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MARCOS AURÉUO DOMINGUES

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Academic year: 2021

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COMPARAÇÃO DO NÍVEL DE AUTO-CONCEITO E AUTO-ESTIMA DO MENOR EM SITUAÇÃO DE RUA NÃ04NSHTUCI0NALIZAD0 EINSTITUCIONAU2ADO

DA CIDADE DE CURITIBA

Monografia apresentada como pré- requisito para a conclusão do Curso de Graduação em Licenciatura em Educação Física do Departamento de Educação Fí­ sica, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná.

CURITIBA

(2)

co m paraçAo d o n ív e l d e a u to-c o n c e ito e a u to-e s t im a d o m e n o r

EM SITUAÇÃO DE RUA NÃO-INSTITUCIONALIZADO E INSTITUCIONALIZADO DA CIDADE DE CURITIBA

Monografia apresentada como pré- requisito para a conclusão do Curso de Graduação em Licenciatura em Educação Física do Departamento de Educação Fí­ sica, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná.

(3)

Agora mesmo ela cresce, consoftda seus ossos, cria seu sangue e ensaia sei» sentidos.

N3o se lhe pode responden"Amanh8". Ela se chama:"Agora".

Sofremos a enfermidade de muitos erros e de tantas culpas; porém, o nosso maior delito se chama:

"Abandono na infância".

(4)

Dedico este trabalho a Carolina, Marcos Felipe e Bruno AurêUo, meus fllhos.

Jacinta Edith,minha esposa:

A vocês que estiveram sempre ao meu lado durante todo o transcorrer do

(5)

Agradeço aos meus país Toribio e Nadir pela minha vida, pelo homem,

peio cidadão e pelo pai que souberam formar.

Também ao professor Ricardo W. Coelho por sua orientação, que muito

me ajudou na condução deste trabalho.

(6)

RESUMO...vil 1 1NTRODUÇÃO...01 1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA... 01 1.2 DELIMITAÇÕES... 02 1.2.1 Local... 02 1.2.2 Universo...02 1.2.3 Amostra... 02 1.2.4 Variáveis... 02 1.2.5 Época... 03 1.3 JUSTIFICATIVA...03 1.4 OBJETIVO... 04 1.5 HIPÓTESES... 04 1.6 PREMISSAS... 04 2 REVISÃO DE UTERATURA... .06

2.1 CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇAO DE RUA... 06

2.1.1 A condição das família das crianças e jovens em situação de rua... 07

2.2 O AUTO-CONCEITO E A AUTO-ESTIMA... 10

2.2.1 O auto-conceito...11

(7)

AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA... 14

2.4 A INFLUÊNCIA DO SEXO E DA CLASSE SOCIAL NA FORMAÇÃO DO AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA...16

2.5 O RELACIONAMENTO PAI-FILHO NA FORMAÇÃO DO AUTO- CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA DA CRIANÇA... 18

2.6 A ATIVIDADE FÍSICA COMO ELEMENTO AUXILIAR NA FORMAÇÃO DO AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA...20

3 METODOLOGIA... .21 3.1 DESIGN...21 3.2 TÉCNICA ESTATÍSTICA... ....21 3.3 INSTRUMENTAÇÃO...22 3.4 PROCEDIMENTOS... 32 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 32 5 CONCLUSÃO... - ... .27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 32 ANEXOS... 30 V I

(8)

Este estudo teve como objetivo verificar se os nfveis de AUTO-CONCEITO e de AUTO-ESTIMA de menores de rua, meninos com idade oscilando entre 09 e 16 anos, nSo-instftucionalizados sofrem alterações significativas em comparação aos nf­ veis de AUTO-CONCEITO e AUTO-ESTIMA de menores institucionalizados (ASSOMA) com as mesmas característica de sexo e idade, após a aplicação de um tratamento, constituído de aulas a nível de ESCOLINHA DESPORTIVA na modali­ dade de FUTEBOL. O estudo foi de característica MISTA (Quasi-Experimental e ex­ perimentai), para coleta dos dados utilizou-se o inventário de Coopersmith (1967) para AUTO-ESTIMA e o inventário de Mason (1954) para AUTO-CONCEITO.

(9)

1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

O chamado "menino de rua" é uma ilha cercada de omissões por todos os

lados. Todas as políticas públicas básicas já falharam em relação a ele.

Se perguntarmos a esse menino sobre seus pais ou responsáveis, ele

certamente nos falará de pessoas na faixa do náo emprego, do subemprego ou do

desemprego e, quando muito, do salário mínimo ou pouco mais do que isso.

Se lhe indagamos onde mora, invariavelmente ouviremos referências à

mesma periferia infecta. Ao barraco sem condições mínimas de bem-estar e

dignidade. Questionando o menino sobre sua situação escolar, constataremos que ele

compõe as estatísticas da repetência e da evasão escolar ou até mesmo da não ma­

trícula. Um exame de saúde nos revelará um quadro de sérios comprometimentos

(sarna, piolho, vermes, etc), de tudo o mais grave, a sua capacidade intelectiva

apresenta-se freqüentemente já afetada pela não-ingestão de proteínas essenciais na

primeira infância. O estado de degradação pessoal e social em que estes menores

subsidem, poderá ser decisivo na formação dos baixos níveis dos contructos auto-

(10)

1.2 DELIMITAÇÕES

1.2.1 Local

A pesquisa foi desenvolvida em uma praça da região central da cidade de

Curitiba, onde durante os finais de tarde alguns meninos de rua concentram-se afim de

praticar o futebol.

