RESOLUCAO N° 06/2017
Estabelece normas e procedimentos para a tramitagao de processos de reconhecimento de diplomas de p6s-graduagao stricto sensu e de certificados de cursos de especializagao lato sensu expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, no ambito da UNIVASF.
o
CONSELHO UNIVERSITARIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SAO FRANCISCO, no uso de suas atribuigoes legais e estatutarias e;ICONSIDERANDO 0que consta do Processo de nO23402.000829/2017-31; ICONSIDERANDO a Resolugao n. 3 de 22 de junho de 2016 do Conselho
Nacional de Educagao (CNE) e a Portaria Normativa n. 22 de 13 de dezembro de 2016 ~o Ministerio da Educagao;
ICONSIDERANDO ainda, a aprovagao por maioria da Plena ria do Conselho Universitario, na Sessao Extraordinaria realizada no dia 10 de margo de 2017;
I
RESOLVE:
IArt. 1° Aprovar as normas e procedimentos para a tramitagao de processos de
recon~ecimento de diplomas de p6s-graduagao (stricto sensu) e de certificados de
cursos de especializagao e residencia (/ato sensu) expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, no ambito da Fundagao Universidade Federal do Vale do Sao Francisco (UNIVASF), conforme consta na presente Resolugao.
CAPITULO I
DO RECONHECIMENTO DO DIPLOMA
Art. 2° Os diplomas de cursos de p6s-graduagao stricto sensu (mestrado e
doutorado) e lato sensu (especializagao e residencia), expedidos por instituigoes estrangeiras de educagao superior e pesquisa, legal mente constituidas para esse fim eni seus paises de origem, poderao ser declarados equivalentes aos concedidos
no B~asil e habeis para as fins previstos em lei, mediante processo de
reconHecimento, nos termos da presente Resolugao.
Art. 3° A UNIVASF podera reconhecer titulos de p6s-graduagao emitidos por instituigoes academicas estrangeiras, desde que haja equivalencia entre os cursos, e que
b
curso de origem seja reconhecido pelos 6rgaos oficiais de educagao do pais em que ocorreu, conforme 0disposto nesta Resolugao.IArt. 4° Compe!e
a
Camara d.e pos-G~aduagao da UNIVASF deliberar. sobre 0reconnecimento de tltulos estrangelros, ouvlndo, conforme 0 caso, os coleglados de
pos-graduagao a que se referem.
§ 1
°
Os diplomas de mestrado e de doutorado expedidos por universidadesestrangeiras so poderao ser reconhecidos por colegiados de pos-graduagao que
possuam cursos reconhecidos e avaliados na mesma area de conhecimento e em
nfvel equivalente ou superior.
I§ 2° 0 reconhecimento de diplomas obtidos em instituigoes estrangeiras
caracteriza fungao publica necessaria das universidades publicas integrantes do sistema de revalidagao/reconhecimento de tftulos estrangeiros.
§ 3° Fica vedada a discriminagao dos pedidos de reconhecimento com base
no estado ou regiao de residencia do interessado ou no pafs de origem do diploma.
I , CApfT~LO II
DCDSDIPLOMAS DE POS-GRADUAC;AO STRICTO SENSU E LA TO SENSU
Art. 5° Os diplomas de cursos de pos-graduagao stricto sensu (mestrado e
doutorado) e lato sensu (especializagao e residencia) expedidos por universidades
estrangeiras poderao ser reconhecidos no ambito da UNIVASF, desde que a
Universidade possua cursos de pos-graduagao avaliados, autorizados e
recon~ecidos, no ambito do Conselho Nacional de Educagao ou Sistema Nacional
de Pos-Graduagao (SNPG), na mesma area de conhecimento, em nfvel equivalente
I •
ou su~erlor.
Art. 6° 0 processo de reconhecimento de diplomas obtidos no exterior devera ser admitido a qualquer data e conclufdo no prazo maximo de 180 (cento e oitenta)
dias, a contar da data do recebimento do processo no setor de protocolo da
UNIVASF.
§ 1° A UNIVASF devera, dentro do prazo previsto, proceder ao exame do
pedido, elaborar parecer circunstanciado, bem como informar ao requerente 0
resultado da analise, que podera ser pelo deferimento total, deferimento parcial ou indeferimento do reconhecimento do diploma.
§ 2° No caso da nao observancia do disposto no paragrafo anterior, deverao
ser aplicadas as penalidades, conforme 0 caso, do processo administrativo
a
instan?ia reconhecedora da universidade, por orgao superior da propria universidade au, q~anda for a caso, por 6rgao externo de controle da atividade publica ou de supeiisao da educagao superior brasileira.
IArt. 7° 0 processo de reconhecimento dar-se-a a partir da avaliagao de merito
das condig6es de organizagao academica do curso e, quando for 0 caso, do
desempenho global da instituigao ofertante, especial mente na atividade de pesquisa.
I§ 1
°
0 processo de avaliagao devera considerar as caracterfsticas do cursoestrangeiro, tais como a organizagao institucional da pesquisa academica no ambito
da p6s-graduagao stricto sensu, a forma de avaliagao do(a) candidato(a) para
integralizagao do curso e 0 processo de orientagao e defesa da tese ou dissertagao.
