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Assunto: Recurso Administrativo contra o julgamento da Proposta Técnica.

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Academic year: 2021

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ILMA.SRA.

ANAY RIBEIRO DE MELLO.

DD. PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO DO SESI/SENAI-PR

EDITAL DE LICITAÇÃO N.º 058/2015.

PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 4503/2014. MODALIDADE: Técnica e Preço.

Assunto: Recurso Administrativo contra o julgamento da Proposta Técnica.

OBJETO DA LICITAÇÃO: Contratação de Agência de Comunicação.

A licitante, PARTNERSNET COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL LTDA, já qualificada na licitação em referência, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos dispositivos constitucionais expressos no art. 5º, inciso XXXIV, letra “a” e inciso LV, ambos da Constituição Federal e no art. 109, da Lei Federal nº8.666/93, para interpor o presente RECURSO ADMINISTRATIVO, contra a decisão alhures mencionada, proferida por essa Douta Comissão Permanente de Licitação, conforme Ata de Reunião realizada em 07 de agosto de 2015, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

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Primeiramente, requer o recorrente que as razões e requerimentos do presente recurso administrativo sejam apreciados por essa douta comissão de licitação, para que essa comissão possa reconsiderar sua decisão, ou mantendo-a, fazer com que o recurso seja encaminhado à Autoridade Superior, devidamente informado, tudo nos termos do que dispõe o art.109, parágrafo 4º da Lei Federal nº8.666/93.

Cabe destacar, que de acordo com o princípio da revisibilidade, tem o administrado o direito de recorrer de decisão que lhe seja desfavorável. Tal direito só não existirá se o procedimento for iniciado por autoridade do mais alto escalão administrativo ou se for proposto perante ela. Neste caso, como é óbvio, ao interessado só restará as vias judiciais.

No dizer do insigne Hely Lopes de Meirelles, in , Direito Administrativo Brasileiro, 16ª ed., pág. 574:

“Recurso hierárquico próprio é o que a parte dirige à autoridade ou instância superior do mesmo órgão administrativo, pleiteando revisão do ato recorrido. Este recurso é consectário da hierarquia e da gradação de jurisdição que se estabelece normalmente entre autoridades e entre uma instância administrativa e a sua imediata, por isso mesmo, pode ser interposto ainda que nenhuma norma o institua expressamente, porque , como já disse, o nosso ordenamento jurídico-constitucional não admite decisões únicas e irrecorríveis. Além disso, o recurso hierárquico compatibiliza-se com o princípio do controle hierárquico, hoje consagrado como um dos cânones da Reforma Administrativa Federal.

Neste recurso a Administração tem ampla liberdade decisória, podendo reformar o ato recorrido além do pedido ou mesmo agravar a situação do recorrente (reformatio in pejus). Esse poder deflui dos próprios caracteres da hierarquia e de sua finalidade corretiva dos atos inferiores, ilegítimos ou inconvenientes, que cheguem por qualquer via ao conhecimento da autoridade superior, antes de se tornarem definitivos e imodificáveis segundo as regras pertinentes do direito público”.

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No presente recurso insurge-se a recorrente contra a sua pontuação, bem assim das empresas PW Cupola Comunicação Ltda e Ideorama Comunicação Ltda, pelas razões abaixo expostas.

ANÁLISE DO JULGAMENTO DA FASE PROPOSTA TÉCNICA E

CONSIDERAÇÕES.

ANÁLISE DO JULGAMENTO DA EMPRESA PARTNERSNET COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL LTDA (RECORRENTE).

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL.

EQUIPE: JORNALISTAS (10 PONTOS PARA CADA CURRÍCULO APRESENTADO):

Experiência Mínima de 1 ano em redação de jornal, TV ou Rádio - Como se pode ver pela documentação carreada ao processo, todos os quatro jornalistas apresentados pela ora Recorrente possuem mais de 1 ano de experiência de redação em jornal, TV ou rádio e mais de um 1 ano em assessoria de imprensa (currículos apresentados e anexos aos autos do processo). No entanto, mesmo atendendo plenamente os requisitos editalícios, essa Comissão não pontuou a Recorrente com a nota Máxima, o que seria de direito, ou seja 40 pontos. Assim, a nota de 30 pontos deve ser alterada, para atender ao edital, sendo concedido ao Recorrente os 40 pontos, tudo em estrita consonância aos Princípios da Legalidade e Vinculação ao Edital.

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PUBLICAÇÃO EDITORIAL

Projeto gráfico e texto, itens b.1 e b.2:

Também neste item a Recorrente entende que deveria ter obtido a pontuação máxima, eis que atendeu ao disposto no edital, senão vejamos:

Deve ser esclarecido que a publicação apresentada, a saber, o “Jornal da AECO” é um boletim informativo impresso distribuído para os empregados da COPASA, suas subsidiárias e patrocinadas., sendo que 80% dos seus leitores possuem somente o ensino médio completo e tem entre 26 e 50 anos de idade. Como resultado da nossa avaliação frente a esse perfil, identificamos a necessidade de produzir uma publicação enxuta, mais colorida, que valorize imagens e fotos e tenha um texto simples e objetivo, exatamente como foi executado.

A Recorrente entende que uma boa publicação é aquele que atende às necessidades e o briefing do cliente. O resultado bem sucedido do trabalho realizado pela Recorrente pode ser medido pela uma pesquisa interna realizada pelo departamento de comunicação da AECO, apontou que 95% do público alvo lê o jornal assiduamente, 60% lê para ficar informado sobre as novidades institucionais da Associação e outros 25%, para saber sobre os benefícios e convênios firmados. Isso significa que 85% dos leitores percebe o objetivo e foco da publicação, trabalhada conforme o briefing do cliente.