1.2.2 Universo

Meninos de rua da cidade de Curitiba, assistidos ou não por órgãos

destinados ao seu auxilio ou proteção, com faixa etária oscilando entre 09 e 16 anos.

1.2.3 Amostra

Serão utilizados 28 meninos selecionados aleatoriamente independente de

raça ou cor; com faixa etária oscilando entre 09 e 16 anos, freqüentadores da Praça

do AQético e da ASSOMA.

1.2.4 Variáveis

• DEPENDENTES = Auto-estima e AUTO-CONCEITO.

• INDEPENDENTES - Institucionalizados e N3o-institucíonalizados.

• INTERVENIENTES = Traços de personalidade diferenciados e necessidades

(11)

• CONTROLE - Sexo, nfvel socio-economíco e idade.

1.2.5 Época

O projeto foi desenvolvido durante o ano de 1995 nos meses de março à

outubro do referente ano.

1.3 JUSTIFICATIVA

O presente estudo justifica-se uma vez que poucas informações sSo

encontradas, sobre os efeitos que as instituições de auxiUo tem sobre o estado

emocionai e psicológico do menor em situação de rua assistido.

Tem-se como objetivo prindpai verificar se a atividade física consegue

influenciar em menores NSo-institucionafizados em iguais proporções o auto-conceito

e a auto-estima como ocorre com os menores de nfvel social e psicológico estáveis.

Tendo em vista os poucos estudos referentes ao efeito da atividade física no

nfvei de auto-estima e no auto-conceito menores de rua Não-institucionalizados, a

pesquisa procurou analisar os possíveis efeitos desta atividade no nfvei de auto-estima

e no auto-conceito destes menores. Pote, a atividade física e o esporte desafiam as

pessoas e aprimorarem os gestos técnicos desenvolvendo a performance, que por

conseguinte, melhora seu status dentro do grupo a que pertence, promovendo com

isso o auto-conceito e a auto-estima.

Neste estudo não se estará objetivando analisar o desenvolvimento físico e

motor destes menores, mas se espera que estes objetivos sejam alcançados em

(12)

1.4 OBJETIVO

Verificar se a atividade física aplicada durante alguns meses em um grupo

de meninos de rua nSo-institucionalizados, pode ocasionar diferenças no nfvel de auto-

estima e no auto-conceito destes ao final da pesquisa.

Além de identificar se o menino de rua institucionalizado demonstra maiores

nfveis de auto-estima e auto-conceito comparado com o menino de rua nâo-

institucionalizado.

1.5 HIPÓTESES

1) Os meninos em situação de rua após o tratamento demonstrarão significa­

tivamente maiores nfveis de auto-estima e auto-conceito no pós-teste em relação

ao pré-teste;

2) Os meninos em situação de rua institucionalizados demonstrarão maiores nfveis

de auto-conceito e de auto-estima em relação aos meninos de rua não-

institucionalizados.

1.6 PREMISSAS

1) A atividade física melhora a consciência corporal que por sua vez afeta o

comportamento aprimorando o estado emocional e psicológico do ser humano.

(COELHO, 1986)

2) A auto-estima e o auto-conceito são aspectos psicológicos que influênciam o

(13)

3) Pressupõe-se que as instituições públicas de assistência ao menor desenvolvem

(14)

2.1 CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RUA

Pressupõe-se a existência de diferentes tipos de meninos, movimentando-se

em territórios distintos: os "meninos de rua" que moram e sobrevivem na rua e os

"meninos na ma" que vivem da rua, trabalhando.

Ao adotar o conceito de crianças e jovens em situação de ma, é necessário

fundamentar-se em várias constatações. Entre elas, a de que as fronteiras que

separam os referidos territórios são fluidas e indefinidas; de que a rua 6 o espaço do

cotidiano na garantia de subsistência e do lazer, ou de ambos, simultaneamente; e

ainda de que a rua pode ser, para uns, o espaço secundário e, para outros, o espaço

principal de vivência.

É evidente que os conceitos "criança na ma" e "criança de ma" representam

já um avanço e uma distância formidável com relação ao conceito de criança

abandonada, amplamente usado no Brasil e em outros pafses. Até pouco tempo

atrás, "criança de rua" e "criança na ma" eram sinónimos de criança abandonada. Foi

somente após a implantação de programas concretos para essa população que se

percebeu a inadequação de se utilizar o termo abandonada de forma generalizada. É

pequeno o percentual de crianças e jovens que nfte tAm família ou marrtêm vínculo

(15)

As expressões "menor carenciado", "abandonado", "desassistido" ou "marginalizado" são usadas para identificar a criança ou adolescente vitimas de disfunçfto social que, por não disporem de renda suficiente, t&m insatisfatória participação no consumo de bens materiais e culturais e não usufruem os serviços de saúde, educação, habitação, recreação e outras benesses do desenvolvimento (Brasil, Congresso, Câmara dos Deputados,

1 976, p. 24).

Até mesmo os conceitos de "criança na rua” e "criança de rua" podem gerar

formas diferenciadas de atendimento muitas vezes segregadonistas e

estigmatizantes. Daí a justificativa da pesquisa adotar o conceito de crianças em

situação de rua. Segundo a Organização das Nações Unidas (1967), "Por constituir-se

num ser humano em desenvolvimento, o menor, sob qualquer designação, requer

cuidados e atenções especiais no atendimento de suas necessidades, sem

discriminação de qualquer natureza" (ONU, 1967, p. 26).