I§ 2° 0 processo de avaliagao devera considerar diplomas resultantes de
cursos com caracterfsticas curriculares e de organizagao de pesquisa distintas dos
programas e cursos stricto sensu ofertados pela universidade responsavel pelo
recon~ecimento.
§ 3° Para 0 cumprimento do disposto no paragrafo anterior, a UNIVASF
podera, a seu criterio, organizar comites de avaliagao com a participagao de
profeslsores e pesquisadores externos ao corpo docente institucional que possuam perfil academico-cientifico adequado
a
avaliagao do processo especifico.CAPITULO III
DA SOLICITAQAo DE RECONHECIMENTO DE DIPLOMA
Art. SO Ap6s recebimento do pedido de reconhecimento, acompanhado da
respectiva documentagao de instrugao, a UNIVASF procedera, no prazo de 30
(trinta)1dias, a exame preliminar do pedido e emitira parecer ace rca da adequagao
da documentagao exigida ou da necessidade de complementagao, bem como da
existencia de curso de mesmo nivel ou area equivalente.
I§
1°
A inexistencia de curso de mesmo nfvel ou area equivalente inviabilizara a aberitura do processo e devera ser comunicada ao requerente no prazo previsto no caput.I§ 2° 0 nao cumprimento de eventual diligencia destinada
a
complementagaoda instrugao, no prazo assinalado pela UNIVASF, ensejara indeferimento da
abertura do processo de reconhecimento.
I§
3° Constatada a adequagao da documentagao, a UNIVASF emitira as guiaspara pagamentos das taxas incidentes sobre 0 pedido.
§ 4° 0 pagamento de eventuais taxas e condigao necessaria para abertura do processo e emissao do numero de protocolo.
IArt.
gO
Para a apresentagao do pedido, 0 requerente devera assinar termo deaceitagao de condig6es e compromissos, 0qual incluira declaragao de autenticidade
dos diocumentos apresentados, bem como
0atendimento ao disposto no artigo
anterior.
Art. 10 As taxas correspondentes ao reconhecimento de diplomas serao
fixadas pela Pro-Reitoria de Pesquisa, Pos-Graduagao e Inovagao (PRPPGI) em
normJ especffica, considerando os custos do processo.
Art. 11 Os requerentes deverao apresentar, quando da solicitagao de
reconrecimento, os seguintes documentos:
'I - cadastr~ contendo os dados pessoais e, quando for
0caso, informagoes
acerca de vinculagao institucional que mantenha no Brasil;
III -
copia do diploma devidamente registrado pela instituigao responsavel pela
diplomagao, de acordo com a legislagao vigente no pafs de origem;
III - exemplar da monografia, tese ou dissertagao com registro de aprovagao
da banca examinadora, com copia em arquivo digital em formato compatfvel,
acompanhada dos seguintes documentos:
a) ata ou documento oficial da instituigao de origem, contendo a data da
defesa,
0tftulo do trabalho, a sua aprovagao e conceitos outorgados, caso
0proprio
diploma nao contenha estas informagoes;
b) nomes dos participantes da banca examinadora e do(a) orientador(a)
acompanhados dos respectivos currfculos resumidos, com indicagao de site
conte~do os currfculos completos; e
c) caso
0programa de origem nao preveja a defesa publica do trabalho, deve
o alurO anexar documento emitido e autenticado pela instituigao de origem,
descrevendo
os procedimentos de avaliagao de
qualidade da
monografia,
dissertagao ou tese adotados pela instituigao, inclusive avaliagao cega emitida por
parecerista externo ao Programa.
IIV -
copia do historico escolar, quando houver, descrevendo as disciplinas ou
atividades cursadas, com os respectivos perfodos e carga horaria total, indicando
0resultado das avaliagoes em cada disciplina;
V - descrigao resumida das atividades de pesquisa realizadas, estagios e
copia impressa ou em enderego eletronico dos trabalhos cientfficos decorrentes da
dissertagao ou tese, publicados e/ou apr-esentados em congressos ou reunioes
academico-cientfficas, indicando a autoria,
0nome do peri6dico e a data da
PUblic~gao e/ou nome e local dos eventos cientfficos onde os trabalhos foram
apresentados; e
IV' - resultados da avaliagao externa do curso ou programa de p6s-graduagao
da instituigao, quando houver, e tiver sido realizada por instituig6es publicas ou
devidamente acreditadas no pais de origem, e outras informag6es existentes acerca
da reputagao do programa indicadas em documentos, relat6rios ou reportagens.
§
1
°
Tratando-se de reconhecimento de diplomas de mestrado ou doutorado,
o colegiado do programa designara comissao composta de tn3s professores
doutores, indicando a presidencia, a fim de analisar a solicitagao.
§
2° No caso de solicitagao de reconhecimento de certificado de
p6s-graduagao
lato sensu,modalidade especializagao ou residencia, a comissao
nomeada
pelo
colegiado
sera
composta
de
tres
professores
com
titulo,
minimamente, de mestre.