Diante desse cenário vê-se que a Recorrente atendeu plenamente todos os itens do edital, tanto na criação do projeto gráfico, quanto na produção dos textos, razão pela qual requer a revisão de sua nota para que lhe seja concedido a nota máxima.

Deve ser observado, ainda, que no tocante ao “CASE ASSESSORIA DE IMPRENSA”, a ver da Recorrente a análise das demais licitantes deve ser revista, conforme argumentos abaixo:

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ANÁLISE DO JULGAMENTO DA EMPRESA PW CUPOLA COMUNICAÇÃO LTDA.

A empresa PW Cupola Comunicação Ltda não apresenta dados e números que dão suporte ao case, como mensuração da clippagem, número de veículos trabalhados, número de matérias publicadas, e outros dados capazes de traduzir a eficiência da estratégia apresentada, razão pela qual sua nota neste item deve ser revista para menor.

ANÁLISE DO JULGAMENTO DA EMPRESA IDEOGRAMA COMUNICAÇÃO LTDA.

A empresa Ideograma Comunicação Ltda. não apresentou um case de sucesso na assessoria de imprensa, mas sim um relatório do atendimento de comunicação que presta ao cliente desde 2012. Um case consiste no relato dos desafios, estratégias e resultados de situações específicas que possam ser mensuradas e, principalmente, tenham inicio, meio e fim, o que não é o caso de um atendimento constante ao cliente, como foi apresentado, razão pela qual sua nota deve ser revista para menor.

Há de se ressaltar, de início, que, conforme entendimento jurisprudencial e doutrinário, a não impugnação do edital não elimina a nulidade do edital caso o mesmo esteja em desacordo com as normas vigentes que regulamentam a matéria. Nesse sentido é o ensinamento do renomado jurista MARÇAL JUSTEN FILHO, ao asseverar que: “... a ausência de questionamento ou impugnação não elimina a nulidade. A Administração tem o dever de pronunciá-la, até mesmo de ofício”.

Douta Comissão, o art. 41, caput, da Lei nº 8.666/93 dispõe que: “A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital ao qual se acha estritamente vinculada”. O edital, neste caso, torna-se lei entre as partes, assemelhando-se a um contrato de adesão cujas cláusulas são elaboradas

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unilateralmente pelo Estado. Este mesmo princípio dá origem a outro que lhe é afeto, qual seja, o da inalterabilidade do instrumento convocatório.

Em sendo lei, o Edital com os seus termos atrelam tanto à Administração, que estará estritamente subordinada a seus próprios atos, quanto às concorrentes – sabedoras do inteiro teor do certame.

A Administração e as licitantes ficam restritas ao que lhes é solicitado ou permitido no Edital, quanto ao procedimento, à documentação, às propostas, ao julgamento e ao contrato. Todos os atos decorrentes do procedimento licitatório, por óbvio, vincular-se-ão ao contrato, assim, não é possível, como ocorreu no caso em tela, retirara pontos da Recorrente onde a mesma atendeu ao edital na sua plenitude como nos itens EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL - EQUIPE: JORNALISTAS (10 PONTOS PARA CADA CURRÍCULO APRESENTADO) e PUBLICAÇÃO EDITORIAL Projeto gráfico e texto, itens b.1 e b.2., sob pena de ferir de legalidade o presente certame.

Na percepção de Diógenes Gasparini, "submete tanto a Administração Pública licitante como os interessados na licitação, os proponentes, à rigorosa observância dos termos e condições do edital".

Ora, manter a decisão em apreço, acarretará à esta recorrente e à própria Administração sérios prejuízos, contribuindo inclusive para que ocorra comprometimento do Princípio da Legalidade.

É evidente que o rigor na aplicação, à Recorrente, das notas no item alhures mencionados, da pontuação da qualificação técnica está infringindo as normas legais que regem a matéria, até porque está a atribuir pontos de forma diversa à prevista no edital.

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Existe, entretanto, a certeza de que a Comissão Permanente de Licitação saberá discernir e adotar a decisão mais adequada para que a legislação seja respeitada, prevalecendo, sem dúvida o que a legislação preconiza.

Caso contrário estará violado o princípio básico da legalidade, além do ferido, também, o da competitividade. Procedente, portanto, é a citação do inciso I do §1º do art. 3º, que procura ensinar o que não se deve fazer em LICITAÇÃO.

Sem dúvida, se está diante de um quadro que se enquadra na vedação imposta pela lei.

Ademais, a não fundamentação e justificativa para as notas atribuídas à Recorrente, fere, além do Princípio da Legalidade, o Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório, bem assim ao Princípio da Fundamentação do Ato Administrativo.

Nunca é demais lembrar que a pontuação do item técnica, em licitações do tipo técnica e preço, deve ser obtida a partir de critérios consistentemente estruturados e de julgamento fundamentado, capazes de minimizar o grau de subjetividade inerente a esse tipo de licitação, o que, infelizmente não ocorreu na espécie diante da ausência de fundamentação às notas atribuídas à Recorrente e aos licitantes acima enumerados.

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Ante o exposto, requer que seja JULGADO PROCEDENTE O PRESENTE RECURSO, com a conseqüente alteração da nota da Recorrente PARTNERSNET COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL LTDA, para a PONTUAÇÃO MÁXIMA, nos itens mencionados neste recurso, bem assim a revisão PARA MENOR da pontuação das empresas IDEORAMA COMUNICAÇÃO LTDA e PW CUPOLA COMUNICAÇÃO LTDA, nos itens objeto deste recurso, tudo conforme fundamentos retro expendidos.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2015.

PARTNERSNET COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL LTDA. Vivaldo Ramos - Procurador

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