O caráter unificador do termo "situação de rua" não é uma resposta

simplista, pois não apaga nem nega diferenças, peio contrário. O termo reunifica, no

conceito e na ação, o que foi separado formalmente. Ele permite que se aprendam as

diversidades de significados que o estar na rua representa para essas crianças e

jovens e suas famfiias, situando-as em um contexto global, marcado pela diversidade

e não pela desigualdade, que costuma separar os "bons" dos "maus".

2.1.1 A condição das família das crianças e jovens em situação de rua

Uma característica deste população de jovens em situação de rua é

pertencer a famfiias, em muitos casos chefiadas por mulheres, seja peia ausência do

pai. seja porque este tem atuação pouco significativa na busca dos meios de

(16)

gastos com vestuário, condução e até alimentação. Moram em barracos de favela, em

cômodos de cortiços ou em casas deterioradas e insalubres.

No Brasil, o problema do menor decorre, simultaneamente, do desenvolvimento e do subdesenvolvimento. Há variáveis típicas de países desenvolvidos, e de países subdesenvolvidos, como industrializaçáo, urbanizaçáo, crescimento demográfico acelerado, êxodo rural, deficiências médico-sanitárias, analfabetismo, desqualificação de mfto de obra, pobreza. De modo direto ou indireto, todos esses fatores conjugados ou isoladamente, refletem-se sobre a família e, consequentemente, sobre o menor (Brasil, Congresso, Câmara dos Deputados, 1 9 76, p. 24).

Em muitas famílias o relacionamento afetivo com os fiihos flui positivamente.

Noutras, a relação com os filhos se dá através de agressões físicas, castigos corporais

e ameaças. Uma violência doméstica que, aliás, não é exclusividade das classes

populares. No caso de mate de uma união da mulher, às vezes, o atual companheiro

não aceita o filho e o expulsa, noutras, a relação mãe/filho é a mate forte e se mantém

em detrimento da relação mãe/companheiro.

Algumas familias mostram-se impotentes frente â situação dos filhos nas

ruas. Outras evitam seu retomo, temerosas de que possam prejudicar os outros filhos,

e preferem encaminhá-los a instituições fechadas. Há famílias que não interpretam o

confinamento como abandono e vêem nele uma solução no cuidado dos filhos. Para

muttos a educação em meio aberto não é entendida, pote a internação dos filhos ainda

(17)

O internamento deve ser aceito apenas como último e pior dos recursos. Deve-se evitar que a criança deixe o lar, recomendando~se a ajuda dos pais, a pensão & mãe sem recursos, o fortalecimento dos laços familiares por meio de organismos designados para isso. É que o desenvolvimento de uma criança não depende apenas da satisfação das necessidades materiais, mas de cuidados, carinhos, exemplos e modelos de comportamento; pois; mesmo o lar precário é preferível ao melhor dos asilos (PFROMM, 1 9 76, p. 216).

Há país que entregam a guarda das crianças aos parentes, outros que

tentam delegar responsabilidades a outras pessoas. São famílias que desconhecem

seus direitos assim como os recursos e os serviços sociais públicos disponíveis.

São famílias que escapam ao modelo que o aparelho do Estado, ou aiguns

estudiosos como BEE (1984) e RIVERA (1987), consideram como paradigma do

desenvolvimento da criança: o modelo de família nuclear, onde o pai é o provedor e a

mãe cuida dos filhos. Nas famflias das crianças que frequentam algum órgão de

assistência ao menor em situação de rua como é o caso da ASSOMA (Associação

dos Menores Abandonados) em Curitiba/Pr, as formas de organização de seu

cotidiano são outras, os arranjos são diversos. O Brasil têm mostrado, nos últimos

sensos, que em todas as classes sociais, e não apenas nas de baixa renda, existe

diversidade de modos de organização familiar.

As instituições de Estado, as políticas públicas e a sociedade civil

necessitem reconhecer e se adequar â pluralidade de modos de organização e de

arranjos familiares e domésticos, sem julgamentos valorativos, para que essas

famflias e suas crianças, que escapam ao modelo paradigmático, não sejam estig­

matizadas.

Reconhecer a pluralidade de arranjos famãiares não significa, contudo,

(18)

familiar assenta-se na exploração da criança e do jovem e na negação de seus

direitos universais e constitucionais.

2.2 O AUTO-CONCEITO E A AUTO-ESTIMA

Para estabelecermos uma descriminação que oriente conceitos tão

freqüentemente utilizados como sinônimos, porém com diferenças sutis, mas

relevantes, será dado as caracterizações de: auto-conceito e auto-estima.

A auto-estima nfto é idêntica ao auto-conceito, posto que ambos sejam freqüentemente confundidos. O auto-conceito é um conjunto de idéias sobre a própria pessoa, que mais descreve do que julga. Alguns aspectos do auto-conceito podem ser considerados como bons ou maus, porém alguns podem ser neutros. O fato de uma pessoa ter cabelo escuro e uma voz suave faz parte do auto-conceito, mas essas qualidades nfto são vistas como boas ou más. A auto-estima, por outro lado, refere-se À avaliacfto que uma pessoa faz de suas próprias qualidades. Um exemplo pode esclarecer a distinção. Um menino de 8 anos pode ter um conceito de si próprio como alguém que briga muito. Se ele valorizar sua capacidade de brigar e enfrentar os outros sozinho, essa qualidade pode somar-se À sua auto-estima. Se ele se sentir infeliz por sua tendência agressiva, então isto pode levá-lo a depreciar sua auto-estima (BEE, 1 9 8 4 , p. 343).