I
§
3°
Qualquer que seja
a solicitagao, a comissao
emitira
parecer
circunstanciado sobre a pertinencia ou nao do pedido, levando em consideragao: a)
no caso de pedido de reconhecimento de tltulos de mestrado ou doutorado, a
pertinencia da pesquisa realizada; a qualidade, clareza e objetividade do texto;
0rigor metodol6gico adotado pela pesquisa; a coerencia e atualidade da base te6rica,
assim como os resultados obtidos; e b) no caso de reconhecimento de tltulos de
p6s-grflduagao
lato sensu,modalidade especializagao ou residencia, a qualidade da
pesquisa realizada e do produto obtido.
§
4° Cabera a comissao responsavel pela analise de reconhecimento,
solicitar, quando julgar necessario, a tradugao da documentagao prevista neste
artigo.
§
5° 0 disposto no paragrafo anterior nao se aplica as Hnguas francas
utilizadas no ambiente de trabalho da pesquisa institucional, tais como
0ingles,
0francek e
0espanhol.
CAPITULO IV
DA ANALISE DO PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE DIPLOMA
Art. 12 0 reconhecimento de diplomas de p6s-graduagao dar-se-a com a
avaliagao global das condig6es academicas de funcionamento do curso de origem e
das co
1ndig6es institucionais de sua oferta.
Art.
13Cabera a PRPPGI, por meio de mecanismos propnos, tornar
disponlveis informag6es relevantes a instrugao dos processos de reconhecimento de
diplomas.
§ 1
°
As informag6es referidas no caput, quando existentes, deverao sertransmitidas ao MEC, a fim de serem organizadas e disponibilizadas aos
interessados por meio da Plataforma Carolina Bori.
§ 2° -0 MEC disponibilizara, por meio da Plataforma Carolina Bori, a relagao
anual de programas de pos-graduagao stricto sensu do SNPG, avaliados e
recomendados pela Coordenagao de Aperfeigoamento de Pessoal de Nlvel Superior
- CAPES.
CAPiTULO V
DA TRAMITAQAo SIMPLIFICADA
Art. 14 A tramitagao simplificada, definida pela Resolugao n. 3 de 22 de junho de 2016 do Conselho Nacional de Educagao (CNE) e pela Portaria Normativa n. 22
de 13 de dezembro de 2016 do Ministerio da Educagao devera se ater,
exclusivamente,
a
verificagao da documentagao comprobatoria da diplomagao nocurso'l na forma especificada na Segao I do Capitulo IV da Portaria Normativa n. 22
de 13 de dezembro de 2016 do Ministerio da Educagao, e prescindira de analise
aprofundada ou processo avaliativo especffico.
Art. 15 A instituigao reconhecedora, em caso de tramitagao simplificada, devera encerrar 0 processo de reconhecimento em ate
90
(noventa) dias, contados a partir da data de abertura do processo.Paragrafo unico. Todos(as) os (as) diplomados(as) em cursos estrangeiros que t
1
nham recebido estudantes com bolsa concedida por agencia governamental brasileira terao a tramitagao da solicitagao de reconhecimento identica ao disposto no art. 14 desta resolugao.CAPITULO VI DO RESUlTADO
Art. 16 0 diploma, quando reconhecido, devera adotar a nomenclatura original do grau obtido pelo requerente, devendo constar, em apostilamento proprio, quando coube~, grau afim utilizado no Brasil, correspondente ao grau original reconhecido.
Art. 17 Concluldo 0processo de reconhecimento, 0diploma reconhecido sera apostilado e seu termo de apostila assinado pelo Reitor da UNIVASF, observando-se, no que couber, a legislagao brasileira.
Paragrafo unico. A UNIVASF mantera registro, em livro proprio, dos diplomas
apOStilladOS.
Art. 18 0 parecer e a decisao final dos processos de reconhecimento deverao conter motivagao clara e congruente.
Paragrafo unico. 0 requerente sera cientificado do parecer e da decisao final. Art. 19 0 conteudo substantivo que fundamentou a decisao final devera ser tornado de conhecimento publico.
CAPITULO VII
DAS DISPOSIC;OES FINAlS E TRANSITORIAS
Art.
20
A UNIVASF podera adotar, mediante adesao, a Plataforma CarolinaSori nos seus processos de reconhecimento de diplomas expedidos por instituigoes estrangeiras.
Art.
21
Os casos omissos nesta Resolugao serao resolvidos pela Camara dePOS-GradUagao.
Art.
22
Das decisoes da Camara de Pos-Graduagao, isoladas ou conjuntascom a Camara de Pesquisa, cabera recurso ao Conselho Universitfuio.
IParagrafo unico. 0 prazo para a interposigao de recurso sera de ate
60
(sessenta) dias, a partir da ciencia do interessado.
Art. 23 Esta Resolugao entrara em vigor na data de sua aprovagao.
Sala das Sessoes,
10
de margo de2017.
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TEllO NOBRE LEITE NA PRESIDENCIA