Eles começam a se exercitar intelectualmente e acabam retomando o interesse na própria formação. Ou, no mínimo, dizem que a prepara-ção para o projeto os ajudou a apresentar um trabalho na escola, o que também é muito bom.” Mesmo quem não tomou a iniciativa de retomar os estudos, segundo Luciene, adquiriu o hábito de leitura.Um dos voluntários que resolveu aprimorar a
forma-ção após ter tido contato com o Doe Vida foi o auxiliar de produção e reparador Adílson Andrade dos Santos. Desde que passou a participar do programa, em janei-ro de 2007, Adílson pjanei-rocujanei-rou melhorar sua oratória e passou a ler bastante sobre o assunto. Nas últimas três visitas que fez a escolas, foi o palestrante principal das sessões (até então, ele atuava como assistente), o que o encheu de orgulho. “Foi algo para o qual eu me preparei desde que me tornei um voluntário do Doe Vida”, diz Adílson, que tem o Ensino Médio completo. “Participar do projeto faz bem para os jovens e para nós mesmos.” Outro efeito positivo de participar, segundo ele, é a cria-ção de laços de amizade entre os participantes.
O Doe Vida foi criado em 2001 pela Philips do Brasil. Desde então, atua em Varginha, São Paulo, Capuava, Recife e Manaus. Os voluntários na cidade mineira já falaram sobre o tema a 14 mil jovens, de 13 a 18 anos, alunos da rede pública da região. Se considerarmos todas as unidades, o número de jovens atendidos pelo Doe Vida chega a 120 mil (até o ano passado). n
Adilson (à esq.): preocupação maior com
leitura e oratória
atitude Maio/Junho2008 22
E
lthon Amaral de Lima, 25 anos, almoxarife da fábrica de Manaus, trabalha na Philips há três anos e meio. Atua como volun-tário desde 2005. Por que você deci-diu ser voluntário do projeto Apren-dendo com a Natu-reza (ACN)?Entrei no projeto por indicação de colegas. Trabalhar com a cons-cientização ambiental foi algo que me despertou o interesse e o entu-siasmo desde o começo. Entendi também que a experiência de interagir com crianças me
ajuda-Gladys Mabel Gatti Philips Vida - Argentina
O
projeto Philips Vida nos aproximou da problemática de muitas localidades argentinas às voltas com a es-cassez energética, nos pontos mais remotos do país. Essas comunidades estão preocupadas em encontrar formas de reduzir o consumo de energia, sem que isso signifique deixar de embelezar suas ruas, escolas, bibliotecas e marcos históricos. A possibilidade de contribuir para atender a esses desejos aconteceu com o projeto Purmamarca, vencedor do concurso Philips Vida 2007 (veja a matéria napágina 20). Purmamarca foi escolhida em razão do envol-vimento da comunidade, pelos relatos de
tantas pessoas sobre as condições em que vive a população local, por seu ardente desejo de su-perar os problemas. O Philips Vida contribui para melhorar a qualidade de vida das pes-soas. Fez isso conosco, fez também com Purmamarca. Por isso, estou orgulhosa em participar. n
ria no relacionamento com a minha filha Ca-mila, que tinha apenas 2 anos na época. O que mais o sa-tisfaz como volun-tário?
É a forma como nós, voluntários do Apren-dendo com a Natureza, somos recebidos pelos estudantes cada vez que entramos na sala de aula. O entusiasmo deles em aprender e ouvir o que temos para dizer é contagiante. É algo que nos dá a maior satisfação. E também é um motivo
de orgulho podermos apresentar a Philips para eles, mostrar o que a companhia faz na área do meio ambiente, divulgar as propostas da compa-nhia em relação ao tema eficiência energética. Meu grande sonho é, daqui a alguns anos, ver a minha filha entre os ouvintes. O que você diria aos colegas que gosta-Wellington A. Dutra
Doe Vida – Recife
S
ou um dos pioneiros do Doe Vida, projeto de que participo há quase seis anos. É uma satisfação falar nas salas de aula com tantos adolescentes. O que mais gratifica é a atenção com que eles acompanham temas como os das doenças sexualmente transmissíveis, aids eFuncionário Cidadão
gravidez. E como interagem, debatendo, conversando e aproveitando o momento para sanar suas dúvidas. n
riam de ser volun-tários?
Diria que não vão se arrepender. Que parti-cipar do projeto ajuda a renovar as pessoas: depois de uma jornada estressante, o contato com as crianças tem o poder de renovar suas energias. Você sai da esco-la parecendo que apagou seus problemas, que o dia começou de novo. n
atitude
Maio/Junho2008 23
Pequenas Atitudes
atitude
Maio/Junho2008
Pequenas Atitudes
24Envie para:
Philips – Departamento de Sustentabilidade A/C Renata Macedo
Rua Verbo Divino, 1400 – 1º andar Chácara Santo Antônio
04719-002 São Paulo (SP)
Nome: ...Idade:... Endereço: ... Cidade/Estado: ...CEP:... Nome do pai/mãe: ...Unidade ou empresa:...