Quando MOSQUERA refere se aos dois processos inerentes a

personalidade humana, diz que "Ao entender o auto-conceito e a auto-estima como

processos bifocais da personalidade, devemos concebe-los como interrelações

formalmente determinadas pelas estruturas sociais, ideológicas e necessidades

(19)

Estamos constantemente testando a nossa pessoa através daquilo que nós somos e o que representamos para os outros, a rigor, o mundo interno é formado pelos eventos simbólicos que se materializam em sentimentos acerca de aquilo que nós conseguimos. Por exemplo: a vitória conquistada em uma eleiçAo, o livro publicado, o destaque social, sAo maneiras de realizar o nosso auto-conceito e afirmar a nossa auto-estima positiva (DECKER, 1971, p. 89).

2.2.1 O AUTO-CONCEITO

Grande número de cientistas do comportamento consideram relevante aquilo

que o indivíduo pensa sobre si mesmo como um fator determinante de seu

comportamento. Há, contudo, aqueles que negam a própria existência do auto-

conceito como identidade psicológica, alegando impossibilidade de se medir ou

estudar cientificamente tal constructo.

Na realidade, o problema situa-se ao nfvel do significado atribuído ao termo

auto-conceito. Partindo-se do pressuposto de que este fenômeno psicológico possa

ser descrito de maneira operacional, será possfvel estudá-lo através de algum

instrumento que nos permita colher dados de natureza quantitativa que se prestem a

análise cientifica.

Quando se trata de precisar o significado de auto-conceito, verifica-se que

este pode ser encarado a partir de uma dicotomia básica, a do tudo ou nada. É tudo,

porque tem-se pensado no auto-conceito como um centro coordenador de todas as

atividades do indivíduo. É nada, porque é difícil pensar o auto-conceito como um

fenômeno existente individual e independente. Geralmente é considerado como um

conjunto de atitudes e opiniões que o indivíduo possui sobre determinados aspectos

(20)

suas aspirações, suas relações sociais, sua maneira habitual de comportar-se, etc.,

constituem seu auto-conceito.

Para McCANDLESS apud SOSSAI (1975), "auto-conceito 6 um conjunto de

expectativas e avaliações das áreas ou dos comportamentos com relação aos quais

estas expectativas são mantidas". O mesmo autor acrescenta que o auto-conceito 6

constituído de várias facetas; é moldado através da aceitação ou rejeição de

qualidades, modos de ser e de características do indivíduo.

GUGGENHEIN citado por SOSSAI (1975), define o auto-conceito como "um

conjunto de pensamentos e sentimentos que uma pessoa tem a respeito de sua

existência individual; é a imagem que o indivíduo tem de si mesmo”.

ROTTER in BONNER (1961), identifica a expressão "auto-conceito como é

geralmente entendido, com o termo "eu" quando define "eu" como "o conjunto de

atitudes que uma pessoa tem em relação ao seu próprio comportamento". Auto-

estima é também uma expressão relacionada com o auto-conceito. A auto-estima é

medida a partir da avaliação que o indivíduo faz sobre si mesmo com base na maneira

como percebe as opiniões dos outros sobre si mesmo. Quando um indivíduo revela

auto-conceito positivo, infere-se que tenha também um bom nível de auto-estima.

2.2.2 A auto-estima

É importante assinalar que a auto-estima parte de como a pessoa aprendeu

a se ver, apreciando seus comportamentos e percebendo também como os outros a

vêem. É valido dizer que o julgamento sobre si se realiza na medida como os outros

reagem perante nossa pessoa. Por isso, auto-estima, decorre de uma atitude positiva

(21)

na atitude para consigo mesmo e seu grau estâ na auto-estima e o que cada pessoa

serrte por si mesma.

Podemos expressar, segundo BRIGGS apud MOSQUERA (1977), os

seguintes pensamentos que nos dão a auto-estima;

- Sou digno que me amem; o que quer dizer; importo e tenho vafor porque

existo;

- Sou valioso; o que expressaria; posso manejar-me e manejar o que me

rodeia com eficiência; Sei que tenho algo a oferecer aos demais.

COOPERSMITH (1967), manifesta que auto-estima depende da qualidade

das relações entre a criança e aqueles que desempenham papéis importantes em sua

vida. Teríamos aqui, portanto, a valorização do afeto, na medida em que a família

atua para poder desenvolver altos nfveis de auto-estima. É verdadeiro que todo ser

humano se valoriza tal como foi valorizado.

A auto-estima tem gradações e mudanças que possibilitam as diferentes

imagens e que resultam das experiências estabelecidas no intercâmbio humano.

O alto nível de auto-estima surge de experiências positivas com a vida e com

a afeição. O baixo nfvel de auto-estima resulta da ação de muitos fatores negativos

durante muito tempo. Pode-se dizer que o êxito ou fracasso influenciam dretamente

sobre a estrutura da auto-estima. Por auto-estima entende-se atitudes avaiiativas para

consigo, o que redundaria no julgamento pessoal de valor que é expresso nas atitudes

que o indivíduo tem a respeito de si. É uma experiência subjetiva que o ser humano

mostra aos oufro* por seu comportamento verbal ou outros comportamentos

(22)

2.3 A INFLUÊNCIA DO GRUPO ÉTNICO NA FORMAÇÃO DO AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA

Os auto-conceitos das crianças também est&o associados aos grupos raciais, étnicos e religiosos a que pertencem. Virtualmente, todas as pesquisas em identidade étnica foram efetuadas com crianças negras. Foram explorados dois assuntos durante anos: como se desenvolve a percepção de diferentes etnias ou raciais e como se desenvolvem as atitu­ des. Já aos 3 anos de idade, tanto as crianças negras como as brancas classificam as pessoas de acordo com a cor da pele, do mesmo modo que classificam as pessoas por género ou idade, podem identificar diferentes grupos raciais antes disso, mas nfto há estudos disponíveis para crianças abaixo de 3 anos. (KATZ & POWELL apud MUSSEN & KAGAN, 1 9 88, p. 342).

As crianças reconhecem diferenças físicas óbvias como a cor da pele ou

característica faciais; diferenças mais sutis passam desapercebidas. MCGUIRE,

MCGUIRE, CHILD & FUJIOKA apud MUSSEN & KAGAN (1988), ao analisarem as

crianças de grupos minoratários observaram que estas crianças apontam diferenças

étnicas mais cedo do que as crianças de grupos majoritários. Estas diferenças irão

refletir profundamente na formação do auto-conceito e conseqüentemente da auto-

estima destas crianças, onde as qualidades distintivas serão ressaltadas. Para o negro

o fato de ser negro provavelmente seja o aspecto mais saliente de sua identidade,

pelo menos em uma cultura predominantemente branca.

Em um levantamento feito por POWELL apud BEE (1984), em resposta a

uma pergunta como. Quem é você?, 95% dos adolescentes negros entrevistados

mencionaram o fato de serem pretos ou negros; o mesmo não ocorreu com

adolescentes brancos. Algumas pesquisas ou Investigaçóes realizadas por BRAND,

(23)

controvertidos com relação ao auto-conceito negativo ou atitudes negativas que as

crianças negras teriam para com seu próprio grupo, em muitos resultados surgem

uma maior incidência tanto de um auto-conceito negativo como de uma auto-estima

negativa para crianças negras, resultado este influênciado diretamente peia cor da

pele, já outros resultados não apresentam qualquer diferença entre o nfvel do auto-

conceito e da auto-estima encontrados em crianças brancas e negras.

Os resultados controvertidos das pesquisas e investigações, estão fígados a

história, a geografia e ao clima social de uma determinada cultura. Por exemplo, no

Estados Unidos a década de 70 ficou marcada pela luta pela valorização do negro por

Martin Luter King (Líder negro, que pregava e lutava pela igualdade de direitos errtre

negros e brancos), as crianças desta década segundo POWELL apud BEE (1984),

eram dotadas de um nfvel de auto-conceito e de auto-estima mais positivo em relação

a gerações anteriores, construído através do "orgulho negro" enfatizado durante

aquele período.

Com relação a outras etnias como asiáticos, hispânicos, etc., o auto-conceito

e a auto-estima estariam fígados mais a uma característica distintiva ressaltada, como

por exemplo a cor e o formato dos olhos, a cor e a característica (liso, encaracolado)

(24)

2.4 A INFLUÊNCIA DO SEXO E DA CLASSE SOCIAL NA FORMAÇAO DO

AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA

Sabe-se que a sociedade exerce forte influência sobre os tipos de comportamento que cada indivíduo elabora no decorrer de sua existência. Deste modo, pessoas com direçfto interna têm desempenhos que as caracterizam e individualizam, já no caso de indivíduos dirigidos para os outros, estes têm outros tipos de comportamento e de açáo. Estas duas possibilidades comportamentais nos colocam a problemática de como a auto-estima se desenvolve e também como afeta a imagem pessoal e naturalmente, social. Ninguém nega a importância da auto-estima, embora hoje se reconheça que talvez seja o conceito mais relevante no desen­ volvimento da personalidade humana (MOSQUEILA, 1 9 87, p. 51).

Em A criança em desenvolvimento, BEE (1984), faz uma análise do auto-

conceito da criança, levando em conta as diferenças sexuais e as diferenças de

ciasse social, para a autora o que ocorre comumente é uma usual generalização por

parte dos periódicos de psicologia que insistem em afirmar que as crianças pobres e

as meninas geralmente têm um auto-conceito mais baixo que as crianças de classe

média e meninos. Esta conclusão partiu a partir de pesquisas que apontavam que o

auto-conceito e a auto-estima negativos das crianças pobres poderia responder, em

parte, pelo seu desempenho escolar inferior e que o baixo rtfvel de auto-conceito e de

auto-estima das meninas estaria ligado a uma menor valorização das qualidades

femininas do que as qualidades masculinas.

Em um estudo feito por TROWBRÍDGE apud SOSSAJ (1975), mostrou que

crianças provenientes de famílias com nfvel sócio-econômico mais baixo tinham um

auto-conceito e uma auto-estima mais favorável do que as crianças d» ciasse média.

(25)

(1975), não encontraram diferenças. O que não pode ocorrer é uma generalização

com relação a classe social pobre ter tanto o auto-conceíto como a auto-estima mais

baixos em comparação a classe rica e a menina ter auto-conceito e auto-estima mais

baixos em relação ao menino, pois, o tipo de coisa que cada pessoa valoriza em si e

para si é diferente de pessoa para pessoa seja rica ou pobre, menino ou menina.

Para STRAUSS, citado por MOSQUERA (1987, p. 57), "O conceito sobre si

mesmo está sempre de acordo com aqueles ideais e expectativas que mantemos

sobre nossa pessoa, mas se materializa a partir das avaliações decisivas que fazemos

e são feitas sobre nós. Todos nós apresentamos ante os demais e ante nós mesmos e

nos olhamos nos espelhos do julgamento."

Os meninos adolescentes tendem a perceber e a valorizar em si qualidades

primariamente pessoais como. ambição, energia, otimismo ou praticidade; enquanto

que as meninas adolescentes tendem a perceber e a valorizar qualidades mais

sociais, capacidades e habilidades que envolvem os outros como ser atraente,

cooperação, fraqueza, simpatia e habilidade de liderança.

A natureza do auto-conceito reside no conhecimento individual de si mesmo e no desenvolvimento das próprias potencialidades. Na percepção dos sentimentos, atitudes e idéias que se referem à dinâmica pessoal. O desenvolvimento do AUTO-CONCEITO acontece através de um processo continuo que está determinado pela vida individual e que se estrutura na ação social (MOSQUERA, 1977, p. 102).

As diferenças no auto-conceito e na auto-estima podem ser influênciadas

pelos estereótipos de papel sexual prevalecentes na sociedade; estes estereótipos são

(26)

os estereótipos de papel sexual são reforçados por muitos elementos de nossa

cultura.

2.5 O RELACIONAMENTO PAI-FILHO NA FORMAÇAO DO AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA DA CRIANÇA

A maneira pela qual a criança é tratada e considerada nos primeiros anos de vida determina, em grande parte a estima que terá por si mesma quando tornar-se adulta, como um solo fértil para o desenvolvimento da confiança em si e a auto-realizaçfto. Desde os primeiros meses há uma busca de reconhecimento: o bebé balbucia ou agita o chocalho para chamar a atenção da mãe e, captando o clima emocional que o acerca, começa a incorporar a aceitação e a aprovação, e o encorajamento que encontra é um estimulo a novas conquistas. Se os pais encontram satisfação no filho, ele se sente satisfeito consigo mesmo; se o desaprovam, ele também se desaprova (LERNER, 1 972, p. 89).

Segundo WHITE citado por MOSQUERA (1987, p. 51), "Se

perguntássemos a qualquer pessoa razoavelmente reflexiva que tipos de experiência

poriam em sério risco seu auto-conceito, provavelmente descreveria alguma

combinação de fracasso em suas próprias ações e diminuição da estima que outras

pessoas lhe dedicam."

Os pafs podem contribuir na formação de um auto-conceito e de uma auto-

estima de seus filhos, desde que este ajudem a criança a sentir-se bem consigo

mesma, a formar uma imagem agradável de si, quando a reconhece como pessoa

que ela é, aceitando possibilidades e limitações (o que ajuda a criança a aceitá-las

também). Para BEE (1984), "Uma criança com auto-estima alta coloca um valor

positivo nas características que pensa possuir, uma criança com auto-estima baixa dá

(27)

Num estudo elaborado por COOPERSMITH (1967), em meninos pré-

adoiescêrrtes, alunos de escolas públicas da área centra! de Connectícut (USA) afim

de Investigar o nível da auto estima destes meninos, constatou acentuadas diferenças

nos mundos experiendais e nos comportamentos sociais destas crianças. Num

momento da pesquisa COOPERSMITH Investigou os comportamentos parentais

(relação pai/filho), notou que em geral os meninos com elevada auto-estima tendiam a

ter pais com auto-estima elevada. Os pais destes meninos eram estáveis

emocionalmente e mais auto-sufitiêrrtss, flexíveis e efetivos em suas atitudes e ações

relativas ao cuidado infantil; as mães destes meninos eram mais receptivas e tendiam

a manifestar sua aceitação por intermédio de expressões específicas e diárias de

interesse, afeição e contato íntimo.

Em compensação a falta de orientação parental e o tratamento

relativamente cruel e desrespeitoso eram características de pais cujos filhos tinham

baixa auto-estima.

A criança que tem um bom conceito de si mesma enfrenta as novas situações com menos sentimento de inferioridade, achando-se mais competente. Mais tarde, a partir de um julgamento mais real de si mesmo e dos outros, o indivíduo terá maior facilidade de ajustar-se socialmente. O que as pessoas dizem dele, como o tratam , o status que consegue no grupo a que pertence serão influências importantes no fortalecimento da auto-estima, que se construirá sobre as bases das primeiras experiências vividas entre os familiares (Lerner, 1 9 7 2 , p. 98).

(28)

2.6 A ATIVIDADE FÍSICA COMO ELEMENTO AUXILIAR NA FORMAÇAO DO AUTO-CONCEITO E DA AUTO-ESTIMA

Ao se referir à auto-estima BUNKER e ROTELLA (1985), deixam clara a

importância da Educação Fisica como meio de promoção da auto-estima e

conseqüentemente do auto-conceito; este posicionamento fica explicitado quando os

autores fazem esta afirmação:

A educaç&o fisica como elemento atuante na vida da criança pode auxiliar nesta auto-estima de forma influente e consciente. Se se quer que nossos educandos possuam alta auto-estima, é preciso que hajam mais vencedores, principalmente os jovens. Sfto necessários resultados mais significativos do que resultados materiais (BUNKER e ROTELLA, 1 9 8 5 , p. 5 1 -2 ).

(29)

3.1 DESIGN

O estudo tem característica MISTA; quasi-experímental (Ex post Facto) e

experimental (pré/pós/teste).

* Design 1: Ex post Facto.

G1 x G2 Sendo: G1 = Institucionalizados; G2 = N3o-institucionaiizados. * Design 2: Experimental. G, - T - G2 Sendo. G1 = Institucionalizados; G2 = Náo-institucionalizados; T = Tratamento (Futebol). 3.2 TÉCNICA ESTATÍSTICA

Pam analisar os dados dos fatores (auto-estima e auto-conceito), serão

(30)

3.3 INSTRUMENTAÇÃO

Os dados foram coletados através do uso do Inventário de auto-estima de

COOPERSMITH (1967), Com validade de 0.91 e fidedignidade de 0.95; e pelo

inventário de auto-conceito de MASON (1954), com validade de 0.81 e fidedignidade

de 0.89. Ambos em anexo.

3.4 PROCEDIMENTOS

Os questionários foram aplicados em menores de rua, escolhidos

aleatoriamente. Para a aplicação dos questionários na ASSOMA foi solicitada

permissão; já na Praça do Atlético foram utilizados meninos de rua frequentadores da

praça, em ambos os casos os questionários foram respondidos individualmente e no

(31)

TABELA 1

ANÁLISE DE VARIÂNCIA A NÍVEL a - 0,05 ENTRE AS VARIÁVEIS INSTI­ TUCIONALIZADO E NÃO-INSTITUCIONAUZADOS PARA AUTO-ESTIMA.

PONTE DE variação SOMADOS QUADRADOS G1 F NÍVEL DE SIGNincÂNOA INSTITUO X N. INST.. IS71.0066 1 14.545 0.0008 RESIDUAL 2450.7077 28

Análise de variância demonstrou diferença significarrte entre escores de

auto-estima F(1,28)= 14.545, P= 0.0008, dos grupos de sujeitos meninos de rua

institucionalizados comparados com os Náo-institucionaHzados. Este resultado

demonstrou uma relaçáo causal entre a o STATUS de ser institucionalizado na auto-

estima do menor em situação de rua. Isto confirma a premissa que as instituições

públicas de assistência ao menor desenvolvem um trabalho que afete positivamente

(32)

TABELA 2

TABELA DEMONSTRATIVA "POST HOC SCHEFFÉ".

MÉTODO: 95% SCHEFFÉ

NÍVEL N X

1: INSTITUCIONALIZADO 13 6 5,23

2: NÃO INSTITUaONALI. 15 51,20

CONTRASTE DIFERENÇA + / - UMITES 1 - 2 -1 4 ,0 3 0 8 7,56393*

* Significa diferença significativa.

O Post Hoc demonstrou um contraste significativo errtre os grupos

institucionalizados e Não-institucionalizados, Dlf= -14.0308, Umlte 7,56393, com média

maior favorável aos institucionalizados X= 65,23; contrastando com os NSo-

ínstitucionalizados X= 51,20.

TABELA 3

ANÁLISE DE VARIÂNCIA A NÍVEL a = 0,05 ENTRE AS VARIÁVEIS INSTI­ TUCIONALIZADO E NÃO-INSTITUCIONALIZADOS PARA AUTO-CONCEITO.

FONTE DE VARIAÇÃO | SOMADOS QUADRADOS G1 F NÍVEL DE SIGNmCÂNCIA iNsrrruc. X N. INST.. i 1 SH JP9S59 1 12,682 0,0015 RESIDUAL í 28

(33)

A segunda ANOVA também demonstrou uma diferença significativa

F(1,28)= 12,682, P= 0,0015, entre os grupos de sujeitos institucionalizados e NSo-

institucionaiizados. Este resultado demonstra um relacionamento de causa e efeito

errtre as variáveis independentes (institucionalizado e náo-institucionalizado) com a

dependente (auto-conceito). Esta diferença obtida reporta que a ASSOMA ajuda na

melhoria do auto-conceito dos menores de rua.

TABELA4

TABELA DEMONSTRATIVA "POST HOC SCHEFFÉ".

MÉTODO: 95% SCHEFFÉ

NÍVEL N X

1: INSTITUCIONALIZADO 13 33,077

2: NÃO INSTITUCIONAL 15 26,87

CONTRASTE DIFERENÇA + / - LIMITES

1 - 2 - 6,21026 3,58544*

* Significa diferença significativa.

O Post Hoc Scheffé empregado na verificaçáo da diferença mostrou um

(34)

TABELA 5

ANÁLISE DE VARIÂNCIA A NÍVEL a - 0,05 ENTRE O PRÉ-TESTE X PÓS- TESTE DO GRUPO EXPERIMENTAL PARA AUTO-CONCEITO

PONTE DE VARIAÇÃO SOMADOS QUADRADOS G1 F NÍVEL DE SIGNmCÂNCIA PRÉ-TESTE X PÓS-TESTE 48,63333 I 1,823 0,2275 RESIDUAL 839,06667 28 TABELAS

ANÁLISE DE VARIÂNCIA A NÍVEL a - 0,05 ENTRE O PRÉ-TESTE X PÓS- TESTE DO GRUPO EXPERIMENTAL PARA AUTO-ESTIMA

PONTE DE VARIAÇÃO SOMADOS QUADRADOS G1

P

NÍVEL DE SIGNSTGÂNCIA

iNsnrruc

X N. INST.. 282,13333

1

2,909 0,0992 RESIDUAL 2715,7333 28

A comparação entre o pré-teste e o pós-teste do grupo experimental, não-

institucionalizado, mostrou-se não ser significativo a nível P < 0,05. Este resultado

indica que os constructos auto-conceito e auto-estima são de características mais

(35)

6 CONCLUSÃO

Os resultados estatísticos confirmam a hipótese de que os meninos de rua

institucionalizados demonstrarão maiores níveis de auto-estima e auto-conceito do que

os meninos não-institucionalizados, ainda com base nos mesmos resultados, estes

mostram que a premissa em relação ao trabalho desenvolvido pelas instituições

públicas de assistência no tratamento adequado as reais necessidades do menor

carente, 6 verdadeira.

A análise do pré-teste x pós-teste, demonstrou que não houve alteração

significativa com relação a melhoria dos constructos auto-conceito e auto-estima para

o tratamento dado. Concluí-se que tais constructos são características mais

permanentes do que supunha-6e. Seria aconselhável novos estudos, com as mesmas

características desta pesquisa (meninos de/na rua), alterando apenas o período de

tratamento (mais longo) e a atividade meio (de preferência atividades físicas ou

desportivas pouco vivênciadas pelos meninos, como: voleibol, basquetebol, natação,

(36)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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WHITE, Robert W. El vo v la realidad en la teoria oslcoanaUtica. Buenos Aires: Paidõs, 1973.

(38)

01 QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AUTO-ESTIMA... 31

(39)

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AUTO-ESTIMA NOME:

SEXO: T 5 Ã 5 F

Abaixo você encontrará uma lista de afirmações sobre sentimentos: Assinale com "V" se a afirmativa for verdadeira ou T " se for falsa.

01 - Garatmante nèo ma parturbo com as coisas... 4) 02 - É multo dtficfl para m i M a r paranl* um

grupo da passoas.--- ( ) 0 3 • Existam v lrta * c o to * am mhn qua au mu­

daria sa pudassa... „ .4) 04 - NSo faço minha cabaça tacHmanta... ( ) O S -S o u uma boa companhia--- ( ) 08 - Em casa au mo in to tocMmanto_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ { ) 07 - Lavo b astaria tampo para ma acostumar

com coisas nova*.--- ( ) 0 8 - Sou muRo popular com psssoa* da m inha kJada_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ( ) 0 9 - M inha fam aegarabnaniasa praocupa

com maus sandm anlo*... ... { ) 10 - lnt»gro-ma facBmante am quaiquar am bianta... 4) 11 -lin h a fsm H aaxig * mudo da mkn... ( ) 1 2-É m u R o d n c H s a ro q u a a u s o u ... 4 ) 13 - As coisas asISo m uto dncais am minha vida ... ... ( ) 14 • As passoas garalm anl* ssgusm minhas idéias... ( ) 15 - Nèo tanho uma boa imprassèo da mkn masmo_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ( ) 16 -M uR as vasas lanho uontada da abandonar tudo... 4) 1 7 -M uRas vazas ma irrito com mau trabetoo... .() 18 - AciadRo nèo sar uma passoe tèo bonRa

quanto as outras. ... ...4) 19 - Quando tanho alguma coisa a dizar,

garatmante a digo... ...4) 2 0 - Minha fem tta ma antonda_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 4 ) 21 • MuRas passoas sèo muRo mais stanpèttcas

d o q u a a u

---2 ---2 -Garafenante sinto qua minha família ma prassiona______________( ) M iiito n v a ra t tintom a flaianrorninrifi rnm

aquRoquaastoufazando--- ( ) 2 4 -Gostaria da sar uma passoarMaranto... ( ) 25 -Ntoguém poda contar comigo... ( )

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QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AUTO-CONCEUO

ORDEM DE NASCIMENTO: () 1o. filho () 2o. filho () 3o. filho PRATICA ALGUM TIPO DE DESPORTO? ()sim ( ) nfio.

RESPONDA COM SOMENTE UM "X" A CADA UMA DAS QUESTÕES:

DISCORDO PLENAMENTE DISCORDO PARCIALMENTE CONCORDO PARCIALMENTE CONCORDO PLENAMENTE

1. Sou capaz de fazer as coisas tôo bem quanto as outras pessoas.

2. Prefiro ficar sozinho do que com as outras pessoas

3. Eu não me sinto com energia pera fezer as coisas que sempre fiz. 4. Ninguém presta muita atenção no que eu faço ou digo. 5. Meu dta é repleto de atividades úteis 6. Me sinto infeliz na maior parte òo tempo 7. Eu sinto que sou uma pessoa muito apegada é minha família

8. Eu me preocupo com dores tísicas e sofrimento

9. Eu raramente estou excitado ou agitado. 10 Eu gosto da vida que estou levando.

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